classificação dos seres vivos e nomenclatura

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Clula Toda matria viva compostas de clulas. O numero tipos de clulas diferentes muito grande. Em nosso corpo h mais de cem tipos celulares bem distintos. Um dedal de gua de lagoa deve conter varias espcies de organismos unicelulares, e numa lagoa inteira existem, provavelmente, centenas de espcies. As plantas so constitudas de clulas bem diferentes das que constituem nosso corpo e os insetos possuem muitos tipos celulares que no se encontram nos vegetais nem nos vertebrados. O primeiro fato notvel, portanto, sobre as clulas, sua diversidade. Cada clula uma unidade completa e, ao menos em parte, auto-suficiente, envolta por membrana que regula a passagem de material para dentro e para fora; isso torna possvel clula diferir bioqumica e estruturalmente do seu ambiente. As clulas so unidades de protoplasma separados do ambiente externo por uma membrana celular que restringe uma passagem de material para dentro e para fora delas e assim protege sua integridade funcional e estrutural. O tamanho da clula est limitado por propores entre superfcie e volume; quanto menor o volume de uma clula em relao a sua rea superficial, tanto mais prontamente substncias podem difundir-se para dentro ou para fora delas. Clulas metabolicamente ativas tendem a ser pequenas. Na clula eucaritica o material hereditrio separado do citoplasma por um envoltrio nuclear, que possui poros atravs dos quais passam-se molculas para o citoplasma. O ncleo contm os cromossomos compostos de DNA e protenas; quando a clula no est em diviso, os cromossomos existem em forma distendida, chamada de cromatina. O nuclolo visvel dentro do ncleo o stio de formao do RNA ribossmico. O citoplasma est envolvido por uma membrana composta de duas camadas de molculas de fosfolipideos e colesterol (dispostas com as caudas hidrofbicas para dentro, como um sanduche molecular), e de protenas globulares espalhadas entre as molculas lipdicas. Nas clulas vegetais h uma parede celular de celulose por fora da membrana celular. O citoplasma subdividido por uma rede de membranas chamada de retculo endoplasmtico, que serve como superfcie de trabalho para muitas atividades bioqumicas da clula. Serve tambm como meio de segregar atividades diferentes e, talvez como sistemas de canais que pelos quais se podem movimentar materiais dentro da clula. O complexo de Golgi, tambm formados de membranas so centros aglomerativos para os materiais que esto sendo movimentados atravs da clula ou para fora dela. Todas as clulas metabolicamente ativa contm ribossomos, organelas nas quais o aminocidos so ligados uns aos outros na sntese de protenas. Os ribossomos podem estar ligados superfcie do retculo endoplasmtico ou livres no citoplasma. Ribossomos ligados encontram-se em clulas produtoras de protenas para exportao.

As mitocndrias esto delimitadas por duas membranas, das quais a interna se dobra e forma complexa estrutura membranosa interior. Encontram-se em quase todas as clulas eucariticas e so os principais centros de formao de ATP a partir da ADP. Os lisossomos, que geralmente provem do complexo de Golgi, so sacos de enzimas digestivas. Podem fundir-se com outras vesculas ou vacolos, tais como os vacolos alimentares, e digerir-lhes o contedo, ou podem rebentar e destruir a clula, por nela liberarem seus contedos hidrolticos. Os plastos ocorrem em muitos tipos de clulas vegetais. Os leucoplastos esto implicados na sntese de amido a partir dos aucares. Os cromoplastos sintetizam e retm muitos dos pigmanetos encontrados na planta. Os cloroplastos so os stios da fotossntese. Como as mitocndria, cloroplastos esto delimitados por duas membranas e tem um sistema membranoso interno complexo. Os vacolos e as vesculas so espaos, dentro da clula, delimitados por membrana nica. Contm gua, enzimas, acares armazenados, partculas alimentares, resduos. Clulas vegetais imaturas, possui muitos vacolos pequenos, que coalescem num grande vacolo a medida que a clula amadurece. Os microfilamentos so filamentos proteicos fibrilares contrteis, associados com movimento citoplasmtico em grande numero de tipos celulares. Os microtubulos so montagens longas e delgadas de protenas globulares, agem como elementos esquelticos dentro de clulas e tambm so os componentes de clios e flagelos. Os clios e os flagelos so apndices que lembram pelos, encontrados na superfcie de muitos tipos celulares e associados com movimentos de clulas ou com o movimento do material ao largo da superfcie celular. Os clios e os flagelos originam-se de corpsculos basais, estruturas cilndricas que tem nove trincas de microtbulos e no possuem par central. Os centrolos tem a mesma estrutura interna que os corpsculos basais e so encontrados somente nos organismos que possui clios e flagelo. Ocorrem tipicamente aos pares, prximo a membrana nuclear, e parecem ter funo na separao dos cromossomos durante a diviso celular (Curtis,1977).

Classificao dos seres vivos e Nomenclatura Pelo menos 10 milhes de diferentes tipos de organismos vivos compartilham nossa biosfera. Os animais, assim como as plantas, so popularmente conhecidos por nomes muito variveis de um lugar para outro. Numa tentativa de universalizar os nomes de animais e plantas, os cientistas tm, h muito, procurado criar uma nomenclatura internacional para a designao dos seres vivos. Uma simplificao no sistema de nomear os seres vivos foi feita pelo professor e naturalista sueco do sculo XVIII Carl Linnaeus, cujo seu objetivo era nomear todos os tipos conhecidos de plantas, animais e minerais. Em 1753, Linnaeus publicou o trabalho em dois volumes, Species Plantarum. Neste trabalho, ele usou designaes polinomiais para todas as espcies de plantas como meio de descrev-las e nome-las ao mesmo tempo. Ele considerava estes polinmios como se fossem nomes prprios, capazes de caracterizar cada uma das plantas existentes. Porm, foi somente na 10 edio do seu livro, em 1758, que ele sugeriu uma nomenclatura mais simples, onde cada organismo seria conhecido por dois nomes apenas, seguidos e inseparveis. Surgiu assim a nomenclatura binomial, a qual ainda hoje utilizada. As regras para a denominao cientfica dos seres vivos foram firmadas posteriormente, no I Congresso Internacional de Nomenclatura Cientfica, em 1898. O nome binomial mais antigo aplicado a determinada espcie tem prioridades sobe os outros nomes aplicados posteriormente mesma espcie. As regras que governam a aplicao de nomes cientficos s plantas esto reunidas no Cdigo Internacional de Nomenclatura Botnica e para os animais Cdigo Internacional de Nomenclatura Zoolgica. O nome de uma espcie como Nepeta cataria, consiste em duas partes, a primeira das quais o nome genrico.Um nome genrico pode ser escrito sozinho quando est se referindo a todo o grupo de espcies que forma aquele gnero. A denominao cientfica das plantas e animais segue certas regras definidas: Nomes cientficos so LATINIZADOS. Podem ser derivados de qualquer outra lngua ou de nomes de pessoas ou lugares; a maioria dos nomes derivada de palavras latinas ou gregas e geralmente refere-se a alguma caracterstica do animal ou do grupo denominado. Por conveno, os nomes genricos e especficos so latinizados, enquanto o nome das famlias, ordens, classes e outras categorias no o so, embora tenham letra inicial maiscula. As principais regras da nomenclatura cientfica esto resumidas a seguir: Na designao cientfica os nomes devem ser em latim de origem ou, ento, latinizados.

Todo nome cientfico deve estar destacado no texto. Pode ser escrito em itlico, se for impresso,

ou sublinhado se for em trabalhos manuscritos. Exemplo: Nepeta cataria, Nepeta cataria ou Nepeta cataria (sublinhar cada palavra separada, o sublinhado no pode ser unido).

Cada organismo deve ser reconhecido por uma designao binomial, sendo o primeiro termo para designar o seu gnero e o segundo, a sua espcie. Considera-se um erro grave usar o nome da espcie isoladamente, sem ser antecedido pelo gnero.

O nome relativo ao gnero deve ser um substantivo simples escrito com inicial maiscula. O nome relativo espcie deve ser um adjetivo escrito com inicial minscula, salvo rarssimas

excees: nos casos de denominao especfica em homenagem a pessoa clebre. Por exemplo no Brasil, h quem escreva: Trypanosoma Cruzi, j que o termo Cruzi a transliterao latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse grande sanitarista brasileiro. Em trabalhos cientficos, aps o nome do organismo colocado, por extenso ou abreviadamente, o

nome do autor que primeiro descreveu e denominou, sem qualquer pontuao intermediria, seguindo-se depois uma vrgula e data da primeira publicao. Exemplos: Cachorro: Canis familiaris Lineu ou L., 1758. Ancilstoma: Ancylostoma duodenale Creplin ou C., 1845. A designao para espcies binomial, mas para subespcies trinomial. Por exemplo:

Mycobacterium tuberculosis hominis (tuberculose humana), Mycobacterium tuberculosis bovis (tuberculose bovina) e Mycobacterium tuberculosis avis (tuberculose aviria).

Em zoologia, a famlia denominada pela adio do sufixo idae ao radical correspondente ao nome do gnero-tipo (gnero mais caracterstico da famlia). Para subfamlia, o radical adotado inae. Exemplos: Gato - gnero: Felis; famlia: Felidae; sufamlia: Felinae. Cascavel - gnero: Crotalus; famlia: Crotalidae; sufamlia: Crotalinae.

Em botnica, a famlia denominada pela adio do sufixo ceae ao radical correspondente ao nome

do gnero-tipo (gnero mais caracterstico da famlia). Ex: Famlia: Pinnulariaceae, Gnero: Pinnularia. A abreviatura "sp." (zoologia) ou "spec." (botnica) usada quando o nome da espcie no pode

ou no interessa ser explicitado. A abreviatura "spp." (plural) indica "vrias espcies". Por exemplo: "Canis sp." significa "uma espcie do gnero Canis". Lei da prioridade: Se diversos autores denominarem um mesmo organismo diferentemente,

prevalece sempre aquela mais antiga, ou seja, a primeira denominao. A substituio de nomes cientficos permitida somente em casos excepcionais, adotando para esses casos uma notao especial, j convencionada, que indica tratar-se de espcime reclassificado. Desta forma, se a posio sistemtica de um organismo modificada, o nome cientfico deve assumir a seguinte forma: menciona-se o nome do organismo j no novo gnero e, a seguir, entre parnteses, o nome do primeiro autor e a data em que a denominou; s ento, fora dos parnteses, coloca-se o nome do segundo autor e a data em que reclassificou o espcime. Assim, a denominao da formiga

sava Atta sexdans (Lineu, 1758) Fabricius, 1804, indica que Fabricius mudou de gnero o animal inicialmente descrito e "batizado" por Linaeus. Ao publicar a descrio de uma nova espcie, prtica comum designar um espcime-tipo, descrev-lo e indicar em que coleo e ou herbrio foi colocado.

Classificao dos Seres H mais de dez milhes de tipos de organismos na biosfera. Cientistas buscam princpios de ordem nessa vasta diversidade de seres vivos, e os classificam, isto , estabelecem grupos significativos. A espcie a unidade bsica da classificao; a espcie feita de indivduos que se podem cruzar entre si, no o fazendo com os de outra espcie. As espcies so agrupadas em gnero, os gneros em famlias, as famlias em ordens, as ordens em classes, s classes em filos, os filos em reinos (Figura 1.14).

Inicialmente, com base no modo de vida, direo da evoluo e tipo da organizao de seu corpo, os seres vivos foram divididos em dois grandes reinos: Animal e Vegetal. Mais tarde, como o desenvolvimento do microscpio, entre outras tcnicas, tornou-se bvio que muitos organismos no se encaixavam em nenhum desses reinos, por exemplo uma bactria, que um organismo unicelular, desprovido de envoltrio nuclear e de estruturas membranosas intracelulares como retculo endoplasmtico, mitocndrias, cloroplastos e complexo de Golgi. Essas diferenas que a distingue dos demais organismos bem mais fundamental que as diferenas entre animais e vegetais.

Outro sistema proposto, e tambm no mais utilizado, foi o de trs reinos: Protista, Plantae e Animalia. Nesse sistema, reuniam-se no reino Protista organismos com caractersticas vegetais e animais. Posteriormente, surgiu um novo sistema de classificao agrupando os organismos em quatro reinos: Monera (bactrias e cianofceas), Protista (demais algas, protozorios e fungos), Plantae ou Metaphyta (desde brifitas at as angiospermas) e Animalia ou Metazoa (desde espongirios at mamferos) (ver Tabela 1,2) agrupados em trs nveis ainda mais altos de classificao denominados domnios.

Os trs domnios so conhecidos como Bacteria, Archaea e Eukarya (Figuras 1.15; 26.21).

Os organismos que compem o domnio Bactria e o domnio Archaea so todos procariontes. A maioria dos procariontes unicelular e microscpica, coloniais ou no. As algas azuis e as bactrias, os dois grupos de organismos procariotos vivos, constitui o reino Monera. Os procariontes carecem de ncleo organizado e de organelas celulares internas complexas e no passam por mitose e meiose. Seu material gentico est constitudo em uma nica ala fechada de DNA. As bactrias compartilham com os fungos a funo de decompositores nos ecossistemas mundial. So metabolicamente versteis. A maioria das bactrias heterotrfica, mas algumas so auttrofas fotossintetizantes e outras so auttrofas quimiossintetizantes. Algumas so aerbias e outras so anaerbias. Muitos gneros de bactrias tm importantes funes nos ciclos do nitrognio, enxofre e outros minerais. A clula bacteriana pode ser esfrica (coco), bastonete (bacilo), encurvada (vbrio), espiral (espirilo). Sua reproduo ocorre por fisso. Vrias formam esporos, que so formas de latncia. No se reproduzem sexualmente, isto , por meiose ou fertilizao, mas adquirem, s vezes, novos gentipos por trocas de informaes genticas (conjugao). As algas azuis so procariotos fotossintetizantes, nos quais o pigmento efetivo a clorofila a, como nos eucariotos fotossintetizantes. Esses pigmentos (ficocianina e ficoeritrina) do a estes organismos cores caractersticos. As paredes celulares das cianofceas assemelham-se s das bactrias,

mas no tem pilos ou flagelos. Como bactrias podem adaptar-se a ambientes inspitos, e algumas formas so capazes de fixar o nitrognio. Todos os eucariotos agrupados nos demais reinos pertencem ao domnio Eukarya. Reino Protista O reino Protista compreende os microrganismos eucariticos e seus descendentes imediatos: todas as algas (ervas do mar; flagelados, mofos de lodo, protozorios). Seus membros no so animais (que se desenvolvem de uma blstula), nem plantas (que se desenvolvem de um embrio), nem fungos (que desenvolvem de esporos), nem so protistas procariontes. Todas as clulas protistas tm ncleo e outras organelas circundadas por membrana, como a mitocndria e o complexo de Golgi. Essas organelas fornecem locais especficos onde funes particulares so executadas, tonando a estrutura e a organizao das clulas eucariticas mais complexas do que a de clulas procariticas. Muitos fotossintetizam (plastdios), so aerbicos (mitocndria). Alguns podem ser marinhos, gua doce, terrestres em solos midos, parasitas ou simbitico em tecidos midos de outros e esto subdivididos em quatro classe: Mastigophora (flagelados), Sarcodina(amebas), Ciliophora (ciliados) e Sporozoa. Reino Fungi So organismos heterotrficos que se nutrem pela absoro de compostos organismos digeridos extracelularmente por enzimas que eles secretam. Seus corpos so compostos de massa de filamento (hifas) que s vezes esto divididas por septos (paredes) perfurados. O componente principal de suas paredes celulares a quitina e que no possuem undulipdios (isto , so amastigotas ou imveis). Produzem esporos assexuais e sexuais, mas nem todos produzem os dois tipos. Os esporos podem ser formados em esporngios. O ciclo sexual iniciado pela fuso de hifas de linhagens sexuais diferentes. Em alguns grupos de fungos, os ncleos das hifas que se fundem unem-se imediatamente e formam o zigoto. H cinco classes principais: os oomicetos, que formam esporos flagelados, zigomicetos, no tem motilidade, ascomicetos, cujos esporos no tm motilidade e zigotos tornam-se zigsporos e com paredes espessas, ascomicetos, esporos sexuais so formados dentro de ascos (sacos), basidiomicetos,esporos sexuais se formam em um basdio (clava). Os fungos desempenham um papel ecolgico destacado como excelentes decompositores de material orgnico. Tambm podem apresentar combinaes com algas e fungos, denominados como lquens (relao simbitica, na qual o fungo envolve as clulas da alga e depende delas para sua nutrio). So capazes de sobreviver em condies ambientais diversas das quais nenhum dos parceiros conseguiria subsistir.

Reino Plantae As plantas constitui o reino dos organismos fotossintetizantes adaptados para a vida na terra. Seus ancestrais parecem ser as algas verdes (Chlorophyta) especializadas; essa hiptese baseia-se em certas semelhanas encontrada nos dois grupos. Esta semelhana est o fato de ambos possurem clorofila a e b e betacaroteno como pigmentos fotossintetizantes. Todas as plantas so pluricelulares e compostas por clulas eucariticas vacuoladas com paredes de celulose. Seu principal meio de nutrio a fotossntese, embora algumas plantas tenham se tornado heterotrficas. Durante a evoluo das plantas na Terra ocorreu diferenciao estrutural com tendncias evoluo de rgos especializados para fotossntese, fixao e sustentao. Em plantas mais complexas, tal organizao produziu tecidos fotossintetizantes, vascular e de revestimento especializados. As plantas so divididas em dois grandes grupos: criptgamas (kripto, escondido) - plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas pouco evidentes; fanergamas(phanero, evidente) possuem as estruturas produtoras de gametas bem visveis. A alternncia de geraes encontrada em muitas algas e em todas as plantas terrestres. O termo designa um ciclo reprodutivo no qual a reproduo sexuada (por fuso de gametas) e a reproduo assexuada (por meio de esporos) ocorrem em geraes alternantes. Em uma gerao, o corpo da planta, chamado gametfito, que haploide (n), produz gametas haploides, os gametas masculinos e as clulasovo. Os gametas fundem-se e forma o zigoto, que produz um esporfito diplide (2n). O esporfito produz esporos, por meiose. O esporo uma clula que, ao contrrio de um gameta, pode produzir um organismo adulto assexuadamente, ou seja, sem fundir-se com outra clula. As brifitas esto entre os grupos de plantas que iniciaram a colonizao do meio terrestre. So plantas altamente dependentes de umidade e por isso, apresentam estratgias eficazes de reduo de perda de agua por evaporao. A maioria carece de tecidos vasculares especializados e de folhas e razes verdadeiras, embora o corpo da planta esteja diferenciado em tecido fotossintetizante, armazenador de alimento e fixao ao substrato, como nas plantas superiores. As brifitas tm estruturas reprodutivas multicelulares, nas quais se formam os gametas. As clulas-ovo so formadas no arquegnio; os gametas masculinos se evoluem para o anterdio. Os anterozoides que so flagelados nadam at o arquegnio e fertilizam as clulas-ovo. As subdivises importantes das plantas vasculares verdadeiras, as traquefitas, incluem as samambaias, gimnospermas e as angiospermas, ou plantas florferas. Todos esses grupos possuem megfilas (folhas com nervao complexa), estmatos, cutculas, e tecidos vasculares especializados. As samambaias caracterizam-se por grandes folhas, geralmente pinadas, chamadas de frondes. O esporfito a gerao dominante, mas o gametfito independente. O anterozoide flagelado e agua livre necessria para a fertilizao. Os esporngios formam-se caracteristicamente na face inferior das folhas (esporfilos) do esporfito.

As gimnospermas plantas de sementes nuas , est relacionada com presena de sementes que esto desprotegidas de frutos. Alm disso, esses organismos marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequncia da heterosporia, que a produo de dois tipos de esporos, um masculino micrsporo, e outro feminino - megsporo. Os elementos reprodutivos esto reunidos em estrbilos, que correspondem s flores das gimnospermas. So plantas traquefitas, pelo fato de possurem vasos condutores do tipo xilema e floema, que apareceram, pela primeira vez, durante a evoluo das pteridfitas. A partir das gimnospermas ocorre a independncia da gua para a reproduo, deixando de ser por oogamia, passando a ser por sifonogamia, com o desenvolvimento de um tubo polnico, que carrega o gameta masculino at a oosfera. O ciclo de vida do tipo haplodiplobionte, com alternncia de geraes das fases gametoftica e esporoftica, sendo esta ltima predominante. As angiospermas, das quais se conhece cerca de 250.000 espcies, so as plantas terrestres dominantes de hoje. A principal caracterstica apresentar flores e frutos. Elas vivem em diversos ambientes: terra firma, gua doce ou sobre outras plantas, em certos casos parasitando e em outros como inquilinas. As estruturas reprodutivas na flor so estames, compostos de filete e antera, e os carpelos constitudos de ovrio, estilete e estigma. Os estames e os carpelos so esporofilos altamente especializados. Os vulos esto contidos no ovrio, na base do carpelo. Os gros de poln, gametfitos masculinos, so formados em anteras e germinam na superfcie pegajosa do estigma. As clulas masculinas so transportadas atravs do tubo polnico, que cresce dentro do estilete, desce at o ovrio e entra no ovulo. As flores atraem polinizadores e os frutos ajudam a dispersar as sementes. Reino Animalia O Reino Animal acha-se genericamente dividido em dois grandes grupos: invertebrados e vertebrados. Estes organismos so heterotrficos pluricelulares e dependem das plantas terrestres ou algas para sua nutrio. A maioria digere seu alimento em uma cavidade interna e armazena o alimento como glicognio ou gordura. Suas clulas no tem parede celular. A maioria movimenta-se por meios de clulas contrateis (clulas musculares) que contem protenas caractersticas. A reproduo geralmente sexual. Quando adultos, quase sempre tem tamanho e forma fixa, ao contrrio das plantas que tem crescimento contnuo pela vida inteira. Os animais superiores artrpodes e vertebrados so organismos mais complexos, com muitos tipos de tecidos especializados e com mecanismos neuromotores e sensoriais complicados, que no se encontram em qualquer dos outros reinos. Nveis de Organizao do Corpo - Todos os animais iniciam seu desenvolvimento a partir de uma nica clula, a clula-ovo ou zigoto. Essa clula sofre vrias divises mitticas, dando origem a organismos multicelulares. Alguns animais desenvolvem-se at um conjunto de clulas, com organizao tissular muito restrita, enquanto a maioria atinge nveis de organizao superior a tecidos, tais como rgos e sistemas. Pode-se encontrar em muitos livros a seguinte subdiviso do Reino Animal, baseada na

complexidade tissular: Parazoa - representado pelos Porifera (esponjas) e Eumetazoa - representado por todos os demais animais. Simetria - Simetria a diviso imaginria do corpo de um organismo em metades especulares. Quanto a esse carter, os animais podem ter simetria radial, quando h mais que um plano de simetria, ou bilateral, quando existe um nico plano de simetria possvel a ser traado (figura 10). Existem, no entanto, animais cujo corpo no pode ser dividido em metades especulares. Nesses casos, no h plano de simetria e fala-se, ento, em animais assimtricos.

Figura 10: Planos de simetria Presena do Celoma - Celoma a denominao para a cavidade interna do corpo que totalmente delimitada pela mesoderme (peritnio). Entre os animais triploblsticos podemos distinguir os celomados, pseudocelomados e acelomados (figura 13).

Figura 13: Esquemas de cortes transversais ao corpo de animais triblsticos, mostrando a disposio da ectoderme, mesoderme e endoderme e a presena ou no de celoma. Os celomados so aqueles que possuem celoma, enquanto os acelomados tm a mesoderme preenchendo totalmente o espao entre a ecto e endoderme, no havendo formao de cavidade. J os pseudocelomados possuem cavidade interna, mas essa delimitada pela mesoderme e endoderme e, potanto, chamada de pseudoceloma. So acelomados os platelmintos e alguns asquelmintos; pseudocelomados os demais asquelmintos e celomados os demais eumetazorios triploblsticos. Entre os celomados podemos distinguir dois grandes grupos, com base no tipo de desenvolvimento embrionrio da mesoderme e do celoma. Num deles, a mesoderme origina-se a partir de clulas situadas ao redor da estrutura que dar origem ao tubo digestivo do adulto; so formadas vrias clulas que depois se organizam formando uma membrana que delimita o celoma. O celoma assim formado chama-se esquizoceloma e os animais que o apresentam so denominados esquizocelomados. A mesoderme e o celoma ainda podem se formar a partir de evaginaes da endoderme, formando bolsas dispostas entre a ectoderme e endoderme. Essas bolsas se desprendem, havendo diferenciao de mesoderme e da cavidade celomtica. Nesses casos o celoma denominado enteroceloma, e os animais que o possuem, enterocelomados.

As caractersticas dos grandes grupos esto na Tabela 1. Tabela 1 - Caractersticas dos grandes grupos de organismos (Curtis,1977).Caracterstica Tipo celular Ncleo Mitocndrias Cloroplastos Parede celular Meios de recombinao gentica Modo de nutrio Motilidade Monera Procarioto Sem envoltrio Nuclear Ausente Ausentes, h apenas lamelas fotossintticas no celulsica (polissacardeo + aminocido) conjugao; transduo; transformao ou nenhum autotrfica (qumico e fotossintetizante) e heterotrfica flagelos, deslizamento ou imveis Protista Eucarioto com envoltrio nuclear Presentes Presentes em algumas formas Presentes em algumas formas fertilizao e meiose, conjugao ou nenhum fotossintetizant e e heterotrfica ou uma combinao clios; flagelos; amebide; fibrilas contrteis Ausente mecanismos primitivos para conduo de estmulos em algumas formas Fungi Eucarioto com envoltrio nuclear Presentes Ausente composta por quitina e outros polissacardeos fertilizao e meiose ou nenhum Heterotrfica por absoro clios e flagelos em algumas formas, nenhuma na maioria Presente na maioria Ausente Plantae Eucarioto com envoltrio nuclear Presentes Presentes Celulsica Fertilizao e meiose fotossintetizante , na maioria clios e flagelos em formas inferiores e alguns gametas, nenhuma na maioria Presentes nas formas superiores Ausente Animalia Eucarioto com envoltrio nuclear Presentes Ausentes Ausentes fertilizao e meiose Heterotrfica, por ingesto clios e flagelos, fibrilas contrteis Presente em todas as formas Presentes

Pluricelularidade Sistema Nervoso

Ausente Ausente

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