clarice sabichona - vovó mima badan

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Estórias Estórias da da Vovó Mima Vovó Mima

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Page 1: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Estórias Estórias

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Vovó MimaVovó Mima

Page 2: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

CLARICE CLARICE SABICHONASABICHONA

Page 3: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Dona Nicota era uma rata muito carinhosa, que cuidava com amor de sua casa e de sua família.

Moravam no sótão de uma casa bem cuidada, e não eram importunados por ninguém.

Comida nunca faltou e o frio nunca os perturbou, já que havia roupas e mais roupas dentro de um velho baú.

Como toda mãe, Dona Nicota tinha preocupações com a família, principalmente com sua caçula, Clarice, que era diferente de seus outros filhos, ratinhos caseiros e obedientes. Dona Nicota, mal se descuidava, e ela sumia...

Alguém viu minha

filha Clarice por aí?

Page 4: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Dona Nicota tinha medo que algo de ruim pudesse acontecer à sua filhinha, pois na casa tinha até um gato!

Alguém viu a

Clarice por aí?

Nada fazia com que Clarice ficasse em casa; o que ela queria mesmo era conhecer o mundo. Mas, como uma

pequena ratinha ia conseguir?

Page 5: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Clarice fazia suas explorações pela casa e pelas redondezas desde muito pequena e, por causa disso, ficou conhecendo outras ratinhas, ficou amiga das formigas (que no começo

tinham medo dela) e aprendeu a correr dos gatos.

E adorava os passarinhos! Se pudesse, queria ser um pássaro para poder voar, ser livre. Como seria bom!!!

Bem que eu queria ser um beija-flor!

Page 6: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Cada andança de Clarice era uma verdadeira aventura no meio de jardins, carros e bueiros.

Com isso, Clarice foi conhecendo o mundo dos homens e dos bichos que habitavam o bairro onde morava e, aos poucos foi

ficando entediada.

As antigas aventuras ficaram chatas e ela queria mais, muito mais. Queria conhecer outros lugares, outra gente mas, suas pernas não agüentariam caminhar tanto...

Page 7: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Andou meio tristonha, quieta e Dona Nicota começou a ficar preocupada com a filha.

Tratou de levá-la ao Dr. Ratão pra ver o que estava acontecendo, e ele constatou que o que Clarice tinha era...

tristeza...

E o senhor tem algum remédio pra tristeza, Dr.

Ratão? Perguntou Dona Nicota.

Infelizmente pra esse mal Dr. Ratão nada podia fazer, a não ser recomendar muito

carinho e... passeios.

Page 8: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Ao longo dos dias Dona Nicota procurou fazer as vontades de Clarice, acarinhá-la ainda mais.

Nada fazia sua alegria voltar, uma tristeza!

Clarice pensou que precisava sair daquele estado e resolver fazer força, muita força pra ir em busca da

alegria perdida.

Uma tarde, após uma boa soneca, Clarice andava pela casa e viu uma porta entreaberta – uma porta que ela

nunca havia atravessado. O que será que tem do lado de lá, pensava Clarice e... resolver ir verificar.

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Clarice resolveu explorar o lugar. Subiu por uma escada bem grande e viu livros, muitos livros e, lembrou-se que há tempos tinha ouvido falar que as crianças-gente aprendem a entender aqueles sinais nas páginas dos livros.

E, como era uma ratinha, nunca aprendeu a ler, só lhe ensinavam travessuras – uma pena!

Entrou e viu uma enorme sala cheia de estantes, mesas, luminárias e algumas pessoas. Tudo era silêncio, que era quebrado, vez ou outra por alguns passos cuidadosos.

Page 10: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Mesmo assim foi até onde estavam os livros e encontrou alguns com as páginas abertas. Numa página tinha um grande desenho: um céu cheio de estrelas e uma lua a brilhar – uma beleza!

Com algum esforço Clarice virava as páginas dos livros e, conforme encontrava as figuras ia se encantando cada vez mais. Figuras de pessoas, de lugares, de animais (até de ratos) e até de um lindo barco.

Page 11: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

Quando voltou pra casa Clarice estava se sentindo um pouco melhor, o que deixou Dona Nicota menos

preocupada.

E, dia após dia Clarice ia até aquela sala fazer suas explorações. Nos livros ela procurava o que a

encantava – aventura. E, não é que encontrava mesmo?

Nos livros a pequena ratinha viajava por mares, conhecia pessoas, animais e imaginava como

viviam. Pena que não sabia ler...

E Clarice sonhava...

Até que voava com

um beija-flor!

Page 12: Clarice Sabichona - Vovó Mima Badan

O sorriso foi voltando em Clarice, que agora se sentia uma ratinha esperta, muito mais sabida que seus irmãos, primos e amigos. Eles sequer sabiam da existência de tanta coisa

deste mundo e ela sim, era a sabichona do pedaço.

Quando a família ia visitar os amigos, Clarice sempre era a mais requisitada por todos – queriam que ela contasse como

era o mundo lá fora, o mundo que eles não conheciam. E ela, na maior felicidade contava, contava e a todos

encantava.

A vida de Clarice ficou a cada dia mais interessante, divertida e ela agora é conhecida como “ratinha de biblioteca” ou...

Clarice sabichona.Clarice sabichona.

Ah, ela aprendeu até a cantar...Ah, ela aprendeu até a cantar...

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Estória criada e formatada por:Estória criada e formatada por:

Mima (Wilma) Badan, a Vovó MimaMima (Wilma) Badan, a Vovó Mima

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Música: Music Box – Execução de Ernesto Música: Music Box – Execução de Ernesto CortazarCortazar

Imagens: da NetImagens: da Net

(Repasse com os devidos créditos)(Repasse com os devidos créditos)

Às minhas netas que, como Clarice, são xeretas e sabichonas...

E, é claro, com o amor da vovó...