civilizações de alta cultura pré historia

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Civilizações de alta cultura pré historia Incas maias e astecas Como viviam antes da chegada dos espanhóis / escrita / ciências / cultura / religião / política / sociedade / conseqüências para eles depois que os espanhóis dominaram os territórios Sábado Maias, Astecas e Incas Antes da conquista européia, a América conheceu o desenvolvimento de importantas civilizações, que formaram-se ao longo de milhares de anos e que possuiam complexa organização social, econômica e política, que realizaram grandes obras públicas: sistema de irrigação, assim como palácios e templos, tanto na mesoamérica, onde encontravam-se Maias e Astecas, como no Altiplano Andino, onde desenvolveu-se o Império Inca.Essas três civilizações tinham como base as características gerais do Modo de Produção Asiático, possuindo portanto semelhanças com civilizações mais antigas do Oriente Próximo, mas também diferenças significativas entre si.A economia era essencialmente agrária, sendo a terra considerada como propriedade do Estado e trabalhada pelas comunidades camponesas, existindo atividades complementares como a criação de animais, o comércio e a mineração, esta última especialmente entre ao Astecas no México e os Incas no Altiplano Andino.Os Astecas desenvolveram um sistema de plantio baseado nos "jardins flutuantes", em região pantanosa que passou então a produzir. As comunidades camponesas conservavam pequena parcela de terra para uso familiar, mas a maior parte das terras pertencia à sacerdotes e elites locais (líderes dos clãs) no caso de Maias a Astecas. Entre os Incas a terra era divida em: Terra do Estado, Terra dos sacerdotes e Terra comunitária, onde cada família possuía um lote para cultivo próprio, onde produziria após trabalhar as terras

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Civilizações de alta cultura pré historiaIncas maias e astecasComo viviam antes da chegada dos espanhóis / escrita / ciências / cultura / religião / política / sociedade / conseqüências para eles depois que os espanhóis dominaram os territórios

Sábado

Maias, Astecas e Incas

Antes da conquista européia, a América conheceu o desenvolvimento de importantas civilizações, que formaram-se ao longo de milhares de anos e que possuiam complexa organização social, econômica e política, que realizaram grandes obras públicas: sistema de irrigação, assim como palácios e templos, tanto na mesoamérica, onde encontravam-se Maias e Astecas, como no Altiplano Andino, onde desenvolveu-se o Império Inca.Essas três civilizações tinham como base as características gerais do Modo de Produção Asiático, possuindo portanto semelhanças com civilizações mais antigas do Oriente Próximo, mas também diferenças significativas entre si.A economia era essencialmente agrária, sendo a terra considerada como propriedade do Estado e trabalhada pelas comunidades camponesas, existindo atividades complementares como a criação de animais, o comércio e a mineração, esta última especialmente entre ao Astecas no México e os Incas no Altiplano Andino.Os Astecas desenvolveram um sistema de plantio baseado nos "jardins flutuantes", em região pantanosa que passou então a produzir.

As comunidades camponesas conservavam pequena parcela de terra para uso familiar, mas a maior parte das terras pertencia à sacerdotes e elites locais (líderes dos clãs) no caso de Maias a Astecas. Entre os Incas a terra era divida em: Terra do Estado, Terra dos sacerdotes e Terra comunitária, onde cada família possuía um lote para cultivo próprio, onde produziria após trabalhar as terras do imperador e dos sacerdotes. A exploração do trabalho dos camponeses pelo Estado ainda era realizada através da mita , ou seja, toda comunidade estava obrigada a fornecer homens para as obras públicas ou para o trabalho nas minas.Apenas os Incas desenvolveram de fato um Império centralizado e teocrático, onde o Imperador, chamado Sapa Inca era considerado um deus, descendente direto do sol, supremo legislador e comandante do exército, suplantando a antiga unidade social, o Ayllu, (clã).

Na Península do Iucatã, os Maias desenvolveram um tipo de organização, onde cada centro urbano possuía autonomia e comandava as comunidades camponesas ao seu redor.Na região do

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México, em uma ilha do Lago Texcoco, os mexicas ou astecas construíram uma grande cidade, capital do Império - TENOCHTITLAN - onde havia palácios, templos, mercados e canais de irrigação, demonstrando grande desenvolvimento. Apesar de considerado um Império, em parte por suas conquistas e o domínio sobre vários povos, O imperador possuía representação religiosa e militar, mas não necessariamente política, na medida em que havia anteriormente um grupo de uma camada de militares e sacerdotes originários dos líderes das aldeiasNa medida em que líderes locais e sacerdotes se fortaleceram, essas sociedades viram a formação de classes sociais, rigidamente estratificada, consideradas portanto como estamental. Entre esses três povos havia uma elite de sacerdotes, militares e artífices do Estado e uma grande massa de camponeses responsável pela produção de excedentes, que concentravam-se nas mãos da elite.A religiosidade caracterizava-se pela crença em vários deuses, normalmente vinculados a elementos da natureza, como sol, chuva ou fertilidade, influenciando suas manifestações artísticas, principalmente a construção de grandes templos.

Os povos da Mesoamérica realizaram obras arquitetônicas colossais, representadas por templos e palácios em terraços com forma piramidal, assim como produziram objetos com carater decorativo, obras de ourivesaria de prata, ouro e pedras preciosas dos astecas, utilizadas para decorar palácios e templos.

No Altiplano Andino, os testemunhos mais importantes dessa cultura encontram-se na arquitetura monolítica e despojada de ornamentos, na qual demonstraram tanto uma técnica impecável quanto uma grande frieza expressiva. Atribuíram também grande importânica à indústria metalúrgica, principalmente na fabricação de armas, ao artesanato têxtil e à cerâmica. Nessa última, dedicaram-se às peças pequenas e às estatuetas antropomórficas.

Maias

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

(Redirecionado de Civilização maia)

 Nota: Se procura pelo livro de Eça de Queirós, consulte Os Maias; para

outros significados do termo, veja Maias (desambiguação).

Page 3: Civilizações de alta cultura pré historia

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Civilização maia

Povos · Línguas · Sociedade

Religião · Mitologia · Sacrifício humano

Arquitetura · Calendário

Tecidos · Comércio

Música pré-colombiana · Escrita

História

Colapso maia do clássico

Conquista do Iucatã

v • e

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável

por sua língua escrita (único sistema de escrita do novo mundo pré-

colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo

grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte,

arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. Inicialmente estabelecidas

durante o período pré-clássico (2000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias

atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período

clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o

período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma

das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do

mundo.[1]

A civilização maia divide muitas características com outras civilizações da

Mesoamérica, devido ao alto grau de interação e difusão cultural que

caracteriza a região. Avanços como a escrita, epigrafia e o calendário não se

originaram com os maias; no entanto, sua civilização se desenvolveu

plenamente. A influência dos maias pode ser detectada em países como

Honduras, Guatemala, El Salvador e na região central do México, há mais de

1000 km da área maia. Muitas influências externas são encontrados na arte e

arquitetura Maia, o que acredita-se ser resultado do intercâmbio comercial e

cultural, em vez de conquista externa direta. Os povos maias nunca

desapareceram, nem na época do declínio no período clássico, nem com a

chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização

espanhola das Américas. Hoje, os maias e seus descendentes formam

Page 4: Civilizações de alta cultura pré historia

populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantém um conjunto

distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias

pré-colombianas e pós-conquista (e estruturado pela aprovação quase total

do catolicismo romano). Muitas línguas maias continuam a ser faladas como

línguas primárias ainda hoje; o Rabinal Achí, uma obra literária na língua

achi, declarada uma obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da

Humanidade pela UNESCO em 2005.

Índice [esconder]

1 História

1.1 Decadência

1.2 A conquista pelo império

espanhol

1.2.1 Panorama das

descobertas

1.2.2 Primeiro contato

1.3 Redescoberta dos maias

2 Ciência e tecnologia

2.1 Urbanismo

2.2 Sistema de escrita

2.2.1 Livros maias

2.3 Matemática

3 Cultura

3.1 Artes

3.2 Religião

3.3 Arquitetura

3.3.1 Materiais de

construção

3.3.2 Processo de

construção

4 Lista de sítios maias

4.1 Sítios mais importantes

4.2 Outros sítios importantes

5 Referências

6 Ligações externas

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História

Page 5: Civilizações de alta cultura pré historia

Mapa histórico dos territórios habitados por povos de língua maia.

As evidências arqueológicas mostram que os maias começaram a edificar

sua arquitetura cerimonial há 3000 anos. Entre os estudiosos, há um certo

desacordo sobre os limites e diferenças entre a civilização maia e a cultura

mesoamericana pré-clássica vizinha dos olmecas. Os olmecas e os maias

antigos parecem ter-se influenciado mutuamente.

Os monumentos mais antigos consistem em simples montículos

remanescentes de tumbas, precursoras das pirâmides erguidas mais tarde.

Eventualmente, a cultura olmeca ter-se-ia desvanecido depois de dispersar a

sua influência na península de Iucatã, na Guatemala e em outras regiões.

Os maias construíram as famosas cidades de Tikal, Palenque, Copán e

Calakmul, e também Dos Pilas, Uaxactún, Altún Ha, e muitos outros centros

habitacionais na área. Jamais chegaram a desenvolver um império embora

algumas cidades-estado independentes tenham formado ligas temporárias,

associações e mesmo rápidos períodos de suserania. Os monumentos mais

notáveis são as pirâmides que construíram em seus centros religiosos, junto

aos palácios de seus governantes. Outros restos arqueológicos muito

importantes são as chamadas estelas (os maias as chamam de tetún, ou

"três pedras"), monolitos de proporções consideráveis que descrevem os

governantes da época, sua genealogia, seus feitos de guerra e outros

grandes eventos, gravados em caracteres hieroglíficos.

Os maias tinham economia preponderantemente agrícola embora

praticassem ativamente o comércio em toda a Mesoamérica e possivelmente

para além desta. Entre os principais produtos do comércio estavam o jade, o

cacau, o sal e a obsidiana.

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Decadência

Nos séculos VIII e IX a cultura maia clássica entrou em decadência,

abandonando a maioria das grandes cidades e as terras baixas centrais. A

guerra, doenças, inundações e longas secas, ou ainda a combinação destes

fatores são freqüentemente sugeridos como os motivos da decadência.

Existem evidências de uma era final em que a violência se expandia: cidades

amplas e abertas foram então fortemente guarnecidas por muradas, às vezes

Page 6: Civilizações de alta cultura pré historia

visivelmente construídas às pressas. Teoriza-se também com revoltas sociais

em que classes campesinas acabaram se revoltando contra a elite urbana

nas terras baixas centrais.

Os estados maias pós-clássicos também continuaram prosperando nos

altiplanos do sul. Um dos reinos maias desta área, Quiché, é o responsável

pelo mais amplo e famoso trabalho de historiografia e mitologia maias, o

"Popol Vuh".

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A conquista pelo império espanhol

Ver artigo principal: Conquista do Iucatã

Mapa da colonização das américas pelo Império espanhol.

Os territórios maias foram absorvidos durante o processo de expansão do

império asteca por volta do século XV.

Por fim, no ano de 1519, Hernán Cortez inicia a conquista do território asteca,

incluindo as regiões anteriormente pertencentes aos maias.

Algumas cidades ofereceram uma grande e feroz resistência; a última cidade

estado não foi subjugada pelos espanhóis senão em 1697.

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Panorama das descobertas

As tropas de Fernando Cortez derrotaram o exército asteca na Batalha de Otumba (1520).

Cristóvão Colombo, que tomou posse da ilhota (San Salvador) em nome da

Coroa de Castela em 12 de outubro de 1492 e vagou pelas ilhas do Haiti,

Cuba e Jamaica, julgava tratar-se das costas ocidentais de Cipango (Japão)

e Catai (China).

De retorno, a mercadoria mais interessante que trouxe foram habitantes das

terras ocidentais, os índios Caraíbas (vendeu 509 deles em Sevilha em 1495

e seu irmão vendeu 300 no ano seguinte em Cádiz) que pela sua nudez e

modos logo denunciaram não pertencerem aos reinos das índias, havendo

até quem dissesse que nem mesmo descendentes de Adão eram.

Assim, logo se alastrou o preceito de que se chegara apenas nas antilhas ou

Page 7: Civilizações de alta cultura pré historia

seja, terra inculta e inóspita a caminho das Índias, razão por que, em 1506,

Juan Dias de Solis e Vicente Yáñez Pinzón, quando chegaram ao México, no

extremo norte do Iucatã, julgaram tratar-se apenas de mais outra ilha.

Nem no sôfrego desembarque emergencial de um punhado de sobreviventes

de uma expedição de Vasco Nuñes de Balboa, em 1511, nas costas do

México, nem a chegada de Ponce de León em 1513, mais ao norte, na

Flórida, deram notícia dos Maias, que continuaram ignorados mesmo de

Fernando Cortez quando se apoderava do Império Asteca no México Central

a partir de 1519.

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Primeiro contato

Ver artigo principal: Conquista do Iucatã

Foi somente em 4 de março de 1517 que a flotilha comandada por Francisco

Hernandes de Córdoba – que estava à cata de índios para os escravizar nas

fazendas de Cuba) –, fugindo a uma tempestade que já durava dois dias,

aportou no norte do Iucatã e logo foi assediada por algumas canoas repletas

de maias vestidos em túnicas de algodão e (em razão de suas aparências) os

espanhóis logo lhes atribuíram mais razão que os habitantes de Cuba.

As sólidas e grandiosas construções ("casas de cal y canto"), visíveis do mar,

inspiraram o nome que os espanhóis deram ao lugar: "Gran Cairo" que

evocava a cultura islamita da qual os ibéricos eram tradicionais adversários

(recorrentemente chamavam as pirâmides de mesquitas). Tratava-se do

primeiro contacto entre as duas civilizações.

Entendendo-se por sinais, os espanhóis aceitaram o convite e

desembarcaram no dia seguinte e, após duas horas de marcha continente

adentro, foram surpreendidos pelo ataque dos maias no qual, já de início,

sucumbiram 15 espanhóis. E sucumbiriam todos, se não fora o uso dos

mosquetes que, mais pelo barulho que pelo efeito fatal, pôs os atacantes em

fuga.

Selo retratando Francisco Hernandez de Cordoba, editado na Nicarágua.

Nos conta Bernal Diaz de Castilho em sua obra História da Conquista da

Nova Espanha, que ficaram horrorizados pelo grande número de ídolos de

argila, uns com cabeças monstruosas, mulheres de grande estatura, todos

Page 8: Civilizações de alta cultura pré historia

em cenas e gestos diabólicos e que …Gonzales, o padre da expedição,

passou os cinco dedos em diversos deles e confiscou todo o ouro que

encontrou.

Apresando dois maias, a expedição se fez ao mar novamente e navegou a

oeste e sul até chegar na atual Campeche cujas duas grandes torres visíveis

ao longe do mar inspiraram o nome Punta de las Mujeres dado ao local.

Aí os espanhóis horrorizaram-se, pois o sacerdote local acabara de praticar

um sacrifício, e as paredes, assim como os cabelos do sacerdote, estavam

ensopados de sangue (e era preceito rigoroso que não se os podia limpar). O

mal estar deve ter ficado explícito e o sacerdote, convocando um grande

número de guerreiros, fez os espanhóis entenderem que não eram

benvindos: acenderam uma pequena fogueira deram a entender que se eles

não se fossem até o fogo se extinguir, iria haver violência.

Cautelosa a tripulação retirou-se e rumou mais para o sul até Champoton

onde desembarcaram pois a provisão de água dos navios tinha se acabado e

era necessário renová-la. Tentando encher suas pipas e vasilhas num poço

do maias, estes os hostilizaram e atacaram por dias a fio, flexando-os a

distância do fio das espadas e dos tiros de mosquetes, que já não os

assustavam.

Sem outra alternativa, os espanhóis romperam o cerco e fugiram em direção

aos navios, abandonando as vasilhas de água. Na fuga, os batéis

emborcaram e os espanhóis seguiram meio a nado, meio agarrados aos

escombros, e depois foram resgatados.

Da centena de homens do início da expedição, neste embate cinqüenta

foram mortos e os que não tiveram suas gargantas cortadas com espadas de

madeira encravadas de sílex foram capturados para servirem a futuros

sacrifícios, e todos os demais ficaram feridos a exceção de um único soldado

que surpreendentemente saiu ileso.

O próprio cronista Bernal Diaz de Castilhos, então com 25 anos, havia levado

três flechadas, e o chefe da expedição, Hernandes de Córdoba, veio a falecer

das complicações dos ferimentos daqueles combates.

Feitos ao mar sem água potável, com pesadas baixas mas com um punhado

de ouro, estes primeiros conquistadores foram o estopim para futuras

expedições de outros tantos aventureiros. Assim se iniciava a conquista dos

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estados maias.

Prefeitos maias em cidade da Guatemala - 1891.

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Redescoberta dos maias

As colônias espanholas americanas estavam muito afastadas do mundo

exterior, e as ruínas das grandes cidades antigas eram pouco conhecidas

exceto pelos locais.

Entretanto, em 1839, o explorador americano John Lloyd Stephens,

escutando notícias de ruínas perdidas nas selvas, visitou Copán, Palenque, e

outras localidades acompanhado do arquiteto e desenhista Frederick

Catherwood.

Seu diário de viagem ilustrado sobre as ruínas incendiaram um forte

interesse pela região e sua gente promovendo a assimilação do vínculo com

a cultura maia entre os dirigentes locais.

A maioria da população rural contemporânea da Guatemala e Belize é maia

por descendência e idioma primário; em áreas rurais do México ainda existe

uma cultura maia.

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Ciência e tecnologia

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Urbanismo

Maquete da acrópole de San Andrés.

Ainda que as cidades maias estivessem dispersas na diversidade da

geografia da Mesoamérica, o efeito do planejamento parecia ser mínimo;

suas cidades foram construídas de uma maneira um pouco descuidada,

como ditava a topografia e declive particular. A arquitetura maia tendia a

integrar um alto grau de características naturais. Por exemplo, algumas

cidades existentes nas planícies de pedra calcária no norte do Iucatã se

converteram em municipalidades muito extensas enquanto que outras,

construídas nas colinas das margens do rio Usumacinta, utilizaram os

declives e montes naturais de sua topografia para elevar suas torres e

Page 10: Civilizações de alta cultura pré historia

templos a alturas impressionantes. Ainda assim prevalece algum sentido de

ordem, como é requerido por qualquer grande cidade.

No começo da construção em grande escala, geralmente se estabelecia um

alinhamento com as direções cardinais e, dependendo do declive e das

disponibilidades de recursos naturais como água fresca (poços ou cenotes), a

cidade crescia conectando grandes praças com as numerosas plataformas

que formavam os fundamentos de quase todos os edifícios maias, por meio

de calçadas chamadas sacbeob (singular sacbe).

Cenote Sagrado de Chichén Itzá.

No coração das cidades maias existiam grandes praças rodeadas por

edifícios governamentais e religiosos, como a acrópole real, grandes templos

de pirâmides e ocasionalmente campos de jogo de bola. Imediatamente para

fora destes centros rituais estavam as estruturas das pessoas menos nobres,

templos menores e santuários individuais. Entretanto, quanto menos sagrada

e importante era a estrutura, maior era o grau de privacidade. Uma vez

estabelecidas, as estruturas não eram desviadas de suas funções nem outras

eram construídas, mas as existentes eram freqüentemente reconstruídas ou

remodeladas.

As grandes cidades maias pareciam tomar uma identidade quase aleatória,

que contrasta profundamente com outras cidades da Mesoamérica como

Teotihuacán em sua construção rígida e quadriculada.

Ainda que a cidade se dispusesse no terreno na forma em que a natureza

ditara, se punha cuidadosa atenção à orientação dos templos e observatórios

para que fossem construídos de acordo com a interpretação maia das órbitas

das estrelas. Afora os centros urbanos constantemente em evolução,

existiam os lugares menos permanentes e mais modestos do povo comum.

O desenho urbano maia pode descrever-se singelamente como a divisão do

espaço em grandes monumentos e calçadas. Neste caso, as praças públicas

ao ar livre eram os lugares de reunião para as pessoas. Por esta razão, o

enfoque no desenho urbano tornava o espaço interior das construções

completamente secundário. Somente no período pós-clássico tardio, as

grandes cidades maias se converteram em fortalezas que já não possuíam, a

maioria das vezes, as grandes e numerosas praças do período clássico.

Page 11: Civilizações de alta cultura pré historia

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Sistema de escrita

Glifos maias em estuque no museu de Palenque, México.

O sistema de escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga

semelhança com a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) era

uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de

escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente

o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho

mundo.

As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo.

Algumas partes foram decifradas no final do século XIX e início do século XX

(em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e

astronomia), mas os maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e

1970 e se aceleraram daí em diante de maneira que atualmente a maioria

dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seus idiomas

originais. Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela

conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os códices maias logo

após a conquista.

Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram

gravadas em pedra e isto porque a grande maioria estava situada em cidades

já abandonadas quando os espanhóis chegaram.

Página do chamado códice de Madrid.

Os livros maias, normalmente tinham páginas semelhantes a um cartão,

feitas de um tecido sobre o qual aplicavam uma película de cal branca sobre

a qual eram pintados os caracteres e desenhadas ilustrações. Os cartões ou

páginas eram atadas entre si pelas laterais de maneira a formar uma longa

fita que era dobrada em zigue-zague para guardar e desdobrada para a

leitura.

Atualmente restam apenas três destes livros e algumas outras páginas de um

quarto, de todas as grandes bibliotecas então existentes. Freqüentemente

são encontrados, nas escavações arqueológicas, torrões retangulares de

gesso que parecem ser restos do que fora um livro depois da decomposição

Page 12: Civilizações de alta cultura pré historia

do material orgânico.

Relativamente aos poucos escritos maias existentes, Michael D. Coe, um

proeminente arqueólogo da Universidade de Yale disse:

Nosso conhecimento do pensamento maia antigo representa só uma minúscula fração do panorama completo, pois dos milhares de

livros nos quais toda a extensão dos seus rituais e conhecimentos foram registrados, só quatro sobreviveram até os tempos

modernos (como se toda a posteridade soubesse de nós, baseados apenas em três livros de orações e "El Progreso del Peregrino).

[2]

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Livros maias

▪ Chilam Balam

▪ Popol Vuh, (que significa livro da reunião ou comunidade, considerado a

Biblia maia)

▪ Rabinal Achí

▪ Anais dos Caqchiqueles

▪ Códices maias

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Matemática

Grafia dos números maias

Os maias (ou seus predecessores olmecas) desenvolveram

independentemente o conceito de zero (de fato, parece que estiveram

usando o conceito muitos séculos antes do velho mundo), e usavam um

sistema de numeração de base 20.

As inscrições nos mostram, em certas ocasiões, que trabalhavam com somas

de até centena de milhões. Produziram observações astronômicas

extremamente precisas; seus diagramas dos movimentos da Lua e dos

planetas se não são iguais, são superiores aos de qualquer outra civilização

que tenha trabalhado sem instrumentos óticos. Ao encontro desta civilização

com os conquistadores espanhóis, o sistema de calendários dos maias já era

estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano, muitas

vezes reformado depois disto.

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Cultura

Page 13: Civilizações de alta cultura pré historia

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Artes

Mural com afresco em Bonampak.

Muitos consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como a mais

sofisticada e bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos em estuque

de Palenque e a estatuária de Copán são especialmente refinados,

mostrando uma graça e observação precisa da forma humana, que

recordaram aos primeiros arqueólogos da civilização do Velho Mundo, daí o

nome dado à era.

Somente existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos, a

maioria sobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas. Também

existe uma construção em Bonampak que tem murais antigos e que,

afortunadamente, sobreviveram a um acidente desconhecido até hoje.

Com as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma

das poucas nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos.

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Religião

Cerimônia maia - Bênção de uma criança.

Pouco se sabe a respeito das tradições religiosas dos maias, a religião ainda

não é completamente entendida por estudiosos. Assim como os astecas e os

incas, os maias acreditavam na contagem cíclica natural do tempo. Os rituais

e cerimônias eram associados a ciclos terrestres e celestiais que eram

observados e registrados em calendários separados. Os sacerdotes maias

tinham a tarefa de interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético

sobre o futuro ou passado com base no número de relações de todos os

calendários. A purificação incluia jejum, abstenção sexual e confissão. A

purificação era normalmente praticada antes de grandes eventos religiosos.

Os maias acreditavam na existência de três planos principais no cosmo: a

Terra, o céu e o submundo.

Os maias sacrificavam humanos e animais como forma de renovar ou

estabelecer relações com o mundo dos deuses. Esses rituais obedeciam

diversas regras. Normalmente, eram sacrificados pequenos animais, como

Page 14: Civilizações de alta cultura pré historia

perus e codornas, mas nas ocasiões muito excepcionais (tais como adesão

ao trono, falecimento do monarca, enterro de algum membro da família real

ou períodos de seca) aconteciam sacrifícios de humanos. Acredita-se que

crianças eram muitas vezes oferecidas como vítimas sacrificiais porque os

maias acreditavam que essas eram mais puras.

Os deuses maias não eram entidades separadas como os deuses gregos.

Também não existia a separação entre o bem e o mal e nem a adoração de

somente um deus regular, mas sim a adoração de vários deuses conforme a

época e situação que melhor se aplicava para aquele deus.

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Arquitetura

Ver artigo principal: Arquitetura maia

A arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e

facilmente reconhecíveis como maias são as fantásticas pirâmides

escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período

da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático

cresceram para se tornarem incríveis cidades como Chichén Itzá, Tikal e

Uxmal. Devido às suas muitas semelhanças assim como diferenças

estilísticas, os restos da arquitetura maia são uma chave importante para o

entendimento da evolução de sua antiga civilização.

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Materiais de construção

Tijolo de Comalcalco.

Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de

muitas das incastecnologias avançadas que poderiam parecer necessárias a

tais construções. Não há notícia do uso de ferramentas de metal, polias ou

veículos com rodas. A construção maia requeria um elemento com

abundância, muita força humana, embora contasse com abundância dos

materiais restantes, facilmente disponíveis.

Toda a pedra usada nas construções maias parece ter sido extraída de

pedreiras locais; com maior freqüência era usada pedra calcária, que, ainda

que extraída e exposta, permanecia adequada para ser trabalhada e polida

com ferramentas de pedra, só endurecendo muito tempo depois.

Page 15: Civilizações de alta cultura pré historia

Além do uso estrutural de pedra calcária, esta era usada em argamassas

feitas do calcário queimado e moído, com propriedades muito semelhantes

às do atual cimento, geralmente usada para revestimentos, tetos e

acabamentos e para unir as pedras apesar de, com o passar do tempo e da

melhoria do acabamento das pedras, reduzirem esta última técnica, já que as

pedras passaram a se encaixar quase perfeitamente. Ainda assim o uso da

argamassa permaneceu crucial em alguns tetos de postes e vergas sobre

portas e janelas (dintel).

Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as

estruturas de madeira, adobe nas paredes e cobertura de palha, embora

tenham sido descobertas casas comuns feitas de pedra calcária, senão total

mas parcialmente. Embora não muito comum, na cidade de Comalcalco,

foram encontrados ladrilhos de barro cozido, possivelmente solução

encontrada para o acabamento em virtude da falta de depósitos substanciais

de boa pedra.

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Processo de construção

Ruínas de Palenque.

Todas as evidências parecem sugerir que a maioria dos edifícios foi

construída sobre plataformas aterradas cuja altura variava de menos de um

metro, no caso de terraços e estruturas menores, a até quarenta e cinco

metros, no caso de grandes templos e pirâmides. Uma trama inclinada de

pedras partia das plataformas em pelo menos um dos lados, contribuindo

para a aparência bi-simétrica comum à arquitetura maia. Dependendo das

tendências estilísticas que prevaleciam na área e época, estas plataformas

eram construídas de um corte e um aterro de entulhos densamente

compactado. Como no caso de muitas outras estruturas, os relevos maias

que os adornavam, quase sempre se relacionavam com o propósito da

estrutura a que se destinavam. Depois de terminadas, as grandes residências

e os templos eram construídos sobre as plataformas. Em tais construções,

sempre erguidas sobre tais plataformas, é evidente o privilégio dado ao

aspecto estético exterior em contra-ponto à pouca atenção à utilidade e

funcionalidade do interior.

Page 16: Civilizações de alta cultura pré historia

Imagem 3D do grupo de templos de Palenque ao qual se integra o Templo da Cruz.

Parece haver um certo aspecto repetitivo quanto aos vãos das construções

nos quais os arcos (como curvas) são raros, mas freqüentemente retos,

angulados ou imbricados, tentando mais reproduzir a aparência de uma

cabana maia, do que efetivamente incrementar o espaço interior. Como eram

necessárias grossas paredes para sustentar o teto, alguns edifícios das

épocas mais posteriores utilizaram arcos repetidos ou uma abóbada

arqueada para construir o que os maias denominavam pinbal, ou saunas,

como a do Templo da Cruz em Palenque. Ainda que completadas as

estruturas, a elas iam-se anexando extensos trabalhos de relevo ou pelo

menos reboco para aplainar quaisquer imperfeições. Muitas vezes sob tais

rebocos foram encontrados outros trabalhos de entalhes e dintéis e até

mesmo pedras de fachadas. Comumente a decoração com faixas de relevos

era feita em redor de toda a estrutura, provendo uma grande variedade de

obras de arte relativas aos habitantes ou ao propósito do edifício. Nos

interiores, e notadamente em certo período, foi comum o uso de

revestimentos em reboco primorosamente pintados com cenas do uso

cotidiano ou cerimonial.

Há sugestão de que as reconstruções e remodelações ocorriam em virtude

do encerramento de um ciclo completo do calendário maia de conta larga, de

52 anos. Atualmente, pensa-se que as reconstruções eram mais instigadas

por razões políticas do que pelo encerramento do ciclo do calendário, já que

teria havido coincidência com a data da assunção de novos governantes.

Não obstante, o processo de reconstrução em cima de estruturas velhas é

uma prática comum. Notavelmente, a acrópole de Tikal, parece ser a síntese

de um total de 1500 anos de modificações arquitetônicas.

Construções notáveis

Ruínas de construções maias no México

▪ Plataformas cerimoniais

Estas eram comumente plataformas de pedra calcária com muros de menos

de quatro metros de altura onde se realizavam cerimônias públicas e ritos

religiosos. Construídas nas grandes plataformas, eram ao menos realçadas

com figuras talhadas em pedra e às vezes tzompantli ou uma estaca usada

Page 17: Civilizações de alta cultura pré historia

para exibir as cabeças das vítimas geralmente os derrotados nos jogos de

bola mesoamericanos.

▪ Palácios

Palácio de Palenque.

Grandes e geralmente muito decorados, os palácios geralmente ficavam

próximos do centro das cidades e hospedavam a elite da população.

Qualquer palácio real grande ou ao menos que tivesse várias câmaras ou

erguido em vários níveis, tem sido chamado de acrópole. Tais construções

consistiam de várias pequenas câmaras ou pelo menos um pátio interno,

parecendo propositadas a servirem de residência a uma pessoa ou pequeno

grupo familiar decorada como tal.

Os arqueólogos parecem estar de acordo em que muitos palácios são

também o lugar de muitas tumbas mortuárias. Em Copán, debaixo de 400

anos de remodelações posteriores, se descobriu a tumba de um de seus

antigos governantes e a acrópole de Tikal parece ter sido o lugar de vários

sepultamentos do final do período pré-clássico e início do clássico.

Existe, no entanto, alguns arqueólogos que afirmam serem os palácios locais

não muito prováveis para a morada da elite governante, uma vez que tais

moradas mostram-se demasiadamente infestadas de morcegos e um tanto

quanto desconfortáveis; sugerindo - assim - ser um espécie de mosteiro ou

quartéis para as comunidades sacerdotais. Nessa linha de pensamento,

contudo, caímos em uma outra rua sem saída: não existem comprovações da

existência de ordens eclesiásticas ou monásticas nos tempos clássicos.

Concluir, portanto, que fossem moradas das classes governamentais - neste

contexto - é a solução mais viável; o que não impede a existência de diversas

teorias sobre a origem e a função de tais palácios.

▪ Grupos E

Os estudiosos têm denominado de "Grupo E" à freqüentemente encontrada

formação de três pequenas construções, sempre situadas a oeste das

cidades, tratando-se de um intrigante mistério a sua recorrência.

Estas construções sempre incluem pelo menos uma pequena pirâmide-

templo a oeste da praça principal que tem sido aceita como observatório

devido ao seu preciso posicionamento em relação ao Sol, quando observado

Page 18: Civilizações de alta cultura pré historia

da pirâmide principal nos solstícios e equinócios. Outras teses sugerem que

sua localização reproduz ou pelo menos se relaciona com a história da

criação do universo segundo a mitologia maia, posto que vários de seus

adornos a ela, freqüentemente, se referem.

▪ Pirâmides e templos

Pirâmide de Kukulcán, em Chichén Itzá.

Com freqüência os templos religiosos mais importantes se encontravam em

cima das pirâmides maias, supostamente por ser o lugar mais perto do céu.

Embora recentes descobertas apontem para o uso extensivo de pirâmides

como tumbas, os templos raramente parecem ter contido sepulturas. A falta

de câmaras funerárias indica que o propósito de tais pirâmides não é servir

como tumbas e se as encerram isto é incidental.

Pelas íngremes escadarias, se permitia aos sacerdotes e oficiantes o acesso

ao cume da pirâmide onde havia três pequenas câmaras com propósitos

rituais. Os templos sobre as pirâmides, a mais de 70 metros de altura, como

em El Mirador, de onde se descortinava o horizonte ao longe, constituíram

estruturas impressionantes e espetaculares, ricamente decoradas.

Comumente possuíam uma crista sobre o teto, ou um grande muro que,

teorizam, poderia ter servido para a escrita de sinais rituais para serem vistos

por todos.

Como eram ocasionalmente as únicas estruturas que excediam a altura da

selva, as cristas sobre os templos eram minuciosamente talhadas com

representações dos governantes que se podiam ver de grandes distâncias.

Debaixo dos orgulhosos templos estavam as pirâmides que eram, em última

instância, uma série de plataformas divididas por escadarias empinadas que

davam acesso ao templo.

▪ Observatórios astronômicos

Kukulkán é o nome maia de Quetzalcóatl, aqui desenhado a partir de um baixo-relevo de Yaxchilan.

Os maias foram excepcionais astrônomos e mapearam as fases e cursos de

diversos corpos celestes, especialmente da Lua e de Vênus.

Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias (e

Page 19: Civilizações de alta cultura pré historia

provavelmente outros aparatos) para acompanhar e medir o progresso das

rotas dos objetos observados. Templos arredondados, quase sempre

relacionados com Kukulcán, são talvez os mais descritos como observatórios

pelos mais modernos guias turísticos de ruínas, mas não há evidências que o

seu uso tinha exclusivamente esta finalidade.

Em vários templos sobre pirâmides foram encontradas marcações de miras

que indicam que observações astronômicas também foram feitas dali.

▪ Campos de jogo de bola

Grande estádio em Chichén Itzá.

Ver artigo principal: Jogo de bola mesoamericano

Um aspecto do estilo de vida mesoamericano é o seu jogo de bola ritual e

seus campos ou estádios, que foram construídos por todo o império maia em

grande escala.

Estes estádios normalmente situavam-se nos centros das cidades. Tratava-se de espaços amplos entre duas laterais de plataformas ou rampas escalonadas paralelas, em forma de "I" maiúsculo direcionado para uma plataforma cerimonial ou templo menor. Tais campos foram encontrados na maioria das cidades maias, exceto nas menores.

Astecas

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Império Asteca

Império Pré-Colombiano

1325

Continente América do Norte

Page 20: Civilizações de alta cultura pré historia

Capital Tenochtitlan

Língua oficial Náuatle

Religião Religião asteca

Governo MonarquiaTlatoani

 • 1376–1395 Acamapichtli

 • 1520–1521 Cuauhtémoc

História • 13 de março de 1325 de 1325

Tenochtitlan é fundada.

 • 13 de agosto de 1521 de 1521

Conquista do Império Asteca

Moeda Várias

A Wikipédia possui o portal:

Portal Astecas

Os astecas (1325 até 1521; a forma azteca também é usada) foram uma

civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente

entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.

Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa civilização

destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias, florescendo entre

o século X e o século XII seguidos pelos chichimecas imediatamente

anteriores e praticamente fundadores do Império Asteca com a queda do

Império Tolteca.

O idioma asteca era o nahuatl.

Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos

conquistadores espanhóis, comandados por Fernando Cortez.

Índice [esconder]

1 História

2 A Sociedade

3 O imperador

3.1

Imperadores

4 A religião

5 A medicina

5.1 Plantas

Page 21: Civilizações de alta cultura pré historia

e técnicas

6 Cidades

históricas

7 Ver também

8 Bibliografia

9 Ligações

externas

História

O controle político do populoso e fértil vale do México ficou confuso após

1100. Gradualmente, os astecas, uma tribo do norte, assumiram o poder

depois de 1200. Os astecas eram um povo indígena da América do Norte,

pertencente ao grupo nahua. Os astecas também podem ser chamados de

mexicas (daí México). Migraram para o vale do México (ou Anahuác) no

princípio do século XIII e assentaram-se, inicialmente, na maior ilha do lago

de Texcoco (depois todo drenado pelos espanhóis), seguindo instruções de

seus deuses para se fixarem onde vissem uma águia pousada em um cacto,

devorando uma cobra.

Civilização asteca

Sociedade asteca

Idioma • Religião • Mitologia

Sacrifícios humanos • Calendários

Medicina

História asteca

Aztlan • Militarismo asteca

Tríplice Aliança Asteca • Códices

astecas

Conquista do Império Asteca • Noite

Triste

Queda de Tenochtitlan

Moctezuma II • Hernán Cortés

A partir dessa base formaram uma aliança com duas outras cidades –

Texcoco e Tlacopán – contra Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram a

conquistar outras cidades do vale durante o século XV, quando controlavam

Page 22: Civilizações de alta cultura pré historia

todo o centro do México como um Império ou Confederação Asteca, cuja

base econômico-política era o modo de produção tributário. No princípio do

século XVI, seus domínios se estendiam de costa a costa, tendo ao norte os

desertos e ao sul o território maia.

Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural,

eram governados por uma monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas

classes sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e

escravos, além de possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários

(astronômico e litúrgico).

Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três

aspectos: a religião, que demandava sacrifícios humanos em larga escala,

particularmente ao Deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia avançada,

como a utilização eficiente das chinampas (ilhas artificiais construídas no

lago, com canais divisórios) e a vasta rede de comércio e sistema de

administração tributária.

Brasão de armas mexicano mostrando o sinal para a fundação da capital asteca.

O império asteca era formado por uma organização estatal que se sobrepôs

militarmente a diversos povos e comunidades na Meso-América. Segundo

Jorge Luis Ferreira, os astecas possuíam uma superioridade cultural e isso

justificaria sua hegemonia política sobre as inúmeras comunidades nestas

regiões, o que era argumentado por eles mesmos.

No período anterior a sua expansão os astecas estavam no mesmo estágio

cultural de seus vizinhos de outras etnias. Por um processo muito específico,

numa expansão rápida, passaram a subjugar, dominar e tributar os povos

das redondezas, outrora seus iguais. É importante lembrar estes aspectos

pelo fato de terem se tornado dominantes por uma expansão militar, e não

por uma suposta sofisticação cultural própria e autônoma.

Um guerreiro-jaguar do Codex Magliabecchiano. O jaguar desempenhava um papel cultural na mitologia asteca.

Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga

na Mesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua

Page 23: Civilizações de alta cultura pré historia

sociedade e religião. Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário

ao sol, como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia.

Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas

em um dia só não era incomum. Os corações eram arrancados de vítimas

vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios eram

conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue

escorria pelos degraus. A economia asteca estava baseada primordialmente

no milho, e as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam de provisão

regular de sangue por meio dos sacrifícios.

Durante os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como campeonatos de

coragem e de habilidades de guerreiros, e com o intuito de capturar mais

vítimas. Eles lutavam com clavas de madeira para mutilar e atordoar, e não

matar. Quando lutavam para matar, colocava-se nas clavas uma lâmina de

obsidiana.

Sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis no

começo do século XVI. Tornaram-se aliados de Cortés em 1519. O

governante asteca Moctezuma II considerou o conquistador espanhol a

personificação do Deus Quetzalcóatl, e não soube avaliar o perigo que seu

reino corria. Ele recebeu Cortés amigavelmente, mas posteriormente o

tlatoani foi tomado como refém. Em 1520 houve uma revolta asteca e

Moctezuma II foi assassinado. Seu sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão de

Montezuma), o último governante asteca, resistiu aos invasores, mas em

1521 Cortés sitiou Tenochtitlán e subjugou o império. Muitos povos não-

astecas, submetidos à Confederação, se uniram aos conquistadores contra

os astecas.

A Sociedade

Imagem totem de um guerreiro águia, que junto com o guerreiro-jaguar, compuseram primordialmente as elites de guerra do antigo império asteca.

A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin

(nobreza) era formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos

guerreiros — como os Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam

participar também alguns plebeus (macehualtin) que tivessem realizado

algum ato extraordinário. Tomar chocolate quente (xocoatl) era um privilégio

da nobreza. O resto da população era constituída de lavradores e artesãos.

Page 24: Civilizações de alta cultura pré historia

Havia, também, escravos (tlacotin).

Havia, na ordem, começando do plano mais baixo:

▪ Escravos

▪ maceualli ou calpulli (membro do clã)

▪ artesãos e comerciantes

▪ pochtecas (grandes comerciantes)

▪ sacerdotes, dignitários civis e militares.

O imperador

Os imperadores astecas em língua Nahuatl eram chamados Hueyi Tlatoani

("O Grande Orador"), termo também usado para designar os governantes das

altepetl (cidades). Os imperadores astecas foram os maiores responsáveis

tanto pelo crescimento do império, como para a decadência do mesmo.

Ahuizotl, por exemplo, foi ao mesmo tempo o imperador mais cruel e o

responsável pela maior expansão do império. Já Montezuma II (ou

Moctezuma II), tendo sido um imperador justo e pacifico, foi também fraco em

suas decisões, permitindo que os espanhóis entrassem em seus domínios,

mesmo após a circulação de histórias de que estes teriam massacrado tribos,

abalando fatalmente a solidez de seu império, e finalmente degenerando na

sua extinção.

A sucessão dos imperadores astecas não era hereditária de pai para filho,

sendo estes eleitos por um consenso entre os membros da nobreza.

Moctezuma II.

Imperadores

▪ Acamapichitli (1376–1395)

▪ Huitzilíhuitl (1395–1417)

▪ Chimalpopoca (1417–1427)

▪ Itzcóatl (1427-1440)

▪ Montezuma I (1440-1469)

▪ Axayacatl (1469-1481)

▪ Tízoc (1481-1486)

▪ Ahuizotl (1486-1502)

▪ Montezuma II (1502-1520)

Page 25: Civilizações de alta cultura pré historia

▪ Cuitláhuac (1520)

▪ Cuauhtémoc (1520-1521)

A religião

Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o

sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo

deixaria de funcionar.

Os sacrifícios eram dedicados a:

Um sacrifício humano.

▪ Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra

por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o

coração do guerreiro vivo para alimentar seu Deus;

▪ Tlaloc: anualmente eram sacrificadas crianças no cume da montanha.

Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o

Deus proveria.

No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram vinculados ao

ciclo solar e à atividade agrícola. Observações astronômicas e estudo dos

calendários faziam parte do conhecimento dos sacerdotes.

O Deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os

sacerdotes formavam um poderoso grupo social, encarregado de orientar a

educação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A

religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios. Segundo o divulgado

pelos conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda do coração de

animais e de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os

deuses, contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina

encontraremos um sem número de ritos.

Há referências a um Deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de

história mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl, mandou fazer um

templo sem ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele,

graças a quem nós vivemos".

A medicina

Imagem de Xipe Totec no calendário Tonalamatl de 260 dias.

Page 26: Civilizações de alta cultura pré historia

Estátua de Tlaloc nas imediações do Museu Nacional de Antropologia e História, na Cidade do México.

A antropologia médica situa o conhecimento mítico-religioso como forma de

racionalidade médica se este se constitui como um sistema lógico e

teoricamente estruturado, que preencha como condições necessárias e

suficientes os seguintes elementos:

▪ Uma morfologia (concepção anatômica);

▪ Uma dinâmica vital ( "fisiologia");

▪ Um sistema de diagnósticos;

▪ Um sistema de intervenções terapêuticas;

▪ Uma doutrina médica (cosmologia).

Pelo menos parcialmente, o sistema asteca preenche tais requisitos.

Apresenta-se como teoricamente estruturado, com formação específica (o

aprendizado das diversas funções da classe sacerdotal), o relativo

conhecimento de anatomia (comparado com sistemas etnomédicos de índios

dos desertos americanos ou florestas tropicais) em função, talvez, da prática

de sacrifícios humanos mas não necessariamente dependente dessa

condição. Há evidências que soldavam fraturas e punham talas em ossos

quebrados.

A dinâmica vital da relação tonal (tonalli) – nagual (naualli) ou explicações do

efeito de plantas medicinais são pouco conhecidos, contudo o sistema de

intervenções terapêuticas através de plantas medicinais, dietas e ritos são

evidentes. A doutrina médica tradicional por sua vez, também não é bem

conhecida.

No sistema diagnóstico encontramos quatro causas básicas: Introdução de

corpo estranho por feitiçaria; Agressões sofridas ao duplo (nagual);

Agressões ou perda do tonal; e influências nefastas de espíritos (ares).

Em relação a esse conjunto de patologias, os deuses representavam

simultaneamente uma categoria de análise de causa e possibilidade de

intervenção por sua intercessão. Tlaloc estava associado aos ares e doenças

do frio e da pele (úlceras e lepra) e hidropsia; Ciuapipiltin às convulsões e

paralisia; Tlazolteotl às doenças do amor que inclusive causavam a morte

(tlazolmiquiztli ); Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as parturientes;

Xipe Totec era o responsável pelas oftalmias.

Page 27: Civilizações de alta cultura pré historia

Plantas e técnicas

O tabaco e o incenso vegetal (copalli) estava presente em suas práticas.

Seus ticitl (médicos feiticeiros) em nome dos deuses realizavam ritos de cura

com plantas que contém substâncias psicodélicas (Lophophora willamsii ou

peiote; Psylocybe mexicana, Stropharia cubensis - cogumelos com

psilocibina; Ipomoea violacea e Rivea coribosa - oololiuhqui) que ensinam a

causa das doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e sofrimentos

infligidos ao duplo animal ou nagual (naualli) os casos de enfeitiçamento ou

castigo dos deuses.

Entre os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com dietas a base de milho, passiflora (quanenepilli), o bálsamo do peru, a raiz de jalapa, a salsaparrilha (iztacpatli / psoralea) a valeriana entre centenas de outras registradas em códices escritos dos quais nos sobraram fragmentos.