civilizações da antiguidade

155
Como se faz a História  A História é feita todos os dias Como se faz a história História significa investigação e essa é uma palavra de origem grega. Então o que investigar? Tudo. Tudo o que acontece no universo, tudo o que muda e se transforma, isso é matéria para investigação e, na medida em que o universo está em constante mutação, temos matérias infinitas para estudo.  A istória é uma ci!ncia do presente, porque o presente é um refle"o #em$ora não direto% do passado. A relação entre o passado e o presente escreve a istória.  A istória é feita todos os dias, ela não para. Todos os dias nós fa&emos a istória. 'ão é poss(vel sentir que a istória é algo que ocorre distante de nós, ela é o estudo de um passado vivo, o passado da umanidade, onde estamos inclu(dos. )uitas ve&es é preciso $uscar nos acontecimentos do passado a resposta para quest*es atuais.  Ao começar um estudo sério da istória poderemos entender como as s ociedades se desenvolveram ao longo do tempo, quais foram os fatores determinantes para certas situaç*es enfrentadas pelo mundo atual, se+am eles pol(ticos, religiosos, étnicos, sociais, financeiros.  A istória é feita por gente como nós, por gente em quem nós votamos e escolemos como l(deres. A istória é feita de pequenos atos, de grandes feitos, de atrocidades e de ero(smo. A istória é viva e está em ação Os antigos historiadores  As fontes para investigação são várias, mas, sem d-vida é complicado levantar a préistória, ou se+a, a istória que e"istiu sem dei"ar nada além de vest(gios. )esmo assim, através de pinturas nas cavernas e outras pistas, podemos presumir um pouco da vida dos nossos ancestrais.  Alguns povos nos dei"aram documentos de inestimável valor tanto em artes de modo geral, como, e principalmente, escritos. 'o Egito, na )esopot/mia e em outras civili&aç*es, os estudiosos coletaram mais do que um tesouro em ouro ou pedras preciosas. Eles coletaram informaç*es, que são o maior tesouro para um estudioso da istória.

Upload: franz-schmitt

Post on 15-Oct-2015

62 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    1/155

    Como se faz a HistriaA Histria feita todos os dias

    Como se faz a histriaHistria significa investigaoe essa uma palavra de origem grega.

    Ento o que investigar? Tudo.

    Tudo o que acontece no universo, tudo o que muda e se transforma, isso matria para investigao e, na medida em que o universo est em constantemutao, temos matrias infinitas para estudo.

    A istria uma ci!ncia do presente, porque o presente um refle"o #em$orano direto% do passado. A relao entre o passado e o presente escreve aistria.

    A istria feita todos os dias, ela no para. Todos os dias ns fa&emos aistria.

    'o poss(vel sentir que a istria algo que ocorre distante de ns, ela oestudo de um passado vivo, o passado da umanidade, onde estamos inclu(dos.)uitas ve&es preciso $uscar nos acontecimentos do passado a resposta paraquest*es atuais.

    Ao comear um estudo srio da istria poderemos entender como as sociedadesse desenvolveram ao longo do tempo, quais foram os fatores determinantes paracertas situa*es enfrentadas pelo mundo atual, se+am eles pol(ticos, religiosos,

    tnicos, sociais, financeiros.A istria feita por gente como ns, por gente em quem ns votamos eescolemos como l(deres. A istria feita de pequenos atos, de grandes feitos,de atrocidades e de ero(smo. A istria viva e est em ao

    Os antigos historiadores

    As fontes para investigao so vrias, mas, sem d-vida complicado levantar apristria, ou se+a, a istria que e"istiu sem dei"ar nada alm de vest(gios.

    )esmo assim, atravs de pinturas nas cavernas e outras pistas, podemospresumir um pouco da vida dos nossos ancestrais.

    Alguns povos nos dei"aram documentos de inestimvel valor tanto em artes demodo geral, como, e principalmente, escritos. 'o Egito, na )esopot/mia e emoutras civili&a*es, os estudiosos coletaram mais do que um tesouro em ouro oupedras preciosas. Eles coletaram informa*es, que so o maior tesouro para umestudioso da istria.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    2/155

    As pessoas responsveis pelos documentos escritos e pelas o$ras art(sticas emgeral, foram os istoriadores an0nimos que anotaram eventos que nos permitemconecer melor o desenvolvimento das culturas da poca.

    A partir da( temos os grandes legados de Herdoto, Tuc(dides, 1lutarco e tantosoutros que a+udaram a escrever a istria.

    Ho+e, ao lermos os +ornais e acompanarmos a pol(tica nacional, internacional, asdisputas tnicas, a imigrao ilegal, as guerras fratricidas, estamos lendo aistria acontecendo na frente de nossos olos. )as, essas not(cias s se tornamistria depois de passado algum tempo. A istria lenta. Ho+e so fatos,not(cias, aman ser istria.

    2 poss(vel fa&er um paralelo com a vida umana. 3lando para a nossa inf/nciavamos perce$er uma srie de mudanas ao longo da vida. Assim a istria daumanidade4 desde que o omem engatinava na pristria ele dei"ou marcasque vo sendo estudadas. E assim atravs dos tempos, os omens vo dei"andoacontecimentos marcantes, para o $em ou para o mal.

    3 estudo desses fatos, desses acontecimentos, tra&em informa*es para ocrescimento e aprimoramento das sociedades.

    Assim, vamos ns, todos, no apenas assistindo a istria acontecer, mastam$m fa&endo a nossa parte nas mudanas que dese+amos.

    Ligaes externas

    5T36E73, 8o$erto 1ompeu de. A v corrida atrs da istria. 9 de outu$o de:;;9. Acessado em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    3/155

    A variedade de teorias, frequentemente contraditrias #e que por ve&es colocama @i!ncia como inimiga da 8eligio%, pode gerar discuss*es enriquecedoras,tanto quanto desentendimentos srios. 1or isso, sempre preciso muito cuidado#leiase tato% ao falar, escrever, e at mesmo ao refletir so$re tais assuntos.

    Essas primeiras considera*es reforam, no conte"to deste cap(tulo, que o te"todeste livro pretende ser neutroao e"por os diversos pontos de vista e"istentes

    so$re o assunto, citando tantas refer!ncias quantas forem necessrias, dei"andoclaro que determinadas passagens so apresentadas com o -nico interesse detornar mais completo o material aqui apresentado, sem tornlo unilateral, nemfavorecer uma teoria em relao s demais.

    A evoluo dos homindeos

    Viso geral da evoluo dos seres humanos

    desde as razes mais afastadasamos nos $asear aqui, na viso cient(fica da evoluo umana.

    A desco$erta de fsseis a ferramenta que possi$ilita o estudo da evoluo doHomem, o pro$lema a dificuldade de encontrar fsseis umanos.

    7iversos fatores contri$u(ram para essa escasse&, os Homens e"istiram empequeno n-mero, se reprodu&iam lentamente, no viviam em locais prop(cioscomo moluscos e ostras. )uitas ve&es, os Homens viviam e morriam a cua$erto, o que tornava fcil que seus ossos fossem arrastados ou levados poranimais.

    'a foto a sua direita, temos o local camado, o+e, de $ero da umanidade, ficana Bfrica do Cul e em :;

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    4/155

    Assim, ao longo de mil*es de anos o ramo de onde se originam os macacosantropides se tornou totalmente diferente da nova linagem que se desenvolveuat atingir o n(vel umano.

    Aqui temos um te"to deMarcelo Szpilmanque Bilogo Marinho, Diretor doInstituto Ecolgico Aqualung, Editor do Informativo do Instituto e autor doslivros uia Aqualung de !ei"es e Seres Marinhos !erigosos#

    Apresentao simplificada da ordem dos 1rimatas4

    5

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    5/155

    3+omo erectusera mais forte e pesava cerca de DD a 9D Kg, tendo

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    6/155

    Goram encontrados vest(gios do+omo erectusnas montanas da Etipia, naC(ria, em Lsrael e na Europa. 'o s fsseis de omens e animais mas, ind(ciosda utili&ao de pigmentos de cor, como o ocre vermelo, que indica, talve&, queos caadores usavam se pintar, ou pintavam as pedras.

    Est evidente que o+omo erectusfoi uma espcie muito $em sucedida e queconseguiu se espalar e so$reviver em eras que demandavam muita a$ilidade e

    resist!ncia.

    O Homo neanderthalensis

    Homo $eanderthalensis

    1ara aprender um pouco mais so$re o homo neanderthalensis, s mesmo muitapesquisa, escava*es e estudos porque no muitos fsseis a disposio.

    Alguns pesquisadores consideram que o homo neanderthalensis umasu$espcie do homo sapiens, portanto ele seria homo sapiens neanderthalensis.

    3utros afirmam que de acordo com o 7'A mitocondrial, o omem de neandertalno pertence linagem umana. 7e qualquer maneira, aceito pela ci!nciaque tanto o homo sapiens sapienscomo o neanderthalensisevolu(ram de umancestral comum.

    Onde viviam

    7e acordo com os fsseis encontrados, eles viviam na Europa e parte da Bsia,estavam adaptados ao clima frio.

    3 nome neandertal vem do ale do 'eander onde foram encontrados fsseis e otermo omem de neandertal foi criado pelo anatomista island!s Nilliam Oing.

    'a verdade, ouve uma desco$erta anterior de fsseis, feita numa pedreira emi$raltar, mas no dei"ou o nome para a posteridade.

    Gsseis desses omin(deos aparecem em maior quantidade na Grana, Ltlia ePlgica mas, aparecem desde a costa atl/ntica de 1ortugal a oeste, at a 8-ssiaa leste, inclusive vest(gios at o 3riente )dio.

    1esquisadores do Lnstituto )a"1lancK de 6eip&ig #Alemana%fi&eram pesquisasde dados genticos de neandertais usando fsseis da caverna de i$ndi+a na@rocia, Cidrn nas Ast-rias, Espana, e de )e&maisKaQa na 8-ssia. Tam$musaram um esqueleto de mais de I; mil anos encontrado no vale de 'eander.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    7/155

    A%ar&ncia

    Estamos aqui no campo das suposi*es, no e"istem tantos vest(gios a seremestudados, at mesmo pelo tempo decorrido e pela falta de escrita em$ora aspinturas e certas o$ras em pedra se+am e"tremamente curiosas.

    3s primeiros vest(gios encontrados, foram confundidos com restos de ursos, nosestudos passados os cientistas viam uma criatura muito distante dos omenscomo conecemos.

    Ho+e a viso outra, de fato ele era diferente, mas tina caracter(sticas que nosfa&em presumir ser inteligente, vivendo em sociedade, construindo a$rigos e,inclusive possuindo capacidade de falar.

    Cua altura variava entre

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    8/155

    Assim cada ve& se desco$rem novos legados dos omens que viveram e dei"aramseus rastros na Terra.

    Co considerados s(tios neol(ticos Uatal HuQuK na Turquia, o$leKi Tepe naTurquia e Ctoneenge na Lnglaterra.

    Como desa%areceram7if(cil di&er, muitas teorias e nada ainda comprovado. Lmaginase que numadeterminada altura os neandertais e os omens modernos coe"istiram. Assim, asteorias so4

    os neandertais se isolaram procriando entre si, o que levou ao enfraquecimentoe consequente e"tino da espcie.

    um surto de doenas, devido s $ai"as temperaturas os di&imaram.

    1esquisas atuais defendem que eles no foram e"tintos simplesmente, mas que

    conviveram com os omens modernos e tiveram descendentes.@omparando o genoma dos neandertais com o do omem atual, os estudiososdesco$riram que, parte da gentica dos omens de neandertal permanece nohomo sapiens.

    Vm dos pesquisadores do Lnstituto )a"1lancK de 6eip&ig #Alemana%, erdCcmit& afirma que W ( certo que tivemos filhos com os neandertais)

    Ce esse o caso, temos at o+e os genes dos neandertais que se perpetuaramatravs dos tempos.

    O Homo sa%iensHomo "a%iens

    Tendo ou no se misturado ao omem de 'eandertal, o homo sapiens sapiensaca$ou dominando o am$iente em que vivia.

    'a verdade, todo o longo per(odo, desde o surgimento da espcie umana, tra&consigo muita discusso acad!mica. Em especial, as datas so motivo deconstantes reavalia*es.

    @ada fssil encontrado, conta coisas novas. Vsando as mais modernas mquinaspara e"aminar artefatos ou fsseis mais antigos, ca$e sempre uma nova teoria.

    3s primeiros fsseis que camaram ateno para as diferenas foramencontrados no sul da Grana.

    3s estudiosos perce$eram que estavam frente a uma nova espcie porque erammais altos, tinam o cr/nio alongado, a fronte ampla e o quei"o arredondado.7efinitivamente, esses no eram 'eandertais.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    9/155

    2 muito dif(cil demarcar e"atamente onde fica uma espcie e porque to igual,mas separada de outra.

    A maior parte dos cientistas acredita que os umanos modernos t!m uma origem-nica e o local a Bfrica.

    Assim sendo, eles migraram para a Europa e Bsia talve& dando fim ao omem de

    'eandertal.Alguns outros estudiosos acreditam que eles evolu(ram em regi*es separadasgeograficamente.

    3 omo sapiens + no precisava mais ser to ro$usto, to pesado, ao contrrio,ele se locomovia melor.

    Ceus dentes + no eram usados apenas para comer carne crua, portantodiminu(ram de tamano.

    3 volume do cr/nio aumentou e as mos se tornaram mais $em coordenadas.

    Tudo isso ocorreu atravs do tempo, sendo uma adaptao s novas

    necessidades.'o se sa$e quando o omem comeou a tra$alar os metais, mas sem d-vida,ele criou novas ferramentas, aumentou a produtividade das suas planta*es.

    Cuas mos criaram esculturas e $el(ssimas pinturas nas cavernas.

    1ortanto, imaginamos que, o omo sapiens, de acordo com o seudesenvolvimento, + usa o idioma falado com flu!ncia.

    Ateno para not(cia de :;

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    10/155

    A %roduo de instrumentos

    3 per(odo de evoluo dos primeiros seres umanos designase por humaniza%&o#transio de omin(deo para omem% e foi um processo lento e gradual. Aprimeira grande caracter(stica que o diferenciou dos restantes primatas foi a suacapacidade para se erguer numa posio vertical a $ipedia.

    Esta passagem de quad-pede a $(pede foi fundamental no seu processo deevoluo, pois li$ertoule as mos da funo locomotora, e passou a poderdispor das mos agora livres para outros fins4 apanar alimentos, segurar,lanar, agarrar,, partir pedras e outros o$+etos.

    Estas atividades possi$ilitaram que o polegar se tornasse opon(vel aos restantesdedos e a mo ganou uma maior agilidade.

    A agilidade manual possi$ilitou ao Homem o fa$rico e a utili&ao deinstrumentos. 1assou a designarse, assim,+omo +abilis.

    A verticali&ao, a li$ertao das mos e a utili&ao destas em atividades queestimulam os processos mentais provocaram um aumento da cai"a craniana emassa cere$ral. 'o cre$ro desenvolvido iria situarse o centro da intelig!ncia.

    A %artir da %edra( osso e marfim) %rimeirosinstrumentos

    Atravs de estudos efetuados pela arqueologia pudemos cegar concluso deque a madeira, o osso, os cifres e os dentes de certos animais, como, por

    e"emplo, da rena e do mamute, serviram de matrias primas para o fa$rico dosprimeiros instrumentos.

    )as foram essencialmente os instrumentos de pedra, so$retudo de s(le" ousei"o, que cegaram at ns em maior quantidade e variedade #devido suamaior resist!ncia relativamente aos outros materiais referidos%.

    3s mais antigos instrumentos de pedra conecidos eram os rudimentares sei"ospartidos. Estes instrumentos de pedra lascadaforam sendo gradualmenteaperfeioados pelo omem cada ve& mais capa&, ao longo do Paleolticopelomeio de tcnicas de corte de pedra.

    Goram assim produ&idos os primeiros bifacesque serviam para rasgar a pele e a

    carne dos animais, e processar plantas comest(veis.

    !omnio do fogo

    @ou$e ao Homo erectus, sucessor do Homo a$ilis, o dom(nio da primeira fontede energia4 o fogo. A sua utili&ao provocou profundas altera*es na vida doomem4

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    11/155

    53s alimentos passaram a ser co&inados, tornandose mais sa$orosos e fceisde digerirX

    5Lluminao e aquecimento dos locais frios e escuros tornou mais fcil aperman!ncia nas cavernasX

    5A defesa face aos animais fero&es tornouse mais efica&, pois estes temiam o

    fogoX53 fa$rico dos instrumentos aperfeioouse com o endurecimento, pelo fogo, daspontas das lanas, tornandoas mais resistentes.

    A utili&ao do fogo provocou ainda altera*es f(sicas, demogrficas e sociais navida das primeiras comunidades.

    Assim, a ingesto de alimentos co&idos condu&iu a alterao da nutrio e,consequentemente do formato do rosto. Vma melor e mais variada alimentaoproporcionou uma maior resist!ncia s doenas e morte, o que contri$uiu paraum aumento populacional.

    1or -ltimo, o conv(vio volta da fogueira teria condu&ido um forte sentimentode unio entre os elementos do grupo, contri$uindo para o desenvolvimento daprpria linguagem.

    Os grandes caadores1or volta de 9.D;; a.@., os grandes caadores, usando o s(le", no fa$ricomanufaturado de armas de caa como lanas e arp*es, caavam cavalos ,renas,mamutes e $is*es.

    @om o aprimoramento dos utens(lios feitos a partir de ossos e cifres dessesanimais, a civili&ao de caadores se e"pande, dando lugar aos primeirospovoamentos primitivos, dei"ando as cavernas para se fi"ar em um determinadolugar.

    3s grandes caadores, de mamutes, rinocerontes, $is*es, passam a domesticar ocavalo e adquirem maior mo$ilidade.

    @om o aprimoramento dos utens(lios feitos a partir de ossos e cifres dessesanimais, a civili&ao de caadores se e"pande, dando lugar aos primeirospovoamentos primitivos, dei"ando as cavernas para se fi"ar em um determinadolugar.

    3s grandes caadores, de mamutes, rinocerontes, $is*es, passam a domesticar o

    cavalo e adquirem maior mo$ilidade.

    Artistas

    H cerca de I;;;; anos atrs, os omens + eram parecidos anatomicamentecom os omens atuais.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    12/155

    Eles + viviam em grupos e sa$iam fa&er uma grande variedade de ferramentas.Afinal para so$reviver era preciso alm de fora, muita inteligencia ecriatividade.

    7essa forma, os omens se uniram em grupos de modo que a vida ficava maisfcil para todos. Eles se a$rigavam em cavernas e depois de aprender a lidarcom o fogo, se reuniam em volta das fogueiras.

    'as cavernas esses omens dei"aram manifesta*es art(sticas que, o+e em dia,encantam quem as v!. @om os materiais de que dispunam, pintaram nasparedes das cavernas, cenas do seu dia a dia. Vm dos temas preferidos eram osanimais e as caadas. Ce imagina que as cenas seriam feitas para que, demaneira mgica, a caada fosse um sucesso.

    Talve& eles acassem que dominando a figura do animal na pintura, tam$mpoderiam dominar o animal com facilidade.

    *efeies@omo sa$emos, a densidade populacional era $ai"a. As terras eram umaimensido e avia muitos animais para fornecer alimento para as fam(lias.

    3s omens + tinam as ferramentas e fogo ento, partiam para a caada e acarne era preparada para o consumo imediato. A carne era cortada com facas etaladores lascados em pedras.

    A pele era matria prima para roupas e se necessrio co$rir ca$anas.

    'o se sa$e se ou quando eles aprenderam a temperar a carne para que noestragasse e assim pudessem estocar alimentos. 1rovavelmente parte do animal

    a$atido virava carne seca para quando necessrio.

    Coleta

    3s estudos presumem que enquanto os omens caavam, as muleres e crianasfa&iam a coleta. Em geral a nature&a oferecia os alimentos, na forma de frutos,sementes e ra(&es. 1odemos imaginar que depois do fogo, as refei*es ficarammais sa$orosas, mas, nem sempre a me nature&a cola$orava. Havia plantas quedesapareciam em algumas pocas e nas esta*es mais frias era dif(cil conseguir

    $ons alimentos.A vantagem era poder estocar alimentos que demoravam a estragar e podiamservir para matar a fome mais tarde. @omo veremos, mais tarde, dei"ando de sern0made, fica muito mais fcil a vida e a su$sist!ncia.

    O homem sedent+rioEm um dado momento de sua istria o omem comea a se sedentari&ar. )asporque isso aconteceu?

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    13/155

    A resposta a agricultura. >uando o omem perce$e que pode controlar anature&a ele se fi"a em um lugar. E a partir da( o omem comea a desenvolverinicialmente pequenas vilas, que com o tempo podem ou no se transformar emgrandes cidades. )as, da onde surgiram as classes sociais? A resposta 4e"cedente de produo.

    1rovavelmente a agricultura comeou quando as muleres que coliam as frutas

    comearam a perce$er que onde +ogavam as sementes, posteriormente nascia nolocal um p do mesmo fruto. Estudiosos acreditam que elas comearam aarma&enar as sementes para plantlas, iniciandose assim os primeiros passosda agricultura como conecemos o+e.

    "urgimento da agricultura

    3 omem caador tam$m era coletor e o$servava a nature&a. 'a medida emque demorava mais tempo numa determinada regio e consumia os frutos ou

    plantas, reparava que um caroo dava origem a uma plantina.Assim, passando mais tempo em determinado local, com um clima $om e caaa$undante, inclusive pei"es, o omem conseguiu um tempo para plantar ecoler.

    @om o decorrer do tempo, no avia mais motivos para a$andonar as terras ondeestavam vivendo. As plantas nasciam, o clima era $om, a caa satisfatria, apesca era $astante ento, valia a pena construir um a$rigo. Era o fim da vidan0made.

    Avano da tecnologia no $eolticoA desco$erta da agricultura, foi lenta e gradual, porque, o omem desco$riu queas sementes geravam outras plantas mas para isso era preciso um novo tipo detra$alo.

    Aqui temos o omem sedentrio, que precisa adaptar seus instrumentos, armasou ferramentas e que com isso, vai se sofisticando.

    1ara construir uma ca$ana de $arro, pedra ou madeira era necessrio tam$m,criar novas ferramentas e uma tcnica inovadora.

    1ara plantar, de modo a ter uma lavoura ra&ovel, que alimentasse o grupo depessoas reunido naquela regio, os omens desco$riram que era preciso arar aterra. Lsso era feito com ferramentas primitivas que foram ficando cada ve& mais$em adaptadas s necessidades do momento.

    Era preciso controlar as guas das cuvas e dos rios pr"imos, criando formas deirrigar as planta*es, o que demandou praticamente um tra$alo de engenaria.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    14/155

    Tudo isso se transformou num imenso desafio que possi$ilitou o surgimento detecnologias impensveis para o antigo n0made, mas que possi$ilitaram osurgimento das comunidades primitivas.

    Agricultores,-astores

    'essa altura, + temos o omem primitivo vivendo em comunidades. Ele + noprecisa mais se arriscar em caadas ou em movimentos dos grupos rumo a terrasdesconecidas.

    As comunidades tinam a terra para uso comum e criaram formas de seproteger, assim como proteger suas lavouras.

    'esse estgio comeou a domesticao de animais, que deve ter surgidoespontaneamente.

    1rimeiro foi o co, amigo e companeiro do omem desde os primrdios. 7epois

    vieram o carneiro, o $oi e o cavalo, na verdade, os dois -ltimos fi&eram parte dafora de tra$alo desde sempre.

    E assim, o omem se tornou tam$m pastor, cuidando dos seus re$anos que legarantiam comida e conforto.

    Cultos agr+rios

    3 omem sempre temeu os fen0menos da nature&a, foras ine"plicveis, osrel/mpagos que cortavam o cu, os trov*es, a cuva... @om certe&a deveria ser

    aterrori&ante a nature&a selvagem e o omem comeou a analisar que espcie dedeuses comandavam aqueles espetculos naturais que podiam destruir tudo emum piscar de olos.

    Assim, ligaram certas figuras fertilidade da terra, $oas coleitas e para elasfi&eram imagens. 7essa forma, de acordo com os ciclos da coleita, avia festase cultos aos deuses que propiciavam tanta fartura. Assim se originaram os ritosque visavam pedir proteo ou agradecer e a( est o in(cio dos cultos agrrios.

    $ovas formas artsticas

    1rimeiro foram os desenos nas paredes das cavernas. 3s animais e a nature&a,as caadas, eram desenadas de uma maneira realista. Era assim que o omemvia o mundo e o retratava com perfeio.

    7epois, como falamos acima, nos cultos agrrios, o omem passou a fa&er arepresentao de figuras femininas, camadas !nus. @riam pequenas figuras,com linas femininas e"ageradas, que se acredita funcionavam como (dolos numculto de fertilidade.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    15/155

    Em termos de arquitetura, por necessidade, as povoa*es que viviam na $eira derios, criaram as palafitas. Ha$itao constru(da so$re pilotis ou estacasresistentes de modo que no caso de inundao a gua no atin+a a casa. At o+epodemos ver e"emplos de palafitas nas margens dos rios do norte do Prasil.

    3s omens tam$m constru(ram monumentos imensos de pedra, camadosmegal(ticos, talve& com fins religiosos ou funerrios. E"emplo disso

    Ctoneenge na Lnglaterra.M temos ento escultores que produ&iam armas de alta qualidade, facas, pontasde flecas, macados, eles as trocavam por outros $ens.

    A metalurgia)etalurgia

    A pr istria como a estudamos tem sua -ltima fase na camada idade dosmetais.

    @onecer as tcnicas de tra$alar os metais, mudou de maneira radical a vida doomem primitivo.

    1recisamos sempre ter em mente que os ind(cios em que os estudiosos se$aseiam so muito poucos. 3 tempo tra$ala contra, os artefatos degradam eno avendo nada escrito, o tra$alo de pesquisa imenso e complicado.

    A idade dos metais assim dividida4

    5idade do cobreW acreditase que as fogueiras no seriam quentes o suficientepara derreter o co$re.

    Talve& isso tena acontecido em fornos para cer/mica.

    @om o co$re o omem moldou $elas esculturas e tra$alos de +oaleria. 3 ouro,que tam$m um metal pouco duro foi $em tra$alado nessa fase.

    3 co$re s no su$stituiu as armas e ferramentas feitas com a pedra, porque seucorte era de qualidade inferior. A pedra era mais dura e resistente.

    5idade do bronzeW esse metal uma mistura do co$re com estano. 7oismetais dif(ceis de encontrar, principalmente o estano.

    @omo muitas outras descobertasantigas, um mistrio como o omemencontrou a maneira de fa&er o $ron&e. @omo misturou e a que temperaturaconseguiu preparar a liga.

    Em$ora o $ron&e tena sido timo para fa&er armas e armaduras, isso ficavamuito caro e seu uso constante aca$ou por esgotar as minas de estano.

    Assim, os omens tiveram que procurar esse metal em outros locais a$rindonovos caminos e conecendo novas terras.

    5idade do ferroW dentro dos estudos arqueolgicos, esse mais um tpico dedif(cil e"plicao.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    16/155

    @omo os omens da poca conseguiram misturar os minrios a uma temperaturaa$surdamente alta #talve& com o uso do carvo% de modo a conseguir fundir oferro.

    >uando isso se deu, outra das quest*es.

    Enfim, o fato que com o ferro foi poss(vel fa&er mais armas e especialmente

    ferramentas de tra$alo, como en"adas e arados, aumentando a produoagr(cola.

    Tam$m de ferro foram feitas panelas, facas e at enfeites.

    As armas em geral tinam l/minas de ferro e ca$os de $ron&e ou ouro.

    As mudanas

    A partir do momento em que o omem dominou o fogo, se tornou mais fcil fa&ere"peri!ncias com os metais no calor.

    3 omem, + sedentrio criando animais, tra$alando nas planta*es, ganou umenorme desenvolvimento com ferramentas e armas feitas de diversos metais.

    Agora, at avia e"cedentes nas planta*es e uma nova forma de representarfiguras, as esculturas em metal.

    Tra$alos de ourivesaria e armas sofisticadas dignas de reis.

    Esse o fim da idade da pedra e o in(cio de uma nova fase.

    A $usca pelos minrios empurrou os omens atravs de rotas mar(timas eterrestres, desco$rindo coisas novas, acrescentando conecimento.

    Assim a metalurgia a$riu as portas e a escrita marca o nascimento da istria,que, sendo documentada passa a facilitar o estudo e a reconstruo das eras.

    As %rimeiras civilizaesAs 1rimeiras @ivili&a*es

    Em primeiro lugar precisamos sa$er o que se entende por civili&ao. @omo acivili&ao comeou?

    amos considerar algumas palavras como4

    @ivili&ao W civis Y cidado #latim%

    Vr$ano W ur$es Y cidade #latim%

    1ol(tico W polis Y cidade #grego%

    Ento vamos definir que a civilizao a vida nas cidades.

    1ortanto vamos estudar as primeiras civili&a*es $aseados nos povos queconstru(ram e viveram em cidades, modificando o am$iente e criando pontesentre o prprio omem e a nature&a.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    17/155

    'os per(odos 1aleol(tico e 'eol(tico certamente o omem constru(a seus a$rigos,suas casas, mas ao que se sa$e, nada de parecido com uma cidade.

    As primeiras cidades tal como as conecemos surgiram no 3riente e podemosdi&er que a primeira delas foi VruK, por volta de ID;; e =D; a.@. na regiocamada )esopot/mia. Ho+e essa cidade NarKa e fica no Lraque.

    1ortanto podemos camar a primeira civili&ao conecida de Cumria elocali&la no sul da )esopot/mia, atual Lraque.

    Essa afirmao prov!m de estudos e pesquisas que provam que a civili&aosumria era composta por diversas cidades e possivelmente VruK era a maiordelas, mas todas eram $astante desenvolvidas.

    As cidades eram muradas e possu(am ruas, casas, prdios p-$licos, templos epalcios. Temos ento, o omem causando modifica*es no entorno natural, quepodem ter sido intencionais ou no.

    Assim como na Cumria, na Ass(ria, na Pa$il0nia e no Egito que serofocali&ados em outros mdulos, esses povos viveram em cidades, das quais

    so$raram ru(nas para contar sua istria.Vma cidade surpreendente e que talve& se+a um e"emplo -nico Amarna, noEgito. @onstru(da pelo fara AKenaton, que rompeu com a religio formal doseu pa(s, a cidade ficou ocupada por menos de vinte anos, talve&. 3 grandeinteresse na cidade de Amarna o fato de que no ouve constru*esgigantescas em pedra, como nas outras cidades e tam$m nada foi constru(doso$re o que e"istia.

    1raticamente era tudo constru(do em ti+olos de $arro que no resistiram aotempo, mas dei"aram um testemuno da vida das pessoas comuns no Egito dapoca.

    As funda*es permitem um estudo das casas dos ricos e dos po$res, suasdivis*es ficaram preservadas de modo que se pode sa$er que o centro da cidadeera dedicado ao comple"o real. Templos, palcios, resid!ncias dos no$res esacerdotes. 6onge do centro, ficavam os su$-r$ios onde avia casas po$res ericas e mais distante ainda ficavam os $airros dos tra$aladores.

    Vm dos su$-r$ios era a$itado pelas pessoas que tra$alavam na necrpole,eram os pintores, os pedreiros, todos os que tinam fun*es relacionadas com aconstruo das tum$as. Cuas casas eram pequenas mas tinam vrios aposentose eram separadas por ruelas estreitas.

    @om o fim do reinado de AKenaton, a cidade foi a$andonada mas permanececomo uma oportunidade -nica de estudo.

    Civilizao "um.riaCivilizao Sumria

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    18/155

    A !esco/erta

    'o in(cio do sculo ZZ, mesmo os grandes estudiosos da regio que pesquisavamas ta$uinas ass(rias e $a$il0nicas, no coneciam o povo Cumrio. @om apu$licao, em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    19/155

    Ce no foram os Cumrios que inventaram a escrita, porque a l(ngua maisantiga de que se tem testemunos grficos, pelo menos foram eles osresponsveis pela sua difuso.

    'a cidade de 'ipur, que fica

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    20/155

    7epois de Etana, temos )esKiaggaser da cidade de VruK, a 6ista di& que eleinvadiu o mar, galgou as montanhas. Ainda na cidade de VruK, temos 7umu&i,que foi deificado na )esopot/mia como o deus da fertilidade.

    )as, o mais famoso rei de VruK foi ilgames. Ele praticamente um mito, seusfeitos foram narrados em diversas l(nguas e talve& tena sido ele o inspirador dafigura de Hracles, o eri grego. 'o desco$ertas conclusivas so$re ele, mas

    citado na 6ista e documentos atestam sua vitria so$re as cidades de Ois e Vr.7epois disso, a Cumria se tornou vassala dos elamitas, povo que a$itava o queo+e o sudoeste do Lr.

    C um sculo depois de ilgames que os Cumrios voltaram a ser livres. 3grande responsvel por isso foi 6ugalannemundu, rei da cidade de Ada$, descritocomo aquele que obrigou todas as terras estrangeiras a lhe pagarem pesadotributo)

    'ova fase de guerras entre as cidades.

    Hegemonia de 6agas so$ Eannatum, Sub0ugador das -erras Inimigas, terceiro

    rei da primeira dinastia da cidade. 7errotou Vmma, com quem lutava pordireitos de irrigao e mandou erguer a Estela dos Abutresentre as duascidades. Esse o mais antigo tratado diplomtico conecido, pois ali estoescritos os termos da pa&.

    7epois dele podemos citar VruKagina, 6ugal&aggesi e finalmente Cargo, orande. Cargo reuniu a Cumria e a metade setentrional da )esopot/mia numa-nica nao.

    Aps a morte de Cargo, temos seu neto 'aramCin, ainda governando at ainvaso dos gutianos. Co$ os gutianos aparece apenas um governante sumeriano,de 6agas, que foi udea.

    7epois de um sculo de opresso, surge novamente um li$ertador, Vtuegal, emVruK. Ele foi deposto por Vr'ammu da cidade de Vr.

    Este foi um rei usurpador, mas forte e capa& e ficou famoso como o primeirolegislador da Histria, ele morreu em $atala. Ceu filo Culgi ento passou areinar e foi registrado como s$io, guerreiro, construtor de templos, diplomata epatrono das artes. 7urante seu longo reinado, a Cumria voltou a ser um grandeimprio.

    >uando o quinto e -ltimo rei da dinastia de Vr'ammu, su$iu ao trono em Vr, oimprio + estava ameaado. Esse rei, L$$iCin foi a$andonado por seus generais

    e o poder foi dividido.1or volta do ano :;;; a.@. os elamitas voltaram a atacar, destru(ram Vr eprenderam o rei. A queda de Vr assinalou o fim da Cumeria.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    21/155

    conomia

    A agricultura era a $ase da economia do pa(s, a cevada sua principal cultura.Alm dela, avia o cultivo de ce$ola, na$o e t/maras. @riavam animais,fa$ricavam quei+o e manteiga. A pesca tam$m era importante, tanto nos canais,como no olfo 1rsico.

    'os mercados avia o comrcio de cereais, frutas, licores e vinos, tecidos eoutros. 3 comrcio com outros locais era feito sempre em caravanas por causados perigos nos caminos. 'avegando pelos rios Tigre e Eufrates, elescomerciavam com a costa mediterr/nea e no olfo 1rsico, principalmentearmas, feitas de co$re e $ron&e.

    Todo o tipo de comrcio era muito $em documentado, desde que a mercadoriadei"ava o local de origem at que cegasse ao destinatrio. Vm e"emplo disso um contrato de transporte de prata, queDada1aconfiou a2u33ulanume deveriaser entregue aEnlil*bani, feito em presena de testemunas citadas.

    As artes

    Entre os Cumrios assim como entre os Eg(pcios, as artes foram inspiradas pelareligio. 3s templos foram $asicamente o trao principal da arquiteturasumeriana. 3s zigurates#torres em degraus% foram constru(dos para que o deusa$itasse com seu povo. Em Vr, o deuslua, 'anna, era o patrono, ainda o+e asru(nas de seu &igurate se elevam a uns vinte metros de altura. A seus ps aviaum templo para a deusa 'igal, esposa do deuslua, um entreposto, talve& umpalcio e tum$as reais.

    Lnfeli&mente, as constru*es Cumrias, feitas de ti+olo cru ou co&ido, no seconservaram e foram destru(das pelo tempo.

    Ho+e, as ru(nas de VruK atestam que avia na Cumria cidades com grandesedif(cios mas, dela so conecidas apenas as edifica*es centrais, no se sa$eseu tamano e nem o n-mero de a$itantes.

    3utras manifesta*es art(sticas foram as esttuas e o mo$ilirio refinadoencontrado nos t-mulos. As esttuas mais antigas so de cerca de :I;; a.@. 'o)useu do 6ouvre e"iste um con+unto de esttuas e fragmentos delas, inclusivealgumas feitas de pedra negra. 7esta pedra, no se conece a fonte, umainscrio na esttua do rei )anistusu, di&, que ele trou"e a pedra negra de umacampana vitoriosa das montanas do outro lado do mar inferior.

    3s Cumrios tra$alavam o ouro, o co$re, o $ron&e e a prata. A arte damarcetaria nasceu na metade do \ )il!nio, na Cumria. Esses mosaicos eramfeitos de pedras coloridas e preciosas, como o lpisl&uli e a cornalina #am$asoriginarias da ]ndia%. 3 povo Cumrio tam$m usava o ncar das concasencontradas no olfo 1rsico, do )ar ermelo e at do )editerr/neo.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    22/155

    At o+e se encontra, nas portas das mesquitas de peregrinao, rosrios decornalina e ncar de concas do oceano ]ndico e madeira de s/ndalo importadodo E"tremo 3riente.

    As ci&ncias

    1elo fato da regio ter sido a$itada por grandes culturas e aver uma ligao es ve&es, continuidade entre elas, vamos citar apenas algumas inven*escreditadas aos Cumrios.

    Esse povo criou um sistema completo de medidas de capacidade, superf(cie epeso. Eles inventaram o sistema se"agesimal, usado com a numerao decimal.1ossu(am rguas graduadas e t$uas de clculo. 7ividiam o dia em :I orasiguais.

    Talve& o sistema de astronomia tena se originado na Cumria, porque elesreconeciam tr!s paralelos principais4 equatorial ou camino das estrelas de

    AnuX tropicais, caminos de Enlil #@/ncer% e de Ea #@apricrnio%.Acreditase que tam$m a medicina era $em desenvolvida, documentos quemencionam cirurgias, alm disso eles preparavam drogas medicinais.

    Literatura e !ireito

    'a Cumria avia um sistema de ensino freqFentado por escri$as. Elescompunam e copiavam o$ras de interesse istrico, inos religiosos, contos,cdigos de leis, f$ulas, poesia e outros.

    A criao mais famosa e interessante desse povo aEpop(ia de ilgamesh,mastam$m se pode citar os mitos de Tamu& e da deusa 'ana Lstar e do pastorEtana.

    1ela quantidade de ta$uinas ou ta$letes encontradas, parece que os Cumriostinam uma grande atividade literria e uma rica literatura.

    Essas ta$uinas eram feitas de argila, so$re as quais se escrevia com estiletesem forma de cuna, depois ela era endurecida ao sol ou em fornos. Alm dessast$ulas, foram encontradas estelas e cilindros gravados, que eram usados comoselos.

    'o campo do 7ireito, foram encontradas ta$uinas com todo tipo de ordem+ur(dica, contratos, testamentos, reci$os, etc... Em pocas anteriores ao famosoHamura$i, + avia na Cumria, @digos de 6eis $astante avanados. 3 divrcioera admitido, o adultrio considerado delito e admitiase a adoo. As leis penaiseram $em menos violentas do que as vigentes em outros locais, na poca.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    23/155

    *eligio

    3s Cumrios eram polite(stas e, segundo ele , universo se originou da seguintemaneira4

    4o in'cio, e"istia o mar primordial que 5luarua5 produziu a montanha csmica

    composta do c(u 6An7 e da terra 62i7 que consumaram o ato se"ual ) 4asceuent&o, o deus do ar Enlil, que separou o c(u da terra, levando esta consigo) 8manova uni&o entre Enlil e sua m&e com uma rela%&o incestuosa, produziu ohomem, os animais, as plantas e a civiliza%&o)

    3s deuses Cumrios tinam a forma umana, mas eram imortais e possu(ampoderes so$renaturais. Eram seres invis(veis que a tudo governavam.

    An era o deus do cuX Oi era a deusa da terraX Enlil, o deus do ar e EnKi o deusda gua. Alm desses podemos citar 'anna deus da lua, Vtu o deus sol e Lnannaa raina dos cus e raina do amor e da guerra.

    3s deuses se manifestavam atravs de sonos e dos orculos. 1arece que o povoCumrio acreditava em alguma espcie de e"ist!ncia aps a morte, porque foramencontradas oferendas nos t-mulos. @ientistas pesquisadores, encontraramind(cios que grupos de Cumrios tinam religio prpria e acreditavam no 7eus-nico invis(vel, e no acreditavam em vida ps a morte, sendo copiados eimitados por outros povos que tiveram contto com eles neste tipo de crena eassimilaram esse tipo de religio.

    !eclnio da civilizao de "umer

    As cidadesestado viviam em lutas constantes entre si e isso gerou crises gravesem seus governos, com o enfraquecimento de todas, econ0mica e militarmente.

    A Cumria no era como o Egito, onde avia um forte poder central. 'a Cumria,as cidadesestado mais importantes, que eram governadas por l(deres camadosensis, controlavam o e"rcito e o a$astecimento de gua, os rios Tigre eEufrates assim como seus afluentes eram vistos como estratgicos e portanto deinteresse militar.

    1or causa das lutas e falta de unio entre as cidades, o povo Cumrio ficousempre muito vulnervel, e o povoAcadioaproveitouse para dominar a $ai"a)esopot/mia.

    Legado "um.rio

    Goram uma das primeiras civili&a*es conecidas. A eles so atri$u(das ainveno da escrita e da roda, J ;;; anos atrs.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    24/155

    Alm das contri$ui*es citadas acima, em artes, literatura, ci!ncias e mais, narea militar, desenvolveram os carros de com$ate pu"ados por cavalos, porque +coneciam a roda, usavam lanas, dardos e armaduras feitas de $ron&e, arco efleca.

    Aprenderam a arte de dominar a gua dos rios, criando diques e $arragens,canali&avam a gua para as lavouras.

    Lnfeli&mente pouco so$rou de sua arquitetura mas, os &igurates so uma $elademonstrao do que podem ter sido suas cidades. A sua contri$uio nas leisdos povos antigos que incorporaram estas nas suas culturas notvel. Assimcomo a idia do 7eus -nico invs(vel que era religio de alguns grupos Cumrios,entre os outros vrios tipos de religi*es e"istente na poca.

    7entro das liga%9es e"ternas um lin3para oMuseu da 8niversidade da!ensilv:niaonde se pode ler a respeito das escava*es do $emit(rio /eal de 8r.6 foram desco$ertos em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    25/155

    Cua locali&ao o 3riente )dio e essa regio a$rigou diversas civili&a*es degrande import/ncia no decorrer da istria. Aqui vamos locali&ar precisamente aAss(ria.

    Ao norte da )esopot/mia, a Ass(ria se espala atravs de quatro pa(ses dopresente. 'a C(ria, se estende a oeste at o rio EufratesX na Turquia, se espalaao norte at Harran, Edessa, 7iQar$aKir e lago anX no Lr, se estende ao leste

    at o lago Vrmi e no Lraque segue por

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    26/155

    1alhas na histria

    E"iste uma enorme dificuldade de reconstruir a istria real da Ass(ria. Em$oraa $i$lioteca de Assur$anipal, em '(nive, com mais de :: mil ta$uinas gravadas,se+a um material de inestimvel import/ncia, ainda temos muitas peas faltandonesse que$raca$eas.

    As listas ass(rias de reis, como a de Oorsa$ad #encontrada em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    27/155

    2m r+%ido olhar so/re a histria

    3 per(odo de :I;; a.@. at J

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    28/155

    Aps esses reis temos Assur$anipal conecido por sua viol!ncia e crueldade,assim como seu filo Calmanasar LLL conquistador da C(ria.

    3s -ltimos reis ass(rios foram Tiglat1ileser LLL que dominou definitivamente a)esopot/mia. Calmanasar L e Calmanasar mantiveram o poderio da Ass(ria.Cenaqueri$ que teve que enfrentar revoltas internas, principalmente naPa$il0nia. Esaraddon ou Assaradon, que reconstruiu a Pa$il0nia e atacou o

    Egito. Assur$anipal que conquistou o Egito.Em$ora o Egito fosse retomado pelo fara 1samtico L, com Assur$anipal, aAss(ria se tornou o centro cultural do mundo na poca.

    -oltica

    As classes dominantes na Ass(ria eram formadas pelos comandantes militaresque enriqueceram com os esplios de guerras. A Ass(ria era um pa(s guerreiro,at por necessidade de so$reviv!ncia.

    3s conquistadores ass(rios inventaram uma nova pol(tica com relao aos povosconquistadosX para prevenir revoltas nacionalistas os ass(rios o$rigavam o povoconquistado a migrar em grande quantidade para outras reas do imprio.

    Lsso, alm de garantir a segurana do imprio constru(do so$re povos de culturase l(nguas diferentes, tornou a regio, com essa deportao em massa, numcaldeiro de diversas culturas, religi*es e l(nguas. 3s povos conquistados foramse misturando no 3riente )dio, )esopot/mia e Arm!nia.

    Em$ora ouvesse pouco contato cultural entre conquistados e conquistadores noin(cio da istria da )esopot/mia so$ os ass(rios, todo o territrio se

    transformou numa grande mistura cultural.Goi o rei ass(rio Cargo LL que o$rigou os e$reus a mudar de lugar aps aconquista de Lsrael, o reino mais ao norte dos e$reus. Em$ora essa tena sido,comparativamente, uma pequena deportao e estivesse de acordo com apol(tica ass(ria, ela marca o in(cio istrico da dispora +udaica.

    3 e"rcito ass(rio era o maior, +amais visto no 3riente )dio ou no)editerr/neo. As e"ig!ncias da guerra criavam inova*es tecnolgicas e issofa&ia dos ass(rios um povo praticamente im$at(vel4 espadas de ferro, longaslanas, armaduras de metal e macados de guerra, ar(etes, escudos, os tornavaminimigos temidos nas $atalas.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    29/155

    Artes

    A arquitetura tem seu momento mais importante com Assur$anipal LL que,transformou a cidade de 'imrod em capital militar. Temos grandes muralas, eem seu interior ficava a cidadela com as constru*es reais. 3s palcios eramconstru(dos, em geral so$re uma plataforma, suas portas eram ladeadas porcolossais esculturas de pedra e aposentos decorados com relevos. Entre eles,vale citar os de 'imrod, Oorsa$ad e '(nive.

    As esculturas mencionadas acima eram guardies dos portais, figuras enormes,geralmente representando touros ou le*es com ca$ea umana, ficavam uma decada lado dos portais arqueados. Co camadas !amassu.

    3s templos e &igurates sofreram grande influ!ncia da cultura sumria.

    Ainda na arquitetura preciso mencionar a cidade criada por Cargo LL, atualOorsa$ad, rodeada por uma murala com sete portas tr!s delas decoradas comrelevos e ti+olos vitrificados. 'o interior da murala estava o palcio de Cargo

    LL, um grande templo, as resid!ncias e os templos menores. Ceu filo e sucessor,Cenaqueri$e, mudou a capital para '(nive, onde construiu seu prprio palcio,camado de pal

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    30/155

    'o se pode dei"ar de mencionar a import/ncia da $i$lioteca dei"ada porAssur$anipal, porque atravs do estudo das ta$uinas que se pode reconstituirmuito da istria da Ass(ria. Esse um legado inestimvel.

    )as, na Ass(ria no surgiram apenas coisas materiais, surgiram idias, idiasque iriam moldar o mundo futuro.

    1or e"emplo, a idia de uma administrao imperial, dividindo as terras emterritrios, administrados por governadores locais, que se reportavam a umaautoridade central, o rei da Ass(ria. Esse modelo de administrao so$revive ato+e.

    3s fundamentos do antigo e do novo testamentos so encontrados na Ass(ria,mitologicamente.

    Goi l que a istria do dil-vio universal se originou dois mil anos antes do velotestamento ser escrito. Goi l que o primeiro pico foi escrito, o 2pico deilgames #ou Epopia de ilgames%, com seu tema universal e eterno das lutase o$+etivos da umanidade.

    Goi l que a prpria civili&ao se desenvolveu e dei"ou frutos para as futurasgera*es.

    'a Ass(ria foram dados os primeiros passos rumo a unificao cultural do3riente )dio, tra&endo para a esfera de poder ass(rio grupos diversos do Lr aoEgito, que$rando $arreiras tnicas e nacionais e preparando camino para umaunificao cultural, que facilitou a e"panso do Helenismo, Muda(smo,@ristianismo e Lslamismo.

    !eclnio

    Em$ora Assur$anipal tivesse conquistado o Egito, no conseguiu impedir que opa(s voltasse a ser independente. Aps o Egito ouve re$eli*es na Gen(cia,Pa$il0nia e no Elam. @omeava assim o decl(nio da Ass(ria.

    Em J:D a.@. os caldeus conquistaram sua independ!ncia e tomaram a Pa$il0nia.

    Em J

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    31/155

    5Artigo de :D de agosto de :;;9

    Amoritass Amoritas

    >uem eram 3s Amoritas?

    A resposta seria osAntigos Babil=nios?

    Ento preciso e"plorar um pouco mais da istria da regio da )esopot/mia,local de variadas culturas e tantas coisas ainda por serem desco$ertas.

    A 3a/il4nia

    1or volta do quinto mil!nio a.@. surgiram no vale da )esopot/mia diversascivili&a*es provavelmente vindas de uma regio montanosa ao norte do mar@spio. 7entre elas avia povos de ra(&es indoeuropias e outros semitas. Adesignao povos semitas, foi tirada das Escrituras He$raicasX Cem era filo de'o e as na*es que descendem de Cem, so camadas Cemitas. As l(nguassemitas incluem o e$reu, ra$e, ass(rio e $a$il0nio.

    Cidade da 3a/il4nia

    A locali&ao da )esopot/mia + fa& parte de diversos outros mdulos, por contados povos que l viveram, os sumrios e os ass(rios.

    A cidade da Pa$il0nia, que o+e em dia pode ser locali&ada no Lraque a cerca de9; Km ao sul de Pagd, foi o centro de diversas civili&a*es da )esopot/mia.

    @amada deBabilu, B:b*ilim ou Babilna l(ngua Pa$il0nia, significa!orta deDeusX no e$raico antigo,Babelsignifica confus&o, em sumrio a palavra seria2admirrae em persa antigoAbirush.

    @idade de muitas istrias e lendas, ou talve& verdades ainda por seremdesco$ertas, ela teve o privilgio de ser importante rota de comrcio ligando ogolfo 1rsico ao )editerr/neo.

    A ocu%ao da #eso%ot5miarios povos ocupar

    5AmoritasW >povo semita que, por volta de ?@ a)$) controlou a maior parte daMesopot:mia, baseando sua capital na cidade da Babil=nia) S&o chamadosAnti

    51ersas W com os persas cu+o rei era @iro,

    http://www.arabesq.com.br/Principal/Cultura/CultureArticle/tabid/58/ArticleID/618/Default.aspxhttp://www.arabesq.com.br/Principal/Cultura/CultureArticle/tabid/58/ArticleID/618/Default.aspx
  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    32/155

    2ma sucesso de im%.rios

    3 povo sumrio deu in(cio a ocupao civili&ada da )esopot/mia, foi com essepovo que as cidadesestado foram organi&adas e se fortaleceram. 3 legadosumrio imenso, mas, +ustamente pelo fato das cidades sumrias serem toindependentes, o governo central ficou muito fragili&ado e caiu frente aosacdios.

    >uando o povo semita de nome acdio, governado por Cargo conquistou aCumria, tornou sua capital a cidade de Acad. 1orm, o imprio de Cargo caiufrente revolta das cidadesestado sumrias que retomaram o poder.

    Aps o trmino da -ltima dinastia sumria, por volta de :;;; a.@. a regio da)esoopot/mia sofreu um estado de caos e revoltas durante quase um sculo.

    Antigo %erodo /a/il4nico

    1or volta de

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    33/155

    Esse cdigo uma compilao de leis mais antigas que se conece, foi gravadonuma estela de diorito, em cu+a parte superior aparece o prprio Hamura$irece$endo a ins(gnia do reinado e da +ustia, das mos de )arduK. 'a parte de$ai"o da estela esto gravadas as :9: clusulas do @digo. Essa estela foiencontrada por uma delegao francesa na 1rsia so$ a direo de Macques de)organ, em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    34/155

    O declnio

    Aps a morte de Hamura$i, seu filo enfrentou muitas re$eli*es e invas*es queno conseguiu controlar. Ceus descendentes permaneceram lutando mas oimprio $a$il0nico estava desmoronando.

    3s ititas, povo de origem misteriosa, invadiu a Pa$il0nia, liderados pelo rei)ursilis L em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    35/155

    Civilizao g%ciaCivilizao Egpcia

    3 antigo Egito uma das civili&a*es mais conecidas do mundo atual.

    Talve& pelo espetacular acado da tum$a intacta do fara Tutanc/mon, talve&

    pelas imponentes pir/mides, talve& por todas as lendas que se desenvolveram noimaginrio popular.

    2 fato que graas ao clima do deserto, aos arquitetos geniais e religio queprofessavam, os eg(pcios nos dei"aram de presente um testemuno de sua$rilante civili&ao.

    Clima e localizao geogr+fica

    A @ivili&ao Eg(pcia se desenvolveu a nordeste do continente africano, ao longo

    do grande rio 'ilo que nasce no lago itria #Bfrica oriental% e corta as terras doEgito at desaguar no mar )editerr/neo.

    6imites do Egito so4

    Ao norte o mar )editerr/neo, ao sul as cataratas do 'ilo no atual Cudo. A lesteo mar ermelo e a oeste o deserto da 6($ia.

    3 clima era quente e seco em$ora, menos do que o+e em dia. 7i&em osestudiosos que entre DD;; e :D;; a.@. o Caara no era como o+e o conecemos.Era uma regio de clima temperado, com gua a$undante e co$erto devegetao.

    2nificao

    'os tempos mais antigos, quem se esta$eleceu s margens do rio 'ilo foramtri$os esparsas, satisfeitas por encontrar um local a$enoado, onde nodependiam das cuvas porque avia um rio #que era visto como um deus% parafertili&ar as terras e prover de gua.@om o decorrer do tempo as tri$os foram se organi&ando em 'omos. Mpossu(am no*es de aritmtica, movimento das estrelas, usavam um calendrio eescreviam em ierglifos. )as, as terras ainda eram divididas em alto e $ai"o

    Egito.3 alto Egitoera o sul, onde as terras frteis so apenas as margens do 'ilo e odeserto fica muito perto, assustando e maltratando o povo e os animais com seuvento cruel.3 bai"o Egitoera o norte, onde no delta do rio a vegetao era lu"uriante e acaa e a pesca a$undantes.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    36/155

    >uem +untou as duas terras do Egito so$ um mesmo governo foi )ens ou'armer. 3 nome motivo ainda de discuss*es. 3 fato que a partir dessa uniode nomos so$ o mesmo governo, comea a real istria de um grande imprio ecomea o reinado dos faras, que eram os reis do pa(s unido.

    !ivises histricasE"istem diversas maneiras de dividir a istria do antigo Egito. Aqui vamos usar4

    5Antigo imprio

    51rimeiro per(odo intermedirio

    5)dio imprio

    5Cegundo per(odo intermedirio

    5'ovo imprio

    5Terceiro per(odo intermedirio5`ltimo per(odo

    51er(odo grecoromano

    Antigo im%.rioAntes do antigo imprio e"istiu o per(odo dinstico antigo que englo$a a

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    37/155

    7entro dessas dinastias ouve diversos governantes mas somente no final da

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    38/155

    3 novo imprio deve ser mencionado, alm de muitas outras coisas, pelo fato dossepultamentos passarem a ser no ale dos 8eis, pelas artes, pelos templos e pelaavanada medicina. Ce formos nomear os faras, essa talve& a fase mais rica doEgito em grandes governantes, como Hatsepsut #a rainafara%,Tutmose LLL ogrande l(der militar que e"pandiu as fronteiras, 8amss LL, TutanKamon #que naverdade no foi importante enquanto vivo mas que, depois de morto nos legou

    uma grande rique&a e sa$er%. Alm de todos o fara AKenaton, que rompeu coma religio esta$elecida e construiu outra cidade para seu culto a Aton, o deus sol.

    A decad!ncia do novo imprio comeou ainda no reinado de 8amss LL, asinvas*es dos povos do mar, a uerra de Tria com consequente movimentaode pessoas fugindo, a rique&a e poder dos sacerdotes, a corrupo e a fome, tudoisso levou derrocada de uma das mais $elas fases da istria eg(pcia.

    6erceiro %erodo intermedi+rio@ompreende as dinastias de :< a :D. 'este per(odo temos um Egito dividido

    novamente, mas na mo dos sacerdotes e de diversos reis sem grande poder, quegovernavam a partir de cidades distintas.

    2 necessrio mencionar que nesse terceiro per(odo ouve a :D dinastia, ou'-$ia ou ainda Ousita.

    7epois de tantos anos dominados pelo Egito, os n-$ios guardavam os valoresmais profundos e importantes da cultura eg(pcia com os quais por tanto tempoconviveram e admiraram.

    >uando o pa(s se esfacelou dominado pela corrupo, os faras negros da '-$iadominaram parte do pa(s tra&endo de volta de seus antigos valores e dei"aram

    uma $el(ssima erana na sua prpria terra, a '-$ia.

    7ltimo %erodoEnglo$a da :J

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    39/155

    -erodo greco8romano@omea oficialmente com a cegada de Ale"andre )agno ao Egito. Ao queparece, o grande conquistador foi rece$ido de $raos a$erto pelo povo eg(pcio,que avia passado por uma grande opresso com os persas.

    Ale"andre era um omem culto e admirava o Egito, infeli&mente no viveu paraver pronta a cidade de Ale"andria, que mandou construir.Vm de seus generais, que estava no Egito por ocasio de sua morte, erdou ogoverno, seu nome era 1tolomeu. Assim teve inicio dinastia camada1tolemaica.

    Em$ora esta fosse uma fase prspera para os eg(pcios, o povo no aceitava essesestrangeiros e cada ve& mais os romanos tomavam as rdeas do poder.

    A -ltima raina deste per(odo foi @lepatra LL, a famosa governante que seenvolveu com os romanos 3tvio Augusto e )arco Antonio.

    1erdida a Patala de Accio, ela cometeu suic(dio +unto com )arco Antonio.

    7a( em diante o Egito se torna prov(ncia romana.

    1aras e dinastias

    'a realidade os eg(pcios no camavam o seu rei de fara. A palavra fara apron-ncia dos e$reus para a palavra eg(pcia per#aaque significa Casa$rande.

    3 t(tulo do rei do Egito era %isu.

    3 rei, com poucas e"ce*es na istria era sempre do se"o masculino, maserdava o t(tulo de sua esposa, portanto a legitimao ao trono vina atravs damuler, que podia at ser irm do rei. amos datar a primeira dinastia de ;;; :JD; a.@. at o -ltimo per(odo mencionado que o per(odo grecoromano, vai de: a.@. JI: d.@. E"istem muitas discuss*es so$re as datas e os reis de cadadinastia mas vamos partir do princ(pio de que durante esse tempo, decorreramtodos os per(odos mencionados acima, sendo que algumas dinastias foraminterrompidas por disputas internas ou invas*es estrangeiras.

    *eligio e t9mulos1arte determinante da cultura eg(pcia, graas aos $itos e crenas religiosostemos o+e informa*es precisas so$re a vida no antigo Egito. 3s t-mulos dosmortos contam a istria da vida.

    7esde o in(cio da ocupao do vale do 'ilo, o povo + acreditava em deuses, queeram foras da nature&a, assim como o prprio rio. @om o desenvolvimento dacivili&ao, esses deuses foram tomando forma e se criou toda uma mitologia emtorno deles.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    40/155

    Assim, para reverencilos foram constru(dos templos e toda uma casta desacerdotes era tratada de forma especial. 3s sacerdotes se tornaram topoderosos que interferiam nos assuntos do Estado e possu(am grande rique&a,muitas terras e sem d-vida o respeito do povo, pois lidavam com o que eradivino.

    7evido a crena numa vida aps a morte, era preciso preparar uma sepultura

    com todo o conforto para o morto poder desfrutar da vida em outro plano. Eraprimordial conservar o corpo f(sico em perfeito estado e era preciso tam$mrece$er as $!nos dos sacerdotes. Goi esse o grande motivo para fa&er amumificao, e eles foram to precisos nessa tcnica que muitos corpos $emconservados at o+e.

    3s faras foram sepultados com grandes tesouros, que possivelmente foramtodos rou$ados pouco depois do sepultamento.

    As famosas pir/mides so conecidas como t-mulos em$ora isto no este+aprovado.

    Artes e ci&ncias

    amos comear pela arquitetura, que salta aos olos por sua $ele&a emonumentalidade. 3s eg(pcios foram construtores inigualveis, $asta olar paraa -nica maravila do mundo antigo ainda de p4 as pir/mides de i&a. A grandeesfinge, tam$m um monumento que inspira uma srie de d-vidas e ipteses.

    3s templos so um e"emplo de arquitetura ma+estosa voltada para o divino,OarnaK o maior deles, A$u Cim$el, Oom 3m$o, o Templo de 6u"or e outros.

    A escultura foi durante toda a civili&ao eg(pcia uma forma de glorificar osdeuses e o fara. 8amss LL foi responsvel por esttuas imensas como os@olossos de )emnon, suas esttuas na frente do templo de A$u Cim$el, suaesttua no 8amesseum. E"iste um legado deslum$rante em esttuas de deuses efaras de diversos per(odos, que demonstram o talento art(stico do povo.

    'o se pode dei"ar de citar o t-mulo da raina fara Hatsepsut, camado deD0eser D0eseruou oEsplendor dos Esplendores, considerado uma das o$rasmais importantes da arquitetura do antigo Egito.

    A pintura foi muito e"plorada na decorao dos t-mulos e templos. 3s eg(pciossa$iam como usar as cores com gosto e retrataram os fatos do dia a dia com

    detales. 3s t-mulos so os locais onde as pinturas ficaram mais preservadas epodem ser apreciadas em toda sua glria.

    3s eg(pcios foram mestres na fa$ricao de vasos e tigelas, ta$uleiros para+ogos, recipientes para maquilagem, +ias finas e delicadas usando pedrascoloridas, amuletos, pequenas figuras usadas para colocar nos t-muloscamadas ushabtis.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    41/155

    A literatura, por sorte, so$reviveu ao tempo de modo que temos vrios te"tos do6ivro dos )ortos, algumas o$ras como inos religiosos, romances e conselos.Havia o deseno sat(rico e a cr(tica social, alm de documentos com listas deimpostos e oferendas.

    'a fase de Amarna ou no reinado de AKenaton, a arte pictrica se mostra maisnaturalista, completamente diferente do que avia sido feito at ento. 7essa

    fase temos uma das mais $elas e admiradas esculturas do mundo que o $ustode 'efertiti, esculpida pelo arteso Tutmose #)useu de Perlim%.

    'as ci!ncias preciso citar a astronomia4 criaram o calendrio de JD dias,sa$iam o movimento de algumas estrelas. @onstru(ram reservatrios de gua ecanais de irrigao para levar as guas do 'ilo para locais distantes, fi&eramdiques e nil0metros para medir as ceias do rio.

    'a medicina os eg(pcios dei"aram diversos tratados e estudos que comprovam oavano dos tratamentos, avendo at mesmo especialistas em algumas reas.

    !eclnio@omo vimos acima,o Egito sofreu diversos per(odos contur$ados, viveu so$ povosinvasores e mesmo assim conseguiu se reerguer algumas ve&es.

    )as, depois da invaso dos ass(rios e dos persas, especialmente depois dasegunda ocupao persa, + no avia restado quase nada do magn(fico imprioeg(pcio.

    Lnfeli&mente Ale"andre )agno no viveu para governar o Egito e a dinastia dos1tolomeus nada tina a ver com os gloriosos faras eg(pcios.

    7essa forma o pa(s foi dominado definitivamente por 8oma, dei"ando apenas aistria para contar suas glrias passadas.

    -rimeiras civilizaes no Leste da :sia

    -rimeiras civilizaes no leste da :sia

    amos transformar esse t(tulo porque a @ivili&ao do vale do Lndo surgiu naregio sul do continente, e ela est inserida nesse cap(tulo.

    povo dravidiano

    E"istem teses que defendem que os primeiros a$itantes que viveram no sul daBsia cegaram l vindos da Bfrica. Ce assim ocorreu, depois, cegaram os7ravidianos e os a$itantes originais tiveram que a$andonar os locais ondeviviam. 3s dravidianos tinam pele morena e ca$elos lisos.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    42/155

    3s 7ravidianos construiram uma civili&ao que nos parece espantosa emdiversos aspectos, de acordo com o que so$rou para estudos e isso ser visto nosprimeiros cap(tulos desse mdulo.

    'o leste da Bsia, a( sim, temos a mais longa civili&ao cont(nua. Alis, a @ina muito grande para nos atermos ao leste da Bsia, mas foi nessa regio queviveram seres umanos muit(ssimo antes dos registros istricos.

    At mesmo antes dos eg(pcios constru(rem as pir/mides + e"istiam aldeias +untoao rio Amarelo. As dinastias Cang e [ou foram marcos entre tantas outras quese desenvolveram e governaram as terras cinesas.

    3s Cang so os primeiros registros de um estado civili&ado. A dinastia [ougovernou na idade clssica das artes na @ina.

    7epois vieram outras dinastias e mais Histria, e at aqui temos muito paradesco$rir so$re esses povos que nos legaram tanto conecimento.

    Civilizao do Vale do 0ndo@ivili&ao do ale do Lndo

    !esco/erta e des%erdcio

    >uando os $rit/nicos dominaram a ]ndia #

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    43/155

    Localizao

    A camada civili&ao do vale do Lndo, + no fa& parte da ]ndia, na verdade ficano 1aquisto atual. 1ortanto o nome que tem sido usado, desde a dcada de 9; $iviliza%&o +arappeana#devido cidade de Harappa%, at porque essa foi umacultura que se espalou por uma rea e"tensa e no apenas pelo vale do rio Lndo.

    Em ?@C, a ndia foi dividida em ndia e !aquist&o)

    3 1aquisto se formou em torno do vale do rio Lndo, centro sul da Bsia. 'o oesteest limitado pelos montes Culiman, ao norte est o Himalaia. 'as divisas com a]ndia e o Lr e"istem desertos. 3 1aquisto atual fa& fronteiras com o Lr,Afeganisto, @ina e ]ndia. 3 rio Lndo, nasce no Ti$et e corta o pa(s de norte asul, escoa no )ar Ar$ico formando um imenso delta.

    Essa geografia em tempos ancestrais, deve ter favorecido a civili&ao que ali sedesenvolveu, porque configurava uma rea protegida de invas*es e o vale do rioLndo, possui solo frtil assim como o solo do @rescente Grtil e do vale do rio

    'ilo. 'a primavera a neve derrete nas montanas e corre para o rio Lndo,levando os minerais ricos para adu$ar o solo.

    0dioma e escrita

    A escrita do povo que a$itou o vale do Lndo permanece um mistrio, porque nofoi decifrada at o+e #:;;=%.

    Goram encontrados muitos selos nas ru(nas das cidades, que + foram escavadas,eles mostram umas quatrocentas figurasX isso seria muito pouco para configurar

    uma l(ngua ideogrfica, e muito para uma l(ngua fontica.3 que se sa$e so$re essa civili&ao foi dedu&ido por estudiosos, partindo dosselos, das esttuas, tra$alos artesanais, constru*es.

    3 povo do Lndo, no dei"ou inscri*es nas pedras e nem papiros nos t-mulos.Tudo o que temos so as inscri*es nos selos e + foram feitos muitos estudospara decifrlos, mas nenum teve sucesso. 1arece que alguns representamnomes de fam(lias e outros talve& tenam sido usados para o comrcio, mas soainda suposi*es.

    )ais de :;;; selos de pedra foram encontrados no ale do Lndo. Eles t!mformato quadrangular e eram feitos com punados de $arro -mido. Cem d-vidaformam alguma espcie de escrita, o mais comum tra& a figura de um unicrnio.

    3s selos encontrados no vale do Lndo so similares aos encontrados na)esopot/mia. Alguns foram mesmo encontrados na )esopot/mia e no olfo1rsico. @ertamente pertenciam a mercadores.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    44/155

    As cidades

    A @ivili&ao do ale do Lndo reconecida como a primeira civili&ao adesenvolver o senso de plane+amento ur$ano, por volta de :J;; a.@. ondealgumas pequenas vilas cresceram em grandes cidades contendo milares depessoas.

    Aparentemente, essas cidades surgiram de um governo centrali&ado e muitoesforo e plane+amento.

    Aparentemente, todas as cidades da civili&ao do Lndo foram $em plane+adas, eseus ti+olos tinam todos o mesmo tamano e o mesmo tipo de ti+olo foi usado emcidades muito distantes umas das outras. 3s pesos e as medidas tam$mmostram uma regularidade considervel.

    As ruas possu(am /ngulos retos e um ela$orado sistema de drenagem.

    Havia prdios p-$licos, sendo que o mais famoso era a @asa de Panos em)oen+o7aro.Havia grandes silos e cisternas. 3 centro de uma cidade possu(auma poderosa cidadela,usada como proteo contra ataques inimigos, que erammais altas do que a maioria dos &igurates sumrios.

    As casas ficavam de frente para a rua, tinam pelo menos dois andares epossu(am proteo contra o $arulo, o ceiro e os ladr*es. A vida domstica sedesenvolvia dentro de um ptio fecado e as varandas ficavam so$re esse ptio.@ada casa possu(a seu prprio poo e avia uma, que inclusive possu(a umagrande $aneira. 'essas casas, escadas de ti+olos levavam aos andaressuperiores e ao telado.

    #ohen;o8!aro e Hara%%aA civili&ao do vale do Lndo, foi assim camada porque se acreditava que elatina se desenvolvido apenas no vale do rio. Em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    45/155

    Ainda no se sa$e quase nada so$re essas cidades e a maior parte do local aindano foi escavada. Acreditase que Harappa era o centro ur$ano que dominava aregio do alto Lndo, assim como )oen+o7aro dominava o $ai"o Lndo.

    )oen+odaro #o )onte de )oen ou )oan%, pode ser escrita tam$m )oan+odaro #o )onte de )oan ou de Orisna%. Ainda um dos centros ur$anos mais$em preservados da civili&ao do Lndo.

    3s prdios de )oen+o7aro foram feitos de ti+olos co&idos, em$ora algumasconstru*es fossem tipo pauapique #lama e madeira%. Essa cidade foi poupadada destruio que aconteceu em Harappa porque a ferrovia principal foiconstru(da ao longo da margem leste do Lndo, e as pedras das colinas 8ori erammais acess(veis para o uso nos trilos. )oen+o 7aro foi certamente a maior dascidades do Lndo, se espalando por :D; ectares.

    conomia

    Tudo o que se sa$e so$re a civili&ao do Lndo, foi desco$erto atravs de estudose escava*es profundas na rea. 2 sa$ido que as cidades eram muitodesenvolvidas, que o povo possu(a tcnicas avanadas de agricultura e suaeconomia era tam$m $aseada no comrcio.

    @omo todos os povos da poca, que podiam se aproveitar da pro"imidade dosgrandes rios, o povo do Lndo tina uma agricultura muito produtiva, por volta doano ;;; a.@. a irrigao era comum. 3 povo plantava ao longo dos afluentesque corriam para o rio principal, trigo, cevada, ervilas, ssamo e t/maras, assimcomo tam$m arro&, mostarda, mel*es e outras frutas. Eles tam$m plantavamalgodo e provavelmente foram os primeiros a confeccionar roupas com algodo.

    3 povo do vale do Lndo domesticava animais, avia ces e gatos, gado, $-falos, etalve&, tam$m, porcos camelos, cavalos e asnos. A caa, a pesca e a agriculturaeram a $ase da su$sist!ncia.

    1arece que esse povo no apenas vivia da agricultura, mas que foi umacivili&ao de grandes comerciantes. 3s itens mais populares que deveriam sercomerciali&ados eram +ias, roupas, l/minas, espelos, $rinquedos e an&is. @adamercador possu(a seu prprio selo. Eles fa&iam comrcio com seus vi&inos deoutras regi*es da ]ndia, do olfo 1rsico e da Cumria.

    Goram encontradas docas para $arcos, em 6otal #outra cidade da civili&ao doLndo%, de modo que se acredita que usavam o rio para comrcio, e deviam ser$eis navegantes.6otal, que o+e est locali&ada no estado de u+arat na ]ndia, um dos maisimportantes locais arqueolgicos do pa(s. Goi desco$erta em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    46/155

    "ociedade( Arte e *eligio

    1elo pouco que se conece, o povo do Lndo se vestia e penteava, como osCumrios. 3s omens usavam $ar$a, mas no usavam $igode. estiam umat-nica leve com o om$ro direito nu. As muleres vestiam saias curtas, grandesenfeites na ca$ea e tam$m usavam muitos colares e uma espcie de cinto .Lsso significa que deveria ser um povo ur$ano e refinado que apreciava aesttica.

    A sociedade deveria ser dividida de acordo com as ocupa*es de cada um, issosugere a e"ist!ncia de um governo organi&ado.

    7e acordo com as peas, como vasos e tigelas desco$ertos na )esopot/mia osartesos eram muito a$ilidosos, possivelmente sendo essa profisso muitovalori&ada. M se sa$e que eles tra$alavam o $ron&e, o co$re, o cum$o e oestano. Havia +ias de ouro, lanas e facas.

    'o se sa$e se eles constru(ram grandes esculturas, porque apenas foram

    encontradas pequenas figuras umanas, o $usto de um provvel sacerdote e umadanarina feita em $ron&e.

    As esttuas de terracota de uma 7eusa )e, pela quantidade encontrada, sugereque o povo tina sua imagem em praticamente todas as casas. A religio erapolite(sta e seus deuses tinam forma umana, sendo omens e muleres.

    2 poss(vel que um selo, onde se v! um deus de cifres, sentado, fosse o ancestraldo deus Civa como 1asupati, o Cenor dos Animais.

    !eclnio

    Ainda mistrio o desaparecimento de uma civili&ao to avanada. 3sestudiosos no sa$em porque o povo a$andonou a rea do Lndo.

    E"istem milares de interroga*es, que vo desde en"urradas que podem terdestru(do as cidades, a perda de fertilidade do solo, a fome e a seca, mudanasecolgicas.

    2 poss(vel que as en"urradas tenam destru(do os canais de irrigao e as casas.Lsso seria terr(vel porque as cidades prsperas, at ento, comeariam a passarfome. Lsso poderia ter dei"ado o povo + derrotado moral e fisicamente,despreparado para a invaso dos Arianos.

    A palavra Arianos significa 'o$res.

    )uito se fala so$re essa invaso dos Arianos. )as poss(vel que essas tri$os$r$aras vindas da Bsia @entral atravs das montanas do Hindu Ous, +tenam encontrado cidades a$andonadas.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    47/155

    Ce realmente e"istiram, os primeiros ataques dos Arianos s cidades devem terocorrido por volta de :;;; a.@. pr"imo ao Paluquisto. 'o 8ig eda men*esso$re o deus da guerra, Lndra, destruindo alguns fortes e cidadelas, e uma delaspode ter sido Harappa e outras cidades do Lndo.

    A istria convencional fala de um cataclismo que varreu do mapa a civili&aodo vale do Lndo, por volta de

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    48/155

    Localizao geogr+fica

    A China um pas de dimens'es continentais (ue est) localizado na *siaCentral+

    'a parte leste desse grande pa(s, que o+e um dos mais importantes do mundo,

    se encontra a grande plan(cie da @ina. 2 a neve que derrete das montanas aoeste, a cordileira do Himalaia #onde esto algumas das mais altas montanasdo mundo%, que formam as ca$eceiras dos dois rios mais importantes da @ina, orio Amarelo e o bang Ts.

    3 rio Amarelo rece$e esse nome por causa da poeira fina e amarela #loess%, queo vento carrega desde o norte da @ina, atravs das estepes da Bsia @entral, ed gua a cor amarela to caracter(stica.

    3 bang Ts o rio mais longo da @ina e terceiro mais longo do mundo, eleirriga as regi*es onde planta*es de arro& no sul da @ina.

    7a mesma forma que aconteceu no Egito, na Cumria e no vale do rio Lndo, o rioAmarelo foi o responsvel pela povoao do local. SSLmagem48egion of "ia.svgtum$

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    49/155

    !inastia "hangCeu local de origem foi a plan(cie norte, apro"imadamente in ou @in, que era mais afastado e sofreumenos efeitos da desordem.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    50/155

    !inastia =inTam$m camada @in, de onde deriva o nome @ina, vamos datla entre ::uando o imperador Huangdi morreu, o imprio entrou em crise, isso ocorreuentre :;J a.@. ::; d.@

    Em meio a crise surgiu um l(der camado 6iu Pang ou 6i buan. Ele tomou opoder e fundou a dinastia Han.

    Goi nessa poca que surgiu a denominao de -mprio do .eiopara designar a@ina, porque eles acreditavam que eram o centro do mundo. Ca$iam que outrospovos viviam ao seu redor e sua pol(tica era de comprar aliados com presentes,seda, $ron&e, cer/mica e +ias, alm de $anquetes oferecidos para que seus

    vi&inos sempre os apoiassem.Cua pol(tica era e"pansionista e so$re as $ases do imprio unificado peloimperador anterior, a dinastia Han se espalou por um grande territrio.

    Goi a fase em que a construo de novos trecos da rande )urala, a$riu ocamino para ligar a @ina ao ocidente. Atravessando montanas e desertos, foia$erta a famosa 8ota da Ceda para comerciali&ar com a 1rsia, a Turquia, a]ndia e at o Lmprio romano.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    51/155

    3 governo aca$ou enfraquecido porque pol(ticas e"pansionistas costumamconsumir o dineiro da nao, e o povo insatisfeito se insurgiu contra o governo.

    "aindo da histria antiga

    A revolta do povo, $asicamente camponeses, enfraqueceu o imprio e derru$ou adinastia Han.

    3 Lmprio @in!s se dividiu ento, em tr!s reinos e essa diviso se estendeu ato ano :JD d.@.

    Este foi um $reve olar so$re a antiguidade cinesa. Vm povo de istriariqu(ssima, que dei"ou contri$ui*es da maior import/ncia ao pensamento, aci!ncia e a arte, que dei"ou uma cultura que at o+e surpreende o mundoocidental.

    Ainda muito o que aprender e muito o que desco$rir, cada not(cia so$re

    pesquisas arqueolgicas nos deslum$ra, e levanta um pouco o vu do mistrioso$re determinados acontecimentos enco$ertos pela lenda.

    Ligaes externas

    5Em $usca dos tesouros do )ausolu de >in Ci Huang, @onsulado da @ina

    57esco$ertas arqueolgicas, dinastia >in

    Acima os dois sitesonde se pode aprender um pouco mais sobre o tFmulo doprimeiro imperador da dinastia in, onde foi encontrado o e"(rcito de terracota)

    5cinesa @ivili&ao cinesa

    5T-lio ilela, Histria @ina

    51ovos antigos

    5)useu Prit/nico

    5Arte cinesa

    5import/ncia dos rios na @ina

    5Andr Pueno, @ina antiga

    O #editerr5neo Oriental3 )editerr/neo 3riental

    3 mar )editerr/neo foi, desde a antiguidade, um marco, cu+as guas foramtestemunas do inicio e do fim de grandes civili&a*es.

    http://www.fmprc.gov.cn/ce/cgrj/pot/xxdt/t135342.htmhttp://www.minhachina.com/xian4.htmhttp://www.historiadomundo.com.br/chinesa/civilizacao-chinesa/Civiliza%C3%A7%C3%A3ohttp://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/fundamental/historia/geral/ult1690u60.jhtmhttp://drleadnet.com/textos3/povos.htmhttp://www.ancientchina.co.uk/geography/home_set.htmlhttp://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/61ArteCh.htmhttp://www.comciencia.br/reportagens/aguas/aguas09.htmhttp://china-antiga.blogspot.com/2007/07/introduo.htmlhttp://www.fmprc.gov.cn/ce/cgrj/pot/xxdt/t135342.htmhttp://www.minhachina.com/xian4.htmhttp://www.historiadomundo.com.br/chinesa/civilizacao-chinesa/Civiliza%C3%A7%C3%A3ohttp://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/fundamental/historia/geral/ult1690u60.jhtmhttp://drleadnet.com/textos3/povos.htmhttp://www.ancientchina.co.uk/geography/home_set.htmlhttp://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/61ArteCh.htmhttp://www.comciencia.br/reportagens/aguas/aguas09.htmhttp://china-antiga.blogspot.com/2007/07/introduo.html
  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    52/155

    Cuas guas $anam, ao sul da Europa, 1ortugal, Espana, Ltlia e rcia. 'aantiguidade, os eg(pcios, fen(cios, ititas, gregos, romanos, mic!nicos, minicos,entre outros, estiveram de alguma forma ligados ao )editerr/neo.

    Esses povos dei"aram sua marca em eventos istricos e tesouros emconecimentos em todos os campos do sa$er da umanidade.

    A geografia do local, privilegiada, contri$uiu de maneira importante para queessas civili&a*es se desenvolvessem e prosperassem. A rea ocupa tr!scontinentes, e seu solo frtil permitiu que os povos antigos se esta$elecessem,domesticassem animais e plantassem com sucesso. 'as colinas da Anatlia, osititas e"ploraram minas de ouro e os fen(cios no )editerr/neo carregavama&eite e especiarias em seus navios mercantes.

    Enquanto que as civili&a*es que contavam com rios para fertili&ar a terra,desenvolveram planta*es em grande escala. As cadeias de montanas e osgrandes rios a+udaram a manter o isolamento das culturas.

    Essa regio que margeia o mar )editerr/neo tam$m camada de 6evante.

    Cua geografia vai das plan(cies costeiras muito frteis at as cadeias demontanas que invadem o interior do lugar.

    Ao sul temos o ale do rio Mordo, o )ar )orto e o Nadi Ara$a que condu& ao)ar ermelo. Ao norte o ale do PeKaa, que divide as montanas do 6($ano dacadeia anti6($ano, separando o deserto da C(ria da costa.

    3 'ur #antigo Amanus% e as montanas Taurus no e"tremo norte formam uma$arreira natural entre a regio e o plateau da Anatlia. Essa regio corresponde,mais ou menos, nos pa(ses atuais, ao oeste da C(ria, 6($ano, Lsrael e Mord/nia.

    Os minicoss .in/icos

    A desco/erta

    )encionada por Homero, essa civili&ao foi completamente esquecida at queArtur Evans, um dos mais famosos arquelogos da Histria, acreditou na suae"ist!ncia e se dedicou a $uscla.

    Ele usou as pistas dadas pelos mitos e lendas a respeito do fa$uloso rei )inos#do la$irinto do minotauro% para encontrar a istria real. A civili&ao minicade @reta estava l, aguardando seu desco$ridor.

    Em

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    53/155

    Localizao geogr+fica

    @reta a maior ila da rcia. 2 uma ila longa e estreita, que se estende pelaentrada sul do mar Egeu. Cua posio geogrfica privilegiada para mantercontatos com o Egito e o 6evante. 2 a segunda maior ila do )editerr/neooriental e a quinta maior de todo aquele mar.

    2 preciso mencionar a ila de Tera, que o+e camada de Cantorini epossivelmente teve um papel importante no final dessa istria.

    Essa uma ila vulc/nica que fica no e"tremo sul do grupo das @(clades, no marEgeu. Ho+e ela tem alm da ila principal, um grupo quase circular de ilas queso vest(gios da grande erupo que despedaou a ila original e so as partesde uma cratera.

    Origem

    Goi a primeira civili&ao que surgiu na Europa, ao lado dos mic!nicos. Acivili&ao conecida como minica, no foi importada mas se desenvolveu naprpria ila com o decorrer do tempo.

    -r.8histria

    A ila foi ocupada a partir de J;;; a.@. por povos neol(ticos, como evidenciadopor figuras antropomrficas de argila. As primeiras peas de cer/mica surgirampor volta de D=;; a.@. A arquitetura semelante s presentes no Egito e no3riente )dio, deste per(odo e de per(odos posteriores, com ti+olos queimadosso$re fundao de pedra, co$ertos por $arro, o que pode liglos aos povosdaquelas regi*es e no aos povos europeus como se costuma pensar.

    Esse povo cultivava trigo, lentilas, criava $ois e ca$ras. 3 terreno montanoso eacidentado dava lugar a profundos vales frteis, onde era praticada aagricultura. A pesca tam$m era um importante elemento na o$teno dealimentos.

    1or volta de 9;; a.@. o co$re su$stituiu as pedras em utens(lios comomacados, e a ila toda passou a ser ocupada por esta cultura.

    0dade do 3ronze

    Goi neste per(odo que a civili&ao minica, de fato, floresceu. 'esta poca opapel da ila de @reta era comparvel ao das grandes pot!ncias como o Egito, a)esopot/mia e a Anatlia, por e"emplo.

    A economia sofreu uma grande mudana dei"ando de ser rural e passando a sercomercial.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    54/155

    1or volta de ;;; a.@. so encontrados vest(gios de utens(lios de $ron&e e fornospara fundio. 'este per(odo, a ocupao do litoral tornouse importante, comvilas costeiras e ancoradouros.

    Curgiu ainda, um sistema de escrita camado linear A, ainda sem traduo.

    3 fato da Lla de @reta estar locali&ada entre o Egito, a Bsia e a rcia

    continental, foi o grande impulsionador do comrcio e da economia. @reta era aponte entre as diversas civili&a*es da poca, a+udando a disseminar oconecimento entre povos de culturas to variadas quanto os que viviam noantigo oriente e os ocidentais.

    raas aos e"cedentes de produo e a difuso do uso do $ron&e, ouve todo umprocesso que fe& mover a economia, no sentido de ocupar a modeo$ra ematividades diversas.

    Era necessrio uma organi&ao social e pol(tica para gerir essa nova economia eos palcios se encai"avam de maneira perfeita no caso. 1ortanto se presume quetodas as atividades econ0micas estavam ligadas ao poder pol(tico que emanava

    do palcio.

    Os %al+cios

    A civili&ao minica camada tam$m de Civilizao de Pal)cio. Atravs dosestudos se pode dedu&ir que o palcio era o centro do poder real, era o local deonde se administrava e distri$u(a as rique&as.

    'o se conece os nomes dos reis de @reta, at porque a escrita no foidecifrada, ento a import/ncia dos palcios se torna mais evidente.

    3s primeiros palcios, de @nossos, Gestos e )alia, foram destru(dos por umgrande terremoto, por volta de < =;; a.@.

    )as outros foram constru(dos so$re as ru(nas, palcios ainda mais sofisticados ecomple"os.

    Acreditase que a civili&ao minica era constitu(da por cidadesestado,su$ordinadas em certo n(vel a uma cidade mais importante e seu rei. Assumeseque @nossos era esta cidade. 3 palcio de @nossos o maior + encontrado naila, em$ora grandes palcios tam$m ocorram em Gestos e )alia. Associadosao palcio, estavam casas, lo+as, $anos, oficinas e arma&ns.

    1ortanto avia centros de poder do qual dependiam outras cidades e povoados.

    "egunda .%oca dos %al+cios

    Essa foi a poca urea da civili&ao minica.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    55/155

    3 povo + conecia e dominava a metalurgia do $ron&e, tam$m eramagricultores produtivos e suas grandes rique&as eram o trigo, o a&eite e o vino.3s ferreiros tra$alavam o metal e os oleiros criavam $elas vasilas que eramdecoradas pelos pintores. Cem esquecer da pesca, porque afinal estamos falandode uma ila, e tam$m da criao de animais.

    Ar'uitetura

    3 palcio centrali&ava a vida da civili&ao minica. Ento vamos ver como eramconstru(dos.

    Em geral possu(am um ptio central, no tinam muralas. 1elas ru(nas se podededu&ir que avia um local de culto, as alas designadas ao rei e sua fam(lia eoutros compartimentos que deveriam ser usados como arma&ns e oficinas.

    3s palcios t(picos possu(am vrios pisos e isso pode ser atestado pelas ru(nas degrandes escadarias. 1resumese que o 1alcio de @nossos tivesse dois pisos na

    parte ocidental e quatro na oriental.'essa segunda fase dos palcios em especial, a arquitetura tomou grandespropor*es, os am$ientes rece$iam a claridade graas ao uso de colunas epilastras, todas decoradas com afrescos maravilosos.

    3 palcio centrali&ava a vida econ0mica, porque era l onde se davam as trocas,onde se rece$iam os clientes e as encomendas, onde se produ&ia o vino e searma&enava o e"cedente dos produtos.

    A comple"a construo do palcio dei"a entrever um povo que vivia numasociedade de alto n(vel.

    6alassocracia

    A civili&ao minica camada de talassocracia, ou se+a, possua o domniopoltico do mar.

    7e fato, dito istoricamente, que o fa$uloso rei )inos #rei de Onossos%, se+aisso lenda ou realidade con(uistou as Cclades e o mar circundante.

    3 que sa$emos de real o fato de no aver fortifica*es ou muralas nascidades minicas, tam$m nada foi encontrado so$re produo macia de armas.

    Lsso significa que o dom(nio de @reta, era de fato comercial, ao que parece eladominava o )editerr/neo 3riental.

    A prosperidade da ila se deveu $asicamente a$ilidade na construo de nausrpidas e resistentes, capa&es de transpor o )ar )editerr/neo. 7esta forma, osminicos esta$eleceram rela*es comerciais com as civili&a*es circundantes,e"portando peas de metal, +ias, cer/mica, a&eite, vinos e tam$m em $uscade matriaprima.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    56/155

    A frota minica era formada por navios de transporte, feitos especificamentepara o comrcio e se compuna de em$arca*es que mediam entre :; e ;metros, com vela e remos.

    Em se tratando de navegao, eles tinam perfeitas no*es atmosfricas enuticas e isso se dedu&, tanto pela quantidade de mercadorias quetransportavam quanto pelas dist/ncias que percorriam.

    Em in-meros afrescos se pode o$servar a cegada de navios ao porto e se v! quea enseada possu(a um cais artificial e um edif(cio com muitas a$erturas nafacada, parecendo um estaleiro.

    A e"panso de @reta est documentada nos afrescos de AKrotiri, na Lla de Tera#atual Cantorini%.

    A ila de @reta era um ponto cave no comrcio do )editerr/neo porque no eracontrolada pelo Egito e nem pela )esopot/mia.

    'a C(ria, a cidade de Vgarit possu(a uma $ase comercial minica.

    Ci&ncias

    2 evidente que o desenvolvimento de tcnicas cient(ficas sempre est ligadoquilo que se fa& necessrio no momento vivido.

    3s minicos desenvolveram fornos e instrumentos para tra$alar o metal,pinas, martelos e moldes de terracota.

    1rodu&iram armas em $ron&e como adagas com l/minas em forma de fola delouro, outras com nervura central e $ase arredondada. As espadas tinam

    nervura central e ca$o para empunadura, eram finamente decoradas e atmesmo revestidas em ouro. Eram armas de adorno e no de defesa ou ataque.

    A tcnica da olaria foi desenvolvida e o+e so famosos os vasos enormes, queeram utili&ados para conservao de mercadorias no palcio ou transporte.

    'os primeiros tempos, a cer/mica, copos, taas e /nforas muito decoradas, erame"portadas e usadas em am$ientes lu"uosos.

    Em termos de transporte terrestre, os minicos usavam o carro de madeira comrodas presas por tiras de couro e pu"ado por animais.

    Evidentemente, um povo cu+a economia se $aseava no comrcio e a

    administrao era feita no palcio, se dedicou tam$m matemtica. Em$orano fosse uma ci!ncia muito desenvolvida, eles usavam uma numerao inteira efracionria e possu(am um sistema de clculo que era suficiente para suaconta$ilidade.

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    57/155

    Artes

    A arte minica foi e"pressa a principio, pelos relevos, +oaleria e cer/mica. 'oforam encontradas grandes esttuas e esculturas. 3 que mais cama ateno aqualidade e a tcnica usada nos tra$alos de cer/mica.

    7o per(odo dos palcios ficaram os afrescos , $ai"os relevos e a decoraonaturalista. A cor, as figuras elegantes e refinadas, os afrescos em relevo, tudoremete a uma civili&ao desenvolvida artisticamente.

    As +ias demonstram a a$ilidade e $om gosto dos ourives minicos. Tam$mpodemos supor que a m-sica e a dana foram cultivadas na @reta minica, temosrepresenta*es de m-sicos com liras, arpas, c(m$alos e sistros.

    *eligio

    As estatuetas encontradas nas escava*es, em geral representam figurasfemininas, o que nos leva a crer que eles veneravam uma deusame. Era umadivindade ligada a nature&a e aos animais.

    2 poss(vel que a caracter(stica principal da religio tena sido o naturalismo.

    'os deuses minicos so o$servados detales que mais tarde, vo aparecer nosdeuses gregos. 7a mesma forma era dado um valor sagrado s cavernas egrutas, como viria a ocorrer na rcia. @om relao a crena na vida aps amorte ou aos rituais que envolveriam um sepultamento, s temos especula*es.

    Ca$emos que eles enterravam seus mortos em covas no principio, e mais tardeem t-mulos.

    Goi encontrado um sarcfago com pinturas mostrando que o defunto, no seufuneral, rece$e tudo aquilo que poder precisar para uma viagem, inclusive uma$arca.

    !eclnio

    Entre

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    58/155

    Ainda no sculo Z a.@. os drios vindos do 1eloponeso invadiram @reta,esta$eleceramse nas cidades a$andonadas e constru(ram so$re cidadesdestru(das. 3s minicos migraram para o leste da ila, mas foram finalmenteassimilados por volta de

  • 5/26/2018 Civiliza es Da Antiguidade

    59/155

    )uito do que se sa$e so$re a cultura mic!nica so$reviveu naIl'adae na Ndiss(iae foi graas a Homero, Esquilo e 1aus/nias, que )icenas foi encontrada, assimcomo Tria, com quem os mic!nicos mantinam intenso comrcio.

    #icenas

    )icenas, a cidade deAgamenonque, de acordo com Homero, foi o maisimportante dos reis