civil 01 jurisp dir civil (tjmg)

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Itens 07 e 08 do edital: Dos contratos em geral: Nmero do processo: 1.0707.03.065254-9/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 14/11/2007 Data da Publicao: 07/12/2007 Ementa: APELAO CVEL. EMBARGOS EXECUO. TTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. PROVA PERICIAL. NECESSIDADE. LIVRE CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO. CONTRATO BANCRIO. SIMULAO. JUROS REMUNERATRIOS. CAPITALIZAO DE JUROS. - O magistrado o destinatrio da prova e a ele incumbe analisar a plausibilidade e necessidade de produo das provas requeridas, nos termos do art. 130 do Cdigo de Processo Civil. - No h simulao quando a parte no comprova que teve inteno diversa no ato da contratao. - A limitao de juros no pode ser imposta s instituies bancrias, vez que o artigo 192, 3, da CF, foi revogado pela EC n. 40 e as disposies do Decreto 22.626/33 no so aplicveis s operaes financeiras, devendo prevalecer o ndice pactuado entre as partes. - possvel a capitalizao mensal dos juros nas operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos bancrios celebrados aps 31 de maro de 2000. Nmero do processo: 1.0024.05.797479-2/002(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 03/10/2007 Data da Publicao: 12/10/2007 Ementa: APELAO CVEL. AO ORDINRIA. NULIDADE DA SENTENA POR CERCEAMENTO DE DEFESA. REVISIONAL DE CONTRATO BANCRIO. INVERSO DO NUS DA PROVA. INOVAO RECURSAL. JUROS REMUNERATRIOS. CAPITALIZAO DE JUROS. COMISSO DE PERMANNCIA. TAXA DE MERCADO. SUBSTITUIO PELO INPC. A parte que no interps recurso no momento oportuno contra a deciso que indeferiu pedido de produo de prova pericial, no cabe invocar cerceamento de defesa porque ocorreu a precluso. vedado inovar o pedido em sede de recurso, pois no se pode recorrer do que no foi objeto de discusso e deciso em primeiro grau de jurisdio, sob pena de violao ao devido processo legal e aos princpios do contraditrio e ampla defesa.As instituies financeiras no esto obrigadas ao limite imposto de juros remuneratrios no percentual de 12% (doze por cento) ao ano, salvo se comprovada a abusividade da taxa de juros ou que excedam a taxa mdia de mercado, relativamente espcie de contrato objeto da lide. possvel a capitalizao mensal dos juros nas operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos bancrios celebrados aps 31 de maro de 2000.Nos contratos celebrados com instituies financeiras, admite-se a incidncia da comisso de permanncia aps o vencimento da dvida, desde que no cumulada com juros remuneratrios, juros moratrios, correo monetria e multa contratual Nmero do processo: 1.0024.01.595959-6/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 14/03/2007 Data da Publicao: 24/03/2007 Ementa: Apelao cvel - Revisional de contrato - Juros remuneratrios Pactuados - Repetio do indbito - Art. 42, nico, do CODECON - Ausncia de comprovao de m-f - Devoluo em dobro - Inadmissibilidade - Capitalizao mensal de juros - Possibilidade - Comisso de permanncia - Cumulao com multa e juros - Ilegalidade - Recurso principal no provido e adesivo parcialmente provido. - A limitao dos juros taxa de 12% ao ano, estabelecida pelo Decreto n 22.626/33, no se aplica s operaes realizadas por instituies financeiras integrantes do sistema financeiro nacional (Sm. 596/STF). - A aplicao do 3, do art. 192, da Constituio Federal, antes de revogado pela EC n 40/2003 dependia de regulamentao em lei

complementar, segundo iterativos pronunciamentos do Excelso Supremo Tribunal Federal (Smula 648 do STF). - O art. 42, pargrafo nico do Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidor no se aplica quando a cobrana feita em razo de clusula contratual qual aderiu o devedor livremente. - possvel a capitalizao mensal dos juros nas operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos bancrios celebrados aps 31 de maro de 2000. - Nos contratos celebrados com instituies financeiras, admite-se a incidncia da comisso de permanncia aps o vencimento da dvida, desde que no cumulada com juros remuneratrios, juros moratrios, correo monetria e multa contratual. Nmero do processo: 1.0702.96.026400-1/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 08/11/2006 Data da Publicao: 25/11/2006 Ementa: APELAO CVEL - AO REVISIONAL DE CONTRATO - POSSIBILIDADE DE REVISO DAS CLUSULAS CONTRATUAIS - GARANTIA CONSTITUCIONAL - JUROS REMUNERATRIOS - LEI DE USURA - CAPITALIZAO DE JUROS - VEDAO - MULTA MORATRIA - POSSIBILIDADE - CONTRATO CELEBRADO ANTES DA ALTERAO DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - TR - NDICE DE CORREO VLIDO - COMISSO DE PERMANNCIA - SUBSTITUIO PELA CORREO MONETRIA - MULTA MORATRIA -PREVALNCIA DO CONTRATO - RESTITUIO DOS VALORES PAGOS - POSSIBILIDADE RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. - O direito de ao defendido pelo artigo 5, inciso XXXV da Constituio Federal que determina: a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito. - O contrato de adeso passvel de reviso pelo Poder Judicirio justamente pelo fato de macular a manifestao vlida e o livre consentimento do aderente, contrariando o princpio da autonomia da vontade. - Os juros remuneratrios cobrados pelas instituies financeiras no sofrem as limitaes da Lei da Usura (Smula n 283 do STJ). - A capitalizao diria e/ou mensal de juros flagrante abusividade das instituies financeiras, que, salvo pelo evidente favorecimento do Poder Executivo ao capital, propiciando lucros astronmicos para os banqueiros, no podem invocar Medida Provisria que contraria frontalmente o texto e o esprito do art. 62 da Constituio da Repblica. - A cobrana da multa moratria deve prevalecer no percentual de 10% (dez por cento) porque os contratos foram celebrados antes da alterao do Cdigo de Defesa do Consumidor feita pela Lei 9.298/96. - A Taxa referencial (TR) indexador vlido para contratos posteriores Lei n 8.177/91, desde que pactuada (Smula n 295, do Colendo Superior Tribunal de Justia). - A comisso de permanncia no pode ser cobrada quando cumulada com os juros moratrios e com a multa contratual e com a correo monetria e com os juros remuneratrios, a teor das Smulas ns 30, 294 e 296 do Colendo Superior Tribu nal de Justia. - A repetio de indbito possvel quando a parte paga encargos considerados abusivos, sob pena de caracterizar enriquecimento ilcito. Smula: DERAM PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO Nmero do processo : 1.0024.03.942054-2/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 11/01/2006 Data da Publicao: 25/02/2006 Ementa: APELAO CVEL N 1.0024.03.942054-2/001 - BELO HORIZONTE - 11.1.2006 EMENTA: REVISIONAL DE CONTRATO C/C REPETIAO DE INDBITO - LEGITIMIDADE PASSIVA - TEORIA DA APARNCIA - APLICABILIDADE - INPCIA DA INICIAL - INTERESSE DE AGIR - JUROS REMUNERATRIOS PACTUADOS - LEGALIDADE - CAPITALIZAO MENSAL VEDAO - REPETIO DE INDBITO - PROCEDNCIA PARCIAL - SUCUMBNCIA RECPROCA - HONORRIOS ADVOCATCIOS - COMPENSAO. A empresa que se apresenta como parte legitimada para oferecer e negociar emprstimos ao pblico em geral, praticando atos que levam o consumidor a crer que negociava diretamente com ela, assume a responsabilidade pelos contratos de mtuo celebrados, aplicando-se ao caso a teoria da aparncia, em razo do

princpio geral de proteo boa-f e a necessidade de se assegurar a estabilidade das relaes jurdico-negociais. Se a pea de ingresso permite a avaliao do pedido e o oferecimento de resposta, no h que se falar em inpcia da inicial. Tem interesse de agir a parte que pleiteia a reviso de contratos bancrios em juzo, vindo a juzo discutir eventuais ilegalidades no que foi contratado, amparada pelo disposto no art. 5o da Constituio da Repblica Acha-se consolidado o entendimento de que a abusividade da pactuao dos juros remuneratrios deve ser cabalmente demonstrada em cada caso, com a comprovao do desequilbrio contratual ou de lucros excessivos, sendo insuficiente apenas o fato de a estipulao ultrapassar 12% ao ano, uma vez que este limite no se aplica s instituies financeiras, conforme precedentes do Colendo Superior Tribunal de Justia. A capitalizao mensal de juros nos contratos bancrios de emprstimo no configura procedimento recepcionado pela legislao civil em vigor, conforme revelam as Smulas 121 do STF e 93 do STJ. Havendo sucumbncia recproca, os honorrios advocatcios devem ser compensados, nos termos da Smula 306, do STJ. Nmero do processo: 1.0707.06.113241-1/002(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 16/05/2007 Data da Publicao: 02/06/2007 Ementa: APELAO CVEL - AO REVISIONAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE BEM MVEL - JUROS REMUNERATRIOS PACTUADOS - ABUSIVIDADE NO DEMONSTRADA CAPITALIZAO MENSAL - POSSIBILIDADE - COMISSO DE PERMANNCIA - CUMULAO COM JUROS E MULTA - IMPOSSIBILIDADE - JUROS MORATRIOS E MULTA MORATRIA LEGALIDADE - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Acha-se consolidado o entendimento de que a abusividade da pactuao dos juros remuneratrios deve ser cabalmente demonstrada em cada caso, com a comprovao do desequilbrio contratual ou de lucros excessivos, sendo insuficiente apenas o fato de a estipulao ultrapassar 12% ao ano, uma vez que este limite no se aplica s instituies financeiras, conforme precedentes do Colendo Superior Tribunal de Justia. possvel a capitalizao mensal dos juros nas operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos bancrios celebrados aps 31 de maro de 2000.Nos contratos celebrados com instituies financeiras, admite-se a incidncia da comisso de permanncia aps o vencimento da dvida, desde que no cumulada com juros remuneratrios, juros moratrios, correo monetria e multa contratual. Smula: REJEITARAM PRELIMINAR UNANIMIDADE.DERAM PROVIMENTO PARCIAL, VENCIDO PARCIALMENTE O RELATOR. Nmero do processo: 1.0145.06.329661-3/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 17/10/2007 Data da Publicao: 02/11/2007 Ementa: APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. AO DE DEPSITO. FINANCIAMENTO COM CLUSULA DE ALIENAO FIDUCIRIA. DECRETO-LEI 911/69. MORA DO DEVEDOR. REVISO CONTRATUAL. JUROS REMUNERATRIOS. CAPITALIZAO DE JUROS. COMISSO DE PERMANNCIA. PRISO CIVIL. A mora do devedor decorrer do simples vencimento do prazo para pagamento e poder ser comprovada por carta registrada expedida por intermdio de Cartrio de Ttulos e Documentos ou pelo protesto do ttulo, a critrio de credor. Diante de expressa autorizao legislativa, bem como pela aplicao do Cdigo de Defesa do Consumidor facultado parte discutir as clusulas contratuais no mbito da ao de busca e apreenso. As instituies financeiras integrantes do Sistema Financeiro no se sujeitam limitao de juros estabelecida no Decreto 22.626/33. possvel a capitalizao mensal dos juros nas operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos bancrios celebrados aps 31 de maro de 2000. No se admite a cobrana de comisso de permanncia cumulada com juros remuneratrios, juros moratrios, correo monetria ou multa contratual, pelo inadimplemento dos contratos celebrados com instituies financeiras. vedada a priso civil decorrente de dvida em

contrato de alienao fiduciria, pois o devedor no pode ser equiparado figura do depositrio infiel. Smula: DERAM PROVIMENTO PARCIAL, VENCIDO PARCIALMENTE O RELATOR. Nmero do processo: 1.0512.02.003790-3/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 28/02/2007 Data da Publicao: 10/03/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - DIREITO CIVIL - AO DE DEPSITO - PRISO CIVIL INADMISSIBILIDADE - DL 911/69 - CONSTITUCIONALIDADE - CAPACIDADE CIVIL PRESUNO - REVISO CONTRATUAL - POSSIBILIDADE - LEI DE USURA - INSTITUIES FINANCEIRAS - INAPLICABILIDADE - CAPITALIZAO DE JUROS - VEDAO - COMISSO DE PERMANNCIA - TAXA FIXA -CUMULAO COM OUTROS ENCARGOS INADMISSIBILIDADE. - vedada a priso civil decorrente de dvida de contrato de alienao fiduciria, pois o devedor no pode ser equiparado figura do depositrio infiel. - O procedimento previsto no Decreto- lei 911/69 foi recepcionado pela Constituio da Repblica de 1988 e no ofende os princpios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditrio, nem contraria a legislao de proteo ao consumidor. Com o advento do Cdigo Civil de 2002 e da Lei n 10.931/04, deve-se considerar encerrada qualquer discusso a respeito da constitucionalidade do mencionado decreto-lei. - A presuno de capacidade civil vigora, at prova em contrrio, quanto aos atos praticados antes da concesso de curatela provisria na ao de interdio civil. - O art. 3o do Decreto-Lei n 911/69, com a alterao trazida pela Lei n 10.931/04, faculta parte discutir as clusulas no mbito da ao de busca e apreenso. - As instituies financeiras integrantes do Sistema Financeiro no se sujeitam limitao de juros estabelecida no Decreto 22.626/33, (Smula 596 do STF e Smula 283 do STJ). - possvel a capitalizao mensal dos juros nas operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos bancrios celebrados aps 31 de maro de 2000. - Nos contratos celebrados com instituies financeiras no se admite aps o vencimento da dvida, a cobrana de comisso de permanncia cumulada com juros remuneratrios, juros moratrios, correo monetria e multa contratual (Smulas ns 30, 294 e 296 do Colendo Superior Tribunal de Justia). Smula: NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO PRINCIPAL UNANIMIDADE. DERAM PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO ADESIVO, VENCIDO PARCIALMENTE O RELATOR Nmero do processo: 1.0024.03.892507-9/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 16/05/2007 Data da Publicao: 26/05/2007 Ementa: APELAO CVEL - AO REVISIONAL DE CONTRATO - SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAO - JUSTIA GRATUITA - CONCESSO PARA RECORRER - ESGOTAMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA - DESNECESSIDADE - CORREO DO SALDO DEVEDOR - TAXA REFERENCIAL - APLICABILIDADE - TABELA PRICE E CAPITALIZAO DE JUROS VEDAO - PRELIMINAR REJEITADA, PRIMEIRO RECURSO NO PROVIDO E SEGUNDO RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. O pedido de justia gratuita pode ser formulado a qualquer tempo e grau de jurisdio, mediante simples declarao da parte de insuficincia de recursos para arcar com as custas do processo. ""O acesso ao Poder Judicirio, em nosso Direito, amplo e pode se dar a qualquer tempo, independentemente do esgotamento prvio das vias administrativas"". Nos contratos vinculados ao Sistema Financeiro da Habitao, mesmo havendo clusula que submeta o financiamento ao Plano de Equivalncia Salarial - PES, o saldo devedor deve ser corrigido pela Taxa Referencial - TR, porque foi contratada como ndice de correo monetria do financiamento. Tratando-se de contrato de financiamento habitacional a capitalizao de juros vedada, mesmo quando expressamente convencionada, razo pela qual o critrio de correo pela Tabela Price no pode ser utilizado.

Smula: REJEITARAM PRELIMINAR, NEGARAM PROVIMENTO PRIMEIRA APELAO E DERAM PROVIMENTO PARCIAL SEGUNDA. Nmero do processo: 1.0145.98.003086-3/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 03/05/2006 Data da Publicao: 19/08/2006 Ementa: CONTRATOS BANCRIOS - REVISO - JUROS - LEI DE USURA - INSTITUIES FINANCEIRAS - CAPITALIZAO - COMISSO DE PERMANNCIA - TAXA DE MERCADO CUMULAO COM COBRANA DE JUROS E CORREO MONETRIA. - Acha-se consolidado o entendimento de que a abusividade da pactuao dos juros remuneratrios deve ser cabalmente demonstrada em cada caso, com a comprovao do desequilbrio contratual ou de lucros excessivos, sendo insuficiente apenas o fato de a estipulao ultrapassar 12% ao ano, uma vez que este limite no se aplica s instituies financeiras, conforme precedentes do Colendo Superior Tribunal de Justia. - No se admite a capitalizao mensal de juros nos contratos bancrios, salvo em casos de exceo legal (Smula 93 do STJ e Smula 121 do STF). - vedada a cobrana de comisso de permanncia sem previso expressa de indexador no contrato e sua cumulao com a cobrana de juros e correo monetria. Smula: REJEITARAM A PRELIMINAR E DERAM PROVIMENTO PARCIAL, VENCIDO PARCIALMENTE O DESEMBARGADOR REVISOR Nmero do processo: 1.0145.04.176052-4/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 20/02/2008 Data da Publicao: 01/03/2008 Ementa: AO ORDINRIA. REVISIONAL DE CONTRATO BANCRIO. JUROS REMUNERATRIOS. CAPITALIZAO MENSAL DE JUROS. COMISSO DE PERMANNCIA. HONORRIOS ADVOCATCIOS. Os juros remuneratrios sero reduzidos taxa mdia de mercado quando comprovada a abusividade na cobrana, relativamente espcie de contrato objeto da lide. - No se admite capitalizao mensal de juros quando no expressamente contratada. - Nos contratos celebrados com instituies financeiras, admite-se a incidncia da comisso de permanncia aps o vencimento da dvida, desde que no cumulada com juros remuneratrios, juros moratrios, correo monetria e multa contratual. - Os honorrios advocatcios devem ser arbitrados levando-se em considerao o grau de zelo profissional, o local da prestao do servio, bem como a natureza e importncia da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o servio prestado. Smula: DERAM PROVIMENTO PRIMEIRA APELAO E NEGARAM PROVIMENTO SEGUNDA Nmero do processo: 1.0525.02.000241-2/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 03/10/2007 Data da Publicao: 12/10/2007 Ementa: APELAO CVEL. AO ORDINRIA. REVISO DE CONTRATO BANCRIO. JUROS REMUNERATRIOS. LIMITAO. CAPITALIZAO DE JUROS. PREVISO CONTRATUAL. TR. COMISSO DE PERMANNCIA. CUMULAO COM JUROS E MULTA MORATRIA. REPETIO EM DOBRO. AUSNCIA DE ENGANO JUSTIFICVEL. As instituies financeiras integrantes do Sistema Financeiro no se sujeitam limitao de juros estabelecida no Decreto 22.626/33, (Smula 596 do STF e Smula 283 do STJ). Todavia, a ausncia de estipulao prvia da taxa de juros remuneratrios no contrato enseja a aplicao dos juros legais. A capitalizao mensal de juros subordina-se expressa previso contratual. A Taxa Referencial (TR) indexador vlido para os contratos posteriores Lei n 8.177 de 1 de maro de 1991, desde que pactuada (Sm. 295, STJ). vedada a cumulao da comisso de permanncia com juros e multa

moratria. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de engano justificvel. Smula: NEGARAM PROVIMENTO. Nmero do processo: 1.0024.05.864487-3/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 16/01/2008 Data da Publicao: 02/02/2008 Ementa: APELAO CVEL. AO DE REVISO CONTRATUAL. CARTO DE CRDITO. ANATOCISMO. JUROS. CAPITALIZAO. ENCARGOS. ABUSIVIDADE. COMISSO DE PERMANNCIA. MULTA POR INADIMPLEMENTO. REPETIO DE INDBITO. As instituies financeiras esto autorizadas a praticar juros a taxas livres, no adstritas ao limite imposto pela Lei de Usura. A incidncia do CDC no limita a taxa de juros quando inexistir abusividade decorrente da adoo de taxas superiores mdia de mercado. possvel a capitalizao mensal dos juros em operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos celebrados aps 31 de maro de 2000. admitida a incidncia da comisso de permanncia, aps o vencimento do dbito, desde que pactuada e no cumulada com outros encargos decorrentes da mora. Todavia, nula a clusula que estabelece a cobrana de comisso de permanncia cuja taxa esteja ao livre arbtrio do credor. Inexistindo prova de pagamento indevido, no cabvel a repetio de indbito. AO REVISIONAL DE CONTRATO - CARTO DE CRDITO - APLICAO DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - CAPITALIZAO - JUROS - Apesar de prevalecer nos contratos o princpio do pacta sunt servanda, regra que decorre da autonomia da vontade das partes que podem contratar livremente, a Lei Civil estabelece limites obrigatoriedade dos preceitos contratuais, vedando a estipulao de clusulas que desequilibram de forma exacerbada a relao contratual, prtica que prevalece nos contratos de adeso. Smula: DERAM PROVIMENTO PARCIAL, VENCIDO PARCIALMENTE O DESEMBARGADOR RELATOR Nmero do processo: 2.0000.00.479628-3/000(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 25/01/2006 Data da Publicao: 25/02/2006 Ementa: AO CIVIL PBLICA - MOVIMENTO DAS DONAS DE CASA - LEGITIMIDADE ATIVA INTERESSE PROCESSUAL - CONTRATOS DE ARRENDAMENTO - NDICE DE REAJUSTE DECISO ANTERIOR - LIMITAO TERRITORIAL. O movimento das donas de casa parte legtima para o ajuizamento de ao civil pblica em defesa dos interesses dos consumidores, objetivando a liberao de veculos objeto de arrendamento mercantil j quitados com base no INPC por fora de deciso judicial proferida em ao coletiva revisional anterior. O interesse de agir se apresenta diante da necessidade do processo para a consecuo do direito pretendido. A ao coletiva destina-se a regularizar uma situao em tese, a ser concretizada no momento de sua aplicao, se presentes os requisitos e condies estabelecidos no julgamento. Os efeitos da sentena se limitam jurisdio do juzo. Nmero do processo: 1.0024.04.290542-2/002(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 12/09/2007 Data da Publicao: 22/09/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - SOCIEDADE POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EXONERAO DE FIANA - CESSO DE COTAS - SCIO RETIRANTE - GARANTIA MANTIDA - SCIO ORIGINRIO REMANESCENTE - RECURSO IMPROVIDO. - Pelo contrato de fiana, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigao assumida pelo devedor, caso este no a cumpra. - Somente se procede exonerao da fiana caso todos os scios, em funo dos

quais se prestou a garantia, retirem-se da sociedade. Permanecendo um scio que seja no quadro societrio, a exonerao do fiador somente se procede pela notificao do credor. Smula: NEGARAM PROVIMENTO ----------1 Semestre 2006 Nmero do processo: 2.0000.00.498716-0/000(1) Preciso: 23

Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do 22/02/2006 Julgamento: Data da 20/04/2006 Publicao: Ementa: EMBARGOS EXECUO - CHEQUE - COMPRA E VENDA DE IMVEL AD CORPUS NEGATIVA DE OUTORGA DA ESCRITURA - COAO MORAL COMPROVADA - VCIO DE CONSENTIMENTO - ANULABILIDADE DO ATO DECLARADA - TTULO INEXIGVEL. - O ttulo que instrui o processo de execuo deve ser lquido, certo e exigvel, sendo que a exigibilidade do ttulo comporta condies intrnsecas sua emisso. - ""A venda ad corpus quando o imvel mencionado com confrontaes certas e visveis e a rea assume carter meramente enunciativo"" (RT, 439:199), logo, presume-se que tanto comprador, quanto vendedor, examinaram as divisas do imvel, tendo a inteno de alienar ou adquirir o que se continha dentro delas. - Age de m-f o promitente vendedor que condiciona a outorga da escritura definitiva do imvel ao pagamento de importncia no contratada. - A coao macula o negcio jurdico, tornando o ttulo emitido para pagamento carecedor de causa debendi, devendo, conseqentemente, ser anulado nos termos do artigo 147, inciso II, do Cdigo Civil de 1916 (novo, artigo 171). Smula: NEGARAM PROVIMENTO Acrdo: Inteiro Teor Nmero do 1.0024.04.404033-5/001(1) Preciso: 23 processo: Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 11/01/2006 Data da Publicao: 18/02/2006 Ementa: REPARAO DE DANOS - PROMESSA DE COMPRA E VENDA - DISTRATO - COAO - VCIO NO CONFIGURADO. O arrependimento do negcio jurdico realizado no se confunde como o vcio de consentimento coao. Naquele a sensao de leso surge pela suposio de que melhor vantagem poderia ter sido alcanada, e neste pela constatao de que a vontade de outrem prevaleceu por fora de procedimento intimidatrio, ou seja, aniquilamento do querer ntimo, cuja avaliao tem por norte critrio regrado de subjetividade. Assim, aceito livremente o distrato, no se pode exigir o pagamento de multa pela no entrega e atraso da obra, reparao a ttulo de dano moral, ou correo monetria. ------------- 2 Semestre 2006 Data do Julgamento: 31/05/2006 Data da Publicao: 22/07/2006 Inteiro Teor: EMENTA: DECLARATRIA - NULIDADE DE ATO JURDICO - REGISTRO IMOBILIRIO DE TRANSFERNCIA - DECADNCIA. O pedido de nulidade do registro imobilirio de transferncia de imvel no se subsume regra de decadncia do inciso V do 9 do art. 178 do Cdigo Civil de

1916, destinada anulao ou resciso de contrato. que negcio jurdico nulo no se confunde com o anulvel, conquanto prescritvel em nome da paz social. " nulo o negcio jurdico, quando, em razo do defeito grave que o atinge, no pode produzir o almejado efeito. a nulidade a sano para a ofensa predeterminao legal. Nem sempre, contudo, se acha declarada na prpria lei. s vezes, esta enuncia o princpio, imperativo ou proibitivo, cominando a pena especfica ao transgressor, e, ento diz-se que a nulidade expressa ou textual; outras vezes, a lei probe o ato ou estipula a sua validade na dependncia de certos requisitos, e, se ofendida, existe igualmente nulidade, que se dir implcita ou virtual. Na construo da teoria da nulidade, desprezou o legislador brasileiro o critrio do prejuzo, abandonando o princpio que o velho direito francs enunciava - "pas de nullit sans grief". Inspirouse, ao revs, no princpio do respeito ordem pblica, assentando as regras definidoras da nulidade na infrao de leis que tm este carter, e, por esta mesma razo, legitimou, para argi-la, qualquer interessado, em seu prprio nome, ou o representante do Ministrio Pblico em nome da sociedade que ex officio representa. E mais longe foi, ainda, na recusa de efeitos, determinando a sua declarao por via indireta, de vez que, sem a propositura de ao cujo objetivo seja o seu decreto, deve o juiz pronunci-la quando tiver oportunidade de tomar conhecimento do ato ou de seus efeitos (Cdigo Civil, art. 146; Anteprojeto de Cdigo de Obrigaes, art. 67). Em razo de sua abrangncia, e de defluir a nulidade de uma imposio da lei, que ele se diz de pleno direito (pleno iure), ou absoluta. Atendendo a estas consideraes, h quem sustente que a nulidade obra da lei, e somente da lei, nunca da sentena judicial que a proclama e, portanto, paralisa o ato no momento mesmo do nascimento. A noo no pode ser aceita como absoluta, pois que, se certo que toda nulidade h de provir da lei, expressa ou virtualmente, certo , tambm, que se faz mister seja declarada pelo juiz. O Cdigo Civil procurou, a propsito, adotar uma sistemtica mais simples, inscrevendo, de um lado, a "nulidade dos atos jurdicos", que sempre pleno iure, e suscetvel de proclamao por iniciativa de qualquer interessado ou rgo do Ministrio Pblico, e, de outro lado, a anulabilidade, que a decretao de ineficcia sob inspirao de um interesse privado. Abandonou, portanto, aquela diviso da nulidade em absoluta e relativa, que vinha do Regulamento n 737, de 1850, e que continua admitida pelo Prf. Gondim Filho, mas contra a qual formou-se uma quase comunis opinio, desde a crtica que lhe ops Lacerda de Almeida. No sistema do Cdigo Civil, o vocbulo nulidade j por si tem o sentido de absoluta, e de pleno direito; a expresso nulidade relativa deve dar lugar anulabilidade. O nosso Anteprojeto de Cdigo de Obrigaes, arts. 66 e 70, conservou esta sistemtica, que alia a lgica simplicidade, a qual prevalece no Projeto." O emrito Caio Mrio da Silva Pereira (Ob. cit., p. 406), ainda observa que o ato nulo passvel de prescrio, isto porque "entre o interesse social do resguardo da ordem legal, contido na vulnerabilidade do negcio jurdico, constitudo com infrao de norma de ordem pblica, e a paz social, tambm procurada pelo ordenamento jurdico, sobreleva esta ltima, e deve dar-se como suscetvel de prescrio a faculdade de atingir o ato nulo. Nosso direito positivo no desafina desta concepo. Estabelecendo que os direitos reais prescrevem em 10 e 15 anos, e os de crdito, em 20 (Cdigo Civil, art. 177), o legislador brasileiro, em essncia, enunciou a regra, segundo a qual nenhum direito sobrevive inrcia do titular, por tempo maior de 20 anos. Esta prescrio longi temporis no respeita a vulnerabilidade do ato nulo, e, portanto, escoados 20 anos do momento em que poderia ter sido proposta a ao de nulidade, est trancada a porta, e desta sorte opera-se a consolidao do negcio jurdico, constitudo embora sob o signo do desrespeito ordem pblica. Igual critrio vigora no Anteprojeto de Cdigo de Obrigaes, com reduo do prazo prescricional a 10 anos (art. 296)." Das doutas lies do saudoso Professor Caio Mrio da Silva Pereira possvel constatar que o ato nulo subsume-se regra de prescrio, por fora da paz social. Todavia, a decadncia, nos termos do inciso V do 9 do art. 178 do Cdigo Civil de 1916, na espcie, no operou seus efeitos, pois trata da anulao ou resciso de contrato e no da nulidade de ato jurdico. Com efeito, a apelante tem razo em sustentar que decadncia do inciso V do 9 do art. 178 do Cdigo Civil de 1916 eleita como fundamento da improcedncia do pedido de nulidade de ato jurdico, ou seja, registro imobilirio de transferncia do lote 17, da quadra 43, do bairro Nossa Senhora das Graas, em Betim, MG, no procede, e por isso nova sentena deve ser prolatada pelo juiz natural, conforme pedido e causa de pedir. Alis, os apelados deduziram a prejudicial de

mrito decadncia a partir da falsa premissa de que o pedido formulado teria sido de anulao de contrato e no de nulidade de negcio jurdico. Por concluso, o pedido de nulidade do registro imobilirio de transferncia de imvel no se subsume a regra de decadncia do inciso V do 9 do art. 178 do Cdigo Civil de 1916, destinada anulao ou resciso de contrato. que negcio jurdico nulo no se confunde com o anulvel, conquanto prescritvel em nome da paz social. Com tais razes, dou provimento apelao, para cassar a sentena recorrida e determinar o retorno dos autos origem, para exame do pedido de nulidade do ato jurdico registro imobilirio de transferncia do imvel constitudo pelo lote 17, da quadra 43, do bairro Nossa Senhora das Graas, em Betim, MG. Custas, pelos apelados. ----------- 1 Semestre 2007 Nmero do processo: 1.0024.01.035255-7/001(1) Preciso: 23

Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do 14/03/2007 Julgamento: Data da 24/03/2007 Publicao: Ementa: Apelao Cvel - Ao ordinria - Nulidade da Sentena - Instrumento de transao - Vcios de Consentimento - Ausncia de prova - Nulidade Inexistente - Preliminar rejeitada e recurso noprovido. O acolhimento da nulidade da sentena por cerceamento de defesa inadmissvel quando a prova que se pretende produzir no guarda relao com a matria discutida nos autos. No cabe anulao de negcio jurdico quando no ficarem provados os vcios de consentimento argidos como causa de pedir. Smula: REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO Inteiro Teor Acrdo: Nmero do 1.0024.05.769023-2/001(2) processo: Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Relator do JOS FLVIO DE ALMEIDA Acordo: Data do 16/05/2007 Julgamento: Data da 02/06/2007 Publicao: Inteiro Teor: EMENTA: PROCESSUAL CIVIL - REINTEGRAO DE POSSE - IMVEL RURAL - ESBULHO SITUAO FTICA - RECURSO IMPROVIDO.A importncia do carter social imprimido propriedade reflete-se no dever do proprietrio de dar sua propriedade uma funo especfica. No se trata porm de qualquer funo, mas uma funo de cunho social, que se destine ao interesse coletivo e no apenas ao interesse individual. AGRAVO N 1.0024.05.769023-2/001 - COMARCA DE BELO HORIZONTE - AGRAVANTE(S): ACHILES BARBOSA, PERICLES BARBOSA E OUTRO(A)(S) - AGRAVADO(A)(S): ANA MARIA DE LIMA E OUTRO(A)(S), AUGUSTO PEREIRA MOTA, MARISA ANTNIA DA SILVA FERREIRA, JOVELINO FERREIRA VELOSO, ALAOR FRANCISCO DOS SANTOS, VALDIR SACOMAN RELATOR: EXMO. SR. DES. JOS FLVIO DE ALMEIDA ACRDO

Vistos etc., acorda, em Turma, a 12 CMARA CVEL do Tribunal de Justia do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatrio de fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigrficas, EM NEGAR PROVIMENTO, VENCIDO O DESEMBARGADOR SEGUNDO VOGAL. Belo Horizonte, 16 de maio de 2007. DES. JOS FLVIO DE ALMEIDA - Relator

----------- 2 Semestre 2007

Nmero 1.0713.05.047344-4/001(1) Nmero 1.0145.05.227894- Preciso: do do 5/001(1) 23 processo: processo: Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA

Data do 05/09/2007 Julgamento: Data da 15/09/2007 Publicao: Ementa: APELAO CVEL. AO ORDINRIA. ANULAO DE NEGCIO JURDICO. COMPRA E VENDA DE IMVEL. OUTORGA DE ESCRITURA. REGISTRO IMOBILIRIO. AUSNCIA DE NULIDADE. VCIO DE CONSENTIMENTO. ERRO. REGRA DE TRANSIO. PRESCRIO. - Afasta-se a nulidade do contrato de compra e venda de imvel, quando outorgada a escritura pblica e efetivado o registro imobilirio. A anulao de escritura publica deve ser demandada via de ao prpria. - So anulveis os atos jurdicos

em que as declaraes de vontade emanem de erro substancial, considerado como aquele que interessa natureza do ato, ao objeto principal da declarao ou a alguma das qualidades a ele essenciais. - Pela regra de transio prevista no art. 2.028 do Cdigo Civil de 2002, considera-se o prazo de prescrio estipulado no Cdigo Civil de 1916, se j transcorrido mais da metade do tempo exigido, quando da entrada em vigor do novo Cdigo Civil. - Prescreve em quatro anos a pretenso para anular ou rescindir os contratos, para a qual no se tenha estabelecido prazo menor, sendo o termo a quo deste prazo, nos casos de erro, o dia em que se realizou o ato ou o contrato. Smula: NEGARAM PROVIMENTO Acrdo: Inteiro Teor

Nmero 1.0430.06.000692- Preciso: do 0/001(1) 23 processo: Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA

Data do 04/07/2007 Julgamento: Data da 14/07/2007 Publicao: Ementa: AO MONITRIA. CHEQUE PRESCRITO. NEGCIO JURDICO SUBJACENTE. DISCUSSO. SENTENA DE MRITO. Na ao monitria, aceita a discusso do negcio jurdico subjacente, sem o esgotamento da fase probatria, no cabe sentena de mrito. Smula: DERAM PROVIMENTO. Acrdo: Inteiro Teor

Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 05/09/2007 Data da Publicao: 15/09/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - REINTEGRAO DE POSSE - ARTIGO 927 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - REQUISITOS - AUSNCIA DE COMPROVAO DA POSSE - RECURSO IMPROVIDO. A posse uma situao de fato, independente do domnio, e o esbulho o ato pelo o possuidor se

v despojado da posse injustamente por violncia, por clandestinidade e por precariedade. Em tratando de ao de reintegrao de posse, incumbe ao autor provar a sua posse e o esbulho praticado pelo ru; bem assim a perda da posse. Smula: REJEITARAM AS PRELIMINARES E NEGARAM PROVIMENTO Acrdo: ======================================== Nmero do 1.0480.99.012752Preciso: 49 processo: 8/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do 10/10/2007 Julgamento: Inteiro Teor Data da 20/10/2007 Publicao: Ementa: PROCESSUAL CIVIL - EXECUO DE TTULO EXTRAJUIDICAL - PENHORA DE DIREITOS HEREDITRIOS - AVALIAO ANTES DA PARTILHA - POSSIBILIDADE. possvel a avaliao dos direitos hereditrios penhorados, permitida sua alienao para satisfao do crdito exeqendo. Smula: DERAM PROVIMENTO. Acrdo: Inteiro Teor =============================================== Nmero do processo: 1.0024.07.549703-2/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 03/10/2007 Data da Publicao: 12/10/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - AO DE REVISO DE CLUSULAS CONTRATUAIS ABSTENO DE INCLUSO DO NOME DO DEVEDOR NOS SERVIOS DE PROTEO AO CRDITO - MULTA COMINATRIA - ARTIGO 461 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - ARTIGO 84 DO CDGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. A jurisprudncia do STJ entende que a fixao de multa para o caso de descumprimento de deciso judicial, expressa no dever da instituio financeira de proceder retirada do nome do devedor de cadastros de proteo ao crdito, encontra previso no art. 461 do CPC, haja vista a deciso se fundar em uma obrigao de fazer. A multa diria cominada deve ser moderada, a fim de impedir que alguns poucos dias de atraso levem o agravante ao enriquecimento sem causa, ou resulte em dificuldades financeiras agravada. Mas tambm deve ser o suficientemente coercitivo, a fim de compelir a parte a cumprir a obrigao dentro do prazo fixado pelo juzo primevo, ou com o menor atraso possvel. Nmero do processo: 1.0400.02.007350-0/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 05/09/2007 Data da Publicao: 15/09/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - COBRANA - CONTRATO DE LOCAO - FIANA RESPONSABILIDADE AT A ENTREGA DAS CHAVES - HERDEIROS DO FIADOR RESPONSABILIDADE AT A MORTE DO FIADOR - RECURSO PROVIDO. - Havendo clusula

expressa no contrato de aluguel de que a responsabilidade dos fiadores perdurar at a efetiva entrega das chaves do imvel objeto da locao, no h falar em obrigao por parte dos fiadores, apenas por decurso de prazo do respectivo contrato. A lei estabelece mecanismos prprios, passveis de desvincular o fiador da garantia por ele assegurada. - A obrigao do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiana se limita ao tempo decorrido at a morte do fiador, e no pode ultrapassar as foras da herana. Smula: DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O DESEMBARGADOR REVISOR Nmero do processo: 1.0251.06.016686-4/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 14/11/2007 Data da Publicao: 01/12/2007 Ementa: APELAO CVEL. AES CONEXAS. REINTEGRAO DE POSSE. COBRANA. CONSIGNAO EM PAGAMENTO. JUSTIA GRATUITA. CLUSULAS PENAIS MORATRIA E COMPENSATRIA. - Reconhece-se o direito aos benefcios da justia gratuita parte, quando no consta dos autos posterior revogao do favor legal. - Optando o credor pela cobrana de clusula penal moratria, impe-se o afastamento de clusula penal compensatria, sob pena de enriquecimento indevido da parte pela aplicao de dupla penalidade sobre o mesmo fato. - No existindo relao de consumo, tampouco demonstrada a ocorrncia de abusividade na cobrana da multa moratria, descabe a reduo do seu percentual Smula: DERAM PROVIMENTO PARCIAL Nmero do processo: 1.0707.02.047891-3/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 05/09/2007 Data da Publicao: 15/09/2007 Ementa: APELAO CVEL. AO ORDINRIA. INDENIZAO SECURITRIA. TERMO INICIAL DA PRESCRIO NUA. DOENA PREEXISTENTE. M-F AFASTADA. BENEFCIO CONCEDIDO PELO INSS. INCAPACIDADE LABORATIVA PARCIAL. NO COBERTURA DO RISCO. - O prazo prescricional tem incio a partir da leso do direito subjetivo do segurado, estabelecido pela negativa de pagamento do capital segurado pela seguradora. - A boa-f se presume, todavia a m-f do segurado deve ser demonstrada pela seguradora, tendo em vista sua posio na relao contratual, no sentido de adotar as medidas necessrias para evitar fraudes por parte dos segurados. - O fato de o autor ter sido aposentado por invalidez junto ao INSS no lhe assegura o recebimento da indenizao prevista no contrato de seguro privado, o qual tem natureza e requisitos distintos daqueles que norteiam a concesso dos benefcios no mbito previdencirio. - Faz jus ao benefcio securitrio por incapacidade total e permanente o trabalhador que, dentro de sua realidade, sem possibilidade de recuperao, no mais preenche as exigncias profissionais do mercado, encontrando-se totalmente invlido para a pratica de atos laborais pertinentes ao exerccio de suas atribuies originrias. Smula: REJEITARAM A PREJUDICIAL DE PRESCRIO E NEGARAM PROVIMENTO Nmero do processo: 1.0439.02.007670-9/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 10/10/2007 Data da Publicao: 26/10/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENA. HONORRIOS ADVOCATCIOS SUCUMBENCIAIS. JUROS DE MORA. MULTA POR INADIMPLEMENTO. TERMO A QUO. A multa pelo descumprimento de obrigao estabelecida em sentena, a que se refere o art. 475-J do Cdigo de Processo Civil, incide a partir da data em que a obrigao deveria ser satisfeita, no caso da intimao do advogado da parte para seu cumprimento. Tratando-se de honorrios advocatcios sucumbenciais fixados em percentual

apurvel sobre o valor da execuo, os juros de mora j so aplicados quando da correo do montante principal, no incidindo novamente para apurao dos honorrios devidos. Smula: DERAM PROVIMENTO VENCIDO PARCIALMENTE O DESEMBARGADOR SEGUNDO VOGAL. Nmero do processo: 1.0012.05.003000-1/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 07/11/2007 Data da Publicao: 24/11/2007 Ementa: APELAO CVEL. AO ORDINRIA. PEDIDO DE RESCISO CONTRATUAL. NATUREZA DO CONTRATO. AUSNCIA DE AUTORIZAO DO PODER PBLICO. NULIDADE. PERDAS E DANOS. DANOS MORAIS. LITIGNCIA DE M-F. - Impe-se a nulidade do contrato, cuja natureza consista em atividade de consrcio ou em captao de recursos financeiros da poupana popular, mediante promessa de contraprestao de bens, quando ausente a autorizao do Poder Pblico competente. - O acolhimento do pleito inicial de resciso do contrato, com a devoluo integral das parcelas pagas pelo comprador ao vendedor, tem o carter de indenizao, de cunho material, pelas perdas e danos sofridos pela parte. - Os aborrecimentos decorrentes do inadimplemento contratual no geram, por si s, a obrigao de indenizar por danos morais. - No configura litigncia de m-f o uso dos recursos previstos no ordenamento jurdico, bem como da argumentao que a parte entende como suficiente a embasar sua pretenso. Smula: DERAM PROVIMENTO PARCIAL E FIZERAM RECOMENDAO

Nmero do processo: 1.0145.07.403451-6/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 26/09/2007 Data da Publicao: 06/10/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AO DE COBRANA. EXPURGOS INFLACIONRIOS. EXIBIO INCIDENTAL DE DOCUMENTOS. MULTA DIRIA. CABIMENTO. Na exibio de documento ou coisa requerida como incidente probatrio, na forma dos artigos 355 e seguintes do Cdigo de Processo Civil, a exibio no ter natureza de ao, mas de mero incidente processual. No se cogita de cautelaridade ou satisfatividade; mero procedimento probatrio. A legislao processual civil no contempla a multa cominatria para o caso de recusa da exibio de documentos, pois, nesta hiptese, a conseqncia legal ser considerar como verdadeiros os fatos que se queria provar. Smula: DERAM PROVIMENTO PARCIAL, VENCIDO O PRIMEIRO VOGAL PARCIALMENTE Nmero do processo: 1.0056.03.051753-8/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 26/09/2007 Data da Publicao: 06/10/2007 Ementa: DIRETO CIVIL - REPARAO DE DANOS - ACIDENTE AUTOMOBILSTICO - CULPA DO CONDUTOR - LOCADORA DO VECULO - RESPONSABILIDADE SOLIDRIA INTELGNCIA DA SMULA 492 DO STF - CULPA OBJETIVA - RECURSO IMPROVIDO.A coresponsabilidade da empresa locadora de carros, ou seja, a solidariedade passiva na composio do prejuzo causado pelo locatrio a terceiro no se liga idia de culpa.A empresa locadora de veculos responde, civil e solidariamente com o locatrio, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado. Smula: REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO Nmero do processo: 1.0694.02.007212-0/002(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA

Data do Julgamento: 05/09/2007 Data da Publicao: 15/09/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - DECLARATRIA DE NULIDADE DE TTULO - PRESCRIO COBRANA DE TTULO - INOCORRNCIA - NOVAO - ARTIGO 361 DO CDIGO CIVIL/2002 - AUSNCIA DE ANIMUS NOVANDI - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A novao um ato que cria uma nova obrigao e extingue a obrigao antiga, necessrio para tanto que haja o ""animus novandi"", ou seja, a inteno de novar de ambas as partes. Smula: REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO Nmero do processo: 1.0024.02.713096-2/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 22/08/2007 Data da Publicao: 01/09/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - ACIDENTE DE TRNSITO - TRANSPORTE COLETIVO PASSAGEIRO - QUEDA - DANOS MORAIS- INDENIZAO DEVIDA - DANOS MATERIAIS NO COMPROVADOS - CORREO MONETRIA - TERMO INICIAL - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.A empresa de transporte coletivo, concessionria de servio pblico, responde pelo dano que causar ao passageiro independentemente de culpa, por fora do disposto no 6 do art. 37 da Constituio Federal.Comprovado que o passageiro sofreu dano sua incolumidade fsica, resultante de queda em razo do descolamento da janela do veculo, tem-se por configurados a leso ou dano e o nexo da causalidade com a culpa do transportador. indenizvel o dano moral. No so indenizveis lucros hipotticos.A correo monetria deve incidir a partir da data da sentena, momento em que restou reconhecida a responsabilidade civil e fixado o quantum devido a ttulo de reparao por dano moral Smula: DERAM PARCIAL PROVIMENTO. Nmero do processo: 1.0145.06.329661-3/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 17/10/2007 Data da Publicao: 02/11/2007 Ementa: APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. AO DE DEPSITO. FINANCIAMENTO COM CLUSULA DE ALIENAO FIDUCIRIA. DECRETO-LEI 911/69. MORA DO DEVEDOR. REVISO CONTRATUAL. JUROS REMUNERATRIOS. CAPITALIZAO DE JUROS. COMISSO DE PERMANNCIA. PRISO CIVIL. A mora do devedor decorrer do simples vencimento do prazo para pagamento e poder ser comprovada por carta registrada expedida por intermdio de Cartrio de Ttulos e Documentos ou pelo protesto do ttulo, a critrio de credor. Diante de expressa autorizao legislativa, bem como pela aplicao do Cdigo de Defesa do Consumidor facultado parte discutir as clusulas contratuais no mbito da ao de busca e apreenso. As instituies financeiras integrantes do Sistema Financeiro no se sujeitam limitao de juros estabelecida no Decreto 22.626/33. possvel a capitalizao mensal dos juros nas operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos bancrios celebrados aps 31 de maro de 2000. No se admite a cobrana de comisso de permanncia cumulada com juros remuneratrios, juros moratrios, correo monetria ou multa contratual, pelo inadimplemento dos contratos celebrados com instituies financeiras. vedada a priso civil decorrente de dvida em contrato de alienao fiduciria, pois o devedor no pode ser equiparado figura do depositrio infiel. Smula: DERAM PROVIMENTO PARCIAL, VENCIDO PARCIALMENTE O RELATOR. Nmero do processo: 1.0024.05.731861-0/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 10/10/2007 Data da Publicao: 20/10/2007

Ementa: PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL- AO DECLARATRIA - CONTRATO BANCRIO - LANAMENTO INDEVIDO - DEVER DE RESTITUIR - CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INAPLICABILIDADE - DANOS MORAIS DEVIDOS - RESTITUIO NA MESMA TAXA PRATICADA PELO BANCO - NO CABIMENTO - HONORRIOS ADVOCATCIOS SENTENA PARCIALMENTE MODIFICADA. Valores debitados na conta corrente da cliente de maneira destoante do contratado devem ser restitudos. No se aplica o Cdigo de Defesa do Consumidor relao contratual entre a sociedade empresria e a instituio bancria, quando objetivou o fomento da atividade negocial daquela, afastando assim o conceito de destinatrio final previsto na legislao especfica. Em se tratando de pessoa jurdica, a responsabilidade civil pelo dano moral se configura pela comprovao do efetivo prejuzo que adveio da conduta ilcita praticada pela instituio bancria, que deu causa restrio de crdito. O particular no pode, para corrigir dbitos indevidos lanados pela instituio financeira em sua conta corrente, utilizar as mesmas taxas utilizadas pelo Banco, que so regulamentados pelo Conselho Monetrio Nacional. Os honorrios advocatcios devem ser arbitrados levando-se em conta o grau de zelo profissional, o local da prestao do servio, bem como a natureza e importncia da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o servio prestado. Smula: NEGARAM PROVIMENTO AO PRIMEIRO RECURSO UNANIMIDADE E DERAM PROVIMENTO PARCIAL AO SEGUNDO, VENCIDO PARCIALMENTE O DESEMBARGADOR REVISOR. Nmero do processo: 2.0000.00.492916-6/000(2) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 14/08/2007 Data da Publicao: 25/08/2007 Ementa: APELAO CVEL - AO MONITRIA - CONTRATO DE DESCONTO DE DUPLICATA - PROTESTO DESNECESSRIO - COMISSO DE PERMANNCIA - PREVISO - JUROS REMUNERATRIOS - CAPITALIZAO DE JUROS - CORREO MONETRIA - JUROS MORATRIOS. cabvel o ajuizamento de ao monitoria com base em contrato de desconto de duplicata sem fora executiva, sendo desnecessrio para esse fim o protesto da duplicata que apenas garante o contrato.Admite-se a cobrana de comisso de permanncia contratada, desde que limitada taxa do contrato e no cumulada com correo monetria, juros moratrios e multa moratria.As instituies financeiras no se sujeitam limitao de juros mensais taxa de 12% ao ano. vedada a capitalizao de juros em contratos bancrios firmados antes da edio da MP n 1963-17/2000, conforme os enunciados das Smulas 93 do colendo Superior Tribunal de Justia e 121 do excelso Supremo Tribunal Federal, mormente se no prevista no contrato. Na ao monitria, o ttulo constitudo deve ser corrigido monetariamente a partir do ajuizamento da ao e acrescido de juros legais a partir da citao. Smula: DERAM PROVIMENTO PARCIAL. Nmero do processo: 1.0145.06.333139-4/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 01/08/2007 Data da Publicao: 18/08/2007 Ementa: Apelao cvel. Ao ordinria. Responsabilidade civil. Edifcio em condomnio. Furto de motocicleta estacionada na garagem. Pedido improcedente. Sentena confirmada.Afasta-se o dever de indenizar os condminos pelos danos materiais, advindos de furto de veculo em garagem do edifcio, quando no consta na respectiva conveno ou regulamento interno do condomnio, clusula de responsabilidade especfica para zelar pela guarda e vigilncia de veculos estacionados na garagem do prdio.A existncia de esquema de segurana e de vigilncia no prdio no desqualifica a fora da regra livremente pactuada pelos condminos. Smula: NEGARAM PROVIMENTO. Nmero do processo: 1.0707.01.043960-2/001(1)

Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 01/08/2007 Data da Publicao: 18/08/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - AO DE COBRANA - CONTRATO DE SEGURO - INVALIDEZ - PRAZO PRESCRICIONAL - ARTIGO 206, 1 DO CC - RECURSO PROVIDO. - O contrato de seguro aquele que uma das partes, denominada segurador, assume a obrigao de garantir o interesse legtimo de outrem, chamado segurado, relativamente a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados, prescrevendo em 01 (um) ano a pretenso do segurado contra o segurador, contado da cincia do fato gerador de sua pretenso. - As atividades desempenhadas pelas companhias de seguro devem ser consideradas como inseridas no conceito de relao de consumo traado no artigo 3, 2, do Cdigo de Defesa do Consumidor. - A corretora integrante do mesmo grupo econmico da empresa seguradora detm legitimidade passiva para responder por eventual inexecuo do contrato, em face da aplicao da teoria da aparncia. - A citao vlida interrompe a prescrio, retroagindo data da propositura ao. (CC, art. 202, I e CPC, art. 219, ) Smula: DERAM PROVIMENTO Nmero do processo: 1.0701.05.117379-0/002(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 14/11/2007 Data da Publicao: 01/12/2007 Ementa: APELAO CVEL. AO MONITRIA. DEVIDO PROCESSO LEGAL. AMPLA DEFESA E CONTRADITRIO. INSTITUIO DE ENSINO. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. LIBERDADE DE ASSOCIAO. PROVA DO PAGAMENTO DAS MENSALIDADES. - Inexiste violao aos princpios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e contraditrio, quando a parte, regularmente intimada para audincia de instruo e julgamento, negligencia o despacho publicado para realizao do ato processual. - A pessoa jurdica sem fins lucrativos no est obrigada a prestar servios de forma gratuita, porque, embora seja vedada a distribuio de lucro por essas entidades, isso no significa a impossibilidade de alcanar supervits financeiros advindos da contraprestao pecuniria pelos servios educacionais colocados disposio do aluno. - No ocorre infringncia liberdade de associao (art. 5, XX, CR/88), quando inexiste relao jurdica de natureza associativa entre as partes. - O nus da prova incumbe ao ru quanto ao fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, mormente porque quitao o documento em que o credor ou seu representante, reconhecendo ter recebido o pagamento de seu crdito, exonera o devedor da obrigao Smula: NO CONHECERAM DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA, REJEITARAM A PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA E NEGARAM PROVIMENTO A APELAO. ----------- 1 Semestre 2008 Nmero do processo: Relator: 1.0499.06.000874-9/001(1) JOS FLVIO DE ALMEIDA

Data do 16/01/2008 Julgamento: Data da 02/02/2008 Publicao: Ementa: APELAO CVEL. USUCAPIO EXTRAORDINRIA. REQUISITOS LEGAIS. COMODATO VERBAL. FALECIMENTO DO COMODATRIO. EXTINO DO CONTRATO. POSSE AD USUCAPIONEM. ANIMUS DOMINI. TRANSFORMAO DA NATUREZA DA POSSE. LAPSO

TEMPORAL. REGRA DE TRANSIO. Tratando-se de contrato realizado intuitu personae, o comodato se extingue pelo falecimento do comodatrio, sendo certo que por esta natureza a avena no se transmite aos herdeiros. possvel a transformao do carter originrio da posse, de no prpria, para prpria (REsp n 220.200-SP). Para ensejar a posse ad usucapionem, o ordenamento jurdico ptrio adotou a teoria subjetiva da posse, que invoca, alm da existncia do elemento material (o corpus), o animus, de carter psquico ou subjetivo. O fato de a parte saber de quem a titularidade do imvel usucapiendo no tem o condo de afastar o seu animus domini, j que este no a convico de ser o dono da coisa, mas a vontade de t-la como sua. No caso da usucapio extraordinria, o art. 1.238 do Cdigo Civil reduziu o prazo exigido pelo Cdigo Civil anterior de 20 (vinte) para 15 (quinze) anos, mas promoveu ainda uma maior reduo do lapso temporal, passando-o para 10 (dez) anos, em razo de ter o possuidor dado destinao que atende funo social da propriedade, quando houver estabelecido no imvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou servios de carter produtivo. Pela regra de transio contida no art. 2.029 do Cdigo Civil, at dois anos aps a entrada em vigor do Cdigo, os prazos estabelecidos no pargrafo nico do art. 1.238 e no pargrafo nico do art. 1.242 sero acrescidos de dois anos, qualquer que seja o tempo transcorrido na vigncia do Cdigo Civil anterior. Smula: REJEITARAM PRELIMINARES E NEGARAM PROVIMENTO Acrdo: Inteiro Teor

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Nmero do processo:

1.0116.05.003436-6/001(1)

Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do 13/02/2008 Julgamento: Data da 01/03/2008 Publicao: Ementa: Civil. Apelao. Reintegrao de posse. Semovente. Oitiva de testemunha suspeita. Indeferimento. Ausncia de nulidade. Requisitos legais. Inexiste nulidade no indeferimento de oitiva de testemunha suspeita, porque diante do seu poder instrutrio o juiz ouvir testemunhas impedidas ou suspeitas, apenas quando estritamente necessrio ao deslinde da controvrsia.Faz jus reintegrao de posseposse, o esbulho praticado pelo ru e sua data e, por fim, a perda da posse. aquele que demonstra, cumulativamente, a sua Smula: NEGARAM PROVIMENTO AO AGRAVO RETIDO E APELAO Acrdo: Inteiro Teor ---Decises: 1. semestre 2008

Nmero do processo: 1.0024.05.864487-3/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 16/01/2008 Data da Publicao: 02/02/2008

Ementa: APELAO CVEL. AO DE REVISO CONTRATUAL. CARTO DE CRDITO. ANATOCISMO. JUROS. CAPITALIZAO. ENCARGOS. ABUSIVIDADE. COMISSO DE PERMANNCIA. MULTA POR INADIMPLEMENTO. REPETIO DE INDBITO. As instituies financeiras esto autorizadas a praticar juros a taxas livres, no adstritas ao limite imposto pela Lei de Usura. A incidncia do CDC no limita a taxa de juros quando inexistir abusividade decorrente da adoo de taxas superiores mdia de mercado. possvel a capitalizao mensal dos juros em operaes realizadas por instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, desde que expressamente pactuada nos contratos celebrados aps 31 de maro de 2000. admitida a incidncia da comisso de permanncia, aps o vencimento do dbito, desde que pactuada e no cumulada com outros encargos decorrentes da mora. Todavia, nula a clusula que estabelece a cobrana de comisso de permanncia cuja taxa esteja ao livre arbtrio do credor. Inexistindo prova de pagamento indevido, no cabvel a repetio de indbito. AO REVISIONAL DE CONTRATO - CARTO DE CRDITO - APLICAO DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - CAPITALIZAO - JUROS - Apesar de prevalecer nos contratos o princpio do pacta sunt servanda, regra que decorre da autonomia da vontade das partes que podem contratar livremente, a Lei Civil estabelece limites obrigatoriedade dos preceitos contratuais, vedando a estipulao de clusulas que desequilibram de forma exacerbada a relao contratual, prtica que prevalece nos contratos de adeso. Nmero do processo: 1.0521.07.060313-4/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 27/02/2008 Data da Publicao: 08/03/2008 Ementa: APELAO CVEL. AO DE COBRANA. CADERNETA DE POUPANA. PLANO VERO. EXPURGOS INFLACIONRIOS. LEGITIMIDADE PASSIVA. MATRIA DE DIREITO. IRRETROATIVIDADE. PRESCRIO. H, por fora da relao jurdica formada atravs de CONTRATO de depsito, legitimidade passiva da instituio financeira para a ao de cobrana de expurgos inflacionrios decorrentes da instituio do Plano Vero. O juiz o destinatrio da prova a quem cabe o juzo acerca da utilidade e necessidade de sua realizao, com base no livre convencimento. A correo monetria de quantia depositada em caderneta de poupana no obrigao acessria da instituio financeira, na medida em que se incorpora ao capital principal e desta natureza se reveste, emergindo como direito pessoal. Tratando-se de direito pessoal, continua em vigor o prazo prescricional vintenrio previsto pelo Cdigo Civil anterior se, antes da vigncia da nova legislao, mais de metade do prazo houver transcorrido. Ao poupador assiste o direito de receber os rendimentos da caderneta de poupana com os expurgos inflacionrios relativos ao perodo do Plano Econmico ""Vero"", nos termos do CONTRATO de depsito que, por fora do ato jurdico perfeito e do direito adquirido, inaltervel por legislao superveniente. Nmero do processo: 1.0145.07.404650-2/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 30/01/2008 Data da Publicao: 23/02/2008 Ementa: APELAO CVEL. AO DE COBRANA. PREVIDNCIA PRIVADA. EXPURGOS INFLACIONRIOS. INCLUSO DOS NDICES NOS VALORES RELATIVOS RESERVA DE POUPANA. PRESCRIO QINQENAL. O prazo de PRESCRIO para o ajuizamento de ao de cobrana de expurgos inflacionrios sobre as contribuies pessoais recolhidas pelo exempregado entidade de previdncia privada de cinco anos, contados da restituio da reserva de poupana. Nmero do processo: 1.0145.07.404066-1/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA

Data do Julgamento: 16/01/2008 Data da Publicao: 02/02/2008 Ementa: APELAES CVEIS. AO ORDINRIA. COBRANA. CADERNETA DE POUPANA. PLANOS ECONMICOS. BRESSER (JUN/87), VERO (JAN/89) E COLLOR (MAR/90). EXPURGOS INFLACIONRIOS. LEGITIMIDADE PASSIVA. INTERESSE DE AGIR. PRESCRIO. QUITAO. DIREITO ADQUIRIDO. EXIBIO INCIDENTAL DE DOCUMENTO. MULTA DIRIA. JUROS E CORREO MONETRIA. A legitimidade passiva ad causam da instituio financeira em ao de cobrana de expurgos inflacionrios restringe-se aos ndices de correo monetria apurados com a instituio do Plano Bresser e do Plano Vero, pois, no caso do Plano Collor, por imposio do art. 9, da Lei 8.024/90, todos os recursos financeiros no convertidos na forma legal foram transferidos ao Banco Central. O interesse processual caracteriza-se no apenas pela utilidade, mas especificamente pela necessidade do processo como remdio apto aplicao do direito objetivo no caso concreto. Deve-se observar a PRESCRIO vintenria prevista no art. 177 do Cdigo Civil de 1916, por no se tratar a correo monetria de obrigao acessria, mas de obrigao de natureza pessoal, constituindo medida que visa a atualizar o valor real da moeda. Ao poupador assiste o direito de receber os rendimentos da caderneta de poupana, com os expurgos inflacionrios relativos ao perodo dos Planos Econmicos ""Bresser"" e ""Vero"", uma vez que o ajuste de depsito em caderneta de poupana no de risco, mas sim de clusulas certas, no se sujeitando lei posterior atinente questo. A quitao, sob pena de enriquecimento ilcito, somente comprova o pagamento do valor registrado no recibo ou documento equivalente e no bice ao exerccio do direito constitucionalmente assegurado de livre acesso ao judicirio para discusso de eventuais diferenas de correo monetria em caderneta de poupana. A legislao processual civil no contempla a multa cominatria para o caso de recusa na exibio incidental de documentos, pois, nesta hiptese, a conseqncia legal nesse procedimento probatrio ser considerar como verdadeiros os fatos que se queria provar. Diante da existncia de fato controvertido, somente com a citao vlida surtiro os efeitos da deciso em relao parte vencida, uma vez que nesse momento, alm de tomar cincia da ao que lhe movida, tambm chamada para respond-la, sendo constituda, desde ento, em mora, ocasio em que dever incidir os juros legais, sendo que, por determinao legal, a correo monetria dever ser aplicada a partir do ajuizamento da ao. Nmero do processo: 1.0145.04.191050-9/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 20/02/2008 Data da Publicao: 08/03/2008 Ementa: APELAO CVEL. AO ORDINRIA. CONCESSIONRIA DE TELEFONIA INEXISTNCIA DE INTERESSE DIRETO DA ANATEL. LITISCONSRCIO PASSIVO NECESSRIO AFASTADO. COMPETNCIA DA JUSTIA ESTADUAL. DECADNCIA E PRESCRIO. PULSOS EXTRAS. DISCRIMINAO. INEXIGIBILIDADE ANTES DA VIGNCIA DO DECRETO PRESIDENCIAL.A funo das agncias regulamentadoras tipicamente de fiscalizao, no se confundindo com as prestadoras de servios por elas fiscalizadas. No atrai o litisconsrcio em causas que no envolvam diretamente aquela atividade fiscalizadora, mas sim a execuo dos servios prestados, pelo que de se reconhecer a competncia da Justia Estadual para julgamento das aes ajuizadas em face da concessionria de telefonia.No ocorre decadncia prevista no art. 26 do Cdigo de Defesa do Consumidor se a demanda no discute o vcio ou qualidade do servio. O prazo prescricional comea a correr somente no momento em que se configura a leso ao direito.Antes do implemento do prazo legal no pode ser exigido das companhias telefnicas o monitoramento especfico e a discriminao dos pulsos excedentes, sendo legtima, portanto, a cobrana genrica de pulsos alm da franquia.Ningum obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei, nos termos do art. 5, II, da Constituio da Repblica.

Nmero do processo:

1.0440.05.000519-6/001(1) JOS FLVIO DE ALMEIDA 30/01/2008 16/02/2008

Preciso: 32

Relator: Data do Julgamento: Data da Publicao: Ementa:

EMENTA: CIVIL. APELAO. AO ORDINRIA. VENDA DE ASCENDENTE PARA DESCENDENTE. INTERPOSTA PESSOA. PRAZO PRESCRICIONAL. NUS DA PROVA. O prazo prescricional para o exerccio da pretenso anulatria de venda de ascendente para descendente, por interposta pessoa, sob o regime do Cdigo Civil anterior, de quatro anos. anulvel a venda de ascendente a descendente, por interposta pessoa, quando inexiste consentimento dos descendentes herdeiros do alienante. O nus da prova incumbe ao ru, quanto existncia de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. APELAO CVEL N 1.0440.05.000519-6/001 - COMARCA DE MUTUM - APELANTE(S): ANDRE RODRIGUES FONSECA REPRESENTADO(A)(S) P/ PAI(S) ABILIO ARISTIDES FONSECA E ADRIANA ALVES RODRIGUES FONSECA - APELADO(A)(S): ADIR DA SILVA GUERRA E OUTRO(A)(S) - RELATOR: EXMO. SR. DES. JOS FLVIO DE ALMEIDA ACRDO Vistos etc., acorda, em Turma, a 12 CMARA CVEL do Tribunal de Justia do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatrio de fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigrficas, unanimidade de votos, EM REJEITAR A PREJUDICIAL DE MRITO E NEGAR PROVIMENTO Belo Horizonte, 30 de janeiro de 2008. DES. JOS FLVIO DE ALMEIDA - Relator NOTAS TAQUIGRFICAS O SR. DES. JOS FLVIO DE ALMEIDA: VOTO Cuida-se de recurso de apelao interposto por A. R. F. e OUTROS, nos autos de ao ordinria, ajuizada por ADIR DA SILVA GUERRA, JAIME DA SILVA NETTO, ELI DE OLIVEIRA SILVA, MARIA ALICE RODRIGUES e ANA MARIA RODRIGUES DE ANDRADE, contra a sentena de f. 111/116, proferida pelo MM. Juiz da Vara nica da Comarca de Mutum, que concluiu: "[...] julgo procedente o pedido inicial para decretar a invalidade, com efeitos retroativos, das escrituras de compra e venda lavradas fl. 060 do Livro 055 e fl. 103 do Livro 055, do Cartrio do 1 Ofcio, desta comarca, e conseqente cancelamento dos respectivos registros imobilirios. Em razo da sucumbncia, condeno os rus, pro rata, nas custas processuais e honorrios advocatcios que fixo em 15% do valor atualizado da causa, ficando a exigibilidade suspensa, nos termos do art. 12 da Lei 1.060, de 1950" (f. 116) Conheo do recurso, porquanto presentes os pressupostos para sua admissibilidade. Versam os presentes autos sobre a pretenso dos apelados de obterem declarao judicial de nulidade de negcio jurdico, que afirmam consistir em venda de imvel de ascendente para descendente, por interposta pessoa, sem o consentimento dos demais herdeiros. Por esta razo, pleiteiam a declarao de nulidade das escrituras pblicas e cancelamento de registros imobilirios, conforme narrado f. 04. A Promotoria de Justia, f. 106/109, opinou pelo deferimento do pedido inicial e, nesse diapaso, o MM. Juiz a quo, entendendo que "houve tentativa de burlar a lei em prejuzo da legitima dos herdeiros necessrios, ao arrepio do disposto no art. 1.132 do vetusto Cdigo e art. 496 do novel diploma civil", concluiu pela procedncia do pedido dos autores. Neste juzo recursal, os apelantes pedem reforma da sentena, argindo "decadncia do prazo para ingresso da ao, nos termos do art. 179 do Cdigo Civil Brasileiro, uma vez que a ao foi proposta mais de 02 (dois) anos depois de lavradas as respectivas escrituras anuladas, e que o prazo comeou a fluir na data da concluso do ato, ocorrendo assim a decadncia do prazo, nos termos do art. 179 do Cdigo Civil c/c art. 269, IV, do Cdigo de Processo Civil" (f. 128). Para esclarecimento quanto ao prazo para o exerccio da pretenso anulatria dos apelados, invoco os ensinamentos dos ilustres processualistas Nelson Nery Jnior e Rosa Maria de Andrade Nery: "As pretenses dedutveis em juzo por meio de ao constitutiva, sem prazo de exerccio previsto em lei, so imprescritveis, podendo ser ajuizadas a qualquer tempo. Exemplo: negatria de paternidade (CC 1601). Entretanto, quando a pretenso for exercitvel mediante ao anulatria (constitutiva negativa), cuja anulabilidade esteja expressa na lei, que, contudo, no fixa prazo para o exerccio dessa pretenso - como no caso da norma ora comentada -, aplica-se a regra subsidiria do CC 179, segundo a qual o prazo decadencial para o exerccio da pretenso de dois anos. No caso da norma sob comentrio, h previso expressa de anulabilidade do ato, mas no h meno ao prazo para o seu exerccio. Conclui-se, portanto, que a ao de anulao de negcio

jurdico de venda de ascendente a descendente est sujeita extino por decadncia, cujo prazo o subsidirio do CC 179: dois anos." (Cdigo Civil Comentado, 4. ed. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 455) "O dies a quo deste prazo de dois anos o da concluso do ato, para os prprios partcipes do ato ou negcio jurdico. Em se tratando de terceiros, conta-se o prazo do dia em que o terceiro tomou conhecimento da existncia do ato anulando. Caso o ato esteja registrado no registro pblico (civil, de imveis, de pessoas jurdicas), presume-se que conhecido desde o dia do registro, data em que se inicia o prazo decadencial para os terceiros" (Ob. Cit., p. 286). Porm, os apelados apresentam como causa de pedir remota a venda de ascendente para descendente por interposta pessoa, que reclama aplicao do prazo prescricional de quatro anos, disposto no art. 178, 9, V, b, do Cdigo Civil de 1916. Desse modo, considerando a regra de transio estabelecida no art. 2.028 do Cdigo Civil em vigor, tem-se a aplicao do Cdigo Civil de 1916, quando transcorrido mais da metade do prazo, sob regncia do Cdigo anterior. Assim, como o negcio jurdico que se pretende anular foi celebrado em 13/10/2000 (f. 18), com a entrada em vigor do Cdigo Civil em 10/01/2003, j havia transcorrido mais da metade do prazo prescricional estabelecido na lei anterior. Quanto a este aspecto, o entendimento esposado pelo Colendo STJ que o termo inicial para a contagem do prazo se inicia com a abertura sucesso do alienante: "PRESCRIO. VENDA. ASCENDENTE. DESCENDENTE. O prazo prescricional de ao de anulao de alienao feita por ascendente para descendente, realizada por terceira pessoa, de quatro anos, tendo como dies a quo a abertura da sucesso do alienante. Precedente citado: REsp 171.637-SP, DJ 13/10/1998. REsp 226.780-MG, Rel. Min. Ari Pargendler, julgado em 6/6/2002." (STJ, Informativo n 0137 - Perodo: 3 a 7 de junho de 2002) Com isso, sob qualquer prisma a ser considerado, tendo a presente ao sido ajuizada em 29/08/2003, no h que se falar em prescrio da pretenso dos apelados para o exerccio do direito de ao, porque no transcorrido o prazo de quatro anos do art. 178, 9, V, b, do Cdigo Civil de 1916. Nesse sentido, o entendimento do Colendo Superior Tribunal de Justia: "Venda de ascendente para descendente por interposta pessoa. Ato jurdico anulvel. Prescrio de quatro anos, na forma do art. 178, 9, V, "b", do Cdigo Civil de 1916. Precedentes da Corte e do Supremo Tribunal Federal. 1. A anulao da venda de ascendente para descendente por interposta pessoa, sob o regime do Cdigo Civil anterior, prescreve em quatro anos. A configurao de ato anulvel, de resto, j est consolidada no Cdigo Civil vigente (art. 496) que reduziu o prazo para dois anos, "a contar da data da concluso do ato" (art. 179). 2. Recurso especial conhecido e provido." (REsp 771736 / SC, Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, Publicao: DJ 15.05.2006 p. 212). Rejeito a prejudicial de decadncia ou de prescrio. No mrito, os apelantes sustentam que, "conforme restou apurado no bojo processual, o que houve, na realidade, entre as partes transacionaram nas escrituras invalidadas, no foi uma compra e venda de fato, mas apenas e to somente uma 'permuta'" (f. 121), concluindo que "a legislao ptria descreve como ato anulvel a venda de ascendente a descendente, mas no a prtica de permuta, da barganha" (f. 123). Ainda, salientam que "os compradores do imvel de fls. 52 so irmos da genitora dos Apelantes, e o comprador do imvel de fls. 53/54 tio da genitora dos Apelantes, e que ambos os imveis foram transferidos a ttulo gratuito aos adquirentes, a pedido de seu pai, av dos apelantes, o proprietrio do imvel transmitido aos Apelantes" (f. 126). Ressaltam que "se a deciso recorrida no for reformada para manter a validade das escrituras [...], os Apelantes e sua genitora estaro levando um prejuzo de mais de R$ 300.000,00 [...], referente propriedade rural [...] descrita fls. 52 e do Lote [...], descrito fls. 53/54" (f. 126), bem como assinalam que "ainda h o problema das benfeitorias edificadas sobre o imvel cuja escritura foi anulada, sendo a casa de morada dos Apelantes, um curral, cercas e pastagens avaliados em R$ 100.000,00" (f. 127). Finalmente, aduzem que "o proprietrio do imvel descrito na escritura pblica anulada pela sentena, ainda possui outros inmeros bens, cujo inventrio encontra-se tramitando na Comarca

de Mutum sob o n 0440 05 001543-5, podendo o imvel permutado com os Apelantes ser levado a colao, para ser descontado na herana de sua genitora, filha do falecido Antnio da Silva Rodrigues" (f. 127). Examinando o conjunto probatrio dos autos, verifico que o Sr. Antnio da Silva Rodrigues, pai dos apelados e av materno dos apelantes, vendeu ao Sr. Jos Alves Filho, em 13/10/2000, o imvel descrito na escritura de compra e venda de f. 18 e certido imobiliria de f. 21. Consoante descrito nos documentos de f. 19 e 22, em 13/12/2000, o Sr. Jos Alves Filho vendeu o mesmo bem imvel aos netos do Sr. Antnio da Silva Rodrigues, ora apelantes, que figuram como rus nesta ao anulatria (f. 55/57). Tendo sido integrado lide, o Sr. Jos Alves Filho, em sua contestao, reconhece o seguinte: "Os fatos alegados na inicial so a expresso da verdade, com exceo no tocante simulao, vez que o requerido e sua esposa apenas fez (sic) um favor para um grande amigo, o finado Antnio Rodrigues da Silva, no sabendo se tal ato constituiria vicio. Os requeridos, pessoas humildes e de nenhuma escolaridade, concordaram em emprestar seus nomes, haja vista, que o finado Antnio Rodrigues da Silva, dissera que havia conversado seus demais filhos e estes teriam concordado com o negcio. A declarao de fls. 17, a expresso da verdade e foi prestada sem nenhuma coao. Esclarece, os requeridos, que no houve nenhum pagamento em dinheiro ou qualquer outro tipo mercadoria, nos atos praticados, tanto na aquisio, quanto na alienao, do bem em litgio" (f. 60). Estas declaraes foram mantidas no depoimento de f. 91 e nas alegaes finais, contidas no memorial f. 102. Os demais depoimentos dos autos, f. 92/97, tambm no deixam dvidas quanto transao realizada pelo Sr. Antnio da Silva Rodrigues para beneficiar apenas uma herdeira, Adriana Rodrigues Fonseca, genitora dos rus nesta ao. Alm do mais, apreende-se dos aludidos depoimentos que os herdeiros do Sr. Antnio da Silva Rodrigues no concordaram com a diviso de bens que ele pretendia realizar em vida, porquanto entendiam que o imvel deixado para os filhos de Adriana Rodrigues Fonseca possui valor superior aos demais bens deixados aos outros filhos. Com efeito, a hiptese desses autos configura-se em venda de ascendente para descendente por interposta pessoa, rechaada pelo nosso ordenamento jurdico, vez que potencialmente viola a igualdade das legtimas, pois beneficia um ou alguns herdeiros em detrimento dos demais. Sobre esse assunto, Maria Helena Diniz Pontifica: "O ascendente no pode, sob pena de anulabilidade, vender ao descendente sem que os demais descendentes expressamente consintam, e, alm disso, o cnjuge do alienante tambm dever anuir, salvo se casado sob o regime de separao obrigatria de bens, porque essa venda de bens mveis ou imveis poderia acobertar uma doao em prejuzo dos demais herdeiros necessrios. Se ocorrer venda por meio de interposta pessoa, para beneficiar um filho, tal venda, simulado por fora do art. 167 do Cdigo Civil, ser nula. Por isso, preciso resguardar a igualdade das legtimas contra defraudaes" (Cdigo Civil Anotado, 8 ed., So Paulo: Saraiva, 2002, p. 346) Nesse diapaso, os ensinamentos de Jones Figueiredo Alves: "O preceito objetiva, segundo observa Clvis Bevilqua, 'evitar que sob color de venda, se faam doaes, prejudicando a igualdade das legtimas'. Tal como previsto no art. 877 do CC portugus, a alienao feita a filhos ou netos anulvel caso os outros filhos (ou neto) no a consintam, embora o diploma lusitano admita, diversamente, suscetvel de suprimento judicial o consentimento quando no possa ser prestado ou recusado. No dispositivo, compreende-se a venda a descendente, por interposta pessoa; tambm exigvel a prova da simulao (STJ, 4 T., REsp 71.545-RS, DJ de 2911-1999)." (Novo Cdigo Civil comentado / Coordenador Ricardo Fiza, So Paulo: Saraiva, 2002, p. 439). Veja o posicionamento jurisprudencial do Colendo superior Tribunal de Justia: "RECURSO ESPECIAL. CIVIL. VENDA A DESCENDENTE. ART. 1.132 DO CC/1916. ART. 496 DO ATUAL CC. VENDA DE AV A NETO, ESTANDO A ME DESTE VIVA. AUSNCIA DE CONSENTIMENTO DOS DEMAIS DESCENDENTES. ATO ANULVEL. DESNECESSIDADE DE PROVA DE EXISTNCIA DE SIMULAO OU FRAUDE. RECURSO NO CONHECIDO. 1. Inexistindo consentimento dos descendentes herdeiros do alienante, anulvel a venda de ascendente a descendente, independentemente do grau de parentesco existente entre vendedor e comprador.

2. In casu, os filhos do alienante esto vivos e no consentiram com a venda do imvel, por seus pais, a seu sobrinho e respectiva esposa. 3. A anulabilidade da venda independe de prova de simulao ou fraude contra os demais descendentes. 4. Recurso especial no conhecido." (REsp 725032 / RS, Relator Ministro Hlio Quaglia Barbosa, Publicao: DJ 13.11.2006 p. 267, RNDJ vol. 87 p. 95102) A tese dos apelantes quanto ocorrncia de permuta no pode prosperar, porque cabia a eles comprovar a vinculao entre as alienaes constantes f. 18/19 e as de f. 52 e f. 53/54. Analisando esses documentos, vejo que consta da escritura de f. 52 que Adriana Rodrigues Fonseca vendeu o imvel, conforme alhures descrito, a Jos Renato Franco. Entretanto, mesmo diante das afirmaes constantes de f. 95, no h como cogitar a ocorrncia da permuta noticiada, posto que Jos Renato Franco, na condio de enteado do Sr. Antnio da Silva Rodrigues, no figura na qualidade de herdeiro necessrio. Diante dessas circunstncias, entendo que se o Sr. Antnio da Silva Rodrigues realmente quisesse beneficiar o enteado Jos Renato Franco, poderia t-lo feito atravs de doao, pois a via adotada pelo av materno dos apelantes viola flagrantemente a igualdade das legtimas. Em adio no possvel estabelecer qualquer relao entre o documento de f. 53/54 com o negcio jurdico que se pretende anular nesses autos, vez que celebrado no ano de 1992 e sem anotao condicional acerca da concluso da venda entre Adriana Alves Rodrigues a Jaime da Silva Rodrigues. Sobre esses pontos, em sntese, o parecer da ilustre Procuradora de Justia, Dr Janete Gomes Oliva, destaca: "Logo, reconhecida se torna a fraude na implementao do negcio em exame, sendo certo que no houve consentimento dos demais descendentes para sua ocorrncia. De outro norte, a alegao de que o negcio em questo simboliza permuta realizada entre as partes est desprovida de comprovao. Ainda que a genitora dos apelantes tenha recebido o aludido imvel por permuta - como alega - fato que referido ato necessitava tambm da outorga dos demais descendentes, porquanto se estava dispondo de patrimnio comum" (f. 146). Desse modo, os apelantes no desconstituram os fatos alegados e comprovados nos autos, a partir da petio inicial, no se desincumbindo, portanto, do seu fardo probatrio (art. 333, CPC). "O nus da prova recai sobre aquele a quem aproveita o reconhecimento do fato. Assim, segundo o disposto no art. 333 do Cdigo de Processo Civil, o nus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; e ao ru, quanto existncia de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor" (CINTRA, Antnio Carlos de Arajo, GRINOVER, Ada Pellegrini & DINAMARCO, Cndido Rangel. Teoria Geral do Processo. 9. ed. Malheiros: So Paulo, 1992, p. 297). Sobre o nus da prova Humberto Theodoro Jnior preleciona. "No processo civil, onde quase sempre predomina o princpio dispositivo, que entrega a sorte da causa diligncia ou interesse da parte, assume especial relevncia a questo pertinente ao nus da prova. Esse nus consiste na conduta processual exigida da parte para que a verdade dos fatos por ela arrolados seja admitida pelo juiz. No h um dever de provar, nem parte contrria assiste o direito de exigir a prova do adversrio. H um simples nus, de modo que o litigante assume o risco de perder a causa se no provar os fatos alegados e do qual depende a existncia do direito subjetivo que pretende resguardar atravs da tutela jurisdicional. Isto porque, segundo mxima antiga, fato alegado e no provado o mesmo que fato inexistente." (Curso de Direito Processual Civil, Vol I., 44. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 462). Por fim, deixo consignado que eventuais prejuzos suportados pelos apelantes ou seus genitores devem ser solucionados em ao prpria. CONCLUSO Nos termos da fundamentao adotada, em observncia ao artigo 93, inciso IX, da Constituio da Repblica e artigo 131 do Cdigo de Processo Civil, REJEITO A PREJUDICIAL DE MRITO e NEGO PROVIMENTO AO RECURSO. Custas recursais pelos apelantes, suspensa a exigibilidade da execuo do pagamento, nos termos do art. 12 da Lei n 1.060/50.

Votaram de acordo com o(a) Relator(a) os Desembargador(es): NILO LACERDA e ALVIMAR DE VILA. SMULA : REJEITARAM A A PREJUDICIAL DE MRITO E NEGARAM PROVIMENTO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS APELAO CVEL N 1.0440.05.000519-6/001 ======================================= AlineaB (tens 9 e 10 do edital) Nmero do processo: 1.0480.99.012752-8/001(1) Preciso: 49 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 10/10/2007 Data da Publicao: 20/10/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - EXECUO DE TTULO EXTRAJUIDICAL - PENHORA DE DIREITOS HEREDITRIOS - AVALIAO ANTES DA PARTILHA - POSSIBILIDADE. possvel a avaliao dos direitos hereditrios penhorados, permitida sua alienao para satisfao do crdito exeqendo. Smula: DERAM PROVIMENTO. Inteiro Teor Acrdo: ============================================================================ ===== Nmero do processo: 1.0480.99.012752-8/001(1) Preciso: 49 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 10/10/2007 Data da Publicao: 20/10/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICAL - PENHORA DE DIREITOS HEREDITRIOS - AVALIAO ANTES DA PARTILHA - POSSIBILIDADE. possvel a avaliao dos direitos hereditrios penhorados, permitida sua alienao para satisfao do crdito exeqendo. Smula: DERAM PROVIMENTO. Acrdo: Inteiro Teor ============================================================================ ===== Nmero do processo: 1.0382.04.046507-4/001(1) Preciso: 44 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 28/06/2006 Data da Publicao: 12/08/2006 Ementa: AO ANULATRIA DE ATO JURDICO - RESTITUIO DE VALORES - INDENIZAO POR

DANOS MATERIAIS E MORAIS - NULIDADE INOCORRENTE - ATO RESPALDADO EM AUTORIZAO CONTRATUAL EXPRESSA - IMPROCEDNCIA DOS PEDIDOS QUE SE IMPEM. Se a conduta do Banco ao proceder a lanamento em conta corrente do cliente, para saldar dbitos deste, a despeito de efetuado em agncia diversa daquela onde foi celebrado o contrato, estiver respaldada em autorizao expressa contida no referido instrumento, no h que se falar em ilegalidade do ato, e menos ainda em qualquer indenizao dele decorrente. Smula: NEGARAM PROVIMENTO. Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 1.0480.99.012752-8/001(1) Preciso: 35 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 10/10/2007 Data da Publicao: 20/10/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - EXECUO DE TTULO EXTRAJUIDICAL - PENHORA DE DIREITOS HEREDITRIOS - AVALIAO ANTES DA PARTILHA - POSSIBILIDADE. possvel a avaliao dos direitos hereditrios penhorados, permitida sua alienao para satisfao do crdito exeqendo. Smula: DERAM PROVIMENTO. Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 2.0000.00.490695-4/000(1) Preciso: 26 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 22/02/2006 Data da Publicao: 20/04/2006 Ementa: APELAO CVEL - AO DE INDENIZAO - DANO MORAL - EXTRAVIO DE DOCUMENTO RISCO DA ATIVIDADE BANCRIA - RGO DE PROTEO AO CRDITO - INSCRIO QUANTUM - REDUO - POSSIBILIDADE. - O risco profissional obriga a instituio financeira a indenizar por dano moral aquele que suportou a abertura de conta-corrente em seu nome por quem indevidamente portava os seus documentos de identificao e teve como conseqncia o nome inscrito no cadastro de rgo de proteo ao crdito por emisso de cheques sem proviso de fundos. A indenizao por dano moral arbitrvel, mediante estimativa prudencial que leve em conta a necessidade de, com a quantia, satisfazer a dor da vtima e dissuadir, de igual e novo atentado, o autor da ofensa. Smula: REJEITARAM A PRELIMINAR E DERAM PROVIMENTO PARCIAL Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 1.0440.05.000519-6/001(1) Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 30/01/2008 Data da Publicao: 16/02/2008 Ementa:

Preciso: 17

CIVIL. APELAO. AO ORDINRIA. VENDA DE ASCENDENTE PARA DESCENDENTE. INTERPOSTA PESSOA. PRAZO PRESCRICIONAL. NUS DA PROVA. O prazo prescricional para o exerccio da pretenso anulatria de venda de ascendente para descendente, por interposta pessoa, sob o regime do Cdigo Civil anterior, de quatro anos. anulvel a venda de ascendente a descendente, por interposta pessoa, quando inexiste consentimento dos descendentes herdeiros do alienante. O nus da prova incumbe ao ru, quanto existncia de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Smula: REJEITARAM A A PREJUDICIAL DE MRITO E NEGARAM PROVIMENTO Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 1.0024.01.006713-0/001(1) Preciso: 17 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 24/01/2007 Data da Publicao: 03/02/2007 Ementa: ACIDENTE DE VECULO - RESSARCIMENTO DE DANOS - VECULO SEGURADO - DANOS COMPROVADOS - VECULO ABALROADO NA LATERAL DIANTEIRA - SEMFORO - TEORIA DO EIXO MDIO - SUPERAO - CULPA DO CONDUTOR DO VECULO ABALROADOR QUE AGIU DE FORMA IMPRUDENTE - BOLETIM DE OCORRNCIA - LIMITAO - AUSNCIA DE PROVA NO SENTIDO DA CULPA DO VECULO SEGURADO - VALOR DO RESSARCIMENTO QUANTIA DESEMBOLSADA DEVIDAMENTE CORRIGIDA. - Uma vez comprovado que o veculo segurado foi abalroado em sua lateral dianteira direita por veculo que agiu de forma imprudente, cabe apenas a este elidir a culpa. - No tendo o ru se desincumbido do nus que lhe atribudo, no sentido de provar a existncia de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, a procedncia do pedido se impe. - A nica possibilidade do ru se eximir da responsabilidade de indenizar a seguradora seria comprovando a culpa do segurado, porque a restaria atingido o prprio direito de regresso, visto que o causador do dano seria o prprio segurado. Smula: REJEITARAM AS PRELIMINARES E NEGARAM PROVIMENTO Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 2.0000.00.486945-0/000(1) Preciso: 17 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 06/12/2006 Data da Publicao: 15/12/2006 Ementa: AO DE REINTEGRAO DE POSSE - REVELIA - EFEITOS - PROVA DA POSSE NECESSIDADE - NO-COMPROVAO - IMPROCEDNCIA. - A presuno da veracidade dos fatos alegados pelo autor, em caso de revelia, relativa e pode ceder diante de outros elementos de convico presentes nos autos. - Na ao de reintegrao de posse faz-se necessrio provar o exerccio da posse na rea de terreno reclamada e a sua perda pelo esbulho. Isso no ocorrendo, o pedido deve ser julgado improcedente, porque desatendido o requisito exigido pelo artigo 927, I do Cdigo de Processo Civil. Smula: NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 2.0000.00.496894-1/000(1) Preciso: 17 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 28/06/2006 Data da Publicao: 29/07/2006 Ementa: APELAO - USUCAPIO ESPECIAL URBANA - REQUISITOS OBJETIVOS - ARTIGO 183, DA CONSTITUIO - CONTRATO DE PERMISSO - POSSE PRECRIA - ANIMUS DOMINI - NO CARACTERIZAO - PRETENSO DE USUCAPIR INVIABILIZADA - RECURSO NO PROVIDO.""No induzem posse os atos de mera permisso ou tolerncia, assim como no autorizam a sua aquisio os atos violentos, ou clandestinos, seno depois de cessar a violncia, ou a clandestinidade"".Para eficcia da usucapio especial urbana, como modo de aquisio do domnio de bem imvel, necessrio se faz o preenchimento de todos os requisitos impostos pelo art. 183, da Constituio da Repblica, sob pena de no reconhecimento do direito a usucapir. Smula: NEGARAM PROVIMENTO Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 1.0024.02.880923-4/003(1) Preciso: 9 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 23/01/2008 Data da Publicao: 16/02/2008 Ementa: APELAO CVEL. DECISO INTERLOCUTRIA. RECURSO ADEQUADO. O recurso cabvel contra as decises interlocutrias o agravo de instrumento. A Interposio de apelao constitui erro grosseiro, impossibilitando a aplicao do princpio da fungibilidade. Smula: NO CONHECERAM DO RECURSO Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 1.0106.07.027888-7/001(1) Preciso: 9 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 16/01/2008 Data da Publicao: 02/02/2008 Ementa: APELAO CVEL. AO DE COBRANA. CADERNETA DE POUPANA. PLANO BRESSER. LEGITIMIDADE PASSIVA. PRESCRIO. JUROS. DIREITO ADQUIRIDO. Nas aes em que se pedem diferenas de correo monetria em caderneta de poupana referentes ao ms de junho de 1987, a instituio bancria onde estava depositado o montante objeto da demanda considerada parte legtima para figurar no plo passivo. Tratando-se de direito pessoal o prazo de prescrio de 20 (vinte) anos, conforme previsto na regra geral do artigo 177 do Cdigo Civil de 1916, que rege a relao jurdica controvertida. No obstante a responsabilidade do Governo Federal pelos planos econmicos, as alteraes implantadas no sistema econmico nacional devem observar os princpios constitucionais aplicveis. Ao poupador assiste o direito de receber os rendimentos da caderneta de poupana nos perodos dos Planos Bresser, com os expurgos inflacionrios, uma vez que o ajuste de depsito em caderneta de poupana no de risco, mas sim de clusulas certas, no se sujeitando a lei posterior atinente questo.

Smula: Acrdo:

REJEITARAM A PRELIMINAR E AS PREJUDICIAIS DE MRITO E NEGARAM PROVIMENTO Inteiro Teor

Nmero do processo: 1.0313.06.195008-2/001(1) Preciso: 9 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 16/01/2008 Data da Publicao: 26/01/2008 Ementa: APELAO CVEL. AO DE DESPEJO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. HOMOLOGAO. EXTINO COM RESOLUO DE MRITO. SUCUMBNCIA. Deve ser considerada vlida a citao postal de pessoa jurdica, recebida por empregado ou por quem, no lugar de destino estiver incumbida de receber a correspondncia, diante da evidente impossibilidade de se exigir que a mesma seja recebida e assinada pelo representante legal. Se o processo foi extinto sem resoluo do mrito, a parte que deu causa propositura da demanda deve responder pelas despesas da decorrentes com fundamento no princpio da causalidade. Smula: REJEITARAM AS PRELIMINARES E NEGARAM PROVIMENTO Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 1.0338.05.035865-8/001(1) Preciso: 9 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 25/07/2007 Data da Publicao: 04/08/2007 Ementa: PROCESSUAL CIVIL - CUMPRIMENTO DE SENTENA - PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS DE INVENTRIO - HERDEIRA-DEVEDORA - POSSIBILIDADE - RECURSO PROVIDO. O devedor ser citado para pagar ou nomear bens penhora, caso se omita em efetuar o pagamento ou indicar bens capazes de garantir o juzo, o credor ter a faculdade de especificar os bens a serem penhorados. Smula: DERAM PROVIMENTO Acrdo: Inteiro Teor

Nmero do processo: 1.0024.04.530624-8/001(1) Preciso: 16 Relator: JOS FLVIO DE ALMEIDA Data do Julgamento: 29/03/2006 Data da Publicao: 03/06/2006 Ementa: EMBARGOS DE TERCEIRO - CNJUGE - LEGITIMIDADE ATIVA E INTERESSE DE AGIR CONSTRIO REALIZADA SOBRE BENS DO CASAL PARTILHADOS JUDICIALMENTE IMPROCEDNCIA DO PEDIDO. - O cnjuge pode, por meio de embargos de terceiro, buscar a

tutela jurisdicional para a proteo de sua meao somente com relao ao patrimnio comum do casal.