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Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR) Universidade Católica de Brasília. Medicina. Aluna: Manoela Fassina Barros Orientadora: Dra. Lidiane.

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Page 1: CIUR - Oligodr_mnio Alterado

Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR)

Universidade Católica de Brasília.Medicina.

Aluna: Manoela Fassina BarrosOrientadora: Dra. Lidiane.

Page 2: CIUR - Oligodr_mnio Alterado

CIUR: pode ser definido como a diminuição da velocidade do

crescimento fetal, observado em pelo menos duas avaliações médicas, em períodos diferentes. Indica a presença de um processo patológico ocorrendo no útero, que inibe o crescimento fetal (FANG,2005).

Não alcança o potencial genético.

Recém-nascido (RN) de baixo peso: peso inferir a 2500 g.

Pequeno para idade gestacional (PIG): RN com peso abaixo do percentil 10 para idade gestacional.

50 – 70% dos fetos PIG são na verdade constitucionalmente pequenos.

Introdução

Page 3: CIUR - Oligodr_mnio Alterado

IMPORTANTE

Nem todo RN com CIUR é PIG e nem todo RN PIG tem CIUR(a condição CIUR é definida como um

deficiente crescimento e desenvolvimento do embrião/feto durante a gravidez, sendo detectado pela diminuição da velocidade do crescimento detectada pelo ultrassom

seriado)

Lee PA, 2003;Costa S, 2010

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Peso do feto X Idade gestacional

PIG – abaixo do percentil 10. AIG – entre percentil 10 e 90. GIG – acima do percentil 90. (Battaglia & Lubchenco)

PIG – abaixo do percentil 5. (Manning & Ruhler)

PIG – abaixo do percentil 3. (OMS)

Curva de Crescimento Fetal

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Curva de Crescimento Fetal

Page 6: CIUR - Oligodr_mnio Alterado

Segunda causa de morbidade e mortalidade perinatal.

Incidência – 3 – 15%.

Mortalidade perinatal é até 10 vezes maior.

30% dos casos hipóxia intraparto ou acidose metabólica.

Aspiração de mecônio.

Hipoglicemia, hipotermia, policitemia, hipocalcemia.

Hemorragia pulmonar.

Restrição de Crescimento Fetal

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Fetal. Materna. Placentária.

Etiologia

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Infecções congênitas (citomegalovírus,

parvovírus, rubéola).

Gemelaridade.

Malformações estruturais (cardíacas, defeito no tubo neural, agenesia renal bilateral) 20 % dos casos.

Alterações cromossômicas (trissomia 13, 18 e 21).

Fetal

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DM Hipertensão Doenças cardiovasculares e pulmonares Trombofilia Nefropatia hipertensiva Nutrição Radiação Drogas (cocaína, heroína) Tabagismo e álcool Idade avançada Anticonvulsivantes História de CIUR

Materna

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Infarto placentário/ trombos

Placenta prévia

Artéria umbilical única

Placenta bilobada

Descolamento prematuro de placenta crônico

Placentária

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Classificação

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5 – 10% dos casos. Feto igualmente hipodesenvolvido. Insulto agudo no início da gestação hiperplasia celular. Principais causas:1. Exposição a substâncias químicas.2. Infecções congênitas.3. Anomalias congênitas.4. Radiação.5. Cromossomopatias.

Grande maioria dos fetos com CIUR simétrico é normal, são apenas constitucionalmente pequenos.

CIUR simétrico – Tipo I

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70 – 80% dos casos. Fetos alongados e emagrecidos com a cabeça

relativamente grande em relação ao abdome. O fígado é um órgão afetado precocemente -

diminuição da circunferência abdominal (CA) em relação a circunferência cefálica (CC).

Isoladamente CA é a medida mais sensível para diagnosticar o CIUR assimétrico.

Tipo II: associado à insuficiência placentária se manifesta mais no final da gestação, onde as células estão na fase de hipertrofia.

Fenômeno da Centralização.

CIUR assimétrico – Tipo II

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É raro. Associação do Tipo I e II hiperplasia e hipertrofia. Sinônimo: Assimétrico precoce. Está associado a alterações cromossômicas e

infecções congênitas. Para diferencia-lo do Tipo II geralmente são

necessários outros marcadores sonográficos de cromossomopatias, confirmação de cariótipo e volume do líquido amniótico normal ou aumentado.

CIUR misto – Tipo III

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Anamnese. Exame físico: Altura do fundo uterino (AFU) Observar curva de crescimento uterino (menor que percentil 10).

Exame complementar: USG gestacional importante na identificação da IG, que serve de parâmetro para qualquer avaliação e nas medidas para determinar a CA, CC, diâmetro biparietal, que são referências usadas para estimar o peso fetal.

CA + doppler da artéria umbilical = bom método para diagnosticar CIUR de causa placentária.

Doppler – é o método de eleição para avaliar a vitalidade fetal.

Diagnóstico

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Suspeito/ Provável

Discrepância entre a altura uterina e a IG. Oligohidramnia – Manning et al (1981) e Phelan et

al (1987a; 1987b) relaciona a quantidade de LA com o crescimento e desenvolvimento fetal, sendo método importante na avaliação de fetos com RCIU.

Certeza RN com diagnóstico de PIG (peso abaixo do

percentil 10)** Peso fetal estimado abaixo do percentil 5 para IG

na USG.

Diagnóstico

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Essencial na investigação do crescimento fetal

e no diagnóstico do CIUR. Preconizado mínimo de 3 exames durante a

gestação: Antes das 14 semanas: localização, datação,

revisão anatômica sumária, rastreamento de aneuploidias, número de fetos.

20 a 24 semanas: crescimento, morfologia, localização placenta, volume de líquido amniótico.

30 a 32 semanas: crescimento fetal, morfologia, voluma do LA, avaliação do bem estar fetal.

USG na Gestação

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Não há tratamento efetivo. Tentar esclarecer a etiologia e se possível trata-la. Triagem de infecções Avaliar a vitalidade do feto (ex: doppler, CTB, mobilograma ) Avaliar maturidade pulmonar.

Decidir o melhor momento do parto, se possível tentar estender a gestação até a maturidade fetal.

Para parto vaginal de fetos com CIUR deve-se garantir que haja uma boa oxigenação.

Induzir parto somente em feto com mais de 1500g.

Tratamento

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Manejo INTRA – PARTO

Etiologia do CIUR Grau de comprometimento fetal Idade da gestação Quantidade de líquido amniótico Viabilidade fetal.“ O CIUR geralmente é secundário à insuficiência placentária, que se agrava no momento do parto. Monitorar bem estar fetal para evitar sofrimento fetal, asfixia, eliminação e aspiração de mecônio”“ O atendimento neonatal deve ser rápido e eficiente!”

Tratamento

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Fetos com IG ≤ 34 semanas

Levar em consideração o risco de dano / morte fetal intra – útero x prematuridade.

Usar corticóide para amadurecimento pulmonar e prevenção de hemorragias cerebrais.

Doppler, PBF e CTG anteparto. INDIVIDUALIZAR CASO!!

Tratamento

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Fetos com IG ≥ 34 semanas:

Interrupção da gestação se: Evidências de evolução desfavorável da gestação

( hipertensão materna, oligodrâmnio, falha no crescimento fetal, alterações no PBF, Doppler alterado.

Crescimento fetal – repetir US em intervalos de 2 a 3 semanas.

Evidência de maturidade pulmonar fetal é suficiente para indicar interrupção da gestação com fetos próximos ao termo.

Tratamento

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Parto Pré – Termo

Asfixia Intra – útero Óbito Perinatal

Efeitos Adversos do CIUR

Page 23: CIUR - Oligodr_mnio Alterado

Complicações

RN com CIUR Distúrbios

metabólicos Policitemia Hipotermia Aspiração meconial Hemorragia Intra –

Cerebral Irritabilidade do

SNC

A longo prazo Crescimento somático

diminuído Hiperatividade do

SNC Dificuldades na

dicção. Déficit de

coordenação Atenção reduzida Retardo mental

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OLIGODRAMNIA

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No 1º trimestre o LA é isosmolar com o plasma fetal e

representa um transudato do embrião em desenvolvimento.

7ª semana: a traqueia pérvia permite a passagem do fluido pulmonar em direção a garganta. O fluido pode ser deglutido ou deixar a boca contribuindo para o aumento do LA.

10 – 11ª semana: os rins começam a excretar urina e passam a ser a principal fonte de LA.

A principal via de reabsorção do LA é a deglutição. Lesões que impeçam o feto engolir polidramnia.

A placenta também é um importante local de reabsorção.

Fisiologia do Líquido Amniótico (LA)

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É indispensável para o desenvolvimento

pulmonar fetal.

Permite o livre movimento do concepto.

Atua como barreira contra infecção.

Proteção contra choque mecânico.

Manutenção da temperatura.

Líquido Amniótico

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É uma alteração clássica associada ao sofrimento

fetal crônico por insuficiência placentária.

Hipóxia crônica causa o redirecionamento do DC, que por sua vez diminui o fluxo sanguíneo renal e o volume urinário.

Como a via renal é a principal formadora do LA , ocorre a oligodramnia.

Oligodramnia

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Diminuição do LA:1. Predispõe a compressão do cordão (prejudica

ainda mais o fluxo sanguíneo fetal.2. Aumenta o risco de hipoplasia pulmonar (13

-21%).3. Aumenta o risco de anormalidades

esqueléticas.

Oligodramnia

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Na ausência de insuficiência placentária , a

oligodramnia está associada à doença renal fetal.

Oligodramnia

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Insuficiência placentária Malformações geniturinárias fetais:1. Síndrome de Potter (agenesia renal bilateral)2. Rim policístico infantil3. Doença renal obstrutiva baixa. Outras malformações fetais:1. Cardíacas2. Hérnia diafragmática3. Encefalocele Anomalias cromossomiais Pós-maturidade Amniorrexe prematuro Medicações (IECA, indometacina) Transfusão gêmeo-gemelar Idiopática

Etiologia

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Suspeita clínica através do AFU x IG.

Pode ser confirmado por: Ultrassonografia. Índice de LA (ILA) menor que 5 cm.

Diagnóstico

Page 32: CIUR - Oligodr_mnio Alterado

Condição ILA

Oligodramnia Menor que 5 cm

Oligodramnia Leve Entre 5 – 8 cm

Normal Entre 8 – 18 cm

Polidramnia Leve Entre 18 -23 cm

Polidramnia Maior que 23 cm

ILA

Page 33: CIUR - Oligodr_mnio Alterado

Hiperhidratação Amnioinfusão

Não há consenso na aplicação de tais medidas.

Manejo da Oligodramnia