citocininas e senescência - fisiologia vegetal
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Introduo
Senescncia o processo natural de envelhecimento ao nvel celular ou o
conjunto de fenmenos associados a este processo. Ocorre por meio de uma
programao gentica que envolve deteriorao dos telmeros e ativao de genes
supressores tumorais. As clulas que entram em senescncia perdem a capacidade
proliferativa aps um determinado nmero de divises celulares.
Senescncia no o destino inevitvel de todos os organismos. Uma variedade
de organismos, incluindo alguns animais de sangue frio, tem a senescncia mnima. Se
a velhice como um processo biolgico pode ser abrandada, interrompida ou mesmo
revertida, um assunto de especulao cientfica e de investigao actual.
O tempo de vida das folhas pode variar desde algumas semanas a alguns anos.
A longevidade de uma folha ento determinada por um processo de senescncia,
conduzindo finalmente morte. Tal processo tambm condicionado, por exemplo,
por alteraes do fotoperodo e da temperatura.
As citocininas constituem um grupo de hormonas vegetais responsvel pela
regulao de diversos processos de desenvolvimento da planta que incluem, entre
outros, as divises celulares, a senescncia foliar, a diferenciao de cloroplastos e aexpanso de folhas e cotildones. Estas so produzidas nas razes e transportadas,
pelo xilema, para todas as partes da planta. Citocininas, como por exemplo a
benziladenina e a cinetina, atrasam a senescncia foliar, atrasando a degradao de
vrios constituintes celulares, nomeadamente clorofilas.
Ao nvel do mercado, as citocininas adiam o envelhecimento, o amarelecimento
e a perda de qualidade dos produtos vegetais.Neste trabalho laboratorial, procedeu-se observao do efeito de uma
citocinina, a benziladenina (BA), na senescncia foliar.
Material e Mtodos
Material Biolgico
Utilizaram-se 14 plantas de P. vulgaris de tamanho semelhante, com o 1 par
de folhas desenvolvido e a 1 folha trifoliada com cerca de 1,5 cm.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Envelhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tel%C3%B4merohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vegetalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%ADzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Xilemahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Plantahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Plantahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Xilemahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%ADzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vegetalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tel%C3%B4merohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Envelhecimento -
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Preparao e Tratamento das Plantas
A partir de 2 plantas, congelou-se 0,10 g de material vegetal do 1 par de folhas
para posterior quantificao do teor inicial de clorofilas a e b.
s restantes 12 plantas eliminou-se o sistema radicular (fonte endgena de
citocininas), deixando a mesma poro de caule abaixo do 1 par de folhas e retirou-se
os cotildones (reservas de nutrientes). Em cada um dos 5 recipientes cheios com gua
destilada e 1 contendo 9 de gua destilada e9 de soluo nutritiva, colocaram-se 2
plantas (das 12). Estas foram ento sujeitas aos seguintes tratamentos:
Tabela 1: Condies experimentais dos vrios grupos de plantas.
Nota: Aplicao de BA na pgina superior das folhas; as folhas tratadas foram identificadas
com um cordel; soluo de BA (6-benzilaminopurina) de concentrao 30 mg/dm3.
Duas vezes por semana, durante cerca de 15 dias, a gua destilada e a soluo
nutritiva foram renovadas e as razes adventcias removidas. Os tratamentos de BA
foram repetidos uma vez por semana.
Extraco e Quantificao de Clorofilas
Utilizando amostras de 0,10 g para cada extraco/quantificao, seguiu-se o
seguinte procedimento:
Num almofariz com pilo, procedeu-se homogeneizao do extracto, na
presena de acetona a 80% e areia de quartzo. Transferiu-se o extracto para um tubo
de centrfuga, lavando-se o almofariz at perfazer um volume final de acetona de 7 ou
Grupos deplantas
Tratamento
1 Plantas controlo, sem aplicao de BA
2 Plantas controlo, sem aplicao de BA, mantidas em soluo nutritiva
3 BA aplicado em ambas as folhas do 1 par
4 BA aplicado a uma das folha do 1 par e deixar a outra folha por tratar
5BA aplicado na metade direita de cada folha do 1 par e deixar a metade
oposta por tratar
6BA aplicado nos fololos da 1 folha trifoliada, deixando o 1 par de folhas
por tratar
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10 mL (ou mais), consoante o grupo de plantas. Depois da calibrao dos tubos
procedeu-se sua centrifugao (10 min a 5000 rpm), recolhendo-se ento o
sobrenadante e medindo o seu volume final. Com recurso a um espectrofotmetro
determinou-se a absorvncia a 645 e 663 nm.
Resultados
Os procedimentos anteriormente referidos permitiram o preenchimento das
seguintes tabelas e grficos:
Grupos de plantas
Leituras 0 1 2 3 4 T 4 NT 5 T 5 NT 6
Peso (g) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
Volume (mL) 7,0 7,0 10,0 10,0 10,0 7,0 10,0 7,0 7,0
=645 nm 0,3598 0,2239 0,5022 0,2591 0,3443 0,1462 0,3509 0,2234 0,0265
=663 nm 0,6630 0,4887 0,7958 0,5195 0,6707 0,3620 0,6708 0,4969 0,0545
Clor.a
(mg/dm3)
7,45 5,60 8,76 5,90 7,59 4,20 7,58 5,71 0,621
Clor.b
(mg/dm3)
5,14 2,84 7,78 3,50 4,74 1,65 4,90 2,79 0,352
Clor.a+b
(mg/gpf)0,881 0,591 1,65 0,940 1,23 0,410 1,25 0,595 0,0681
Tabela 2: Resultados experimentais obtidos e respectivas concentraes de clorofila (a, b e a+b),
calculadas a partir das frmulas fornecidas pelo docente; Aos valores de absorvncia apresentados j
foram subtrados os valores dos respectivos brancos.
Exemplo de clculos para o grupo 1:
[Cl a] = 12,7 x A 663nm 2,69 x A 645nm = 12,7 x 0,4887 2,69 x 0,2239 = 5,60 mg/dm3
[Cl b] = 22,9 x A 645nm 4,68 x A 663nm = 22,9 x 0,2239 12,7 x 0,4887 = 2,84 mg/dm3
[Cl a+b] = 5,60 + 2,84 = 8,44 mg/dm3 8,44 x 0,007 = 0,0591 mg
[Cl a+b] =""'#
"#= 0,591 mg/gpf
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00.20.40.60.8
1
1.21.41.61.8
0 (inicial) 1 2
Concentrao
(mg/gpf)
Trat
EFEITO ANTI-S
Fig.1:Grupo de plantas 1. Primeir
par de folhas verde-escuro e folol
bem desenvolvidos.
Fig.4:Grupo de plantas 4. Folha sem
tratamento de cor amarela e folha
tratada com BA de aspecto mais
esverdeado.
Grfico 1:Concentrao de clorofila
teor clorofilino diminuiu em relao
o mesmo aumentou de forma acent
tratadas no grupo 4 apresentam um
do que as no tratadas. O mesmo ac
foi. Finalmente, o grupo 6 manifesta
Fisiologia Veg
3 4T 4NT 5T 5NT 6
amentos
ENESCENTE DAS CITOCININAS
Teor de clorofilas
s
Fig.2:Grupo de plantas 2. Primeiro
par de folhas verde-claro, com
menores sinais de senescncia que
no grupo 1.
Fig.3:Gru
de folhas
no send
fololos.
Fig.5:Grupo de plantas 5. Metade da
folha sem tratamento apresenta
sintomas de senescncia (zona
amarela) enquanto a metade tratada
est mais verde.
Fig.6:Gru
primeiro
senescn
desenvolv
Presena
s (Y) em funo do tratamento efectuado (X); No gr
ao inicial, enquanto no grupo de controlo 2, mantido
ada. No grupo 3 este valor manteve-se praticament
valor muito mais elevado de concentrao clorofilina
ontece no grupo 5 para a metade da folha que foi tra
um teor muito reduzido em relao ao inicial.
tal 2011/2012
4
po de plantas 3. Presena
erde-claro e verde-escuro,
possvel a observao de
po de plantas 6. Folhas do
ar sem sintomas de
ia e fololos mais
idos que no grupo 1.
de razes no caule.
po de controlo 1 o
em soluo nutritiva,
igual. As folhas
(superior ao inicial)
tada e para a que no
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Grupos de plantas
1 3 6
Comprimento mdio
dos fololos (cm)5,8 3,7 7,3
TratamentoPlantas controlo
(sem tratamento)
BA em ambas as
folhas do 1 par
BA nos fololos da 1
folha trifoliada
Tabela 3: Valores do comprimento mdio dos fololos disponibilizados pelo docente e respectivo
tratamento para cada grupo de plantas; Os fololos do grupo 6 mostram o maior comprimento mdio,
tendo crescido mais comparativamente com o grupo controlo. As plantas do grupo 3 possuem os
fololos muito pouco desenvolvidos, havendo um menor crescimento em relao ao grupo controlo.
Discusso
O teor inicial de clorofila (0) permite uma comparao com os restantes grupos
de plantas. Assim, a diferena do teor de clorofilas do grupo de controlo 1 em relao
ao grupo de controlo 2, pode ser explicada pois o ltimo foi mantido em soluo
nutritiva, sendo continuamente alimentado e desenvolvendo as suas folhas sem
qualquer limitao. No grupo 1 ocorreu ento a mobilizao dos nutrientes para a
folha trifoliada. As plantas do grupo 3 tambm continuaram o seu desenvolvimento
uma vez que foram tratadas com a soluo de BA, tendo ocorrido um aumento do teor
clorofilino pela mobilizao dos nutrientes para o primeiro par de folhas tratadas com
BA. Para os grupos 4 e 5, as diferenas entre o teor clorofilino para as folhas (ou partes
de folhas) no tratadas relativamente s tratadas tambm explicado pela presena
de BA, sendo que a mobilizao dos nutrientes se deu das folhas (ou partes de folhas)
no tratadas para as que sofreram tratamento. No grupo 6, era de esperar que
ocorresse senescncia no primeiro par de folhas, o que no se verifica muito
provavelmente devido presena de razes no caule, sendo que a diminuio do teorde clorofilas pode ser explicado pela mobilizao dos nutrientes das folhas do primeiro
par para os fololos da folha trifoliada. Os resultados finais obtidos para o teor de
clorofilas a+b foram concordantes com os esperados, excepo dos dois ltimos,
referentes aos grupos de plantas 5NT, que deveria ser mais baixo e 6, que deveria ser
mais elevado. Estes dois valores tambm deveriam ser prximos um do outro. Uma
explicao possvel ser a ocorrncia de erros experimentais que podero ter afectado
a concentrao final do extracto preparado: perda de extracto na passagem para os
tubos de centrfuga, medio incorrecta do volume final de extracto, entre outros.
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Respeitante aos comprimentos dos fololos foram igualmente os esperados
uma vez que o tratamento com BA nos fololos do grupo 6 potenciou o seu
desenvolvimento enquanto os fololos do grupo 3, na ausncia de BA, sofreram um
desenvolvimento muito reduzido.
Posto isto, podem ser mencionadas algumas limitaes na realizao deste
trabalho e portanto ser importante referir que as plantas preparadas pela turma no
sobreviveram, possivelmente devido a alteraes nas condies ambientais, por isso,
na fase da quantificao de clorofilas e posterior clculo do teor clorofilino, foram
utilizadas amostras de plantas preparadas pelo docente. Tambm o valor do teor
clorofilino inicial foi fornecido pelo docente. Ainda assim, de um modo geral, os
resultados obtidos permitiram-nos concretizar o objectivo inicial e concluir acerca da
influncia da BA na senescncia foliar. Esta citocinina no s atrasa a senescncia foliar
como tambm potencia o desenvolvimento e crescimento da planta.
Bibliografia e Sites Consultados
http://pt.wikipedia.org/wiki/Senesc%C3%AAncia http://en.wikipedia.org/wiki/Senescence http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1469-8137.1967.tb05426.x/pdf Lincoln Taiz and Eduardo Zeiger, 2010. Plant Physiology. Sinauer Associates,
Incorporated.
GUIA DOS TRABALHOS PRTICOS Apontamentos das aulas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Senesc%C3%AAnciahttp://en.wikipedia.org/wiki/Senescencehttp://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1469-8137.1967.tb05426.x/pdfhttp://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1469-8137.1967.tb05426.x/pdfhttp://en.wikipedia.org/wiki/Senescencehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Senesc%C3%AAncia