cirineu - operação de migração para o novo data … da terra: crosta, manto e nÚcleo o interior...

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CIRINEU

BOBKO,

AGOSTO 2011

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

CIRINEU BOBKO

CADERNO TEMÁTICO: SOLOS NO ENTORNO ESCOLAR

Caderno Temático apresentado à Coordenação

do Programa de Desenvolvimento Educacional -

PDE, da Secretaria de Estado da Educação do

Paraná, em convênio com a Universidade

Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, sob a

orientação da Professora Mestre Sônia Zanello.

CURITIBA, 2011

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4

1. O QUE É O SOLO, COMO SE CARACTERIZA .................................................. 5

1.1. DEFINIÇÃO DE SOLO ................................................................................... 5

1.2. LIMITES DO SOLO ........................................................................................ 6

1.3. ATIVIDADES ............................................................................................... 7

2. AS CAMADAS DA TERRA ...................................................................................... 7

2.1. ESTRUTURA DA TERRA: CROSTA, MANTO E NÚCLEO ................................ 8

2.2. ATIVIDADE ......................................................................................................... 13

3. MINERAIS E ROCHAS ................................................................................... 13

3.1. ATIVIDADES ............................................................................................. 16

4.0. FORMAÇÃO DO SOLO ............................................................................ 17

4.1. ATIVIDADES ............................................................................................. 19

4.2. PROCESSOS ELEMENTARES NA FORMAÇÃO DO SOLO ................... 19

4.3. PROCESSOS ESPECÍFICOS NA FORMAÇÃO DO SOLO ...................... 20

4.4. ATIVIDADES ............................................................................................. 20

4.5. PRINCIPAIS SOLOS EXISTENTES NO PARANÁ - SEGUNDO MANUAL DA

EMBRAPA ................................................................................................................. 22

4.6. ATIVIDADES ............................................................................................. 24

5. DEGRADAÇÃO DOS SOLOS ......................................................................... 24

5.1. ATIVIDADES ............................................................................................. 26

5.2. COMO A DEGRADAÇÃO DOS SOLOS AFETA O TURISMO .................. 26

5.3. ATIVIDADES ....................................................................................................... 28

6. A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS DE MANANCIAIS............................................ 29

6.1. ATIVIDADES ............................................................................................. 32

7. A OCUPAÇÃO DOS SOLOS, RISCOS E SEGURANÇA ............................ 33

8. OS IMPACTOS DAS ATIVIDADES AGRÍCOLAS .................................................. 34

8.1. ATIVIDADES ............................................................................................... 35

9. CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS URBANOS .......................................... 37

9.1. ATIVIDADES ....................................................................................................... 38

REFERÊNCIAS

4

INTRODUÇÃO

Prezado leitor (a)

Certamente você já se deparou no seu deslocamento diário com algum

tipo de solo. Porém, já se perguntou alguma vez como se formam os solos? Como

estão agrupados? Qual é a cor predominante? Quais são as suas camadas? Qual é

a profundidade que esse solo atinge? Quais são os elementos que compõem esse

solo? E muitas outras perguntas relacionadas a isso.

O Objetivo deste Caderno Temático é subsidiar você, leitor ou aluno a

entender, por meio da leitura dos textos, indagações pessoais e respostas das

atividades que são propostas, determinados conceitos básicos que recomendamos

como fundamentais para uma boa formação. Nessa intenção, apresenta-se outra

proposta, baseada nas novas orientações das Diretrizes Estaduais, que reconhece

ser necessária a pesquisa por parte dos alunos, para além da sala de aula, numa

constante investigação que promova o alargamento das possibilidades de

conhecimento, aproveitando as ferramentas disponíveis que ora se apresentam:

Internet e outros meios de comunicação como recurso didático pedagógico. Desse

modo, propor-se-á que os leitores sintam-se na obrigação de ir à busca de

respostas.

Assim, o texto como um todo, deixa algumas interrogações, o que

aguça a curiosidade e a necessidade de maiores informações para se compreender

determinados assuntos. Com esse formato interativo, o leitor poderá se abastecer de

outros dados em jornais, sites e dicionários on line para descobrir determinados

termos ou temas, como parte obrigatória da leitura dinamizando o processo de

aprendizagem, estimulando a pesquisa. Esses termos ou questionamentos

aparecem grifados e cabe ao leitor decifrá-los.

É sugestão para o ensino médio do Colégio Estadual Pinheiro do

Paraná em Curitiba, durante o segundo semestre do ano de 2011, tendo como base

o Projeto de Intervenção Pedagógica, o apoio da Universidade Tecnológica Federal

do Paraná, o professor orientador e o professor orientado, por meio do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE).

5

1. O QUE É O SOLO, COMO SE CARACTERIZA

1.1. DEFINIÇÃO DE SOLO

O solo que classificamos é um aglomerado ou uma coleção de corpos

naturais, inorgânicos, constituídos por partes sólidas, líquidas e gasosas,

tridimensionais e dinâmicas, sendo formado por inúmeros minerais e elementos

orgânicos que ocupam grande parte da Crosta superficial das grandes extensões

continentais da Terra. O solo também contém matéria viva, como restos de vegetais,

microorganismos, entre outros elementos da natureza onde ocorrem, mas, também,

pode eventualmente ter sido modificado por interferência do trabalho antrópico,

como o que está ocorrendo nas grandes cidades, por meio da crescente

Urbanização.

O solo, quando examinado a partir da sua superfície, consiste de

seções aproximadamente paralelas, chamadas de horizontes ou camadas, que se

diferenciam do material de origem inicial, que foram adicionados, deslocados ou

transformados, por meio de energia e matéria em decomposição.

Figura 1: Representação de perfil de solo. Disponível em:

http://www.nre.seed.pr.gov.br/amnorte/arquivos/File/cadernodeatividades.pdf acesso em: 06/2011

As alterações pedológicas de que são dotados os materiais do solo

revelam um contraste com o seu substrato rochoso ou o seu resíduo pouco alterado,

demonstrando diferenciação pedológica em relação aos materiais pré-existentes.

6

Figura 2: Perfil de solo e horizontes. Butiatuvinha, Curitiba – PR. Fonte: BOBKO, 05/2011

1.2. LIMITES DO SOLO

O solo possui como limite superior a atmosfera. Já os seus limites

laterais são os contatos com outros elementos, como corpos d’água superficiais,

rochas, gelo, áreas com cobertura de materiais detríticos inconsolidados, a terra ou

com terrenos sob espelhos d’água permanentes.

O limite inferior de um solo é de difícil conhecimento ou definição exata.

O solo passa lentamente do seu limite inferior, em profundidade, para a rocha

espessa ou materiais saprolíticos, que ainda não apresentam sinais de atividades

animais, vegetais, ou outras indicações de atividades biológicas.

O material subjacente contrasta com o solo, pela redução de elementos

orgânicos, decréscimo de alterações e decomposição dos elementos minerais,

enfim, pelo predomínio de propriedades mais relacionadas ao substrato rochoso ou

também ao material de origem não consolidado. (Texto alterado e com

modificações baseado em Valquimi Costa Lima e Marcelo Ricardo de Lima,

2007).

7

1.3. ATIVIDADES

1- Em grupo: Para melhor compreensão do texto, pesquise o significado das

palavras grifadas e forme um glossário, faça-o em formato de cartaz, que será

utilizado na exposição dos resultados no pátio do colégio. O cartaz deverá ter

imagens que representam as palavras e como legenda, os significados delas.

Cada grupo fará um cartaz com 5 ou 6 termos. Siga como exemplo as figuras

(1) ou (2), ou seja, uma imagem e seu significado na legenda.

2- Defina de acordo com seu conhecimento, auxiliado pelas informações do

texto o significado do termo solo.

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

3- De acordo com o texto, quais são os limites que um solo pode ocupar?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

2. AS CAMADAS DA TERRA

Para compreender melhor o conteúdo sobre o solo é necessário que se

entenda como se formou esse solo e para isso, deve-se estudar as camadas da

Terra e outros elementos, como se verá a seguir.

A Terra é constituída, basicamente, por três camadas: Crosta -

Camada superficial sólida que circunda a Terra; Manto - camada logo abaixo da

crosta. É formada por vários tipos de rochas que, devido às altas temperaturas,

encontram-se no estado pastoso e recebem o nome de magma; Núcleo -

Compreende a parte central do planeta e acredita-se que seja formado por metais

como ferro e níquel em altíssimas temperaturas.

8

2.1. ESTRUTURA DA TERRA: CROSTA, MANTO E NÚCLEO

O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas é dividido

por critérios químicos em uma camada externa (crosta) de silício, um manto

altamente viscoso e um núcleo que consiste de uma porção sólida envolvida por

uma pequena camada líquida. Esta camada líquida dá origem a um campo

magnético devido à convecção de seu material, eletricamente condutor.

O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade

de chegar à superfície, através de erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito da

superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos de 100 milhões de anos; as

partes mais velhas da crosta terrestre têm até 4,4 bilhões de anos. Conheça as

camadas terrestres, a partir da superfície:

Litosfera (até 100km);

Crosta (até 40/70 km);

Manto (até 2900 km);

Astenosfera (até 400 km);

Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5150 km);

Núcleo interno (sólido - Até 6371 km).

Figura 3: Esboço das camadas da Terra, por Cirineu BOBKO em 06/2011.

Baseado em: LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio, (1998)

9

Crosta: É uma camada fina que cobre o planeta, composta de basalto,

nos oceanos, e de granito, nos continentes. A vida se desenvolve na superfície

dessa camada. A crosta (que forma a maior parte da litosfera tem uma extensão

variável de acordo com a posição geográfica). Em alguns lugares chega a atingir 70

km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. É

composta basicamente por silicatos de alumínio, sendo por isso também chamada

de Sial. A fronteira entre manto e crosta envolve dois eventos físicos distintos. O

primeiro é a Descontinuidade de Mohorovicic (ou Moho) que ocorre em virtude da

diferença de composição entre camadas rochosas (a superior contendo feldspato

triclínico e a inferior, sem o mesmo). O segundo evento é uma descontinuidade

química que foi observada a partir da obducção de partes da crosta oceânica.

Litosfera: (do grego "lithos" = pedra) é a camada sólida mais externa

do planeta Terra, constituída por rochas e solo. É também denominada como crosta

terrestre. É um dos três principais grandes ambientes físicos da Terra, ao lado da

hidrosfera e da atmosfera, que, na sua relação enquanto suportes de vida,

constituem a biosfera.

Composta de minerais como as rochas ígneas, sedimentares e

metamórficas, a litosfera cobre toda a superfície da terra, desde o topo do Monte

Everest até as profundezas das Fossas Marianas. Nas regiões continentais é

constituída principalmente por rochas graníticas, ricas em alumínio e silício (a crosta

continental), também denominada de Sial. Já nas áreas oceânicas predominam as

rochas basálticas (crosta oceânica) compostas por minerais ricos em silício e

magnésio.

A estrutura da litosfera vem se alterando através dos tempos, seja, pela

ação dos chamados agentes externos (meteorismo, erosão, antropismo), seja pela

atuação dos agentes internos: falhas e dobramentos que conduzem à formação de

montanhas ou vulcanismos. Litosfera é a camada da Terra localizada na parte

externa, é constituída por rochas e solo de níveis variados e composta por grande

quantidade de minerais.

Manto: É uma camada constituída por minerais ricos em silício, ferro e

magnésio. O manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma profundidade de

2900 km. A pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4 milhões de

atmosferas. É composto por substâncias ricas em ferro e magnésio. Também

apresenta características físicas diferentes da crosta. O material de que é composto

10

o manto pode apresentar-se no estado sólido ou como uma pasta viscosa, em

virtude das pressões elevadas.

Porém, ao contrário do que se possa imaginar, a tendência em áreas

de alta pressão é que as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos

espaço físico do que os líquidos. Além disso, a constituição dos materiais de cada

camada do manto tem seu papel na determinação do estado físico local. (O núcleo

interno da Terra é sólido porque, apesar das imensas temperaturas, está sujeito a

pressões tão elevadas que os átomos ficam compactados; as forças de repulsão

entre os átomos são vencidas pela pressão externa, e a substância acaba se

tornando sólida; estima-se que esta pressão seja algo em torno de 3,5 milhões de

atmosferas!). A viscosidade no manto superior (astenosfera) varia entre 1021 a 1024

pascal segundo, dependendo da profundidade. Portanto, o manto superior pode

deslocar-se vagarosamente. As temperaturas do manto variam de 100 graus Celsius

(na parte que faz interface com a crosta) até 3500 graus Celsius (na parte que faz

interface com o núcleo).

Astenosfera: é uma zona do manto externo, menos rígida, com

comportamento plástico devido, talvez, à fusão parcial de uma porção mínima de

material do manto, é sobre essa camada que se assentam as placas tectônicas. Os

limites da astenosfera não são bem definidos nem a sua espessura. O nível superior

por baixo dos oceanos pode iniciar-se a profundidades de 20 km, atingindo, por

vezes, profundidades superiores a 100 km na zona dos continentes. O limite inferior

é ainda mais difuso.

A existência da astenosfera foi evidenciada através do estudo do

comportamento das ondas sísmicas. Na astenosfera, a velocidade de propagação

das ondas sísmicas diminui. Como há um abaixamento da velocidade de

propagação das ondas, admite-se que o material deve ser menos rígido, menos

elástico e mais plástico que nas regiões acima e abaixo dela. Uma hipótese a

considerar é que nesta zona a temperatura seja suficientemente elevada para

provocar a fusão parcial de alguns constituintes dos peridotitos, rochas existentes na

astenosfera. A quantidade de material fundido deve ser muito pequena, uma vez que

as ondas (S) propagam-se através desta zona do manto (as ondas S são ondas

sísmicas que se propagam apenas em meios sólidos).

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Núcleo: É a camada mais profunda, é provavelmente constituída de

minério de ferro e um pouco de níquel. Sua temperatura e pressão são altíssimas,

cerca de 5.000ºC apresenta um diâmetro médio de 6.500 quilômetros. Também

chamado de Nife, Centrosfera ou Barisfera e, em planetas como a Terra, dada sua

constituição, pode ainda receber o nome de Metalosfera.

A massa específica média da Terra é de 5.515 quilogramas por metro

cúbico, fazendo dela o planeta mais denso no Sistema Solar. Uma vez que a massa

específica do material superficial da Terra é apenas cerca de 3000 quilogramas por

metro cúbico, deve-se concluir que materiais mais densos existem nas camadas

internas da Terra (devem ter uma densidade de cerca de 8.000 quilogramas por

metro cúbico). Em seus primeiros momentos de existência, há cerca de 4,5 bilhões

de anos, a Terra era formada por materiais líquidos ou pastosos, e devido à ação da

gravidade os objetos muito densos foram sendo empurrados para o interior do

planeta (o processo é conhecido como diferenciação planetária), enquanto que

materiais menos densos foram trazidos para a superfície. Como resultado, o núcleo

é composto em grande parte por ferro (80%), e de alguma quantidade de níquel e

silício. Outros elementos, como o chumbo e o urânio, são muitos raros para serem

considerados, ou tendem a se ligar a elementos mais leves, permanecendo então na

crosta.

O núcleo é dividido em duas partes: o núcleo sólido, interno e com raio

de cerca de 1.250 km, e o núcleo líquido, que envolve o primeiro. O núcleo sólido é

composto, segundo se acredita, primariamente por ferro e um pouco de níquel.

Alguns argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de

ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido (a

combinação é chamada NiFe), com traços de outros elementos. Estima-se que

realmente seja líquido, pois não tem capacidade de transmitir as ondas sísmicas. A

convecção desse núcleo líquido, associada à agitação causada pelo movimento de

rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo magnético terrestre,

através de um processo conhecido como teoria do dínamo. O núcleo sólido tem

temperaturas muito elevadas para manter um campo magnético (veja temperatura

Curie), mas provavelmente estabiliza o campo magnético gerado pelo núcleo líquido.

Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode girar

mais rápido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano. Tanto entre a

crosta e o manto como entre o manto e o núcleo existem zonas intermediárias de

12

separação, as chamadas descontinuidades. Entre a crosta e o manto há a

Descontinuidade de Mohorovicic, e entre o manto e o núcleo, existe a

Descontinuidade de Gutenberg.

Núcleo externo: O núcleo externo é a camada terrestre que se situa

entre o núcleo interno (sólido) e o manto terrestre. Ele é formado por ferro e o

material está em estado líquido, enquanto o núcleo interno se encontra no estado

sólido. É essa região que forma o campo magnético da Terra. O campo é causado

devido à movimentação do fluido condutor de eletricidade, em um fenômeno

parecido com o movimento das bobinas em um gerador elétrico. Atualmente,

cientistas acreditam que o núcleo externo está ligado à inversão da polaridade

magnética do planeta, ocorrida no passado.

Núcleo interno: O núcleo interno é a parte mais interna da Terra, se

estende por três mil e quinhentos quilômetros, do centro do planeta para o exterior.

Os cientistas acreditam que ele é metálico, formado principalmente por ferro, com

um pouco de níquel e outros materiais misturados. A temperatura do núcleo da terra

é muito alta, cerca de seis mil graus Celsius. Na parte mais externa, o material que

forma o núcleo interno é sólido enquanto o material do núcleo externo se encontra

na forma líquida.

Como se podem conhecer as camadas geológicas que estão

abaixo da superfície e as demais, localizadas no interior e no centro da Crosta,

situado a cerca de 6.370 quilômetros de profundidade? Por meio das

perfurações, a humanidade tem acesso direto, apenas aos primeiros quilômetros.

Para baixo, são as ondas sísmicas que nos revelam alguns conhecimentos sobre o

desconhecido interior do nosso planeta. A propagação das ondas sísmicas

produzidas pelos terremotos varia de velocidade e a trajetória das características do

meio elástico em que circulam. Isso acarreta interpretação do registro dessas ondas,

por meio dos sismogramas que permitem inferir valores de velocidades e

densidades tanto das rochas em estado sólido, como fundidas, aquelas próximas da

superfície ou também em grandes profundidades.

Dessa forma é possível comprovar ideias sobre o estado dessas

estruturas internas. Considera-se desta forma que a Terra possuiu três geosferas -

Crosta: é a camada externa e delgada da terra, cuja profundidade varia entre 35 a

10 quilômetros de profundidade, ao longo de uma região, portanto, área continental

ou oceânica. A crosta continental é mais densa e geologicamente a mais antiga,

13

apresentando uma camada superior formada por rochas graníticas e uma inferior

formada por rochas basálticas. A crosta oceânica é mais jovem e possuí rochas

basálticas. O manto é a porção mais volumosa (80%) de todas as geosferas. O

manto divide-se em: manto superior e manto inferior. Situa-se abaixo do raio da

terra. O manto é homogêneo, formado por rochas metamórficas e oferece melhores

condições para o deslocamento de ondas sísmicas. O núcleo é a parte mais central

da terra. Acredita-se que seja formado por metais como o ferro e o níquel, associado

a elevadas temperaturas. Possui duas partes que são: núcleo externo: líquido de

2.900 a 5150 quilômetros de profundidade; núcleo interno: sólido, devido à

elevadíssima pressão (peso), com até 6371 quilômetros de profundidade. (Texto

com alterações e modificações baseado em Leinz e Amaral, 1998)

2.2. ATIVIDADES

1. Faça nova pesquisa e anote os termos grifados, procure também imagens

relacionadas, apresente para a turma, discuta-os com os colegas e professor

e reserve para a confecção dos cartazes.

2. Faça o esboço de uma figura que corresponda às esferas terrestres e observe

a sua interligação. Comente sobre a importância dessas camadas para a vida

na Terra, baseando-se em seus conhecimentos.

3. MINERAIS E ROCHAS

Caro leitor, talvez você ainda não tenha percebido que as rochas e os

minerais fazem parte da nossa vida. Elas estão presentes em muitas coisas do

nosso uso diário: na pasta dental, no piso do banheiro, na janela da escola, no

banco de ônibus e tantos outros exemplos. Que tal conhecer um pouco mais sobre

esse tema?

A Crosta terrestre é formada essencialmente pelas rochas e os seus

respectivos minerais, cujos elementos formadores são na sua grande maioria os

minerais, ou também chamados de mineralóides como: vidro vulcânico, carvão

mineral e outros compostos orgânicos. Porém é necessário fazermos as distinções

entre minerais e rochas.

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Rochas: Como você leu, a crosta terrestre é formada na sua essência

pelas rochas. A rocha é um agregado natural, formado de um ou mais elementos

minerais, como o granito. Por esta razão, as rochas são encontradas em grandes

extensões da nossa Crosta Terrestre.

Elas são fundamentais para a formação dos solos e pela economia de

muitos locais. As cidades que produzem cal, cimento, calcário utilizado tanto nos

processos industriais como corretivo dos solos ácidos; ou como matéria prima para a

fabricação de outros produtos, São encontrados muitas vezes em regiões bem

próximas da cidade de Curitiba como: Itaperuçú, Colombo, Almirante Tamandaré,

Rio Branco do Sul, Campo Largo. Para facilitar o estudo, as rochas estão

classificadas em:

Rochas magmáticas ou ígneas: Elas provêm do magma e são de origem

primária. O granito, sienito, diorito, gabro e peridotita são rochas desse

grupo.

Rochas sedimentares: são aquelas formadas a partir da união de outras

rochas ou detritos que são depositados nas laterais de rios trazidos pelas

águas, degelo, ventos, etc. Formam o grupo mais expressivo. Calcário,

conglomerados, carvão mineral, xisto, dolomita, argilito, folhelhos são rochas

sedimentares.

Rochas Metamórficas- tanto as rochas sedimentares ou magmáticas podem

sofrer pressões e modificações, levando-as a se transformarem em rochas

metamórficas. São o menor grupo: mármores, quartzito, ardósia, gnaisse,

migmatito são exemplos dessas rochas.

As rochas são importantes, pois, servem como matéria prima para as

indústrias em geral. Elas se formaram em processos distintos das Eras Geológicas.

O Estado do Paraná, especialmente na região Leste possui grandes

reservas de calcário e talco, que são transformadas em cimento e outros produtos.

Essas rochas sofrem ações dos diversos tipos de intemperismo e, com o passar do

tempo transformam-se em solo.

15

Figura 4: Solo exposto à ação do tempo: intemperismo físico, químico, orgânico.

Colégio Estadual Pinheiro do Paraná. Fonte: BOBKO, 2011

MINERAL: é um elemento ou composto químico, resultante de

processos inorgânicos de composição definida, encontrado naturalmente na crosta

terrestre. Os minerais na sua maioria são sólidos, porém o mercúrio e a água

apresentam-se em estado líquido em condições normais de temperatura.

Propriedade dos minerais: pode ser dividida em:

Clivagem é a propriedade que tem uma substância cristalina em

dividir-se em planos paralelos.

Dureza exprime a resistência em que o mineral oferece a

penetração de uma ponte aguda que tenta riscar o mineral.

Brilho é a capacidade de reflexão da luz, incipiente.

Peso específico é o número que indica quantas vezes certo

volume de mineral é mais pesado que o mesmo volume de água

destilada em 7 graus Celsius.

Cor depende da absorção seletiva da luz.

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Principais minerais: piroxênios ou anfibólios, quartzos, micas biotita,

olivina, granada, bneofoilina, turmalina, calcita, gipsita, magnetita, pirita, blenda,

calcopirita, limonito. A Crosta terrestre é formada basicamente por Rochas ,que

estão classificadas em:

3.1. ATIVIDADES

CADA GRUPO PODERÁ ESCOLHER UMA OU DUAS ATIVIDADES.

1. Realizar um trabalho de campo (acompanhado pelos responsáveis) na

intenção de encontrar amostras de rochas que são as responsáveis pela

formação do solo no bairro onde se localiza a escola.

2. Entrar no site www.pr.gov.br/mineropar e acessar o link: minerais do

Paraná. Encontrar no mapa geológico do Paraná os minerais

predominantes na Grande Curitiba. Pesquisar link minerais do Paraná,

quais são as principais rochas situadas na região que estamos

desenvolvendo este projeto.

3. Proponha um passeio com os seus familiares nas Grutas Calcárias de

Lancinha em Rio Branco do Sul e Bacaetava em Colombo. Aproveite o

passeio e faça observações geográficas com os seguintes objetivos: a)

Observar os detalhes que o tempo geológico imprimiu sobre o calcário por

meio das formas das estalactites e estagmites. b) Fotografar e apresentar

aos colegas as suas observações. Reserve as imagens para a exposição

final. c) Ao longo deste passeio observar as transformações que ocorrem

na paisagem por meio da exploração do calcário ao longo do trajeto.

Efetuar uma síntese por escrito sobre o tema.

4. Proponha uma visita com seus familiares ao cinturão verde de Colombo

para aproveitar um fim de semana. Nesse passeio, faça observações

geográficas e verifique a produção de hortaliças que se produz com os

solos calcários nestes locais. Faça um relatório para expor no dia

combinado.

17

5. Entrar no site www.pr.gov.br/mineropar e acessar o link: minerais do

Paraná. Encontrar no mapa geológico do Paraná os minerais

predominantes na Grande Curitiba. Cite-os em seu caderno demonstrando

o uso dos mesmos no nosso cotidiano e justifique a importância desses

elementos para a economia do Paraná.

6. Faça uma pesquisa sobre a propriedade dos minerais, com imagens e

legendas de seus significados, exprimindo-os de forma clara. Reserve

para o cartaz.

4. FORMAÇÃO DO SOLO

A Pedogênese ou a formação do solo é estudada pela Pedologia, cujas

noções fundamentais foram estabelecidas em 1877, pelo cientista russo Dokuchaev.

Até esta época, prevaleceu a visão geológica que considerava o solo sendo apenas

um amontoado de fragmentos de rochas e produtos de alteração, que refletiam

unicamente a composição da rocha que deu origem.

Mais tarde, constatou-se a existência de solos diferentes desenvolvidos

a partir de uma mesma rocha de origem, onde o solo é identificado como um

material que evolui no tempo, sob a ação dos fatores naturais, ativos na superfície

terrestre. Em 1878, Dokuchaev consolidou a concepção que as propriedades do solo

são o resultado dos seus elementos formadores e de ações que nele trabalharam e

ainda atuam: material de origem, clima, organismos, topografia ou relevo, tempo.

Assim, entende-se que o elemento clima e organismos, controlados

pelo relevo, todos atuando sobre um material de origem, ao longo de um

determinado tempo, geram uma situação de desequilíbrio que resulta em

intemperismo seguindo-se da formação do solo (PEDOGÊNESE).

Dentre os fatores de formação do solo, o material de origem e o tempo

são considerados passivos, já o clima e organismos são os fatores ativos, enquanto

o relevo exerce o papel controlador. Os fatores passivos na formação dos solos são

aqueles que não somam, não exportam materiais, nem acrescentam energias que

possam aumentar os processos de intemperismo e pedogênese. Aos fatores ativos,

se atribuem ações ou energias, processos químicos, que promovem a formação dos

solos.

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Material de origem: O Material de origem de um solo pode ser uma

rocha ou um sedimento inconsolidado do tipo (aluvial ou coluvial).

Figura 5: Perfil de solo exposto apresentando horizontes; rocha matriz; matéria orgânica e ação do

intemperismo: pode-se ver claramente nesta imagem a ação de raízes e da água. Centro Polítécnico.

Curitiba – PR. Fonte: BOBKO, 2011

Tempo: A priori, o inicio da formação do solo acontece quando uma

rocha sã começa ser alterada ou, um evento de sedimentação se encerra e a partir

daí começam a ocorrer os processos de formação do solo. Mas como existe a

erosão atuando no sentido contrário a pedogênese, é difícil precisar o inicio exato da

formação do solo. O uso do termo idade em pedologia normalmente está associado

à maturidade, ao desenvolvimento do solo e não ao tempo cronológico.

19

Figura 6: Perfil de solo maduro. Parque Italiano – Butiatuvinha. Curitiba - PR. BOBKO, 05/2011

Portanto, quando argumentamos que um solo é jovem, isto significa

que a sua pedogênese foi pouco intensa. Condições de relevo, clima frio ou seco,

taxa de erosão entre outros fatores podem interferir na formação do solo,

proporcionando maior ou menor a taxa de pedogênese. Em relevo acidentado, pode-

se originar solo pouco espesso, minerais passíveis às ações de intemperismo. Já

quando o solo é muito profundo, ou seja, as ações foram mais intensas, é chamado

de velho ou maduro.

4.1. ATIVIDADES

1. Pesquise quais agentes físicos, químicos e biológicos atuam para a formação

do solo. Introduzam em sua pesquisa duas imagens: uma de solo jovem e

outra de solo maduro. Monte um pequeno painel. Apresente suas reflexões

ao professor. Guarde o painel para a exposição.

2. Cabe a você, caro leitor, pesquisar a ação do relevo na formação do solo.

Apresente os resultados da pesquisa ao professor.

20

4.2. PROCESSOS ELEMENTARES NA FORMAÇÃO DO SOLO

São todos aqueles que produzem as modificações que ocorrem no

solo, devido à atuação dos fatores de formação do solo. Consistem da adição,

remoção, perda, transformação e deslocação.

Adição: Compreende qualquer contribuição externa ao perfil do solo, como a

adição de matéria orgânica como restos de animais e vegetais; poeiras,

cinzas trazidas pelos ventos; material aluvial; gases, adubos, corretivos

agrícolas, agrotóxicos, adição de solutos pelas chuvas, entre outros.

Remoção ou perda: Compreende as perdas de gases, líquidos ou sólidos,

sofridos por uma determinada porção do solo, podendo ser em profundidade

ou na superfície. As primeiras compreendem a exportação de nutrientes pelas

colheitas, perdas nas queimadas, por erosão hídrica ou eólica. As perdas nas

profundidades compreendem a lixiviação de solutos pelo lençol freático.

Translocação: É caracterizada pelo transporte de materiais de um local para

outro dentro do perfil do solo. Ex: deslocamento de argila e/ou solutos de um

horizonte para dentro do seu perfil. Preenchimento de espaços deixados

pelas raízes decompostas, cupins, minhocas, formigas, entre outros.

Transformação: São todos os processos que consistem na transformação

física, química ou biológica dos elementos constituintes dos solos,

envolvendo síntese e decomposição. As transferências físicas incluem

quebras de agregados, compressão provocada pelo desenvolvimento de

raízes etc. Já as transformações químicas, consistem dos processos de

intemperismo.

4.3. PROCESSOS ESPECÍFICOS NA FORMAÇÃO DO SOLO

Latossolização: É o processo específico na formação do solo tipo Latossolo,

no qual sobressaem os processos de remoção e transformação da argila.

Podzolinização: É caracterizado pela translocação de argila e de compostos

organo-minerais, dentro do perfil. Exemplos: Argilosos, espodossolos,

lumissolos, planossolos.

21

Salinização ou halamorfismo: É todo o processo específico na formação

dos solos que apresentam adições de sal nos seus perfis, como gleissolos,

planossolos. Os solos que encontramos no Nordeste brasileiro e no Pantanal

mato-grossense são exemplos típicos.

Hidromorfismo: Neste processo de formação, alguns horizontes do solo

estão sujeitos a ação contínua ou durante a maior parte do tempo, a vários

processos como temperatura: são as transformações de minerais passíveis

de redução e a somatória de matéria orgânica que se acumula devido menor

troca de decomposição, exemplos: solos aluviais.

4.4. ATIVIDADES

1. Observe a imagem abaixo e explique os processos que ocorrem com o solo.

Figura 7: Esboço de formação do solo, por Cirineu BOBKO em 06/2011. Baseado em: LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio, (1998)

2. Aponte as diferenças entre salinização e latossolização.

______________________________________________________________

______________________________________________________________

3. Quais são as principais práticas agrícolas ou econômicas que afetam a

formação e transformação dos solos?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

22

4.5. PRINCIPAIS SOLOS EXISTENTES NO PARANÁ- SEGUNDO MANUAL DA

EMBRAPA

Latossolos: Ocupam cerca de 30% do espaço paranaense e por se

encontrarem quase que totalmente cultiváveis estes solos são considerados como

os mais importantes do estado. São solos maduros, profundos, com elevado teor de

argila, cuja rocha matriz é o basalto. Apresentam-se na cor vermelha e também são

conhecidos como terra roxa. São ótimos para a produção de café soja e outros

cerais. Classificam-se em: Latossolo Roxo, Latossolo Bruno, Latossolo Vermelho

Escuro de textura argilosa, Latossolo Vermelho Escuro de textura média, Latossolo

Vermelho amarelo, Terra Roxa estruturada, Terra Bruna estruturada.

Podzólicos: A principal limitação ao seu uso diz respeito baixa reserva

de nutrientes, aliadas à presença de teores elevados de alumínio trocável. Uma vez,

porém neutralizada a sua acidez e corrigida a sua deficiência de nutrientes, se

adapta a qualquer tipo de cultura. Classificam-se em: Podzólico Vermelho-amarelo

de textura média argilosa, Podzólico Vermelho-amarelo de textura arenosa média,

Podzólico Vermelho-amarelo abrúptico de textura médio/argilosa, Podzólico

Vermelho-amarelo abrúptico de textura arenosa/média. Ocupam 5.05% das terras

do Paraná, principalmente com o cultivo de cana-de-açúcar e cítricos, entre outros.

Brunizém avermelhado: O solo deste grupo ocorre no terceiro

planalto paranaense, nos municípios de Doutor Camargo, Nova Cantu, Capanema,

Santa Izabel do Oeste e ocupa cerca de 2.25% do espaço. Servem para a cultura de

subsistência.

Solos hidromórficos Gleizados: Ocorrem no Primeiro e no Segundo

Planaltos do Paraná, nas áreas planas e mal drenadas das várzeas dos rios Iguaçu,

Iapó, Tibagi, ocupando uma área de 2.003 quilômetros quadrados, cerca de 1.01%

da superfície do Paraná. A rizicultura é uma das atividades introduzidas nesse solo.

23

Figura 8: Solo Hidromórfico em área de conservação – Centro Politécnico. Curitiba –

PR. FONTE: BOBKO Maio/ 2011.

Solos aluviais: Ocorrem, em relevo plano, próximos aos vales dos

rios.

Figura 9: Área de várzea preservada, com solo aluvial. Entretanto, observa-se ao lado direito da

imagem a ação antrópica com a impermeabilização do solo. Colégio Estadual Pinheiro do Paraná.

Curitiba – PR. Fonte: BOBKO Maio/2011

24

Ocorrem nos vales do Ivaí, Paraná, Paranapanema, ou ocupam partes

de áreas de algumas ilhas fluviais. Distribuem-se por uma área de 1350 quilômetros

quadrados, o que equivale a 0.68% do Estado. Serve principalmente ao cultivo de

arrozais.

Solos Litólicos: Ocorrem em quase todo o estado em áreas mais

dissecadas do relevo acentuado e montanhoso. Ocupam 29.898 quilômetros

quadrados, o que corresponde a 14.9% do Paraná. Classificam-se em: Solo litólico

com A Chernozênico, Solo Litólico com A proeminente, Solo Litólico com A

proeminente húmico, Solo Litólico com A moderado e sua caracateristica econômica

é a agricultura familiar.

Cambissolos: Por ocorrer em locais muito declivosos e quase sempre

associados a solos mais rasos e pedregosos, a mecanização da lavoura é quase

inviável nessas áreas. Classificam-se em: Cambissolos com A chernozênico,

Cambissolos com A predominante húmico, Cambissolo com A moderado. Ocupam

cerca de 2.63% do nosso estado. As principais atividades econômicas dessas áreas

são: reflorestamento, pecuária, extrativismo e para cultura de subsistência.

4.6. ATIVIDADES

1. Fazer uma feira com os produtos agrícolas produzidos em cada tipo de solo

do Paraná.

2. Elaborar painéis com os tipos de solo, seus nomes, características principais,

bem como seu uso na economia.

5. DEGRADAÇÃO DOS SOLOS

A degradação dos solos já afeta cerca de 16% de todas as terras

agrícolas no mundo e a cada ano cerca de seis milhões de hectares de novas áreas

se tornam degradadas. Para compensar estas perdas e para acompanhar este

crescimento de demanda por mais alimentos (agricultura e pecuária), novas áreas

naturais são pressionadas e ocupadas com a produção agrícola, especialmente no

Brasil com o ciclo da soja (novas fronteiras agrícolas). Este processo ocorreu nas

décadas passadas no Estado do Paraná, especialmente nas regiões Oeste,

Sudoeste, Noroeste, Norte. Atualmente, no Brasil esta busca por novas áreas

agrícolas avançam por vários lugares, como MATOPIBA. (Você já ouviu falar sobre

25

MATOPIBA? Pesquise significados e imagens para o cartaz).

A maneira mais comum de degradar o solo é por meio do trabalho

erosivo induzido pela atividade humana.

Em condições naturais, ou mesmo quando as coberturas vegetais e as

suas respectivas raízes estruturam fisicamente o solo, protegem-no da ação dos

ventos e da água e mantém a sua umidade e os nutrientes necessários ao

desenvolvimento da vegetação, seja ela natural ou plantada. Já o processo erosivo

tem origem na retirada da vegetação primária protetora do solo, vindo a se efetivar

diante das táticas nocivas das atividades humanas como: agricultura, pecuária,

desflorestamentos, queimadas, sem qualquer critério de conservação e manejo dos

Solos. Essas práticas ocorrem em vários locais.

Figura 10: Solos em processo erosivo – Pátio do Colégio Estadual Pinheiro do Paraná.

Curitiba – PR. Fonte: BOBKO Maio/2011

26

5.1. ATIVIDADES

1. Pesquisa em grupos: Faça uma busca em vídeos, (na Internet), sobre as

queimadas ocorridas neste ano no Brasil com destaque para o Brasil Central.

Concomitantemente, pesquise sobre técnicas adequadas para realizar

queimadas e técnicas para a conservação do solo. A pesquisa deverá ser

gravada em pen drive, no formato adequado para a TV multimídia e

posteriormente apresentada para os alunos da turma na data marcada pelo

professor. (combine com o professor a duração de cada apresentação, de 15

a 30 minutos cada).

5.2. COMO A DEGRADAÇÃO DOS SOLOS AFETA O TURISMO?

Embora os solos em si não sejam o elemento atrativo natural direto do

turismo, a sua qualidade e conservação se constituem em recursos básicos para a

produção de alimentos e ao desenvolvimento socioeconômico de muitas regiões e

investidores. O Cinturão Verde ou a Linha do Turismo de São José dos Pinhais,

Colombo, Araucária, Campo Magro, Almirante Tamandaré, no Paraná, atrai muitos

turistas pelas paisagens e produtos orgânicos produzidos nos solos destas

propriedades.

27

Figura 11: Solo urbano com as ações antrópicas Parque Italiano

Butiatuvinha – Curitiba - PR. Fonte: BOBKO Maio/2011

Neste caso, a degradação dos solos produtivos afugenta os produtores

e ao mesmo tempo os turistas, levando ao aumento da marginalização social,

comprometendo as atividades produtivas e a permanência de recursos humanos

capacitados para servirem ao turismo. Esse fato desqualifica essas regiões e as

afasta dos principais fluxos turísticos. Como exemplo, se pode lembrar os

deslizamentos de terra que ocorreram em Morretes, Antonina, Paranaguá no Paraná

no verão do ano de 2011.

28

Figura 12: Solo com ações antrópicas em área urbana. Em primeiro plano ressalta-se um gramado para

práticas esportivas e ao fundo se observa a Formação Guabirotuba. Centro Politécnico. Curitiba - PR.

Fonte: BOBKO Maio/2011

Com isto, ao mesmo tempo em que o turismo priva-se de atrativos

potenciais, regiões perdem uma importante via de desenvolvimento e renda por

meio do turismo. O uso inadequado do solo em local turístico acarreta graves

problemas ambientais. O desgaste erosivo em trilhas e caminhos usados de forma

não planejada no Parque Turístico de Vila Velha - Ponta Grossa no Paraná provocou

a aceleração do processo de degradação com o aparecimento de sulcos sobre as

rochas areníticas do local.

5.3. ATIVIDADES

(cada grupo deve escolher um dos três temas a seguir)

1- Faça uma pesquisa sobre o Caminho do Vinho de São José dos Pinhais e

Colombo (Paraná), apresentando características do relevo, do solo e a

importância desses elementos para o turismo.

2- Procure em revistas e jornais de circulação local, (janeiro de 2011) fatos ou

notícias sobre os Deslizamentos que ocorreram no litoral Paranaense. Leve

para a sala na data marcada pelo professor para um debate. Os grupos

deverão elaborar painéis com o material. Após a apresentação na sala, os

painéis devem ser reservados para a exposição.

29

3- Que tal uma caminhada com a sua “galera” num final de semana? Essa é

uma proposta para fazer acompanhado pelos pais ou responsáveis, a fim de

conhecer as áreas que foram atingidas pelos deslizamentos. Anote os

problemas, tire fotografias, e, se tiver um blog, anexe e peça discussões e

fóruns sobre o tema entre os colegas da turma. Leve os resultados para um

debate com o professor. Essa atividade pode ser substituída por uma

pesquisa em Internet (vídeos e imagens) e posteriormente apresentada na TV

multimídia, para ser debatida em sala com os demais colegas e professor.

6. A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS DE MANANCIAIS

No processo de crescimento e horizontalização, as cidades foram

invadindo as áreas de mananciais que outrora estavam isoladas e distantes da

ocupação antrópica. Também é necessário frisar que toda esta ação urbanizadora

ocorre sempre numa bacia hidrográfica e, vai afetar a qualidade da água de um

determinado manancial.

Quando a urbanização acontece próximo ao desenvolvimento de uma

área industrial, distante de um espelho de água principal, mas, com grande

capacidade de poluição, proporciona, portanto, uma inclinação de degradar

integralmente este potencial. É necessário que a população entenda que existe uma

normatização para todo o tipo de uso e ocupação dos solos próximos das áreas de

mananciais e bacias hidrográficas, especialmente das bacias, cujos cursos de águas

formam os mananciais que abastecem as populações. (Texto alterado e com

adaptações. Fonte: Paulo Massato Yoshimoto: Engenheiro da SABESP-SP.

[sem data]).

Observe a imagem a seguir que mostra a ocupação de uma área de

manancial:

30

Figura 13: Área de várzea preservada, com solo aluvial. Ao lado do Colégio Estadual Pinheiro do Paraná. Curitiba – PR. Fonte: BOBKO Maio/2011

No caso do nosso local de estudo “entorno escolar”, você leitor sabia

que estamos no limite da área de manancial do Rio Passauna, responsável pelo

abastecimento da água do seu bairro? O uso inadequado da área juntamente com o

assoreamento dos rios, poderá trazer sérios problemas ambientais a curto e médio

prazo. Os mananciais são fonte de onde se retira a água para o abastecimento das

populações e outros usos, seja para a atividade industrial, prática agrícola, etc.

Segundo a legislação federal, consideram-se como áreas de

mananciais todo o corpo de água interior subterrânea, superficial, fluente,

emergente, ou em depósito, efetiva ou potencialmente utilizável ao abastecimento

populacional. Portanto não há possibilidade de ocorrer desenvolvimento harmônico

sem a manutenção da qualidade e manutenção da água.

31

Figura 14: Área de várzea preservada, com solo hidromórfico. Pátio do Colégio Estadual Pinheiro do Paraná. Curitiba – PR. Fonte: BOBKO Maio/2011

A disponibilidade desse recurso é um dos principais fatores limitantes

do progresso. Desta forma, quando delimitamos uma bacia hidrográfica e uma área

de abastecimento, salientamos que todos os demais usos, incluindo a utilização dos

solos próximos deste entorno deve ser cuidado, de maneira a garantir a

disponibilidade da prática agrícola e o uso da produção da água com qualidade.

Porém, atualmente a grande maioria de áreas de mananciais encontra-se

deterioradas ou comprometidas.

As principais consequências podem afetar a vida humana, como a

poluição das águas e o comprometimento da saúde e da qualidade de vida no meio

ambiente, a extinção dos mananciais ou desaparecimento de fontes e nascentes, o

assoreamento de cursos d’água da bacia hidrográfica, a redução da capacidade

agrícola do solo próximo do entorno.

O desenvolvimento urbano é uma das principais causas da degradação

dos mananciais. O aparecimento de loteamentos irregulares em locais de aclives em

periferias de cidades, sem qualquer infra-estrutura urbana, acaba produzindo desde

esgotos, que são despejados nos rios, com materiais orgânicos, coliformes fecais,

lixo doméstico, até agrotóxicos de plantações próximas aos mananciais. Desta

32

forma, não só a qualidade, mas também as possibilidades de uso destas águas

ficam prejudicadas. Além disso, os recursos hídricos estão sendo comprometidos

por desequilíbrio ambiental resultantes do desmatamento e do uso incorreto dos

solos próximos das bacias hidrográficas.

O crescimento urbano em áreas de mananciais gera a

impermeabilização do solo, remoção florestal, acúmulo de lixo e esgoto e a

localização de aterros sanitários em áreas mananciais. Ocasiona também a redução

do preço das terras próximas ao entorno e a baixa qualidade de vida dos seus

habitantes.

Os problemas rurais são também contribuintes pela expansão agrícola

das novas fronteiras, onde os impactos ambientais aparecem por meio da utilização

das queimadas e pela derrubada das matas (arrastão ou da corrente). A magnitude

deste impacto está relacionada ao uso e manejo dos solos, pela expansão agrícola e

pelas novas tecnologias do mundo rural. De maneira geral, a prática agrícola

incorreta está auxiliando na degradação das áreas de mananciais. A erosão esta

associada à utilização indiscriminada de agrotóxicos, de adubos nitrogenados e de

práticas erradas do manejo do solo. Todos esses fatores acarretam agentes

contaminantes no solo e na água.

Estes problemas não acontecem isoladamente. Há uma interação entre

usos dos solos urbanos e rurais na degradação das áreas de mananciais e na

qualidade da água consumida nas cidades. A utilização correta dos solos próxima

destas áreas possibilitará a redução destes impactos e o equilíbrio do meio

ambiente. (Texto com adaptações e modificações baseado em: Equipe técnica

de Mogi das Cruzes, SP/2010).

6.1. ATIVIDADES

1. Localizar no mapa da sua cidade uma área de manancial e pesquisar os

problemas ambientais relacionados ao uso do solo e qualidade da água deste

local.

.

33

7. A OCUPAÇÃO DOS SOLOS, RISCOS E SEGURANÇA

O arquipélago do Japão, um país montanhosos, já sofreu inúmeros

prejuízos, com as enchentes frequêntes, tsunamis, desmoronamentos. O povo

japonês aprendeu com estas calamidades e hoje existe uma política de uso e

ocupação do solo, de forma inteligente, o que minimiza os prejuízos e mortes.

Pensando assim, os fundos de vales são mantidos como locais de áreas verdes

conservadas e há um manejo florestal cuidadoso nas encostas dos Alpes

Japoneses. Em pontos críticos foram realizadas obras de engenharia para a

contenção de encostas e morros.

No Brasil, a preservação de áreas frágeis e vulneráveis como (as APAs - áreas de

preservação ambiental), sejam públicas ou particulares, parques, áreas verdes,

fundos de vales, reduzem os prejuízos econômicos e sociais causados por chuvas

em maior grau de torrencialidade. Essas chuvas encharcam o solo e aumenta o seu

peso, o que leva num determinado momento, que ela se desloque dos morros e

encostas, indo abaixo, ocasionando catástrofes, como aquelas que ocorreram no

Brasil recentemente.

Com as mudanças climáticas, acredita-se que nos últimos anos, as

preocupações ambientais são algumas das principais dimensões da segurança

humana. Eventos climáticos extremos associados ao ciclo hidrológico tais como:

estiagens, furacões, tsunamis, enchentes, temporais, entre outros, tendem a ocorrer

com maior grau de intensidade e freqüência, ocasionando mais locais de risco,

maiores prejuízos econômicos e perdas de vida humana.

A avaliação do risco ambiental de inundação, de deslizamento de

encostas bem como a construção de mapas de vulnerabilidade das áreas de risco,

são maneiras de evitarmos o uso de áreas sujeitas a elevados calamidades. Muitas

áreas até então consideradas seguras passam a ser perigosas. A sua ocupação e

utilização deve ser realizada de maneira cuidadosa para evitar danos e prejuízos,

doenças e mortes correlacionadas às catástrofes como aquelas que aconteceram na

região serrana do Estado do Rio de Janeiro.

A ocupação de áreas de risco decorre por falta de políticas públicas

responsáveis pelo bom uso e conservação do solo. Em favelas ou comunidades

urbanas localizadas em áreas favoráveis ao deslizamento de encostas, enchentes e

inundações, sempre há vítimas fatais, sem contar os prejuízos emocionais, sociais e

34

econômicos que tais situações acarretam nas vidas das pessoas. As populações de

menor poder aquisitivo estão mais expostas e são as mais prejudicadas,

principalmente por causa da falta ou precariedade de infra-estrutura como a

distribuição de água e saneamento básico ou outros serviços públicos.

No Brasil, segundo a Constituição Federal, cabe aos municípios a

responsabilidade de elaborar leis do uso de ocupação do solo rural e urbano. Mais

isto ainda ocorre de maneira lenta. (Texto com alterações e adaptações, extraído

do Jornal Lavras 24 horas do dia 04/01/2010, do jornalista Maurício Andrés).

8. OS IMPACTOS DA ATIVIDADE AGRÍCOLA

A produção de alimentos é atualmente um dos maiores desafios da

humanidade no século XXI. A agricultura atual produz alimentos para uma

população superior a seis bilhões de pessoas em todo o mundo. O crescimento

populacional elevado tem feito com que o ser humano consuma quase tudo aquilo

que a atividade agrícola produz e tem para oferecer.

Com uma população em permanente processo de elevação, é quase

uma utopia imaginarmos uma produção de alimentos sem causar impactos ao meio

ambiente e aos solos. Os impactos causados pela ação antrópica são inúmeros,

porém, é possível frear este avanço. O ideal é que daqui em diante, os estudos e

pesquisas consigam descobrir mecanismos que evitem a degradação e a exaustão

dos solos.

Entre os principais impactos criados pela atividade agrícola podem-s

destacar:

Desmatamento: a derrubada de matas nativas e a sua queima,

apesar, da aparente fertilidade ocasiona a laterização dos solos e o seu rápido

empobrecimento.

Erosão: é a perda das camadas dos solos ocasionada pelo uso

exaustivo e muitas vezes inadequado dos solos, associado com as chuvas em

demasia e os ventos. Esta perda está ocasionando o deslocamento das camadas

superiores dos solos, chegando até as rochas. O material que escorre com as

chuvas, soterra ou encobre leitos e córregos, além de mananciais e nascentes de

água potável. A utilização crescente da pecuária extensiva em áreas frágeis

ocasiona o pisoteamento causando a decomposição acelerada de minerais e

35

rochas, o que auxilia no processo de desertificação, fazendo com que nenhuma

planta possa sobreviver nestes locais, exemplos que já estão ocorrendo nas áreas

de pastagens no interior gaúcho.

Descarte de resíduos: O descarte de fezes e dejetos da pecuária

confinada associada à criação de suínos, em muitos locais ocasiona a saturação de

matérias que contribuem ao empobrecimento dos solos, apesar da elevada

quantidade de húmus.

8.1. ATIVIDADES

1. Quais são as diferenças que vocês conhecem entre produção

comercial tradicional e a produção de produtos agrícolas chamados

orgânicos? Quais são as vantagens do uso destes produtos na

nossa alimentação? Você saberia explicar o que é um produto

transgênico?

9. CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS URBANOS

Grande parte dos solos localizados em áreas urbanas, especialmente

nas grandes e médias cidades, já sofreram alguma forma ou inúmeras formas de

degradação.

O tráfego intenso de veículos, pedestres, máquinas, caminhões entre

outros, ocasiona o que os pedólogos chamam de compactação, que é a diminuição

dos espaços porosos no solo, os quais são muito importantes para a penetração das

raízes, da água e do ar. A redução da porosidade dificulta o enraizamento das

plantas e constitui um obstáculo para que estas atinjam camadas mais profundas

dos solos, dificultando a fixação das árvores, o que facilita a sua queda pela força

dos ventos especialmente na época das grandes chuvas, fenômeno corriqueiro nas

cidades com muita compactação dos solos.

Os solos urbanos sofrem distúrbios e mudanças que contribuem para

diminuir a sua habilidade natural em suportar o desenvolvimento e crescimento das

plantas. As alterações mais comuns são:

Tráfego ou movimentação de pedestres, máquinas e caminhões, ocasionando

a redução do índice de porosidade do solo, decréscimo de aeração,

36

capacidade de infiltração e armazenamento de água; acúmulo da resistência

à penetração das raízes; distúrbios na atividade e desenvolvimento dos

organismos que vivem no sol; alteração da temperatura e umidade do solo.

Estas e outras características têm fundamental importância no crescimento

das raízes e das plantas.

Restos de materiais utilizados nas construções civis são adicionados aos

solos urbanos, sendo também comum a presença desse tipo de resíduo

urbano em aterros clandestinos ou depósitos de lixo industrial. A queima de

pneus, que resulta em fumaça altamente tóxica ao homem também interfere

na qualidade do solo. Do mesmo modo, é o caso do lixo hospitalar, sobras de

pilhas de celulares, de automóveis, entre outros resíduos. Todos esses

descartes contribuem para a degradação dos solos urbanos.

Esses fatores aliados à horizontalização crescente das cidades,

fenômeno que está ocorrendo nas últimas décadas, contribuem para as inundações

e enchentes em reduzido espaço de tempo. Observe a foto a seguir que apresenta

uma ação simples e eficiente para auxiliar a conservação de um solo que foi

totalmente desmatado para dar lugar à construções humanas:

Figura 15: Uso de gramíneas para a conservação de solo em área urbana. Centro Politécnico. Curitiba - PR. Fonte: BOBKO Maio/2011

37

As alterações na formação e compactação dos solos urbanos são

provocadas pelo ser humano. Esse fenômeno é chamado de urbanização e

industrialização. A especulação imobiliária ocasiona modificações nas propriedades

naturais dos solos que perdem a capacidade de suportar o desenvolvimento das

plantas, assim como para armazenagem e filtração das águas das chuvas, evitando

enchentes, erosões, deslizamentos e contaminação do lençol freático. (Texto com

alterações e adaptações baseado em: O solo no meio ambiente, de Valmiqui

Costa Lima: UFPR- 2007).

9.1. ATIVIDADES

1. Pesquisar sobre a lei do uso do solo urbano da cidade.

2. Localizar no mapa do município, as áreas de risco e fundos de vale.

3. Pesquisar na mídia escrita, notícias relacionadas às catástrofes que

ocorreram no Brasil no Verão de 2011.

4. Motivar as pessoas de sua convivência para a importância da preservação do

solo em sua moradia, bairro, pátio e entorno escolar, alertando para a não

deposição de elementos nocivos aos solos, por meio de vídeos, reportagens

e exposições de cartazes na escola.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Brasília: EMBRAPA, 1986. 36 p.

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CNPS/EMBRAPA, 1997. 212 p.

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LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia Geral. São Paulo:

Companhia Editora Nacional, 13ª ed. 1998.

LIMA, Valquimi Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de. Formação do solo in: O solo no

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