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CIRCULAR N.° 128 ISSN 0100-3356AGOSTO/2003

SUGESTÃO DE ADUBAÇÃO E CALAGEM PARACULTURAS DE INTERESSE ECONÔMICO NO

ESTADO DO PARANÁ

Coordenação:Edson Lima de Oliveira

INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - LONDRINA - PR

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INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ

VINCULADO A SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO

Rodovia Celso Garcia Cid, km 375 - Fone: (43) 3376-2000 - Fax: (43) 3376-2101

Caixa Postal 481 - 86001-970 - LONDRINA-PARANÁ-BRASIL

Visite o site do IAPAR: http://www.iapar.br

PRODUÇÃOCoordenação Gráfica: Márcio Rosa de OliveiraArte-final: Sílvio Cézar Boralli / Capa: Tadeu K. SakiyamaImpresso na Área de Reproduções Gráficas

Todos os direitos reservados aoInstituto Agronômico do Paraná.É proibida a reprodução total ou parcial desta obrasem autorização prévia do IAPAR.

S947 Sugestão de adubação e calagem para culturas de interesseeconômico no Estado do Paraná / coordenação Edson Limade Oliveira. - Londrina: IAPAR, 2003.

30 p. (IAPAR. Circular, n° 128)

Inclui bibliografia.ISSN 0100-3356

I. Adubação — Paraná. 2. Calagem dos solos — Paraná.

3. Agricultura - Paraná. I. Oliveira, Edson Lima de.II. Instituto Agronômico do Paraná. III. Série.

CDU 631.8(816.2)633(816.2)

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SUMÁRIO

Pág.

INTRODUÇÃO.. 05

ALGODÃO.. 06

ARROZ DE SEQUEIRO 08

ARROZ IRRIGADO 09

CAFÉ 11CALAGEM E ADUBAÇÃO DO SUBSTRATO PARA PREPARO DEMUDAS 11CALAGEM E ADUBAÇÃO DE PLANTIO COVA/SULCO 11ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO 13CALAGEM E ADUBAÇÃO PARA CAFEEIRO EMPRODUÇÃO 14AVALIAÇÃO COM MICRONUTRIENTES 16

FEIJÃO 17

FRUTEIRAS DE CLIMA TEMPERADO

(MAÇÃ, PÊSSEGO E AMEIXA) 19

MANDIOCA 21

MILHO 22

MORANGO (CULTIVAR DOVER) 24

PASTAGENS .. 25

TRIGO 27

REFERÊNCIAS 29

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INTRODUÇÃO

O emprego de fertilizantes e corretivos para a produção agríco-la é uma tomada de decisão complexa no processo produtivo, devidonão só a interação entre o ambiente e.a cultura em exploração, maspor se tratar de um dos componentes mais elevados dos custos variá-veis.

A recomendação de fertilizantes e corretivos através da análisede solos baseia-se fundamentalmente no conhecimento da relação e-xistente entre a disponibilidade de um determinado nutriente no solo,medida por extrator químico, e a resposta da planta à aplicação destenutriente. A partir deste conhecimento é possível estabelecer classesde teores do nutriente no solo para as quais se determina à quantida-de do nutriente a ser, aplicada para uma determinada cultura, visandoa obtenção da máxima eficiência econômica da atividade.

Este trabalho contém sugestões básicas para recomendação defertilizantes e calagem para as principais espécies de interesse eco-nômico cultivadas no estado do Paraná. Ele é resultado de uma con-densação e atualização de informações esparsas publicadas peloIAPAR em boletins, circulares técnicas ou informes de pesquisa rela-cionados à culturas específicas ou divulgadas através de artigoscientíficos.

Salientamos, no entanto, que estas informações devem norteara recomendação de adubação, mas não devem ser utilizadas isolada-mente. A decisão final sobre a utilização de fertilizantes e corretivospara uma cultura deve, também, levar em consideração informaçõescomplementares sobre as condições gerais de uso da área em estudo,prestadas pelos produtores aos agentes da assistência, para que osbenefícios de uma recomendação criteriosa de fertilizantes e corretivospossam ser otimizados

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ALGODÃO

Antonio Costa

Calagem: Aplicar calcário quando a saturação por bases, indicadapela análise do solo, for inferior a 60%, usando o índice de 70% paracálculo da quantidade de corretivo a ser aplicada. Reavaliar a necessi-dade de calagem a cada três anos.

Nitrogênio: a adubação nitrogenada deve ser parcelada, aplicando-separte da dose na semeadura, até 20 kg ha-1, e o restante em cobertura.O parcelamento poderá ser realizado em uma única cobertura na fasede desenvolvimento da cultura correspondendo aos estádios B1 (quan-do o primeiro botão floral se torna visível) e B3 (botão floral do terceiroramo frutífero se torna visível), aplicando-se de 20 a 60 kg ha-1 de N.Em solos cultivados sucessivamente e adubados freqüentemente comfósforo e potássio, bem como em rotações e sucessões de culturas queincluam gramíneas como milho, trigo e aveia preta, deve-se usar adose mais alta de nitrogênio. O nitrogênio pode ser aplicado em meno-res quantidades quando o algodoeiro for cultivado em rotação e suces-são de culturas com leguminosas. Complementarmente, o nitrogêniopode ser aplicado em pulverizações foliares, em concentrações de uréiaque não ultrapassem a 5%, juntamente com as aplicações para contro-le de pragas.

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A recomendação de potássio acima deverá ser aplicada por oca-sião da semeadura. Nos solos de textura arenosa recomenda-se, paraas classes baixa e média de teores de potássio no solo, aplicação de 20a 40 kgha-1 de K2O em cobertura no solo, na fase de desenvolvimentoda cultura correspondendo aos estádios B1 e B3, juntamente com onitrogênio.

Enxofre: em solos arenosos ou pobres em matéria orgânica e em solosfreqüentemente adubados com fórmulas de fertilizantes concentradas,recomendá-se a aplicação de 20 a 40 kg ha-1 de S. A aplicação poderáser efetuada no sulco de plantio ou em cobertura de solo, juntamentecom a aplicação do nitrogênio.

Boro: em solos arenosos corrigidos com uso constante de fertilizantesformulados ou com baixos teores de matéria orgânica pode-se aplicar1,0 a l,5kg ha-1 de B, por ocasião do plantio.

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ARROZ DE SEQUEIRO

Antonio Costa

Calagem: Aplicar calcário para elevar a porcentagem de saturação porbases a 50%. Não aplicar mais do que 3,0 t ha-1. Reavaliar a necessi-dade de calagem a cada três anos.

Nitrogênio: A adubação nitrogenada deve ser parcelada, aplicando-se10 kg ha-1 de nitrogênio por ocasião da implantação da cultura e 30kg ha-1 de nitrogênio no período compreendido entre perfilhamento einício do primórdio floral. Caso as plantas apresentem nessa fase umdesenvolvimento vegetativo vigoroso e coloração verde intensa, essaadubação de cobertura pode ser dispensada.

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ARROZ IRRIGADO

Antonio Costa

Calagem: Aplicar calcário para elevar a porcentagem de saturação porbases a 50%. Em sistemas em que o arroz irrigado é cultivado emrotação com cultivos de sequeiro, deve-se fazer a correção da área se-gundo as exigências dessas culturas. Reavaliar a necessidade de cala-gem a cada três anos.

Nitrogênio: A adubação nitrogenada deve ser parcelada, aplicando-se20 kg ha-1 de nitrogênio na semeadura e o restante no período com-preendido entre perfilhamento e início do primórdio floral. A aplicação,de nitrogênio em cobertura deve considerar, dentre vários fatores oporte do cultivar e o manejo da água de irrigação, conforme descrito natabela abaixo.

Evitar o emprego de fertilizantes nitrogenados na forma nítrica.Quando o arroz é cultivado em várzea úmida pode-se utilizar tanto aforma nítrica como a amoniacal ou uréia. Se for viável economicamen-te, drenar o terreno antes da aplicação das coberturas nitrogenadas einundar a área logo após a aplicação do fertilizante.

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CAFÉ

Júlio César Dias Chaves

SUBSTRATO PARA PREPARO DE MUDAS

Calagem: Multiplicar o teor de H + Al (cmolc dm-3) encontrado na aná-lise de solo por 0,5. O valor encontrado equivale a kg de calcário a seraplicado por metro cúbico de solo. Observar que o valor obtido é paracalcário com PRNT de 100%.

Adubação fosfatada e potássica: Aplicar 500 g de P2O5 e 420 g deK2O por metro cúbico de solo argiloso e 400 g de P2O5 e 210 g de K2Opor metro cúbico de solo arenoso.

PLANTIO COVA/SULCO

Calagem: A quantidade de calcário é determinada com base nos teoresde cálcio e magnésio do solo, conforme tabela abaixo.

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CAFEEIRO EM PRODUÇÃO

Calagem: O método para quantificar a necessidade de calcário (NC) édo saturação por bases para elevação do V % = 60 % , ou seja:

NC = [ (V2 - V1) x T]/PRNT

O calcário deve ser aplicado conforme o sistema de plantio. Asdoses não devem ser muito altas em uma única aplicação. Admite-seque a quantidade de calcário para aplicação de uma só vez em soloarenoso não deva ultrapassar 1,2 t ha-1 (0,12 kg/m2) e em solo argiloso2,0 t/ha (0,20 kg/m2). Se a necessidade for muito alta e levar por hi-pótese 3 anos para a aplicação total, deve-se realizar nova amostragemde solo antes da terceira aplicação com o objetivo de reavaliar a neces-sidade de calcário.

A forma de fornecimento também deve ser modificada. Em sis-temas de plantio tradicional e medianamente adensado, o calcário de-ve ser calculado e aplicado em área parcial (na zona de maior influên-cia do. sistema radicular das plantas). Neste caso deve-se calcular aárea ocupada por uma planta e multiplica-la pelo número de plantasha-1 para se chegar à área efetiva de calagem. Com isso, as quantida-des diminuem significativamente. Se houver interesse em cultivo inter-calar , o calcário poderá ser aplicado em área total. A área do cafeeiroem sistema tradicional pode ser calculada, da seguinte forma: A = R2

e no sistema medianamente adensado com adensamento na linha: A =ØC , onde R é o raio da "saia" do cafeeiro; 0 é o diâmetro da saia e C éa distância entre as plantas na linha. Assim, uma lavoura espaçada de4,0 m x 2,5 m que tenha um raio (R) de "saia" igual a 1,1 m terá área(A) = 3,80 m2 . Outra lavoura espaçada de 2,5 m x 1,0 m que tenhaum diâmetro (Ø) de "saia" igual a 1,9 m, terá área (A) = 1,9 x 1,0 = 1,9m2. Nos sistemas adensado e superadensado o calcário deve ser apli-cado em área total.

Em síntese, a calagem para produzir melhores efeitos, necessi-tará ser aplicada em doses pequenas e anualmente, utilizando-se amesma tecnologia de aplicação dos fertilizantes. Pará se conhecer adose de calcário por planta, basta multiplicar a quantidade por m2 emultiplicar pela área ocupada pela planta.; após, multiplica-se a quan-tidade de cada planta pelo número total de plantas por área, para sesaber quanto será utilizado por hectare, por exemplo.14

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Nitrogênio e enxofre: Estas adubações não levam em conta a análisede solo. A necessidade de adubo (NA) é composta pela necessidade donutriente para vegetação (AV) e frutificação (AF) e o aproveitamento donutriente (AN), conforme a fórmula: NA = (AV + AF) x 100/AN. Em re-lação ao enxofre, deve-se tomar o cuidado de utilizar sempre que pos-sível os fertilizantes superfosfato simples e sulfato de amônio que con-têm quantidades significativas do nutriente. Complementar, senecessário, com gesso. .

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Os índices 1,20; 1,15 e 1,10 utilizados para compor a adubação final para os teoresmais baixos de P e K extraível do solo refere-se a adubação corretiva. Esta adubaçãoserve para adicionar uma quantidade extra de fertilizante, no sentido de colocar o teordo nutriente em uma faixa mais elevada. NA significa não adubar.

MICRONUTRIENTES

A aplicação de zinco deve ser feita preferencialmente através dapulverização foliar no período de outubro a fevereiro. Geralmente duasa três aplicações de solução com sulfato de zinco a 0,5 % (5 g dm-3) sãosuficientes; se misturado ao cobre, elevar a concentração para 0,8 % (8g dm-3).

O cobre deve também ser aplicado através de pulverizaçõesfoliares. Os fungicidas para controlar algumas doenças, não têm per-mitido que ocorra deficiência deste nutriente; oxicloreto de cobre a 0,8a 1,0 % pode ser aplicado junto com outros micronutrientes.

Sugere-se que se faça anualmente (mês de janeiro) análisefoliar para se avaliar o estado nutricional do cafeeiro. Com esta análiseé possível tomar decisões de suspender, diminuir ou aumentar a dosede qualquer nutriente nos parcelamentos futuros, dependendo da car-ga pendente e do estado geral da lavoura.16

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FEIJÃO

Mauro Sanches Parra

Calagem: Aplicar calcário quando a saturação por bases, indicadapela análise do solo, for inferior a 60%, usando o índice de 70% paracálculo da quantidade de corretivo a ser aplicada.

Nitrogênio: Aplicar 15 a 20 kg ha-1 de N no sulco de semeadura e de30 a 60 kg ha-1 em cobertura aos 15 a 25 dias após a emergência dasplantas. As doses maiores são recomendadas para solos com maioresprobabilidades de resposta à adubação nitrogenada e lavouras queapresentem alto potencial produtivo. Para solos manejados sob condi-ções que proporcionem adequado suprimento de N sugere-se as meno-res doses ou até mesmo a omissão da adubação em cobertura.

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FRUTEIRAS DE CLIMA TEMPERADO(MAÇA, PÊSSEGO E AMEIXA)

Marcos Antonio Pavan

Calagem: aplicar calcário para elevar a saturação de bases do solo (V)para 70% quando esta for inferior a 60%.

Adubação nitrogenada, fosfatada e potássica: A adubação destasespécies é baseada nos teores de fósforo e potássio no sblo e no tecidovegetal, bem como na perspectiva de produção e é orientada para dife-rentes fases do ciclo da planta.

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MANDIOCAMário Takahashi

Calagem: Aplicar calcário quando a saturação por bases for inferior a60%, tomando-se este índice como referência para o cálculo da quan-tidade de corretivo a ser utilizada.Nitrogênio: Aplicar 40 kg ha-1 de nitrogênio 40 a 60 dias após a bro-tação das mudas. Em solos arenosos, a aplicação do nitrogênio pode-rá ser feita totalmente em cobertura. Em solos argilosos além destaforma é possível o parcelamento, aplicando-se metade da dose no sul-co de plantio e o restante em cobertura.

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MILHO

Edson Lima de Oliveira

Calagem: Aplicar calcário quando a saturação por bases, indicadapela análise do solo, for inferior a 60%, usando o índice de 70% paracálculo da quantidade de corretivo a ser aplicada.

Nitrogênio: Na safra normal, aplicar 20 - 40 kg ha-1 de N no sulco deplantio e de 60 a 120 kg ha-1 em cobertura dependendo da cultura deinverno e do potencial produção da lavoura. Caso o milho seja cultivadoem sucessão a leguminosas ou nabo forrageiro a adubação tanto debase quanto de cobertura pode ser diminuída, a critério do responsávelpelo projeto. Na safrinha, aplicar 15 kg ha-1 de N no sulco de plantio ede 30 e 45 kg ha-1 em cobertura para milho cultivado, respectivamente,em sucessão a soja e milho. Caso haja necessidade operacional de re-duzir a quantidade de N no plantio de ambas as safras, adicionar a dife-rença por ocasião da adubação nitrogenada em cobertura.

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MORANGO (CULTIVAR DOVER)

Marcos Antonio Pavan

Calagem: Utilizar o índice de 60% da capacidade de troca de cátionsdo solo como referência para a determinação da necessidade de cala-gem.

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PASTAGENSFelipe Marun

Os procedimentos para adubação e calagem, além de variáveis defini-das pela análise de solo, consideram ainda as espécies utilizadas con-forme os grupos descritos abaixo:

Grupo I - Capineiras de napier, Guatemala, cana, alfafa.Grupo II - colonião, coastcross, tifton, estrela.Grupo III - braquiárias humidícolas, brizanta; andropogon, hermartria.

Calagem: Recomenda-se a elevação da saturação por bases do solocultivado com as espécies do grupo I e II para 70% e para 50% para asespécies do grupo III.

Nitrogênio: Aplicar 100 kg ha-1 de N em cobertura para o grupo I, 80kg para o grupo II e 60 kg para o grupo III. A aplicação de N deve serparcelada entre 2 a 4 vezes dependendo da dose empregada. Quando apastagem estiver em formação, a primeira aplicação deverá ser feitaentre 30 e 60 dias após o plantio.

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Enxofre: Recomenda-se a aplicação de S em dose equivalente a 40%da quantidade de P2O5 utilizada no estabelecimento e na manutençãoda pastagem, quando os fertilizantes utilizados não fornecerem estenutriente.

Adubação orgânica: É recomendável a aplicação de 25 t ha-1 ano-1 deesterco para as espécies do grupo I quando utilizadas em capineiras.

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TRIGO

Antonio Costa

Calagem: Aplicar calcário quando a porcentagem em saturação porbases for inferior a 50%, calculando a quantidade do corretivo paraatingir 60% em saturação por bases. Usar as cultivares indicadas deacordo com a área de abrangência geográfica.

Nitrogênio: a adubação nitrogenada deverá ser parcelada aplicando-separte na semeadura e o restante em cobertura. O aumento da dose deN no sulco é sugerida, pois os resultados de pesquisa indicam que aaplicação do nitrogênio deve ser realizada nas fases iniciais do desen-volvimento da cultura.

A aplicação de cobertura deverá ser feita no perfilhamento, alanço, independente da cultura anterior, visando complementar a a-dubação realizada no sulco de semeadura, conforme indicado na tabe-la abaixo.

Doses maiores de N devem ser aplicadas quando se pretende ob-ter altas produtividades, em cultivares resistentes ou moderadamenteresistentes ao acamamento e com alto potencial de rendimento.

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Micronutrientes: em trabalhos de pesquisa desenvolvidos no Paraná,não têm sido constatadas respostas do trigo a micronutrientes.

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COSTA, A.; PIRES, J. R. Avaliação de métodos de recomendação decalagem para o algodoeiro em dois latossolos do Paraná. In: REUNIÃOBRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO, 20., Piracicaba, SP, 1992.Anais...,Piracicaba : SBCS, 1992. p. 370-371.

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OLIVEIRA, E. L. de; PARRA, M. S.; COSTA, A. Resposta da cultura domilho, em um latossolo vermelho-escuro álico, à calagem. RevistaBrasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 21, n. 1, p. 65-70, 1997.

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