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Cinética Microbiana Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos Engenharia Bioquímica Maio/2006 Paulo Duarte Filho

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Page 1: cinetica_microbiana

Cinética Microbiana

Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos

Engenharia Bioquímica

Maio/2006

Paulo Duarte Filho

Page 2: cinetica_microbiana

Hidrólise

Glicose Piruvato

8 ATP

Ciclo de Krebs

30 ATP

CO2 O2

Produtos de Fermentação( lactato, álcoois, ácidos, etc.)

6 ATP

Respiração Aeróbia

Respiração Anaeróbia

(CO2, SO42-, NO3

-)

Figura 1: Esquema simplificado de processos aeróbios e anaeróbios

Page 3: cinetica_microbiana

• Processos aeróbios: oxigênio como aceptor

final de elétrons;

• Processos anaeróbios:

• Fermentativos: Utilizam produtos da degradação

do substrato.

• Anóxicos: Utilizam compostos inorgânicos.

Rendimento Energético

Processos aeróbios > Processos anaeróbios

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Estudo Cinético

Processo obedece ao princípio de conservação da matéria

OGHFCONOHECOHDNHBOOHAC cba 2242

Substrato

Síntese Manutenção

Fonte de Nitrogênio

Elementos minerais: Fósforo, enxofre, cobre, cácio, etc.

Page 5: cinetica_microbiana

Métodos para avaliação de crescimento de microrganismos

Fisiologia do microrganismo!

Métodos Diretos

• Determinação da concentração celular

• Contagem no microscópio;

• Contagens com cultura;

• Contagem eletrônica.

Não se aplicam a m.o. filamentosos

Page 6: cinetica_microbiana

Figura 2: Contagem em Câmara de Neubauer

Page 7: cinetica_microbiana

Figura 3: Contagem de Células Viáveis em placas

Page 8: cinetica_microbiana

• Determinação da biomassa microbiana

• Matéria seca;

• Medidas óticas.

Figura 4: Separação de células por filtração

Page 9: cinetica_microbiana

Métodos Indiretos

• Constituintes celulares (ATP, DNA, NADH);

• Dosagem de elementos do meio de cultura

(substrato, consumo de O2, propriedades

reológicas do meio de cultura, entre outros.

Page 10: cinetica_microbiana

Processo Fermentativo

Fermentador

Microrganismo

Preparo do inóculo

Nutrientes

Preparo do meio

Esterilização do meio

Controles

Esterilização do ar

Recuperação do produtoAr

Tratamento de efluente

Produto

Resíduo

Figura 5: Etapas de um processo fermentativo

Page 11: cinetica_microbiana

Obtenção de uma curva de crescimento para um M.O.

Figura 6: Processo para obtenção de uma curva de crescimento

Page 12: cinetica_microbiana

Curva de crescimento

Condições favoráveis ao microrganismo

Figura 7: Curva típica de crescimento bacteriano

Page 13: cinetica_microbiana

• Fase lag

• Rearranjo do sistema enzimático (síntese de enzimas);

• Traumas físicos (choque térmico, radiação, entre outros);

• Traumas químicos (produtos tóxicos, meio de cultura).

Não há variação da concentração de biomassa no

tempo, portanto:

XocteX Xo = concentração celular no tempo t =0

• Fase intermediária

• Aumento gradativo da concentração celular

Page 14: cinetica_microbiana

• Fase log ou exponencial

• Células plenamente adaptadas;

• Velocidades de crescimento elevadas;

• Consumo de substrato;

• Interesse prático.

• Fase de redução de velocidade

• Diminuição da concentração de substrato limitante;

• Acúmulo de produto(s) no meio

• Fase estacionária

• Término do substrato limitante;

• Acúmulo de produtos tóxicos;

• Concentração celular constante em seu valor máximo.

Page 15: cinetica_microbiana

• Fase de declínio

• Redução do crescimento celular;

• Consumo de material intracelular (lise).

Não só para a concentração celular se

dispõe de gráficos, mas também para o

consumo de substrato e formação de

produto.

Page 16: cinetica_microbiana

Con

cent

raçã

o (g

/L)

Tempo de Cultivo (h)

Biomassa

Produto

Substrato

Figura 8: Curvas de biomassa, substrato e produto

Page 17: cinetica_microbiana

Dispondo de um conjunto de dados

experimentais de X, S e P em função do

tempo tem-se:

dt

dp

dt

ds

dt

dxpsx ;;

Crescimento Consumo Formação

Não são os melhores parâmetros para se

avaliar o estado em que se encontram o sistema.

Page 18: cinetica_microbiana

Velocidades específicas:

• Crescimento:

dt

dX

X

1

• Consumo de substrato:

dt

dS

Xs

1

• Formação de produto:

dt

dP

Xp

1

Distribuindo os dados da fase exponencial

em coordenadas semilogarítmicas, tem-se:

dt

dX

Xdt

Xd 1)ln(

Page 19: cinetica_microbiana

Como essa fase tem a distribuição de uma reta a velocidade específica de crescimento é constante e máxima.

)(loglog 0 imi ttXX X0i= Concentração celular no instante de início da fase exponencial

Rearranjando a equação anterior:

)(0

titi

meXX

Ou, re-escrevendo de outra forma, tem-se:

tXX mi 0lnln

Page 20: cinetica_microbiana

Assim, pode-se obter o tempo de

duplicação da biomassa, onde X=2X0i:

m

Tdup

2ln

Fator de conversão de substrato a células

SS

XXY SX

0

0/

X0= Concentração celular inicial

X= Concentração celular no instante t

S0= Concentração inicial do substrato

S= Concentração residual do substrato no instante t.

Page 21: cinetica_microbiana

Este parâmetro é importante para a

determinação de X em cultivo de fungos

filamentosos e em processos de tratamento

de efluentes.

O fator de conversão pode ser obtido também através de:

SSXY

/

Coeficiente de Manutenção

SXSS Y

m/'

Velocidade específica de consumo de substrato para manutenção da viabilidade celular

Page 22: cinetica_microbiana

Produtividade

F

F

T

XXP 0

X0= Biomassa inicial;

XF= Biomassa final;

TF= Tempo total de cultivo.

Exercícios

1. Candida utilis cresce em glicerol com

velocidade específica de crescimento

máxima de 0,095 h-1. Qual o tempo

necessário para esse microrganismo

duplicar a sua massa na fase exponencial

de crescimento de um processo batelada?

Page 23: cinetica_microbiana

2. Qual a diferença entre respiração e

fermentação?

3. Quais os principais elementos químicos

de que é composta a célula?

4. Cite exemplos práticos de aplicação

industrial de leveduras, bactérias e mofos.

5. Quais os principais substratos utilizados

na indústria para processos fermentativos?

6. Em uma fermentação batelada a volume

constante foram obtidos os seguintes dados

experimentais:

T(h) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

X(g/L) 1 1.1 1.6 2.5 3.8 5.9 7 7.9 8.5 8.5 9.3 9.6 9.3 9.5

Pede-se:

Page 24: cinetica_microbiana

• Identificar as diversas fases de crescimento do microrganismo;• O tempo que o microrganismo leva para duplicar a sua massa na fase exponencial de crescimento;• A produtividade máxima em células que pode ser obtida desse processo