cinema e educação uma análise de o óleo de lorenzo
TRANSCRIPT
CINEMA E EDUCAÇÃO:uma análise teórica do
filme “Óleo de Lorenzo”
Esses slides embasam os debates que o GEFOPI realiza para discutir a questão da formação de professores, quanto a produção do conhecimento científico.
Geralmente realizamos a palestra após o público assistir ao filme “O óleo de
Lorenzo”.
O GEFOPI atua com base em projetos de pesquisa e de extensão, da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luís de
Montes Belos, coordenado pela Prof.Ms. Andréa Kochhann.
O objetivo maior do projeto é mostrar na prática como um filme pode ser
utilizado na sala de aula para proporcionar momentos de discussão
teórica e elaboração científica.
Dessa forma, o grupo do projeto seleciona filmes pedagógicos e prepara textos como resumos
expandidos para apresentar no dia dos encontros do cinema e educação.
A seleção dos filmes parte de uma produção já realizada que é o manual com resenhas indicativas de filmes na
área de história e da educação.
O grupo apresentou em 2014:
1- Em Pires do Rio com o filme A escola da vida. 2 – Em Formosa com o filme O óleo de Lorenzo.
3 – Em Formosa com o filme A escola da vida. 4- Em Pires do Rio com O óleo de Lorenzo.
5 – Em Goianésia com o filme O espelho tem duas faces. 6 – Em Goianésia com o filme O óleo de Lorenzo. 7 – Em Goianésia com o filme A escola da Vida.
8 – Em Porangatu com o filme O espelho tem duas faces. 9 – Em Porangatu com o filme O óleo de Lorenzo. 10 – Em Porangatu com o filme A escola da Vida.
Para esse projeto o produto final será um livro com os resumos expandidos ou ensaios e artigos produzidos para as apresentações.
Neste momento essas produções estão lançadas no slideshare e com significativas
visualizações.
Após assistir o filme “O óleo de Lorenzo” reflita sobre:
Por que o nome do filme “O óleo de Lorenzo”?
Por que o pai de Lorenzo Odoni começou a estudar?
Os Odonis tiveram dificuldades para realizarem a pesquisa? Como? Quais? O
que fizeram para resolver?
Quanto tempo os Odones levaram para finalizar os estudos?
Como foi a saída do senso comum para o conhecimento científico?
Para que serve uma pesquisa?
Uma pesquisa precisa ter experimentações e comprovações?
ÓLEO DE LORENZO: uma discussão sobre a pesquisa científica
Atualmente, com a busca da reformulação na melhoria do ensino, discussões a respeito de novas teorias que
visam romper com o modo linear, têm pautado a importância de construir conhecimento em que os
agentes desse processo sejam os professores e também os alunos.
Assim, o que vocês perceberam com o filme sobre o tema PESQUISA?
Esse modo de ver a educação em que haja co-responsabilidade entre docentes e discentes, tem
mudado inclusive a forma de ver a pesquisa.
Esse método que caracteriza a abordagem educacional possui a dialética como item
primordial.
É nesse sentido que Demo (2006) alicerça, a pesquisa como princípio educativo e científico.
O que pode ser discutido nessa linha é, o uso de filmes como ferramenta que amplie a
percepção e relação entre teorias e também como caso específico da abordagem do
respectivo texto, a presença da pesquisa na narrativa cinematográfica e seus caminhos
necessários a serem percorridos. O filme O óleo de Lorenzo é uma narrativa
cinematográfica que pode ser trabalhada com a realidade científica.
Narra a história de uma família que tinha uma criança que foi diagnosticada com uma rara
doença denominada ALD (Adrenoleucodistrofia) uma doença degenerativa e que não possuía
remédio para tratamento e cura.
Os pais ao se verem sem amparo da medicina para o processo de cura do menino resolvem
encarar inúmeras barreiras, e com estudos por vezes esperançosos e por vezes nada bons,
seguirem numa incessante busca de um remédio que pudesse curar o filho. Eis o problema e o
objetivo de uma pesquisa.
Estudaram com profundidade cada detalhe da doença, mesmo não sendo da área. Debruçaram-se em livros e artigos, horas e horas, madrugadas
a dentro.
Fizeram testes e observações na oscilação de crises que a criança sofria. Participaram de
discussões e eventos.
Compraram brigas, apostaram financeiramente na pesquisa, alcançaram ganhos.
Depois de muito tempo, em média dois anos, com experimentos e propriedade teórica dos efeitos
que a ALD causava, chegaram a uma combinação química, que formulou um óleo que notoriamente
houve melhora no quadro clínico de Lorenzo.
Eis a resposta para o problema. Não fez com que a criança voltasse a ser “normal”, mas amenizou o sofrimento e o progresso da doença. Assim a resposta do problema pode chegar tarde ou não
ser a esperada.
Nesse sentido é possível relacionar a pesquisa com o filme. A pesquisa parte de uma
inquietação, uma pergunta que não possui resposta. Foi o que aconteceu com os pais de
Lorenzo.
Não havia tratamento específico e nem se quer remédio para cura do filho. O próximo passo que
envolve a pesquisa é o de construção de argumentos. Momento em que o pesquisador busca hipóteses, reúne conceitos e formula e
reformula a argumentação embasada em princípios consistentes.
E é esse exercício diário que Demo (2006) dentre outros estudiosos defendem, que a pesquisa deve ser integrante na formação do acadêmico e na formação
continuada dos professores.
O ensino será significativo se o aluno tiver a oportunidade de correlacionar com outras fontes, investigar o que ainda está implícito e levar para
prática e ao conhecimento de mais pessoas.
O que faz parte a extensão, divulgar o resultado de uma pesquisa. Porque só há ensino se houver pesquisa. Sem a pesquisa não há ensino nem
extensão.
E é o que a formação acadêmica deve proporcionar aos alunos, a participação no
progresso do conhecimento, com o envolvimento naquilo que estuda.
Se o aluno não pesquisa, ele continuará mero reprodutor de falácias e não implicará na
reflexão e possível transformação da realidade.
Faz parte também do processo de pesquisa a comunicação, a divulgação e avaliação da
descoberta.
O que também fizeram os pais de Lorenzo, quando descobriram o óleo buscaram apoio dos cientistas e divulgaram a descoberta para que os sofrimentos de outras pessoas amenizassem e/ou interrompesse desde o início a proliferação dos
efeitos no organismo da pessoa.
Cabe afirmar que, a pesquisa instrumenta qualquer interesse político, social, histórico, cultural.
Com isso, a pesquisa está inserida no dia-a-dia dos indivíduos, seja implícita, isto é, fazendo descobertas
através da leitura de mundo, ou explícita, pesquisa com rigor crítico, domínio teórico.
Desta forma, acontece a aprendizagem e o que faz da aprendizagem algo criativo é a pesquisa, porque a submete ao teste, a dúvida, ao desafio, desfazendo
tendência reprodutiva e permitindo a elaboração com as próprias mãos, como afirma Demo (2006).
Para propiciar a pesquisa científica é necessário o professor do futuro. Demo (2006) afirma que o professor do futuro deverá ser obrigatoriamente
o pesquisador e elaborador com as mãos próprias.
A reprodução não pode compor a perfil do professor do futuro. Leia-se futuro como o tempo
presente.
Nosso desafio está em formar e ser formado para a identidade do professor do futuro: pesquisador e
produtor de conhecimentos com as próprias mãos.
OBRIGADA PELA PRESENÇA DE TODOS!
Contatos:
face: GEFOPI Andréa