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Ciência, Tecnologia e Música David Caldas da Silva Junior Gregório dos Santos Brandão Isadora Martini Coelho Mateus Sousa Franco Renato Boschilia Junior Thabata Alcântara Ferreira Ganga ICT – UNIFESP – Estrutura Dinâmica e Social

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Ciência, Tecnologia e Música

David Caldas da Silva Junior

Gregório dos Santos Brandão

Isadora Martini Coelho

Mateus Sousa Franco

Renato Boschilia Junior

Thabata Alcântara Ferreira Ganga

ICT – UNIFESP – Estrutura Dinâmica e Social

Introdução

ICT – UNIFESP – Estrutura Dinâmica e Social

Introdução

ICT – UNIFESP – Estrutura Dinâmica e Social

A música é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré-organização ao longo do tempo. É umas das artes mais ligadas à matemática e à física, sendo que até o século XVI era considerada um ramo da matemática, integrando o quarteto: aritmética, geometria, astronomia e música.

Introdução

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Por ser uma arte escorada em medidas precisas, garante uma nova aproximação com a ciência. Além de ter uma base física importante: são os sons afinados pela cultura que a constituem. Sendo usada muitas vezes como metáfora e como inspiração para interpretar o mundo, em particular nos modelos cosmológicos, ou em tentativas descritivas da estrutura social humana.

Introdução

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As descobertas científicas e os avanços técnicos estimularam mudanças e transformações na música em muitos aspectos e, por outro lado, o oposto também se verificou. Questões que vieram da música estimularam a investigação cientifica em diversos períodos da história.

Histórico

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A harmonia musical do cosmo foi mencionada no Timeu de Platão e criticada por Aristóteles, perdurando por séculos nas visões cosmológicas, vindo a se tornar uma forte inspiração para Kepler em suas leis sobre o movimento dos planetas.

Histórico

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A palavra tecnologia vem do grego techne, que significa arte, e de logos, que significa palavra. Vivemos num século onde o progresso da ciência transformou as formas de percepção de tempo e espaço e isto se traduz em arte, que se traduz em música.

Histórico

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Novas percepções geram a necessidade de novos meios, novos instrumentos e novas ferramentas para gerar os novos objetos sonoros que gerarão a nova música. Além das relações entre música, física e matemática, alguns outros aspectos emergem em sua relação com a ciência: a construção de instrumentos musicais.

Histórico

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A construção de instrumentos musicais tem ligação direta com o conhecimento físico e tecnológico da matéria e da acústica

Histórico

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Antes das tecnologias, uma peça musical era passada de músico para músico; depois ela passou a ser registrada através de códigos gráficos, a partitura; então, passou a ser registrada em mídias e a ser ouvida em todos os cantos do globo. Hoje, com as atuais revoluções tecnológicas, uma música pode se resumir em muitos casos a um código digital em um HD.

Captadores Elétricos

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Um exemplo de aplicação tecnológica na música é a construção de captadores de instrumentos musicais elétricos, que se baseia na Lei de Indução de Faraday.

Captadores Elétricos

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O som de um violão depende da ressonância produzida na parte oca do instrumento pelas oscilações das cordas. Uma guitarra elétrica é um instrumento maciço, não possuindo uma caixa de ressonância.

Captadores Elétricos

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Em Instrumentos como as guitarras as oscilações das cordas metálicas são sentidas pelos captadores eletromagnéticos que enviam os sinais para os amplificadores e alto-falantes.

Captadores Elétricos

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Estrutura Básica de um captador:

Captadores Elétricos

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Lei de Faraday

Captadores Elétricos

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Lei de Faraday

A lei é derivada da união de diversos princípios.

Captadores Elétricos

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Lei de Faraday

A corrente elétrica induzida em um circuito fechado por um campo magnético, é proporcional ao número de linhas do fluxo que atravessa a área envolvida do circuito, na unidade de tempo.

Captadores Elétricos

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Lei de Faraday

Uma maneira alternativa de se representar é na forma da derivada da função do campo magnético B:

Captadores Elétricos

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Lei de Faraday

Portanto:

A lei expressa matematicamente na forma que conhecemos, onde Φ = BA cos θ e Vi = ε, é:

Captadores Elétricos

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Meios de Reprodução

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Assim como a evolução dos instrumentos músicas, a ciência e a tecnologia também trouxeram avanços nos meios de reprodução musical. Atualmente, quase toda a música é distribuída em formato digital.

Meios de Reprodução

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A tecnologia do CD, que se tornou dominante nos anos 1980 e 90, quase tornando extinto o disco de vinil e as fitas cassete, hoje convive com arquivos de áudio transmitidos diretamente via Internet. Arquivos de dados digitalizados são estocados e reproduzidos nos HDs dos computadores domésticos ou em dispositivos portáteis que proliferam nas ruas de nossas cidades.

Meios de Reprodução

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Apesar do predomínio dos formatos digitais, a produção e o consumo de discos de vinil segue vigorosa, pois o som analógico é acusticamente e harmonicamente melhor do que o som digital. O vinil foi também revitalizado na já estabelecida cultura dos DJs.

Meios de Reprodução

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O formato MP3 de compactação de arquivos de áudio digital foi o grande responsável por esta transformação que estamos percebendo nos modos de distribuição e consumo de música. Arquivos compactados em formato MP3 ocupam aproximadamente 1/12 do espaço de disco que os arquivos não compactados ocupariam.

Meios de Reprodução

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A loja virtual da Apple lidera o mercado de downloads cobrados por faixa, ao preço de 99 centavos de dólar. O iTunes Music Store tem conquistado novas fatias do mercado globalizado, estabelecendo-se como o principal canal de distribuição em massa. Esse posicionamento pode ser explicado pelo extraordinário sucesso comercial do player portátil iPod.

Meios de Reprodução

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Diversos lançamentos musicais são hoje dirigidos aos consumidores que ouvem música pelo telefone celular. Novas gerações de aparelhos celulares incluem telas de vídeo e acesso à Internet. A música pode ser “baixada” e estocada na memória do aparelho, ou apenas ouvida enquanto é difundida pelo processo de “streaming”.

Musica Eletrônica

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Juntamente com a proliferação musical de forma digital, surge o fazer da música usando recursos digitais.

Musica Eletrônica

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Com a chegada do século XX a relação entre música e tecnologia se mostra mais intensa, gerando a aplicação das tecnologias eletrônicas e digitais na geração sonora artificial. Até o século XIX todo som era proveniente da vibração de algum material elástico (as cordas de um violão, a palheta de um oboé, as teclas de uma marimba).

Musica Eletrônica

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Embora as ondas sonoras que atingem nosso aparelho auditivo possuam a mesma natureza, sejam elas acústicas ou digitais, seus processos de produção são radicalmente diferentes. Com o advento da eletricidade e da eletrônica, mais e mais passamos a ouvir e conviver com sons provenientes de corpos invisíveis contidos nos circuitos de sintetizadores, samplers, gravadores magnéticos e computadores.

Musica Eletrônica

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Antes, o contato com música se dava primordialmente através da performance. O ouvinte participava da realização musical ao reconstruir internamente, não apenas sequências de notas produzidas pelos instrumentos musicais, mas todo o universo gestual que os acompanha, pois a música era fruto dos corpos que a produzem.

Musica Eletrônica

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Industria Musical

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Primeiro a música era feita para os deuses, depois passou a ser feita para nações depois e então para a pessoa amada.

Agora, culminou em sua forma final: passou a ser tratada como um produto.

Industria Musical

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Assim como a tecnologia tem ajudado a facilitar a produção musical, ela tem extinguido a musica do jeito que a conhecemos. Qualquer pessoa consegue fazer música, sem ao menos saber música. Como a música é acessível para todos, se tornou um produto, passando a ser vendida, perdendo seus propósitos iniciais, manifestação cultural.

Industria Musical

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Industria Musical

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Bibliografia

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[1] PAIVA, S. V. K. Música, tecnologia e consumo. [2] Filho, M. E. C. Palombini, C. (2006). Música e tecnologia no Brasil: a canção popular, o som e o microfone, Brasília. [3] Cunha, G. Martins, M. C. (1998). TECNOLOGIA, PRODUÇÃO & EDUCAÇÃO MUSICAL DESCOMPASSOS E DESAFINOS, Brasília. [4] Pagliarini, C. R. (2004). Captadores de instrumentos musicais elétricos e a Lei de Indução de Faraday. [5] Moreira, I. C. Massarani, L.(2007). Música e Ciência: Ambas filhas de um ser fugaz, San José, Costa Rica. [6] Gohn, D. M. (2001). A Tecnologia na Música, Mato Grosso do Sul. [7] Castro, G. G. S.(2007) Música, juventude e tecnologia: novas práticas de consumo na cibercultura, Rio de Janeiro.

Perguntas??

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