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A Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte (CIM-PIN) pode extinguir-se, dentro de alguns meses, face à vontade de alguns municípios passarem a integrar outras comunidades, admitiu à agência Lusa o seu presidente. João Marques disse que os presidentes de pelo menos cinco municípios, dos 14 que integram a CIM-PIN, cujo território coincide com os limites da NUT III Pinhal Interior Norte, querem sair da comunidade, “o que inviabilizará” a sua subsistência. “Construímos amizades e estratégias comuns e agora que temos resultados para apresentar é que acaba” uma estrutura intermunicipal que “demonstrou capacidade para se autogovernar”, acrescentou. João Marques, também presidente da Câmara de Pedrógão Grande, lamentou que a CIM-PIN, com sede na Lousã, seja extinta “apenas três anos” após a sua criação. “Não nos deram tempo, alguém terá de assumir essa responsabilidade”, afirmou. Na noite de terça-feira, os presidentes dos municípios que integram a CIM-PIN reuniram-se, na Lousã, para analisarem a eventual adesão a outras comunidades, acolhendo uma recomendação do Governo para serem alterados os limites das NUT III, a fim de potenciar a gestão intermunicipal dos projetos a candidatar ao Quadro Estratégico Comum (QEC, 2014-2020). No caso da CIM-PIN, João Marques tem “muitas dúvidas” sobre as alegadas vantagens da alteração dos limites da NUT, que implica a extinção desta comunidade do interior. “Veremos se, nestes concelhos, iremos fixar população, atrair empresas e criar emprego ou se, pelo contrário, cada vez mais as pessoas terão de sair de cá”, comentou o autarca do PSD. Na reunião de terça-feira, em que Oliveira do Hospital não se fez representar, a vontade de abandono da CIM- PIN foi confirmada, especialmente, pelos municípios de Alvaiázere (Leiria), Miranda do Corvo, Vila Nova de Poiares, Tábua e Arganil (Coimbra), todos com executivos dominados pelo PSD. http://www.cnoticias.net/?p=101501

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CIMPIN desintegração ou continuidade

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“A Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte (CIM-PIN) pode extinguir-se, dentro de alguns meses,

face à vontade de alguns municípios passarem a integrar outras comunidades, admitiu à agência Lusa o seu

presidente.

João Marques disse que os presidentes de pelo menos cinco municípios, dos 14 que integram a CIM-PIN, cujo

território coincide com os limites da NUT III Pinhal Interior Norte, querem sair da comunidade, “o que

inviabilizará” a sua subsistência.

“Construímos amizades e estratégias comuns e agora que temos resultados para apresentar é que acaba” uma

estrutura intermunicipal que “demonstrou capacidade para se autogovernar”, acrescentou.

João Marques, também presidente da Câmara de Pedrógão Grande, lamentou que a CIM-PIN, com sede na

Lousã, seja extinta “apenas três anos” após a sua criação.

“Não nos deram tempo, alguém terá de assumir essa responsabilidade”, afirmou.

Na noite de terça-feira, os presidentes dos municípios que integram a CIM-PIN reuniram-se, na Lousã, para

analisarem a eventual adesão a outras comunidades, acolhendo uma recomendação do Governo para serem

alterados os limites das NUT III, a fim de potenciar a gestão intermunicipal dos projetos a candidatar ao

Quadro Estratégico Comum (QEC, 2014-2020).

No caso da CIM-PIN, João Marques tem “muitas dúvidas” sobre as alegadas vantagens da alteração dos

limites da NUT, que implica a extinção desta comunidade do interior.

“Veremos se, nestes concelhos, iremos fixar população, atrair empresas e criar emprego ou se, pelo contrário,

cada vez mais as pessoas terão de sair de cá”, comentou o autarca do PSD.

Na reunião de terça-feira, em que Oliveira do Hospital não se fez representar, a vontade de abandono da CIM-

PIN foi confirmada, especialmente, pelos municípios de Alvaiázere (Leiria), Miranda do Corvo, Vila Nova de

Poiares, Tábua e Arganil (Coimbra), todos com executivos dominados pelo PSD”. http://www.cnoticias.net/?p=101501

In: AsBeiras 2012-11-22