cig-018 jorge xavier da silva

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  • 8/6/2019 CIG-018 Jorge Xavier Da Silva

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    A Geografia no apoio deciso em situaes de

    emergncia

    Jorge Xavier da Silva

    Universidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroAv. Athos da Silveira Ramos, 274 - Bloco I-001

    Cidade Universitria - Rio de Janeiro - RJ - Brasil+55 21 9951-6651

    [email protected]

    Tiago Badre Marino

    Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroInstituto de Agronomia - Departamento deGeocincias BR-465, Km 7 - Seropdica - Rio de

    Janeiro - Brasil+55 21 8737-4715

    [email protected]

    RESUMO

    Com a misso de fornecer dados confiveis para as atividades de suprimento

    de gua nas operaes de combate a incndios de mdio e grande porte, o Grupo

    Ttico de Suprimento de gua para Incndio (GTSAI) representa um brao

    importante do apoio ttico e estratgico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do

    Rio de Janeiro.

    Agindo de forma proativa, o GTSAI elaborou o Plano de Gerenciamento de

    Recursos Hdricos, com objetivo de levantar, dentro de cada jurisdio das unidades

    de bombeiros da cidade do Rio de Janeiro, os recursos hdricos que possam auxiliar

    por ocasio das suas diversas misses de Defesa Civil. Para esse objetivo, passou

    a utilizar tcnicas de Geoprocessamento, a partir de uma associao com oLAGEOP (Laboratrio de Geoprocessamento), situado no Departamento de

    Geografia do Instituto de Geocincias do Centro de Cincias Matemticas da UFRJ.

    O Plano prev o cadastramento do poder operacional existente dentro de cada

    unidade (efetivos, viaturas e equipamentos especficos, juntamente com

    conhecimento sobre a natureza e condies de funcionamento de hidrantes), e

    tambm um levantamento detalhado de reas ditas crticas, para definio de

    medidas especiais de apoio s aes relativas a emergncias ambientais em queestejam envolvidas as citadas reas crticas (hospitais, igrejas, escolas, indstrias

    qumicas, entre outras).

    O sistema encontra-se em pleno funcionamento no CBMERJ (Corpo de

    Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro) no Estado do Rio de Janeiro, onde j

    existem bases de dados e programas funcionando em 108 unidades (grupamentos).

    Por questes de segurana, possvel acessar apenas para visualizao os dados

    j cadastrados e qualquer alterao nos mesmos somente pode ser executada porpessoal autorizado. Para acessar o sistema para simples visualizao dos

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    resultados, o endereo www.viconsaga.com.br/cbmerj/pgorh, com login visitante e

    senha visitante.

    1. Apresentaes

    1.1. O temaA coleta de dados cada vez mais numerosos e diversificados traz tona o

    problema de se apresentarem esses registros de ocorrncia sob vrias formas

    numricas, textuais, figurativas (mapas rudimentares e fotos, inclusive) e serem

    aportadas ao sistema por diferentes mdias. Torna-se necessrio criar os meios de

    organiz-los, trat-los e apresent-los em seus contextos taxonmico e territorial,

    para se obter um conhecimento coordenado da realidade, ou seja, transformar os

    dados em informao geoincluda. Entenda-se Geoincluso como a inserocuidadosa de uma iniciativa modificadora de condies ambientais dentro das

    possibilidades e limitaes existentes no ambiente em que a modificao ser

    executada, de forma a minimizar as probabilidades de desastres ambientais futuros

    (XAVIER-DA-SILVA, 2010).

    A falta de dados, no passado, foi um grande obstculo, um impedimento para

    aes e investigaes ambientais. Hoje ocorre um excesso de dados, abrangendo

    inmeras variveis e exigindo cautela para que sejam apoiadas e geradas, tambm,

    pesquisas voltadas para objetivos sociais eticamente colimados. Caso contrrio,

    pode acontecer que sejam produzidas, apenas e constantemente, investigaes

    densas, por vezes de restrito valor, por alguns administradores muito bem

    consideradas para fins de construo de currculos sobrecarregados de numerosos

    pequenos artigos. No caso das investigaes aqui consideradas, dirigidas para o

    apoio deciso em operaes de combate a emergncias ambientais, preciso

    entender de forma clara sua estrutura de conceitos, mtodos e tcnicas, o que

    permite analisar com propriedade os fatores envolvidos nas misses de defesa civil,

    de forma que o curso das aes efetuadas esteja prvia e corretamente apoiado,

    sem excessos poluentes de dados, sempre visando a minimizao das chances de

    perdas materiais e de vidas.

    1.2. O sistema VICON/SAGA/UFRJ

    Trata-se de um SIG idealizado e desenvolvido pelo Laboratrio de

    Geoprocessamento da UFRJ, que hoje atua em diversas linhas de aplicao. Estas

    http://opt/scribd/conversion/tmp/scratch16318/www.viconsaga.com.br/cbmerj/pgorhhttp://opt/scribd/conversion/tmp/scratch16318/www.viconsaga.com.br/cbmerj/pgorh
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    linhas abrangem desde a gesto de recursos de uma propriedade rural, catalogando

    todos os eventos e entidades nela ocorrentes e os relacionando para fins de

    previses financeiras, at aplicaes pedaggicas e de administrao escolar. O

    sistema tambm tem sido empregado na gesto de informaes em desastres, em

    parceria com o CENACID/UFPR (Centro Nacional de Apoio Cientfico em Desastres

    da Universidade Federal do Paran), entidade da qual participam dezenas de

    pesquisadores de universidades do todo o pas. O centro tem mais de 10 anos de

    experincia em apoio a emergncias ambientais, tendo atuado em muitos desastres

    usando uma verso do VICON/SAGA especialmente criada pelo LAGEOP/UFRJ.

    So exemplos de ocasies destas aplicaes: enchentes na Bolvia e Equador,

    terremotos no Peru, Chile e Haiti, alem de diversos atendimentos pelo Brasil,

    inclusive no maior desastre ambiental brasileiro, ocorrido nas serras prximas ao Rio

    de Janeiro, em 2011(vide Figuras 1,2 e 3). O CENACID tem reconhecidos mritos

    tcnicos e humanitrios e foi agraciado pela ONU com o Green Star Award (maiores

    detalhes em http://www.cenacid.ufrpr.br/).

    http://www.cenacid.ufrpr.br/http://www.cenacid.ufrpr.br/
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    Figura 1 - Sistema VICON/SAGA, verso Desastres, em operao no desastre ambiental decorrente das

    chuvas de janeiro de 2011 Terespolis Estado do Rio de Janeiro.

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    Figura 2 - Detalhe de um registro armazenado no sistema VICON/SAGA Armazm de suprimentos, comsuas caractersticas relevantes emitidas em relatrio, tais como foram obtidas durante a emergncia

    ambiental.

    Figura 3 - Viso 3D de dados obtidos durante a Operao Terespolis 2011 Total: 224 registros

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    Figura 4 - Viso geral dos dados registrados na misso CENACID Terremoto Haiti (2010)

    O sistema tambm permite anexar arquivos de quaisquer formatos aos

    registros de ocorrncias, possibilitando a um aluno, por exemplo, postar a gravaode um vdeo com entrevista realizada, imagens do local, cpias de documentos,

    depoimentos especficos de testemunhas, etc.

    Desenvolvido em PHP com banco de dados MySQL, trata-se uma plataforma

    web que utiliza o Google Maps API - Aplication Programing Interface (BOULOS,

    2005) como base de dados, o que torna o sistema multiplataforma (opera atravs de

    navegador, independente do sistema operacional), e com abrangncia planetria

    ( base de dados Google). O sistema tambm contempla um esquema de segurana,

    com polticas de senhas e nveis de permisses aos usurios (descrito a seguir),

    emite relatrios em forma de PDF, Excel, KML Google, HTML, Mapas e formato

    Raster/TIFF e SHP. Consultas com filtro podem ser aplicadas como, por exemplo,

    Todos os hidrantes de coluna com funcionado, com vazo superior a 300 lts/min no

    raio de 500 metros do endereo Avenida Atlntica, 2000 Copacabana).

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    Figura 5 - Recursos hdricos disponveis - Rveillon 2010/2011 em Copacabana Rio de Janeiro - Brasil

    Esta aplicao esta disponvel na rede, trabalhando atravs de um sistema de

    acesso, onde cada usurio credenciado tem uma senha de acesso.

    Para fins de segurana, diversos nveis de utilizao do sistema foram

    estipulados:

    Gerente de projeto: capaz de incluir e excluir usurios, visualizar, editar

    e inserir e excluir registros.

    Operacional 3: capaz de visualizar, editar e inserir e excluir registros

    Operacional 2: capaz de visualizar e editar

    Operacional 1: capaz de visualizar

    Na presente aplicao, a partir desta estrutura de nveis de acesso

    informao, a hierarquia de controle mantida, ao mesmo tempo em que o fluxo de

    informao pode acontecer tambm de forma transversal. Assim sendo, pode haver

    restries de acesso e controle de acordo com a posio ou funo de cada usurio,

    permanecendo aberta, entretanto, a possibilidade de conhecimento de cada um

    participante sobre que ocorre nas demais jurisdies. Esta caracterstica

    importante por trazer presteza obteno de auxlio ttico, como em casos de

    eventos de grande magnitude onde o poder operacional (capacidade de atuao) de

    uma entidade no suficiente para a superao da emergncia ambiental. O

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    exemplo mais flagrante desta necessidade de ao conjunta so as inundaes ao

    longo de uma bacia de drenagem, que podem progressivamente abranger grandes

    extenses territoriais, requerendo aes coordenadas entre entidades participantes,

    com conhecimento imediato das iniciativas tomadas por cada uma e os respectivos

    andamentos.

    2. O apoio deciso em situaes ambientais de emergncia

    Os problemas de logstica emergencial so numerosos e as decises relativas

    s iniciativas a serem tomadas frente a uma emergncia devem ser tomadas no

    ambiente de incerteza que normalmente cerca a ocorrncia de problemas de

    emergncias ambientais. Como a localizao especfica de emergncias, para quem

    est iniciando operaes de socorro, em princpio, pode estar situada em qualquer

    ponto da jurisdio de um quartel, foroso que exista o maior conhecimento

    possvel sobre a rea geogrfica abrangida. Este conhecimento ,

    fundamentalmente, dirigido aos recursos hdricos disponveis e aos pontos crticos

    que devero exigir ateno especial (hotis, hospitais, asilos).

    No possvel executar qualquer ao independentemente de um referencial.

    Em conseqncia, aqui denominado logstica emergencialo ramo do conhecimento

    que, atravs de anlises e previses feitas em ambiente de carncia de dados einformao, procura ainda assim dar apoio informativo e operacional ao atendimento

    a emergncias ambientais de toda ordem. Torna-se essencial a informao sobre as

    localizaes e caractersticas das entidades e eventos envolvidos na situao

    ambiental de emergncia. No caso dos bombeiros, a informao essencial refere-se

    s relaes de proximidade entre o local da emergncia e os locais com recursos

    hdricos disponveis (hidrantes, cisternas, piscinas, lagos e rios so exemplos), ao

    que devem ser somadas as proximidades eventuais relativas a pontos crticos(creches, hospitais, asilos, prises). O carter aleatrio da ocorrncia de

    emergncias exige um mapeamento prvio destas entidades ao longo do territrio de

    responsabilidade de cada grupamento de bombeiros, ao que se soma o

    conhecimento da rede de circulao viria, o qual pode ser usado em cmputos de

    melhores trajetrias em termos de tempo. Ficam, assim, corretamente conjugadas a

    utilizao de uma logstica preventiva, associada manuteno da validade da

    informao contida na base de dados, com os clssicos e, por vezes dramticos,aspectos da logstica emergencial, sempre exercida em ambiente de incerteza.

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    3. Um pouco de teoria ...

    3.1. Conceitos

    O embasamento terico para a criao deste programa foi desenvolvido no

    LAGEOP/UFRJ. Ao considerar as relaes entre um evento e as entidades que porele possam ser afetadas, a metodologia de varredura e integrao locacional

    adotada (Xavier-da-Silva, 2001) permite a construo de uma estrutura de dados

    simplificada e diretamente til como apoio deciso. Os conceitos de entidade e

    evento como primitivas ambientais mostram o seu valor pragmtico, deixando de ser

    simples consideraes axiomticas. Essas construes tericas associadas s

    dimenses espao e tempo definem de imediato, no referencial adotado, as relaes

    espaciais entre, por exemplo, um incndio, pontos crticos e corpos lquidos(possivelmente disponveis) prximos a ele. Pode-se acrescentar que, no exemplo, o

    conhecimento objetivo da realidade ambiental foi usado em um quadro de logstica

    emergencial, nada impedindo, entretanto, o uso desta perspectiva metodolgica em

    situaes de logstica preventiva, como o caso, no exemplo acima citado, das

    provises para manuteno adequada da rede de hidrantes. Em ambos tratamentos

    logsticos, priorizaes e decises importantes (ou mesmo cruciais, nos desastres

    ambientais) quanto ao uso de efetivos, equipamentos e instalaes podem ser feitas

    com um mnimo de racionalidade.

    Os conceitos que foram operacionalizados neste trabalho, ou seja, ordenados

    para conseguir os resultados obtidos, sero sumariamente apresentados a seguir:

    Segundo Xavier da Silva (2001), fenmeno uma alterao perceptvel da

    realidade, enquanto que dado um registro de ocorrncia de um fenmeno e

    informao o ganho de conhecimento adquirido pela colocao dos dados em

    adequada posio no referencial adotado, que pode ser um mapa, uma frmula ou

    mesmo um texto. Destas definies decorre, forosamente, que a pesquisa consiste,

    exatamente, na transformao de dados em informao.

    No caso do exemplo citado, a velocidade de transformao deve ser alta,

    existindo casos em que esta rapidez no ocorre ou no pode, por razes vrias, ser

    conseguida. Neste caso, podem ser preventivamente elaborados, como atividades

    constantes, nos perodos inter-emergenciais de relativa calmaria, pelos prprios

    agentes de defesa civil, em ambiente de sadia discusso, planos de contingncia

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    segundo grupo de atividades compreendeu a gerao das bases de dados

    georreferenciados dos quartis, com as quais possvel, em qualquer lugar da

    jurisdio de um quartel, identificar a presena de uma entidade ou evento com o

    rigor necessrio para a atuao da defesa civil.

    As entidades envolvidas foram classificadas e identificadas no mbito de cada

    quartel e podem ser classificadas segundo diversos graus de relevncia,

    diferenciando locais com depsitos de explosivos, combustveis, reas florestadas,

    entre outros locais propcios ao agravamento da situao de emergncia, em

    comparao com locais como praas e estabelecimentos comerciais, de diferente ou

    menor gravidade, ou locais como asilos, hospitais e creches, locais crticos devido a

    suas necessidades de evacuao. Vale repetir que essa classificao de entidades

    relevantes permite, com certa facilidade, a priorizao de decises como solicitar

    auxlio, evacuar locais julgados prioritrios, ou seja, considerar diversos aspectos

    tticos de uma situao de emergncia.

    Como pode ser depreendido de pargrafos anteriores, a metodologia

    denominada VAIL permite o foco imediato sobre o que relevante na rea afetada

    por uma emergncia. Ela est empregada pelo programa VICON/SAGA na

    identificao e localizao de hidrantes (ou outros recursos hdricos) e de pontos

    crticos no local da emergncia e reas vizinhas. Bases de dados georreferenciados

    foram criada pelos quartis envolvidos na aplicao do programa, contendo as

    identificaes e localizaes acima mencionadas, para uso em emergncias e

    gerao de planos de manuteno dos equipamentos, particularmente os hidrantes..

    O apoio a esta atuao de carter preventivo, condio necessria para o

    funcionamento do programa, se fez atravs da transmisso, pelo GTSAI com o apoio

    decisivo do LAGEOP/UFRJ,, das tcnicas de entrada de dados para os quartis.

    Dentro da trilogia Conceitos, Mtodos e Tcnicas, que pervade qualquerinvestigao ambiental (seno qualquer pesquisa), importante lembrar que o

    VICON/SAGA, programa desenvolvido no Laboratrio de Geoprocessamento da

    UFRJ (LAGEOP) e suporte do projeto, pode ter inmeras aplicaes. A presente

    aplicao a problemas de Defesa Civil, particularmente a incndios, tem

    caractersticas de utilidade pblica e o aprendizado acadmico oriundo desta

    iniciativa poder ser base para outras extrapolaes.

    O VICON/SAGA direcionado ao Plano de Gerenciamento de RecursosHdricos j se encontra aplicado experimentalmente rea piloto da jurisdio do

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    batalho de Copacabana (19 OBM), com a qual tm sido identificadas as

    adequaes do projeto, tendo sido utilizado para informar os recursos hdricos

    disponveis para qualquer emergncia nos rveillons de 2010 e 2011, festividades

    que envolveram, cada uma, pelo menos, 1.500.000 espectadores de shows

    pirotcnicos. Est em processo de difuso entre os demais grupamentos da

    corporao.

    Figura 6 - Exemplo de operao do sistema: Consulta de todos os recursos hdricos existentes no raio de300 metros do endereo Avenida Atlntica, 2000 Copacabana (eventual localizao de uma

    emergncia). Resultados com o mapa, rota desde o quartel, registros de entidades e eventos e informaesde posicionamento e caractersticas de cada um tambm so fornecidas para a rea selecionada.

    Com o presente projeto, que consolidar a operacionalizao do programa na

    cidade do Rio de Janeiro, ter-se- criado uma base para a extenso do sistema a

    todo o estado do Rio de Janeiro. Para atendimento a esta possibilidade, todo o

    sistema est sendo projetado e programado de forma flexvel, a fim de permitir sua

    adequao s necessidades de cada regio. Uma caracterstica importante deste

    programa a de permitir circulao da informao em duas direes:

    a) direo horizontal (ou transversal, segundo entendem alguns

    pesquisadores, como a Professora Alba Maria F. Rossi, Coordenadora Geral de

    Programas de Apoio Formao e Capacitao de Docentes da Educao Bsica

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    do MEC comunicao oral) que uma direo de trnsito imediato da informao

    armazenada entre todos os participantes do sistema. Trata-se de uma estrutura que

    permite relacionamentos paralelos baseados no progressivo conhecimento mtuo

    dos membros da rede, geradora de emulaes e intercmbio de conceitos e

    procedimentos metodolgicos e tcnicos, tais como apoios a situaes crticas de

    grande porte;

    b) direo vertical, quando o fluxo de informao ocorre em dois sentidos: 1)

    do topo para a periferia, representando a essncia operacional da cadeia de

    comando, ou seja, a comunicao das ordens emitidas; 2) da periferia para o topo,

    gerando as informaes necessrias s funes de vigilncia e controle (origem da

    denominao VICON), ou seja como informao de apoio s decises a serem

    tomadas.

    4. Consideraes finais e concluses

    Este projeto de transferncia de tecnologia no se destina apenas

    representao por mapeamento digital de entidades e eventos existentes ou

    prognosticados em cada jurisdio territorial considerada. Ele possibilita a

    integrao de emergncias ambientais com os recursos disponveis, indicando aes

    a serem tomadas e registrando, no tempo e no espao, atravs de relatrios de

    grande acuidade, o resultado das decises por ele apoiadas, criando uma memria

    do funcionamento de cada parte componente e da instituio como um todo. No

    menos importante o apoio chefia, propiciado pelo sistema em seus diversos

    nveis, desde o grupamento ou quartel at a chefia geral. Com esta estrutura de

    atualizao descentralizada de dados, todos os nveis de comando passam a contar

    com elementos orientadores de medidas de correo, planejamento e gesto de

    suas jurisdies e respectivos ambientes, em seus aspectos fsicos, biticos (sade

    pblica), sociais e econmicos julgados relevantes.

    Uma contribuio do presente projeto refere-se avaliao do desempenho

    geral e especfico dos quartis envolvidos, atravs do acompanhamento de suas

    aes. Este um controle importante, pois a verticalidade da circulao do

    conhecimento do que est se passando junto a seus subordinados essencial ao

    comando. Com a presente aplicao so geradas condies de julgar o

    desempenho de comandados em situaes crticas, como so as enfrentadas por

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    entidades militares ou de defesa civil. importante acentuar, entretanto, que a

    disponibilizao da informao diretamente entre os quartis permite tomar

    conhecimento rpido de iniciativas seletivas quanto a atribuies de tarefas,

    mobilizaes e transferncia de pessoal e aquisio de equipamentos, entre outras

    iniciativas Em termos de adequao a modificaes ocorridas pelo envelhecimento

    das jurisdies atribudas s unidades, os conhecimentos armazenados no sistema

    podero ser utilizados na investigao da validade das jurisdies de quartis com

    relao aos problemas de emergncias que nelas esto ocorrendo e que podem

    estar hoje se acentuando. Devido perda de equipamentos, crescimento da

    populao ou surgimentos de novos pontos crticos, entre outras causas de

    obsolescncia das mencionadas jurisdies.

    REFERENCIASBIBLIOGRFICAS

    1. XAVIER-DA-SILVA, J.; MARINO, T. B. Is the "GEO" perspective reallygeneral? In Proceedings of the 1st International Conference and Exhibition onComputing for Geospatial Research & Application, Washington DC, USA. 2010.

    2. Alba Maria F. Rossi, Coordenadora Geral de Programas de Apoio Formaoe Capacitao de Docentes da Educao Bsica do MEC comunicao oral

    3. XAVIER-DA-SILVA, J. . Geoprocessamento para anlise ambiental. 1. ed. Riode Janeiro: D5 Produo Grfica, 2001. v. 1. 228 p.

    4. XAVIER-DA-SILVA, J. (Org.) ; ZAIDAN, R. T. (Org.) . Geoprocessamento eAnlise Ambiental - Aplicaes. 1. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. v. 01.368 p.

    5. XAVIER-DA-SILVA, J. . O que Geoprocessamento? Revista do Crea RJ 79,Rio de Janeiro, p. 42 - 44, 30 out. 2009.

    6.

    BOULOS, M. NK. Web GIS in practice III: creating a simple interactive map ofEngland's Strategic Health Authorities using Google Maps API, Google EarthKML, and MSN Virtual Earth Map Control in International Journal of HealthGeographics 2005, 4:22. http://www.ij-healthgeographics.com/content/4/1/22

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