ciências humanas e suas tecnologias geografia · 2º ano do ensino médio ciências humanas e suas...
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2º ano do Ensino Médio
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Geografia
Professor Vinícius Vanir Venturini
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Rocha sedimentar orgânica, originada do soterramento
anaeróbico (sem oxigênio) de fitoplânctons e zooplânctons
que viviam há milhares de anos em lagos, mares e oceanos.
Nas eras Mesozoica, período cretáceo, e na era Cenozoica,
período terciário.
Ao morrerem, esses micro-organismos foram se depositando
no fundo desses ambientes juntamente com outros
sedimentos, como argila, silte e areia. Juntamente com
reservas de petróleo, geralmente, encontramos gás natural
(energia fóssil menos poluente), e xisto betuminoso.
É importante lembrar que essa matéria orgânica só se
converte em petróleo a uma temperatura que varia entre 65° e
75° Celsius. Ao sobrepor novas camadas sobre a rica em
matéria orgânica, a temperatura aumenta.
Essas camadas soterradas ficam cada vez mais próximas do
centro da Terra, ou seja mais fundas.
Origem e formação do petróleo
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Formação do petróleo
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Reservas mundiais de petróleo
Obs.: o mapa desconsidera as reservas do pré-sal brasileiro;
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Usos e tipo de petróleo
Além de gerar a gasolina, que serve de combustível para
grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários
produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a
parafina, gás natural, GLP, produtos asfálticos, nafta
petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis,
óleos lubrificantes, óleo diesel, combustível de aviação e
principalmente desenvolvimento de plásticos.
Obs.: vide Geografia, Espaço e Vivência, Capítulo 15, p. 202 -
“A civilização do plástico”;
Primeiro poço da história
O primeiro poço de petróleo foi descoberto nos Estados
Unidos - Pensilvânia - no ano de 1859. Ele foi encontrado em
uma região de pequena profundidade (21m). Ao contrário das
escavações de hoje, que ultrapassam os 6.000 metros. O
maior consumidor mundial de petróleo são os Estados Unidos;
por esta razão, necessitam importar cada vez mais.
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Usos do petróleo
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Usos do petróleo
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Reservas mundiais de petróleo
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Reservas mundiais de petróleo
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Produtores, consumidores e reservas
de petróleo
Maiores produtores Maiores consumidores Maiores reservas
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Reservas mundial de petróleo
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Obs.: destaque para o Oriente Médio e para a Federação
Russa, os Estados Unidos mesmo com grande reservas e
produção, é também o maior consumidor dessa matéria-
prima;
Produtores mundiais de petróleo
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Dependência de petróleo dos EUA
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Petróleo leve é utilizado na fabricação de produtos mais
nobres, como a nafta empregada no setor petroquímico,
gasolina e gás.
O petróleo do tipo mais denso/pesado serve para produtos
mais baratos, como óleo combustível. Os termos “leve” e
“pesado” referem-se à consistência do óleo, que pode ser
mais ou menos concentrado.
De acordo com Pires, a maior parte do óleo produzido no
Brasil é do tipo pesado, mais denso, cujo refino custa muito
mais caro e exige mais tecnologia para as empresas do setor.
“O Brasil, mesmo autossuficiente, é obrigado a importar o
petróleo leve para misturar ao pesado e baratear o refino. Se
começarmos a produzir petróleo leve, poderemos parar de
importar”.
Adriano Pires, engenheiro petroquímico da Petrobrás.
Tipos de petróleo
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O preço do petróleo passa a ser usado, pelos países islâmicos da
OPEP, como arma de pressão política. Em 1973, a organização
embarga o fornecimento do produto ao Ocidente, em represália à
ocupação de territórios egípcios e sírios por Israel, durante a
Guerra do Yom Kipur. Em seguida, decide quadruplicar os preços, o
que provoca recessão mundial (enfraquecendo ainda mais as Sete
Irmãs). Em 1979, a revolução iraniana e uma política de
encolhimento da produção causam nova alta nos preços e crise em
vários países.
Países membros:
Ásia: Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Indonésia
(maior nação islâmica, SE Asiático), Irã, Iraque e Kuwait.
África (Norte): Líbia, Nigéria e Argélia.
América: Venezuela (único país ocidental e Americano membro).
Crise do petróleo - 1973
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Obs.: OPEP responde por dois terços das reservas conhecidas
de petróleo e detém mais da metade das exportações mundiais;
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Petróleo
(relação geopolítica/bélica com o preço)
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Petróleo
(reservas de petróleo OPEP versus o mundo)
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Após a quebra da Standard Oil, provocada pela lei antitruste* de
Sherman, muitas novas companhias petrolíferas foram criadas.
Sete delas formaram o grupo conhecido como as Sete Irmãs.
Com o seu controle sobre a produção de petróleo, refino e
distribuição, elas estavam aptas a tomar vantagem sobre a
crescente demanda por petróleo e formar altos lucros.
Eram muito organizadas e formavam um forte cartel**, tendo
exercido forte influência sobre os preços, e os países
exportadores/produtores de petróleo.
Foi somente quando os países árabes começaram a tomar o
controle sobre os preços e a produção, formando a OPEP, no
começo em 1960, que o poder das sete irmãs passou a declinar.
Sete Irmãs
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*Trustes: são grandes companhias que absorvem seus concorrentes ou
estabelecem acordos entre si, monopolizando a produção de certas
mercadorias, determinando seus preços e dominando o mercado. Consiste,
portanto, num domínio vertical da produção.
**Cartel: grupo de empresas que unem-se para determinarem os preços e
condições do mercado. Assim, fazem com que se torne um mercado restrito
a eles; dominando horizontalmente a demanda.
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As companhias formavam as Sete Irmãs:
1 - Standard Oil of New Jersey (Esso). Mais tarde, Exxon (ou
Esso), e atualmente, ExxonMobil.
2 - Royal Dutch Shell. Atualmente chamada de Shell.
3 - Anglo-Persian Oil Company (APOC). Mais tarde, British
Petroleum. Depois, BP Amoco. Atualmente é conhecida
pelas iniciais BP.
4 - Standard Oil of New York (Socony). Mais tarde, Mobil,
que fundiu-se com a Exxon, formando a ExxonMobil.
5 - Texaco. Fundiu-se com a Chevron, criando a
ChevronTexaco de 2001 até 2005, quando o nome da
companhia voltou a ser Chevron.
6 - Standard Oil of California (Socal). Atualmente
pertencente a Chevron.
7 - Gulf Oil. Absorvida por várias empresas.
Sete Irmãs
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Sete Irmãs
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Sete Irmãs
(fusões)
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As “novas sete irmãs”, apontadas por executivos do setor
consultados pelo jornal Financial Times , são:
1 - Aramco, Arábia Saudita;
2 - Gazprom, Rússia;
3 - CNPC, China;
4 - NIOC, Irã;
5 - PDVSA, Venezuela;
6 - Petrobras, Brasil;
7 - Petronas, Malásia.
Segundo eles: “Esmagadoramente estatais, elas controlam
quase um terço da produção mundial de petróleo e gás e mais
de um terço das reservas totais de petróleo e gás. Em
contraste, as velhas sete irmãs – que encolheram para quatro
na consolidação da indústria ocorrida na década de 1990 –
controlam apenas 3% das reservas”.
As novas Sete Irmãs
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As novas Sete Irmãs
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Crise do petróleo - 1973
Crise do petróleo leva as nações dependente a buscar novas
alternativa energéticas.
Obs.: vários países aproveitaram suas usinas nucleares,
desenvolvidas inicialmente como alternativa energética,
para o desenvolvimento da Bomba Atômica (destaque para
Índia e Paquistão);
Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto criada através do
acordo Brasil e a República Federal da Alemanha
(capitalista), e instalada no município fluminense de Angra
dos Reis.
Entre essas nações destaca-se na América
do Sul o Brasil:
Pró-Álcool criado em 1975, através do uso de
cana-de-açúcar (combustível vegetal,
biocombustível).
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Biocombustível
Obs1.: a principal vantagem do uso de plantas oleaginosas sobre a
cana-de-açúcar é o fim da limitação climática. Podendo ser
produzido combustível em todas as regiões do Brasil;
Obs2.: a grande crítica é que áreas originalmente destinadas a
produção agrícola estão sendo transformadas em fazendas de
biocombustível, favorecendo a crise de alimentos mundiais;3v
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Obs.: a grande crítica é que áreas originalmente destinadas a
produção agrícola estariam sendo transformadas em fazendas
de biocombustível, favorecendo a crise mundial de alimentos
mundiais;
Críticas ao Biocombustível
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Petróleo no Brasil
O ciclo do petróleo no Brasil teve início no final do século
XIX, quando aconteceram as primeiras buscas por esse
minério no subsolo brasileiro.
O primeiro vestígio de petróleo foi encontrado no município
de Bofete, estado de São Paulo, no entanto, a extração do
recurso encontrado era inviável.
A primeira jazida de petróleo - viável economicamente – foi
descoberta em 1939, no município de Lobato, mediações do
Recôncavo Baiano, da qual foi retirado petróleo de boa
qualidade e propício à comercialização.
No governo de Getúlio Vargas, em 1953, foi criada a que seria
uma das mais promissoras estatais do mundo, a Petrobrás
(Petróleo Brasileiro S.A). A empresa possui 51% das ações
pertencentes ao governo e o restante é de capital misto. Até
1995 o monopólio da pesquisa, lavra, refino, transporte do
óleo e seus derivados, era de exclusividade da Petrobrás.
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Fonte: Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis 2012, www.anp.gov.br, em 30 de setembro
de 2012.
Petróleo
(produção por concessionária - 2011)
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Petróleo no Brasil
O petróleo possui uma grande relevância para nossa vida, em
razão de ser usado como combustível, além de ser agregado
na fabricação de uma infinidade de produtos.
Até pouco tempo, o país não tinha produção suficiente de
petróleo para o abastecimento interno, desse modo, era
dependente do recurso importado, especialmente dos países
do Oriente Médio, mas a partir de 2007 o país alcançou a
autossuficiência.
Atualmente, a produção é de aproximadamente 2,3 milhões
de barris ao dia, que supera o consumo, que é de 2,2 barris
diários.
No continente, a maioria das jazidas brasileiras de petróleo
se estabelece em locais que apresentam rochas
sedimentares. No oceano, o petróleo é encontrado nas
plataformas continentais.
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Bacias sedimentares brasileiras
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Áreas petrolíferas nacionais
Obs.: em vermelho destacam-se as regiões com maior
possibilidade de ocorrência de petróleo no continente e
plataforma continental brasileira;
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Miranga, Água Grande, Buracina, Dom
João, Taquipe e Candeias
Coqueiro Seco e Tabuleiro do Martins
Carnópolis, Riachuelo e Treme
Bacia de Barreirinhas
Vale médio do Rio Amazonas
Tainha, Robalo, Dourados e Guaricema
Garoupa, Namorado e Badejo
Cavala e Mero
Ubarana e Agulha
Santos (maior ocorrência do Pré-Sal)
Petróleo
Estado
RJ
(Campos)
BA
AL
SE
MA
AM
SE
AL
RN
SP
PoçoLocalizaçãoC
ontinenta
is
Plata
form
a
Continenta
l
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Reservas provadas
de petróleo: 15,5
bilhões de barris.
Evolução das reservas de petróleo
(comparativo terra e mar, 2003 - 2013)
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Obs.: em 1979, época do segundo choque do petróleo, a oferta de energia no
Brasil era 50% baseada nesse energético, sendo 45% importado. Já em 2010,
a importação de petróleo caiu para 8%, ou seja, conseguimos diminuir a
dependência externa e criar novas fontes de energia, principalmente,
renováveis. Para os próximos anos, a tendência da matriz é continuar voltada
para a evolução das fontes renováveis;
Autossuficiência nacional
(necessidade de importação de petróleo)
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Obs.: expectativa do potencial petrolífero para a área do pré-
sal é extremamente promissora. Essas descobertas não só
reforçam, como ampliam o desafio de o país transformar as
vantagens de sua matriz energética em real benefício para o
bem-estar da sociedade (Royalties do Pré-Sal).
Potencial de produção
(petróleo e gás natural)
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Petróleo marinho brasileiro
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LIN
HA
D
E B
AS
EPRAIA
ESPAÇO AÉREO NACIONAL ESPAÇO AÉREO INTERNACIONAL
ALTO-MAR
12 MN
( ± 22 Km)
MAR
TERRITORIAL
12 MN
( ± 22 Km)
ZONA
CONTÍGUA
ÁGUAS JURISDICIONAIS
200 MN
( ± 370 Km)
PLATAFORMA CONTINENTAL
PC
ESTENDIDA
150 MN
( ± 278 Km)
188 MN
( ± 348 Km)
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA
350 MN
( ± 648 Km)
LIMITE DE PLEITO DE EXTENSÃO DA PC
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Relevo Submarinho
1 Área de maior extração de
petróleo (atualmente).
2 Área pleiteada pelo governo
Região Abissal
Nível do mar
Plataforma
Continental
Região
PelágicaTalude
Continente
200 m
1.000 m
5.000 m
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Autossuficiência em petróleo
No ano de 2006, pela
descoberta de novos
campos de petróleo
nacionais, associado
com a elevada produção
externa o Brasil alcança
a autossuficiência.
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Descoberta do Pré-Sal
(ano de referência 2006)
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Obs.: relação custo-benefício;
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Petróleo brasileiro
(relação de produção por Estado)
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Petróleo brasileiro
(variação da dependência/déficit de 1995 - 2012)
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Petróleo brasileiro
(variação da dependência/déficit de 1995 - 2012)