ciencias do ambiente 05 sismi e provin geo

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  • PUCGois - Dep. de Engenharia

    Cincias do Ambiente - Ernesto Camelo de Castro 1

    Sismicidade

    e

    Provncias Geolgicas

    Sentindo a Dinmica da Terra

    Terremotos

    Resultado de liberao sbita de energia da crosta da Terra, acumulada pelo lento

    movimento das placas tectnicas, que cria

    ondas ssmicas.

    Registradas por sismmetros ou sismgrafos o estudo das ondas ssmicas a principal

    forma de se entender os terremotos.

    Eventos de mesma origem com menor intensidade so chamados abalos ou

    tremores de terra.

    Importncia (principais eventos dos ltimos anos)

    ano local Mag. (Mw) bitos

    2004 Tsunami na Indonsia 9,1 229.000

    2005 Kashimira, Paquisto 7,6 79.000

    2006 Java, Indonsia 6,3 6.234

    2007 Chincha Alta, Peru 8,0 519

    2008 Sichuan, China 7,9 69.197

    2009 Sumatra, Indonsia 7,6 1.115

    Jan 2010 Porto Prncipe, Haiti 7,0 233.000

    Fev 2010 Concepcion, Chile 8,8 800

    Mar 2011 Nordeste, Japo 9,0 ~20.000

    No 4 dia depois do abalo principal do dia 11, foi registrado o segundo

    abalo superior a 6,0 pontos dos 12 abalos posteriores registrados.

    Tsunamis foram provocadas pelo terremoto que teve

    seu epicentro a 70km da costa nordeste do Japo.

  • PUCGois - Dep. de Engenharia

    Cincias do Ambiente - Ernesto Camelo de Castro 2

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    011

    Mais de 15.700 mortes foram confirmadas e 4.700

    pessoas reportadas desaparecidas.

    A mais grave complicao com consequncias ainda por serem determinadas foram as exploses provocada pela tsunami na Usina Nuclear de Fukushima

    com vazamento de grande quantidade de material radioativo.

    Homem de 60 anos resgatado 3 dias depois do tsunami flutuando

    no telhado de sua casa a mais de 16km da costa

    Onde ocorremEpicentros registrados de 1963 a 1998

    358.214 eventos

    Origem das Falhas Geolgicas

    A ruptura de continuidade de rochas se d quando o

    seu limite de resistncia

    atingido liberando as

    tenses acumuladas pelo

    movimento tectnico.

    O ponto inicial da ruptura chamado foco,

    Sua projeo na superfcie o epicentro e

    a distncia do foco superfcie a profundidade

    focal.

  • PUCGois - Dep. de Engenharia

    Cincias do Ambiente - Ernesto Camelo de Castro 3

    Ondas Ssmicas

    Vibraes ssmicas geradas por rupturas na litosfera se propagam em todas as direes

    na forma de ondas.

    Causam danos quanto maiores quanto mais prximo do epicentro e podem ser

    registradas por sismgrafos.

    Tipos de OndasOs dois modos principais de

    propagao das vibraes

    ssmicas so a onda P,

    longitudinal (vibrao paralela

    direo de propagao), e a onda

    S, transversal (perpendicular

    direo de propagao).

    Junto superfcie da Terra e

    diminuindo com a profundidade,

    propagam-se tambm as ondas:

    Rayleigh = combinao de ondas P e S, onde as partculas

    oscilam num movimento elptico;

    Love = oscilao horizontal transversal.

    As ondas ssmicas do terremoto na fronteira da

    Argentina com a Bolvia, com profundidade focal de

    280km e magnitude de 6,4 tiveram amplitudes

    suficientes para serem sentidas em So Paulo.

    A velocidade de propagao das ondas dependem

    do meio por onde elas passam. Quanto maior a

    densidade da rocha, maior a velocidade de

    propagao das ondas ssmicas.

    Lei de Snell

    A direo de propagao das ondas ssmicas muda (refrata) ao passar de um

    meio com velocidade V1 para outro com

    velocidade V2.

    Numa interface separando dois meios diferentes h tambm converso de ondas

    P em S e vice-versa.

    Grande parte dos estudos de

    composio da litosfera so

    feitos atravs da anlise de

    propagao de ondas ssmicas.

  • PUCGois - Dep. de Engenharia

    Cincias do Ambiente - Ernesto Camelo de Castro 4

    Medies de Intensidade de Terremotos

    Medies de Magnitude

    1935, Charles Richter (sismlogo americano), formulou uma escala de magnitude baseada na

    amplitude dos registros das estaes

    sismogrficas.

    Magnitudes expressas em escala logartmica, onde cada ponto na escala corresponde a um

    fator de 10 vezes nas amplitudes das vibraes.

    Existem vrias frmulas para o clculo da magnitude Richter dependendo do tipo de onda

    ssmica medida no sismograma.

    Magnitudes registradas a

    grandes distncias

    Ms = log(A/T) + 1,66 log() + 3,3

    A = Amplitude da onda Rayleigh (m) entre

    20 e 100 de distncia.

    T = Perodo da onda (deve estar entre 18 e

    22s).

    = Distncia epicentral em graus (1~111km).

    Magnitudes para sismos pequenos

    e moderados (Magnitude Regional)

    mR = log V + 2,3 log(R) 2,48

    V = Velocidade de partcula da onda P (m/s)

    calculada por (2 A/T).

    R = Distncia epicentral em Km.

    Dificilmente registradas a mais de 20 de

    distncia, com perodos menores do que 20s,

    vlida para distncias entre 200 e 1.500km

    do epicentro.

    Sismologia

    O terremoto de 8,8 graus no Chile pode ter reduzido o comprimento do dia na Terra. Um modelo complexo usado pela NASA concluiu que a

    rotao da Terra deve ter mudado, encurtando o comprimento do dia

    em mais ou menos 1,26 microsegundos. Isso teria ocorrido por consequncia da mudana do eixo de massa em 8 cm.

  • PUCGois - Dep. de Engenharia

    Cincias do Ambiente - Ernesto Camelo de Castro 5

    Sismicidade no Brasil

    Sismos podem acontecer em qualquer local, mesmo nas partes mais internas das placas.

    Obviamente, com bem menores frequncia e

    intensidade.

    Algumas reas, no entanto, so mais ativas, como: Cear, Rio Grande do Norte e norte do Mato

    Grosso. As causas dessa variao de frequncia

    intraplaca ainda no esto bem explicadas.

    Faixa ssmica Gois-Tocantins

    Paralelismo

    evidente entre a

    direo dos

    epicentros e a

    orientao do

    lineamento

    Transbrasiliano, que

    uma estrutura

    formada no final do

    Pr-Cambriano e

    incio do Paleozico

    (~570Ma).

    Provncias Geolgicas Provncias Geolgicas

    Escudos - Um Escudo, ou Escudo Cristalino, em geologia,

    uma grande rea de rochas gneas e metamrficas de alta

    temperatura do Pr-Cambriano que se encontram expostas,

    formando zonas tectonicamente estveis. Em todos os escudos

    a idade das rochas superior a 570 milhes de anos chegando

    mesmo aos 3.500 milhes de anos.

  • PUCGois - Dep. de Engenharia

    Cincias do Ambiente - Ernesto Camelo de Castro 6

    Provncias Geolgicas

    Plataforma uma rea continental coberta predominantemente por um estrato sedimentar relativamente plano ou suavemente

    inclinado que se sobrepe a uma base de rochas gneas ou

    metamrficas de deformaes pretritas.

    Plataformas, escudos e rochas basais juntas constituem os

    cratons.

    Provncias Geolgicas

    Orgenos Se refere a montanhas construdas atravs do soerguimento abrupto em termos geolgicos da crosta

    continental, devido ao movimento confluente de placas

    tectnicas, tendo assim estrutura distinta e atividade tectnica

    frequente.

    Provncias Geolgicas

    Bacias Estruturais Formao estrutural em larga escala de estrato rochoso formada por empenamento tectnico de estrato previamente formado em

    plano. So, portanto, depresses geolgicas. Podem ser tambm bacias

    sedimentares que so acumulaes de sedimentos que preencheram uma depresso ou acumularam em uma rea. No entanto, muitas bacias estruturais

    so formadas por eventos tectnicos bem posteriores ao depsito das

    camadas sedimentares.

    Provncias Geolgicas

    Grandes provncias gneas So reas da superfcie da Terra que contm grande volume de rochas magmticas erupcionadas em intervalo de tempo

    geolgico extremamente curto (alguns milhes de anos ou menos). Estas

    provncias no esto associadas ao magmatismo de placas tectnicas. A maioria constituda de basalto, mas algumas contm grandes volumes de

    riolito associado.

    Provncias Geolgicas

    Crostas continentais estendidas A Crosta Continental, tambm conhecida como Concha Continental, a camada de rochas

    gneas, sedimentares e metamrficas que formam os

    continentes e as reas de mares rasos prximos s costas.

    Bibliografia de Referncia

    Teixeira, W.; Toledo, M.C.M.; Fairchild, T.R.; Taioli,

    F. (Orgs.) 2000. Decifrando a Terra. Oficina de

    Textos, CEN, So Paulo, SP.

    cap. 3: Sismicidade e estrutura interna da Terra.