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Simpósio de TCC e Seminário de IC , 2016 / 1º 97

CIÊNCIAS CONTÁBEIS      GESTÃO DE CUSTOS NA CADEIA LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COSTS MANAGEMENT IN THE SUPPLY CHAIN AND STRATEGIC PLANNING 

JOÃO PAULO BRAGA SANTOS

JÉSSICA DAYANE BATISTA DE JESUS

FRANCISCO PORTO DE ARAÚJO FILHO

Resumo Introdução: Um planejamento logístico estruturado possibilita o desenvolvimento de um sistema de serviços que efetivamente atenda as necessidades dos clientes, bem como permite mensurar custos e investimentos diante das incertezas proporcionadas pela infra-estrutura de transporte de cargas no Brasil. O papel do planejamento logístico como planejamento estratégico é o de facilitar a mensuração do nível de serviço que será oferecido ao cliente, principalmente em relação ao máximo que poderá ser oferecido sem comprometer sua rentabilidade. Objetivo: Este artigo teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica acerca da gestão de custos no planejamento logístico como parte integrante do planejamento estratégico e destacar fatores que contribuem para o sucesso empresarial das organizações. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa de revisão bibliográfica e com análise de dados secundários sobre a gestão de custos em logística Resultados: a partir dos resultados encontrados nessa pesquisa de revisão foi apresentada uma análise da importância da escolha da modalidade de transporte adequada para cada tipo de produto ou empresa. Conclusão: O papel do planejamento logístico aliado ao planejamento estratégico é atingir um elevado nível de serviço ao cliente pelo menor custo total possível por meio de alternativas logísticas, com ênfase na flexibilidade, agilidade controle operacional entre outros aspectos que impliquem em um serviço eficiente. Palavras-chave: Gestão de Custos; Planejamento Logístico; Planejamento Estratégico. Abstract Introduction: A structured logistics planning enables the development of a system of services that effectively meet customer needs and allows to measure costs and investments in the face of uncertainty provided by freight transport infrastructure in Brazil. The role of logistics planning and strategic planning is to facilitate the measurement of the level of service that will be offered to the customer, especially in relation to the maximum that can be offered without compromising profitability. Objective: This article aims to review literature about the cost management in logistics planning as part of the strategic planning and highlight factors that contribute to the business success of organizations. Materials and Methods: This is a qualitative research literature review and secondary data analysis on cost management logistics. Results: from the results found in this review research an analysis of the importance of mode choice was presented adequate transport for each type of product or company. Conclusion: The role of logistics planning coupled with strategic planning is to achieve a high level of customer service at the lowest possible total cost through alternative logistics, with an emphasis on flexibility, agility operational control among other things that result in efficient service. Keywords: Costs management; Logistical planning; Strategic planning.

INTRODUÇÃO O planejamento deve ser realizado para

iniciativas realmente importantes, as que possam contar com tempo hábil para o complexo ato de planejar. Acredita-se que as constantes mudanças externas têm grandes responsabilidades sobre os problemas internos das empresas, principalmente em relação às incertezas sistêmicas e ambientais, o equilíbrio existente.

Ou seja, planejar é focar naquilo que é importante e não o que é urgente, pois nesse caso significa que o planejamento não conseguiu prever todas as situações de crise.

O planejamento quando formulado de maneira apropriada, funciona como condição fundamental para a implantação de projetos exitosos, principalmente no caso daquelas iniciativas de maior complexidade, que exigem um bom planejamento estratégico1. Se o ato de planejar não é garantia de sucesso para qualquer projeto, dadas às inúmeras variáveis que influenciam sua realização, a falta dele, pode-se afirmar sem receio de errar contribui para os comuns insucessos na implantação.

1 Planejamento Estratégico 2011-2012. Rede SIM. Disponível em <http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1297269794.pdf>. Acesso em 14/06/16.

A importância da aplicação dos conceitos de planejamento estratégico nas organizações, no atual contexto globalizado e competitivo é condição fundamental para seu desenvolvimento econômico perene e sustentável (TERENCE, 2002). Nessa esteira encontra-se o planejamento logístico que conforme será demonstrado nesse artigo é função essencial para o sucesso empresarial de qualquer organização, assim como se refere à talvez a parte mais significativa na determinação do custo final de um produto.

Ficou evidenciado, por meio da revisão de literatura, que a logística se refere a todas as atividades vinculadas com o planejamento e domínio da circulação de bens e insumos, acondicionamento e processo de armazenagem, entrada e expedição de materiais e seus respectivos sistemas de comunicação (GIACOBO& CERETTA, 2003)2.

Dessa forma foi possível concluir que o papel do planejamento logístico aliado ao planejamento estratégico é atingir um elevado nível de serviço ao cliente pelo menor custo final possível por meio de alternativas logísticas, de

2 Custeio baseado em atividade como ferramenta estratégica na Mensuração do nível de serviço logístico. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/3Es/3es_2003/200.pdf> Acesso em 14/06/16

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maneira ágil e flexível no controle operacional, entre outros aspectos que impliquem em um serviço eficiente. MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, desenvolvido com base em pesquisa bibliográfica. Este artigo teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica acerca do planejamento logístico como planejamento estratégico e destacar fatores que contribuem para o sucesso empresarial das organizações no que se refere à importância da escolha da modalidade de transporte adequada para cada tipo de produto ou atividade, considerando os custos envolvidos no transporte de cargas no Brasil, e seus diversos modais.

Segundo Mendes, Silveira; Galvão, (2008), a revisão bibliográfica é um método que permite a investigação, a análise aprofundada e a síntese das evidências relacionadas ao objeto de estudo, resultando no mapeamento do estado da arte de determinado tema, bem como em um diagnóstico dos protocolos mais adequados a determinado problema de gestão, com a consequente redução de custos. Permite também identificar novas possibilidades de campo de pesquisa3.

A pesquisa bibliográfica se desenvolve com dados de análises já publicadas, sobretudo em periódicos científicos. A maioria dos trabalhos exploratórios exige uma pesquisa bibliográfica prévia, visando determinar em que situação se encontra o campo de estudo de determinado objeto (GIL, 2007).

Para a obtenção dos artigos e dados, foi realizado um levantamento em bases de dados eletrônicos e foram adotados critérios de inclusão, sendo considerados aqueles artigos que abordassem a temática de estudo, de leitura clara e precisa, cujo acesso ao periódico era livre aos textos completos, localizados através da busca com os seguintes descritores: Gestão de Custos; Planejamento Logístico; Planejamento Estratégico.

Para a seleção inicial optou-se pela leitura dos títulos e resumos, que se enquadraram nos critérios de inclusão, estes foram analisados na íntegra após a leitura criteriosa. Foi realizada a análise da pesquisa para apresentação, interpretação e conclusão do resultado conforme as normas do NIP (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa), da Faculdade ICESP/PROMOVE, 2016. A partir dos resultados encontrados foi apresentada uma análise da importância da escolha da modalidade de transporte adequada para cada tipo de produto ou atividade empresarial.

3 Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a Incorporação de evidências. <http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/18.pdf>.

Da análise da revisão da literatura foram elencados como resultados os eixos de discussão, que se apresentam como subcapítulos do próximo tópico. RESULTADOS

O Conceito de Logística A definição do conceito de logística se

vincula ao progresso dos sistemas de gestão e planejamento estratégico e o tema compreendido nesse artigo se relaciona com essa questão. Portanto, este deve ser compreendido de forma clara e objetiva, a fim de possibilitar uma melhor compreensão do assunto.

Segundo Ballou apud Giacobo & Ceretta (2004) a logística compreende as diversas etapas abrangidas com o planejamento e controle da circulação de bens e insumos, acondicionamento e processo de armazenagem, entrada e expedição de materiais e seus respectivos sistemas de comunicação. Possibilitando que operem de maneira integrada a fim de reduzir os custos envolvidos na entrega dos serviços de maneira competitiva4.

Com as mudanças advindas com a globalização, o mercado tornou-se altamente competitivo, nesse cenário as inovações tecnológicas ocorrem de maneira ininterrupta e em uma velocidade incrível, para se adaptar a um nível crescente de consumidores com diferentes necessidades e perfis de consumo. Nesse sentido as empresas têm buscado novas formas de gestão nas quais o planejamento em logística se insere como parte fundamental na busca por melhores resultados empresariais. (MATTOS, 2002).

Bowersox e Closs (2001) compreendem que a logística tem o papel estratégico de alcançar um padrão de serviço eficiente pelo custo final reduzido. Com alternativas operacionais adequadas, garantindo flexibilidade e celeridade na prestação do serviço.

Importante relacionar a logística o conceito de “serviço ao cliente” que conforme descreve Wood et al. (1999) é o conjunto de atividades desenvolvidas pela empresa na busca da satisfação dos clientes visando transmitir uma boa percepção e construir uma imagem de ótimo parceiro comercial.

Segundo Christopher apud Oliveira et. al. (2008, p. 12) pode-se definir a logística como [...] o processo estratégico de gestão das atividades que adquirem, movimentam e estocam materiais, insumos e o sistema de informações, relacionados a esse fluxo, visando aumentar a eficiência do serviço e reduzir o custo final.

4 Giacobo & Ceretta (2004). Planejamento logístico: uma ferramenta para o aprimoramento do nível de serviço. Disponível em: <https://centraldefavoritos.files.wordpress.com/2011/02/planejamento-logc3adstico.doc>

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Fleury apud Oliveira et. al. (2008, p. 12) apresenta uma interessante conceito de logística, ao descrever que essa é uma das atividades administrativas que mais evoluiu com o tempo. Passando da economia extrativista às operações planejadas, sistematizadas e especializadas no fluxo de bens e insumos a partir de suas funções mais precípuas: estoque, armazenagem e transporte.

A logística é importante por possibilitar a entrega de mercadorias e serviços aos clientes nos locais determinados, para suprir as necessidades dentro dos prazos negociados, nas melhores condições físicas, buscando proporcionar o máximo retorno financeiro para a empresa. Por isso a logística se insere no planejamento estratégico da empresa (BALLOU, 2001).

Para Novaes apud Giacobo & Ceretta (2004, p. 04): [...] a logística busca, de uma forma, aperfeiçoar as operações de gestão organizacional, garantindo rentabilidade por meio da eficiência no padrão de serviço prestado ao cliente, e ainda possibilitar à organização a ampliação de sua capacidade competitiva no mercado por meio da gestão e controle de custos.

Para Ballou apud Oliveira et. al. (2008, p. 12), a logística se refere ao conjunto das operações de transporte e estocagem, possibilitando o fluxo entre a aquisição dos insumos até o consumidor final. Também se responsabiliza pela gestão das informações relacionadas a essa movimentação de produtos, assegurando um nível de serviço competitivo e de baixo custo aos clientes. Dessa forma pode-se afirmar que o conceito básico de logística é otimizar e racionalizar o processo de disponibilização de produtos com o cumprimento de prazo, local e condições negociadas ao menor custo possível. Ou seja, a logística tem por função superar tempo e distância de forma eficaz e eficiente. Planejamento Estratégico

A importância da aplicação dos conceitos de planejamento estratégico nas organizações, no atual contexto globalizado e competitivo é condição fundamental para seu desenvolvimento econômico perene e sustentável.

O mundo se torna cada vez mais complexo e cabe às organizações e seus gestores se adequarem às novas estratégias organizacionais e as responsabilidades advindas dos novos papéis em cena decorrente dos novos nichos de mercado. Esse aumento da demanda exige um planejamento estratégico a fim de fidelizar clientes e reduzir riscos de determinadas decisões.

Atualmente o sucesso organizacional depende de uma estratégia empresarial baseada na eficácia de seu planejamento, essa é a ferramenta de gestão que determina o nível de competitividade da empresa no mercado globalizado.

O Planejamento estratégico se vincula aos objetivos de longo prazo de um projeto e compreende todas as atividades da empresa de forma integrada, incorporando aspectos institucionais, previsão de custos e investimentos e toda a cadeia logística envolvida. É o planejamento que orienta a missão, a visão e os objetivos da organização.

Atualmente a administração de empresas se baseia no Planejamento Estratégico, este tem o foco nas decisões de caráter estratégico que uma organização toma para superar os desafios e aproveitar as oportunidades de ampliação de sua competitividade.

A estratégia como foco empresarial tem se mostrado extremamente eficaz e necessária em um ambiente competitivo, nesse sentido podemos notar que as organizações estão se adequando a esse padrão competitivo, seja de porte pequeno, média ou grande e independentemente da atividade a que esteja vinculada a instituição precisa decidir com foco em uma gestão que minimize riscos e amplie a rentabilidade, de maneira adequada a sua visão/missão (ALDAY, 2000).

Historicamente a experiência brasileira no que se refere ao planejamento estratégico possui casos relacionados à gestão pública, segundo Andreuzza (2010, p. 06):

“O planejamento estratégico no âmbito do Estado brasileiro se deu principalmente entre os anos 1940 a 1970, representando a consolidação de uma experiência de governo nessa área. Os diversos Planos de Gestão que se seguiram no Pós-Segunda Guerra, dentre eles o Plano Salte, o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek e posteriormente os Planos Plurianuais determinados constitucionalmente são exemplificativos dessa consolidação estratégica. O Estado brasileiro tentou incorporar o planejamento estratégico, de médio e longo prazo, visando o desenvolvimento futuro e economicamente sustentável”

Para Drucker (2007), o planejamento não se refere apenas a decisões futuras, mas às conseqüências advindas das decisões tomadas agora, conceituando-o da seguinte maneira: É um processo permanente de tomada de decisões empresariais correntes, em bases sistemáticas e com o melhor conhecimento possível sobre os seus aspectos futuros, organizados sistematicamente os esforços exigidos para executá-los, e comparando os resultados dessas decisões às expectativas, por meio de um feedback sistemático e organizado.

Drucker (2007) define Planejamento Estratégico como um processo de continuado e sistematizado, que visa organizar a tomada de decisões com o menor risco possível, para tanto procura subsídios que possam auxiliar no ato de prever resultados. Nesse sentido que sua importância se apresenta no contexto

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economicamente globalizado em que se inserem as organizações.

Outra conceituação interessante apresenta o planejamento estratégico como o gerenciamento do processo de tomada de decisões, com vistas a otimizar as variáveis externas para a inovação e diferenciação no campo administrativo (OLIVEIRA, 2007).

Almeida (2005, p. 13), apresenta a importância do planejamento estratégico no sentido de que o atual mercado, do ponto de vista da competitividade requer das organizações cada vez mais capacidade de gerenciamento de informações para uma tomada de decisões com confiabilidade e com o mínimo de riscos. Nesse sentido, são estratégias de sistematização dessas informações que antecipam conseqüências futuras.

Os recursos a serem utilizados na gestão das organizações atualmente por meio do planejamento estratégico visam o aperfeiçoamento da utilidade dos recursos de forma a mitigar as deficiências, garantindo preço competitivo aos produtos disponibilizados e em consonância com as demandas dos clientes.

Segundo Kotler (2009, p. 63), “a definição de planejamento estratégico envolve a compreensão das etapas do gerenciamento e adequação dos objetivos e recursos disponíveis para que a empresa consiga permanecer no mercado frente às mudanças e oportunidades. Assim podemos concluir que o planejamento estratégico é a busca de uma orientação ou retomada dos objetivos estratégicos da empresa de maneira rentável.

Da mesma forma um bom planejamento estratégico pode reorientar os processos gerenciais de uma organização com vistas ao seu bom desempenho, por isso um mapeamento dos indicadores de desempenho de uma organização quanto aos seus aspectos gerenciais pode servir de instrumento importante para a tomada de decisões.

Afinal o papel da estratégia empresarial é determinar as necessidades da organização em termos de qualificações, no qual estabelecem uma visão sobre a forma de gestão dos recursos humanos, dos sistemas de informação, e do padrão administrativo adotado pelas organizações (OLIVEIRA, 2007). Planejamento Logístico e Gestão de Custos

Segundo Heikkilä apud Giacobo & Ceretta (2004, p. 04) um planejamento logístico bem fundamentado leva a consolidação de um processo eficiente na entrega dos serviços aos clientes, de maneira rentável e com baixo custo.

Cabe ao planejamento logístico o papel de determinar os investimentos necessários para a entrega do produto final, considerando o modal mais adequado ao fluxo de produção. Representa a antecipação de riscos, garantindo ao cliente um nível de serviço, que garanta a melhor relação

entre o investimento envolvido e a rentabilidade final do produto, ou do serviço prestado.

Segundo Giacobo & Ceretta (2004, p. 04): o planejamento logístico deve ser integrado ao planejamento estratégico da organização, garantindo que ambos sejam executados alinhadamente, visando atingir os resultados esperados. É importante o desenvolvimento de uma estratégia que englobe as diversas etapas do processo gerencial e de produção da empresa, garantindo o sucesso dos objetivos almejados.

A direção da organização precisa consentir com as estratégias de logística implementadas, de forma que a posição ocupada no mercado seja impactada de forma positiva, principalmente frente aos acionistas que se utilizam de subsídios de custos e rentabilidade para a tomada de decisões de investimento.

Segundo Ballou (2001)5, o planejamento logístico busca traçar estratégias para a resolução de problemas que envolvem quatro requisitos fundamentais: 1) o padrão de serviço disponibilizado ao cliente; 2) Rotas de tráfego e posição geográfica dos centros de distribuição; 3) decisões relacionadas aos níveis de estoque e; 4) decisões de logísticas que compreendam todo as etapas, desde a aquisição de matérias primas até a entrega do produto final”.

São variáveis essenciais e que devem ser levadas em conta no planejamento logístico integrado ao planejamento estratégico, resultando no cumprimento dos objetivos e no atendimento das demandas dos clientes de forma eficiente.

Um planejamento logístico adequado permite prospectar com eficácia os resultados esperados e os custos envolvidos, de forma a definir o modelo de gestão a ser delineado, com base nos recursos disponíveis e nos limites de investimento da organização.

Martins e Laugeni apud Oliveira et. al. (2006, p. 9) definem Planejamento Estratégico como o processo de fixação de diretrizes para as mais diversas atividades da empresa, principalmente aquelas relacionadas aos custos logísticos.

A gestão de custos no planejamento logístico permite a tomada de decisões em condições de maior competitividade, inclusive porque envolve a definição de alternativas de decisão que se utilizam de subsídios de informações das diversas áreas, tais como, administrativa, financeira, de marketing e de produção.

A logística então pode ser entendida como parte do planejamento estratégico, já que visa contribuir para garantia de rentabilidade e por

5 Giacobo & Ceretta (2004). Planejamento logístico: uma ferramenta para o aprimoramento do nível de serviço. Disponível em: https://centraldefavoritos.files.wordpress.com/2011/02/planejamento-logc3adstico.doc.

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meio de decisões competitivas de mercado. É um subsistema gerencial que funciona de maneira fundamental quando integrado à gestão estratégica da organização.

Por isso é essencial que o planejamento logístico aliado a sua gestão de custos seja eficaz, que auxilie na gestão dos processos dentro da cadeia de valor da empresa buscando a geração de oferta de valor superior ao cliente.

No que se refere aos custos, Padoveze; Takakura Jr. (2013, p. 23) afirma que estes podem ser definidos de forma simples como a maneira de determinar economicamente o valor de cada operação ou atividade da organização, também sendo aplicado aos produtos e serviços finais. Esse conceito se aplica à noção de receita como mensuração dos custos dos produtos e serviços gerados pela instituição.

A abordagem sistêmica entende que os custos podem ser definidos a partir da noção de sistema aberto, ou seja, representa o processamento (entrada) de recursos para a entrega final de produtos ou serviços (saída).

Conforme afirmação de Maher (2001, p. 64), Custo nada mais é que um sacrifício de recurso usado para comprar algo independente se o pagamento será a vista ou parcelado, o custo de cada item é seu preço. Ele especifica que despesa é diferente de custo, onde ele conceitua despesa como um custo lançado contra uma receita de um dado período contábil.

De acordo com a IBRACON (2000) custo alude aos gastos sobrevindos durante a produção de bens e ou serviços, como por exemplo, o desembolso para obtenção de matéria-prima para preparação de um produto ou execução de um serviço.

Segundo Iudicibus (1993, p. 79), uma importante ferramenta de análise de custos é a técnica de análise de Custo/Volume/Lucro, mantendo em vista suas limitações, se torna uma base para tomadas de decisões. Em relação a tomadas de decisões de mercado, não existe certeza ou determinação inconteste, ou seja, cabe ao profissional de custos estarem preparado para reformular sua mensuração a depender do movimento das variáveis que se apresentem.

Conforme com Wernke (2004, p.12), podemos classificar os custos conforme sua aplicação gerencial, sendo as principais a que se seguem:

1. Quanto à tomada de decisão Os custos relevantes são aqueles que

diferem de uma alternativa para outra, que alteram dependendo da decisão tomada e os custos não relevantes são os que não sofrem alteração, independente das decisões tomadas. Dessa forma os custos realmente importantes com relevância à tomada de decisão são os relevantes, os outros não têm a necessidade de atenção.

2. Quanto à identificação

Custos diretos são identificados de maneira simples, por possuírem características que os diferencia de maneira objetiva, assim também sendo mensurados, de maneira singular, sem a necessidade de subdivisão. São correspondentes aos gastos específicos do produto ou serviço, ou seja, os gastos não ocorrem se não houver produção de unidade ou execução de serviços.

Custos indiretos são os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou objetivas aos produtos ou serviços, caso sejam cominados a produção ou prestação de serviço devem ser especificados por critério de rateio de forma que utiliza o rateio convencional, em que são alocados as parcelas dos custos indiretos aos diferentes centros de custos.

3. Quanto ao volume de produção Custos variáveis Leone (2000) ensina que o termo “custear”

significa coleta, organização, análise e interpretação dos gastos para subsidiar as tomadas de decisões em gestão empresarial. Ainda seguindo a linha de conceitos do autor, define “Sistema” como um conjunto de elementos administrativos, de registros, de fluxos, de procedimentos e de normas coordenadas que visam um objetivo.

Sistema de custeamento por Ordem de Produção

Leone (2000, pg. 235) diz que o sistema de custeamento por ordem de produção é o sistema de custos que acumula e registra dados de operações das fábricas que trabalham sob regime de encomenda.

Sistema de custeamento por Processos O autor explica que o sistema de custos

por Processo, é usado por empresas que produzem de modo contínuo, atendendo a demanda mercadológica, não apenas por pedidos individuais de clientes. O processo produtivo ou a prestação do serviço ocorre de maneira interrupta e em massa. (Leone, 2000).

O custeio ABC (Activity-Based Costing), conhecido como Custeio baseado em atividades, tem o objetivo de minimizar as diferenças ocasionadas pela utilização do rateio dos custos indiretos. A sua aplicação envolve cinco critérios que são; identificação de atividades relevantes, atribuição de custos às atividades e atribuição dos custos das atividades aos produtos.6

Existe uma diferença entre os sistemas de custeamento, e está ligado direto ao objeto do custeio, o objeto do custeio dentro do sistema por ordem de produção é o produto ou serviço oferecido. Já no custeamento por processo, são todas as atividades de produção envolvidas na

6 Colunista Portal – Finanças E Areas Afins (2014). Custeio ABC: O que é? Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/contabilidade/artigos/55293/custeio-abc-o-que-e acesso em 06/07/2016

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fabricação ou execução do serviço que se caracteriza o objeto do custeio.

Os preços que um operador logístico precisa pagar pelo transporte estão ligados às particularidades dos custos de cada tipo de serviço (Ballou, 2006, p. 163).

Bowersox (2006), afirma que não existe transporte barato. Pois este é crucial e deve ser administrado com eficiência e eficácia para que o desempenho dos setores seja alcançado atendendo as expectativas, as despesas logísticas de uma empresa têm cerca de 60% comprometidos pelo departamento de transporte.

Os serviços de transportes estão ligados a uma série de custos, como exemplos combustíveis, operadores, entre outros. Existe uma combinação de custos para cada tipo de produto, são divididos em dois grupos, custos gerados conforme o serviço ou volume são os custos variáveis e os custos invariáveis (fixos).

Para a formação de preço de logística de qualquer produto, é aconselhável classificar os custos constantes no volume normal de atividades do transportador como custos fixos, e o restante como custos variáveis.

Segundo Bruni (2004, p. 322), “Três processos distintos podem ser empregados na definição de preços e costumam basear-se: nos custos, no consumidor ou na concorrência.” Por sua vez, Martins (2006, p. 218) complementa que: “Para administrar preços de venda, sem dúvida é necessário conhecer o custo do produto; porém essa informação, por si só, embora seja necessária, não é suficiente.” O autor pondera ainda que: “Além do custo, é preciso saber o grau da elasticidade da demanda, os preços de produtos dos concorrentes, a estratégia de marketing da empresa e também o tipo de mercado em que a empresa atua.”7

O transporte por dutos, por exemplo, no que se refere aos custos pode ser comparado ao transporte rodoviário.

Nesse caso, é considerado o modal que possuí o maior percentual de custo fixo se comparado aos outros modais, isso se dá ou valor que deve ser investido em terminais, e equipamentos de bombeamento, direito de uso da via, e vários outros custos. Portanto, este modal trabalha com volumes bem elevados, para que estes custos fixos possam ser rateados, tornando o modal mais competitivo.

Segundo Oliveira et. al. (2008, p. 19): As operações logísticas, desde que planejadas, destacam-se como uma forma de competição estratégica que permitem obter vantagens diferenciadas que vão além das características de qualidade do produto. Elas referem-se ao posicionamento e meios que são adotados por

7 Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/mostraucsppga/mostrappga2013/paper/view/3591/1093 acesso em 06/07/2016

uma empresa, com o intuito de alcançar vantagem competitiva a longo prazo. A gestão logística e sua respectiva estratégia devem ser parte integrante da estratégia global da organização.

Ballou (1999) apud Oliveira (2006, p. 20)8, destaca que uma estratégia logística bem definida aborda os seguintes objetivos:

a) redução de custo: é a estratégia dirigida para minimizar os custos variáveis associados à movimentação e à estocagem. A melhor estratégia é geralmente formulada pela avaliação de meios alternativos de ação, como a escolha entre diferentes localizações de armazéns ou a seleção entre modais alternativos de transportes. Os níveis de serviço se mantêm constantes, enquanto alternativas de custo mínimo estão sendo estabelecidas, tendo assim a maximização do lucro da empresa;

b) redução do capital: é uma estratégia direcionada para minimização do nível de investimento no sistema logístico. Maximizar o retorno sobre o investimento é o foco dessa estratégia. Para isso, transportar produtos diretamente para clientes, evitando despesas de armazenagem, selecionar uma abordagem de suprimentos just-in-time em vez de manutenção de estoque, ou terceirizar serviços logísticos são alguns exemplos;

c) melhorias no serviço: são estratégias que normalmente reconhecem que as receitas dependem do nível do serviço fornecido, embora os custos aumentem rapidamente com elevados níveis logísticos aos clientes;

A estratégia competitiva de uma organização deve se definir pelo conjunto das demandas e necessidades do consumidor que se pretende alcançar por meio de seus produtos e serviços (OLIVEIRA et. al., 2006).

A função logística se insere no planejamento estratégico da organização na medida em que tocar em pontos fundamentais e que podem determinar o alcance ou não de uma maior vantagem competitiva. Essas atividades relacionam-se às decisões e à gestão estratégica da própria empresa.

Por exemplo, decisões sobre serviços, produtos, mercados, parcerias, investimentos, recursos entre outras áreas afetas à administração e ao planejamento estratégico da empresa, pois a função logística deve ser considerada como de longo alcance.

Fica demonstrado então que o planejamento logístico baseia-se no planejamento estratégico organizacional, garantindo a

8 Giacobo & Ceretta (2004). Planejamento logístico: uma ferramenta para o aprimoramento do nível de serviço. Disponível em: https://centraldefavoritos.files.wordpress.com/2011/02/planejamento-logc3adstico.doc.

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integração das decisões e a eficiência para atingir os objetivos estabelecidos.

Dentro da composição de custos no planejamento logístico o transporte se apresenta como o elemento mais importante para a maioria das empresas, pois é a função básica que trata da movimentação de matérias-primas e produtos.

Cabe ao planejamento logístico determinar as atividades de movimentação e armazenagem, buscando facilitar o fluxo de produtos desde a compra da matéria prima até o consumidor final, bem como a atribuição por gerenciar todo o fluxo de dados sobre os produtos em movimento, visando alcançar níveis satisfatórios de serviços aos clientes ao um custo razoável.

Por isso é fundamental a escolha da modalidade de transporte adequada para cada tipo de produto ou empresa, afinal este elemento está diretamente relacionado ao custo final do produto, que se baseia no tempo e distância do fluxo de entrega. Uma empresa desenvolve sua imagem junto aos clientes conforme consegue obter confiabilidade refletida na habilidade de entregar o produto negociado dentro do prazo determinado.

Segundo Oliveira et. al. (2006, p. 49): O transporte de materiais é fundamental dentro da empresa é inquestionável, abrangendo a supervisão de tráfego e operações, a análise de custos e o estudo econômico das operações. A supervisão do tráfego e de operações analisa as possibilidades de uso de determinada linha, a viabilidade econômica da utilização da rota e a modalidade específica, também controlam o cumprimento de prazos de entrega estabelecidos, assim mediante relatórios periódicos constando rotas de grande relevância, possibilidade de decisões mais acertadas ao gestor.

Cabe ao estudo econômico verificar a rentabilidade do processo logístico bem como a análise de custos envolvidos conforme determinada época.

Segundo Oliveira et. al. (2006, p. 49) as modalidades de transporte dividem-se em:

a) rodoviário: transporte rodoviário é aquele realizado em estradas de rodagem, com a utilização de veículos como caminhões e carretas, podendo ser usado nacionalmente ou internacionalmente. As principais vantagens desde método são sua adaptabilidade a curtas e médias distâncias devido a sua agilidade no acesso às cargas podendo ainda atuar de forma complementar a outros modais. Por outro lado, em alguns casos possui fretes mais altos e apresenta uma menor competitividade para longas distâncias;

b) ferroviário: para mercadorias de menor valor agregado e não perecíveis, o transporte comumente utilizado é o ferroviário. Para o transporte de produtos a longa distância e de grande quantidade de cargas o seu baixo custo torna-se um grande diferencial entre algumas empresas. Quase metade da malha ferroviária do

País - 14.500 quilômetros - concentra-se em três estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Operam predominantemente no transporte de cargas. As linhas de passageiros limitam-se aos subúrbios dos grandes centros urbanos. A enorme heterogeneidade do sistema ferroviário brasileiro, com ferrovias modernas e produtivas convivendo ao lado de outras deficitárias, o sistema registra bom desempenho, com elevados índices de produtividade, quando comparado ao dos países com economias semelhantes à nossa;

c) hidroviário: o Brasil é privilegiado em termos de recursos hídricos em geral e de vias navegáveis em particular. O país tem mais de quatro mil quilômetros de costa atlântica navegável e milhares de quilômetros de rios. Apesar de boa parte dos rios navegáveis estarem na Amazônia, o transporte nessa região não tem grande peso econômico, por não haver nessa parte do país mercados produtores e consumidores de peso. Por isso, os trechos hidroviários mais importantes, do ponto de vista econômico, encontram-se no sudeste e no sul do país.

O pleno aproveitamento de outras vias navegáveis depende da construção de eclusas, pequenas obras de dragagem e, principalmente, de portos que possibilitem a integração intermodal.

O principal porto brasileiro é o de Santos (São Paulo), com mais de 11 quilômetros de cais acostável. Outros portos que se destacam são: Rio Grande (Rio Grande do Sul) e Paranaguá (Paraná), principalmente pela movimentação de grãos; Sepetiba (Rio de Janeiro), Tubarão (Espírito Santo) e Itaqui (Maranhão), enormes terminais especializados em minério; e os portos do Rio de Janeiro, Itajaí (Santa Catarina), Recife (Pernambuco) e outros dedicados à carga geral, contêineres e granéis.

d) intermodal: a logística em termos de aplicação em serviços de transporte está ligada aos cálculos de distribuição racional de produtos e a definição da faixa apropriada de uso de cada modalidade e das suas vantagens específicas em relação às demais. Quando uma modalidade não consegue fazer o transporte do centro de produção ao mercado consumidor ou o custo quando está elevado podemos utilizar a intermodalidade, ou seja, utilizar dois ou mais tipos de modais. A integração de modais diferenciados faz que os benefícios de cada meio sejam melhor aproveitados. Isto pode ser apresentado através de melhor custo e melhor serviço. GRÁFICO 1 - PRINCIPAIS MODAIS UTILIZADOS DO BRASIL

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Fonte: ANTT, 2006.

Na determinação dos custos está ainda a distribuição que podem ser itens variáveis conforme volume transportado; ou fixos estes não são alterados conforme o volume de produtos a serem transportados, podendo ocorrer custos operacionais relcionados à manutenção. Os custos são diferentes para cada modalidade de transporte, por isso é importante a escolha do modal adequado para o tipo de produto transportado, pois o custo sendo maior, conseqüentemente a margem de lucro diminui. CONCLUSÃO

Este artigo teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica acerca da gestão de custos e planejamento logístico como planejamento estratégico e destacar fatores que contribuem para o sucesso empresarial das organizações.

Ficou demonstrado, por meio da revisão de literatura, que um planejamento logístico estruturado possibilita o desenvolvimento de um sistema de serviços que efetivamente atenda as necessidades dos clientes, bem como permite mensurar custos e investimentos diante das incertezas proporcionadas pela infra-estrutura de transporte de cargas no Brasil.

O papel do planejamento logístico como integrado ao planejamento estratégico é o de facilitar a mensuração do nível de serviço que será oferecido ao cliente, principalmente em relação ao máximo que poderá ser oferecido sem comprometer sua rentabilidade.

Nesse sentido, com um mercado altamente competitivo por conta da globalização, tornou-se extremamente importante ter um planejamento integrado no qual se insere inclusive os custos de logística, que podem determinar o sucesso ou não de uma empresa, pois está relacionado ao custo final do produto e na obtenção da confiabilidade da empresa perante seus clientes.

As empresas têm buscado novas formas de gestão nas quais o planejamento em logística se insere como parte fundamental na busca por melhores resultados empresariais.

O papel do planejamento logístico aliado ao planejamento estratégico é atingir um padrão de excêlencia na prestação de serviço ao cliente pelo custo mínimo possível por meio de alternativas logísticas, flexíveis, ageis e de competitividade. REFERÊNCIAS 1. ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro. Manual de Planejamento Estratégico. São Paulo: Atlas, 2005. 2. ANDREUZZA, Mário Giussepp Santezzi Bertotelli. Planejamento Estratégico. 2010. Disponível em: www.madeira.ufpr.br/disciplinasgarzel/12.pdf Acesso em: 13/06/2016. 3. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4ª ed. Porto Alegre: Bookmann, 2001. 4. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. 5. BOWERSOX, Donald J. Gestão logística de cadeias de suprimentos. Tradução Camila Teixeira Nakagawa, Gabriela Teixeira Nakagawa. – Porto Alegre: Bookman, 2006. 6. Colunista Portal – Finanças E Areas Afins (2014). Custeio ABC: O que é? Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/contabilidade/artigos/55293/custeio-abc-o-que-e acesso em 06/07/2016 7. CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 2001. 8. ______, M. A Logística do Marketing: otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. 4. ed. São Paulo: Futura, 1999. 9. DORNIER, Philippe-pierre. Logística e operações globais: textos e casos / Philippe-pierreDornier...[et al.] – São Paulo: Atlas, 2000. 10. DRUCKER, F. Peter. Inovação e espírito empreendedor. 2ª edição, São Paulo: Pioneira, 2007. 11. FLEURY, P. F.; WANK, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logística Empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. 12. GIACOBO, Fabiano; CERETTA, Paulo Sérgio Planejamento logístico: uma ferramenta para o aprimoramento do nível de serviço. VI SEMEAD. Seminários em Administração FEA-USP 10 e 11 de Agosto de 2004. Disponível em: <https://centraldefavoritos.files.wordpress.com/2011/02/planejamento-logc3adstico.doc>. acesso em 14/06/2016. 13. GIACOBO & CERETTA (2003). Custeio baseado em atividade como ferramenta estratégica na Mensuração do nível de serviço logístico. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/3Es/

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