UNIVERSIDADE CATLICA DE PETRPOLIS

CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAO

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

A CIDADE MUULMANA

Origem e Formao

Jssica Beck Blaezer

Jos Marcos Braga

Mariana Silva Banker Marinho Rocha

Petrpolis

2014

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Jssica Beck Blaezer

Jos Marcos Braga

Mariana Silva Banker Marinho Rocha

A CIDADE MUULMANA

Origem e Formao

Trabalho apresentado Universidade Catlica

de Petrpolis como exigncia para obteno da

aprovao parcial na disciplina Histria das

Cidades.

Professor: Douglas Cerqueira Gonalves

Petrpolis

2014

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SUMRIO

1. INTRODUO .................................................................................................... 4

2. EXPANSO RABE ........................................................................................ 23

3. ORIGENS ........................................................................................................... 29

4. URBANISMO MUULMANO .......................................................................... 8

5. CONCLUSO .................................................................................................... 35

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1. O ISLAMISMO

Islamismo, Islo (portugus europeu) ou isl (portugus brasileiro) (em rabe:

; transl.: Islm), uma religio abramica monotesta articulada pelo Alcoro, um

texto considerado pelos seus seguidores como a palavra literal de Deus (Al, em rabe:

; transl.: Allh), e pelos ensinamentos e exemplos normativos (a chamada suna, parte

do hadith) de Maom. Um adepto do islamismo chamado de muulmano.

Os muulmanos acreditam que Deus nico e incomparvel e o propsito da

existncia ador-lo. Eles tambm acreditam que o isl a verso completa e universal

de uma f primordial que foi revelada em muitas pocas e lugares anteriores, incluindo

por meio de Abrao, Moiss e Jesus, que eles consideram profetas. Os conceitos e as

prticas religiosas incluem os cinco pilares do islo, que so conceitos e atos bsicos e

obrigatrios de culto, e a prtica da lei islmica, que atinge praticamente todos os

aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientao sobre temas variados, como

sistema bancrio e bem-estar, guerra e ao meio ambiente.

Com cerca de 1,41-1,57 bilho de muulmanos, compreendendo cerca de 21-

23% da populao mundial, o islo a segunda maior religio e uma das que mais

crescem no mundo.

Maom, oriundo de uma famlia pobre, nasceu em Meca em 570 ou 571 d.C.

Aos 15 anos de idade entrou para o comrcio de caravanas. Nas suas viagens, Maom

entrou em contato com o cristianismo e o judasmo, que se tomaram a base do

islamismo.

Segundo ARRUDA (1993), "o Islo nasceu em 630, ano em que Maom

destruiu os dolos da Caaba, smbolos do politesmo, e em seu lugar introduziu o

monotesmo, representado por um nico deus, Al.

Maom foi um lder religioso e poltico rabe. Segundo a religio islmica, o

mais recente e ltimo profeta do Deus de Abrao.

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2. ORIGEM DA CIVILIZAO

A Civilizao Muulmana tem a sua origem na pennsula da Arbia. Este

territrio era habitado por tribos nmades e independentes. As suas principais formas de

subsistncia eram a pastorcia e o comrcio. A atividade comercial possibilitou o

desenvolvimento de cidades, pontos de chegada e partida de rotas caravaneiras. A

Pennsula Arbica era um ponto de passagem no comrcio entre a sia e a Europa,

principalmente, a zona mediterrnica.

O deserto era o seu principal meio ambiente, local de difcil deslocao e

orientao. As suas viagens eram feitas a camelo e desenvolveram tcnicas de

orientao cada tribo os seus deuses pelos astros. At ao sculo VII, os rabes eram

politestas. O Mundo rabe deste perodo no tinha unidade poltica, nem unidade

religiosa.

Em finais do sculo IX, o califado abssida viu-se desmembrado pelo

aparecimento de principados independentes nas provncias orientais e de califados rivais

no Norte de frica (os fatmidas) e na Pennsula (os omadas). Antes do final do sculo

X, os mongis, sob o comando de Hulegu Khan, um neto de Gengis Khan, acabaram

com o califado.

At esse momento, o Poder islmico tinha estado vinculado a famlias de

origem rabe que, com muita freqncia, estavam diretamente relacionadas com

Maom. Todavia, essa situao tornava-se cada vez mais difcil de manter, na medida

em que a maioria dos povos que tinham abraado o Isl no era rabe, e os respectivos

sbditos pretendiam uma distribuio mais equitativa do poder.

A quebra mais significativa dessa regra no escrita do poder islmico produziu-

se com o aparecimento do imprio otomano. A primeira manifestao deste surgiu num

pequeno principado situado no Noroeste da Anatlia, nascido aps a derrocada do

sultanato de Rum.

Por volta de 1325, os otomanos, ardentes entusiastas da idia de uma guerra

santa, conquistaram Bursa, que se converteu na sua capital, e em 1338 expulsaram os

bizantinos da Anatlia. A partir desse momento, a expanso otomana tornou-se

imparvel. Em 1453, o sulto Maom II chegou mesmo a conquistar Constantinopla. Ao

longo do sculo XVI, os otomanos expandiram-se pelo Iro, Sria e Egito, mas

transformaram-se, sobretudo, num pesadelo para a Europa, onde se chegou a pensar que

poderiam ser o sinal que anunciava o final dos tempos. Durante o reinado de Solimo I,

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o Magnfico, o baque passa a ser territrio otomano, mas foram sobretudo o

Mediterrneo e a Europa central que se converteram em cenrio de espetaculares

confrontos.

Em 1529, Solimo submeteu a cidade de Viena a um cerco que esteve prestes a

concluir com xito. Durante as dcadas seguintes, os otomanos apoiaram todos os focos

de luta islmica, desde os que surgiram em Granada at as bases de piratas berberes

situadas no Norte de frica. O avano otomano foi apenas travado aps a vitria

conseguida pelas tropas espanholas (aliadas a Veneza e Santa S) na batalha de

Lepanto (1571).

A partir desse momento, a decadncia otomana tornou-se um fenmeno

evidente. Aps o fracasso do segundo cerco a Viena (1683), o imprio foi derrotado,

primeiro pela ustria e depois pela Rssia. Foi assim que o Isl, que j tinha sido

varrido da Pennsula Ibrica, se viu expulso da Crimeia, do Norte do Danbio e do

Leste do Dniester.

Paralelamente, foram surgindo em diferentes partes do imprio governantes

que possuam uma autonomia quase total em relao ao governo central. Esta situao

provocou uma dupla reao que viria a encontrar paralelo no Isl do sculo XX

Enquanto um sector do imprio otomano considerava que semelhantes desastres s

poderiam ser conjurados se verificasse um regresso firme ao Isl, outro defendia um

processo de ocidentalizao que permitisse modernizar o imprio. Foi esta viso que,

finalmente, se imps, sob a liderana de Mahmud II.

A partir da primeira metade do sculo XIX, o imprio otomano foi alvo de

grandes reformas, mas para poder lev-las a cabo teve de se endividar

extraordinariamente. Semelhante circunstncia contribuiu para acentuar o peso das

potncias estrangeiras, o que teve como conseqncia direta a adoo de medidas mais

liberais, como as de outorgar aos no muulmanos os mesmos direitos e deveres dos

muulmanos.

Na dcada de 60 do sculo XIX, um grupo conhecido como "os Novos

Otomanos" reivindicou e obteve uma srie de reformas, incluindo a promulgao de

uma constituio que apenas duraria dois anos, sendo depois reposta em 1908 graas

sublevao militar dos Jovens Turcos.

Este passo poderia ter significado a modernizao da nica potncia islmica

importante do sculo XIX, mas o deflagrar da Primeira Guerra Mundial veio mudar

radicalmente a situao. A derrota otomana no conflito representou o fim do seu

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imprio asitico e, em especial, o aparecimento de uma srie de protetorados de

populao islmica no Mdio Oriente que, sob a tutela da Gr-Bretanha e da Frana,

ambicionavam a independncia.

As consequncias deste fenmeno foram bem diversas. Enquanto a Turquia, a

partir de 1919, sofria uma revoluo dirigida por Mustaf Kemal (Ataturk, "o pai dos

turcos") com o claro objetivo de moderniz-la, as recentes ou futuras naes rabes

abraavam uma espcie de "legitimidade" islmica.

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3. A EXPANSO RABE

A expanso do islamismo configura o maior movimento de conquista religiosa

da Histria da humanidade. O islo surgiu entre pequenas hordas pastoris da Arbia no

sculo VII, com base nos ensinamentos de Maom. Alm do velho esprito de saques de

terras e bens tpicas de todas as hordas pastoris humanas, somou-se a esses povos um

sentimento de destinao sagrada.

A doutrina maometana uma sintetizao das tradies judaicas, gregas e

iranianas, definindo-se como uma religio universalista, marcada, mais que qualquer

outra, pelo salvacionismo de conquista e pelo expansionismo.

Assim, o islamismo se configura como um credo messinico que se orienta pela

expanso do domnio de Al sobre todos os povos possveis. Em consequncia, os

guerreiros muulmanos rapidamente se organizaram e se lanaram sobre diversas

sociedades feudalizadas.

Em poucas dcadas, o islamismo se alastrou por todo o Oriente Mdio e, a partir

dali, para o oeste, atingindo o Norte da frica, as ilhas mediterrnicas e a pennsula

Ibrica e para o leste, se expandindo pela sia, ndia, chegando Indonsia e

Indochina. Mais tarde, penetrou a frica Subsaariana, a Eursia e os confins do Oriente.

So muitas as razes que explicam a formao de imprio to vasto em um curto

espao de tempo, pois a maior parte das terras conquistadas j havia sido integrada

pouco mais de cem anos aps a morte de Maom. Entre as razes podemos citar que os

rabes eram uma fora organizada com habilidades e experincias militares, o fervor da

convico de que estavam espalhando a verdadeira religio de Deus, o fato dos Imprios

Bizantino e Sassnida estarem enfraquecidos por causa de muitas guerras e de

epidemias e o fato de, nas reas dominadas, manterem a segurana, a paz e impostos

razoveis, permitindo que cristos e judeus continuam-se praticando suas religies e

seus negcios (HOURANI, 2006).

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Figura: Mapa da rea de abrangncia do Imprio Islmico at o sculo VIII.

Nos territrios conquistados e anexados ao Imprio Islmico esto inseridos boa

parte dos biomas com menor disponibilidade de gua do planeta: os desertos do Saara e

da Arbia, e o bioma mediterrneo (extremo norte africano e sul da Europa).

A adaptao dos seres humanos aos biomas ridos foi possvel mediante a

adoo de prticas que tinham como principais objetivos coibir a desidratao e o

desequilbrio trmico por conta da evaporao insensvel, pois o clima to quente e

seco que o suor evapora extremamente rpido, no dando chances de que se perceba a

transpirao (MORAN, 1994). Os povos que vivem e viveram nesses biomas

desenvolveram estratgias que vo desde o tipo de vesturio que minimiza a ao dos

raios solares at a construo de cidades, cujas edificaes retardavam a entrada de ar

quente, seguindo certas tcnicas que foram difundidas e aperfeioadas no Imprio

Islmico.

No Fim do Imprio Romano, com a expanso rabe pelo mediterrneo,

comeam a surgir as cidades muulmanas. No sec. VII d.C os rabes invadem a costa

do mediterrneo que tinha o seu domnio antes pelos romanos.

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Na opinio de GOMA (1992), "a extenso do Islo no seu conjunto e no perodo

do apogeu (sculos VIII, IX e X) superava, em virtude do seu enorme desenvolvimento

para oriente, o Imprio Romano nos dias do seu maior esplendor".

Figura: Mapa do territrio conquistado pelos rabes - que corta em duas partes o Mar

Mediterrneo.

Para ARRUDA (1993), existem vrios fatores para explicar a expanso islmica:

"do ponto de vista social, teve muita importncia a necessidade de encontrar novas

terras para as populaes da Arbia, ento muito numerosas. Teve grande influncia

tambm a capacidade de integrao e miscigenao dos rabes com os povos

dominados. Quanto ao aspecto poltico, era indispensvel a unificao do mundo rabe,

que desse origem a um verdadeiro Estado. Finalmente, no aspecto religioso, havia a

obrigao de fazer a guerra santa, sustentada pela atrao do paraso. Ao morrer em

combate, o crente muulmano sabia que uma grande recompensa o esperava."

ARRUDA (1993) assinala ainda que "fora do domnio rabe, outros fatores

influenciaram a expanso islmica. Os dois Imprios mais fortes na poca eram o

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Bizantino e o Persa. Os dois se combatiam h sculos, acabando por enfraquecer-se. No

Ocidente, a fraqueza dos Estados germnicos que sucederam ao Imprio Romano

facilitou o trabalho dos rabes. Alem disso, os rabes permitiam uma relativa liberdade

religiosa aos povos que no queriam. converter-se o islamismo. Esses povos podiam

manter suas crenas, contando que pagassem uma soma em dinheiro: o imposto do

infiel. Como esses impostos eram mais leves do que os cobrados pelos persas e

bizantinos, os rabes eram preferidos pelas populaes dominadas por esses dois

imprios.

Segundo BENEVOLO (1993) "os rabes invadem as costas do Mediterrneo na

metade do sculo VH; encontram primeiro as zonas fortemente urbanizadas do Oriente

helenstico, se apoderam das cidades existentes -- Alexandria, Antioquia, Damasco,

Jerusalm -- e adaptam-nas s suas exigncias: Damasco se toma a primeira capital dos

califas, Omadas22 (de 660 a 750 d.C.) e no recinto sagrado da cidade surge a primeira

mesquita."

Ainda de acordo com o autor, nos novos territrios conquistados, "os rabes

preferem fundar uma srie de cidades novas: Kairouan na Tunsia em 670, Xiraz na

Prsia em 674, Bagd a nova capital dos califas; Abssidas23 -- na Mesopotmia. em

762, Fez no Marrocos em 808, o Cairo no Egito em 969; quando passam para a Espanha

(em 711) e para a Siclia (em 827), escolhem como capitais as cidades -- at ento

secundrias -- de Crdova e de Palermo, e transformam-nas em grandes metrpoles,

com centenas de milhares de habitantes."

A conquista muulmana na regio do Mediterrneo teve profundas

consequncias na Histria do Ocidente. Durante a Idade Mdia, os rabes enriqueceram

o patrimnio cultural do Ocidente com valiosas contribuies.

Destaca-se a introduo de novos produtos agrcolas e novas tcnicas de cultivo.

No artesanato, produziram artigos refinados em couro, seda e metal. Nas artes,

contriburam com a Arquitetura das mesquitas, com o minarete (torre da mesquita) e a

decorao com letras do alfabeto (arabescos). A cincia rabe realizou notveis

progressos na Fsica, Qumica, Matemtica, Astronomia, na Literatura, destacam-se os

contos As Mil e Uma Noites, o Livro dos Reis e Rubayat, de Omar Khayan. Na

Filosofia, sobressaiu-se o mdico e filsofo Ibn Rushd (Averres), de Crdova, que

traduziu as obras de Aristteles para a lngua rabe e introduziu-as no Ocidente.

(ARRUDA, 1993)

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4. CARACTERSTICAS DAS CIDADES

A civilizao muulmana veio a crescer exponencialmente logo aps a queda

do imprio romano. Pelo enfraquecimento do imprio, os rabes invadiram as reas

urbanizadas do antigo territrio romano e as ocuparam de forma imediata a ponto de

nem adaptarem sua cultura ao local de imediato.

Eles encontraram as cidades helensticas e a habitaram de forma rpida, com

os materiais locais e tcnica. Construram a primeira mesquita em Omadas, que por

esse motivo veio a ser a primeira capital dos rabes aps a queda do imprio romano.

Com um pouco mais de tempo eles se estabeleceram de forma permanente em suas

novas cidades e ento passaram a personalizar elas da maneira rabe.

Cidades ilustres com centenas de milhares de moradores comearam a

aparecer, mostrando ao mundo a grandiosidade do povo rabe. Com um crescimento um

tanto descontrolado foi necessrio que se fundasse mais uma srie de novas cidades.

Sendo essas Kairouan, Xirax, Cairo, Crdova, Palermo e Bagd.

As cidades islmicas fundadas ou transformadas pelos rabes, do Atlntico at

a ndia, eram muito semelhantes entre si e conservam a sua estrutura originria at a

poca moderna, bastante semelhante a das cidades antigas. Suas caractersticas mais

importantes so:

a) Todo o conjunto urbano da construo, incluindo casas, palcios e edifcios

pblicos, formam uma srie de recintos que se voltam para os ambientes internos

(ptios) e no para o espao externo;

b) Suas praas (goras, foros e mercados) so recintos maiores e no se confundem com

as ruas, as quais so corredores apenas suficientes para a passagem de pedestres e

trfego, sendo raras as praas alongadas ou as grandes ruas porticadas;

c) A simplicidade e o isolamento do novo sistema cultural defendido pelo Alcoro, livro

sagrado do islamismo, acabaram por reduzir todas as relaes sociais, o que fez com

que se diminusse a complexidade e a uniformidade das cidades helensticas e romanas.

O Islo acentua o carter reservado e secreto da vida familiar;

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d) Perde-se a regularidade em grande escala das cidades helensticas assim como uma

administrao municipal para imp-la. A cidade torna-se um agregado de casas,

geralmente de um andar s (como prescreve a religio), que se voltam para o

interior e mantm fachadas austeras; e as ruas so estreitas (sete ps, conforme a

regra de Maom), sendo algumas cobertas, formando um labirinto de passagens

cobertas que no permitem uma orientao e uma viso de conjunto do bairro;

e) O organismo urbano torna-se compacto e fechado por um ou mais muros que

diferenciam vrios recintos (o mais interno chama-se madina ou medina). As lojas

dos comerciantes no so agrupadas em uma praa, mas sim alinhadas em uma ou

mais ruas, cobertas ou no, cujo conjunto forma o bazar. Nessa tessitura irregular,

abrem-se e se valorizam os grandes ptios regulares das mesquitas.

f) Dentro do tecido urbano emaranhado, cada grupo tnico religioso tem seu bairro

distinto e o prncipe geralmente reside em uma zona perifrica (maghzen), protegida

por muros. A porta de entrada da cidade (bab) muitas vezes um edifcio monumental e

complicado (com uma porta externa um ou mais ptios intermedirios e

uma porta interna), de cuja entrada nasce a rede de ruas a partir de onde no so

mais possveis o encontro e a parada;

g) A proibio religiosa da representao da forma humana impede o desenvolvimento

das artes figurativas (pintura e escultura) e promove uma decorao abstrata

composta de figuras geomtricas e de sinais da escrita (arabescos), com notvel

uniformidade e totalmente integrada com a arquitetura.

Ao invs de baslicas, teatros ou estdios, a cidade muulmana enfatiza as

habitaes particulares (casas e palcios), alm de dois tipos de edifcios pblicos: os

banhos para as necessidades do corpo, que correspondiam s antigas termas; e as

mesquitas para o culto religioso.

As MESQUITAS (mezquitas) constituem-se em locais de culto muulmano

compostos por ptios porticados, com um prtico mais profundo dividido por muitas

fileiras de colunas, onde os fiis individualmente ou em grupos encontram um local

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isolado para rezar. Diferenciam-se assim dos templos pagos (edifcios fechados ao

pblico, que se olham do lado de fora) e das igrejas crists (espaos fechados unitrios,

onde todos os fiis participam de uma cerimnia coletiva).

Entre as cidades muulmanas mais caractersticas, destacam-se: Toledo

(Espanha), Casbah e Ghardaia (Arglia), Marrakesh (Marrocos), Tunis (Tunsia),

Trpoli (Lbia) e Alepo (Sria).

Na opinio de GOITIA (1992), "o aspecto da cidade muulmana muito mais

diferenciado que o da cidade clssica e da cidade moderna. Quanto mais complexa,

funcionalmente, for uma cidade, mais diferenciada ser suas estruturas. Daqui a

monotonia das cidades orientais, herdeiras, neste aspecto, das urbes pr-helnicas. O

mundo islmico recebeu boa parte da herana do mundo primitivo oriental, das cidades

egpcias e mesopotmicas. Se conhecssemos melhor estas ltimas, poderamos

determinar mais facilmente os antecedentes e a gnese das cidades do Islo, que nos

parecem hoje inslitas."

A simplicidade e o isolamento do novo sistema cultural defendido pelo

ALCORO (al-Quran) acabaram por reduzir todas as relaes sociais, o que fez com

que se diminusse a complexidade e a uniformidade das cidades helensticas e romanas.

O Islo acentua o carter reservado e secreto da vida familiar.

Figura: Salat (orao).

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Figura: Rua muulmana.

Ao invs de baslicas, teatros ou estdios, a CIDADE MUULMANA enfatiza

as habitaes particulares (casas e palcios), alm de dois tipos de edifcios pblicos: os

banhos para as necessidades do corpo, que correspondiam s antigas termas; e as

mesquitas para o culto religioso.

Figura: Sala pblica de Banho.

Figura: Banho individual.

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O organismo urbano torna-se compacto e fechado por um ou mais muros que

diferenciam vrios recintos, sendo o mais interno chamado de MEDINA (madina).

As lojas dos comerciantes no so agrupadas em uma praa, mas sim alinhadas

em uma ou mais ruas, cobertas ou no, cujo conjunto forma o BAZAR.

Figura: Bazar (Cairo, Egito).

Figura: Vista da Medina (Fez, Marrocos).

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Figura: Rua da Medina.

Figura: Bazar.

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Figura: Mercador de tapetes.

Com o Islo, perde-se a regularidade em grande escala das antigas cidades

helensticas assim como uma administrao municipal para imp-la.

Figura: Cidade de Argel ou El-Djazair (Al-Djazair) - Arglia, frica.

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Figura: Cidade de Al-Medina - Arbia Saudita, Oriente Mdio.

Na CIDADE MUULMANA, o labirinto de passagens cobertas no permite

uma orientao e uma viso de conjunto do bairro; e, nessa tessitura irregular, abrem-se

e se valorizam os grandes ptios regulares (sahn) das mesquitas, as quais so localizadas

por suas torres (minaretes).

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Figuras: Grande Mesquita (705/15 dC, Damascus Sria)

Dentro do tecido urbano emaranhado da cidade islmica, cada grupo tnico

religioso tem seu bairro distinto e o prncipe geralmente reside em uma zona perifrica,

protegida por muros e chamada de MAGHZEN.

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Figura: Cidade de Marrakesh (Marrocos, frica).

Figura: Complexo da Madrasa de Qalawun (1285/1356, Cairo Egito)

A porta de entrada da cidade ou BAB muitas vezes um edifcio monumental e

complicado com uma porta externa, um ou mais ptios intermedirios e uma porta

interna , de cuja entrada nasce a rede de ruas a partir de onde no so mais possveis o

encontro e a parada.

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Figura: Bab al-Nasr e Bab Zuwayla (1088/90, Cairo Egito)

Figura: Bab Boujloud (898 dC, Fez Marrocos)

No islamismo, a proibio religiosa da representao da forma humana impede o

desenvolvimento das artes figurativas (pintura e escultura) e promove uma decorao

abstrata composta de figuras geomtricas e de sinais da escrita mulumana

(ARABESCOS), com notvel uniformidade e totalmente integrada com a arquitetura.

23

Figura: Caligrafia islmica.

Figura: Ornatos geomtricos mulumanos.

24

Figura: Mausoleum Sultan Qalawun (1284/5).

Figura: Maydan-i-Shah (1611/39, Isfahan Ir).

Figura: ARABESCOS.

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Entre as cidades muulmanas mais caractersticas, alm de algumas j citadas,

destacam-se: Toledo (Espanha), Casbah e Ghardaia (Arglia), Fez e Marrakesh

(Marrocos), Tunis (Tunsia), Trpoli (Lbia) e Aleppo (Sria).

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Figuras: Cidade de Ghardai (Arglia, frica).

Situada margem do rio Tigre, BAGD (Bahgdad) foi fundada em 762, pelo

califa abssida al-Mansur, segundo um ambicioso plano urbanstico circular, com mais

2,5 km de dimetro, tendo sido destruda pelos mongis em 1258 e reconstruda no

mesmo lugar, sem reproduzir a originria regularidade.

Figura: Bagd.

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Figura: Vista da cidade de Bagd.

Como a nova capital dos califas abssidas, BAGD teve mais de um milho de

habitantes e foi, at o sculo IX, o mais importante centro de comrcio e cultura

mundial.

Governada pelos otomanos a partir do sculo XVI, foi vrias vezes conquistada

pelos iranianos, somente retomando sua prosperidade no sculo XVIII e tornando-se a

capital do atual Iraque.

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Figuras: Madrasa al-Mustansiriya (1236, Bagd Iraque).

Bero das trs maiores religies do mundo o cristianismo, o islamismo e o

judasmo a cidade de Jerusalm teve sua origem por volta de 3000 a.C., quando tribos

nmades da Palestina, originalmente pastores, passaram a viver da agricultura.

Figura: Mapa de Israel.

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Segundo a tradio bblica, em cerca de 1000 a.C., o rei hebreu Davi escolheu

este povoado s margens do deserto da Judia como capital de seu reinado, seguido pelo

do seu filho, Salomo, que construiu ali um templo em adorao a Deus, transformando

a cidade no centro da religio judaica. Daquele, s o Muro das Lamentaes teria

restado, sendo assim sagrado para os judeus.

Figura: Templo de Salomo.

Figura: Templo de Salomo (Reconstituio).

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Figura: Muro das Lamentaes.

Figura: Cidade Velha (Jerusalm, Israel).

Por volta do ano 30 d.C., JERUSALM foi palco da crucificao de Jesus,

tornando-se tambm sagrada para os cristos. E, em 335, ergueu-se a Igreja do Santo

Sepulcro, no local do seu sepultamento.

No sculo II, aps uma srie de revoltas contra o domnio romano, os judeus foram

expulsos da TERRA SANTA e, com a expanso muulmana, o Islo chegou cidade

no sculo VII.

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Figura: Igreja do Sto. Sepulcro (335 dC, Jerusalm Israel).

Entre 688 e 692, os rabes ergueram sobre a pedra onde Abrao teria sido

impedido de sacrificar seu filho Isaac e Maom supostamente teria subido ao cu, o

Domo da Rocha (Qubbat al-Sakhra), local sagrado para os islmicos.

Durante as Cruzadas, JERUSALM foi alvo da disputa acirrada entre cristos e

muulmanos tendo sido conquistada 25 vezes e destruda cerca de 17 vezes ao total.

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Figuras: Cpula do Rochedo (688/92, Jerusalm Israel).

As cidades helensticas entre a ndia e o atlntico foram fundadas com uma

estrutura que at a poca moderna era vista como original, j existia para os gregos e

romanos o planejamento das cidades. Os edifcios dessas cidades j tinham diversos

cmodos internos, sem se expandir para o exterior alem dos limites.

As casas comearam a tomar um padro privativo ainda maior

se resumindo pequenos edifcios, de apenas um piso. As gigantescas ruas comearam

a se tornarem estreitas devido imigrao da populao muulmana para as cidades, e

como eles possuam poucas regras sobre urbanismos, foi tido como normais que se

fizessem casas s beiras das vias e invadindo as ruas imensas das cidades, que segundo

o alcoro deveriam ter apenas sete ps de largura.

No demorou muito e as ruas se tornaram apenas vielas estreitas que

guiavam apenas para as pessoas para suas casas. No era mais um local de passeio e

encontro como antes e nem voltaria a ser, pois agora pessoas moravam ali e segundo as

regras, no se pode parar enquanto se esta na rua. Ento o lugar foi se modificando. A

vista final do que antes era uma praa alongada, se assemelha mais a um verdadeiro

labirinto. O que antes era uma verdadeira praa comercial torna-se uma rua estreita com

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pequenas lojas, assemelhada a um bazar. As cidades se tornaram compactas cercadas de

um ou vrios muros. Fazendo assim camadas sociais, pois as regies da cidade eram

separadas de acordo com as etnias e religies de quem morava em cada rea. Sendo o

prncipe isolado da populao nessa distribuio. Tendo sua moradia numa periferia

afastada dos bairros comuns [maghzen], longe dos tumultos que a populao pudesse

causar.

Algo a se notar na urbanizao muulmana a que porta de entrada das

cidades imensa, sendo tambm em algumas cidades edifcios. Essa porta d acesso as

redes de ruas. Pelas ruas muulmanas em seus edifcios possvel notar a forma em

que eles fazem os acabamentos detalhados em sua arte e arquitetura. A religio

muulmana no permite que eles representem a forma humana, ento os detalhes deles

se baseiam em formas geomtricas, ou traos de sua caligrafia em toda sua obra

artstica.

Os muulmanos se tornaram uma civilizao distribuda entre a Europa,

sia e frica. Durante esse perodo de ascenso rabe, as cidades rabes foram as

maiores e mais ricas de todo o mundo, tendo ficado marcado na historia a grandiosa

cidade de Bagd fundada em 762 d.C. Essa nica cidade reunia milhes de habitantes, e

ainda assim o mais interessante a sua forma nica. Construda de forma circular com

mais de dois quilmetros e meio de dimetro. Por centenas de anos Bagd foi o centro

de cultura e comercio mundial. Mas infelizmente em 1258 d.C. Bagd foi invadida

pelos mongis, aps sua destruio ela foi reconstruda. Mas no foi reconstruda com

toda sua regularidade sem igual.

Existiram tambm outras cidades marcantes, to grandiosas como essa. Que

eram Crdoca (Espanha) e Palerma (Silicia), entretanto nenhumas delas tiveram uma

populao to alta, mas graas a essa populao mais reduzida as cidades contavam com

mais espao livre e natural, repletos de pomares e vastos jardins.

Aps as cruzadas e a destruio de Bagd. O isl se expandiu apenas para o leste. E foi

quanto ocorreram as ultimas celebres criaes da ascenso islmica. Que ocorreram em

Isfahan, na ndia e em Dehli. Isfahan foi escolhida para ser capital do reino persa e por

isso fez alteraes em sua estrutura, alterando tudo de forma geomtrica, criando com

simetria a Praa Meidan-i-X, criando tambm a mesquita real, a alameda com jardins e

as duas pontes da cidade.

As novas construes demonstraram poder e deram um toque de sobriedade

para quem a v no tecido urbano. Outra das ultimas criaes ocorreram na ndia, onde

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os imperadores ordenaram construo do Taj Mahal. E em Dehli foi fundado o Forte

Vermelho e a tambm a grande mesquita. Por todos os tempos essas obras foram

admiradas por todos que as viram principalmente europeus.

H ento uma transformao das plantas j existentes. A cidade de Damasco por

exemplo, que antes tinha um padro helenstico. Isso se deu tambm pelas

caractersticas da sociedade muulmana. Uma sociedade fechada e religiosa, sem

regularidade. Por isso as cidades tm ruas estreitas, tortuosas, formando labirintos.

Tambm percebemos nitidamente a influncia de povos rabes em Toledo na

Espanha.

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Figura: A planta da casa rabe, fechada para fora, aberta no interior e com

ptio interno.

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5. MESQUITA

Uma mesquita um local de culto para os seguidores do isl. A palavra mesquita

usada para se referir a todos os tipos de edifcios dedicados ao culto muulmano,

embora em rabe seja feita uma distino entre as mesquitas de dimenses menores e as

mesquitas de maior dimenso, que possuem estruturas sociais.

O objetivo principal da mesquita servir como local onde os muulmanos possam

se encontrar para rezar. No entanto, as mesquitas so tambm conhecidas pelo seu papel

comunitrio e por serem as formas mais expressivas da arquitetura islmica. Elas

evoluram significativamente desde os espaos ao ar livre que eram a Mesquita Quba e

o Masjid al-Nabawi do sculo VII d.C.. Hoje em dia, a maioria das mesquitas possui

cpulas, minaretes e salas de orao que podem assumir formas elaboradas. Surgidas na

Pennsula Arbica, as mesquitas podem ser encontradas em todos os continentes em que

existem comunidades muulmanas. No so apenas locais para o culto e a orao, mas

tambm locais onde se pode aprender sobre o isl e conviver com outros crentes.

As mesquitas tm planos retangulares. Para que os peregrinos faam suas ablues

h uma fonte. O ptio contornado por prticos. Nos cantos destes h um nicho que

indica a direo da cidade Santa. O lugar do Sheik direita e a esquerda a tribuna do

Muezzin e a cadeira do pregador. Ao lado da mesquita se levantam minaretes das mais

diversas formas conforme a poca ou pas.

Por dentro das mesquitas havia apenas o prtico e os ptios. O prtico que era

enorme e profundo, acomodando centenas de pessoas ao mesmo tempo. Uma nica

mesquita continha vrios ptios, um lugar reservado onde os fiis podiam fazer as suas

preces. Todo o governo da civilizao muulmana no buscou criar ou impor

regularidade nas construes. O que veio a gerar um crescimento desordenado das

cidades. Ento quase todas as moradias foram surgindo de maneira ligeira e sem ritmo.

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Figura: Interior de uma Mesquita.

Figura: Minarete da Mesquita.

6. RELAO COM AS CIDADES NA ATUALIDADE

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Na Era Moderna, as cidades islmicas orientais adquiriram maior uniformidade e

uma regularidade geomtrica em grande escala, principalmente por influncia

clssica, o que muitas vezes acabou entrando em conflito com o tecido

tradicional das cidades muulmanas j formadas, associando assim influncias

dos arranjos barrocos europeus aos modelos persas e indianos.

7. CONCLUSO

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Ao finalizarmos esse trabalho, conclumos que muitas vezes as nossas crenas e

toda a crena de uma nao devem ser estudadas. Por exemplo, o povo rabe conseguiu

basicamente de presente do povo rabe ruas enormes, praas extensas, edifcios para o

povo e para os governantes, e tudo isso foi modificado de forma a involuir pelas crenas

dos novos habitantes da terra. A terra que antes satisfazia uma cidade romana, regida

por regras de moradia e por leis publicas para os cidados. Que satisfazia as

necessidades de interao social, que tinha teatros, agoras, praas, mercados. Agora

serviam quase que apenas para moradia ao povo rabe. Com esse exemplo rabe fica

visvel que existem traos culturais que nunca nos deixaro. Mas custa nada tentar

melhorar a ns mesmos a cada dia, para que no venhamos a cometer erro aps erro.

8. BIBLIOGRAFIA

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BENEVOLO, Leonardo. Histria da Cidade. So Paulo: Perspectiva, 2005.

GOITIA, Fernando. Breve Histria do Urbanismo. Lisboa: Presena, 1982.

COLE, Emily. Histria Ilustrada da Arquitetura. So Paulo: PubliFolha. 352 p.

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http://cult.nucleo.inf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=114&Itemid

=168

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http://www.historiadomundo.com.br/arabe/arquitetura-arabes.htm

LE GOFF, J. Por amor s cidades

MUNFORD, L. A cidade na histria.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maom%C3%A9