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CIDADES MÉDIASSOBARZO, O. As cidades médias e a urbanização contemporânea. Cidades, Presidente Prudente, v. 5, n. 8, p. 277 – 292, 2008.
SPOSITO, M.E.B. Novas formas comerciais e redefinição da centralidade intra-urbana. In: _____. (org.). Textos e contextos para a leitura geográfica de uma cidade média. Presidente Prudente: [s.d.], 2001. p. 235 – 253.
CIDADES MÉDIAS
Situando o debate no âmbito da Geografia Urbana.
As preocupações da autora e os limites do seu conceito.
Cidades médias: uma classificação ou um conceito
O critério demográfico – apenas uma primeira aproximação;
Limitações deste indicador: não há correspondência direta entre tamanho demográfico e papéis urbanos.
E são os papéis urbanos que devem ser considerados
na definição de um conceito de Cidade Média – suas interações espaciais – com outras cidades e com sua área rural.
O momento atual, de ampliação da articulação/desarticulação entre local e global, num contexto cambiante, “[...] nos leva a aceitar a idéia da ‘encruzilhada das verticalidades e horizontalidades’ como elemento-chave para refletir sobre a possível construção de um conceito de cidade média” (SOBARZO, 2008, p. 283).
Divisão social e territorial do trabalho, rede urbana e papéis urbanos no BR.
Até o século XIX, não se identifica cidades médias no BR.
Industrialização e Urbanização – com articulação de um mercado nacional Impactos na cidade; Impactos na rede urbana – multiplicação das funções
ligadas ao abastecimento das cidades, ao armazenamento, circulação e consumo da produção. Amplia as necessidades de intermediação. Gerou Hierarquia urbana.
Complexificação da DTT
P/ M. Santos – há uma relação entre aumento do consumo, aumento das classes médias e a emergência de cidades intermediárias na rede urbana brasileira (ao mesmo tempo que amplia o papel da grande cidade como local da produção e diminui o papel das pequenas cidades).Para o autor, as cidades intermediárias, cidades médias e cidades regionais são sinônimos – são espaços onde “há respostas para níveis de demanda de consumo mais elevados”. São espaços que garantem a ampliação do acesso aos bens e serviços
Cidades médias: situação geográfica e consumo.
A situação geográfica tem um peso na determinação dos papéis de uma cidade – uma boa situação, favorece a vida de relações.
Para ser cidade média é necessário estar numa posição geográfica favorável, longe de cidades de mesmo porte e de áreas metropolitanas – de onde se diferencia cidade de porte médio de cidade média.
Definir cidade média passa pela consideração das relações da cidade com outras e com o campo, ainda que hoje, seja necessário considerar a situação geográfica em duas escalas – da proximidade e da conectividade.
O consumo tem um papel estruturador dos papéis intermediários da cidade – seja consuntivo, seja produtivo – as cidades médias são espaços interessantes para capturar os consumidores de outras cidades.
Novos fluxos, novas configurações espaciais e cidades médias. Definição No contexto das relações das cidades médias,
é preciso considerar um espaço definido em duas escalas: Pelo mercado consumidor regional – peso da
proximidade e da continuidade espacial; Pela teia de relações com cidades maiores e de
mesmo porte – na relação de produção industrial – distâncias – espaço da conectividade.
PRESIDENTE PRUDENTE – COMÉRCIO E SERVIÇOS À AGRICULTURA
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA PRUDENTE: Instalou-se na cidade em 1961. Foi pioneira neste tipo
de oferta na cidade, que já apresentava potencialidades para o setor. Atende produtores rurais de toda a região;
BOI VERDE PRODUTOS AGROPEC: Instalou-se em 2005. Realiza entregas desde Assis, até
Nova Andradina – MS.
PRESIDENTE PRUDENTE – COMÉRCIO E SERVIÇOS À AGRICULTURA
AGRONOMIA YAMAMOTO Instalou-se em 1999. Realiza entregas e tem consumidores
em toda região de Presidente Prudente, Norte do Paraná e algumas cidades do Mato Grosso do Sul;
AGROJET Instalou-se em 1993. Recebeu incentivos fiscais da
prefeitura municipal. Por possuir características industriais, seus consumidores estão distribuídos em todo o território nacional e mesmo em outros países.
PRESIDENTE PRUDENTE Única cidade do porte de cerca de 200 mil
habitantes, num raio de 160 km. Entre 1985 e 1996, apesar da inexpressiva
participação da cidade no crescimento do valor da indústria no Estado de São Paulo, e do baixo crescimento econômico no período, atingiu o nível muito forte de centralidade, entre as capitais regionais, segundo dados da SEADE (1999).
PRESIDENTE PRUDENTE Tal caracterização evidencia o papel do
comércio e serviços para uma clientela regional. A acentuação da sua centralidade se deve a mudanças nas lógicas de atuação de alguns ramos do setor terciário: cadeias de lojas de eletrodomésticos (Lojas Arapuã, Casas Bahia, Brasimac, Maphuz, Modelar); hipermercados; shopping center.