cidade educadora 3
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Este terceiro debate mobiliza e dá voz a jovens artistas, de formações diversas, e permite-lhes interagir com os participantes, de modo não só a pôr em questão os lugares comuns e as ideias recebidas, como a inter-rogar a relação dos jovens com a arte, o acto criativo e a cultura contemporânea.
O debate visa conhecer o lugar que as artes têm na vida dos jovens e fazer o balanço critico quer em relação ao investimento cultural da cidade para com os jovens cria-dores, quer à capacidade da cidade criar condições e de mobilizar os jovens para a actividade criativa.
São considerados os seguintes eixos temáti-cos:
A arte passa pela experimentação
* O que é que a experimentação artística oferece de diferente aos jovens?
* Quais os conhecimentos que estão em jogo para os jovens criadores?
A arte e a cidade educadora
* Como associar a arte à educação?
“Para uma cidade educadora o grande desafio do séc. XXI é aprofundar o exercício dos princípios e valores democráticos, por meio de orientações e actuações adequa-das. Há pois que introduzir no ordenamento jurídico-político próprio de qualquer democracia, factores pedagógicos que permitam utilizar a informação, a participação e a avaliação, como eixos de aprendizagem e de educação, de construção de cidada-nia”. Pilar Figueras Bellot (Secretaria geral da AICE) (http://www.bcn.es/edcities/aice/estatiques/
espanyol/sec_educating.html)
Os jovens criadores e a construção de Évora, cidade educadora
Quais os desafios de uma cidade educadora?
Próximos debates: Pensar a cidade é construir e habitar
É v o r a , 2 9 d e M a r ç o d e 2 0 1 2 N e w s l e t t e r
A n o 1
N º 3
Comissão Científica do Ciclo de Debates “Habitar a Cidade, Cons-truir o Espaço Público”
Pág. 2 O que se entende por educar no contexto da cidade do séc. XXI ?
Pág. 2 Évora é uma cidade educadora
Pág. 3 Um fotógrafo convidado em cada edição da “newsletter”
Pág. 4 Próximo debate
Pág.4
* Como é que um jovem se compromete socialmen-te através do seu trabalho criador?
A cultura urbana
* Quais as culturas urbanas que têm significado para os jovens?
* No caso de Évora, que aspectos da cultura local podem ser potenciados por assumirem significado maior para estes jovens criadores?
Foto: David Infante
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COMISSÃO CIENTÍFICA DO CICLO DE DEBATES
Prof. Doutora Maria Teresa Santos - Universidade de Évora -Orientadora da tese de doutoramento Prof. Doutor Agustín Escolano Benito- Universidade de Valladolid - Orientador da tese de doutoramento
Prof. Doutor Joaquín Esban - Universidad Europea Miguel de Cervantes, Valladolid
Prof. Doutora Paula Cristina Pereira - Universidade do Porto, Departamento de Filosofia
Prof. Doutora Maria Ana Bernardo – Universidade de Évora, Departamento de História e CIDEHUS
Prof. Doutor Sérgio Niza – ISPA; Movi-mento da Escola Moderna, membro do
Conselho Nacional de Educação; colabora-
dor da Rede Portuguesa de Cidades Educa-doras
Prof. Doutor Eduardo Esperança – Uni-versidade de Évora, Departamento de Soci-
ologia (Moderador do debate de Janeiro)
Prof. Susana Piteira - Artista Plástica; Universidade do Porto, Faculdade de Belas
Artes (Moderadora do debate de Fevereiro)
Prof. Doutora Antónia Fialho Conde – Universidade de Évora, Departamento de
História (Moderadora do debate de Abril)
Prof. Doutora Arquitecta Aurora Cara-pinha – Universidade de Évora, Departa-mento de Paisagem, Ambiente e Ordena-mento (Moderadora do debate de Maio) .
Prof. Doutora Maria Manuela Serrano – Universidade de Évora, Departamento
Sociologia (Moderadora do debate de Ju-
nho)
Prof. Doutor Silvério Rocha e Cunha – Universidade de Évora, Departamento de
Economia (moderador do debate de Julho)
Prof. Doutor José Bravo Nico – Universi-dade de Évora, Universidade Sénior Túlio Espanca (Moderador do debate de Setem-
bro)
Prof. Doutor Carlos Fortuna – Universi-dade de Coimbra, Faculdade de Economia
(Moderador do debate de Outubro)
Prof. Doutor José Saragoça – Universida-de de Évora, Departamento de Sociologia
(Moderador do debate Novembro)
Prof. Doutora Cláudia Sousa Pereira - Vereadora Câmara Municipal de Évora (Moderadora do debate de Dezembro)
apreensão alargada da realidade, pelo
menos ensaiar aproximações que con-
tribuam para a reconfiguração possível
de aspectos relevantes na definição
desta cidade enquanto educadora.
(1) Pereira, P. (2001). Condição humana,
condição urbana. Porto: Afrontamento, p. 91.
(2) Castells, M. (2007). A sociedade em rede (Vol. I). Lisboa: Gulbenkian, p.534.
O que se entende por educar
no contexto da cidade do séc. XXI ?
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Nesta senda, Évora, cidade edu-
cadora, é uma estrutura que se
pensa a si própria, não como rea-
lidade totalmente compreensível
ou apreensível, mas como conste-
lação complexa, ou rede de fluxos
e lugares (2). que tece e configura
as vivências dos que aqui habi-
tam. Importa assim, no contexto
desta investigação, se não tentar a
“Educar, em similitude com o pensar, apresenta-se não como
um modo de promover conhecimentos, mas como um projec-
to antropológico capaz de suportar/equacionar o desconheci-
do e a existência mesmo incompreendida, libertando o ho-
mem e o conhecimento de toda a visão reducionista da reali-
dade que comporta a ilusão que tudo é representável e, por-
tanto reproduzível”(1).
P á g i n a 2
Tema
Évora é uma cidade educadora
P á g i n a 3
Évora é uma cidade Educadora, por decisão do governo da cidade (Câmara Municipal) desde 2001. E o que é a Cidade Educadora? Eis a resposta dada pela Câmara Municipal de Évora, no seu web site:
“A Cidade Educadora não é um
programa ou projecto. É um per-curso que a Cidade decide per-
correr, no sentido de permitir às pessoas que a constituem a for-
mação necessária para uma
adaptação crítica e uma ‘participação activa face aos
desafios e possibilidades que se abrem graças à globalização dos
processos económicos e sociais, a
fim de poderem intervir, a partir do mundo local, na complexidade
mundial, mantendo a sua autono-mia face a uma informação trans-
bordante e controlada por certos
centros de poder económico e político’. O conceito de Cidade Educadora nasceu em Barcelona, nos anos noventa do século passado, assen-te na ideia de que a cidade é, per se, um agente educador. Assim sendo, todos os espaços da cidade, bem como todas as acções que nela decorrem têm potencialidade educadora, uma vez que é um espaço de opinião e de liberdade, pluralismo e multiculturalidade. (…) Na cidade educadora, todas as estratégias de desenvolvimento devem ser orientadas para a for-mação de cidadãos conscientes, atentos e críticos. Nela, os órgãos de poder local definem políticas que promovam um crescimento sustentado, fazendo emergir uma sociedade mais justa, melhor for-
mada e mais empenhada e participativa em todas as causas públicas. Em 1990, um conjunto de cidades de di-versos países reuniu-se em Barcelona, naquele que foi o I Congresso Internacio-nal das Cidades Educadoras, com o objec-tivo comum de trabalhar conjuntamente em projectos e actividades para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. Nesse ano foi inaugurado o movimento que deu origem à Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), criada em 1994. Também nesse ano foi estrutura-da a primeira Carta de Princípios, revista em 2004, naquela que ficou conhecida como a declaração de Génova”.In (http://
www2.cm-evora.pt/evoracidadeeducadora/oquee.htm)
- Serão os cidadãos, e em particular os jovens que habitam Évora, conhecedores deste percurso da sua cidade como cida-de educadora? - De que forma se apropriam estes cida-dãos da ideia de Évora, cidade educado-ra? - Que mudanças pode Évora promover, a partir da sua opção de ser cidade educa-dora? Eis algumas das perguntas que estarão no centro do debate entre jovens habitantes de Évora, comprometidos com actividades criativas dirigidas a esta cidade.
Foto: David Infante
Cada edição desta “folha de sala” ou “carta de notícias” destina-se a apoi-ar, enquadrar ou clarificar o que está em causa em cada um dos debates deste ciclo intitulado “Habitar a cidade. Construir espaço público”. Para além da proposta do tema a debater, da apresentação dos mem-bros do painel impulsionador do debate, do levantamento de algumas questões motivadoras, cada edição desta newsletter conta com a partici-pação especial de um fotógrafo ha-bitante da cidade de Évora. Assim, as fotos que acompanham cada edi-ção constituem também valiosos contributos generosamente cedidos por alguns dos que têm na fotografia a sua forma de expressão privilegia-da. Na primeira edição, dedicada às redes de comunicação na cidade de Évora, José António Nascimento foi
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Um fotógrafo convidado em cada edição da “newsletter”
o fotógrafo convidado. A propósito do segundo debate so-bre a arte no espaço público, José Manuel Rodrigues cedeu as suas imagens. Desta vez, quando se apela à partici-pação de jovens criadores, as fotos
são de David Infante, um jovem fotó-grafo que vive e trabalha em Évora mas é já reconhecido dentro e fora de portas. Em cada uma das futuras edições conta-remos com a participação de outros fotógrafos habitantes e “descobridores” desta cidade e do seu espaço público.
Mail: [email protected] Blogue: http://evoracidadeeducadora.blogspot.com/
Facebook:: ww.facebook.com/events/323727374325849/
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Próximo debate, Quinta Feira, 26 de Abril
Património, História e Memória
na construção de Évora, cidade educadora
Moderadora Prof. Doutora Antónia Fialho Conde –
Directora do Departamento de História da Universidade de Évora