ciclo de ureia

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1 Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Alexandre Havt Alexandre Havt Gliconeogênese Gliconeogênese Gliconeogênese Definição Via anabólica que ocorre no fígado e, excepcionalmente no córtex renal, que é responsável pela síntese de glicose a partir de fontes que não são carboidratos: aminoácidos, lactato e glicerol. Fontes de Energia para as Células + + + Córtex renal + + + Músculo esquelético e cardíaco + + Tecido adiposo + + Fígado + Mucosa intestinal + Retina + Medula renal + Hemácias e leucócitos + + Cérebro Corpos Cetônicos Ácidos Graxos Glicose Compostos Tecido Fontes de Glicose Alimentação Glicogenólise Gliconeogênese Aminoácidos Exceto leucina e lisina Degradação endógena Lactato Músculos Células que não possuem mitocôndrias Glicerol Hidrólise de triacilgliceróis Órgãos e gliconeogênese

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Page 1: ciclo de ureia

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GliconeogêneseMetabolismo dos aminoácidos

Ciclo da Uréia

GliconeogêneseMetabolismo dos aminoácidos

Ciclo da Uréia

Alexandre HavtAlexandre Havt

GliconeogêneseGliconeogênese

Gliconeogênese

� Definição� Via anabólica que ocorre no fígado e, excepcionalmente no córtex renal, que éresponsável pela síntese de glicose a partir de fontes que não são carboidratos: aminoácidos, lactato e glicerol.

Fontes de Energia para as Células

+++Córtex renal

+++Músculo esquelético e cardíaco

++Tecido adiposo

++Fígado

+Mucosa intestinal

+Retina

+Medula renal

+Hemácias e leucócitos

++Cérebro

Corpos Cetônicos

Ácidos Graxos

Glicose

CompostosTecido

Fontes de Glicose

� Alimentação� Glicogenólise� Gliconeogênese

� Aminoácidos � Exceto leucina e lisina� Degradação endógena

� Lactato� Músculos � Células que não possuem mitocôndrias

� Glicerol� Hidrólise de triacilgliceróis

Órgãos e gliconeogênese

Page 2: ciclo de ureia

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Gliconeogênese versus Glicólise

� A gliconeogênese utiliza quase todas as enzimas da via oposta (glicólise) para a síntese de glicose com exceção paras as reações irreversíveis:

� Piruvato fosfoenolpiruvato

� Frutose 1,6-bifosfato frutose 6-fosfato

� Glicose 6-fosfato glicose

Alanina e Lactato à Piruvato

Alanina Piruvato

Alanina aminotransferase

α-Cetoglutarato Glutamato

Lactato + 2 NAD+

Lactato desidrogenase

Piruvato + 2 NADH+ + 2 H+

Reação irreversível 1

Lactato Piruvato

Alanina

Piruvato

CO2 + H2O + ATP

ADP +Pi + 2H+

Piruvatocarboxilase

Oxaloacetato

Oxaloacetato

GTP

GDP + CO2

Fosfoenolpiruvato

Mitocôndria

Fosfoenolpiruvatocarboxiquinase

Malato

Aspartato

Malato Aspartato

Reação irreversível 2

Frutose 1,6-bifosfato + H2O Frutose 6-fosfato + Pi

Frutose 1,6 bifosfatase

Frutose 1,6-bifosfato à Frutose 6-fosfato

Reação irreversível 3

Glicose 6-fosfato + H2O Glicose + Pi

Glicose 6-fosfatase

Glicose 6-fosfato à Glicose

Lactato

enolase

fosfogliceratomutase

fosfogliceratoquinase

Gliceraldeído3-fosfato desidrogenase aldolase

fosfoglicoseisomerase

Page 3: ciclo de ureia

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Balanço energético da Gliconeogênese

� Glicerol� Gasto de 2 ATP’s

2 Piruvato + 6 ATP + 6 H2O + 2 NADH Glicose + 6 ADP + 6 Pi + 2 NAD+ + 2H+

Gliconeogênese

� A degradação protéica ocorre habitualmente� Manutenção da glicemia durante jejum noturno� Reserva de carboidratos é pequena� Mamíferos

� Ácidos graxos Glicose

� Acetil-CoA não se converte em piruvato� Ácidos graxos de número ímpar de carbonos degradados

� Propionil CoA + Acetil CoA

Sucinil-CoA Glicose

Controle da gliconeogênese

� Glicólise X Gliconeogênese� Controle exercido nas vias irreversíveis

� Piruvato fosfoenolpiruvato

� Frutose 1,6-bifosfato frutose 6-fosfato

� Glicose 6-fosfato glicose

Piruvato à fosfoenolpiruvato

Frutose 1,6-bifosfato à frutose 6-fosfato Glicose 6-fosfato à glicose

Page 4: ciclo de ureia

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Metabolismo de Aminoácidose Ciclo da Uréia

Renovação protéica

� Fonte de aminoácidos celular� Aminoácidos da dieta� Degradação protéica celular

� Meia vida protéica� Tempo onde 50% das proteínas sintetizadas serão degradadas

� Grande variação de meias vidas� Proteínas de alta taxa de renovação

� Hemoglobina� Proteínas musculares� Enzimas digestivas� Proteínas das células do trato gastrointestinal

Metabolismo dos aminoácidos

� Metabolismo complexo� Átomos de carbono� Nitrogênio

Cα H

COOH

R

H2N

AMINO

CARBOXILA

CADEIA

LATERAL

Destino dos aminoácidos da dieta

� Intestino Fígado

� Veia Porta-hepática

� Dieta normal 60 a 100 g de proteína

� Síntese protéica hepática e outros tecidos

� Excesso protéico

� Síntese de glicose para ser armazenado

� Síntese de triacilgliceróis

Destino dos aminoácidos da dieta

� Proteína muscular é clivada no jejum alimentar

� Parte é Parcialmente oxidados para gerar energia

� Parte é convertida em alanina e glutamina e liberadas

� Liberação na circulação

� Glutamina oxidada

� Linfócitos, intestino e rim

� Conversão de alguns carbonos e nitrogênio em alanina

� Alanina e outros aminoácidos são absorvidos pelo Fígado

� Carbonos glicose e corpos cetônicos gerar energia

� Nitrogênio uréia excretada pelos rins

Destino dos aminoácidos da dieta

Page 5: ciclo de ureia

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Destino dos aminoácidos da dieta Destino do nitrogênio dos aminoácidos

� Transaminação� Principal processo de remoção do nitrogênio dos aminoácidos

� α-cetoglutarato glutamato� Exceto lisina e treonina� Enzimas

� Transaminases ou aminotransferases� Agem na degradação e síntese

Remoção do Nitrogênio como Amônia

� Células do corpo e bactéria do intestino� Nitrogênio dos aminoácidos

� Amônia (NH3)� Íon amônio (NH4

+)

� pH fisiológico� Equilíbrio para formação de NH4

+

� NH3 atravessa as membranas� Liberado na urina para diminuir a acidez formando NH4

+

NH4+

pK = 9,3NH3 + H+

Fontes de NH4+ para o Ciclo da Uréia

Papel do Glutamato Papel da Alanina

Page 6: ciclo de ureia

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Papel da Glutamina Ciclo da Uréia

� Principal função

� Converter amônio, produto tóxico formado na

degradação dos aminoácidos, em uréia, com intuito de

ser excretado pelos rins.

� Fontes de NH4+ para formar a uréia

� Degradação de aminoácidos

� Aspartato

Ciclo da Uréia

Ciclo da Uréia

Controle do Ciclo da Uréia

� Quanto maior produção de NH4+ (substrato) maior

velocidade do ciclo

� Estímulo das enzimas do ciclo

� Dieta rica em proteína

� Síntese de glicose para armazenamento

� Jejum prolongado

� Degradação protéica para suprir gliconeogênese

� Menor degradação se o cérebro começa a usar corpos cetônicos

Síntese dos aminoácidos

� Dentre os 20 aminoácidos comuns

11 não essenciaissintetizados

GlicinaSerinaCisteínaAlanina

AsparaginaAspartato

Tirosina

GlutaminaGlutamatoProlinaArginina

9 são essenciais

TriptofanoTreonina

FenilalaninaMetioninaValina

IsoleucinaHistidinaLeucinaLisina

Síntese dos aminoácidos

� Aminoácidos não essenciais

� Fontes para outros compostos com nitrogênio

� Glicina porfirina e purina

� Glutamato síntese de neurotransmissores

� Aspartato síntese de purinas e pirimidinas

� 9 são sintetizados por glicose + fonte de nitrogênio

� 2 requerem aminoácidos essenciais

� Cisteína requer metionina

� Tirosina requer fenilalanina

purina

Page 7: ciclo de ureia

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Síntese dos aminoácidos

� Os carbonos de 10 aminoácidos derivados da glicose

� Intermediários da glicólise

� Intermediários do ciclo do ácido cítrico

� α-cetoglutarato

� Oxaloacetato

Glutamato ProlinaGlutamina Arginina

AspartatoAsparagina

Glicina SerinaAlanina Cisteína

Síntese dos aminoácidos

Degradação dos aminoácidos

� Em geral, vias de degradação são diferentes das

vias de biossíntese

� Permite controles independentes

� Via de geração de energia por NADH+

� Oxidação direta

� Oxidação no ciclo do ácido cítrico

� Conversão em glicose

� Formação de corpos cetônicos

Destino dos carbonos dos aminoácidos

� Fígado é o único órgão que apresenta todas as

ferramentas para a síntese e degradação dos

aminoácidos

� Dependência do estado fisiológico

� Jejum

� Carbonos geram glicose, corpos cetônicos e CO2

� Alimentado

� Intermediários do metabolismo em triacilgliceróis e glicogênio

Destino dos carbonos dos aminoácidos

� Os carbonos da degradação geram

� CO2

� Compostos que produzem glicose no fígado

� Piruvato

� α-cetoglutarato

� Succinil-CoA

� Fumarato

� Oxaloacetato

� Corpos cetônicos

� Acetoacetato

� Acetil CoA

Glicogênicos

Cetogênicos

Glicogênicos e Cetogênicos

LeucinaLisina

FenilalaninaIsoleucinaTirosinaTreoninaTriptofano

Alanina GlutamatoArginina GlutaminaAspartato HistidinaAsparagina MetioninaCisteína ProlinaGlicina Serina

Valina

CetogênicosGlicogênicos e Cetogênicos

Glicogênicos

Page 8: ciclo de ureia

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Degradação dos aminoácidos Degradação dos aminoácidos