ciclistas estão por toda parte em belém

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GERAIS BELÉM, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014 GERAIS BELÉM, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014 CICLISTAS ESTÃO POR á muitas décadas o ciclismo é uma prática comum na cultura de povos europeus de todas as classes sociais, como na Bélgica, Holanda, Dinamarca e Alemanha. O uso da bicicleta é uma nova tendência do trânsito brasileiro. Em Belém, a cada dia aumenta o interesse pelas peda- ladas. Isso se explica por várias razões: economizar no orçamen- to familiar, evitar os constantes congestionamentos no trânsito da cidade, melhorar a qualidade de vida, exercitar o corpo e pro- teger o meio ambiente, já que a bicicleta não polui. Nesse cenário, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/12) estabe- lece a bicicleta como prioritária, junto com outros tipos de veí- culos não motorizados, sobre os motorizados. Em Belém, ativistas lutam pelo cumprimento da le- gislação e o poder público afirma implementar ações que atendem à política. Entre elas estão a am- pliação da malha cicloviária e a elaboração do Plano de Mobilida- de Urbana, que mesmo após dois anos de sanção da lei, ainda não existe. “Com esse trânsito terrível é melhor andar de bicicleta que esperar ônibus. Ando de bicicleta há mais de cinco anos e uso esse transporte para fazer muitas coi- sas todos os dias. De bike levo 30 minutos para chegar ao trabalho, mas de ônibus é uma hora e meia. Nunca sofri acidente, mas tenho medo de andar no Sistema Trans- porte Rápido por Ônibus (BRT) e de sofrer assalto. Com o dinheiro da passagem de ônibus, aproveito e compro alimento”, afirma Bru- no Correa, 21, que mora no bairro de Águas Lindas, em Ananin- deua, e trabalha como ajudante de pedreiro em Belém. “Moro no bairro da Terra Fir- me e levo 20 minutos para chegar ao trabalho. Se for de ônibus, são 45 minutos ou mais. Andar de bike é bom também porque ajuda na saúde. O ruim é o sol e porque nem todas as ruas têm ciclovia”, conta Moisés Prestes, 33, é pintor há cinco anos e também pedala diariamente para ir e voltar do trabalho. Para ajudar na resolução de al- guns problemas apontados pelos ciclistas, a Lei nº 12.587/12 é im- portante em vários aspectos, pois determina uma série de ações a serem realizadas por todas as es- feras de governo, principalmente no que diz respeito à infraestru- tura necessária à segurança dos ciclistas e do próprio tráfego em geral. O Plano Nacional de Mobili- dade Urbana também prevê que todas as cidades com mais de 20 mil habitantes desenvolvam pla- nos de mobilidade. Belém possui cerca de 1,5 milhão de pessoas e, mesmo após dois anos de sanção da lei, a cidade ainda não conta com seu plano. Segundo o dire- tor de Mobilidade da Superinten- POPULAÇÃO ADERE CADA VEZ MAIS À BICICLETA. GOVERNOS PARECEM NÃO VER. H TODA PARTE EM BELÉM dência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), Francimário Arcoverde, está em fase prepara- tória de licitação para contratação de uma empresa de consultoria à elaboração do Plano de Mobilida- de de Belém. “A partir do plano, teremos no- vas diretrizes para a mobilidade urbana e envolve o transporte pú- blico coletivo e o tráfego em geral. Vamos atender pelo BRT e priori- zar o modo motorizado, que é o cicloviário. Além disso, o BRT vem priorizar o pedestre, porque toda sua extensão inclusive do BRT Centenário recupera as calçadas, garantindo acessibilidade aten- dendo à política nacional. Além disso, o plano mostrará o quan- titativo de pessoas que utilizam a bicicleta e a partir daí vamos aprimorar a política pública para esse modelo. A ideia é que o plano fique pronto em 24 meses depois da contratação da empresa”, afir- ma Francimário Arcoverde. n Ciclistas tomam conta da paisagem urbana. Bicicleta virou meio de transporte para muita gente. ELIELSON MODESTO/AMAZÔNIA CLEIDE MAGALHÃES Da Redação Zalan Lima, 27, é ciclista e ativista na luta por melhorias da mobilidade urbana da cidade, atuando espe- cialmente em defesa da malha ciclo- viária. Ele e mais 15 pessoas fazem parte do Movimento CicloBelém, fundado há quatro meses. “Busca- mos tomar atitudes fazendo inter- venções artísticas, mobilizações, participamos de audiências públi- cas e outras iniciativas que envol- vam a questão em defesa da malha cicloviária da cidade. Atuamos em parceria com o Bike Belém, que hoje conta com 7 mil ciclistas na página do grupo na internet, que é voltado para passeios, mas também discute as problemáticas dessa modalidade na cidade”, diz Lima. Na opinião do ativista, um dos maiores problemas é a falta de con- tinuidade na política pública vol- tada para esse público. “Havia um estudo divulgado pela Companhia de Desenvolvimento e Adminis- tração da Área Metropolitana de Belém (Codem), em 2010, do qual constava o plano de gestão e o pro- jeto por onde passariam as ciclo- faixas da cidade. Hoje o projeto da Semob é muito diferente, ou seja, a Codem fez um trabalho para ser jogado fora, porque pouca coisa se aproveitou. Então, a falta de conti- nuidade na política é um problema no avanço das ações. Esperamos ser chamados para elaborar o Plano de Mobilidade Ur- bana de Belém, porque não adianta construir ciclovias e ciclofaixas em locais que não são naturais, não são planos, pois os ciclistas não vão se- guir. O movimento sempre colabora, mas nem 10% do que sugerimos é atendido pelas gestões da cidade. O ideal é que houvesse respeito mútuo entre as pessoas envolvidas no trân- sito da cidade, aí não haveria necessi- dade de se construir ciclovias e ciclo- faixas, mas infelizmente não é essa a realidade e cada vez mais o trânsito está violento”, afirma Zalan Lima. Ainda segundo ele, outro pro- blema enfrentado pelos ciclistas em Belém são os constantes as- saltos, principalmente nas áreas escuras como no BRT, no trecho que vai da avenida Doutor Freitas, no Marco, até o bairro de São Brás. Para coletar informações que servi- rão de base para que os ciclistas de Belém cobrem mais segurança nas zonas de maior incidência, além de criar uma galeria de fotos das bikes roubadas para facilitar sua recupe- ração, o Movimento CicloBelém lançou recentemente na sua página na internet (www.ciclobelem.com) a seção “Bikes Roubadas”. A página exibe também um mapa cicloviá- rio de Belém, que é colaborativo e elaborado a partir de informações coletadas por ciclistas de Belém. No “Bikes Roubadas” é disponi- bilizado um mapa com pontos onde houveram ocorrências de furtos e roubos, com informações enviadas pelos próprios ciclistas da região por meio de formulário disponível. “Com isso, vamos fazer o mapeamento de zonas de maior incidência de assaltos e entregar, em forma de documento, aos órgãos de segurança pública para que atuem de forma preventiva nes- sas áreas”, conta Lima. Para coletar assinaturas para o abaixo-assinado a ser entregue à Se- cretaria Estadual de Segurança Pú- blica, no último dia 23, o CicloBelém e outros movimentos que existem na cidade organizaram um ato público, em São Brás. Estiveram presentes mais de 200 ciclistas apoiando a cau- sa. Eles levaram cartazes e faziam gri- tos de ordem expondo à população a situação dos constantes assaltos. O abaixo assinado estava disponível para assinatura na internet, até últi- mo dia 25. POR FALTA DE CONTINUIDADE, PROJETOS TÊM SIDO DESCARTADOS n Trabalhadores usam a bicicleta para ir e vir, correndo muitos riscos EVERALDO NASCIMENTO/ARQUIVO AMAZÔNIA Segundo a Semob, existem hoje em Belém 10,19 quilômetros de ciclovias e 60,77 quilômetros de ciclofaixas, totalizando 70,96 km. Segundo o diretor de Mobili- dade da Semob, Francimário Ar- coverde, a previsão até 2016 é que a malha cicloviária da cidade, que envolve ciclofaixas e ciclovias, aumente em mais 34,13 km, já entrando na conta a extensão do Sistema Transporte Rápido por Ônibus (BRT Belém) até Icoaraci (BRT Centenário). Dos 34,13 km de ciclofaixas e ciclovias a previsão é de que cer- ca de 9,65 km sejam concluídos em 2015 e atendam a avenida Duque de Caxias, avenida Briga- deiro Protásio, trecho do Portal da Amazônia, avenida Tamandaré, rua dos Mundurucus interligan- do-a com a avenida João Paulo II e trecho que vai da avenida Almi- rante Barroso até a travessa Antô- nio Baena. “Nosso objetivo é fazer a co- nexão da malha viária existente e integrá-la ao novo sistema de transporte público, que é o BRT, garantindo a interligação e conec- tividade com este entre um ponto e outro da cidade. Além desse projeto, que faz readequação e revisão de um projeto que existia em 2010, temos outros projetos paralelos que estão em fase inicial para ampliação da malha viária”, explica Arcoverde. Além disso, até dezembro de 2016, segundo assessoria de co- municação do Núcleo de Geren- ciamento de Transporte Metropo- litano, o Projeto Ação Metrópole, do governo do Estado, pretende implantar na Região Metropolita- na de Belém 36,7 km de ciclovias, sendo 4,7 km no prolongamento da avenida João Paulo II, da pas- sagem Mariano até o viaduto da Mário Covas, e 32 km no dois la- dos da rodovia BR-316, do km 0 ao 16, ou seja, do Entroncamento a Marituba. SEMOB PROMETE MAIS 34,13 KM DE MALHA CICLOVIÁRIA ATÉ 2016 n Arcoverde, da Semob, diz que objetivo é fazer integração DIVULGAÇÃO O QUE EXISTE HOJE Fonte: Semob. Distâncias estimadas através de Sensor Remoto. - 60,77 km de ciclofaixas em Belém: n Rua Lopo de Castro 1,7 km n Rodovia Arthur Bernardes 15,30 km n Avenida Visconde de Souza Franco 1,24 km n Avenida José Bonifácio 0,69 km n Rua dos Mundurucus 2,09 km n Avenida João Paulo II 2,09 km n Travessa 3 de Maio 2,44 km n Rua 2 de Dezembro 0,44 km n Travessa Cruzeiro 0,46 km n Rua Manoel Barata 0,46 km n Rua Siqueira Mendes 0,41 km n Avenida Tavares Bastos 0,55 km n Avenida Júlio César 4,90 km n Avenida Centenário 4,79 km n Avenida Augusto Montenegro 14,02 km n Avenida Pedro Álvares Cabral 6,70 km n Avenida Senador Lemos 0,27 km n Avenida Paulo Frota 2,15 km - 10.19 kms de ciclovias: n Travessa Marquês de Herval 2,89 km n Portal da Amazônia 1,53 km n Avenida Almirante Barroso 5,76 km Total de ciclovias e ciclofaixas 70,96 km PROMESSAS PARA DOIS ANOS n Até 2016, a previsão que a malha ciclo- viária da cidade (que envolve ciclofaixas e ciclovias) aumente em 34,13 km, já con- tando com a extensão do Sistema Trans- porte Rápido por Ônibus (BRT Belém) até Icoaraci (BRT Centenário). n Dos 34,13 km, a previsão é que cerca de 9,65 km sejam concluídos em 2015, aten- dendo a avenida Duque de Caxias, avenida Brigadeiro Protásio, trecho do Portal da Amazônia, avenida Tamandaré, rua dos Mundurucus interligando-a com a avenida João Paulo II, e trecho que vai da avenida Almirante Barroso até a travessa Antônio Baena. n Até dezembro de 2016, o Projeto Ação Metrópole, do governo do Estado, preten- de implantar na Região Metropolitana de Belém 36,7 km de ciclovia, sendo 4,7 km no prolongamento da avenida João Paulo II, da passagem Mariano até o viaduto da Mário Covas, e 32 km nos dois lados da rodovia BR-316, do km 0 ao 16, indo do Entroncamento a Marituba. n O ativista Zalai Lima integra um grupo que cobra medidas DIVULGAÇÃO LOJAS E OFICINAS CICLOFAIXAS CICLOVIAS COMPARTILHADAS LEGENDA

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BELÉM, doMingo, 30 dE novEMBro dE 2014

CiClistas estão por á muitas décadas o ciclismo é uma prática comum na cultura de povos europeus

de todas as classes sociais, como na Bélgica, Holanda, Dinamarca e Alemanha. O uso da bicicleta é uma nova tendência do trânsito brasileiro. Em Belém, a cada dia aumenta o interesse pelas peda-ladas. Isso se explica por várias razões: economizar no orçamen-to familiar, evitar os constantes congestionamentos no trânsito da cidade, melhorar a qualidade de vida, exercitar o corpo e pro-teger o meio ambiente, já que a bicicleta não polui. Nesse cenário, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/12) estabe-lece a bicicleta como prioritária, junto com outros tipos de veí-culos não motorizados, sobre os motorizados. Em Belém, ativistas lutam pelo cumprimento da le-gislação e o poder público afirma implementar ações que atendem à política. Entre elas estão a am-pliação da malha cicloviária e a elaboração do Plano de Mobilida-de Urbana, que mesmo após dois anos de sanção da lei, ainda não existe.

“Com esse trânsito terrível é melhor andar de bicicleta que esperar ônibus. Ando de bicicleta há mais de cinco anos e uso esse transporte para fazer muitas coi-sas todos os dias. De bike levo 30 minutos para chegar ao trabalho, mas de ônibus é uma hora e meia.

Nunca sofri acidente, mas tenho medo de andar no Sistema Trans-porte Rápido por Ônibus (BRT) e de sofrer assalto. Com o dinheiro da passagem de ônibus, aproveito e compro alimento”, afirma Bru-no Correa, 21, que mora no bairro de Águas Lindas, em Ananin-deua, e trabalha como ajudante de pedreiro em Belém.

“Moro no bairro da Terra Fir-me e levo 20 minutos para chegar ao trabalho. Se for de ônibus, são 45 minutos ou mais. Andar de bike é bom também porque ajuda na saúde. O ruim é o sol e porque nem todas as ruas têm ciclovia”, conta Moisés Prestes, 33, é pintor há cinco anos e também pedala diariamente para ir e voltar do trabalho.

Para ajudar na resolução de al-guns problemas apontados pelos ciclistas, a Lei nº 12.587/12 é im-portante em vários aspectos, pois determina uma série de ações a serem realizadas por todas as es-feras de governo, principalmente no que diz respeito à infraestru-tura necessária à segurança dos ciclistas e do próprio tráfego em geral.

O Plano Nacional de Mobili-dade Urbana também prevê que todas as cidades com mais de 20 mil habitantes desenvolvam pla-nos de mobilidade. Belém possui cerca de 1,5 milhão de pessoas e, mesmo após dois anos de sanção da lei, a cidade ainda não conta com seu plano. Segundo o dire-tor de Mobilidade da Superinten-

PoPulação adere cada vez mais àbicicleta. governos Parecem não ver.

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dência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), Francimário Arcoverde, está em fase prepara-tória de licitação para contratação de uma empresa de consultoria à elaboração do Plano de Mobilida-de de Belém.

“A partir do plano, teremos no-vas diretrizes para a mobilidade

urbana e envolve o transporte pú-blico coletivo e o tráfego em geral. Vamos atender pelo BRT e priori-zar o modo motorizado, que é o cicloviário. Além disso, o BRT vem priorizar o pedestre, porque toda sua extensão inclusive do BRT Centenário recupera as calçadas, garantindo acessibilidade aten-

dendo à política nacional. Além disso, o plano mostrará o quan-titativo de pessoas que utilizam a bicicleta e a partir daí vamos aprimorar a política pública para esse modelo. A ideia é que o plano fique pronto em 24 meses depois da contratação da empresa”, afir-ma Francimário Arcoverde.

n Ciclistas tomam conta da paisagem urbana. Bicicleta virou meio de transporte para muita gente.

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Cleide MagalhãesDa Redação

Zalan Lima, 27, é ciclista e ativista na luta por melhorias da mobilidade urbana da cidade, atuando espe-cialmente em defesa da malha ciclo-viária. Ele e mais 15 pessoas fazem parte do Movimento CicloBelém, fundado há quatro meses. “Busca-mos tomar atitudes fazendo inter-venções artísticas, mobilizações, participamos de audiências públi-cas e outras iniciativas que envol-vam a questão em defesa da malha cicloviária da cidade. Atuamos em parceria com o Bike Belém, que hoje conta com 7 mil ciclistas na página do grupo na internet, que é voltado para passeios, mas também discute as problemáticas dessa modalidade na cidade”, diz Lima.

Na opinião do ativista, um dos maiores problemas é a falta de con-tinuidade na política pública vol-tada para esse público. “Havia um estudo divulgado pela Companhia de Desenvolvimento e Adminis-tração da Área Metropolitana de Belém (Codem), em 2010, do qual constava o plano de gestão e o pro-jeto por onde passariam as ciclo-faixas da cidade. Hoje o projeto da Semob é muito diferente, ou seja, a Codem fez um trabalho para ser jogado fora, porque pouca coisa se

aproveitou. Então, a falta de conti-nuidade na política é um problema no avanço das ações.

Esperamos ser chamados para elaborar o Plano de Mobilidade Ur-bana de Belém, porque não adianta construir ciclovias e ciclofaixas em locais que não são naturais, não são planos, pois os ciclistas não vão se-guir. O movimento sempre colabora, mas nem 10% do que sugerimos é atendido pelas gestões da cidade. O ideal é que houvesse respeito mútuo entre as pessoas envolvidas no trân-sito da cidade, aí não haveria necessi-dade de se construir ciclovias e ciclo-faixas, mas infelizmente não é essa a realidade e cada vez mais o trânsito está violento”, afirma Zalan Lima.

Ainda segundo ele, outro pro-blema enfrentado pelos ciclistas em Belém são os constantes as-saltos, principalmente nas áreas escuras como no BRT, no trecho que vai da avenida Doutor Freitas, no Marco, até o bairro de São Brás. Para coletar informações que servi-rão de base para que os ciclistas de Belém cobrem mais segurança nas zonas de maior incidência, além de criar uma galeria de fotos das bikes roubadas para facilitar sua recupe-ração, o Movimento CicloBelém

lançou recentemente na sua página na internet (www.ciclobelem.com) a seção “Bikes Roubadas”. A página exibe também um mapa cicloviá-rio de Belém, que é colaborativo e elaborado a partir de informações coletadas por ciclistas de Belém.

No “Bikes Roubadas” é disponi-bilizado um mapa com pontos onde houveram ocorrências de furtos e roubos, com informações enviadas pelos próprios ciclistas da região por meio de formulário disponível. “Com isso, vamos fazer o mapeamento de zonas de maior incidência de assaltos e entregar, em forma de documento, aos órgãos de segurança pública para que atuem de forma preventiva nes-sas áreas”, conta Lima.

Para coletar assinaturas para o abaixo-assinado a ser entregue à Se-cretaria Estadual de Segurança Pú-blica, no último dia 23, o CicloBelém e outros movimentos que existem na cidade organizaram um ato público, em São Brás. Estiveram presentes mais de 200 ciclistas apoiando a cau-sa. Eles levaram cartazes e faziam gri-tos de ordem expondo à população a situação dos constantes assaltos. O abaixo assinado estava disponível para assinatura na internet, até últi-mo dia 25.

Por falta de continuidade, Projetos têm sido descartados

n Trabalhadores usam a bicicleta para ir e vir, correndo muitos riscos

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Segundo a Semob, existem hoje em Belém 10,19 quilômetros de ciclovias e 60,77 quilômetros de ciclofaixas, totalizando 70,96 km. Segundo o diretor de Mobili-dade da Semob, Francimário Ar-coverde, a previsão até 2016 é que a malha cicloviária da cidade, que envolve ciclofaixas e ciclovias, aumente em mais 34,13 km, já entrando na conta a extensão do Sistema Transporte Rápido por Ônibus (BRT Belém) até Icoaraci (BRT Centenário).

Dos 34,13 km de ciclofaixas e ciclovias a previsão é de que cer-ca de 9,65 km sejam concluídos em 2015 e atendam a avenida Duque de Caxias, avenida Briga-deiro Protásio, trecho do Portal da Amazônia, avenida Tamandaré, rua dos Mundurucus interligan-do-a com a avenida João Paulo II e trecho que vai da avenida Almi-rante Barroso até a travessa Antô-nio Baena.

“Nosso objetivo é fazer a co-nexão da malha viária existente e integrá-la ao novo sistema de transporte público, que é o BRT, garantindo a interligação e conec-tividade com este entre um ponto

e outro da cidade. Além desse projeto, que faz readequação e revisão de um projeto que existia em 2010, temos outros projetos paralelos que estão em fase inicial para ampliação da malha viária”, explica Arcoverde.

Além disso, até dezembro de 2016, segundo assessoria de co-municação do Núcleo de Geren-ciamento de Transporte Metropo-

litano, o Projeto Ação Metrópole, do governo do Estado, pretende implantar na Região Metropolita-na de Belém 36,7 km de ciclovias, sendo 4,7 km no prolongamento da avenida João Paulo II, da pas-sagem Mariano até o viaduto da Mário Covas, e 32 km no dois la-dos da rodovia BR-316, do km 0 ao 16, ou seja, do Entroncamento a Marituba.

semob Promete mais 34,13 km de malha cicloviária até 2016

n Arcoverde, da Semob, diz que objetivo é fazer integração

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O que exisTe hOje

Fonte: Semob. Distâncias estimadas através de Sensor Remoto.

- 60,77 km de ciclofaixas em Belém:n Rua Lopo de Castro 1,7 kmn Rodovia Arthur Bernardes 15,30 kmn Avenida Visconde de Souza Franco 1,24 kmn Avenida José Bonifácio 0,69 kmn Rua dos Mundurucus 2,09 kmn Avenida João Paulo II 2,09 kmn Travessa 3 de Maio 2,44 kmn Rua 2 de Dezembro 0,44 kmn Travessa Cruzeiro 0,46 kmn Rua Manoel Barata 0,46 kmn Rua Siqueira Mendes 0,41 kmn Avenida Tavares Bastos 0,55 km

n Avenida Júlio César 4,90 kmn Avenida Centenário 4,79 kmn Avenida Augusto Montenegro 14,02 kmn Avenida Pedro Álvares Cabral 6,70 kmn Avenida Senador Lemos 0,27 kmn Avenida Paulo Frota 2,15 km

- 10.19 kms de ciclovias:n Travessa Marquês de Herval 2,89 kmn Portal da Amazônia 1,53 kmn Avenida Almirante Barroso 5,76 km

Total de ciclovias e ciclofaixas 70,96 km

PrOmessAs PArA dOis AnOs

n Até 2016, a previsão que a malha ciclo-viária da cidade (que envolve ciclofaixas e ciclovias) aumente em 34,13 km, já con-tando com a extensão do Sistema Trans-porte Rápido por Ônibus (BRT Belém) até Icoaraci (BRT Centenário).

n Dos 34,13 km, a previsão é que cerca de 9,65 km sejam concluídos em 2015, aten-dendo a avenida Duque de Caxias, avenida Brigadeiro Protásio, trecho do Portal da Amazônia, avenida Tamandaré, rua dos Mundurucus interligando-a com a avenida

João Paulo II, e trecho que vai da avenida Almirante Barroso até a travessa Antônio Baena.

n Até dezembro de 2016, o Projeto Ação Metrópole, do governo do Estado, preten-de implantar na Região Metropolitana de Belém 36,7 km de ciclovia, sendo 4,7 km no prolongamento da avenida João Paulo II, da passagem Mariano até o viaduto da Mário Covas, e 32 km nos dois lados da rodovia BR-316, do km 0 ao 16, indo do Entroncamento a Marituba.

n O ativista Zalai Lima integra um grupo que cobra medidas

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lojas e oficinas

ciclofaixas

ciclovias

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