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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES Caderno de Instrução PATRULHAS 1ª Edição - 2004 Experimental CI 21-75/1 Preço: R$ CARGA EM______________

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MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Caderno de Instrução

PATRULHAS

1ª Edição - 2004Experimental

CI 21-75/1

Preço: R$CARGA

EM______________

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MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

PORTARIA N° 009 COTER, DE 25 DE OUTUBRO DE 2005.

Caderno de Instrução CI 21-75-1 Patrulhas

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso dadelegação de competência conferida pela letra d), item XI, Art. 1° da Portaria N° 441,de 06 de setembro de 2001, resolve:

Art. 1° Aprovar, em caráter experimental, o Caderno de Instrução CI 21-75/1 Patrulhas.

Art. 2° Estabelecer que a experimentação deste Caderno de Instruçãoseja realizada durante os anos de 2005, 2006 e 2007.

Art. 3° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicação.

____________________________________________Gen Ex ROBERTO JUGURTHA CAMARA SENNA

Comandante de Operações Terrestres

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PATRULHAS

NOTA

O CI 21-75 Patrulhas foi elaborado pela Academia Militar das AgulhasNegras. Após revisão do COTER, foi expedido para experimentação em 2005, 2006e 2007.

Solicita-se aos usuários deste Caderno de Instrução a apresentaçãode sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem àsupressão de eventuais incorreções.

As observações apresentadas, mencionando a página, o parágrafo e alinha do texto a que se referem, devem conter comentários apropriados para seuentendimento ou sua justificação.

A correspondência deve ser enviada diretamente ao Curso Avançado daAMAN, de acordo com Art 78, das IG 10-42 – INSTRUÇÕES GERAIS PARA ACORRESPONDÊNCIA, PUBLICAÇÕES E OS ATOS NORMATIVOS NO ÂMBITODO EXÉRCITO, onde será avaliada, respondida e, se for o caso, remetida ao COTERpara aprovação e divulgação.

1ª EDIÇÃO – 2004Experimental

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ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃOARTIGO I - Generalidades ..................................................................1-1ARTIGO II - Conceituação ...................................................................1-3ARTIGO III - Classificação ..................................................................1-3ARTIGO IV - Responsabilidades .........................................................1-6ARTIGO V - Organização Geral da Patrulha .......................................1-7

CAPÍTULO 2 – CONDUTA DAS PATRULHASARTIGO I - Aspectos Gerais na Conduta das Patrulhas .....................2-1ARTIGO II - Peculiaridades de uma Patrulha de Reconhecimento .......2-12ARTIGO III - Peculiaridades de uma Patrulha de Combate ..................2-15ARTIGO IV - Técnicas de Assalto .......................................................2-35ARTIGO V - Infiltração ........................................................................2-38ARTIGO VI - Base de Combate, Base de Patrulha, Área de Reunião e Área de Reunião Clandestina .........................................2-39ARTIGO VII - Técnicas de Ação Imediata ...........................................2-50

CAPÍTULO 3 – PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO DAS PATRULHASARTIGO I - Normas de Comando ........................................................3-1ARTIGO II - Providências Iniciais ........................................................3-3ARTIGO III - Observação e Planejamento do Reconhecimento ............3-8ARTIGO IV - Reconhecimento ............................................................3-13ARTIGO V - Estudo de Situação ........................................................3-14ARTIGO VI - Ordens ...........................................................................3-18ARTIGO VII - Fiscalização ..................................................................3-23

CAPÍTULO 4 – PATRULHA EM AMBIENTES ESPECIAISARTIGO I - Considerações Iniciais ......................................................4-1ARTIGO II - Patrulha em Área de Caatinga .........................................4-2ARTIGO III - Patrulha em Área de Montanha .......................................4-7ARTIGO IV - Patrulha em Área de Pantanal ........................................4-13ARTIGO V - Patrulha em Área de Selva ..............................................4-17ARTIGO VI - Patrulha em Área Urbana ...............................................4-24ARTIGO VII - Patrulha em Ambiente Químico, Biológico e Nuclear .....4-30

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CAPÍTULO 5 – PATRULHAS COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAISARTIGO I - Patrulha Aeromóvel ...........................................................5-1ARTIGO II - Patrulha na Garantia da Lei e da Ordem ..........................5-5ARTIGO III - Patrulha Fluvial ...............................................................5-8ARTIGO IV - Patrulha Motorizada .......................................................5-17

ANEXOS:

“A” - Operação ONÇA

“B” - Meios visuais

“C” - Memento do comandante de patrulha

“D” - Relatório

“E” - Glossário

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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

ARTIGO I

GENERALIDADES

1-1. FINALIDADE

O presente Caderno de Instrução (CI) tem a finalidade de apresentar a doutrinasobre patrulhas.

1-2. OBJETIVO

a. Conceituar patrulha, classificá-las e definir as responsabilidades pelo seulançamento e execução.

b. Apresentar a organização geral dos diferentes tipos de patrulha e as técnicasde planejamento e preparação das mesmas.

c. Definir condutas e apresentar peculiaridades dos diversos tipos de patrulha.

1-3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

a. De acordo com a Concepção Estratégica do Exército (SIPLEx - 4), asHipóteses de Emprego (HE) decorrem dos cenários admitidos e das orientaçõespolítico-estratégicas do País, que não elegem ou caracterizam qualquer país comopotencial inimigo, e representam as grandes opções estratégicas da DefesaNacional.

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b. A Doutrina Delta refere-se ao combate convencional, no quadro de umconflito externo limitado, em Área Operacional do Continente (AOC) – excluída aÁrea Estratégica Amazônica. A campanha terrestre no Teatro de OperaçõesTerrestre (TOT) deverá ser conduzida ofensivamente, com grande ímpeto, buscandoa decisão no menor prazo possível. As operações deverão desenvolver-se numcombate continuado e não linear, com ênfase nas manobras desbordantes ouenvolventes, para atingir os objetivos estratégicos previstos. Em virtude dascaracterísticas das AOC, é fundamental que haja judiciosa seleção da frente,onde deverá ser aplicado o máximo poder de combate.

c. Mesmo nas ocasiões em que uma atitude defensiva for adotadatemporariamente, deve ser empregado o maximo de ações ofensivas. Nessesentido, cresce de importância a execução de um patrulhamento agressivo eeficiente, seja nas operações ofensivas ou defensivas.

d. A HE “A”, que trata da defesa da soberania, com preservação da integridadeterritorial, do patrimônio e dos interesses nacionais relativos à Amazônia, estábaseada na Doutrina Gama. Esta, por sua vez, apresenta duas variantes. A primeiravisualiza um oponente que possui um poder militar semelhante ou inferior ao nosso.Neste caso, procurar-se-á a rápida decisão do conflito, com o emprego de forçaregular, em combate convencional. A estratégia a ser privilegiada será a da Ofensiva.A segunda vislumbra uma agressão por poder militar incontestavelmente superior.Neste outro caso, serão empregadas forças regulares e mobilizadas, preponderandoas ações não-convencionais, em um combate prolongado, evitando-se oengajamento direto com as forças inimigas. A estratégia a ser privilegiada será ada Resistência.

e. Dentro desse contexto, visualiza-se, particularmente na segunda varianteapresentada, o emprego maciço de patrulhas, cumprindo as mais variadas missões,na maioria das vezes, de forma bastante descentralizada. Tal fato concorrerá paraque a liderança e a iniciativa dos comandantes de todos os níveis se tornemvetores decisivos para o sucesso das operações.

f. Nesse sentido, o presente Caderno de Instrução foi elaborado com afinalidade de aprofundar os conhecimentos a serem seguidos pelos comandantesde pequenas frações. Aqui estão homogeneizados, após a realização dos I e IISeminários de Patrulhas do Exército Brasileiro, promovidos pela Academia Militardas Agulhas Negras, nos períodos de 1º a 5 de setembro de 2003 e de 6 a 10 desetembro de 2004, os diversos procedimentos que orientam os comandantes nessetipo de missão.

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ARTIGO II

CONCEITUAÇÃO

1-4. PATRULHA

É uma força com valor e composição variáveis, destacada para cumprirmissões de reconhecimento, de combate ou da combinação de ambas. A missãode reconhecimento é caracterizada pela ação ou operação militar com o propósitode confirmar ou buscar dados sobre o inimigo, o terreno ou outros aspectos deinteresse em determinado ponto, itinerário ou área. Nesse caso, a patrulha deveevitar engajamento com o inimigo. A missão de combate é caracterizada pelaação ou operação militar restrita, destinada a proporcionar segurança às instalaçõese às tropas amigas ou a hostilizar, destruir e capturar pessoal, equipamentos einstalações inimigas.

ARTIGO III

CLASSIFICAÇÃO

1-5. QUANTO À FINALIDADE DA MISSÃO

a. Patrulha de reconhecimento

(1) Reconhecimento de um ponto – É a que realiza o reconhecimento deum objetivo específico.

Fig 1-1. Reconhecimento de um ponto

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(2) Reconhecimento de área – É a que busca dados no interior dedeterminada área ou executa a própria delimitação de uma área com característicasespecíficas.

(3) Reconhecimento de itinerário(s) – É a que busca dados sobre um ouvários itinerários ou sobre a atividade do inimigo.

Fig 1-2. Reconhecimento de itinerários

(4) Vigilância – É a que exerce a observação contínua de um local ou deuma atividade.

(5) Reconhecimento em força – É uma patrulha de valor considerávelempregada para localizar a posição de uma força inimiga e testar o seu poder. Apotência de fogo, a mobilidade e as comunicações são fatores importantes naexecução deste tipo de missão.

b. Patrulha de combate

(1) De inquietação – É a que se destina a ocasionar baixas, perturbar odescanso, dificultar o movimento e/ou obter outros efeitos sobre o inimigo, com afinalidade de abater-lhe o moral.

(2) De oportunidade - É aquela lançada em determinada área com a finalidadede atuar sobre alvos compensadores que venham a surgir.

(3) De emboscada – É a que realiza ataque de surpresa, partindo deposições cobertas, contra um alvo em movimento ou momentaneamente parado.

(4) De captura de prisioneiros ou material – É a que age contra instalaçõesou forças inimigas com a finalidade de capturar prisioneiros ou materiais.

(5) De interdição – É a que executa ações para evitar ou impedir que oinimigo se beneficie de determinadas regiões, de pessoal, de instalações ou dematerial.

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(6) De suprimento- É uma patrulha de efetivo variável, dependendo do tipo e quantidade

de suprimento a ser transportado, pode receber a missão de ressuprir tropasamigas destacadas.

- Pode ser também empregada para reforçar ou seguir uma patrulha delongo alcance.

(7) De contato – Visa a estabelecer ou manter contato com tropa amiga,de forma física, visual ou por meio rádio.

(8) De segurança – É a que tem por finalidade cobrir flancos, áreas ouitinerários; evitar que o inimigo se infiltre em determinado setor ou realize umataque de surpresa; localizar ou destruir elementos que se tenham infiltrado eproteger tropa amiga em deslocamento.

(9) De destruição – É a que tem a finalidade de destruir material,equipamento e/ou instalações inimigas.

(10) De neutralização – É a que tem a finalidade de neutralizar homens ougrupos de homens inimigos.

(11) De resgate – É a que tem a finalidade de recuperar material ou pessoal

amigo que estejam retidos em área ou instalação sob controle do inimigo.

1-6. QUANTO À EXTENSÃO DA OPERAÇÃO

a. Patrulha de curto alcance – É a que atua dentro da área de influência doescalão que a lança.

b. Patrulha de longo alcance – É a que atua dentro da área de interesse doescalão que a lança.

Fig 1-3. Área de interesse e de influência

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ARTIGO IV

RESPONSABILIDADES

1-7. ATRIBUIÇÕES DO ESCALÃO QUE LANÇA A PATRULHA

a. Formular a missão.

b. Designar o comandante da patrulha.

c. Emitir as ordens necessárias.

d. Estabelecer medidas de controle.

e. Coordenar, apoiar e fiscalizar o cumprimento da missão.

f. Receber e divulgar os resultados da missão.

g. Explicar sua intenção e a do escalão superior, quando for o caso, aocomandante da patrulha.

h. Definir as regras de engajamento durante as diversas fases da missão.

i. Definir as condutas a serem adotadas em caso de ocorrência de prisioneirosde guerra (PG) e mortos inimigos.

j. Dirimir as dúvidas do comandante da patrulha. Para isso, antes de emitir aordem, deve se valer do memento do comandante de patrulha (Anexo C), a fim defornecer o máximo de informações possíveis.

Fig 1-4. Planejamento e preparação de uma patrulha

1-8. ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS NO ESCALÃO UNIDADE

a. Do S2

(1) Preparar o plano diário de patrulhas em coordenação com o S3.

(2) Planejar e propor as missões de reconhecimento.

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(3) Fornecer às patrulhas os dados referentes às condições metereológicas,ao terreno e ao inimigo.

(4) Contactar os integrantes da patrulha, no regresso de missão, paracoletar dados.

(5) Estabelecer os Elementos Essenciais de Inteligência (EEI).

b. Do S3

(1) Planejar e propor as missões de combate.

(2) Coordenar os apoios não-orgânicos do escalão compreendido (aeronaves,meios- aquáticos, artilharia etc).

c. Do S4 – Providenciar o apoio em material e suprimentos necessários aocumprimento da missão.

d. Do comandante da patrulha

(1) Receber a missão.

(2) Planejar e preparar o emprego da patrulha.

(3) Executar a missão.

(4) Confeccionar o relatório.

ARTIGO V

ORGANIZAÇÃO GERAL DA PATRULHA

1-9. FUNDAMENTOS

a. A organização de uma patrulha varia de acordo com os fatores da decisão(missão, inimigo, terreno, meios e tempo – MITeMeT).

b. Normalmente, a patrulha se constituirá de 2 (dois) ou 3 (três) escalões;um voltado para o cumprimento da missão (escalão de reconhecimento ou escalãode assalto), o outro para a segurança da patrulha (escalão de segurança) e outroque só será empregado quando o número de armas coletivas ou a descentralizaçãodo seu emprego assim o recomendar (escalão de apoio de fogo). Cada escalão éformado por um ou mais grupos, conforme decisão do comandante da patrulha,que também define seus efetivos.

c. A coordenação dos escalões é responsabilidade do comandante da patrulha,que poderá contar com alguns auxiliares, constituindo o grupo de comando.

d. Peculiaridades do grupo de comando

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(1) Poderá se constituir somente do comandante da patrulha (situaçãoideal pois compõe um menor efetivo). Isto ocorre quando há possibilidade doshomens dos demais escalões executarem, cumulativamente, as atribuições dogrupo de comando.

(2) O subcomandante da patrulha pode exercer esta única função,integrando o grupo de comando, ou, o mais normal, comandar um dos escalões.

(3) Alguns homens podem receber atribuições específicas durante apreparação e/ou deslocamento, não pertencendo portanto ao grupo de comando.Essas atribuições serão abordadas no Capítulo 3 - Planejamento e preparaçãodas patrulhas

e. Considerações gerais

(1) Escalão de segurança(a) Missão

- Proteger e orientar a patrulha durante o deslocamento.- Guardar os pontos de reunião.- Alertar sobre a aproximação do inimigo.- Realizar a proteção afastada do escalão de reconhecimento ou

escalão de assalto, durante a ação no objetivo.(b) Organização

- Constitui-se de um ou mais grupos de segurança e um grupo deacolhimento, em função do efetivo da patrulha, da natureza da missão e do terreno.

- Se houver um desmembramento da patrulha, a segurançanormalmente ficará a cargo das frações.

EXEMPLO - Patrulha de reconhecimento de uma área extensa que sedesmembra em vários grupos de reconhecimento e segurança (Gp Rec Seg).

(2) Escalão de Reconhecimento(a) Missão – Reconhecer o objetivo e/ou manter vigilância sobre ele.(b) Organização – Constitui-se de um ou mais grupos de reconhecimento,

em função dos fatores da decisão.

(3) Escalão de assalto(a) Missão - definida pela missão específica da patrulha de combate.(b) Organização

- Organiza-se em grupo(s) de assalto, grupo(s) de tarefa(s)essencial(is) e grupo(s) de tarefa(s) complementar(es).

- O grupo de assalto tem por atribuição garantir o cumprimento datarefa essencial, agindo pelo fogo e/ou combate aproximado, de modo a protegero(s) grupo(s) que executa(m) essa tarefa.

- As tarefas essenciais são executadas pelos grupos que realizamas ações impostas pela missão.

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- As tarefas complementares são executadas pelos grupos querealizam ações em benefício dos demais.

(4) Um terceiro escalão, o de apoio de fogos, pode ser organizado quandoo número de armas coletivas ou a descentralização de seu emprego, assim orecomendar.

1-10. ORGANIZAÇÃO DA PATRULHA DE RECONHECIMENTO

a. Patrulha de reconhecimento de ponto

Fig 1-5. Organograma de uma patrulha de reconhecimento de ponto

(1) Grupo de comando - Normalmente é constituído por elementosnecessários à coordenação da patrulha, tais como: comandante, subcomandante,rádio-operador, mensageiros, guias e outros. Quando for possível, essas funçõesdevem ser acumuladas com outras nos demais escalões.

(2) Grupo de segurança – A quantidade de grupos dependerá do númerode vias de acesso ao objetivo (Gp Seg = Nr Via A).

(3) Grupo de reconhecimento – O número de grupos varia em função dosfatores da decisão.

(4) Grupo de acolhimento – É o grupo que tem por missão realizar a proteçãodo ponto de reunião próximo ao objetivo (PRPO) e o acolhimento da patrulhaneste local.

b. Patrulha de reconhecimento de itinerário

(1) Tem organização semelhante à patrulha de reconhecimento de área.

(2) Grupo de reconhecimento e segurança – O número de grupos dereconhecimento e segurança depende do terreno e da maneira como o comandanteda patrulha pretende cumprir a missão (percorrendo o itinerário, ocupando pontosde comandamento ou associando essas duas idéias).

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c. Patrulha de reconhecimento de área

Fig 1-6. Organograma de uma patrulha de reconhecimento de área

- Grupo de reconhecimento e segurança – O número de grupos dereconhecimento e segurança é variável e depende dos fatores da decisão.

OBSERVAÇÃO – O grupo de acolhimento pode existir ou não, dependendodos fatores da decisão.

1-11. ORGANIZAÇÃO DA PATRULHA DE COMBATE

a. Grupo de comando – Normalmente, é constituído por elementosnecessários à coordenação da patrulha, tais como: comandante, subcomandante,rádio-operador, mensageiro e outros. Quando for possível, essas funções devemser acumuladas com outras nos diversos escalões.

Fig 1-7. Organograma de uma patrulha de combate

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b. Grupo de segurança – A quantidade de grupos dependerá do número devias de acesso ao objetivo (Gp Seg = Nr Via A).

c. Grupo de acolhimento – É o grupo que tem por missão realizar a proteçãodo PRPO e o acolhimento da patrulha neste mesmo local.

d. Grupo de assalto – O número de grupos de assalto será variável de acordocom a missão, o terreno e o dispositivo do inimigo. Deve existir, pelo menos, umgrupo de assalto que, agindo pelo fogo e/ou combate aproximado, isola a área doobjetivo e protege o cumprimento da tarefa essencial, garantindo sua execução.

e. Grupo(s) de tarefa(s) essencial(ais) – O(s) grupo(s) de tarefa(s)essencial(ais) receberá(ão) nomenclatura(s) da(s) ação(ões) tática(s) da(s) missão(ões): captura, resgate, neutralização etc. O número de grupos para cada tarefaessencial dependerá dos fatores da decisão.

f. Grupo(s) de tarefa(s) complementar(es) – O(s) grupo(s) de tarefa(s)complementar(es) receberá(ão) nomenclatura(s) da(s) ação(ões) tática(s) que irá(ão)realizar: silenciamento de sentinela, identificação datiloscópica etc. As tarefascomplementares são definidas pelas ações que tenham sido estabelecidas pelocomandante da patrulha, por ocasião do “estudo sumário da missão”, que venhama facilitar ou viabilizar o cumprimento da missão em melhores condições. O númerode grupos para cada tarefa complementar dependerá dos fatores da decisão.

Fig 1-8. Organograma de uma patrulha de combate com um escalão de Ap F

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CAPÍTULO 2

CONDUTA DAS PATRULHAS

ARTIGO I

ASPECTOS GERAIS NA CONDUTA DAS PATRULHAS

2-1. GENERALIDADES

- O planejamento e a preparação de uma patrulha têm por objetivo facilitar ocumprimento de uma missão. No entanto, as patrulhas, de uma maneira geral,viverão situações de contigência e o seu adestramento concorrerá para a obtençãodo êxito.

- É importante resaltar que conduta é uma ação previamente planejada queserá colocada em prática durante uma operação militar e que solução de condutaé uma decisão corretiva de uma ação, em curso de execução em face de um óbiceque incidentalmente se apresente.

2-2. COMANDO E CONTROLE

a. O controle influi decisivamente na atuação a patrulha. O comandante deveter a capacidade de manobrar os homens e conduzir os fogos.

b. Apesar de a cadeia de comando ser o principal elemento de controle, asordens podem ser transmitidas diretamente do comandante a cada patrulheiro.

c. O comandante deve empregar todos os meios de comunicações disponíveispara exercer o controle da patrulha.

d. Normalmente, o subcomandante desloca-se à retaguarda da patrulha. Os

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comandantes subordinados permanecem com seus escalões e grupos, mantendoo controle sobre eles.

e. Todos os patrulheiros devem estar atentos a cada gesto emitido. Alémdaqueles previstos em manuais, outros poderão ser convencionados e ensaiados.

f. A contagem do efetivo é também uma medida de controle da patrulha.

(1) Comando de “numerar” - deslocando-se a patrulha em coluna, o últimohomem, ao comando de “numerar”, inicia a contagem, tocando o homem à suafrente e dizendo “um”, este toca o seguinte dizendo “dois”, e assim sucessivamente,até o comandante da patrulha. Ciente de quantos homens estão à sua frente, ocomandante somará estes à contagem que lhe chegou, incluindo-se nela.

(2) Nas patrulhas de grande efetivo ou nas de formação diferente de coluna,a contagem será controlada pelos comandantes dos grupos, sendo o resultadotransmitido ao comandante da patrulha.

g. Normalmente as missões de patrulha poderão envolver elementos deOrganização Militar (OM) de apoio do Exército e/ ou de outra Força Singular. Estaparticipação se verifica, particularmente, nos deslocamentos (ida e/ ou regresso)e nas missões de ressuprimento.

h. Durante a etapa de planejamento e preparação é fundamental acoordenação, se possível, o contato direto entre o Cmt Pa e os envolvidos namissão, tais como: motoristas, guias, especialistas, pilotos e Oficiais de Ligação(O Lig) de OM empenhadas na execução do apoio de fogo ou envolvidas nosdeslocamentos.

i. É conveniente que todos os participantes da missão assistam à Ordem àPatrulha. Deve-se, no entanto, observar a compartimentação e a segurança dasinformações. Em todas as etapas da missão, é fundamental que todos os envolvidosconheçam perfeitamente suas possibilidades e limitações e executem ao menosum ensaio em conjunto.

j. A patrulha deverá obedecer às prescrições rádio, a fim de que o tempo detransmissão seja o mínimo necessário, dificultando as ações de guerra eletrônicado inimigo.

l. Com o propósito de diminuir o tempo de transmissão, pode ser empregadoum código de mensagens pré-estabelecidas, específico para a missão.

m. As freqüências devem ser pré-sintonizadas antes da partida da patrulha.

n. A patrulha deverá empregar amplamente os mensageiros.

o. Empregar, sempre que possível e conveniente, o sistema fio para obtençãode maior sigilo.

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p. Utilizar os meios de comunicações visuais e auditivos, quando forem doconhecimento de todos os patrulheiros.

2-3. INTELIGÊNCIA

a. As patrulhas devem empregar as técnicas de coleta de dados utilizadaspelos demais órgãos de inteligência, particularmente o reconhecimento, a vigilânciae a busca de alvos. As ações das patrulhas de reconhecimento estão voltadaspara a localização, potencial e possíveis intenções das unidades inimigas na áreade operações. Tais dados, integrados aos aspectos táticos do terreno e condiçõesmeteorológicas, são essenciais ao planejamento e condução das operações.

b. Especialistas em inteligência podem ser agregados às patrulhas quandoas necessidades excedem as possibilidades ou o grau de especialização orgânicadas frações empregadas.

2-4. APOIO DE FOGO

a. O sucesso da sincronização do apoio de fogo sobre alvos terrestres exigeuma exata compreensão de alguns aspectos básicos, tais como: emprego detodo apoio de fogo disponível, atendimento ao tipo de apoio de fogo solicitado pelapatrulha, rápida coordenação, proporcionar proteção às instalações e tropas amigas,possuir um sistema de designação de alvos eficaz e evitar a duplicaçãodesnecessária de meios.

b. O apoio aéreo aproximado poderá ser fundamental para a sobrevivênciadas forças de superfície (patrulhas) em momentos críticos das ações. Não sepode, em momento algum, descartar a enorme contribuição que um ataque aéreopreciso traz às ações.Os pedidos de apoio de fogo aéreo devem incluir as seguintesinformações:

(1) exata localização do alvo;

(2) descrição do alvo, com detalhes que permitam a seleção apropriada doarmamento;

(3) efeito desejado (interdição ou destruição);

(4) localização da tropa amiga mais próxima do alvo (distância e azimute);

(5) hora de ataque ao alvo;

(6) significado tático; e

(7) informações de controle especial, como a: localização da patrulha queorientará o avião.

c. A solicitação de apoio de fogo aéreo e terrestre às missões de patrulhadeve considerar a indefinição da localização exata de forças amigas na área deoperações.

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2-5. APOIO LOGÍSTICO

a. Nas operações de curto alcançe, as patrulhas infiltram com todo osuprimento para o cumprimento da missão.

b. Quando a missäo é de longo alcançe, faz-se necessária à condução deum suprimento sobressalente (mínimo necessário) e o planejamento dacomplementação por outros meios, tais como suprimentos pré-posicionados -cachê / Local de Apoio à Missão (LAM) - e lançamentos aéreos.

2-6. ORGANIZAÇÃO PARA O MOVIMENTO

a. A organização geral e particular de uma patrulha é definida tendo por basesua missão. Para os deslocamentos, é necessário determinar as formações, bemcomo a posição dos escalões, grupos e homens.

b. Os principais aspectos que influem na organização de uma patrulha parao movimento são:

(1) O inimigo – Situação e possibilidades de contato.

(2) A manutenção da integridade tática.

(3) A ação no objetivo.

(4) O controle dos homens.

(5) A velocidade de deslocamento.

(6) O sigilo das ações.

(7) A segurança da patrulha.

(8) As condições do terreno.

(9) As condições meteorológicas.

(10) A visibilidade.

c. As formações do pelotão a pé são adaptáveis a uma patrulha de qualquerefetivo. Cada uma delas possui vantagens e desvantagens e a escolha da formaçãoa ser adotada é decorrente de um estudo contínuo por parte do comandante.

d. Em todas as formações, as distâncias entre os escalões, grupos e homensnão são rígidas. Normalmente, elas são ditadas pelos mesmos fatores que influemna escolha da formação.

e. A integridade tática é uma preocupação fundamental na organização dapatrulha para o movimento.

f. O adestramento dos homens permite rápidas mudanças de formação efacilita a utilização dos comandos por gestos ou sinais convencionados.

g. As formações normalmente utilizadas são as abaixo descritas:

(1) Em coluna

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(a) É empregada quando o terreno não permite uma formação queforneça maior segurança ou quando a visibilidade for reduzida (a noite, na selva,com nevoeiro etc). Esta formação dificulta o desenvolvimento da patrulha à frenteou à retaguarda e lhe proporciona pouca potência de fogo nessas direções. Poroutro lado, é uma formação que permite maior controle e maior velocidade dedeslocamento. Maior potência de fogo nos flancos e facilidades nas ações lateraissão também vantagens da formação em coluna.

(b) A distância entre os homens é determinada pelas condições devisibilidade.

Fig 2-1. Formação em coluna

(2) Em linha(a) É empregada por pequenas patrulhas ou escalões e grupos de

uma patrulha maior, para a transposição de cristas ou locais de passagemobrigatória, sujeitos à observação ou ao fogo inimigo. É mais utilizada na tomadado dispositivo, no assalto, durante a ação no objetivo ou para ação imediata nacontra-emboscada. Não deve ser utilizada para deslocamentos longos.

(b) Proporciona, ainda, máximo volume de fogo à frente e boa dispersão.Todavia, dificulta o controle e o sigilo nos maiores efetivos.

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Fig 2-2. Formação em linha

(3) Em losango(a) É a formação que apresenta maiores vantagens quanto à segurança

e rapidez nos deslocamentos através campo. Facilita o controle dos homens, ascomunicações e proporciona um bom volume de fogos em todas as direções.

(b) A segurança deve atuar a uma distância que permita a comunicaçãopor gestos entre o comandante e seus patrulheiros, devendo haver pelo menos 2(dois) patrulheiros para essa missão.

Fig 2-3. Formação em losango

2-7. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS

a. Ligações

(1) Todas as ligações com a tropa amiga, em cuja área a patrulha atuará,são de responsabilidade do comandante da unidade que a lança.

(2) O comandante da patrulha pode, no entanto, ligar-se com várias

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posições, para coordenar os movimentos de saída e entrada de sua patrulha nestasáreas.

(3) As posições que geralmente exigem estas ligações e coordenaçõessão os postos de comando, postos de observação, postos avançados e a últimaposição amiga por onde a patrulha passará.

b. Aproximação e contato

(1) A aproximação às posições de tropa amiga deve ser cautelosa,considerando que antes de sua identificação, a patrulha é considerada tropa inimiga.

(2) Antes do contato, a patrulha realiza um "alto", enquanto o seucomandante ou um patrulheiro por ele designado vai à frente, em segurança, paraa troca de senhas.

(3) A iniciativa e a segurança são fatores importantes a serem consideradospara esse evento.

c. Inteligência

(1) O comandante deve transmitir informações sobre o efetivo, o eixo deprogressão e o horário provável de regresso da patrulha ao ponto amigo.

(2) O comandante da patrulha deve obter os últimos informes sobre aatuação do inimigo, o terreno à frente, os obstáculos existentes, bem como verificarse todos têm conhecimento da senha e contra-senha.

(3) No regresso, a patrulha transmite os dados de valor imediato a cadaposição amiga encontrada, alertando, inclusive, sobre a existência de elementosamigos extraviados.

d. Ultrapassagem

(1) Caracteriza-se pelo desbordamento da posição amiga ou de passagematravés dela, dependendo das instruções recebidas e da existência de obstáculosao redor da posição.

(2) Um guia é imprescindível na ultrapassagem da posição, principalmentequando existirem obstáculos.

2-8. DESLOCAMENTOS

a. Durante os deslocamentos, todo patrulheiro deve se preocupar com aexecução de três atividades simultâneas: a progressão, a ligação e a observação.

(1) Na progressão(a) Utilizar, sempre que possível, as cobertas e abrigos existentes.(b) Manter a disciplina de luzes e ruídos.

(2) Na ligação(a) Procurar manter o contato visual com seu comandante imediato.

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(b) Ficar atento à transmissão de qualquer gesto ou sinal, pararetransmiti-lo e/ou executá-lo, conforme o caso.

(3) Na observação(a) Manter em constante observação o seu setor.(b) O comandante da patrulha deve adotar medidas visando estabelecer

a observação em todas as direções, inclusive para cima.

b. As ligações e as observações são também mantidas nos "altos", permitindoa rápida transmissão das ordens e a manutenção da segurança.

c. O armamento deve ser conduzido em condições de pronto emprego,carregado, travado e empunhado adequadamente.

d. Qualquer ruído deve ser aproveitado para a progressão, tais como, barulhoprovocado pela chuva, por viaturas, por aeronaves, por fogos de artilharia etc.

e. A patrulha deve se preocupar em não deixar vestígios que denunciem suapassagem. Em determinadas situações, é necessário, até mesmo, apagar osrastros deixados.

2-9. SEGURANÇA

a. Durante os deslocamentos

(1) As formações adequadas ao terreno, bem como a dispersão empregadaem função da situação, proporcionam à patrulha um certo grau de segurançadurante o deslocamento.

(2) Cabe ao comandante da patrulha realizar um estudo constante doterreno para que possa determinar, em tempo útil, o reconhecimento oudesbordamento de locais perigosos.

(3) A segurança à frente é proporcionada pela ponta da patrulha, cujaconstituição varia de um único esclarecedor até um grupo de combate, em funçãodo efetivo.

(4) A distância entre a patrulha e a ponta é determinada pelo terreno,pelas condições de visibilidade e pela necessidade de se manter o contato visuale o apoio mútuo.

(5) A ponta reconhece a área por onde a patrulha se deslocará por intermédiode seus esclarecedores.

(6) Os esclarecedores da ponta devem manter o contato visual entre si ecom a patrulha.

(7) Prever e executar o rodízio dos esclarecedores, principalmente naspatrulhas de longo alcance, mantendo uma segurança eficiente.

(8) A segurança nos flancos é proporcionada com a distribuição de setores

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de observação a cada homem da patrulha que não esteja em outras missõesespecíficas de segurança à frente ou à retaguarda e por elementos destacados,quando necessário.

(9) Escalar homens com a missão de observar para cima, sempre que otipo de ambiente favorecer uma atuação inimiga desta direção.

b. Nos "altos"

(1) Poderão ser efetuados diversos "altos" no deslocamento de uma patrulhapara:

(a) observar, escutar ou identificar qualquer atividade inimiga;(b) envio de mensagens, alimentação, descanso, reconhecimento ou

a orientação da patrulha.

(2) O comando de “congelar” implica que todos os patrulheiros permaneçamimóveis e agachados, observando e ouvindo atentamente a situação que seapresenta.

(3) Ao ser comandado “alto”, cada integrante da patrulha ocupa uma posição,aproveitando as cobertas e abrigos existentes nas imediações.

(4) O "alto-guardado" é uma parada mais prolongada, durante a qual apatrulha adota um dispositivo mais aberto, normalmente circular, e pode destacarelementos para ocupar posições dominantes.

c. No objetivo

(1) A segurança da patrulha, durante a ação no objetivo, é proporcionadapela correta utilização dos grupos de segurança, dispostos de modo a isolar aárea do objetivo e proteger a ação do escalão de reconhecimento ou assalto.

(2) Em alguns casos, nas patrulhas de combate, os grupos de assalto,após executarem sua missão, fornecem a proteção aproximada ao grupo quecumpre a tarefa essencial e a outros que atuam no objetivo.

2-10. NAVEGAÇÃO

a. GeneralidadesNormalmente, as missões recebidas devem ser cumpridas com imposições

de horários. Uma navegação consciente, bem planejada e segura permite ocumprimento da missão no horário determinado.

b. Procedimentos

(1) Seguir o planejamento evitando improvisações, manter um estudocontínuo do terreno e empregar corretamente a equipe de navegação.

(2) O homem-ponto, normalmente, atua com os elementos que fazem asegurança à frente.

(3) Os homens-passo, em condições normais, não se deslocam à testada patrulha.

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(4) Todos os componentes devem memorizar o itinerário, os azimutes eas distâncias.

2-11. PONTO DE REUNIÃO

a. Generalidades

(1) É um local onde uma patrulha pode reunir-se e reorganizar-se.

(2) Os possíveis pontos de reunião são levantados durante o estudo nacarta ou reconhecimento e, uma vez definidos, devem ser do conhecimento detodos os integrantes da patrulha.

(3) Um ponto de reunião deve ser de fácil identificação e acesso; permitiruma defesa temporária e proporcionar cobertas e abrigos.

b. Tipos

(1) Pontos de reunião no itinerário (PRI) - estão situados ao longo dositinerários de ida e de regresso da patrulha.

(2) Ponto de reunião próximo do objetivo (PRPO) - é utilizado paracomplementar o reconhecimento (reconhecimento aproximado) e liberar os grupospara o cumprimento da missão. Nesse ponto, a patrulha pode reorganizar-se apósrealizar a ação no objetivo. Poderá existir mais de um PRPO, caso a patrulharegresse por itinerário diferente.

c. Procedimento

(1) Havendo ação do inimigo e a conseqüente dispersão da patrulha entredois pontos de reunião sucessivos, os patrulheiros regressarão ao último ponto dereunião ou avançarão até o próximo ponto de reunião provável, conforme estabelecidona Ordem à Patrulha.

(2) Na reorganização, serão tomadas as providências necessárias aoprosseguimento da missão. Nesse caso, deve ser definido o tempo máximo deespera, ao término do qual o patrulheiro mais antigo assume o comando e partepara o cumprimento da missão.

2-12. AÇÕES EM ÁREAS PERIGOSAS E PONTOS CRÍTICOS

a. Conceituação

(1) Áreas perigosas e pontos críticos são aqueles obstáculos levantadoslevantados no itinerário que oferecem restrições ao movimento.

(2) Normalmente, nestes locais, a patrulha fica vulnerável aos fogos e/ou àobservação do inimigo.

b. Procedimentos gerais

(1) Identificar, durante o planejamento, as prováveis áreas perigosas e pontoscríticos, prevendo e transmitindo à patrulha a conduta a ser adotada ao atingi-los.

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(2) Optar pelo desbordamento destas áreas, quando isso for possível.

(3) Prever ou solicitar apoio de fogo para cobrir o movimento da patrulha.

(4) Realizar reconhecimentos e estabelecer a segurança.

(5) Realizar o “POCO” (Parar, Olhar, Cheirar e Ouvir).

c. Procedimentos particulares

(1) Estradas – Devem ser transpostas em curvas ou em trechos em quesejam mais estreitas e possuam cobertas de ambos os lados. É necessárioestabelecer segurança, executar um reconhecimento e definir um ponto de reunião.A travessia deve ser rápida e silenciosa com toda a patrulha, por grupos ouindividualmente, de acordo com a situação.

(2) Clareiras – Devem ser desbordadas. Quando não for possível, énecessário agir da mesma forma que na travessia de estradas.

(3) Pontes – Deve ser evitada a ultrapassagem. A patrulha só deve utilizara ponte quando todos os pontos que permitam a observação e o fogo sobre elaestiverem reconhecidos ou sob vigilância.

(4) Cursos d’água(a) Antes da travessia de cursos d’água, deve ser reconhecida a margem

de partida. Em seguida, a patrulha entrará em posição e estará pronta para cobrira margem oposta. Logo após, deve ser enviado um grupo para reconhecer a outramargem e estabelecer segurança.

(b) No caso da utilização de embarcações, elas devem ser ocultadasnas margens.

(c) Existindo vau, a transposição deve ser rápida e realizada empequenos grupos ou individualmente. Na travessia a nado, o armamento e a muniçãodevem ser conduzidos em balsas improvisadas.

(5) Casebres ou povoados – Sempre que houver necessidade de a patrulhapassar pela proximidade de casebres ou povoados, devem ser redobradas asprescrições relativas ao sigilo. É importante que a distância do itinerário dedesbordamento selecionado seja suficiente para que o deslocamento da patrulhanão seja percebido.

(6) Desfiladeiros e locais propícios para emboscadas – Reconhecer antesda travessia. Caso a região seja propícia à emboscada inimiga, os elementos dasegurança de vanguarda e de flanco deslocar-se-ão a uma distância maior.

(7) Obstáculos artificiais – Deve ser evitada a utilização de passagens ebrechas já existentes que possam estar armadilhadas, pois os obstáculos,normalmente, são agravados ou batidos por fogos.

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ARTIGO II

PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO

2-13. GENERALIDADES

a. As informações sobre o inimigo e o terreno por ele controlado são de vitalimportância para o comando.

b. A patrulha de reconhecimento é um dos meios de que dispõe o comandopara a busca ou coleta de dados, os quais facilitam uma tomada de decisão.

2-14. MISSÕES

a. A missão de uma patrulha de reconhecimento consiste na obtenção dasrespostas a perguntas relativas ao inimigo e/ou ao terreno.

(1) Sobre o inimigo (um exemplo)- O inimigo ocupa, realmente, o terreno?- Qual é o seu valor (efetivo)?- Qual é o seu equipamento e armamento?- Qual é a sua atividade atual?- Outras informações necessárias ao comando.

(2) Sobre o terreno (um exemplo)- Quais são as características do(s) curso(s) d’água? (profundidade,

correnteza, largura e características das margens).- Qual é a característica da vegetação e sua influência nos movimentos

de tropa a pé- Quais são os melhores itinerários ou vias de acesso para a

aproximação?- Quais são as possibilidades de emprego de elementos blindados e

mecanizados?- Outras informações necessárias ao comando.

2-15. TIPOS DE RECONHECIMENTO

a. Existem 5 (cinco) tipos de patrulhas de reconhecimento.

(1) Patrulha de reconhecimento em força – Neste tipo de patrulha,diferentemente da operação ofensiva reconhecimento em força, a missão consisteem realizar uma ação em força, de pequena envergadura, sobre um objetivo, coma finalidade de se buscar dados sobre o inimigo no que se refere ao dispositivo(inclusive posição de armas coletivas), valor e poder de combate.

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(2) Patrulha de vigilância – Tem a missão de exercer observação contínuasobre local ou atividade.

(3) Patrulha de reconhecimento de itinerários – Tem a missão de obterdados sobre um determinado itinerário.

(4) Patrulha de reconhecimento de ponto – Tem a missão de obter dadossobre um objetivo específico.

(5) Patrulha de reconhecimento de área – Tem a missão de obter dadossobre uma grande área ou sobre pontos nela existentes. A patrulha pode obtê-los,reconhecendo a área, mantendo vigilância sobre ela ou fazendo o reconhecimentode uma série de pontos.

Fig 2-4 Patrulha de reconhecimento de ponto e de área

2-16. PATRULHA DE RECONHECIMENTO EM FORÇA

a. Organização

(1) Para sua organização, deve-se considerar a ação que define a tarefaessencial (obtenção de dados), a execução da ação em força (assalto, apoio defogo) e as tarefas complementares, se for o caso.

(2) Normalmente, a patrulha é organizada em um escalão de segurança eum escalão de assalto. Os grupos de assalto e apoio de fogo executam a açãoem força.

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(3) O escalão de assalto é constituido, ainda, por um ou mais grupos deobservação. Os grupos de observação executam a tarefa essencial, levantando osdados em função da reação inimiga (posições de armas coletivas, dispositivo,valor, medidas de segurança durante a ação no objetivo etc).

b. Ação no objetivo

(1) Localizado o objetivo, a patrulha se desenvolve e os grupos de observaçãoocupam as posições que lhes permitam o cumprimento da missão.

(2) A patrulha abre fogo de posições abrigadas e engaja-se apenas onecessário para forçar a resposta do inimigo.

(3) Os grupos de observação executam a tarefa de levantar os dados,identificando as posições de armas coletivas, limites, valor, natureza do armamentoutilizado etc. Para isso ficam mais à retaguarda, abrigados e com bons camposde observação. Binóculos e equipamentos para visão noturna são comumenteempregados.

2-17. EQUIPAMENTO, MATERIAL E ARMAMENTO

a. Uma patrulha de reconhecimento, normalmente, conduz o armamentonecessário à própria segurança.

b. O equipamento individual e o material a serem conduzidos dependem daduração da missão. Sempre que possível, deve-se aliviar o patrulheiro para facilitar-lhe os movimentos.

c. Podem ser conduzidos pela patrulha: óculos de visão noturna (luz residual),material de comunicações, máquina fotográfica, cartas, esboços, fotografias aéreas,lápis e papel, lápis dermatográfico, fita fosforescente ou luminosa, fita isolante,poncho, bússolas, binóculos, relógios, GPS, alicate e qualquer outro material ouequipamento de utilidade para a missão.

2-18. CONDUTAS NORMAIS DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO

a. Cumprir a missão sem ser percebida pelo inimigo.

b. Combater somente pela sobrevivência ou, se necessário, para favorecer ocumprimento da missão.

c. Empregar, quando for imprescindível, reconhecimento pelo fogo. Estatécnica consiste em fazer com que alguns homens da patrulha atirem na direçãodo inimigo para atrair seu fogo, obrigando-o a revelar suas posições.

d. Realizar um "alto-guardado" no PRPO. Esta conduta tem a finalidade deratificar ou retificar o planejamento, através de um reconhecimento aproximado echecar com os comandantes subordinados os locais exatos de cada um dosgrupos e suas missões específicas.

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Fig 2-5 Patrulha mantendo a atividade inimiga sob vigilância

ARTIGO III

PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE COMBATE

2-19. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FINALIDADE DA MISSÃO

a. Segundo a missão, as patrulhas de combate são classificadas em:

(1) patrulha de oportunidade

(2) patrulha de destruição

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(3) patrulha de neutralização

(4) patrulha de segurança

(5) patrulha de resgate

(6) patrulha de captura

(7) patrulha de contato

(8) patrulha de interdição

(9) patrulha de inquietação

(10) patrulha de suprimento

(11) patrulha de emboscada

b. Estas patrulhas apresentam peculiaridades, principalmente, quanto àorganização e forma de atuação.

2-20. PATRULHA DE OPORTUNIDADE

a. Generalidades

(1) É uma patrulha lançada em determinada área, com a finalidade deatuar sobre alvos compensadores que venham a surgir.

(2) Alvo compensador é todo aquele cuja importância tática se sobreponhaàs baixas que a patrulha poderá sofrer ao executar a missão.

(3) Como não há alvo definido, cabe ao comandante da patrulha decidir,baseado na missão do escalão que a lançou, se o alvo surgido em sua área deatuação é ou não compensador.

(4) Há necessidade de dados precisos ou de informações a respeito dealvos ou instalações existentes, das possibilidades do inimigo e de suas atividadesatuais na área.

b. Organização

(1) Apesar da necessiade de se dispor de dados precisos ou de informaçõesa respeito de alvos, instalações, atividades e possibiliades do inimigo na áreaconsiderada, o local exato do objetivo e o poder do inimigo só serão conhecidosna oportunidade do encontro. Deste modo, uma patrulha de oportunidade deve teruma organização flexível, que lhe permita adaptar-se à situação apresentada.

(2) A fim de evitar o fracasso, o comandante deve conduzir o estudo desituação de modo a:

(a) concluir sobre os tipos de alvo que poderão surgir em sua área,após a análise das informações recebidas sobre o inimigo;

(b) considerar cada alvo compensador que possa surgir, como umpossível objetivo da patrulha;

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(c) decidir o quê e como fazer, visto que o local e a hora serão conhecidosna oportunidade do encontro, para cada possível objetivo; desta forma terá aorganização necessária para cada caso.

c. Ordens e ensaios

(1) Verificar se cada homem e cada grupo conhece os detalhes de suafunção para as condutas levantadas.

(2) Realizar o ensaio para todas as situações possíveis, de modo a evitarquaisquer dúvidas sobre o quê, quando e como fazer.

(3) Realizar o ensaio dos sinais e gestos convencionados.

d. Ação no objetivo

(1) Para se conseguir a surpresa sobre o inimigo, há necessidade daadoção de medidas de segurança nos deslocamentos, tais como:

(a) correta utilização da ponta;(b) dispersão;(c) disciplina de luzes e/ou ruídos;(d) camuflagem;(e) correta utilização do terreno;(f) outras medidas julgadas necessárias.

(2) A patrulha deverá estar exaustivamente ensaiada na execução dastécnicas de ação imediata, para o caso de ser surpreendida pelo inimigo.

(3) Avistado o inimigo, o comandante deve realizar um rápidoreconhecimento, decidir sobre o dispositivo a adotar e transmitir as ordensnecessárias aos subordinados. Em seguida, a patrulha cumpre a missão.

2-21. PATRULHA DE DESTRUIÇÃO

a. Generalidades

(1) Exige um planejamento detalhado do processo de destruição, domaterial a ser utilizado e do emprego de peritos.

(2) Em alguns casos, a destruição pode ser feita pelo fogo.

(3) Particular atenção deve ser dada ao ensaio do pessoal e ao teste doequipamento a ser utilizado na destruição.

b. Organização – São organizados um ou mais grupos específicos para arealização da tarefa essencial, que é destruir. O grupo de destruição é o responsávelpela preparação e utilização do material.

c. Ação no objetivo

(1) O grupo de destruição atua, normalmente, após a ação dos grupos deassalto e de apoio de fogo.

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(2) Nos casos em que a destruição possa ser realizada apenas pelo fogo,o grupo de destruição recebe armamento específico, necessário para a execuçãode sua tarefa.

2-22. PATRULHA DE NEUTRALIZAÇÃO

a. Generalidades

(1) A patrulha é lançada com a missão de neutralizar (eliminar ou capturar)elementos ou grupo de elementos específicos.

(2) Em alguns casos, um reconhecimento prévio fornece a identificaçãodo objetivo, que é facilitada pela utilização de fotografias, desenhos e descrições.

b. Organização – Normalmente, possui um grupo com a missão de neutralizar.Os demais grupos dependem da missão específica e, normalmente, são de efetivosreduzidos.

c. Ação no objetivo

(1) A neutralização pode ser feita à distância, utilizando-se caçadores ouatravés de um assalto.

(2) As missões dos grupos são iguais às das demais patrulhas de combate.

(3) Deve-se dobrar os meios para o grupo de neutralização, evitando ofracasso da missão.

2-23. PATRULHA DE SEGURANÇA

a. Generalidades

(1) A patrulha de segurança cumpre uma ou mais das missões a seguir.(a) Cobrir os flancos, a frente, a retaguarda, os intervalos e os itinerários.

Poderá também proteger unidades em movimento (comboios).(b) Vigiar uma área ou setor, de modo a prevenir e evitar a infiltração do

inimigo, bem como ataques de surpresa.(c) Localizar e neutralizar o inimigo remanescente ou infiltrado em área

amiga (limpeza).(d) Executar toda e qualquer ação que possa ser definida pelo termo

genérico patrulhar.

(2) A segurança a ser proporcionada pode implicar no engajamento com oinimigo.

(3) Enquadram-se, neste tipo de patrulhas, aquelas lançadas com afinalidade de ligar postos de segurança.

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b. Organização

(1) Sua organização particular depende, essencialmente, da missãoespecífica que receber. Deve-se considerar, também, as possibilidades do inimigoe o terreno.

(2) Quando a situação e a missão apresentam grandes possibilidades deum engajamento com o inimigo, a patrulha deve ser dotada de um adequado poderde combate.

c. Ação no objetivo

(1) A patrulha deve ocupar pontos que favoreçam a dominância sobre asvias de acesso, pontos de passagem obrigatória e/ou áreas que permitam adissimulação de elementos infiltrados, de modo a proporcionar segurança atravésda vigilância e cobertura de setores ou áreas, a partir desses pontos.

(2) Patrulhar a área abrangida pela missão. Neste caso, devem serlevantados os pontos e itinerários a serem percorridos e a patrulha deve estaradestrada e preparada para o combate de encontro. A patrulha deve evitar oestabelecimento de uma rotina no seu patrulhamento. Os intervalos de tempo, ositinerários e as seqüências devem ser alterados, evitando-se deixar qualquer espaçosem patrulhamento por longos períodos de tempo.

(3) Combinar a vigilância com o patrulhamento nas áreas ou locais sobreos quais a observação seja limitada.

2-24. PATRULHA DE RESGATE

a. Generalidades

(1) O resgate consiste nas ações de recuperação de material ou pessoalamigo, que esteja retido em área ou instalação hostil ou sob controle do inimigo.

(2) No planejamento devem ser previstos os meios necessários ao transportedo material ou pessoal a ser resgatado. Em se tratando de pessoal, deve-seconsiderar a possibilidade do resgatado estar ferido.

b. Organização

(1) O escalão de assalto é organizado em um ou mais grupos de resgatee, normalmente, em um grupo de assalto.

(2) Outros grupos poderão integrar o escalão de assalto, de acordo comas tarefas complementares a serem executadas.

(3) O escalão de segurança é organizado levando-se em consideração onúmero de vias de acesso que incidem no objetivo.

c. Ação no objetivo

(1) O(s) grupo(s) de resgate deve(m) localizar o material ou pessoal a ser

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resgatado. Ao iniciar a ação, cabe ao grupo de resgate alcançar, o mais rápidopossível, o seu alvo, protegê-lo e retirá-lo da área do objetivo. No retraimento, é oresponsável pela condução ou proteção do pessoal e material a ser resgatado,podendo ser reforçado para tal ação.

(2) Medidas de coordenação devem ser adotadas a fim de evitar que osfogos realizados pela patrulha dificultem ou impeçam as ações do(s) grupo(s) deresgate.

2-25. PATRULHA DE CAPTURA

a. Generalidades

(1) A missão de capturar pessoal e/ou material inimigo tem por finalidade:(a) obter dados;(b) abater-lhe o moral;(c) privá-lo de chefes ou líderes importantes.

(2) A missão de captura consiste nas ações de conquista e conduçãopara as linhas amigas, de determinado material e/ou pessoal inimigo.

(3) Conduzir meios para a correta identificação do pessoal ou material.

b. Organização

(1) O escalão de assalto é organizado em um ou mais grupos de capturae, normalmente, um grupo de assalto.

(2) Outros grupos poderão integrar o escalão de assalto, de acordo comas tarefas complementares a serem executadas.

(3) O escalão de segurança é organizado levando-se em consideração onúmero de vias de acesso que incidem no objetivo.

c. Ação no objetivo

(1) O máximo de surpresa, rapidez e sigilo são essenciais para o êxito damissão.

(2) A primeira preocupação do grupo de captura é a localização exata doelemento ou do objeto a ser capturado. Ao iniciar a ação, cabe ao(s) grupo(s) decaptura alcançar(em) rapidamente o alvo, aprisioná-lo ou tomá-lo, retirando-o daárea do objetivo. Tomar medidas táticas para bloquear uma possível fuga, quandoa missão for capturar pessoal.

(3) Medidas de coordenação são adotadas a fim de evitar que os fogosrealizados pela patrulha atinjam o elemento a ser capturado ou dificultem / impeçama ação de captura.

(4) Não obtendo a surpresa, incitar o inimigo à rendição, desde que odispositivo adotado impossibilite a sua fuga.

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2-26. PATRULHA DE INTERDIÇÃO

a. Generalidades

(1) A missão das patrulhas de interdição consiste em impedir que o inimigose beneficie de determinada região, instalação ou material, durante um período detempo.

(2) A missão de interdição pode ser cumprida, no caso de instalações,através da utilização de explosivos, agentes QBN, da utilização do fogo, de açõesde sabotagem e de outras formas.

(3) A interdição também pode ser executada pela ocupação física e pelamanutenção da área considerada.Nesse caso, deve-se, inicialmente, conquistara posição (ou simplesmente ocupá-la caso a mesma não esteja sendo defendida)e, em seguida, estabelecer-se uma defesa circular, reforçando os setores commaior probabilidade de atuação do inimigo.

(4) Conforme a situação, pode ser importante a participação de especialistaspara a atuação em alvos específicos (especialistas de área, engenheiros, químicosetc).

b. Organização

As patrulhas de interdição possuem organização flexível, de acordo com anatureza da ação a ser executada (uso de explosivos, sabotagem, manutençãodo terreno etc).

c. Ação no objetivo

(1) Nas patrulhas de interdição a ação no objetivo transcorrerá de acordocom a peculiaridade da missão imposta.

(2) Nas patrulhas de interdição com emprego de técnicas de sabotagem,o sigilo é fundamental.

2-27. PATRULHA DE CONTATO

a. Generalidades

É a patrulha lançada com a finalidade de estabelecer contato comelementos amigos.

b. Organização

O efetivo da patrulha é menor e é conduzido pouco armamento.

c. Ação no objetivo

(1) Selecionar o ponto designado para o contato ou onde ele pode ocorrer.

(2) O contato pode ser feito através de ligação pessoal, pela vista ou pormeio do rádio.

(3) Estabelecer medidas para obtenção do sigilo.

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(4) Evitar o combate decisivo, salvo se estiver imposto na missão.

(5) Informar, de imediato, o estabelecimento do contato.

2-28. PATRULHA DE INQUIETAÇÃO

a. Generalidades

(1) Uma patrulha de inquietação pode receber as seguintes missões: causarbaixas, dificultar o movimento, perturbar o descanso do inimigo etc.

(2) Nas operações de Garantia da Lei e da Ordem, uma missão deinquietação impede ou dificulta a reorganização das forças adversas, obrigando-as a se movimentarem constantemente.

b. Organização

(1) Normalmente, as patrulhas de inquietação possuem um escalão desegurança reforçado, constituído de vários grupos de segurança.

(2) O escalão de assalto é definido por grupos de inquietação e apoio defogo. Quando a inquietação for feita basicamente pelo fogo, o grupo de apoio defogo será reforçado em homens e armamento.

(3) Em ambiente operacional de difícil visibilidade e conseqüente dificuldadede controle, pode se organizar grupos de inquietação e segurança.

c. Ação no objetivo

(1) As ações são rápidas e agressivas, considerando a própria finalidadeda missão.

(2) Não é comum o engajamento da patrulha no combate aproximado.

(3) Quando a finalidade for perturbar o descanso ou dificultar o movimento,pode-se inquietar pelo fogo.

(4) A inquietação visando causar baixas pode ser executada pelo fogo,pelo assalto ou combinação de ambos.

(5) O emprego de helicópteros favorece as ações de inquietação.

(6) Bons conhecimentos da montagem de emboscadas imprevistas, bemcomo um adestramento das técnicas e ações imediatas, favorecem o cumprimentoda missão.

2-29. PATRULHA DE SUPRIMENTO

a. Generalidades

(1) A patrulha de suprimento tem a missão de suprir uma unidade destacadaou que se encontre em ambientes operacionais sob condições especiais, quenecessite de certos suprimentos, impossibilitados de chegar pelos meios normais.

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(2) A patrulha de suprimento cumpre sua missão de duas formas:(a) forma direta: há contato físico entre o elemento apoiador e o apoiado

para a entrega ou a busca de suprimento. É aconselhável que se estabeleça umaligação prévia entre o elemento apoiador e o apoiado, facilitando-se a coordenação.

(b) forma indireta: através da utilização do suprimento pré-posicionadoem local pré-determinado. Normalmente, não há necessidade de ligação entre afração que supre e a fração que se utiliza do suprimento pré-posicionado.

(3) Além do homem, animais podem ser empregados para auxiliar notransporte. Viaturas e aeronaves têm seu emprego condicionado pelas vias detransporte, condições meteorológicas e pela necessidade de manutenção do sigilodas operações. Tais meios podem ser empregados até determinados pontos ouáreas, ganhando-se em rapidez e diminuindo o desgaste físico dos patrulheiros,sem, no entanto, comprometer a segurança e o sigilo da operação em andamento.

(4) Nos deslocamentos até a área do objetivo, utilizar formações quepossibilitem segurança do pessoal empregado no transporte do suprimento. Avelocidade de deslocamento da patrulha é definida pelos grupos com maior carga.

b. Organização

(1) A quantidade e o tipo de suprimento a ser transportado, bem como asdistâncias e o ambiente operacional são fatores que influirão decisivamente naorganização da patrulha.

(2) Forma direta - Poderá ser constituído um escalão de suprimento esegurança, com tantos grupos de suprimento e segurança quantos foremnecessários. Tal organização permitirá que os grupos possam prover sua própriasegurança e facilitará as atividades de rodízio.

(3) Forma indireta - As patrulhas de suprimento na forma indireta apresentamorganização flexível, de acordo com o ambiente operacional, grau de sigilo exigidoe peculiaridades da forma de pré-posicionamento.

c. Ação no objetivo

(1) Forma direta(a) Prever a ocupação de um ponto de reunião próximo ao objetivo,

buscando contato com a tropa amiga sempre em segurança e ainda com horas deluz.

(b) A entrega do suprimento, sempre que possível, segue a seguinteseqüência:

- contato rádio, com autenticação, antes do contato visual;

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- definição do local e direção de aproximação, facilitando o contatopara a troca de senha, caso não tenha sido definido com exatidão;

- em segurança e no local combinado, realizar a troca de senha econtra-senha, conforme IE Com Elt;

- efetuar a entrega do suprimento.(c) Elementos do escalão de segurança realizam o contato.

(2) Forma indireta(a) Ocupar um ponto de reunião próximo ao objetivo, identificar a

presença ou não do inimigo,verificar o local do pré-posicionamento, balizando-o,se for o caso.

(b) Sendo o suprimento pré-posicionado em área urbana e, havendo anecessidade de realizar contato com elementos existentes no local, o comandantedeverá designar elementos da patrulha para tal missão, devendo evitar realizarpessoalmente este contato.

(c) Caso não haja vias de acesso definidas, a segurança deverá sercircular (em todas as direções).

(d) Em determinadas situações, pode haver a necessidade da realizaçãode trabalhos de sapa para a instalação de um suprimento pré-posicionado.

(e) Em determinadas situações, pode haver a necessidade da eliminaçãode vestígios e/ou camuflagem do local onde foi pré-posicionado o suprimento.

2-30. PATRULHA DE EMBOSCADA

a. Generalidades

(1) Emboscada é um ataque de surpresa, contra um inimigo em movimentoou temporariamente parado, desencadeado de posições cobertas, com a finalidadede destruí-lo, capturá-lo, inquietá-lo ou causar-lhe danos materiais.

(2) O espaço do terreno onde ela é montada denomina-se local deemboscada. Denomina-se área de destruição, a porção do local de emboscadaonde são concentrados os fogos destinados ao alvo.

(3) A emboscada é altamente eficaz em qualquer tipo de operação pornão exigir a conquista ou manutenção do terreno, permitindo que forças de pequenovalor destruam forças de maior poder de combate.

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Fig 2-6.Patrulha executando uma emboscada

b. Fatores que favorecem o êxito de uma emboscada

(1) Planejamento - Deve ser meticuloso e detalhado, abordando o efetivoda patrulha, o local da emboscada, o material, a preparação, os ensaios, osdeslocamentos, a ocupação e preparação das posições, a camuflagem, a disciplinade fogo, o armadilhamento na área de destruição e adjacências, o controle, acondução da emboscada, o retraimento e a reorganização.

(2) Controle – Deve ser exercido um controle cerrado sobre a patrulha.Comunicações adequadas, definição de um sistema de segurança e alerta,observação constante e conhecimento da situação facilitam o controle. Prepararos homens, alertando-os da mudança repentina, de uma situação de expectativapara um estado de agressividade máxima.

(3) Paciência - É essencial para a manutenção do sigilo durante o tempode espera. Normalmente, a patrulha é mantida na posição por muito tempo, exigindodisciplina e controle do sistema nervoso. A espera não deve ser muito prolongada,pois acarretará um desgaste físico ou psicológico da tropa emboscante. Para quese reduza tal desgaste, é necessário que se planeje um rodízio dos homens emprontidão, entretanto, há casos históricos de longas esperas.

(4) Camuflagem – É um fator de grande importância para a obtenção dasurpresa. É importante que sejam mantidas as características e a fisionomia doterreno.

(5) Informações sobre o inimigo – O comandante da patrulha recebe todasas informações disponíveis sobre o inimigo, tais como: efetivo, natureza e direçãode deslocamento. Essas informações são essenciais para o êxito da emboscada.

(6) Seleção do local – O local ideal é aquele que oferece o máximo devantagens para a tropa emboscante nos aspectos observação e campos de tiro,

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cobertas e abrigos, obstáculos, acidentes capitais e vias de acesso. O inimigodeve ter observação limitada, campos de tiro reduzidos, ficar descoberto e deparar-se com obstáculos que restrinjam seu movimento, canalizando-o para a área dedestruição. Desfiladeiros, gargantas, cursos d’água, barrancos ou aclives sãoacidentes do terreno que favorecem a montagem de uma emboscada. O empregode obstáculos artificiais (concertinas, armadilhas etc), ajudam a causar baixas ediminuem a capacidade de reação do inimigo. A criatividade do comandante dapatrulha influi positivamente na adequação tática do local da emboscada. Deve-seter o cuidado de não deixar marcas ou vestígios que possam denunciar o local daemboscada.

(7) Surpresa – Obtém-se pelo sigilo, pela camuflagem e pela paciência.

(8) Rapidez – Aplicá-la, aproveitando o impacto da surpresa.

(9) Fogo Violento – É o emprego do máximo volume de fogos, num pequenoespaço de tempo.

(10) Simplicidade – O planejamento e a condução das ações devem ser osmais simples possíveis. A simplicidade permite uma maior flexibilidade em qualquerconduta.

(11) Adestramento – Adquirido através da instrução teórica e prática,favorecendo a aplicação eficaz das técnicas de emboscada.

(12) Ensaio das ações – O ensaio, executado com o máximo de realidade,é condição fundamental para a atuação coordenada dos escalões e grupos nasdiversas fases da missão de emboscada.

c. Classificação das emboscadas

(1) Geral(a) Emboscada de ponto - Caracteriza-se pela existência de uma única

área de destruição, baseada em informes precisos sobre o inimigo.(b) Emboscada de área - Consiste em várias emboscadas de ponto

sob um comando único, ao longo dos diversos itinerários de acesso ou retraimentodo inimigo.

(2) Quanto aos dados sobre o alvo(a) Emboscada deliberada - É planejada especificamente para um

determinado alvo. Necessita de dados detalhados sobre o inimigo.(b) Emboscada de oportunidade - Os dados disponíveis não permitem

um planejamento detalhado antes da partida. São preparadas para atacar um alvocompensador.

d. Organização

(1) Considerações básicas(a) A montagem de uma emboscada depende da finalidade da operação,

do inimigo a ser emboscado, do local escolhido e dos meios disponíveis. Umestudo de situação adequado facilita a decisão do comandante.

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(b) O efetivo e o dispositivo da tropa emboscante é um fatorpreponderante nas ações de uma emboscada.

(2) Escalão de Segurança(a) Grupo de Proteção

- Tem por finalidade impedir ou retardar o envio de reforços inimigospara o local da emboscada. Ocupa posições ao longo das prováveis vias de acesso,podendo preparar pequenas emboscadas com objetivo de retardar o inimigo.

- O grupo de proteção deve planejar suas emboscadas e estar emcondições de atuar em emboscadas imprevistas. Outra missão do grupo é protegero retraimento da patrulha. Para isto, deve colocar-se em locais onde possa bater,pelo fogo, o local da emboscada e os itinerários de retraimento. Quando a formado terreno dificultar a proteção adequada ao retraimento, o grupo deve atuar paradesengajar o escalão de assalto, se for o caso.

(b) Grupo de Vigilância- Tem por missão informar a aproximação do inimigo, identificando-

o e levantando outros dados sobre a sua situação (valor, dispositivo etc).- Como meio de comunicação deve usar telefone, a sinalização visual

e/ou mensageiro (eventualmente o rádio).- Nas patrulhas de pequeno efetivo, a missão de vigilância pode ser

cumprida pelo grupo de proteção.(c) Grupo de Acolhimento

- Sua missão é guardar o Ponto de Reunião Próximo do Objetivo(PRPO), onde a patrulha se reorganizará, após a emboscada. Permanece emposição durante toda a operação. O comandante do grupo deve tomar as medidasnecessárias para evitar incidentes. O conhecimento da localização geral da patrulha,do sistema de segurança, das comunicações e das possíveis evoluções da situaçãotática, favorece o cumprimento da missão.

- É importante que os integrantes do grupo tenham perfeitoconhecimento da utilização da senha e contra-senha.

(3) Escalão de Assalto(a) Grupo de Bloqueio

- Tem por finalidade impedir que o inimigo emboscado saia da áreade destruição. Cumpre esta missão lançando obstáculos, executando fogos,dificultando ou impedindo a progressão do inimigo.

- Realiza o trabalho de lançamento de obstáculos juntamente como Grupo de Assalto.

(b) Grupo de Apoio de Fogo- Organizado quando houver a previsão do combate corpo-a-corpo.

Tem por finalidade apoiar, pelo fogo, a ação do Grupo de Assalto.

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(c) Grupo de Assalto- É aquele que executa a ação principal da emboscada. O assalto

pode ser realizado pelo fogo, pela ação física direta contra o inimigo ou por ambos.- A ação do grupo de assalto é definida pela missão (inquietar, obter

suprimentos, causar baixas etc). A distribuição dos setores de tiro deve ser umadas principais preocupações do comandante do grupo.

- Em qualquer situação, o grupo de assalto age com o máximo deviolência e rapidez.

- É o responsável pela preparação e lançamento dos obstáculos.(d) Grupo de Tarefas Essenciais

- Constituído de várias equipes ou grupos, todos com tarefas impostaspela missão (matar, destruir, capturar pessoal, capturar material, resgatar, etc).

(e) Grupo de Comando- Tem organização, atribuições e conduta semelhantes aos diversos

tipos de patrulha.

Fig 2-7. Organograma de uma patrulha de emboscada

e. Formações

(1) Considerações Básicas - O dispositivo adequado da tropa, aproveitandoao máximo as características do terreno no local da emboscada, proporcionavantagens táticas para o cumprimento da missão. Em função do terreno, do inimigo,da missão, do efetivo e dos meios disponíveis, pode-se empregar uma dasformações descritas a seguir.

(2) Flanqueamento Simples- Dispositivo simplificado.- Necessita de terreno com elevação em apenas um dos lados.- Possibilita o emprego conjunto de todas as armas.- Utiliza um só itinerário de retraimento.- Facilita o controle.

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Fig 2-8. Flanqueamento simples

(3) Em L- Utiliza terreno com curva e aclive.- Possibilita o emprego conjunto de todas as armas.- Emprega um só itinerário de retraimento.- Facilita o controle.- Ataca o inimigo à frente e por um dos flancos.

Fig 2-9. Emboscada em L

(4) Em U- Exige terreno que ofereça posição de tiro de cima para baixo.- Necessita de grande potência de fogo.- Dificulta a reação do inimigo.- Utiliza mais de um itinerário de retraimento.- Dificulta o controle.- É importante conhecer a direção de progressão do inimigo.

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Fig 2-10. Emboscada em U

(5) Frontal- Necessita de grande potência de fogo.- É eficaz nas ações de retardamento.- Possibilita a entrada em posição para nova emboscada.

Fig 2-11. Emboscada frontal

(6) Em V (uma variante da frontal)- Muito empregada em ambiente com restrições de visibilidade (selva).- Necessita de muita coordenação, principalmente dos fogos.- A abertura do V é favorecida quando se conhece a direção de

aproximação do inimigo.

Fig 2-12. Emboscada em V

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(7) Minueto- Exige tropa altamente treinada.- O terreno influi na escolha do local.- Confunde totalmente o inimigo, dificultando sua reação.- É empregada contra um inimigo forte.- Proporciona boa observação e campos de tiro.- Dificulta o controle.- Utiliza mais de um itinerário de retraimento.- Conduta: quando o inimigo estiver na área de destruição, desencadeia-

se o fogo da área 01, o inimigo contra-ataca e a força da área 01 retrai, sendoaberto neste momento, o fogo de outra área e assim sucessivamente, até que oinimigo tenha sido destruído completamente.

Fig 2-13. Minueto

(8) Flanqueamento Duplo- Semelhante à emboscada em U.- Pode ser desencadeada independente da direção de aproximação do

inimigo.

Fig 2-14. Flanqueamento duplo

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(9) Circular- É, normalmente, empregada quando não se sabe a direção de

aproximação do inimigo, mas se tem a certeza de que ele passará pelo local daemboscada. Monta-se uma emboscada em 360° com os setores de tiro voltadospara a periferia.

Fig 2-15. Emboscada circular

(10) Em Rodamoinho- Empregada em cruzamento de estradas.- Não se conhece a direção de aproximação do inimigo.- A tropa é colocada em quadrantes opostos.

Fig 2-16. Emboscada em rodamoinho

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(11) Com Isca- A isca deve ser dotada de grande mobilidade e ter condições de

retrair para uma posição abrigada.

Fig 2-17. Emboscada com isca

f. Conduta de uma emboscada

(1) Considerações básicasDepende, principalmente, de sua finalidade (inquietação ou destruição)

e das informações sobre o inimigo (deliberada ou imprevista). Deve seguir umfaseamento para o desencadeamento das ações.

(2) Faseamento de uma emboscada.(a) Seqüência de Ocupação do Local de Emboscada

- Grupos de Vigilância

- Grupos de Proteção

- Grupo de Assalto

- Grupos de Bloqueio(b) Preparação

Após a ocupação da posição pelos Grupos de Vigilância eProteção, os demais grupos já estarão em segurança para desencadear apreparação do local da emboscada.

Lançamento de fios para comunicação (grupo de vigilância), deobstáculos balizados além e aquém da área de destruição (grupo de assalto), deobstáculos perpendiculares à direção de aproximação do inimigo (grupo debloqueio).

(c) Alerta e identificação

Realizado pelo grupo de vigilância. Após ter tomado conhecimento,o comandante da patrulha, através de um sistema silencioso (ligação por meiofio), retransmite os dados aos patrulheiros.

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(d) Desencadeamento dos fogos (abrir fogos)

Conforme o planejamento e, normalmente, mediante sinal docomandante da patrulha. O inimigo, nesse momento, deve estar numa situaçãoem que os fogos lhe causem o maior número de baixas possíveis.

(e) Cessar fogo

Obedecendo ao planejado ou mediante ordem do comandante dapatrulha. Cessado os fogos, tem início o assalto.

(f) Assalto

Rápido e agressivo, cumprindo a finalidade da missão.(g) Retraimento do grupo de assalto

Mediante um sinal do comandante do grupo de assalto e com acobertura do grupo de proteção.

(h) Retraimento geral

Retrai primeiro o escalão de assalto e depois o(s) grupo(s) deproteção. Normalmente, a patrulha se reorganiza em um ponto de reunião, guardadopelo grupo de acolhimento. É importante que este itinerário de retraimento sejabalizado.

g. Causas de fracasso de uma emboscada

(1) Ruídos de engatilhamento.

(2) Disparos prematuros.

(3) Má camuflagem (seja individual ou das posições).

(4) Falta de segurança em todas as direções.

(5) Incidentes de tiro com o armamento.

(6) Emprego incorreto dos sinais convencionados.

(7) Apoio de fogo deficiente.

(8) Despreparo psicológico dos homens.

(9) Atuação lenta e pouco agressiva.

h. Observações para montagem das emboscadas

(1) Não dividir o comando.

(2) Assegurar-se de que cada homem está perfeitamente familiarizadocom sua função e com a missão que recebeu.

(3) Fazer o plano de fogos, de forma a cobrir toda a área de destruição,bem como as prováveis vias de retraimento do inimigo.

(4) Determinar rigorosa disciplina de luzes e ruídos, proibindo qualquerbarulho ou qualquer ponto luminoso.

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(5) Proibir que os homens fumem.

(6) Determinar aos homens que atirem para baixo. Um ricochete é menosdanoso do que um tiro que não acerta um alvo (precisão e segurança).

(7) Fazer uma escala para os elementos de segurança, quando o períodode espera for longo.

(8) Inspecionar as posições, locais armadilhados e verificar se estãobalizados para o assalto e retraimento dos grupos, verificando, principalmente, acamuflagem e os setores de tiro.

(9) Definir locais específicos para as necessidades fisiológicas e balizá-los.

(10) Lançar um dispositivo de armadilhas com granadas de mão, a fim deimpedir a saida do inimigo da área de destruição.

(11) Posicionar-se onde melhor possa observar a área de destruição econtrolar a ação.

ARTIGO IV

TÉCNICAS DE ASSALTO

2-31. GENERALIDADES

a. O assalto tem por propósito conquistar o objetivo, destruindo ouneutralizando (mesmo que temporariamente) a resistência inimiga.

b. O assalto deve ser potente e rápido. Um vacilo ou indecisão do grupo deassalto, diante de uma resistência inesperada do inimigo, pode frustrar toda aação no objetivo e, em conseqüência, o cumprimento da missão.

c. Os fogos executados durante o assalto devem ser precisos, a fim detorná-lo eficiente. Isso só será possível mediante um eficaz adestramento e ensaiosexaustivos.

d. O grupo de assalto deve valer-se ao máximo do uso de granadas efumígenos. Alguns homens do grupo de assalto devem ser designados para manteruma cadência regular de tiro, a fim de manter um volume constante de fogos eobter um recobrimento de tiros durante as trocas de carregadores.

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e. Outros grupos (particularmente o de tarefas essenciais) que sucedem ogrupo de assalto na seqüência da ação no objetivo, devem se posicionar no terreno(distância/cobertas e abrigos) de forma que, preferencialmente, não se engajemnos fogos do assalto.

f. A posição coberta (se possível abrigada) no terreno, a partir da qual o grupode assalto, dentro do dispositivo adotado, desencadeia sua ação, chama-se posiçãode assalto. Ela deve estar o mais próximo possível do objetivo, sem comprometero sigilo. Deve também ser definida no planejamento detalhado, por intermédio doestudo da carta, fotos, esboços e quaisquer outros dados então disponíveis. Naárea do objetivo, o comandante de patrulha, juntamente com os comandantes doescalão e do grupo de assalto, deve, durante o reconhecimento aproximado, ratificá-la ou retificá-la.

g. Em seu planejamento, o comandante de patrulha deve definir qual a melhorforma de assaltar o objetivo e ensaiá-la exaustivamente. O assalto pode ser:

- contínuo: quando o grupo de assalto abandona a posição de assalto eem um movimento contínuo atinge o objetivo.

- por lanços: quando o grupo de assalto se subdivide em equipes, queabandonam a posição de assalto e avançam para o objetivo realizando lançosalternados, proporcionando entre si uma base de fogos para a progressão (fogo emovimento / “marcha do papagaio”).

- misto: quando o terreno ou a resistência inimiga apresenta alteraçãosignificativa, sugerindo a alteração do assalto por lanços para o assalto contínuo,ou vice versa.

- em sigilo: quando o grupo de assalto abandona a posição de assalto einicia seu deslocamento na direção do inimigo sem ser percebido. Nesse caso, odesencadeamento dos fogos só ocorrerá quando houver a quebra do sigilo oumediante ordem.

- pelo fogo: quando, devido à proximidade da posição de assalto do objetivo,o grupo de assalto não a abandona, realizando a neutralização definitiva daresistência inimiga exclusivamente pelo emprego de seu armamento.

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ARTIGO V

INFILTRAÇÃO

2-32. GENERALIDADES

a. As ações de patrulha podem ser executadas em território amigo, em territórioinimigo ou em território sob controle do inimigo.

b. As ações de entrada em território inimigo ou sob controle do inimigo exigema aplicação de processos de infiltração.

c. A infiltração consiste em uma técnica de movimento através, em torno ousobre posições inimigas, realizada de modo furtivo, com a finalidade de concentrarpessoal e/ou material em área hostil ou sob controle do inimigo, visando a realizaçãode ações militares.

d. As patrulhas podem utilizar, para infiltrar-se, os seguintes processos:

OÃÇARTLIFNI

ossecorP edadiladoM acincéTodaçnadumedotnoPoãçartlifniedossecorp

ERTSERRET

adazirotom - euqrabmesededotnop

épa - euqrabmeedotnop

edogerpmemocsiamina

- -

adanibmoc - -

OERÉA

ertserretorea ocitámotua-imesotnemaçnal otnemaçnaledanoz

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)lamroneuqot(lamroneuqrabmesed

retAcoLqbDZ/qbEZ

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odariapeuqrabmesedleparropeuqrabmesed

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LITÁUQA

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e. Independente do processo utilizado, a infiltração exigirá do comandanteda patrulha um planejamento meticuloso, considerando-se os fatores da decisãoe as possíveis situações de contingência. Nesse planejamento devem serconsideradas as medidas de coordenação e controle específicas dos diversosprocessos de infiltração, tais como: faixas de infiltração, linhas e/ou pontos decontrole, áreas de reagrupamento, pontos de reunião no itinerário, pontos detransbordo etc.

f. Um ensaio criterioso das ações e das possíveis situações de contingênciaé condição fundamental para o sucesso da infiltração, pois improvisações noterritório inimigo ou sob controle deste podem comprometer a missão.

g. Algumas das modalidades de infiltração, em função de sua especificidade,exigirão dos integrantes da patrulha um elevado grau de adestramento.

h. Para as ações de exfiltração são utilizados os mesmos processos emodalidades da infiltração.

ARTIGO VI

BASE DE COMBATE, BASE DE PATRULHA, ÁREA DE REUNIÃO E ÁREA DEREUNIÃO CLANDESTINA

2-33. CONCEITOS

a. Base de combate

(1) Ponto forte que se estabelece na área de combate ou de pacificaçãode uma força em operações na selva, em operação de pacificação e em certasoperações em áreas autônomas para assegurar o apoio logístico, proporcionar aligação com os elementos subordinados e superior, acolher e despachar tropas egarantir a duração na ação.

(2) É instalada pelo batalhão ou companhia para se constituir em pontosde concentração dos seus órgãos de comando e de apoio, de sua reserva e deoutras frações não empenhadas nos patrulhamentos ou encarregadas da segurançada base.

(3) A reserva, normalmente, deve possuir grande mobilidade.

(4) Há um equilíbrio entre as medidas de segurança e administrativas.

b. Base de patrulha

(1) Local de uso temporário na área de combate de companhia, a partir daqual o pelotão ou grupo de combate executa ações de patrulha, reconhecimentoou combate. Área oculta na qual se acolhe a patrulha de longa duração por curtoprazo para se refazer, se reorganizar e dar prosseguimento ao cumprimento damissão.

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(2) O tempo de ocupação, normalmente, não deverá ultrapassar 48 (quarentae oito) horas, por medida de segurança e sigilo.

(3) As bases de patrulhas são instaladas por pelotões.

(4) Geralmente, delas se irradiam pequenas patrulhas.

(5) As medidas de segurança e táticas prevalecem sobre as medidasadministrativas.

(6) As patrulhas não deverão utilizar a mesma base duas vezes, dependendoda situação tática.

c. Área de reunião e área de reunião clandestina

(1) Destina-se ao pernoite de final de jornada ou à dissimulação da patrulhadurante o dia, quando, taticamente, isso for necessário.

(2) Prevalecem as medidas de segurança, adequadas em função do efetivoda patrulha e do ambiente operacional.

(3) A instalação de uma área de reunião é semelhante a uma base depatrulha, sendo restritas as medidas administrativas.

(4) Quando esta área de reunião for localizada em ambiente sob o controledo inimigo é denominada área de reunião clandestina. Cabe ressaltar que nestaárea, as medidas administrativas são quase inexistentes, tendo em vista o volumedas atividades inimiga e o conseqüente risco de a patrulha ser percebida.

2-34. SELEÇÃO DO LOCAL DA BASE DE PATRULHA

a. O planejamento, o estudo da carta e de fotografias aéreas indicam osmelhores locais para a instalação da base de patrulha.

b. A escolha na carta deve ser confirmada no terreno, antes da ocupação.Prever um outro local, como opção.

c. Na escolha do local, observa-se os aspectos a seguir.

(1) Missão da patrulha.

(2) Dissimulação e segurança do local.

(3) Possibilidade do estabelecimento das comunicações necessárias.

(4) Necessidade de suprimento aéreo. A área de lançamento não devecomprometer a localização da base. Havendo mais de um lançamento, preveroutras áreas. A noite é favorável ao lançamento.

(5) Adequabilidade da área. Considerando o ambiente operacional, escolherum terreno seco e bem drenado e de pouco valor tático. As medidas de segurançapreterem as medidas administrativas da patrulha.

(6) Proximidade de uma fonte de água, sempre que possível.

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2-35. FASES DA INSTALAÇÃO DE UMA BASE DE PATRULHA

a. Definido o local da base, o planejamento e a preparação da instalação,normalmente, segue a seqüência abaixo:

(1) aproximação da base;

(2) reconhecimento;

(3) ocupação;

(4) estabelecimento de um sistema de segurança;

(5) medidas administrativas;

(6) inspeções;

(7) evacuação da base.

b. Aproximação e reconhecimento.

(1) Evitar regiões habitadas.

(2) Observar ao máximo a disciplina de ruídos.

(3) Aproveitar judiciosamente o terreno.

(4) A patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto e faz um alto-guardado, numa posição coberta e abrigada, próxima do local escolhido para abase. A distância, considerando o ambiente operacional, deve permitir a visualizaçãoda base e o apoio mútuo entre os elementos do reconhecimento e os quepermanecem no alto-guardado.

(5) Reconhecimento do local exato pelo comandante da patrulhaacompanhado pelos comandantes de escalões e/ou grupos, rádioperador emensageiro da patrulha. Cada comandante de grupo leva um homem, que será oguia posteriormente.

(6) Designação pelo comandante da patrulha, após reconhecimento, doponto de entrada da base, que será o ponto das 6 horas pelo processo do relógio.Em seguida, o comandante da patrulha desloca-se para o interior da base e defineo centro (PC) e o ponto das 12 horas. Os pontos 6 e 12 horas são definidos porreferências que se destaquem no ambiente.

(7) Não tendo a patrulha uma NGA de ocupação, do centro da base, ocomandante designa os setores para os grupos, utilizando-se do processo dorelógio.

(8) Posteriormente, os comandantes subordinados reconhecem os seussetores, verificam sua situação no terreno e retornam para junto do comandantede patrulha, que se encontra no centro da base.

(9) Os comandantes de grupo permanecem na entrada da base, aguardandoa chegada da patrulha, que deverá se aproximar orientada pelos guias.

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c. Ocupação da base de patrulha

(1) O início da ocupação, propriamente dita, deve ser feito com algumaluminosidade, antes do escurecer, visando à preparação correta do sistema desegurança. A ocupação durante a noite é dificultada pelas condições de visibilidadepara os reconhecimentos, identificação do terreno e escolha das posições.

(2) O emprego criterioso das NGA de ocupação de uma base de patrulhaou área de reunião aumentará o sigilo e proporcionará mais segurança à patrulha.

(3) Uma falsa base, prevista para iludir o inimigo quanto a localização dabase principal, pode ser ocupada, quando o comandante da patrulha tiver suspeitasde perseguição. A falsa base, localizada próxima da região da base principal,funcionará como um segundo alto-guardado e sua ocupação será idêntica a dabase principal.

(a) O comandante da patrulha, seu rádio-operador/mensageiro,juntamente com os comandantes de grupo e seus guias, deslocam-se para oreconhecimento da falsa base.

(b) Os guias retornam e a patrulha é conduzida pelo subcomandanteaté a entrada da falsa base.

(c) Procede-se, normalmente, a ocupação.(d) Visando ganhar tempo diurno, enquanto a patrulha se instala na

falsa base o comandante da patrulha, juntamente com os elementos dereconhecimento, partem para a base principal, dando início a segunda fase dainstalação que é o reconhecimento.

(e) O subcomandante responde pela patrulha na falsa base até conduzi-la para a entrada da base principal, onde se encontra o comandante.

(4) A mecânica da ocupação da base principal é definida a seguir:(a) após o reconhecimento da base principal e o retorno dos guias ao

local do alto-guardado ou da falsa-base, cada comandante de grupo permanecerána entrada da base principal, onde aguardará a chegada de sua fração e a conduzirápela linha 6-12 horas até atingir o limite esquerdo de seu setor e, em seguida,posicionar os homens até o limite direito. Cada homem tem que conhecer alocalização de quem está ao seu lado, à frente e à retaguarda, bem como saberas rotas de qualquer movimentação prevista, dentro e fora da área base.

(c) o grupo de comando dirige-se para o PC, no centro da base.(d) o comandante verifica o perímetro da base e determina alterações

se julgá-las necessárias.(e) os comandantes dos grupos reconhecem o terreno à frente do seu

setor, definindo as posições dos postos de vigilância e de escuta, conformeplanejamento do comandante da patrulha.

(f) o comandante de grupo ocupa uma posição em seu setor ondepossa melhor controlar seus homens e ligar-se, visualmente, com o comandanteda patrulha. Havendo restrições, em função do ambiente operacional, adaptar asligações por quaisquer meios disponíveis.

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(5) Base alternativa(a) É uma medida de segurança que funciona como um ponto de reunião,

dando flexibilidade ao comandante da patrulha, caso a base principal seja atacada.(b) Iniciada a ocupação da base principal e transmitidas as ordens aos

homens, o comandante da patrulha acompanhado do seu rádio-operador/mensageiro, dos comandantes de grupo e guias, partem para o reconhecimentoda base alternativa. É interessante que sejam reconhecidas no mínimo duas basesalternativas em sentidos opostos.

(c) O comandante da patrulha deve estudar as prováveis direções deatuação do inimigo e definir um mínimo de rotas de fuga para a(s) base(s)alternativa(s). As rotas são opostas às prováveis direções de atuação do inimigo edirigidas para a(s) base(s) alternativa(s). Normalmente, dois guias são designadospara cada rota selecionada. Um orienta o grosso da patrulha e o outro aguarda ogrupo que faz face ao inimigo.

(d) Os comandantes de grupo e os guias partem para o reconhecimentopelas rotas de provável utilização até a entrada da(s) base(s) alternativa(s). Ositinerários são amarrados por azimutes ou balizados por quaisquer meios.

(e) Na(s) base(s) alternativa(s) o comandante define os setores dosgrupos. Considerando o fator tempo, esta ocupação será semelhante a de umalto-guardado, com redobradas medidas de segurança.

(f) Após o reconhecimento, o comandante e sua equipe retornam àbase principal, onde o subcomandante deu andamento aos trabalhos de ocupação.

(g) O comandante da patrulha realiza uma inspeção na base principal.(h) Os comandantes de grupo informam aos homens o plano de

evacuação da base (itinerário de evacuação, o setor do grupo, o que fazer aochegar na(s) base(s) alternativa(s) etc). Na jornada seguinte, caso a situaçãotática permita, e mediante ordem do comandante, os demais integrantes dapatrulha poderão reconhecer os itinerários para a(s) base(s) de alternativa(s).

Fig 2-18. Base de patrulha

(6) Eventualmente, a base de patrulha pode ser instalada com um dispositivodescentralizado, diferente do preconizado na Fig. 2-18. Nesse caso, alguns

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procedimentos específicos deverão ser adotados.(a) A patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto e atinge o

ponto de liberação dos grupos (P Lib Gp).(b) No P Lib Gp, cada comandante de grupo toma uma direção pré-

determinada e afasta-se aproximadamente 100m deste ponto, ocupando a suabase.

(c) O Grupo de comando e os reforços infiltram-se em um dos grupos,de acordo com a missão e a situação tática.

(d) Com este dispositivo, a patrulha torna-se menos vulnerável aoencontro inimigo. Caso um grupo venha a ser descoberto, provavelmente nãocomprometerá os outros grupos.

(e) Cabe ressaltar que este dispositivo possui algumas vantagens edesvantagens.

(1)Vantagens- Aumento da segurança do perímetro da base.- Diminuição da probabilidade do número de baixas quando esta

for atacada.- Aumento da dispersão entre os grupos, conseqüentemente,

diminuindo a vulnerabilidade aos fogos de apoio do inimigo.(2) Desvantagens

- Dificuldade da coordenação e controle por parte do comandanteda patrulha.

- Aumento do número de rotas de fuga, facilitando o rastreamentopor parte do inimigo.

- A dificuldade de delimitar os setores de tiro, a fim de nãoocorrer o fratricídio, pois os grupos encontram-se dispersos.

- Dificuldade de reorganizar a patrulha após a dispersão (ataqueà posição).

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Fig 2-19. Base de patrulha descentralizada

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Fig 2-20. Núcleo de grupo da base de patrulha descentralizada

d. Estabelecimento do sistema de segurança

(1) Sistema de postos de vigilância e/ou postos de escuta(a) Postos de vigialância e/ou postos de escuta, definidos e instalados

em função do ambiente operacional, integram o sistema de vigilância da base.Havendo disponibilidade, grupos de 2 ou 3 elementos são designados e operamesses postos.

(b) Meios de comunicações silenciosos ligam os postos aoscomandantes de grupo e estes ao comandante da patrulha. Cordas e cipós,empregados com convenções estabelecidas, quanto ao número de puxadas, sãoeficientes. Sempre que possível, empregar o telefone de campanha.

(c) Durante o dia, os vigias devem colocar-se bem à frente, a umadistância que não lhes permita ouvir os ruídos naturais vindos da base. À noite, os

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postos de escuta devem ocupar posições centrais e mais próximas dos homensda periferia da base.

(2) Normalmente, não se defende uma base de patrulha atacada. Paraesta situação, o comandante deve prever bases alternativas e o plano de evacuaçãoda base principal. Consequentemente, rotas de fuga e pontos de reunião,dependendo das distâncias, são planejados e reconhecidos.

(3) Para maior segurança e controle, deve ser utilizada somente uma saída-entrada para a base. O ponto é camuflado e guardado permanentemente, sepossível, com uma arma de emprego coletivo.

(4) Normalmente, o comandante da patrulha designa elementos comconhecimentos especiais para instalar, fora da área da base, um sistema de alarme,de preferência luminoso, bem como, lançar e montar armadilhas. Tal sistema deveser definido antes da ocupação, considerando a necessidade de material.

(5) Determinar senhas, contra-senhas e sinais de reconhecimento.

(6) Determinar as ações a realizar em caso de ataque, incluindo a evacuaçãoda base sob fogos inimigos. Existindo armas coletivas na patrulha, o comandantedefine posições de tiro considerando as características de seu inimigo.

(7) Defesa da base(a) Para evitar a destruição ou captura do material essencial para o

cumprimento da missão, o comandante da patrulha deve decidir por uma defesalimitada, dando prioridade de fogos para a direção de penetração do inimigo.

(b) Caso a base seja atacada, ela deve ser abandonada, mediantecontrole e determinação do comandante da patrulha, sendo necessária umaexpressiva ação de comando dos comandantes de grupos.

(c) A ocupação da base(s) alternativa(s) implica em reforçar o esquemade segurança, considerando que o inimigo tem conhecimento das atividades dapatrulha na região.

(d) Quando na área da base existirem restrições de cobertas e abrigos,devem ser preparados abrigos individuais para um homem deitado.

(8) Por medida de segurança, todos devem estar em condições de empregotrinta minutos antes do escurecer e do amanhecer.

(9) A posição para dormir deve favorecer uma pronta resposta do homempara tomar uma posição de tiro.

(10) Em algumas oportunidades, o comandante de uma patrulha que estáocupando uma base terá que lançar pequenas patrulhas para cumprirem missõesde menor envergadura e retrairem em seguida. Nesse caso, sempre deverápermanecer na base um efetivo que lhe confira segurança e que mantenha a ligaçãorádio com quem saiu.

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(11) Normalmente, duplas de homens são lançadas para reconhecimentosà frente da periferia da base para verificar a presença do inimigo nas proximidades.São designados pelo comandante da patrulha e coordenados pelo comandante degrupo que planeja a execução. Os homens aguardam no setor e mediante umsinal, deslocam-se em torno da base, cobrindo uma área que permita o apoiomútuo, observando as características do ambiente operacional.

Fig 2-21. Sistema de segurança de uma base de patrulha

e. Medidas administrativas – Concluídas as medidas de segurança (instalaçãooperacional), iniciam-se as medidas administrativas. Entre outras medidas, ocomandante pode determinar as que se seguem.

(1) A construção de latrinas entre as posições dos grupos e os PVig ouPE devidamente balizadas.

(2) O suprimento e o ressuprimento de água (por 2 ou 3 homens) uma vezpor dia e normalmente antes do amanhecer. Disciplinar o consumo.

(3) A construção de abrigos sumários para o pernoite. Conforme o grau desegurança exigido, cada homem tem seu horário de serviço. O homem sempreque a situação o permitir, pode descansar ou dormir.

(4) Manter um terço da patrulha, no mínimo, sempre alerta em seus postos.

(5) Regras rígidas de higiene devem ser estabelecidas.

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(6) Disciplinar a utilização do fogo para preparo da alimentação em funçãoda atividade do inimigo na região. Normalmente, este preparo será realizado aindacom luminosidade, visando a não denunciar a posição da patrulha.

(7) Estabelecer um horário de manutenção diária do material para queeste permaneça em condição de pronto emprego, observando que nem todos osintegrantes da patrulha farão esta atividade simultaneamente.

(8) Os horários previstos para as próximas atividades até o dia seguinte.

f. Inspeção

(1) As medidas de segurança e administrativas devem estar prontas antesdo escurecer, para que o comandante da patrulha possa inspecioná-las.

(2) As inspeções são contínuas e têm por objetivo agilizar a instalação dabase, concorrendo para que, operacionalmente, a base fique pronta ainda comluz.

(3) Normalmente, são inspecionados(as)(a) Limites dos setores do grupo.(b) Ligações entre os grupos (homens dos flancos).(c) Localização do PVig ou PE, bem como sua ligação com o grupo do

setor e/ou centro da base (PC).(d) Sistemas de alarmes (ligações) e segurança; interrogar quanto a

setor de tiro e condutas; validos também para as armas coletivas.(e) Patrulhas com saídas previstas à noite.(f) Condutas para ocupação da(s) base(s) alternativa(s).(g) Senha e contra-senha.

(4) Durante a inspeção, o comandante deve transmitir as medidasadministrativas e de segurança ainda não transmitidas e de interesse da patrulha.

g. Evacuação da base de patrulha

(1) A base será evacuada por imposição do inimigo, por imposição táticaou por segurança.

(2) Todas as medidas são tomadas para impedir ou dificultar vestígios depermanência da patrulha no local (contra-rastreamento).

(3) Detritos são conduzidos pela patrulha para outro local.

(4) A limpeza da área é de responsabilidade de todos os patrulheiros.

(5) O período favorável para evacuação da área é o noturno.

(6) Agilizar a preparação para evacuação.

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2-36. COMUNICAÇÕES NA BASE DE PATRULHA

a. As comunicações são estabelecidas com o escalão superior e com asfrações subordinadas. No âmbito da patrulha, o sistema deve permitir umacomunicação silenciosa entre os homens. Sempre que possível, dobrar os meios.

b. Pode-se empregar:

(1) rádio, que exige grande disciplina de exploração;

(2) telefone, desde que seu fardo, peso e tempo de instalação não tragamdesvantagens às operações;

(3) mensageiro, muito empregado no âmbito da base;

(4) meios acústicos, óticos e de fortuna; e

(5) antenas improvisadas para melhorar e facilitar as comunicações.

2-37. RESSUPRIMENTO

a. O ressuprimento terrestre exigirá os cuidados necessários para que odeslocamento não seja descoberto pelo inimigo, correndo o risco do material cairem seu poder. Não é recomendável e só será executado em caso de muitanecessidade.

b. O ressuprimento aéreo em seu planejamento deve prever:

(1) rota de aproximação;

(2) zona de lançamento, afastada da base;

(3) pista ou local de aterrissagem, se for o caso;

(4) hora de lançamento, de preferência à noite;

(5) ligação terra-avião, por código; e

(6) depósito camuflado, caso o material não possa ser todo transportado ànoite.

ARTIGO VII

TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA (TAI)

2-38. FINALIDADE

O presente anexo tem por finalidade apresentar os aspectos gerais de caráterdoutrinário das TAI e orientar os comandantes das pequenas frações,particularmente no nível pelotão, quanto ao preparo e execução de tais técnicas.

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2-39. CONCEITO

Técnicas de Ação Imediata são ações coletivas executadas com rapidez eque poderão exigir uma tomada de decisão. Elas devem ser pré-planejadas eexaustivamente treinadas pela fração que as realiza. É importante que sejamexecutadas no menor espaço de tempo e com o menor número de ordens possível.Têm a finalidade de assegurar a esta fração uma vantagem inicial quando docontato com o inimigo, ou mesmo, de evitar este contato.

2-40. GENERALIDADES

a. As TAI a serem adotadas por uma fração serão definidas por seucomandante durante a fase do estudo de situação. É importante ressaltar que nãoexiste um procedimento padrão para todas as situações.

b. Quando em deslocamento, não será incomum o combate de encontroentre tropas oponentes, portanto, ao ocorrer este fato, a tropa que realizar a açãomais rápida e eficiente terá grandes possibilidades de sucesso no prosseguimentodas ações. Por tudo isso, o adestramento das pequenas frações nas TAI, muitasvezes, será o fator que não só possibilitará a manutenção de sua integridadequando em um combate de encontro como, também, lhe permitirá preservar poderde combate para prosseguir no cumprimento de sua missão.

c. A situação inicial adotada neste artigo será a de um pelotão de fuzileiros,deslocando-se em coluna por um. Nesta situação, serão explorados algunsexemplos de técnicas de ação imediata. É importante ressaltar que outrasformações para o deslocamento e, até mesmo, outras TAI poderão ser adaptadasde acordo com as necessidades de cada situação ou tropa envolvida. Ressalta-se, ainda, que em função do tipo de missão a ser cumprida, cada patrulha poderáser organizada de diferentes maneiras e com efetivos variados.

2-41. CLASSIFICAÇÃO

a. De acordo com a nossa missão e com o nosso poder de combate emrelação ao do inimigo, as TAI são classificadas em ofensivas ou defensivas.

b. As TAI ofensivas são aquelas que têm por objetivo engajar o inimigo edestruí-lo em caso de contato. Já as defensivas têm por objetivo não estabelecero contato ou, no caso de estabelecido, rompê-lo o mais rapidamente possível.

c. Quanto à missão

(1) Se a missão for de reconhecimento, as TAI adotadas serão normalmentedefensivas.

(2) Se a missão for de combate, as TAI adotadas até seu cumprimento,normalmente, serão defensivas, com a finalidade de manutenção do sigilo. Noitinerário de retorno, poderão ser adotadas as TAI ofensivas com a finalidade dedestruir um eventual alvo compensador.

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(3) A missão de patrulha de oportunidade é normalmente caracterizadapela adoção, do início ao fim, das TAI ofensivas.

d. Quanto ao poder relativo de combate

(1) Se o poder de combate do inimigo for superior ao nosso, serão,normalmente, adotadas as TAI defensivas.

(2) Se o poder de combate do inimigo for inferior ao nosso, serão,normalmente, adotadas as TAI ofensivas.

e. Fator rapidez na ação

(1) Cabe ressaltar que a rapidez na ação, aspecto básico a ser observadopara o sucesso das TAI, dependerá sobremaneira de dois fatores:

- grau de adestramento da tropa; e- ação dos esclarecedores, uma vez que, normalmente, serão esses

os primeiros elementos a estabelecerem o contato com o inimigo e a emitirem ossinais e gestos convencionados.

2-42. SITUAÇÕES - PADRÃO

a. Ainda para fins didáticos, serão exploradas as seguintes situações-padrãocom um pelotão deslocando-se em coluna por um:

(1) nós vemos o inimigo e não somos vistos;

(2) nós vemos o inimigo e ele nos vê; e

(3) o inimigo nos vê e nós não o vemos (emboscada inimiga).

Fig 2-22. Dispositivo do pelotão

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b. 1a SITUAÇÃO - Nós vemos o inimigo e não somos vistos(a) Nessa situação, devemos montar uma emboscada de oportunidade

para surpreender e destruir o inimigo.(b) O esclarecedor informa a aproximação do inimigo.(c) Todo o pelotão sai da trilha para o mesmo lado, ocupando a parte

dominante do terreno ou a que ofereça melhores campos de tiro.(d) Desencadeamento da emboscada e busca da destruição do inimigo

no local.(e) Perseguição do inimigo em fuga.OBSERVAÇÃO - Os aspectos mais importantes a serem verificados

nesta situação são: o sigilo e o tempo de tomada de posição, o qual deve ser omais curto possível.

Fig 2-23. Dispositivo adotado pelo pelotão

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2) Natureza das nossas TAI - defensiva.(a) Nessa situação, o nosso objetivo é tentar evitar o contato com o

inimigo. A maneira mais rápida de conseguirmos isso é simplesmente abandonara direção geral de deslocamento e nos ocultarmos no terreno.

(b) O esclarecedor define para que lado o pelotão vai abandonar odeslocamento.

(c) Todos os homens deixam o sentido de deslocamento e deitam-se,procurando se ocultar no terreno.

(d) Uma variante dessa TAI, adotada quando o pelotão está sedeslocando pelo interior de uma floresta, é o “congelar”. Neste caso, os combatentesdo pelotão cessam qualquer movimento com a finalidade de não serem percebidospelo inimigo.

Fig 2-24. Dispositivo adotado pelo pelotão

c. 2a SITUAÇÃO - Nós vemos o inimigo e ele nos vê (contato fortuito)

(1) Natureza das nossas TAI - ofensiva.(a) Nessa situação, o objetivo é desenvolver o pelotão no terreno, o

mais rápido possível, com grande poder de fogo à frente e buscar a manutençãodo contato até a total destruição do inimigo. É importante permanecer uma fraçãodestacada do pelotão para realizar a proteção dos flancos e retaguarda.

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(b) Os esclarecedores, ao travarem contato com o inimigo, realizamintenso volume de fogos na direção do inimigo.

(c) Ao ouvir a troca de tiros dos esclarecedores, todos os homensdevem abandonar a direção geral de deslocamento o mais rapidamente possível.Os dois GC mais próximos da direção do inimigo seguem em coluna (o fato deseguir em coluna para depois entrar em linha deve-se à necessidade da tomadada posição o mais rapidamente possível) até o local dos esclarecedores, adotandoa formação em linha.

(d) O dois GC realizam lanços alternados com base de fogos (marchado papagaio) por grupos, na direção do inimigo, buscando o engajamento decisivoaté a realização do assalto.

(e) As peças de metralhadora entram em posição em local que lhespermitam executar fogos em profundidade sobre o inimigo e ocupar posiçõessucessivas para acompanhar os GC que estão realizando o assalto.

(f) O outro GC fica em condições de proteger o pelotão de ações vindasde flanco ou retaguarda, ou manobrar para flanquear o inimigo.

(g) Caso haja um retraimento do inimigo,partir para a perseguição.OBSERVAÇÃO - A primeira tropa que se desdobrar corretamente no

terreno e alcançar uma grande potência de fogo à frente terá uma vantagem muitogrande sobre o adversário. Cabe ressaltar que, no início da ação, o volume de fogode ambos os contendores será extremamente reduzido.

Fig 2-25. Dispositivo adotado pelo pelotão

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(2) Natureza das nossas TAI – defensiva.(a) Nessa situação, o objetivo da nossa tropa é colocar uma fração

entre a tropa inimiga e o grosso do pelotão, que realizará o retraimento. Apósrealizar uma base de fogos, esta fração interposta retrai.

(b) O GC mais próximo do inimigo lança fumígenos à frente a fim deestabelecer uma cortina de fumaça entre o inimigo e a nossa tropa, proporcionandoassim melhores condições para o desengajamento.

(c) Este GC executa a progressão com a utilização da técnica do fogoe movimento para a retaguarda e rompe contato.

(d) O restante da patrulha cerra para a retaguarda ficando em condiçõesde apoiar o retraimento do GC engajado.

(e) Reorganização no último ponto de reunião no itinerário.

Fig 2-26. Dispositivo adotado pelo pelotãoOBSERVAÇÕES:- é conveniente que o comandante de pelotão inclua no seu pedido

de material pelo menos 2 (duas) granadas de mão fumígenas e 2 (duas) granadasde mão ofensivas por homem.

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- depois de entrar em linha, o GC e o Gp Ap F realizam fogos nadireção do inimigo por alguns segundos com a finalidade de desorganizá-lo. Depoisisso, o Cmt GC comanda a progressão com a utilização da técnica do fogo emovimento à medida que se desloca para a retaguarda. Depois do recuo e casoo volume de fogo inimigo permita, dá a ordem de retraimento. É seguido pelo GpAp F.

d. 3a SITUAÇÃO - O inimigo nos vê e nós não o vemos (emboscada inimiga)

(1) Natureza das nossas TAI - ofensiva.(a) Nessa situação, tentaremos realizar um desbordamento com os

elementos não engajados e uma contra-emboscada de flanco.(b) O pessoal engajado pelo inimigo se abriga e responde com o maior

volume de fogos possível. É lançado fumígeno imediatamente à frente da posiçãodo inimigo para diminuir a eficácia de seus fogos.

(c) Componentes da frente da coluna de marcha que não estiveremengajados se abrigam e aguardam ordens.

(d) Componentes da retaguarda da coluna de marcha (caso a área dedestruição esteja incluindo a porção anterior do pelotão) que não estiveremengajados organizam-se, a comando do adjunto de pelotão, e entram em linha aolado da posição do inimigo, assaltando-o.

(e) Se a emboscada for muito à retaguarda do pelotão, o adjunto informaao comandante por intermédio do rádio, ou de outro sinal convencionado, que nãotem condições de assaltar. O pessoal da frente então toma os procedimentos deassalto. A ação é idêntica àquela realizada pela retaguarda.

(f) Ao início da contra-emboscada, os elementos engajados devemparar de atirar. O comando pode ser dado por intermédio de silvo de apito, à voz oupor outro sinal convencionado.

(g) Reorganização e perseguição do inimigo.

(2) Natureza das nossas TAI – defensiva.(a) A manobra será igual à adotada na TAI ofensiva. É importante

ressaltar que, no caso de uma emboscada prevista pelo inimigo, mesmo sendoadotada uma TAI adequada, nossa possibilidade de sucesso será reduzida.Portanto, dá-se ênfase ao fato de que o melhor procedimento é não cair naemboscada.

(b) Os procedimentos são iguais aos da ofensiva, com as seguintesressalvas:

- o GC que realiza a ação desbordante deverá evitar o engajamentodecisivo com o inimigo, buscando apenas propiciar o desaferramento dospatrulheiros que se encontram na zona de matar. O volume de fogo inimigo indicaráo momento de deter o movimento; e

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- a ação desbordante terá como conseqüência a divergência dosfogos inimigos em duas direções distintas. Desta maneira, ao pessoal engajadoserá possibilitado o desengajamento nas melhores condições possíveis. Olançamento de fumígenos entre o pelotão e o inimigo é fundamental.

- retraimento descentralizado por GC ou esquadra.(c) reorganização no último ponto de reunião no itinerário.

Fig 2-27. Dispositivo adotado pelo pelotão

2-43. SITUAÇÕES DE CONTINGÊNCIA

a. Situações de contingência são situações de incerteza sobre algo quepoderá eventualmente acontecer nas diferentes fases de uma missão de patrulhae que implicam na adoção de um procedimento diferente do planejamento principal.

b. Para toda situação de contingência cogitada deverá ser tomada umadecisão para fazer face ao problema previsto.

c. O objetivo do planejamento de uma decisão prévia face à situação decontingência é facilitar a adoção de medidas e procedimentos necessários aocumprimento da missão.

d. O comandante deverá ter muito cuidado quando da explanação, na ordemà patrulha, das decisões relativas às situações de contingência a fim de evitarconfusão com o plano principal. O ideal é que as situações de contigência e asrespectivas decisões face às mesmas sejam explanadas nas prescrições diversas.

2-44. HIPÓTESES DE SITUAÇÕES DE CONTIGÊNCIA

a. No deslocamento de ida

(1) Alterações no itinerário(a) Pontos críticos (reconhecimento e segurança)(b) Áreas críticas (reconhecimento e segurança)(c) Locais que favoreçam a atuação do inimigo

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(2) Meios de transporte utilizados(a) Medidas de segurança durante o transbordo(b) Pane do meio de transporte(c) Falta do meio de transporte

(3) Feridos e mortos amigos- Análise quanto ao comprometimento da missão

(4) Escassez de tempo

(5) Reorganização após a dispersão(a) Análise do comprometimento da missão em relação ao efetivo e

material reagrupado.(b) Redistribuição do material e funções

(6) Caçador

(7) Ataque aéreo

(8) Fogos de artilharia

(9) Colunas de blindados

b. Ação no Objetivo

(1) Quebra do sigilo no PRPO

(2) Quebra do sigilo durante o reconhecimento aproximado

(3) Alteração da situação prevista durante a ordem à patrulha(a) Resistência inimiga maior do que a prevista(b) Reposicionamento de tropas(c) Antecipação da chegada de reforços(d) Área do objetivo diferente daquela considerada durante o planejamento

(4) Quebra do sigilo durante a tomada do dispositivo

(5) Escassez de tempo

(6) Feridos e mortos amigos- Análise quanto ao comprometimento da missão

(7) Ação do inimigo durante a ocupação do PRPO

(8) Extravio da turma de reconhecimento

(9) Falha nos meios de comunicação

(10) Falha ou extravio de materiais imprescindíveis ao cumprimento da missão

(11) Quebra prematura do sigilo na ação proprimente dita

(12) Falha nos meios de comunicação

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c. Itinerário de regresso

(1) Alterações no itinerário(a) Pontos críticos (reconhecimento e segurança)(b) Áreas críticas (reconhecimento e segurança)(c) Locais que favoreçam a atuação do inimigo

(2) Meios de transportes utilizados(a) Medidas de segurança durante o transbordo(b) Pane do meio de transporte(c) Falta do meio de transporte

(3) Feridos/mortosAnálise quanto ao comprometimento da missão

(4) Escassez de tempo

(5) Reorganização após a dispersão(a) Análise do comprometimento da missão em relação ao efetivo e

material reagrupado(b) Redistribuição do material e funções

(6) Caçador

(7) Ataque aéreo

(8) Fogos de artilharia

(9) Colunas de blindados

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2-45. EXEMPLO DE PLANEJAMENTO PARA SITUAÇÕES DE CONTINGÊNCIA

2-44

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CAPITULO 3

PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO DAS PATRULHAS

ARTIGO I

NORMAS DE COMANDO

3-1. INTRODUÇÃO

a. Uma missão de patrulha é composta de quatro etapas distintas.

(1) O seu recebimento.

(2) Planejamento e preparação.

(3) Execução.

(4) Confecção do relatório.

b. Logo após a conclusão da primeira etapa, o comandante da patrulha iniciaas Normas de Comando. Estas compreendem todas as atividades de planejamentoe preparação desenvolvidas até a partida para o cumprimento da missão. Alémdisso, elas permitem ao comandante de patrulha metodizar o seu trabalho, evitando-lhe perda de tempo e esquecimentos.

c. Ressalta-se que qualquer operação deve ter sempre um objetivo claramentedefinido. A missão de um comandante de patrulha, recebida por intermédio deordens e instruções do escalão superior (podendo, excepcionalmente, ser deduzidada situação, em função de operações que exijam alto grau de descentralizaçãodos elementos subordinados), requer o estabelecimento de linhas de açãoexeqüíveis. A determinação da linha de ação mais conveniente constitui a finalidadedo estudo de situação, que é uma das atividades mais importantes das normas decomando.

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3-2. SEQÜÊNCIA DAS AÇÕES

A seqüência das ações que orientam o emprego de uma patrulha, a partir dorecebimento da missão, é a seguinte (POREOF):

a. Providências Iniciais

(1) Realizar a interpretação sumária da missão atribuída a sua patrulha.

(2) Planejar a utilização do tempo disponível (quadro-horário).

(3) Realizar o estudo de situação preliminar.

(4) Planejar a organização da patrulha (pessoal e material).

b. Observação e planejamento do reconhecimento

(1) Realizar um rápido estudo na carta, observando o itinerário até oobjetivo, para planejar o reconhecimento.

(2) Planejar o reconhecimento (Rec)- Determinando quem participa do Rec.- Indicando os postos de observação (P Obs) a ocupar e o que observar

em cada um deles.

(3) Elaborar a ordem preparatória (O Prep).

(4) Expedir a ordem preparatória.

c. Reconhecimento

Conforme o planejamento.

d. Estudo de situação (planejamento detalhado)

- Estabelecer as linhas de ação (LA), comparar e decidir.

- Elaborar a ordem à patrulha (O Pa).

e. Ordens

Emitir a ordem à patrulha (verbal e emitida à luz do terreno ou de umcaixão de areia).

f. Fiscalização

- O Cmt, auxiliado pelo seu subcomandante (SCmt), supervisiona aexecução das ordens e auxilia os elementos subordinados sempre que possível.Esta fase é de vital importância para o sucesso de qualquer operação.

- Esta fiscalização é caracterizada pelas inspeções inicial e final.

- Nesta fase, estão também incluídos, a cargo do SCmt, os ensaios dasações.

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3-3. RECEBIMENTO DA MISSÃO

a. Ao receber a missão, o comandante da patrulha deve sanar todas as suasdúvidas, solicitando os dados e as informações complementares que julgarimportantes para o seu planejamento. Ressalta-se que todas as informaçõesdisponíveis sobre o inimigo, forças amigas, terreno, condições meteorológicas,meios disponíveis, população, elementos de contato, comando e comunicações,coordenação e controle estarão sendo transmitidas por quem estiver atribuindo amissão.

b. O comandante da patrulha poderá receber a missão acompanhado(subcomandante, rádio-operador e outros patrulheiros que julgue necessário) ousozinho. O local para recebimento da missão pode ser desde uma das instalaçõesda organização militar até um posto de vigilância no terreno.

c. Por ocasião do recebimento da missão, o comandante de patrulha tambémdeverá aproveitar para efetuar as ligações necessárias com outros comandantesde pelotão ou de patrulha que estejam recebendo a ordem e que tenham algumenvolvimento com sua operação.

d. O comandante da patrulha deve verificar com seu comandante se há apossibilidade de executar um reconhecimento no local, levando-se em consideraçãoque seu comandante tem o controle de todas as ações e conhece a situação doinimigo.

e. Memento do comandante da patrulha: (anexo "C").

ARTIGO II

PROVIDÊNCIAS INICIAIS

3-4. GENERALIDADES

a. A fim de iniciar a preparação da tropa para o cumprimento da missãorecebida, o comandante da fração começará seus trabalhos tomando asprovidências iniciais.

b. Nessa fase das Normas de Comando, o comandante da fração deve realizaro planejamento preliminar da missão que englobará as seguintes atividades: estudosumário da missão; planejamento da utilização do tempo; estudo de situaçãopreliminar e planejamento da organização de pessoal e material.

3-5. ESTUDO SUMÁRIO DA MISSÃO

a. É um processo mental e sintético, baseado em perguntas, que respondidas,orientam o comandante da patrulha na direção certa para o cumprimento da missão,assim como facilitam a confecção do quadro-horário.

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(1) O que fazer?Identificar as ações impostas (verbos da missão) e visualizar as ações

complementares necessárias ao cumprimento da missão.

(2) Quando?Verificar os prazos e horários impostos ou necessários para o

cumprimento da missão.

(3) Onde?Levantar a localização e a situação do objetivo.

b. É importante salientar que as conclusões obtidas, por esse breve estudopreliminar, poderão sofrer modificações determinadas por dados obtidos noreconhecimento e serão reajustadas por ocasião do estudo de situação(planejamento detalhado).

3-6. PLANEJAMENTO DA UTILIZAÇÃO DO TEMPO

a. É necessário que inicialmente seja confeccionado um quadro-horário queadeqüe as atividades de planejamento e preparação ao tempo disponível, de modoque todas as ações tenham hora específica para sua realização.

b. O quadro-horário é confeccionado com tempos estimados que serãoconfirmados posteriormente.

c. Para esta estimativa, além das imposições de horários e prazosespecificados na missão, deve-se considerar, de um modo geral, o tempo totaldisponível e o tempo gasto nos deslocamentos.

d. Quando o horário de partida não for imposto pelo escalão superior, ocomandante da patrulha define-o, estimando o tempo necessário para execuçãodas atividades subseqüentes à partida da patrulha.

e. Definida a hora da ação no objetivo, serão relacionadas as atividades emordem cronológica inversa, isto é, do último horário imposto ao recebimento damissão. Ao repartir o tempo disponível dentro desta ordem, terá sido confeccionadoo seu quadro-horário.

f. Imediatamente após a emissão da ordem à patrulha, deverá ser realizada ainspeção inicial e os primeiros ensaios, não podendo haver atividades dispersivasentre estas.

g. Após uma atividade dispersiva (refeições, pernoites, inspeções e longosdeslocamentos embarcados ou a pé), deverá ser destinado um tempo paranovamente ensaiar a missão, podendo este ensaio ser verbal, relembrando aseqüência das ações.

h. Ajustes: servirão para a complementação e para a reformulação deaspectos do aprestamento individual e coletivo, bem como de lapso de tempopara reajustar o quadro-horário, em função de eventuais atrasos nas atividades

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previstas. Normalmente serão inseridos antes da partida; após as refeições e dosprimeiros ensaios; e após o reconhecimento aproximado do objetivo.

i. A inspeção inicial deverá ter um tempo superior à inspeção final, sendoque o tempo destinado às mesmas deve permitir a correção dos problemasverificados.

j. O tempo previsto para o reconhecimento no terreno deve permitir a adequadaobservação do dispositivo e das atividades do inimigo. Deve-se levar emconsideração também a necessidade de se realizarem deslocamentos em sigiloe de se ocuparem várias posições de observação.

l. O quadro-horário é um meio auxiliar de planejamento simples e ocomandante da patrulha não deve esgotar o pouco tempo disponível em suaconfecção. Mesmo que o quadro-horário não seja perfeito, ainda será muito útil,pois ordena as atividades e evita esquecimentos.

m. O quadro-horário, a exemplo do planejamento preliminar, poderá sofrermodificações determinadas por dados obtidos no reconhecimento e será reajustadopor ocasião do estudo de situação.

n. Sempre que possível, na distribuição do tempo deverá se destinar a maiorcarga horária ao estudo de situação e aos ensaios.

o. A ordem preparatória, sendo meramente administrativa, terá tempo deemissão inferior ao da ordem à patrulha.

p. Segue, abaixo, um exemplo de quadro-horário a partir do término dorecebimento da missão:

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3-7. ESTUDO DE SITUAÇÃO PRELIMINAR

a. O estudo de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio,pelo qual o comandante da patrulha considera todas as circunstâncias que possaminterferir no cumprimento da missão.

b. Para se assegurar de que os vários fatores que influenciam asoperações militares recebam sejam examinados de forma lógica e ordenada, sãoutilizados vários métodos para a resolução de problemas, dentre os quais ressalta-se o estudo de situação preconizado pelo artigo V deste capítulo. O conhecimento,a experiência e o discernimento do comandante da patrulha irão influenciar naseleção da melhor linha de ação a ser adotada.

c. A profundidade com que este estudo de situação preliminar deverá serrealizado está condicionada a diversos fatores, dentre os quais destacam-se osdados disponíveis nesta etapa do planejamento e o tempo que o comandante dapatrulha dispõe para o cumprimento de sua missão. Deve-se levar em consideração,também, o fato de que há necessidade de se proporcionar o máximo de tempo depreparação para o combate.

d. O método de estudo de situação apresentado, apesar de lógico e útil, nãoé rígido. Não há necessidade de se esgotar um parágrafo antes de se passar aoseguinte. Dentro do quadro geral do estudo de situação podem ser realizadasdiversas análises e estudos parciais, revendo e acrescentando, a este estudo,aspectos que se tornarem necessários.

e. Em síntese, o grande objetivo do estudo de situação preliminar é se chegara uma concepção inicial de como se pretende cumprir a missão. Dessa forma,ter-se-á condições de organizar a patrulha em pessoal e material. O estudo desituação detalhado, que será realizado oportunamente, após a execução doreconhecimento, poderá alterar alguns aspectos concebidos nesta fase inicial doplanejamento.

3-8. PLANEJAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL E MATERIAL

a. Após o planejamento da utilização do tempo, do estudo de situaçãopreliminar e já tendo identificada no estudo sumário da missão, a seqüência dasações a realizar, o comandante da patrulha deve organizar os escalões e os grupos,decidindo qual material, equipamento e armamento a serem conduzidos nocumprimento da missão, bem como a serem utilizados no reconhecimento e noensaio. Para isso, poderá valer-se do quadro de organização de pessoal e material(QOPM) preenchido em duas vias. Uma dessas vias será repassada diretamenteao gerente da patrulha ao final da ordem preparatória. Ver no anexo "A" um exemplopreenchido.

b. Na organização da tropa para o cumprimento da missão, o comandanteda patrulha buscará constituir os diversos grupos de maneira a manter a integridadetática da fração.

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c. Normalmente, a patrulha se constituirá de 2 (dois) escalões: um voltadopara o cumprimento da missão (escalão de reconhecimento ou escalão de assalto)e o outro para segurança da patrulha (escalão de segurança). Cada escalão éformado por um ou mais grupos, conforme decisão do comandante da patrulhaque também define seus efetivos.

d. A coordenação dos escalões é responsabilidade do comandante da patrulha,que poderá contar com alguns auxiliares, constituindo o grupo de comando.

e. Peculiaridades do grupo de comando:

(1) poderá ser constituído somente pelo comandante da patrulha;

(2) o subcomandante da patrulha pode ter esta única função, integrando ogrupo de comando; ou, o mais normal, comandar também um dos escalões;

(3) o pessoal recebido em apoio (guias, motoristas, médico etc) estarácompondo um grupo específico da missão quando participar das atividades desdea partida até o regresso às linhas amigas. Caso contrário, irá compor o grupo decomando.

EXEMPLO 1 - Piloto de voadeira conduz Gp Seg 1 até determinadoponto, abica e aguarda o retorno do Gp Seg para o retraimento. Neste caso, opiloto será integrante do Gp Seg 1.

EXEMPLO 2 - Piloto de voadeira conduz Gp Seg até determinado ponto.O grupo desembarca e não mais retorna à posição. O piloto, a partir daí, retornaàs linhas amigas. Neste caso, o piloto compõe o grupo de comando.

f. Alguns homens podem receber atribuições específicas durante a preparaçãoe/ou execução da patrulha, não pertencendo, portanto, ao grupo de comando.Essas atribuições, desempenhadas cumulativamente com as demais são, dentreoutras, as que se seguem:

(1) Subcomandante - É o eventual substituto do comandante em qualquerfase da missão. Auxilia o comandante no planejamento, coordena as medidasadministrativas (ordens, ensaios, refeições, inspeções etc). Fiscaliza as atividadesde preparação do rádio-operador. Providencia a presença e organiza a patrulhapara emissão de ordens (inclusive elementos em apoio). Conduz o ensaio. Desloca-se onde melhor possa auxiliar o comandante, normalmente à retaguarda da patrulha(não é necessariamente o último homem). Controla o efetivo e rodízio de material,se for o caso (durante deslocamentos, altos, reorganização, ultrapassagem depontos críticos). Coordena a redistribuição da munição e de outros materiais, sefor o caso. Verifica a esterilização das áreas dos alto-guardados, objetivo, áreasde reunião etc.

(2) Gerente - É o elemento encarregado de material e suprimentos. Deveprovidenciar este material e os suprimentos necessários, de acordo com a relaçãoconfeccionada pelo comandante da patrulha, e distribuí-los, mantendo o controlede modo que a patrulha esteja aprestada na hora da Ordem à Patrulha. No regressoda missão, recolhe o material distribuído e apresenta ao comandante as alterações.

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(3) Equipe de navegação - Auxilia o comandante da patrulha na orientaçãoe navegação. Podem ser escalados, de acordo com a necessidade, elementosnas funções de: homem-bússola, homem-carta, homem-ponto e homem-passo.Sob coordenação do homem-carta, esta equipe prepara o caixão de areia oumeio similar a ser utilizado na Ordem à Patrulha e prepara o quadro auxiliar denavegação.

(4) Observadores do objetivo - Em determinadas missões, após oreconhecimento aproximado do objetivo, não comprometendo o sigilo da missão,elementos da patrulha poderão permanecer próximo ao objetivo com intuito deobservar possíveis alterações do dispositivo inimigo.

(5) Homem-tempo – É o elemento responsável por alertar ao comandantesobre os horários a serem cumpridos, estabelecidos pelo quadro-horário,principalmente na ação no objetivo propriamente dita.

(6) Homem-saúde – além das atividades afetas aos primeiros-socorros, étambém encarregado de realizar as medidas relativas ao contra-rastreamento eesterilização das posições estáticas ocupadas pela patrulha.

(7) Rádio-operador - Miniaturiza, codifica e impermeabiliza extratos da IECom Elt e outros códigos particulares da patrulha. Prepara o material decomunicações para a missão (verifica o funcionamento do material, limita ocombinado, impermeabiliza o material de comunicações, se for o caso, pré-sintonizao equipamento rádio). Prepara e conduz antenas improvisadas,se for o caso. Instalaequipamento fio, se for o caso. Explora e mantém as comunicações, com escalãosuperior, se for o caso. Age como mensageiro, conforme determinação docomandante da patrulha. Lembra o comandante dos horários de ligação previstos.

ARTIGO III

OBSERVAÇÃO E PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO

3-9. GENERALIDADES

a. Embora o reconhecimento seja realizado após a emissão da OrdemPreparatória, o seu planejamento deve ser feito antes da patrulha receber a ordeme iniciar a sua preparação.

b. Antes da realização do reconhecimento, deverão ser analisados os riscose o tempo necessário para o planejamento, preparação e execução do mesmo. Asua finalidade é colher o máximo de dados sobre o terreno, itinerário planejado,objetivo, situação do inimigo etc.

c. Sempre que possível, deverá ser realizado o reconhecimento no terreno,além do estudo das cartas da região, fotografias aéreas e outros meios disponíveis.A execução do reconhecimento deve ser autorizada pelo escalão superior, pois asua realização pode comprometer a missão principal.

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d. O planejamento do reconhecimento deve abordar todas as fases de umamissão de patrulha.

3-10. PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO

a. Dados iniciais para o reconhecimento

(1) Meios e tempo disponível (planejamento da utilização do tempo).

(2) O comandante deverá prever para o reconhecimento militaresresponsáveis pelas seguintes atividades:

- comando dos integrantes da patrulha que não participam doreconhecimento;

- orientação;- comunicações;- comandantes de grupo (a critério do comandante da patrulha); e- elementos de segurança.

(3) Visualização da seqüência das ações a realizar durante oreconhecimento.

b. Após a análise desses aspectos, deve-se decidir como realizar a ação dereconhecer por intermédio de:

(1) meios disponíveis (fotografias aéreas, fotos de satélites, filmagens etc);

(2) reconhecimento no terreno, uniformizado, com ou sem a presença doinimigo, ou força adversa; e

(3) reconhecimento no terreno, descaracterizado, com ou sem a presençado inimigo ou força adversa.

c. O comandante da patrulha planeja a execução do seu reconhecimentodefinindo “o quê” e “de onde reconhecer”.

(1) O quê?(a) Obstáculos(b) Pontos críticos(c) Características do terreno no itinerário e objetivo(d) Objetivo propriamente dito(e) Dispositivo, composição e valor do inimigo (f ) Outros

(2) De onde?Locais a serem ocupados ou percorridos durante o reconhecimento.

d. Planejar a segurança para as atividades de reconhecimento.

e. Deve ser confeccionado um quadro-horário e um QOPM do reconhecimento,bem como ser realizado um ensaio.

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f. Como já visto anteriormente, o planejamento do reconhecimento deve serfeito antes da emissão da ordem preparatória para que, no QOPM, já estejaincluso o material do reconhecimento. Na ordem preparatória, o comandante deveinformar à patrulha, de maneira sucinta, sobre o reconhecimento. Após a ordempreparatória, o comandante deve reunir os homens que irão ao reconhecimento eemitir uma ordem pormenorizada.

g. Confeccionar um quadro auxiliar (sugestão):

OBSERVAÇÃO - Deverá ser conduzido somente o material necessário aoreconhecimento.

3-11. ORDEM PREPARATÓRIA

a. A ordem preparatória tem a finalidade de orientar a preparação individual ecoletiva da patrulha para o cumprimento da missão.

b. O comandante da patrulha deve empenhar-se em emitir sua ordem nomais curto prazo possível, de modo a permitir à patrulha o tempo adequado aoaprestamento.

c. Caso se torne impraticável a emissão da ordem preparatória a todos oselementos da patrulha, ela deve ser emitida aos comandantes subordinados que aretransmitirão a seus homens.

d. Antes da expedição da ordem preparatória, o SCmt deverá organizar apatrulha conforme o planejamento do comandante, apresentando-a no localdeterminado para a emissão da referida ordem.

e. Roteiro comentado para a transmissão da ordem preparatória:

1. SITUAÇÃO (ambientar a patrulha)

Ambientar a patrulha em relação a sua situação e localização no contextoda operação em andamento (podendo para tal, fazer uso de esboços, croquisetc). Em seguida, expor de forma sucinta os motivos que provocaram a reuniãodo pelotão e sua organização como patrulha, valendo-se, neste momento, daúltima situação particular.

a. Forças inimigas (até dois escalões acima)

Abordar de forma genérica, tecendo considerações a respeito da suaprovável localização, da sua natureza e valor (grupo de homens de forçasadversas, tropas blindadas, anfíbias, aeromóveis, valor GC, Pel etc), tratando

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até dois escalões acima, quando houver definição dos escalões que enquadramo inimigo.

b. Forças amigas (até dois escalões acima)

Também de forma genérica, abordar até dois escalões acima as tropasamigas que operam na área, indicando sua localização e definindo a sua naturezae valor (Pel C Mec Rfr, Cia Fuz Mtz, BIB etc), bem como meios recebidos eretirados.

2. MISSÃO

Transmitir à patrulha exatamente a missão recebida do escalão superior(utilizando os meios visuais disponíveis), buscando, posteriormente, em funçãodo grau de adestramento dos patrulheiros, clarificar as ações táticas a realizar(quando e onde).

3. QUADRO-HORÁRIO

Transmitir os horários de interesse para a patrulha e os locais de reuniãopara as atividades previstas nestes horários.

4. ORGANIZAÇÃO (Ver QOPM)

Neste momento, de posse do QOPM, o comandante determina que, grupoa grupo, os homens individualmente enunciem suas funções na patrulha.

5. UNIFORME E EQUIPAMENTO INDIVIDUAL

Transmitir que uniforme e equipamento individual cada homem ou grupoconduzirá, conforme QOPM (considerar a possibilidade de utilização de roupacivil, mochilas vazias para condução, resgate ou captura de material etc).

6. ARMAMENTO E MUNIÇÃO

Transmitir que armamento e munição cada homem ou grupo conduzirá,conforme QOPM, tecendo comentários a respeito das verificações necessáriasquando da apanha do material.

7. MATERIAL DE COMUNICAÇÕES

Transmitir que material de comunicações cada homem ou grupo conduzirá,conforme QOPM.

8. MATERIAL DE DESTRUIÇÕES

Transmitir que material de destruições cada homem ou grupo conduzirá,conforme QOPM.

9. MATERIAL ESPECIAL

Transmitir que material especial cada homem ou grupo conduzirá, conformeQOPM.

10. RAÇÃO E ÁGUA

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Transmitir que ração e quantidade de água cada homem ou grupo conduzirá,conforme QOPM.

11. MATERIAL PARA RECONHECIMENTO

Transmitir que material para o reconhecimento cada homem ou grupoconduzirá, conforme QOPM.

12. MATERIAL PARA ENSAIO

Transmitir que material para ensaio cada homem ou grupo conduzirá,conforme QOPM.

13. RECONHECIMENTO

Informar quem irá no reconhecimento, checar o material a ser conduzido,local do briefing e horário da partida.

14. COMUNICAÇÕES

- Senha, contra-senha, sinal de reconhecimento e horário de mudança desenha.

- Senha e contra-senha para os contatos.

- Indicativos rádio.

- Autenticações.

- Horários de ligação.

- Prescrições rádio.

- Sinais convencionados.

- Outros dados das IE Com Elt.

- Processos de codificação.

15. DIVERSOS

a. Instruções particulares (atribuir responsabilidades)

- Auxílio ao comandante no planejamento detalhado.

- Auxílio ao gerente na apanha e distribuição do material.

- Definir o local e o processo para distribuição do material (todos, porescalão, por grupo etc)

- Auxílio à equipe de navegação na preparação do caixão de areia.

- Auxílio ao subcomandante na preparação dos meios visuais (quadros).

- Testes e preparação dos diversos materiais.

- Determinar, após todo o aprestamento, que sejam ensaiados osprocedimentos que já fazem parte das NGA do pelotão/patrulha.

EXEMPLO - Sinais e gestos para deslocamentos a pé ou fluviais etc.

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b. Outras prescrições

- Estabelecer a cadeia de comando, principalmente quando a patrulhareceber outros elementos de manobra em reforço, determina que oscomandantes de escalão e grupo (e outros graduados) permaneçam de pé einicia a transmissão da cadeia de comando.

- Informar o local em que estará fazendo o planejamento detalhado.

- Informar o local e a hora da próxima reunião.

- Acerto dos relógios.

- Retirada de dúvidas.

ARTIGO IV

RECONHECIMENTO

3-12. GENERALIDADES

Sempre que a situação permitir, deve-se buscar realizar um reconhecimentodetalhado não só do objetivo como também do itinerário a ser percorrido pelapatrulha. Entretanto, ressalta-se que durante o recebimento da missão ocomandante da patrulha já deverá questionar o escalão superior quanto àpossibilidade da execução do mesmo.

3-13. RECONHECIMENTO

a. Após a emissão da ordem preparatória, enquanto a patrulha se prepara,os elementos que foram selecionados realizam o reconhecimento procurando omaior número de dados sobre o objetivo e a situação do inimigo, com a finalidadede complementar detalhadamente o seu planejamento.

b. O comandante da patrulha deve atentar para a dimensão do reconhecimentoquando enquadrado em uma atividade de combate. Neste caso, essa passa a seruma missão de menor porte dentro da missão principal. Sendo assim, surgetambém a necessidade de, durante o planejamento preliminar (se for o caso),elaborar-se uma estória-cobertura para descaracterizar de maneira adequada aação de reconhecimento. Uma estória bem estruturada e de conhecimentoaprofundado, aliada a uma seleção criteriosa do pessoal envolvido na ação serãofatores imprescindíveis ao êxito da missão.

c. O material a ser utilizado neste tipo de atividade poderá ser o mais variadopossível, desde que atenda ao cumprimento do objetivo estabelecido. Poderão serutilizados, para fins de reconhecimento, máquinas fotográficas, máquinasfilmadoras, contatos com os indivíduos da região (elaboração de croqui da área),dentre outros artifícios. Consoante isto, o comandante da patrulha deverá ter uma

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atenção maior para o contexto em que será empregada a tropa na ação, isto é, secaracterizada ou não. O fato de a tropa estar atuando descaracterizada requeruma série de medidas dissimulativas deste pessoal, com objetivo de enquadrá-los dentro de uma situação rotineira e atinente ao local ou região de atuação.

ARTIGO V

ESTUDO DE SITUAÇÃO

3-14. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS

a. O estudo de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio,pelo qual o comandante de patrulha considera todas as circunstâncias que possaminterferir no cumprimento da missão.

b. O estudo de situação baseia-se nos fatores abaixo discriminados.

(1) Missão - O comandante da patrulha procura definir, claramente, asações a realizar, seqüenciando-as de maneira lógica, a fim de assegurar o preparoe a execução das ações necessárias ao cumprimento da missão.

(2) Inimigo - O comandante da patrulha analisa os dados levantados noreconhecimento e aqueles recebidos do escalão superior, concluindo sobre: atitude,valor, experiência, grau de instrução, desdobramento do inimigo no terreno, tempo,capacidade de reforço etc. Ele deve, ainda, levantar as ações que o inimigo écapaz de realizar e que, se efetuadas, influenciarão no cumprimento da nossamissão.

(3) Terreno e condições meteorológicas - O comandante da patrulhaconsidera os aspectos gerais (relevo, vegetação, natureza do solo, hidrografia,obras de arte, localidades, população e condições meteorológicas). Este estudovisa integrar os melhores momentos para as suas ações e identificar os itineráriosque restringem ou impedem o movimento da patrulha. Conhecendo os itineráriosmais adequados à situação, o comandante da patrulha realiza o estudo dosaspectos militares do terreno.

(a) Observação e campos de tiro, concluindo sobre:- possibilidades de observação amiga e inimiga;- necessidade de neutralização da observação inimiga;- campos de tiro rasantes;- condições dos campos de tiro para as armas de tiro curvo;- domínio de fogos; e- coordenação entre os elementos vizinhos.

(b) Cobertas e abrigos, concluindo sobre itinerários desenfiados.(c) Obstáculos, concluindo sobre as regiões que apresentam maiores

ou menores facilidades para a progressão.

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(d) Acidentes capitais, concluindo sobre as regiões que permitem amontagem e o desembocar das ações no objetivo e que oferecem segurança àsações a realizar.

(e) Outros aspectos (itinerários, rotas de aproximação aérea etc).

(4) Meios - O comandante da patrulha deve apreciar os recursos humanose materiais disponíveis. Ele deve procurar empregar seus meios de forma a levantara melhor linha de ação para o cumprimento da missão.

(5) Tempo - O comandante da patrulha deve analisar o tempo disponívelpara o cumprimento da missão. Este estudo inicia-se no planejamento preliminar,quando da confecção do quadro-horário. Os tempos estimados para as diversasfases são detalhados e, conforme o estudo realizado, redefinidos. Ele poderáconcluir sobre a adoção de maiores ou menores medidas de segurança durante aexecução da missão, tempo disponível para ensaios etc.

c. O comandante da patrulha deve levantar as ações que o inimigo é capazde realizar e que, se adotadas, afetarão favorável ou desfavoravelmente ocumprimento da sua missão.

d. Em seguida, deve-se integrar todos os conhecimentos obtidos nesseestudo de situação, a fim de levantar linha(s) de ação lógica(s) e viável(is) quepermita(m) o cumprimento integral da missão.

e. O próximo passo do estudo de situação do comandante da patrulha é acomparação das linhas de ação levantadas (quando mais de uma for levantada),realizada com base no terreno, na rapidez (fator tempo), no dispositivo inimigo, nonosso dispositivo e nos princípios de guerra (simplicidade, objetivo, massa,segurança, ofensiva, manobra, surpresa, economia de forças e unidade decomando).

f. Ao final deste estudo, o comandante terá chegado a uma decisão sobrecomo cumprirá a missão.

3-15. SEQÜÊNCIA DO PLANEJAMENTO

a. Inicia-se pela coordenação com os apoios.

(1) Com unidades em apoio ou reforço (fogo, naval, aéreo etc).

(2) Contato com especialistas.

(3) “Briefings”- Levar memento pronto.- Levar o integrante da patrulha empenhado no contato.- Acertar detalhes da ordem à patrulha e do ensaio conjunto.

b. Após a coordenação, deve-se planejar:

(1) Ação no Objetivo

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(a) Plano de reconhecimento aproximado (o quê reconhecer, seqüência,quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas,horários, condutas, quem permanece com olhos no objetivo). A fim de manter omilitar mais antigo que permanecer com a patrulha informado a respeito doreconhecimento, o comandante, antes de sair, deverá reunir-se com ele e abordaros pontos de contingência, a saber (Q3OM):

- QUEM vai com ele e que itinerários serão percorridos?- QUANTO tempo ele pretende ficar fora?- QUEBRA DO SIGILO (o que ele fará se for quebrado o sigilo no

reconhecimento e o que a patrulha fará; e o que o comandante fará se a patrulhafor plotada?)

- ONDE o comandante (ou elementos que vão no reconhecimento) vai(vão)?

- Conferir/testar todo o MATERIAL a ser conduzido.

OBSERVAÇÃO - O Q3OM refere-se a tópicos essenciais de coordenaçãoe controle da patrulha. O mnemônico pode ser empregado nas situações em queos integrantes da patrulha tenham que se separar para cumprir missões distintas.No momento da separação, o comandante da fração a ser destacada utilizará oprocesso mnemônico do Q3OM para que, dentre outros aspectos, não se esqueçados itens que deve checar antes da saída.

(b) Tomada do dispositivo (seqüência de liberação dos grupos, quem,onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas, horáriose condutas).

(c) Ação no objetivo propriamente dita (confeccionar o esquema demanobra, caracterização do início da ação, detalhar cronologicamente quem vaifazer o quê, como, para quê e selecionar a técnica de assalto).

(d) Retraimento ao PRPO (seqüência, quem, onde, por onde, medidasde coordenação e controle, horários, condutas etc).

(e) Reorganização (cheque de baixas, armamento, equipamento emunição).

(2) Deslocamento até o PRPO(a) Plano de carregamento e embarque (considerar os diversos trechos

do itinerário, seguindo os princípios da auto-suficiência das vagas, distribuição devalores, manutenção da integridade tática, previsão de panes e seqüenciamento).

(b) Itinerário principal e secundário (com linhas e pontos de controle).(c) Pontos de reunião no itinerário.(d) Coordenação com homem-carta.(e) Levantar azimutes, distâncias e azimute de fuga (confecção do quadro

auxiliar de navegação).(f) Conduta da patrulha

- Alto guardado, alto em segurança e no PRPO.

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- Formações, ordem de movimento, rodízio de material etc.- Partida e regresso das linhas amigas.- Verificar pontos de reunião e prazos correspondentes (tempo de

permanência e sinal de abandono).- Atuação nos contatos.- Ação nas zonas perigosas e pontos críticos.

(3) Regresso- Abordar os mesmos itens de infiltração (deslocamento até o PRPO),

no que for aplicável.- Sempre que possível, o retraimento deverá ocorrer por um itinerário

diferente do utilizado pela patrulha no deslocamento de ida.- Devem ser evitadas ao máximo trilhas e estradas.

(4) Outros(a) Armamento e munição.(b) Uniforme e equipamento.(c) Conduta com inimigos feridos e prisioneiros (antes e após a ação

no objetivo, considerando as regras de engajamento para a missão).(d) Conduta com feridos e mortos amigos (antes e após a ação no

objetivo).(e) Sinais e gestos a praticar.(f) Comunicações com o escalão superior.(g) Senha, contra-senha e sinais de reconhecimento: do escalão superior

e da patrulha.(h) Posição do comandante, do subcomandante e dos comandantes

de grupo nos deslocamento e na ação no objetivo.(i) Hora do dispositivo pronto.(j) Hora da partida.(l) Reorganização após dispersão (importante relatório de BEM – Baixas,

Equipamento e Munição / Armamento).(m) Revezamento do material pesado (sem comprometer o emprego

adequado do mesmo).(n) Conduta como prisioneiro de guerra (PG).(o) Situações de contingência.(p) Conduta para o pernoite (base de patrulha, área de reunião

clandestina, área de reunião).(q) Medidas especiais de segurança.(r) Contato com elementos amigos infiltrados (quem, como, senha etc).(s) Ligações com outras patrulhas.

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(t) Linhas de controle.(u) As técnicas de ação imediata (TAI), defensivas e/ou ofensivas.

(5) Planejamento do ensaio.

ARTIGO VI

ORDENS

3-16. GENERALIDADES

a. Após a realização do planejamento detalhado, o comandante da patrulhapreparar-se-á para a condução da ordem à patrulha.

b. A ordem à patrulha tem por objetivo informar aos integrantes da fração ascaracterísticas da missão a ser cumprida, o seu desenvolvimento, bem como,estabelecer as missões específicas individuais, dos grupos e/ou escalões.

c. A ordem à patrulha é emitida de forma verbal e contínua.

d. A ordem à patrulha estabelece procedimentos, condutas alternativas e asdiversas prescrições necessárias ao cumprimento da missão.

e. Normalmente, ao início da ordem à patrulha, a fração já deverá estar emcondições de partir. Entende-se, com isso, que ela já deverá estar aprestada, como armamento, equipamento, material de comunicações e material especialnecessários ao cumprimento da missão. É importante que a fração já estejaorganizada em seus escalões e grupos e com a camuflagem individual feita.

f. É admissível que, em missões complexas, com longo tempo para ordense ensaios, a ordem a patrulha seja executada sem a fração ainda estar aprestada.

g. O tempo destinado à emissão da ordem é flexível, variando de acordocom a complexidade da missão e o tempo disponível ao cumprimento da mesma.Deve-se considerar, porém, que a ordem deve ser clara e objetiva, destinando-se omáximo de tempo aos ensaios.

h. A ordem à patrulha deve ser apoiada ao máximo em meios visuais, deforma a permitir o melhor entendimento possível por parte dos patrulheiros. Sãoexemplos de meios a serem utilizados: caixões de areia (sempre que possível,um para os itinerários de ida e retorno e outro para a ação no objetivo), quadrobranco, quadro negro, quadros murais de papel pardo ou semelhante, maquetes,apresentações em computador, fotografias, filmes etc.

i. No anexo "B" são apresentados exemplos de meios visuais que poderãoser utilizados durante a emissão da ordem.

j. Durante a execução dos ensaios pode ser necessário o retorno ao caixãode areia para a retificação de planejamento e/ou emissões de novas ordens.

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l. Em determinadas situações, a ordem pode ser transmitida diretamenteaos comandantes de escalão/grupo, e estes, por sua vez, a repassarão aos seusrespectivos patrulheiros.

3-17. ORDEM À PATRULHA

1. SITUAÇÃO (Situar a patrulha no terreno, caixão de areia, croquis e/oucartas; informar à patrulha o que deu origem à missão; informações da situaçãogeral essenciais para conhecimento e compreensão da situação existente).

a. Forças Inimigas (até dois escalões acima)

- Informar à tropa as forças inimigas presentes na área de operações quepossam influenciar a ação da patrulha.

- Transmitir à tropa dados relevantes, tais como: localização, efetivo,valor, dispositivo, armamento, equipamento, uniforme, identificação, atividadesrecentes e atuais, movimentos, atividades da Força Aérea, procedimentosrotineiros, moral, tempo de reforço, apoios, nível de adestramento etc.

b. Forças Amigas (até dois escalões acima)

- Informar a localização, limites de zona de ação, contatos, apoios (defogo, aéreo etc), outras patrulhas e atividades da Força Aérea.

c. Meios recebidos e retirados

- Quais, a partir de quando e até quando.

d. Área de Operações e Condições Meteorológicas

- Apresentar as conclusões a respeito das conseqüências para nossapatrulha sobre o ICMN/FCVN, as fases da lua (influência sobre a visibilidade), aneblina, os ventos, as chuvas, a temperatura e o gradiente para emprego defumígenos.

- Apresentar as conclusões, ainda, sobre os aspectos fisiográficos doterreno: sistema hidroviário, relevo, vegetação, considerando informações doescalão superior, informações de especialistas de área, reconhecimentos,estudos da carta etc.

2. MISSÃO

- O comandante da patrulha deverá transmitir a missão conforme a tenharecebido do escalão superior. Para uma perfeita compreensão dos patrulheiros,poderá ser feita uma breve explicação das ações a serem realizadas.

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3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação

- Neste item, o comandante da patrulha faz uma descrição SUCINTA decomo pretende cumprir a missão na seqüência cronológica das ações.

- O objetivo desta explanação é transmitir uma noção de conjunto dasações a serem realizadas pela patrulha, procurando-se facilitar o entendimentoposterior das ordens particulares.

- Não é fornecido qualquer detalhe de coordenação ou execução.

- São abordados os seguintes aspectos: processo de deslocamento eitinerário de ida, ocupação do PRPO, reconhecimento aproximado, tomada dodispositivo, ação no objetivo, retraimento para PRPO, reorganização e regressoàs linhas amigas.

b. Ordens aos Elementos Subordinados

- Este é o ponto, no memento do comandante da patrulha, em quedeverão ser estabelecidas as responsabilidades pelas ações a serem realizadas.Este procedimento deverá seguir uma seqüência cronológica a fim decaracterizar as ações, deixando as medidas de coordenação e controle paraserem definidas no item “prescrições diversas”. É importante que a enunciaçãodestas ordens ocorra de forma a abordar as ações a serem realizadas por umdeterminado escalão, grupo ou homem nas principais fases da missão.

- Existem dois processos usualmente utilizados para a explanação desteitem, a saber:

1º PROCESSO:

- Transmitir as missões separadamente por escalões e grupos,seguindo a seqüência das ações a realizar, a partir do deslocamento de ida atéo retorno às linhas amigas. Em ações complexas, que exijam a ação isoladados escalões ou grupos, este processo poderá ser o mais conveniente.

2º PROCESSO:

- Apresentar as missões aos escalões e grupos à medida que asações forem abordadas, ou seja, o comandante da patrulha escalona as açõesnuma seqüência cronológica do deslocamento de ida ao regresso às linhasamigas, atribuindo responsabilidades em cada ação separadamente.

c. Prescrições diversas

Neste item são abordados os seguintes tópicos:

1) Hora do dispositivo pronto para início do deslocamento

2) Deslocamento até o PRPO

a) Hora de Partida.

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b) Itinerário de ida (conforme quadro auxiliar de navegação).

c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação econtrole nos diversos trechos.

d) Formação inicial e ordem de movimento.

e) Planos de embarque e carregamento (SFC).

f) Prováveis pontos de reunião.

g) Segurança nos deslocamentos e altos.

h) Passagem pelos postos avançados amigos.

i) Ocupação do PRPO.

3) Ação no objetivo

a) Reconhecimento aproximado do objetivo (o que reconhecer,seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missõesespecíficas, horários etc).

b) Tomada do dispositivo (seqüência e liberação dos grupos, quem,onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas,horários etc).

c) Ação no objetivo (caracterização do início da ação, detalharcronologicamente quem faz o quê, como e para quê).

d) Retraimento para o PRPO (seqüência, quem, onde, por onde,medidas de coordenação e controle, horários etc).

e) Reorganização no PRPO (cheque de baixas, equipamento, munição/armamento - BEM).

4) Regresso

a) Hora de regresso.

b) Itinerário de regresso.

c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação econtrole nos diversos trechos.

d) Formação inicial e ordem de movimento.

e) Planos de embarque e carregamento (SFC).

f) Prováveis pontos de reunião.

g) Segurança nos deslocamentos e altos.

h) Passagem pelos postos avançados amigos.

5) Outras Prescrições

a) Situações de contingência (nas diversas fases da operação).

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b) Ações em áreas perigosas e pontos críticos (POCO - Pare, Olhe,Cheire e Ouça).

c) Ações em contato com o inimigo (TAI).

d) Reorganização após dispersão.

e) Tratamentos com prisioneiro de guerra, mortos e feridos inimigos.

f) Conduta com mortos e feridos amigos.

g) Conduta ao cair prisioneiro de guerra.

h) Conduta para pernoites (base de patrulha, área de reunião e área dereunião clandestina).

i) Medidas especiais de segurança.

j) Destino do material especial.

l) Rodízio de material pesado.

m) Contato com elemento amigo.

n) Ligação com outras patrulhas.

o) Prioridades nos trabalhos de organização do terreno.

p) Linhas de controle.

q) Apoio de fogo (onde, até quando e como solicitar).

r) Documentos a serem conduzidos (procedimentos para destruição).

s) Procedimentos para ensaios e inspeções.

t) Elementos essenciais de inteligência (EEI).

u) Estória-cobertura coletiva.

v) Conduta com civis.

x) Azimutes de fuga (SFC).

4. LOGÍSTICA

- Ração e água.

- Armamento e munição.

- Prescrições para consumo e ressuprimento.

- Uniforme e equipamento especial.

- Localização do homem-saúde.

- Local do posto de socorro (PS), posto de refúgio e posto de coleta deprisioneiros de guerra.

- Processo de evacuação (pessoal e material).

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- Medidas de saúde e higiene.

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

- Processo de codificação da IE Com Elt.

- Senhas e contra-senhas (horários para mudança).

- Sinais de reconhecimento.

- Sinais de ponto limpo e de ponto ativado.

- Freqüências principais e alternativas (sinais para mudança).

- Indicativos.

- Autenticações.

- Horários para contato.

- Sinais convencionados.

- Localização do comandante e do subcomandante (durante o ensaio etodas as fases da ação).

- Cadeia de comando.

- Dúvidas?

- Cheque do acerto dos relógios.

OBSERVAÇÃO - É importante que os itens referentes ao parágrafo 5ºsejam memorizados por todos. A IE Com Elt deve ser conduzida codificada.Todos os integrantes da patrulha deverão saber quem está conduzindo a IECom Elt e onde ela está guardada. Ao término da emissão da ordem, deveráser feito um cheque rigoroso de cada detalhe da missão a ser cumprida.

ARTIGO VII

FISCALIZAÇÃO

3-18. INSPEÇÃO INICIAL

a. Finalidade

A inspeção inicial visa a permitir ao comandante da patrulha uma avaliaçãosobre o grau de preparação dos homens, quanto ao conhecimento detalhado damissão, bem como o moral da tropa, o estado do equipamento e do armamento.

b. Ações a realizar

(1) A inspeção inicial é realizada, preferencialmente, logo após atransmissão da ordem à patrulha. Ela deve ser dividida em duas fases, uma táticae outra material. Nesta ocasião, serão inspecionados todos os integrantes da

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patrulha, inclusive os elementos em apoio recebidos (motorista, guia, prático,piloto, atendente etc).

(a) Parte tática- Verificação do conhecimento individual sobre a missão, bem como

senhas, contra-senhas, sinais de reconhecimento, sinais de ponto limpo e pontoativado, códigos, missões específicas, indicativos, prescrições rádio, estória-cobertura, horários de ligação, sinais convencionados e processos de autenticação/codificação.

- Deve ser realizada, sempre que possível, após a transmissão daordem à patrulha, no próprio caixão de areia, ocultando os meios visuais. Deveráser conduzida pelo comandante da patrulha, buscando fazer um sincronismo entreos grupos em todas as fases da patrulha. Ou seja, desde a partida até o regresso.

- O comandante da patrulha fará, inicialmente, perguntas aosintegrantes da patrulha para verificar se há alguma dúvida sobre a missão,principalmente aos patrulheiros com missões específicas.

- Posteriormente, fará uma espécie de teatro verificando todas asações desde a ordem de embarque, passando pela ordem de deslocamento,ocupação do PRPO, reconhecimento aproximado, tomada do dispositivo, açõesno objetivo, retraimento para o PRPO, reorganização e regresso. Esta atividadedeverá ser realizada na ordem cronológica dos acontecimentos, quando ocomandante irá citar as ações a serem realizadas enquanto os comandantes degrupo, utilizando-se de cartões com os nomes de suas frações, os colocarão nocaixão de areia na ordem de execução.

EXEMPLO - O comandante citará a primeira ação a ser executada(ordem de deslocamento da base até o PRPO). Neste instante, o comandante doprimeiro grupo da coluna de marcha colocará o seu cartão no caixão de areia eexplicará sucintamente as atribuições do seu grupo. Em seguida, sem receberordem alguma, o comandante do próximo grupo na ordem de deslocamento colocaráo seu cartão. Sucessivamente, os demais comandantes de grupo tomarão o mesmoprocedimento. Na seqüência, o comandante da patrulha ditará o momento dachegada ao local do PRPO e perguntará que atividade o primeiro grupo deverádesenvolver. Então o comandante do primeiro grupo explanará as ações dos seushomens e colocará o seu cartão no setor correspondente ao seu grupo no dispositivodo PRPO, dentro do caixão de areia, seguido pelos outros comandantes de grupo.Desta forma, realizar-se-ão as outras atividades da patrulha até o retraimento.

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Fig 3-1. Inspeção inicial teórica- Desta maneira é possível ao comandante da patrulha verificar as

dúvidas de seus comandados, assim como corrigir omissões ou erros na emissãoda ordem à patrulha, de forma que ao realizar o ensaio haja o menor número dedúvidas quanto à sua execução.

- Caso haja premência de tempo para uma inspeção teórica completa,conforme explicada anteriormente, o comandante da patrulha deverá fazer umainspeção teórica sumária, abordando os ítens essenciais ao cumprimento da missão.

(b) Parte material:- Nesta fase da inspeção, o comandante deve dispor seus homens

de forma que seja possível a inspeção tátil e visual do uniforme, armamento,equipamento e material coletivo. Deve-se ressaltar que todo o teste e aprestamentodo material deverá ser realizado por ocasião de seu recebimento e durante oplanejamento detalhado, a cargo dos comandantes de grupo.

- Uniforme e equipamento individual: ancoragem do equipamento,material conforme previsto no QOPM, relógios (horário, protetor, despertadoresdesligados etc), impermeabilização (mochila, kits etc), cantis plenos etc.

- Armamento e munição: condições de manutenção, funcionamento,camuflagem, estrangulamento das bandoleiras, amarração dos zarelhos,travamento, alça de combate etc.

- Material de destruição: condições de manutenção, funcionamento,preparação de cargas-tipo, acondicionamento e impermeabilização etc.

- Material especial (viatura, embarcação, bolsa de primeiros socorros,GPS etc): condições de uso, funcionamento, acondicionamento eimpermeabilização etc.

- Material de comunicações: condições de manutenção,funcionamento (potência de saída etc), pré-sintonia, acondicionamento, ancoragem(combinado, antena, base de antena etc) e impermeabilização (rádio, combinado,caixa de bateria etc).

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- Documentação (extratos de carta, croquis de itinerários, extratosde IE Com Elt etc): codificação, impermeabilização, miniaturização, preparaçãopara destruição e controle da distribuição etc.

- Pessoal: camuflagem, estado físico etc.

(2) A inspeção é de exclusiva responsabilidade do comandante da patrulha.Se o efetivo e o tempo disponível permitirem, o comandante acompanhado de seusubcomandante, após se inspecionarem, fazem a inspeção em cada um de seushomens e determina que o comandante de grupo, após ter sido inspecionado, oacompanhe. Os erros encontrados deverão ser sanados antes do ensaio.

3-19. ENSAIO

a. Finalidade

O ensaio visa a familiarizar os homens com o cumprimento da missão,praticando as tarefas que irão realizar e esclarecendo as possíveis dúvidasdecorrentes da ordem à patrulha. Deverá ser conduzido de forma a obedecerrigorosamente ao que será executado no cumprimento da missão. Uma travessiade curso d'água; o uso do OVN e da máscara contra gases; dentre outrosprocedimentos, quando não ensaiados, poderão vir a comprometer o sucesso damissão devido a, dentre outros motivos: quebra de sigilo, danificação do material(impermeabilização mal feita) e dificuldade de observação (perda de profundidadeou embaçamento).

Fig 3-2. Ensaio

b. Execução

(1) O ensaio é planejado pelo comandante durante o planejamento detalhadoe transmitido ao subcomandante para que este possa conduzi-lo. Ao final da ordemà patrulha, o subcomandante faz uma explanação oral, para que todos os homensentendam onde, como e o que vai ser ensaiado.

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(2) O comandante da patrulha observa o ensaio com o intuito de corrigireventuais erros causados pelo não entendimento das ordens emanadas ou atémesmo para retificar o seu planejamento.

(3) O ensaio não deve ser omitido, mesmo que os patrulheiros sejamexperientes e adestrados. Não havendo tempo disponível para ensaiar todas asações, dar-se-á prioridade à ação no objetivo, que é a fase mais importante daexecução. Somente em caso de extrema premência de tempo deverá ser abortadoo ensaio, visando única e exclusivamente o cumprimento da missão.

(4) Deve-se ensaiar em terreno semelhante ao da região do objetivo. Se apatrulha for atuar à noite, devem ser realizados ensaios noturnos.

(5) O ensaio deverá ser feito, inicialmente, por alguns patrulheiros commissões específicas. Depois, por grupo e, em seguida, por escalão. Por fim, comtoda a patrulha. Ou seja, do particular para o geral.

(6) Deverão ser ensaiadas as seguintes ações, dentre outras:(a) ações no objetivo (ênfase);(b) itinerário de ida e reorganização;(c) deslocamentos e altos (com os meios de transporte);(d) ações em áreas perigosas e pontos críticos;(e) ações em contato com o inimigo (TAI);(f) regresso;(g) ocupação de área de reunião, área de reunião clandestina e base de

patrulha (SFC);(h) sinais e gestos convencionados;(i) transmissão de ordens (exploração dos meios de comunicações);(j) passagem nos postos avançados amigos;(l) mudança de formação;(m) plano de carregamento e embarque;(n) senhas e contra-senhas, sinais de reconhecimento, estória-

cobertura;(o) medidas de segurança nas mudanças dos meios de infiltração;(p) transporte e rodízio de material coletivo;(q) lançamento de antenas improvisadas (rádio-operadores); e(r) ocupação do PRPO (camuflagem das mochilas).

(7) Após o exaustivo ensaio de todas as fases do planejamento principal ehavendo tempo disponível, o comandante da patrulha poderá ensaiar, na ordem deprioridade que julgar necessária, todas as situações de contingência.

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(8) O ensaio das normas gerais de ação da patrulha (TAI, sinais e gestosconvencionados, formações de deslocamento etc) poderá ser realizado durante afase do planejamento detalhado, na medida em que os patrulheiros forem finalizandoo seu aprestamento, a cargo dos comandantes de grupo.

(9) Se, após o ensaio, estiverem previstas atividades administrativas comopernoite ou descanso, deverá haver, antes da partida, outro ensaio para revisar asprincipais ações a serem executadas. Após outras medidas administrativas depequeno intervalo de tempo, tais como refeições, a execução de outro ensaioficará a critério do comandante.

3-20. INSPEÇÃO FINAL

a. Finalidade

A inspeção final, última atividade da patrulha antes da partida, visa a permitirao comandante da patrulha verificar se os erros encontrados na inspeção inicial eno ensaio foram corrigidos.

b. Ações a realizar

(1) O comandante inspeciona o subcomandante e este inspeciona ocomandante, posteriormente os dois inspecionam os demais integrantes dapatrulha.

(2) O subcomandante deverá conduzir uma via do QOPM com os itensessenciais para o cumprimento da missão, com o intuito de verificar se não háalgum equipamento faltando. Esta via não deverá ser conduzida para a missão.

(3) Todo integrante da patrulha deverá dispor, no lado interno da tampa damochila, uma relação com o material coletivo que está conduzindo, a fim de facilitar,no caso de alguma eventual baixa, o controle do material coletivo essencial aocumprimento da missão.

(4) Após a verificação da camuflagem, da ajustagem do equipamento, doscantis plenos, do estado físico dos homens e realizadas as devidas correções, ocomandante da patrulha deverá comandar "CARREGAR AS ARMAS" e, em seguida,inspecionar se estão travadas.

Fig 3-3. Inspeção final

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CAPÍTULO 4

PATRULHAS EM AMBIENTES ESPECIAIS

ARTIGO I

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

4-1. GENERALIDADES

a. As operações em ambientes especiais ocorrem quando o combate é travadosob condições climáticas altamente desfavoráveis ou em terrenos difíceis. Emcertas circunstâncias, podem ser necessários equipamentos adicionais e/outreinamento especializado.

Fig 4-1. Infiltração de uma patrulha

b. O terreno difícil pode reduzir a impulsão das operações ou canalizar omovimento das forças de combate, aumentando sua vulnerabilidade quanto àlocalização e identificação pelo inimigo. Em outros casos, o terreno pode oferecercobertura e proteção natural contra os efeitos dos ataques inimigos.

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c. A utilização desse tipo de terreno pelas patrulhas pode aumentar asoportunidades para se obter a surpresa e favorecer a infiltração, as incursões e asoperações das forças adversas.

d. Neste capítulo, serão abordados aspectos relativos às patrulhas atuandona caatinga, na montanha, no pantanal, na selva, em áreas urbanas e em ambientesafetados por agentes químicos, biológicos ou nucleares.

ARTIGO II

PATRULHA EM ÁREA DE CAATINGA

4-2. GENERALIDADES

a. Localizada no sertão nordestino, a caatinga abrange os estados do Ceará,do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, de Sergipe, de Alagoas, daBahia, o sul e o leste do Piauí e o norte de Minas Gerais.

b. Em regiões de caatinga, o clima semi-árido, o solo pedregosso e a vegetaçãosão fatores de grande influência no cumprimento da missão. Essas áreascaracterizam-se pela baixa pluviosidade, pouca umidade, altas temperaturas diurnase acentuada amplitude térmica. Esse ambiente é constituído, essencialmente, deárvores e arbustos espinhentos adaptados ao clima seco e à pouca quantidade deágua e de plantas herbáceas que se desenvolvem com bastante rapidez após aschuvas.

c. A caatinga é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12metros, o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros, e o herbáceo, abaixo de 2metros. Entre as espécies mais comuns estão o umbuzeiro e o mandacaru.

Caatinga rala Caatinga média Caatinga fechadaFig 4-2. Tipos de caatinga

d. O combatente necessita de adaptação e aclimatação, antes de serempregado, pois os efeitos desse ambiente operacional podem influenciar naconduta tática individual.

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4-3. ASPECTOS TOPOTÁTICOS DO TERRENO

a. Observação e campos de tiro

(1) Observação(a) A observação terrestre é dificultada em grandes faixas do terreno

onde a vegetação supera a altura de um homem. É limitada à distância máximade 50 metros em caatinga rala e de 20 metros em caatinga média ou fechada. Poroutro lado, a ocupação de algumas poucas elevações existentes permite umamelhor observação.

(b) A observação melhora à medida que o homem abaixa sua silhuetaou quando utiliza métodos improvisados para aumentar o campo de visada, como,por exemplo, subir em árvores copadas ou lagedos.

(c) A observação aérea é favorecida em virtude das característicasnaturais da região. As fotografias aéreas e as imagens de satélites poderão fornecerdados precisos acerca das posições e/ou dos movimentos de tropas. Emconseqüência, particular atenção deverá ser dispensada à camuflagem individuale coletiva.

(d) Para a camuflagem no verão, predomina o amarelo queimado, e noinverno o verde claro.

(2) Campos de tiro(a) A caatinga proporciona bons campos de tiro na época da seca.(b) A vegetação dificulta a realização de tiro tenso a média distância,

amortecendo ou desviando o projétil, tornando o tiro eficaz somente a pequenasdistâncias.

b. Cobertas e abrigos

(1) Cobertas - A caatinga se constitui numa ótima coberta contra a observação

terrestre inimiga. Isso não ocorre com relação à observação aérea, sendonecessária, muitas vezes, a utilização de meios de camuflagem artificiais.

(2) Abrigos(a) A caatinga é, normalmente, pobre em abrigos naturais.(b) Uma possibilidade que se apresenta, entretanto, é a de se utilizar

as pequenas dobras do terreno, renques de pedras, leitos secos de riachos, alémde algumas árvores de troncos mais espessos.

(c) A construção de abrigos artificiais, como, por exemplo, trabalhosde Organização do Terreno (OT), é dificultada pela constituição pedregosa dosolo.

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c. Obstáculos

(1) A vegetação pode se constituir em obstáculo para tropa a pé.

(2) A existência de pedras de grande porte (serrotes) dificulta a progressãode tropa a pé e constitui obstáculo para viatura de qualquer tipo.

(3) Os riachos secos e alguns reservatórios de água, como açudes ebarragens, após rápidas chuvas, podem constituir obstáculos.

d. Acidentes capitais

(1) Locais de abastecimento de água – Devido às condições climáticas eà escassez de água, pontos d‘água, como açudes e barragens, passam a seracidentes capitais de grande importância logística.

(2) Localidades – Em virtude das características naturais da caatinga, aslocalidades assumem um papel de grande importância como fonte de suprimentoclasse I.

(3) Terrenos dominantes – as poucas elevações existentes são acidentescapitais por proporcionarem comandamento sobre o terreno.

e. Outros aspectos

(1) Toda a região de caatinga é cortada por boa rede de estradas federais,estaduais e municipais, que possibilitam o deslocamento de grandes efetivos. Atransitabilidade é boa, inclusive nas vias não pavimentadas.

(2) Estradas carroçáveis de pequena largura permitem o deslocamento detropa de valor até Unidade.

4-4. DESLOCAMENTOS

a. O prazo de oito a quinze dias de aclimatação proporciona sensíveismelhoras à operacionalidade do combatente. Exercícios físicos, pequenas marchasde intensidade crescente, com alimentação adequada e o adestramento dadisciplina de controle d´água complementam a aclimatação.

b. É aconselhável que os deslocamentos não ocorram no período das dez àsquatorze horas, devido à temperatura muito alta. Cresce de importância odeslocamento noturno.

c. As calhas dos rios podem ser utilizadas para o deslocamentos.

4-5. NAVEGAÇÃO

a. A bússola é o meio mais adequado, tanto de dia como à noite. Osprocessos de orientação pelo relógio, pelo sol ou pelas estrelas, também podemser usados.

b. O emprego de guias, devido à grande dificuldade de orientação na caatinga,facilita a navegação.

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c. Aparelhos de orientação por satélites (GPS) poderão ser empregados comomeio auxiliar de navegação.

4-6. ARMAMENTO, UNIFORME E EQUIPAMENTO

a. A cobertura ideal para a cabeça do combatente é a de couro ou a de lona.

b. O uniforme deve ser da cor predominante da região e da época. O tecidodeve ser o mais resistente possível, colocando-se reforços de couro nos cotovelosda gandola e nos joelhos da calça.

c. O coturno deverá ter o “cano” de couro.

d. Usar luvas e óculos para a proteção.

e. Utilizar o cantil térmico, sempre que possível. Alguns homens da patrulhadeverão ter a missão específica de conduzir quantidade extra de água.

4-7. SOBREVIVÊNCIA

a. O suprimento e o ressuprimento de água e alimentos devem serminuciosamente planejados.

b. A ocorrência de doenças endêmicas na área exige a adoção de medidaspreventivas.

c. Atenção especial deverá ser dada aos acidentes com animais peçonhentos.A condução do soro liofilizado é desejável, o qual deverá ser aplicado sob orientaçãomédica.

d. Deverá ser conduzido repositor hidro-eletrolítico para evitar desidratação.

e. A água poderá ser obtida em poços, brejos, açudes e tanques.

f. Algumas plantas da região, além de servirem de alimento, também fornecemcerta quantidade de água.

Fig 4-3. Obtenção de alimento de origem vegetal

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4-8. LOGÍSTICA

a. O clima, a vegetação, os grandes espaços vazios, a circulação e a carênciade recursos locais são fatores que dificultam as atividades logísticas.

b. Especial atenção deverá ser dada ao ressuprimento de água e alimentos.

c. A dificuldade de progressão no interior da vegetação e os escassos recursoslocais restringem o emprego de viaturas, crescendo de importância a utilização dejumentos e aeronaves de asa rotativa nas atividades de ressuprimento e evacuação.

4-9. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Emprega-se, sem maiores restrições, a comunicação por meio rádio e fio.O emprego de meios óticos assume grande importância, principalmente asinalização com bandeirolas e com dispositivos iluminativos.

b. O uso da antena longa no interior da caatinga torna–se inviável, devido àscaracterísticas da vegetação, obrigando o uso da antena curta. Caso se queirafazer contato com o escalão superior, é necessário utilizar uma antena adequada,para melhorar a transmissão e a recepção.

4-10. SUGESTÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA

a. Conduzir bolsas de primeiros socorros por fração. Incluir, se possível,pessoal de saúde no efetivo.

b. Manter uma constante preocupação com a orientação, devido à escassezde acidentes naturais nítidos no terreno.

c. Mesmo em missões de curto alcance, prever equipamentos e muniçõessobressalentes, devido a dificuldade de acesso a regiões interiores.

d. Controlar o consumo da água e da ração dos integrantes da patrulha,porém não impedir o consumo necessário e suficiente.

e. Manter os integrantes da patrulha informados quanto aos efeitos do calor- desidratação, insolação ou intermação - e como evitá-los.

f. Utilizar, quando possível, protetor solar.

Fig 4-4. Patrulha na caatinga

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ARTIGO III

PATRULHA EM ÁREA DE MONTANHA

4-11. GENERALIDADES

a. O ambiente operacional de montanha está afeto a uma ampla áreageográfica composta por formas e acidentes do relevo possuidores de consideráveldesnível em relação às áreas circunvizinhas, terrenos compartimentados comencostas íngremes e caminhos precários. O ambiente não está, todavia, associadoàs regiões de grandes altitudes.

b. As escarpas, os compartimentos e a altitude influenciam os fenômenosmeteorológicos, causando maiores precipitações, nevoeiros, neblinas, rajadas deventos e quedas de temperaturas. As condições meteorológicas, por isso, estãosujeitas a repentinas alterações, sendo de difícil previsão. Somente uma tropaaclimatada e adestrada poderá aproveitar-se das ocorrências peculiares dessesfenômenos para realizar suas ações.

c. O combate decisivo nas regiões montanhosas é travado nas partes maisaltas do terreno. As características do ambiente favorecem as ações de infiltração.

d. O emprego de aeronaves de asa rotativa, apesar de sua eficiência emregião de montanha, é restringido pelas inconstantes condições meteorológicas eobstáculos rochosos.

4-12. INFILTRAÇÃO

a. Uma patrulha em montanha normalmente realiza ações por meio deinfiltração. Em região alcantilada é desejável que a patrulha receba o apoio de umEscalão de Reconhecimento e Segurança (ERS), fração temporária composta,dentre outros elementos, por especialistas em montanhismo.

b. O ERS tem como missões gerais: infiltrar-se, reconhecer e balizar todasas medidas de coordenação e controle nos itinerários, fornecer guias de trecho eequipar vias em obstáculos rochosos, além de prover segurança à patrulha durantea transposição de obstáculos.

4-13. ASPECTOS TOPOTÁTICOS DO TERRENO

a. Observação e campos de tiro

(1) Observação(a) O terreno movimentado e as condições meteorológicas dificultam a

observação terrestre.

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(b) O ambiente favorece a observação aérea.

(2) Campos de tiro(a) Os blocos rochosos e os ângulos mortos reduzem os campos de

tiro para as armas de trajetória tensa e favorecem o emprego dos fogos indiretos.(b) As alturas dominantes do terreno montanhoso normalmente

possibilitam excelente observação e campos de tiro a grandes distâncias.

b. Cobertas e abrigos

A topografia irregular das montanhas oferece excelentes cobertas e abrigos.

c. Obstáculos

O terreno caracterizado por escarpas ou encostas com declividadesacentuadas, associado à precariedade ou ausência de caminhos naturais eestradas, já fazem do ambiente montanhoso um obstáculo natural.

d. Acidentes capitais

As alturas que dominam as vias de circulação as antenas de comunicaçõese as reservas naturais são os principais acidentes capitais neste tipo de ambiente.

e. Outros Aspectos

(1) As vias de acesso são caracterizadas pelas rotas de escalada, estradase trilhas.

(2) Em conseqüência das poucas vias de acesso e das peculiaridades doterreno de montanha, a utilização de guias torna-se importante.

4-14. DESLOCAMENTOS E ESTACIONAMENTOS

a. Os deslocamentos em montanha revestem-se de algumas característicasespeciais em conseqüência do terreno acidentado com aclives acentuados. Avelocidade dos deslocamentos é consideravelmente afetada pela declividade doterreno, que, geralmente, impõe a formação em coluna.

b. Pequenos deslocamentos com gradual aumento das distâncias acelerama aclimatação dos homens, reduzindo os efeitos fisiológicos sobre eles, como o“mal da montanha”.

c. As trilhas rochosas dificultam a progressão sigilosa da patrulha,particularmente, nos deslocamentos noturnos.

d. A utilização de agasalhos é recomendada somente durante os altos e ospernoites.

e. Em virtude das condições climáticas (frio intenso), a duração dos altos émenor que a realizada em terreno convencional.

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f. O tipo de estacionamento mais executado por uma patrulha em região demontanha é o bivaque.

g. A proximidade das cristas rochosas deve ser evitada, pelo perigo querepresenta em caso de tormentas, bem como o fundo das ravinas em caso dechuvas intensas.

4-15. NAVEGAÇÃO

a. O emprego de meios auxiliares de orientação, como GPS e altímetro,facilitam a navegação da patrulha em montanha.

b. As dificuldades que podem surgir na determinação das distâncias sãodecorrentes da forma irregular do terreno.

4-16. ARMAMENTO, UNIFORME E EQUIPAMENTO

a. O vestuário utilizado visa reduzir os efeitos das variações de temperatura,e divide-se em abrigos interiores, exteriores e de proteção.

b. Os abrigos interiores servem para retenção do calor do corpo, devendo serpermeáveis à transpiração, como suéteres e meias de lã.

c. Os abrigos exteriores são utilizados para proteger o corpo contra o frio e aumidade, devendo ser simples e de secagem rápida, como agasalhos de lã ou“polartec”.

d. Os vestuários de proteção servem para isolar o corpo do contato com ovento e a água, devendo ser impermeáveis. Vestuários do tipo “goretex” permitema transpiração, sendo ideais para este tipo de ambiente.

e. Os calçados deverão ser os mais adequados para as atividades. Paramarchas, coturnos de lona com solado extraleve ou botas fabricadas paradeslocamentos em terreno de montanha. Para escaladas, coturnos bem justos ede solado aderente ou sapatilhas de escaladas.

f. As mochilas deverão ser de grande capacidade, face à dificuldade de apoiologístico e quantidade de material a ser conduzido.

g. É importante a condução de armamento coletivo, particularmente armasleves de tiro curvo e anticarro, em decorrência da grande quantidade de ângulosmortos e da vulnerabilidade das precárias vias de circulação.

h. O equipamento de campanha deve proporcionar retenção de calor ouproteção, como barraca modelo "iglu", isolante térmico, saco de dormir e mantaleve.

4-17. EMBOSCADA

a. O terreno de montanha favorece o emprego de emboscada.

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b. No desencadeamento dos fogos, deve-se atentar para a possibilidade dericochetes atingirem a tropa.

c. Devido à quantidade de ângulos mortos, é importante planejar o empregodo morteiro leve, interditando possíveis eixos de fuga do inimigo que as armas detiro tenso não alcançarem.

Fig 4-5. Emboscada em região de montanha

4-18. SEGURANÇA

a. O ambiente de montanha facilita a progressão dissimulada de uma patrulha.Por isso, quando não existirem itinerários cobertos ou abrigados, os deslocamentosdevem ser feitos abaixo da crista topográfica, atentando-se nas elevaçõesadjacentes.

b. A comunicação entre os escaladores deve ser estabelecida por meio depuxadas no cabo de escalada.

c. A abundância de ângulos mortos aumenta a importância da instalação depostos de vigilância e de escuta.

4-19. ALIMENTAÇÃO

a. Em intervalos menores que o habitual, o homem deve consumir pequenasquantidades de alimentos com alto teor calórico, de fibras e de sais minerais, taiscomo monossacarídeos, frutas e derivados de cereais. Uma refeição completadeve ser consumida antes de se iniciar um deslocamento e outra ao final do dia.

b. Patrulhas que atuam isoladamente poderão contar com a caça de aves ede outros pequenos animais.

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4-20. COMUNICAÇÕES

a.O principal meio de comunicação é o rádio. O deslocamento de mensageirosé lento e dificulta uma ligação de caráter urgente. Por isso, quando forem utilizados,devem ser empregados mensageiros em dupla. O meio visual, por vezes, torna-seadequado.

b. As comunicações rádio são freqüentemente interrompidas em face àobstrução das montanhas ou à absorção das ondas eletromagnéticas pelavegetação existente nos vales, tornando-se importante a instalação de repetidoresde rádio.

c. As antenas não devem ser localizadas nas cristas, a menos que isto sejaabsolutamente necessário para a obtenção de comunicação satisfatória.

d. As mudanças de temperaturas bruscas criam empecilhos para o idealemprego dos conjuntos-rádio e das baterias.

e. A instalação de um sistema fio é dificultada pelos acidentes e necessitade proteção contra queda de pedras e deslizamentos. Os telefones e suas centraisdeverão estar aterrados, evitando que descargas elétricas, comuns em montanha,atinjam o operador do equipamento.

4-21. LOGÍSTICA

a. Em face das imposições do ambiente em relação ao movimento, umapatrulha em região de montanha opera com limitações logísticas.

b. As escassas redes de estradas, caracterizadas ainda por curvas e rampasacentuadas, restringem o emprego de viaturas, sendo importante a utilização deanimais da região (muares) e de aeronaves de asa rotativa nas atividades deressuprimento e evacuação.

Fig 4-6. Muar conduzindo suprimento classe I

c. A patrulha deverá conduzir meios pré-fabricados (macas, coletes etc) pararealizar o primeiro atendimento e a evacuação de feridos.

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4-22. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA

a. No recebimento da missão, é necessário atentar, especificamente, paranos seguintes itens: grau de instrução em montanhismo da força oponente; apoioexistente de tropa de montanha, de guias ou especialistas; meios de escaladadisponíveis; previsão meteorológica para o itinerário e local da missão; obstáculosque devem ser ou serão transpostos por vias equipadas e a disponibilidade derelatórios de reconhecimento em montanha e resenhas gráficas elaboradas porespecialistas.

Fig 4-7. Exemplo de resenha gráfica (croqui) de paredão a ser transposto

b. Havendo disponibilidade de apoio de tropa de montanha para transposiçãode obstáculos rochosos, coordenar e retirar dúvidas sobre material de escaladaque a patrulha deverá conduzir; tempo estimado para transposição dos obstáculos;divisão da patrulha nas vias equipadas e existência de guias de trecho durante oitinerário.

c. Caso a própria patrulha tenha que equipar as vias para transpor osobstáculos existentes, é ideal que o grupo de escaladores possua um encargosecundário na missão.

d. Se houver componentes da patrulha especialistas em montanhismo, prevera condução de um material mínimo para equipagem de vias, independente daexistência ou não de apoio de tropa de montanha.

e. Durante a emissão da Ordem Preparatória, o comandante da patrulhadeve atribuir responsabilidades e determinar prescrições quanto ao preparo domaterial de escalada.

f. Na transmissão da Ordem à Patrulha, é necessário:

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(1) alertar os homens quanto aos efeitos fisiológicos em montanha;

(2) nas prescrições diversas:(a) se houver guias nos trechos do itinerário, informar para toda a patrulha

as ações por ocasião do contato, evitando descuidos na segurança e nosprocedimentos de navegação; e

(b) nas situações de contingência, diversas possibilidades devem serconsideradas como: obstáculo não mobiliado no horário previsto, tropa apoiadoranão contatada, ação do inimigo durante a equipagem de via e escalada da patrulha,bem como a atuação de caçadores inimigos.

ARTIGO IV

PATRULHA EM ÁREA DE PANTANAL

4-23. GENERALIDADES

O Pantanal é a maior planície alagável do mundo, com uma área deaproximadamente 150.000 km2. O complexo pantaneiro é constituído de uma faunabastante diversa e de uma flora exuberante, na qual podemos encontrar vegetaçãocom características do cerrado, da caatinga e da selva amazônica.

4-24. ASPECTOS TOPOTÁTICOS DO TERRENO

a. Observação e campos de tiro

(1) Observação(a) A escassez de postos de observação prejudica a condução dos

fogos e a observação terrestre.(b) A observação aérea é privilegiada em algumas regiões. Com isso,

particular atenção deve ser dada à camuflagem nos deslocamentos fluviais,motorizados e a pé.

(c) A observação das margens, quando nas aquavias, é bastantereduzida devido à existência de mata ciliar.

(2) Campos de tiro Devido à carência de acidentes topográficos altimétricos e à vegetação

esparsa, os campos de tiro, no pantanal, são muito amplos.

b. Cobertas e abrigos

(1) Cobertas A vegetação pantaneira proporciona boas cobertas para o combatente

individual e para as pequenas frações. Para os grandes efetivos e seusdesdobramentos logísticos é compatível somente as regiões de morrarias, cujavegetação é bastante densa.

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(2) Abrigos Os abrigos naturais existentes na região atendem, em grande parte,

aos pequenos efetivos. A construção de abrigos artificiais é dificultada nas regiõesbaixas devido à ação da umidade e das enchentes e nos locais mais elevados, poresses serem pedregosos. Por essas dificuldades, a necessidade de tempoadicional, de equipamentos e de ferramentas deve ser considerada.

c. Obstáculos

(1) No Pantanal existe uma grande quantidade de acidentes naturais queconfiguram obstáculos à mobilidade, tais como: cursos d’água, corixos, lagoas,vegetação ciliar (bastante espinhosa e densa), além de algumas formaçõesrochosas íngrimes.

(2) A vegetação aquática é, também, obstáculo comum no ambientepantaneiro. Além de constituir perigo para os deslocamentos fluviais, o acúmulodesta vegetação nas bocas de lagoas e corixos pode barrar ou dificultar o acessoa algumas regiões.

(3) Nos períodos de cheia, os movimentos a pé tornam-se extremamenteprejudicados, favorecendo a utilização de meios de transporte fluviais e aéreos.Nos períodos de seca, enormes bancos de areia dificultam o movimento de viaturassobre rodas, além de tornarem muito extenuante o movimento de tropa a pé.

d. Acidentes Capitais

1) Os acidentes capitais no pantanal revestem-se de extrema peculiaridade,sendo considerados como tais os ancoradouros, os campos de pouso, a confluênciade rios, as regiões de passagem obrigatórias e as pequenas localidades.

2) As elevações apenas se caracterizam como acidentes capitais quandodominam uma via de acesso (estradas, rios etc).

e. Outros Aspectos

1) Os rios, as trilhas e os caminhos carroçáveis são, na maioria das vezes,a única via de acesso aos objetivos.

2) As vias de acesso são favoráveis ao emprego de pequenos efetivos emfaixas de infiltração.

3) A fauna agressiva deve ser analisada para execução de patrulhas nopantanal. A presença de animais, como ofídios diversos, manadas de gado ebúfalo, varas de porcos selvagens, bem como cardumes de piranha, arraias, jacarés,ariranhas e lontras configuram constante risco para a integridade física docombatente.

4) A grande quantidade de mosquitos pode afetar emocionalmente o militardespreparado para operar no ambiente pantaneiro.

5) Invertebrados como lacraias, formigas tucandeiras, vespas e,principalmente, abelhas podem causar baixas temporárias ou mesmo fatais.

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4-25. DESLOCAMENTOS

a. Deve-se observar criteriosamente a época do ano, pois no período dascheias, algumas áreas alagadas impedem o movimento de tropa a pé.

b. A carência de vias de acesso, normalmente, canaliza o movimento detropas.

c. Nos deslocamentos fluviais deve-se atentar para a segurança dos flancos,pois a mata ciliar dos rios do pantanal facilita a camuflagem.

d. Nos deslocamentos terrestres deve-se adotar uma formação que possibilitemaior controle e a maior dispersão possível.

Fig 4-8. Assalto fluvial

4-26. NAVEGAÇÃO

a. A carência de pontos nítidos dificulta muito a orientação, tornando a técnicado azimute-distância a mais eficaz para a navegação.

b. A utilização do receptor GPS deve ser concebida como meio auxiliar denavegação.

c. Curvas de rios, ilhas e corixos, apesar de escassos, facilitam a orientaçãofluvial.

d. O emprego de guias facilita a orientação, entretanto requer confiabilidadeabsoluta.

e. Nos deslocamentos fluviais, o homem-passo da equipe de navegação ésubstituído pelo o homem-tempo de deslocamento.

4-27. ARMAMENTO, UNIFORME E EQUIPAMENTO

a. As armas de menor peso e tamanho são as mais apropriadas para asoperações.

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b. A descentralização das ações e a dificuldade de ressuprimento exigem aprevisão de quantidade extra de munição.

c. A condução, sempre que possível, de dois cantis no equipamento e umaquantidade extra de água na mochila é conveniente, já que em algumas regiõesdo pantanal a obtenção de água potável é dificultada.

d. O mosquiteiro e o repelente devem fazer parte do aprestamento individualdo combatente.

e. A cobertura ideal é o chapéu tropical.

f. É interessante que o facão faça parte do equipamento individual.

g. É aconselhável conduzir material para o frio, tais como abrigos, luvas etoucas.

4-28. SOBREVIVÊNCIA

a. O combatente deve possuir conhecimentos específicos sobre a fauna e aflora do pantanal, obtidos por meio de instrução especializada para sobrevivernesse tipo de ambiente.

b. Em regiões afastadas dos eixos fluviais a obtenção de água potável ébastante difícil. Na maioria dos casos, a água que é retirada de poços artesianosé salobra.

4-29. LOGÍSTICA

a. O apoio de saúde para as pequenas frações deve ser cerrado.

b. Os purificadores de água devem ser utilizados de acordo com suasespecificações.

c. As aeronaves de asa rotativa e as embarcações são excelentes meiospara o ressuprimento e o transporte de tropas.

d. O cavalo pantaneiro possui grande resistência, principalmente em áreasalagadas, podendo ser utilizado, também, para o ressuprimento e para o transportede tropas.

e. As viaturas devem possuir ferramentas e equipamentos necessários paraa ultrapassagem de áreas alagadas e atoleiros.

4-30. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. O emprego do mensageiro, no âmbito da patrulha, é muito eficiente.

b. Os equipamentos-rádio devem ser leves e rústicos e possuir suficientepotência para vencer as resistências naturais, sem comprometer a segurança dascomunicações no escalão considerado.

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c. O meio fio tem seu emprego muito restrito devido às grandes distâncias.

d. As Estações Rádio de Campanha (ERC) que operam em FreqüênciaModulada (FM) servem apenas para coordenar as atividades internas das pequenasfrações.

4-31. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA

a. A escassez de acidentes nítidos no terreno impõe uma constantepreocupação com a orientação.

b. A quantidade de baixas causadas por interferência da fauna tornaconveniente a inclusão de pessoal de saúde na composição das patrulhas.

c. Os reconhecimentos devem ser limitados e restritos. O comandante dapatrulha deve basear-se nas informações existentes, nos guias, nas cartas, nasfotografias e nos relatórios, quando disponíveis.

d. Caso sejam utilizadas embarcações, deve ser destinado tempo paraembarque e ancoragem do material no quadro-horário da patrulha, com a finalidadede não comprometer o horário de partida.

ARTIGO V

PATRULHA EM ÁREA DE SELVA

Fig 4-9. Floresta Amazônica

4-32. GENERALIDADES

a. O Brasil detém, em seu território, 40% da maior floresta tropical do mundo.Situada no norte do País, a floresta amazônica está presente nos estados doAcre, do Amazonas, do Pará, de Rondônia, de Roraima, do Amapá, de MatoGrosso, de Tocantins e do Maranhão. Estende-se ainda por países vizinhos como

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Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e GuianaFrancesa. A região coberta pela floresta apresenta clima quente e úmido, comchuvas abundantes e bem distribuídas o ano todo, além da densa rede de rios egrande variedade de espécies animais e vegetais

b. A vegetação caracteriza-se por três tipos de mata: de igapó, várzea eterra firme.

(1) A mata de igapó existe onde o solo encontra-se inundado e ocorre,principalmente, no baixo Amazonas.

(2) A mata de várzea é própria das regiões que são periodicamenteinundadas, denominadas terraços fluviais, e apresenta formações variadas comoa palmeira e a seringueira, as quais ficam mais altas à medida que se distanciamdos rios.

(3) As matas de terra firme correspondem à parte mais elevada do terreno,com solo seco e livre de inundação. As árvores podem chegar a 65 metros dealtura e o entrelaçamento das copas, em algumas regiões, impede totalmente apassagem de luz, o que torna o seu interior muito úmido, escuro e pouco ventilado.

c. A patrulha em área de selva é aquela preparada e equipada para operar,predominantemente, em regiões que apresentam as seguintes características:

d. As características do ambiente de selva condicionam, em grande medida,o equipamento, o fardamento, o armamento e, principalmente, a preparaçãoindividual e coletiva do combatente.

e. Os reconhecimentos devem ser limitados e restritos. O comandante dapatrulha deve basear-se nas informações existentes, nos guias, nas cartas, nasfotografias e nos relatórios, quando disponíveis.

f. Em áreas de selva, por haver abundância de águas interiores e, emconseqüência, a ocorrência de ambientes operacionais ribeirinhos, são comunsas patrulhas fluviais.

4-33. PREPARAÇÃO

a. Patrulhas mais complexas, em que há a utilização de meios aéreos efluviais e/ou de longo alcance, exigem preparação mais específica, particularmenteas realizadas na faixa de fronteira.

b. Em missão de qualquer natureza, os homens devem estar preparadospara a possibilidade de sobreviver na floresta .

c. Os especialistas em operações na selva são os mais aptos para conduzira preparação da patrulha neste tipo de ambiente.

d. Tropas não aclimatadas devem receber preparação especial.

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4-34. PLANEJAMENTO

O planejamento da patrulha que opera em ambiente de selva segue,essencialmente, a metodologia das normas de comando de patrulha de qualquernatureza. Entretanto, alguns aspectos são peculiares.

- Deslocamentos noturnos pela floresta, mesmo com o uso doequipamentos de visão noturna, normalmente não resultam em boa relação custo/benefício.

- É bastante limitada a capacidade de o escalão enquadrante apoiar amissão da patrulha a partir do início do deslocamento na floresta.

- Ações fortuitas em contato com o inimigo determinam a preocupaçãocom ensaios de técnicas de ação imediata (TAI) apropriadas.

- A dificuldade de contato visual entre grupos e homens determinamedidas especiais de coordenação e controle, destacando-se códigos de sinais egestos convencionados e meios de comunicações eficientes.

4-35. ASPECTOS TOPOTÁTICOS DO TERRENO

a. Observação e campos de tiro

(1) Observação(a) É, normalmente, limitada a 30 metros no interior da floresta.(b) Postos de escuta (PE) substituem os postos de vigilância (P Vig).(c) O luar tem pouca influência no interior da floresta, mas é de grande

importância nas áreas ribeirinhas.(d) A cobertura vegetal restringe a observação aérea.

(2) Campos de tiro(a) Na floresta, a observação é limitada e as árvores dificultam

sobremaneira a preparação do campo de tiro convencional, cabendo a opção pelaconstrução de “túneis de tiro”.

Fig 4-10. Tiro com a balestra

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(b) Os tiros curvos são restritos, devido à inexistência de posições deobservação e à limitação determinada pela copa das árvores, podendo serrealizados de clareiras existentes na floresta.

(c) Campos de tiro tenso e curvo com visada direta são plenamenteutilizados a partir das margens dos cursos de água.

(d) As copas das árvores poderão facilitar a observação.

b. Cobertas e abrigos

(1) Cobertas – A vegetação proporciona excelentes cobertas e condiçõespara o ocultamento, o disfarce e a surpresa.

(2) Abrigos – Os troncos das árvores e as irregularidades do terreno(socavões) são abrigos naturais.

c. Obstáculos

(1) A própria selva, com sua vegetação densa – grandes árvores, igapós,chavascais e charcos – constitui-se em obstáculo natural, tornando osdeslocamentos lentos e cansativos.

(2) Troncos nas aquavias, bancos de areia, trechos encachoeirados,desníveis e grande sinuosidade dificultam os deslocamentos de embarcações.

d. Acidentes capitais

(1) São acidentes capitais: entroncamento de estradas, trilhas, clareiras,campos de pouso, corredeiras, pontes, ancoradouros, estreitos, “furos”, “paranás”,foz de rios, igarapés, varadouros, ilhas, localidades, “bocas” de lagos, localidadese campos de pouso.

(2) Regiões de altura no interior da floresta, em princípio, não têm importânciacomo acidentes capitais.

e. Outros aspectos

(1) Em ambiente de selva, as vias de acesso disponíveis para deslocamentosa pé são as trilhas, varadouros e as estradas.

(2) A própria floresta é normalmente utilizada como via de acesso, pelasegurança proporcionada e por facilitar a surpresa.

(3) As aquavias, em sua maioria, podem ser consideradas vias de acessopara as forças embarcadas, ressalvando-se as características das embarcaçõesutilizadas, profundidade e largura dos cursos de água e os obstáculos existentesem suas extensões.

4-36. DESLOCAMENTOS

a. As formações adotadas são mais cerradas, diminuindo-se a distânciaentre os homens. A formação em coluna é comumente empregada, pois facilita ocontrole e a coordenação no ambiente normal de pouca luminosidade.

b. Quando os deslocamentos noturnos no interior da floresta forem

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imprescindíveis, poderão ser utilizados equipamentos de visão noturna e guias.Dependendo da situação tática, dispositivos luminosos velados também podemser empregados.

c. O planejamento dos deslocamentos deve ser cuidadoso e o cumprimentodo quadro-horário criterioso, principalmente, com relação aos altos. Se possível,deve ser previsto pelo menos um ponto de ressuprimento de água durante a jornadaou próximo à região de pernoite.

4-37. SEGURANÇA

a. A segurança nos deslocamentos, nos altos, nos pernoites e nas basesobedece aos mesmos princípios táticos utilizados em ambientes convencionais.

b. Os conhecimentos especiais sobre minas e armadilhas, explosivos edestruições são de muita utilidade no estabelecimento da segurança da patrulhanos pernoites e nas bases de patrulha.

c. O emprego de guias, rastreadores e contra-rastreadores da região requerconfiabilidade absoluta.

4-38. NAVEGAÇÃO

a. A inexistência de pontos de referência convencionais, principalmente nafloresta, determina procedimentos especiais para a navegação na selva.

b. A instrução e o adestramento individual e coletivo deverão enfatizar a práticada navegação terrestre e fluvial.

Fig 4-11. Orientação com receptor GPS

c. Os processos de orientação pelo relógio, pelo sol e pelas estrelas sãoempregados nas aquavias, sendo restritos no interior da selva.

d. Devido ao paralaxe e à grande quantidade de obstáculos, ocorre um desvioangular no deslocamento do homem, determinando cuidados especiais(compensações) para aqueles que estiverem nas funções de homem-bússola ehomem-carta.

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e. Para que os deslocamentos sejam feitos com maior precisão éaconselhável a utilização de, pelo menos, 2 (dois) homens-passo.

f. O GPS deve ser utilizado como meio auxiliar de navegação.

g. A orientação em área de selva é caracterizada pela utilização do processoazimute – distância.

h. Para atingir objetivos localizados às margens de cursos de água, estradasou de difícil localização é conveniente a utilização da técnica do OFF – SET.

Fig 4-12. Utilização de desvio magnético

4-39. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. A vegetação densa e as fortes chuvas condicionam o uso de equipamentosde comunicações especiais.

b. Os equipamentos-rádio devem ser leves e rústicos e possuir suficientepotência para vencer as resistências naturais, sem comprometer a segurança dascomunicações no escalão considerado. O conhecimento e a utilização de antenasimprovisadas possibilitam uma melhoria nas comunicações.

c. O meio fio é utilizado nas situações estáticas, como no estabelecimentode base de patrulha, sofrendo restrições quanto ao transporte das bobinas edesenroladeiras devido à presença de obstáculos.

d. Meios de sinalização visual são amplamente utilizados nas aquavias esinais convencionados são explorados nos deslocamentos no interior da floresta.

4-40. LOGÍSTICA

a. A patrulha deverá iniciar a missão tendo o máximo de suprimento necessáriopara concluir a missão. Nos casos de patrulhas com maior duração, devem serprevistos ressuprimentos.

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b. As aeronaves de asa rotativa, fixas e embarcações podem ser empregadasno ressuprimento, na evacuação e nos recompletamentos.

c. Devido à escassez de vias de transportes terrestres, os movimentos tornan-se restritos para as viaturas sobre rodas e aos blindados de transporte de pessoal.

d. A utilização de animais (bubalinos) no transporte de suprimentos pelointerior da selva, desde que devidamente adestrados, tem sido bastante eficiente,resultando normalmente em uma boa relação custo/benefício.

Fig 4-13. Utilização de bubalinos na selva

4-41. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA

a. A grande descentralização das ações – características das operações naselva – implica na necessidade de os comandantes dos escalões, dos grupos edas equipes serem treinados para atuação isolada, pois nem sempre receberãoordens diretas, tendo que agir por iniciativa própria, sendo fundamental queconheçam a intenção do comandante da patrulha e do escalão que a lançou.

b. As missões realizadas em áreas de índios não aculturados, de atuaçãode narcotraficantes e de outros contraventores exigem uma preparação maisespecífica, sendo necessários procedimentos especiais, repassados pelo escalãoenquadrante.

c. Quando estiver no interior da selva, considerar o ICMC/FCVC para fins deluminosidade e planejamento.

d. Deverão ser adotadas medidas de prevenção de doenças endêmicas pormeio da realização e do controle de vacinação dos homens.

e. Nos estacionamentos próximos aos cursos de água deverá, sempre quepossível, ser mantida uma distância de no mínimo 100 m destes. Além disso,deverão ser evitados os horários próximos ao ICMC/FCVC, tendo em vista a maiorincidência de mosquitos.

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f. Durante os deslocamentos o atendente deve conduzir a bolsa de primeirossocorros devidamente preparada. Havendo disponibilidade, integrar à patrulha umenfermeiro ou médico.

ARTIGO VI

PATRULHA EM ÁREA URBANA

4-42. GENERALIDADES

As patrulhas de reconhecimento e/ou de combate, em áreas urbanas, sãoempregadas em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), nas ações decombate convencional e nas missões que visam à anulação da vontade de combaterdo invasor no contexto do Combate de Resistência.

4-43. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO

a. A preparação da patrulha deve ser, além de técnico-profissional, material epsicológica, pois as ações são, normalmente, junto à população. Deve-se estarpreparado para enfrentar um oponente (força adversa ou o inimigo) oculto e/ouhomiziado.

b. O emprego de helicópteros deve ser criterioso, considerando-se amobilidade, o poder de fogo, o desgaste da tropa e as possibilidades do inimigo.

4-44. ORGANIZAÇÃO E CONSTITUIÇÃO

a. A complexidade dos ambientes urbanos exige o emprego de pessoaladestrado para atuar neste tipo de missão.

b. A sofisticação dos armamentos e equipamentos podem configurar umdiferencial no combate urbano, agregando poder de combate à tropa.

4-45. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. As ações da patrulha deverão ser perfeitamente coordenadas por meio delinhas de controle, pontos de controles, tempo e espaço percorrido.

b. O equipamento de comunicações deve atender às necessidades da missãoe às possibilidades do inimigo quanto à guerra eletrônica.

4-46. PATRULHA DE RECONHECIMENTO

a. O principal objetivo da missão de reconhecimento em área urbana é abusca de dados sobre o terreno e o inimigo, que integrada às condiçõesmeteorológicas, constitui os Elementos Essenciais de Inteligência (EEI) e OutrasNecessidades de Inteligência (ONI).

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b. Os EEI serão solicitados pelo escalão superior e as ONI são levantadaspela patrulha durante a etapa de planejamento e preparação para a missão. Aobtenção de dados deverá ser alvo de minucioso planejamento e criteriosaexecução.

c. A patrulha conduz, preferencialmente, fuzis de assalto, metralhadorasleves, submetralhadoras e/ou pistolas visando à segurança contra possíveis açõesdo inimigo ou de força adversa. Emprega, ainda, armamentos e equipamentosnão-letais. A utilização de armas pesadas e de maior calibre dificulta o cumprimentoda missão e aumenta a possibilidade de a população civil ser atingida, caso hajatroca de tiros.

d. A patrulha deve ser constituída com efetivo variado, prevalecendo,normalmente, a atuação em pequenos efetivos (GC).

e. Os deslocamentos a pé ou em viaturas seguirão itinerários pré-determinados, buscando primordialmente colher dados acerca da atividade inimiga.Atenção especial deve ser dada para locais de concentração de tropa e alvoscompensadores.

f. A patrulha ocupa um posto de observação a fim de monitorar alvosespecíficos ou atividades do inimigo dentro de uma determinada área, ponto ouitinerário.

4-47. PATRULHA DE COMBATE

a. O efetivo da patrulha é variável em função da missão e da amplitude dasações a serem desencadeadas. Elementos da Polícia Civil, Militar e/ou Federalpodem integrá-la.

b. O equipamento e o armamento serão variáveis, principalmente, em funçãoda missão a ser cumprida. Equipamentos especiais poderão ser incluídos.

c. Viaturas blindadas são largamente empregadas em ações de patrulha emárea urbana.

d. Missões de combate mais comuns.

(1) Resgate ou captura de pessoal e/ou material.

(2) Destruição de alvos selecionados.

(3) Emboscadas a alvos significativos.

(4) Neutralização de autoridades civis e/ou militares inimigas.

(5) Interdição de pontos sensíveis ou bloqueio de vias de acesso.

(6) Ataque a redutos ou locais de reunião de elementos inimigos.

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e. Emprego do caçador

(1) GeneralidadesAo cumprir missões em área edificada, a dupla caçador-observador de

uma patrulha goza de grande flexibilidade e iniciativa, devendo ser imperceptívelàs medidas de contra-inteligência do inimigo, por meio do correto emprego dastécnicas de camuflagem e progressão.

Fig 4-14. O caçador

(2) Equipes de caçadores aéreos(a) São equipes organizadas com armas e equipamentos especiais,

transportadas por helicóptero, utilizando a mobilidade e a potência de fogoproporcionadas pela aeronave a fim de atingir alvos que afetem o moral das forçasinimigas ou adversas.

(b) Alvos compensadores, como líderes, viaturas, armamentos emunições do inimigo, além dos locais de reunião em áreas abertas ou edificadas,são previamente levantados de acordo os dados disponíveis. Tais alvos recebemfogos da aeronave ou de pontos selecionados onde as equipes são desembarcadas.O resgate das equipes é feito imediatamente após a ação.

4-48. EMBOSCADAS

a. Existem dois tipos de emboscadas urbanas: as deliberadas e as deoportunidade. Tais emboscadas podem exigir adaptações, decorrentes da áreaurbana e das características do inimigo ou da força adversa.

(1) Emboscada deliberada(a) Utilizada quando as informações existentes forem inadequadas,

podendo-se estabelecer diversas emboscadas deliberadas ao longo de prováveisvias de acesso ou retraimento.

(b) Quando se dispõe de informações adequadas, uma única emboscadadeve ser estabelecida, num determinado ponto da via de acesso ou de retraimento.

(2) Emboscada de oportunidade(a) O adestramento dos homens, os ensaios e a iniciativa são importantes

para o êxito neste tipo de ação.(b) A patrulha poderá receber a missão de se deslocar para determinada

área, selecionar um local e emboscar alvos compensadores.

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b. O local da emboscada deve limitar os movimentos do inimigo e possibilitaro mínimo de vias de fuga. Os prédios das imediações não devem permitir o homizio.Se necessário, interditá-los.

c. A organização em dois escalões, de segurança e de assalto, com seusrespectivos grupos é comum à toda força de emboscada, assim como suas missõesespecíficas.

(1) Escalão de segurança

(a) Protege o escalão de assalto e barra as vias de acesso possíveisde serem utilizadas pelo inimigo para reforçar os elementos emboscados.

(b) O grupo de acolhimento cumpre sua missão em local cobertoe abrigado e com facilidade de escoamento motorizado. Normalmente, é localizadono itinerário compreendido entre a área da emboscada e o destino do alvo.

(c) Se a situação exigir, o escalão de segurança poderá cobrir aretirada do escalão de assalto.

(2) Escalão de assalto

(a) O grupo de assalto recebe a missão de neutralizar ou capturaro inimigo, procurando atuar dentro da área de destruição da emboscada.

(b) Os grupos de bloqueio recebem missões específicas, tais comobloquear à frente e à retaguarda da área de destruição. Esses grupos poderãoutilizar obstáculos móveis, transportados em viatura para o estabelecimento debarreiras.

(3) Em função do valor do inimigo a ser emboscado, poderá haver umelemento reserva, que ficará em condições de reforçar a ação dos escalões.

f. O comandante da patrulha, normalmente, situado no grupo de assalto,determina o início das ações, por sinal ou gesto combinado, desencadeando aemboscada. O inimigo reagindo, o grupo de assalto atuará com gases, ação dechoque ou outros meios mais violentos até dominá-lo. Uma equipe de busca,pertencente ao grupo de tarrefa essencial, revista e identifica os prisioneiros,realizando, também, a prisão de líderes ou chefes, conforme a situação. A equipede busca recolhe cartazes, armas e outros materias, fazendo a limpeza da área.

g. A força emboscante deve colocar armas automáticas em posição favoráveisà execução do tiro, prevendo a reação do inimigo pelo fogo.

h. O efetivo e a organização de uma patrulha de emboscada variam com suafinalidade, com inimigo visado e com as armas e equipamentos disponíveis. Oequipanemto empregado na emboscada é específico para inimigo a pé oumotorizado. Emboscando um grupo da força adversa, normalmente, se empregamde imediato as armas automáticas. Quando a emboscada for para elementoinfiltrado em grupo de manifestantes, empregar meios para separar o objetivo (alvo)da massa humana.

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Fig 4-15. Emboscada em área urbana

4-49. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA

a. Mesmo em missões de curto alcance, prever equipamentos e muniçõessobressalentes, caso haja mudança no planejamento ou interferência do inimigo/força adversa.

b. Prever a utilização de granadas fumígenas para cobrir a abordagem dasedificações, fase mais crítica e momento em que ocorre o maior número de baixasno combate urbano.

Fig 4-16. Progressão em área edificada

c. É fundamental neutralizar o movimento do inimigo nas edificações, a fimde evitar sua reorganização.

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d. Cresce de importância a coordenação e o controle e torna-se imprescindívelo emprego de sinais convencionados, como, por exemplo, a padronização dosinal de “casa limpa” a fim de que o inimigo ou força adversa não utilize o mesmosinal para iludir a patrulha.

e. Atentar para as medidas de proteção QBN, caso o inimigo disponha dessetipo de artefato.

f. A condução de armamento anticarro deve ser prevista, pois há a possibilidadede emprego de viaturas blindadas pelo inimigo/força adversa.

g. Considerando que a técnica de limpeza de edificações deve ser realizadade cima para baixo, é necessário prever a condução de equipamentos de escalada(ascensor, corda estática, mosquetão, freio em oito e outros) e explosivos parafacilitar a entrada da patrulha.

h. O uso de granadas de mão e de bocal, bem como o emprego de lançadoresde granadas são de suma importância no combate em área edificada, evitando-semortes desnecessárias no interior das casas com a limpeza dos cômodos ouneutralização das resistências nas lajes.

i. É necessário prever, sempre que possível, a condução de armamentoantiaéreo portátil, pois são extremamente eficazes contra o apoio aéreo inimigo.

j. A ocupação das lajes das casas facilita o apoio de fogo.

l. A observação em esquinas deverá ser feita pelo militar deitado.

m. A utilização de espelhos proporciona proteção para a localização do inimigofortificado.

n. Ao atirar de dentro das edificações, o patrulheiro não deve deixar o canoda arma aparente.

o. Quando da entrada em edificações, é necessário atentar-se para aexistência de portas e janelas armadilhadas.

Fig 4-17. Técnica de entrada em área edificada

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ARTIGO VII

PATRULHA EM AMBIENTE AFETADO POR AGNTE

QUÍMICO, BIOLÓGICO E NUCLEAR

4-50. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

a. Embora o ambiente afetado por agente QBN não esteja previsto comoambiente especial no manual C 100-5 (OPERAÇÕES), algumas consideraçõestornam-se importantes para o comandante de patrulha que atua em área ondeexista a possibilidade de emprego de agentes QBN.

b. A possibilidade do uso de artefatos químicos, biológicos e nucleares, poruma força regular ou por grupos terroristas, é real, devido à facilidade de fabricaçãoe pelo baixo custo (químicos e biológicos). Adotar contramedidas em relação aesse tipo de perigo tem sido preocupação constante da Força Terrestre.

c. No cumprimento de uma missão de patrulha, se houver a possibilidade deutilização de agentes QBN pela força oponente ou a necessidade do uso de agentesnão-letais pela própria patrulha, o comandante deve prever equipamentos de proteçãoindividual, o uso de materiais de descontaminação e/ou o emprego de armamentose munições químicas.

4-51. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

a. O uso dos equipamentos de Defesa Química, Biológica e Nuclear (DQBN)gera alguns empecilhos para os patrulheiros. Por esta razão, a patrulha deve estarmuito bem adestrada. Deve ser previsto, sempre que possível, no ensaio, o usodesses equipamentos.

b. Principais equipamentos de proteção individual e as dificuldades que elesacarretam:

(1) Máscara contra gases – é um equipamento que possibilita a permanênciano homem em área gasada. Apesar de proteger o combatente, seu uso prolongadocausa um efeito psicológico negativo, por dificultar a alimentação, a visão e acomunicação, afetando, inclusive, o comando e o controle da patrulha.

(2) Roupa protetora – é um equipamento destinado à proteção de todo ocorpo do combatente, em especial a pele. Só deve ser empregada em ambientesgasados, pois sua utilização reduz o poder de combate do homem e limita suavisibilidade e liberdade de movimentos. Devido ao desgaste físico excessivo queproduz, a roupa protetora poderá ser substituída pelo uso de luvas e da gandolacom as mangas abaixadas.

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Fig 4-18. Combatente utilizando máscara contra gases e roupa protetora

c. O adestramento da tropa por meio de instruções especializadas é de vitalimportância para as ações de reconhecimento e/ou de combate em missões destanatureza.

d. O uso de agentes químicos inquietantes contra a força oponente deve serbem planejado e treinado para evitar que seus efeitos incidam sobre os integrantesda patrulha.

4-52. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA

a. É necessário prever instruções de DQBN para todos os integrantes dapatrulha, devendo estas serem ministradas, preferencialmente, por especialistasno assunto. Elas visam à criação de reflexos condicionados por ocasião dautilização dos equipamentos de proteção individual (de acordo com o Manual deCampanha C 3-40 - DEFESA CONTRA OS ATAQUES QUÍMICOS, BIOLÓGICOSE NUCLEARES).

b. No recebimento da missão, atentar específicamente para:

(1) grau de instrução em DQBN da força oponente;

(2) apoio existente de tropa especializada em DQBN;

(3) meios de proteção e descontaminação disponíveis; e

(4) previsão meteorológica para o itinerário e local da missão.

c. O comandante da patrulha deve acrescentar, ao efetivo básico da patrulha,sempre que possível, especialistas em DQBN para assessorá-lo quanto:

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(1) ao material de proteção que a patrulha deverá conduzir; e

(2) às medidas de segurança e situações de contingência.

d. Ao se confeccionar o quadro-horário, é necessário verificar o tempo a sergasto na execução de medidas de defesa QBN, visando adequar o horário documprimento da missão às necessidades de proteção da patrulha.

e. É desejável a previsão de um atendente experiente em situações pré-hospitalares de defesa QBN.

f. Na transmissão da Ordem à Patrulha, o comandante deve:

(1) informar as conseqüências das ações de agentes QBN, alertando oshomens quanto aos seus efeitos fisiológicos; e

(2) nas prescrições diversas, abordar, no item "situações de contingência",as possibilidades da ação do inimigo nas fases da execução da patrulha.

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CAPÍTULO 5

PATRULHAS COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

ARTIGO I

PATRULHA AEROMÓVEL

5-1. GENERALIDADES

a. Patrulha Aeromóvel (Pa Amv) é uma força de valor e composição variáveis,que se utiliza de um meio aéreo de asa-rotativa para realizar seus deslocamentos.A Pa Amv, após o desembarque das aeronaves, segue os mesmos preceitos econsiderações de uma patrulha a pé.

b. O lançamento de uma Pa Amv é uma decisão fundamentada no estudo damissão, da situação inimiga, do terreno, das condições meteorológicas, do tempoe dos meios disponíveis (Nr de aeronaves).

c. É importante para o emprego correto da aeronave o conhecimento de suaspossibilidades e limitações.

5-2. COMPOSIÇÃO, COMANDO E RESPONSABILIDADES

a. A composição de uma Pa Amv é imposta pela missão. Basicamente,deverá dispor de um elemento de combate terrestre (força de superfície) e outroelemento de transporte aéreo (força de helicópteros).

b. O comando da Pa Amv cabe ao comandante da força de superfície, que éo comandante da patrulha. Normalmente, os elementos da força de helicópterosreforçam a força de superfície ou são colocados em apoio a ela, ficando sob o seucontrole operacional.

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c. É importante o perfeito entendimento entre a força de superfície e a forçade helicópteros, visando ao êxito no cumprimento da missão. Por este motivo écomum a existência, no estado-maior do escalão responsável, de um oficial deligação da força de superfície com a força de helicópteros.

5-3. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO

a. Considerações Iniciais

(1) O planejamento de uma Pa Amv deve ser simples e flexível. Nessaocasião, serão elaborados 4 (quatro) planos, a saber: o plano tático terrestre, oplano de desembarque, o plano de movimento aéreo e o plano de carregamento eembarque.

(2) Estes planos são confeccionados de forma ordenada e em conjunto,seguindo a seqüência inversa da execução, devendo existir uma integração quaseque perfeita e constante entre a força de superfície e a força de helicópteros.

(3) Deverá ser realizado um “briefing” operacional entre o comandante dapatrulha e o comandante da força de helicópteros, conforme os itens abaixorelacionados.

(a) Situação geral: colocar a tripulação a par da situação tática existente.(b) Designação da Anv e tripulação.(c) Data-hora (acerto de relógios).(d) Quadro-horário: embarque e decolagem.(e) Natureza do vôo: reconhecimento, assalto, adestramento etc.(f) Tipo de vôo: helitransportado ou lançamento carga.(g) Efetivo da patrulha: peso a bordo.(h) Material a ser transportado.(i) Rota de vôo: controle de deslocamento, se visual ou se há necessidade

de meios auxiliares.(j) Altura de vôo ou lançamento.(l) Formação para vôo ou lançamento.(m) Duração do vôo: velocidade (tempo de deslocamento).(n) Loc Ater: quantidade, localização, quais Anv que aterram e onde,

identificação, tipo de balizamento e horário de utilização.(o) Nr de decolagens: levas ou vagas.(p) Nr e tipo de fardos a serem lançados.(q) Recordação de sinais convencionados.(r) Fraseologia.(s) Procedimentos de emergência.(t) Freqüência rádio.(u) Indicativos.

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(v) Identificação e sistema de autenticação.(x) Condições meteorológicas.(z) Embarque: plano de carregamento e embarque.

b. Plano Tático Terrestre

(1) É o documento elaborado pelo comandante da patrulha, de acordocom as normas de comando, no qual consta como será cumprida a missão pelapatrulha, servindo de base para a elaboração dos demais planos.

(2) Engloba todos os detalhes de execução da missão da patrulha noterreno. A ação no objetivo, o posicionamento, as missões de cada grupo após odesembarque, a reorganização e as medidas de coordenação e controle.

c. Plano de desembarque

(1) É confeccionado baseado no plano tático terrestre. Nele estão definidosos locais de aterragem onde desembarcam os diversos grupos da patrulha. Esseslocais a serem utilizados nem sempre são os mesmos para todo o escalão deassalto e de segurança. Daí a necessidade de se estabelecer neste plano aseqüência, a hora e o local do desembarque das frações.

(2) Um aspecto importante é a seleção dos locais de aterragem. Asconsiderações básicas são: o tamanho, a distância dos mesmos ao objetivo eseus afastamentos em relação às unidades inimigas. Outros detalhes a seremobservados são as possíveis rotas de aproximação para a abordagem dos locaisde aterragem, os obstáculos em seus interiores e a previsão das condiçõesmeteorológicas locais.

(3) É importante a seleção de locais de aterragem alternativos.

(4) No planejamento de uma Pa Amv, pode-se optar entre um local deaterragem único ou múltiplo, possuindo cada um vantagens e desvantagens deacordo com o inimigo e o terreno (de acordo com a IP 90-1 – OPERAÇÕESAEROMÓVEIS).

(5) No plano de desembarque, normalmente, ficam estabelecidos os auxíliosde pouso, decolagem e reorganização da tropa, através da utilização de painéis,fumígenos etc.

(6) A reorganização é o momento mais vulnerável da patrulha, razão pelaqual é fundamental a surpresa tática inicial, neste tipo de operação.

d. Plano de Movimento Aéreo

Baseia-se no plano tático terrestre e no plano de desembarque, e éelaborado por escrito pelo comandante da força de helicópteros em coordenaçãocom o comandante da patrulha, incluindo um diagrama de rotas de vôo e umquadro de deslocamento aéreo. O Cmt Pa deve tomar conhecimento de algunsitens deste plano, tais como medidas de coordenação e controle durante o vôo,direção geral, tempo de vôo, velocidade da Anv e procedimentos de emergência.

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e. Plano de carregamento e embarque

(1) Plano destinado a selecionar e a regular o deslocamento da tropa eequipamento para o local de aterragem. Baseia-se no plano tático terrestre, noplano de desembarque e no plano de movimento aéreo; e, ainda, determina asnecessidades em aeronaves para o cumprimento da missão. O plano decarregamento e embarque possui alguns fundamentos cuja observância é primordialpara o sucesso do desembarque e, conseqüentemente, do plano tático terrestre.

(a) SeqüenciamentoSignifica embarcar os homens de modo a atender a organização

para o combate e a seqüência de desembarque desejado, a fim de posicionar osgrupos na ordem e na hora oportuna para a boa execução do plano tático terrestre.

(b) Integridade táticaSignifica manter grupos e equipamentos constituídos de modo que

a missão não seja comprometida, caso alguma aeronave seja abatida durante odeslocamento.

(c) Auto-suficiência das vagasAs condições meteorológicas, o inimigo, as panes e os problemas

de toda ordem podem fazer com que uma vaga não chegue ou demore muito achegar ao local de aterragem, depois que a primeira vaga já tenha sidodesembarcada. Auto-suficiência é fazer com que cada vaga tenha um mínimo decondições para se sustentar no local de aterragem, a despeito do atraso ou fracassode uma outra vaga.

(d) Previsão de panesSignifica priorizar quem na vaga, caso ocorra pane de aeronave antes

do embarque. O comandante da patrulha é o principal responsável por cumpriresse fundamento, somente ele sabe quem tem vital importância no cumprimentoda missão.

(e) Distribuição de valoresSignifica não colocar na mesma aeronave ou vaga, pessoal e material

que venha a fazer muita falta para o cumprimento da missão, caso a mesma sejaabatida.

(2) Neste plano é importante, ainda, a determinação do número de aeronavesnecessárias para o cumprimento da missão, bem como a autonomia de cada umadelas, de acordo com o peso embarcado.

(3) Para a determinação do número de aeronaves, normalmente adotamoso método dos espaços, que é uma combinação de pesos e volumes. Um “espaço”representa o volume e o peso de um combatente equipado (100 kg de peso médio).

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5-4. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA AEROMÓVEL

a. Normalmente, elementos especializados, tanto da força de superfíciequanto da força de helicópteros, podem apoiar o comandante da patrulha.

b. É importante a realização de ensaios de todas as ações e prováveiscondutas, específicos para cada tipo de aeronave empregada.

c. O conhecimento sobre locais de aterragem, balizamentos, formações,utilização do rádio, embarque e desembarque, técnicas de lançamento, medidasde segurança e apoio de fogo aéreo será baseado e orientado pela instrução dasunidades ou elementos especializados (de acordo com a IP 90-1 – OPERAÇÕESAEROMÓVEIS).

Fig 5-1. Embarque da força de superfície

ARTIGO II

PATRULHA NA GARANTIA DA LEI E DA ORDEM

5-5. GENERALIDADES

a. As ações de GLO abrangem o emprego da F Ter em variados tipos deoperações e atividades em face das diversas formas com que as F Adv podem seapresentar.

b. O amplo espectro das missões executadas e a variedade de situaçõesque podem ocorrer exigem, em cada caso, um cuidadoso estudo das condicionantesdo emprego da F Ter, para a adoção de medidas e ações mais adequadas àsituação que se apresenta, coerente com os fundamentos e conceitos que seseguem.

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5-6. CONCEITOS BÁSICOS

a. Garantia da lei e da ordem: atuação coordenada das Forças Armadas edos órgãos de segurança pública na execução de ações e medidas provenientesde todas as expressões do poder nacional em caráter integrado e realçado naexpressão militar. Tem por finalidade a garantia dos poderes constitucionais, dalei e da ordem.

b. Segurança Integrada (Seg Intg): expressão usada nos planejamentos deGLO da F Ter, com o objetivo de estimular e caracterizar uma maior participaçãoe integração de todos os setores envolvidos.

5-7. AÇÕES E MEDIDAS DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM

a. As ações e medidas de GLO podem ser Preventivas ou Operativas, deacordo com o grau e a natureza dos óbices representados pelas ações das F Adv.

b. Neste contexto teremos o emprego mais efetivo das patrulhas na faseoperativa. Ações e medidas serão conduzidas em situação de normalidade e não-normalidade e serão executadas dentro de uma Zona de Operações (Z Op), queserá delimitada, na área conturbada, com base no ato legal da autoridade quedeterminou o emprego da F Ter (de acordo com a IP 85-1 OPERAÇÕES DEGARANTIA DA LEI E DA ORDEM).

5-8. OBJETIVOS DAS PATRULHAS

a. Obter dados sobre a força adversa, realizar ações para inquietá-la ouneutralizá-la e impedir pela presença física que ela tenha liberdade de movimentosna área de operações.

b. Contatar com povoados isolados, proporcionar-lhes sensação de segurançae conhecer o terreno onde se desencadeiam as operações.

c. Neutralizar as lideranças da força adversa, poupando combates econseqüentemente vidas humanas.

5-9. ZONA DE OPERAÇÕES

a. A força empenhada em operações contra F Adv, acima do nível Unidadeinclusive, normalmente, recebe uma Z Op, delimitada por um limite contínuo.

b. No interior das áreas de responsabilidade de cada comando, são tomadasprovidências para proteger a tropa, as instalações e as vias de transportes, bemcomo são instaladas bases de combate até o escalão subunidade, das quais seirradiam as operações para destruição do poder de combate das F Adv.

c. A base de combate é o ponto de onde partem todas as operações contraas F Adv.

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d. Dependendo da extensão e do tipo da patrulha, esta poderá ocupar umabase de patrulha da qual a fração partirá para cumprir missões de reconhecimentoe/ou combate.

5-10. FORMAS DE OCUPAÇÃO DA ZONA DE OPERAÇÕES

a. As Z Op podem estar enquadradas em um ambiente rural ou urbano.

b. Existem dois tipos básicos de ocupação da Z Op: ocupação como umtodo e a ocupação progressiva.

c. Ocupação como um todo: nessa situação a subunidade recebe uma áreade responsabilidade, esta por sua vez designa ao pelotão uma missão específicavisando cumprir a ordem emanada do Esc Sp, em uma área na qual a F Adv atuacom maior intensidade, podendo manter, sob seu controle direto, regiõesdenominadas espaços vazios, onde a F Adv não atua ou se mostra menos atuante.

d. Ocupação progressiva: as peças de manobra ocupam, em princípio, asregiões julgadas mais importantes e, a partir daí, à medida que essas regiõesforem controladas, são ocupadas paulatinamente as demais regiões da Z Op.

5-11. PROCESSOS DE DESLOCAMENTO

a. Normalmente, a patrulha atinge a área do objetivo realizando umdeslocamento para as Z Op, onde o processo a ser adotado dependerá dos fatoresda decisão.

b. A chegada da tropa na Z Op poderá ser realizada por via aérea, terrestreou aquática. De acordo com o processo a ser adotado pode-se adotar a combinaçãoentre eles.

5-12. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA

a. Atentar para as regras de engajamento existentes para as operações.

b. O Cmt Pa deve alertar os integrantes de sua fração de que o sucesso dasações depende da conquista e/ou manutenção do apoio da população.

c.Levantar as disponibilidades de meios para Op GLO, tais como osnecessários para Posto de Segurança Estático (PSE), Posto de Bloqueio e Controlede Estradas (PBCE), Posto de Bloqueio e Controle de Vias Urbanas (PBCVU),entre outros.

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ARTIGO III

PATRULHA FLUVIAL

5-13. GENERALIDADES

a. As patrulhas fluviais são comuns em áreas ribeirinhas, onde predominamas vias de comunicações pela água, em regiões pouco desenvolvidas e cujapopulação habita, geralmente, às margens dos rios. Podem apresentar trechoscom terrenos relativamente alagados, pântanos ou florestas, grandes planícies outerrenos relativamente planos.

b. Patrulhas fluviais têm a finalidade de reconhecer, conquistar ou manter ocontrole sobre uma área ribeirinha, pela neutralização das forças inimigas.

c. Nas operações ribeirinhas, é também comum o emprego de patrulhasaeromóveis.

d.Todos os conceitos sobre patrulhas terrestres são aplicáveis às patrulhasfluviais, ressaltadas as características peculiares do ambiente operacional ribeirinho.

e. Sempre que possível, as atividades das patrulhas fluviais devem sercoordenadas com o reconhecimento aéreo dos cursos d’água e áreas vizinhas.

f. São empregados botes de assalto nas patrulhas fluviais.

g. As vantagens de uma patrulha fluvial são:

(1) aumento da capacidade de carga e do poder de combate da patrulha;

(2) maior velocidade que as patrulhas a pé, em conseqüência, possibilitaum maior raio de ação; e

(3) proporciona um menor desgaste físico aos homens.

h. As patrulhas fluviais apresentam as seguintes desvantagens:

(1) o movimento é canalizado, ficando subordinado aos cursos d’águaexistentes;

(2) maior vulnerabilidade às vistas e fogos do inimigo;

(3) dependência da disponibilidade de botes; e

(4) utilizando-se o motor de popa, ocorrerá o comprometimento do sigilo.

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Fig 5-2 Patrulha Fluvial

5-14. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO

a. Planejamento

(1) Prever tempo suficiente para repetidos ensaios (formações, sinais egestos, treinamento de remadas, reorganização das embarcações etc).

(2) Pontos de referência nas margens devem ser nítidos e, se possível,reconhecidos.

(3) Sempre buscar a camuflagem das embarcações quando abicar.

(4) Considerar dados médios de planejamento.

b. Preparação

(1) PessoalRealizar uma adaptação dos integrantes da patrulha nas técnicas fluviais

e procedimentos de emergência.

(2) Material(a) Individual

Material impermeabilizado e em condições de ser ancorado àembarcação.

(b) Coletiva- Distribuição dos valores e do material pesado, colocando em

embarcações diferentes, armamento coletivo e equipamentos especiais dentro deum equilíbrio de peso.

- Embarcações: remos preparados, tanque de combustível reserva,motores manutenidos, foles, kit de manutenção de 1º escalão etc.

5-15. PROCESSOS DE DESLOCAMENTOS FLUVIAIS

a. Os conceitos referentes aos movimentos motorizados são aplicáveis aosdeslocamentos fluviais: segurança à frente, nos flancos e à retaguarda.

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b. Em princípio, os deslocamentos são realizados pelos processos a seguirdescritos.

(1) Movimento contínuo – Durante o movimento contínuo, todas asembarcações movem-se a uma velocidade moderada. A segurança é baseada naobservação e na ação de pequenos grupos nos locais mais viáveis às açõesinimigas. Este processo é o que oferece maior rapidez de movimento e menorgrau de segurança.

(2) Movimento por lanços sucessivos – Durante o movimento por lançossucessivos as embarcações da patrulha mantém suas respectivas posições nacoluna. O sistema de segurança entre os botes é recíproco e um só inicia o seudeslocamento, quando o outro já tenha ocupado posição.

Fig 5-3. Movimento por lanços sucessivos

(a) O bote "A" avança até um ponto em que tenha observação à frente,seus ocupantes desembarcam e entram em posição. Uma vez em condições defornecer a segurança, sinaliza para o bote "B" e este prosseguirá para o local dobote "A". Os demais botes se deslocam para o local anterior do bote "B".

(b) Os elementos do bote "B" ocupam as posições do bote "A". Atocontínuo, os elementos do bote "A" embarcam e prosseguem até o ponto deobservação escolhido onde desembarcarão e o processo se repete.

(c) É o processo que oferece maior segurança, sendo, porém, o maislento.

(3) Movimento por lanços alternados – o movimento das duas embarcaçõesda frente é alternado por ultrapassagem. Um bote não pára no local do que está àfrente e sim, ultrapassa-o.

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Fig 5-4. Movimento por lanços alternados(a) O bote "A" ocupa posição num ponto que permita observação à

frente. Sinaliza para o bote "B" que, tendo embarcado o pessoal, ultrapassa olocal do bote "A" e entra em posição à frente. Os demais botes se deslocam eocupam a antiga posição do bote "B". Proporciona maior rapidez que o movimentopor lanços sucessivos, mas não permite ao homem do bote que ultrapassa, umreconhecimento cuidadoso à frente.

(b) O contato rádio entre os botes permite que o bote em posição auxiliecom informações o bote que irá ultrapassá-lo.

c. Responsabilidades específicas por zonas de observação e setores de tirosão dadas a cada homem por embarcação. O contato visual é mantido entre asembarcações.

d. Homens, armas e equipamentos devem ser distribuídos entre asembarcações de tal maneira que a patrulha possa cumprir sua missão, mesmoque uma das embarcações se perca.

e. Designar um membro da patrulha para observar e anotar as condições daaquavia e margens.

f. As embarcações a remo podem ser helitransportadas por carga externa,rio acima, eliminando-se o esforço de remar contra a correnteza e permitindo àpatrulha realizar um reconhecimento rio abaixo (a favor da correnteza). Incluir,neste caso, medidas para evacuação de emergência ou reforço da patrulha.

g. No deslocamento, a patrulha pode seguir pelo centro da aquavia ou próximoà margem, dependendo da distância e da situação tática. Seguem algumasconsiderações abaixo.

(1) Pelo meio da aquavia(a) O deslocamento é feito distante das margens, em conseqüência

dificulta a realização de fogos ajustados sobre os botes.(b) Possibilita uma maior capacidade de manobra.

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(c) Nos deslocamentos rio abaixo, aproveita-se a correnteza, obtendo-se maior velocidade e menor consumo de combustível.

(d) Maior dificuldade em localizar inimigo.(e) Quando rio acima, a correnteza é maior, conseqüentemente, menor

velocidade e maior consumo de combustível.

(2) Próximo à margem(a) Maior possibilidade de dissimulação do deslocamento.(b) Facilita a localização do inimigo.(c) Maior possibilidade de receber fogos ajustados.

5-16. FORMAÇÕES UTILIZADAS NOS DESLOCAMENTOS FLUVIAIS

a. A formação e as distâncias e intervalos entre as embarcações serãoadotadas em função da situação, das características da aquavia e de suas margens,das condições de visibilidade e da disponibilidade de embarcações.

b. As formações comumente empregadas são: em coluna, em linha, emcunha e em colunas justapostas.

Fig 5-5. Deslocamento fluvial

5-17. NAVEGAÇÃO NOS DESLOCAMENTOS FLUVIAIS

a. Basicamente a orientação nas aquavias é amarrada por pontos dereferência existentes. Cachoeiras, ilhas, bancos de areia, pequenas localidades,confluência de rios/igarapés (estudo da carta e do terreno) e até mesmo árvoresde grande porte que se destacam da vegetação nas margens, serão excelentespontos de referência. Pode-se, ainda, controlar os deslocamentos em trechosretilíneos da aquavia considerando-se o tempo e a velocidade.

b. A utilização de guias e práticos é um meio bastante eficiente para anavegação fluvial.

c. Durante a noite, um processo que pode ser empregado, é o dadeterminação do itinerário por pontos. O comandante da patrulha tira azimutes aolongo do itinerário até o objetivo, prevendo atingi-lo ou chegando próximo em umadas margens.

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Fig 5-6. Técnica para navegação fluvial noturna

(1) Tira-se o azimute magnético do ponto 1 para o ponto 2. O bote-pontoatingindo o ponto 2, ancora firmemente, aguardando a chegada do bote-bússola.

(2) Do ponto 2, tira-se o azimute do ponto 3 e o bote-ponto inicia odeslocamento até atingi-lo. Aguarda a chegada do bote-bússola e, assim, omecanismo se repete até cumprir o planejamento do comandante da patrulha.

(3) Existindo outros botes na patrulha, estes se deslocam a retaguarda dobote-bússola ou conforme determinação do comandante da patrulha.

(4) O bote-ponto deve ter uma lanterna escurecida para que possa servisto pelos demais botes quando o deslocamento for noturno.

(5) As correções na direção do bote-ponto devem ser feitas pelo bote-bússola e através dos meios de comunicações disponíveis.

5-18. EMBOSCADA E CONTRA-EMBOSCADA

a. Normalmente, em ambiente ribeirinho, as emboscadas são largamenteempregadas por ambos os contendores.

b. O planejamento e execução de uma emboscada em área ribeirinhaassemelham-se à emboscada terrestre. Adaptações necessárias são feitas faceàs características dessa área.

c. Devem ser adotados cuidados especiais com a segurança nosdeslocamentos, visando a impedir o desencadeamento ou minimizar os efeitos deuma emboscada inimiga.

d. As ações de uma tropa ao sofrer uma emboscada, quando emdeslocamento em uma aquavia, são semelhantes às executadas numa ação decontra-emboscada terrestre. As características das margens do curso d’água, ostipos de embarcações utilizadas, o número de motores, o inimigo e a missão,serão os fatores condicionantes da reação.

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e. Procedimentos a serem adotados durante a ação de emboscada

(1) Elementos dentro da área de destruição(a) Procurar abandoná-la o mais rápido possível.(b) Identificar a posição emboscante.(c) As guarnições dos botes respondem ao fogo.

(2) Elementos fora da área de destruição(a) Procurar desembarcar, cerrando para as margens.(b) Atacar a posição da tropa inimiga que realiza a emboscada,

desbordando-a pelos flancos ou retaguarda.

5-19. AÇÃO NO OBJETIVO

a. Normalmente, existem dois casos definindo a forma de atuação.

b. Combinar ação fluvial com bloqueio terrestre.

Fig 5-8 Ação fluvial com bloqueio terrestre

(1) A força do bloqueio pode ser transportada em embarcações ou emhelicópteros, e de conformidade com o planejamento do comandante da patrulha,desembarcada distante do objetivo (botes e helicópteros) ou sobre o objetivo(helicópteros).

(2) É a ação mais indicada contra objetivos localizados em partes salientesdo terreno.

c. Combinar a ação terrestre com bloqueio fluvial.

(1) É a ação mais indicada contra objetivos localizados em enseadas.

(2) O elemento de bloqueio deverá ocupar posições de emboscadas eficar em condições de executar uma perseguição.

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Fig 5-9 Ação terrestre com bloqueio fluvial

5-20. BASE DE PATRULHA EM ÁREA RIBEIRINHA

a. São instaladas em terra ou flutuantes.

b. Base de patrulha em terra

(1) A escolha do local será influenciada pela facilidade do acesso àsprimeiras linhas de comunicações aquáticas e pela facilidade de defender a áreaselecionada.

(2) A sua defesa é em função do efetivo da patrulha, do terreno, do inimigoe da missão.

(3) Sempre que possível, as patrulhas que utilizam pequenas embarcações,com dificuldades de ancoragem, devem optar por uma base terrestre.

(4) O planejamento, a aproximação, o reconhecimento, a ocupação e aevacuação são comuns a todas as bases de patrulhas.

b. Bases flutuantes

(1) Serão montadas em embarcações de maior ou menor calado, em funçãodo efetivo do escalão considerado e da possibilidade de deslocamento na aquaviaonde serão instaladas.

(2) Para a defesa das bases flutuantes são lançadas patrulhas comembarcações armadas, estabelecidos postos de sentinelas e freqüentes inspeçõessão realizadas nas imediações do flutuante.

c. Durante os pernoites, as patrulhas deverão adotar procedimentossemelhantes aos tomados por ocasião da ocupação das bases terrestres ouflutuantes, conforme o caso.

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5-21. APOIO LOGÍSTICO

a. As técnicas de apoio logístico são basicamente as mesmas das patrulhasterrestres, devendo ser orientadas também para o suprimento e para a manutençãodas embarcações e motores de popa.

b. Havendo disponibilidade de helicópteros, empregá-los nos ressuprimentos,nas evacuações e no recompletamento.

5-22. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. O rádio é um meio bastante empregado, devido a alta mobilidade dasembarcações.

b. Normalmente, cada embarcação conduz um equipamento rádio e sistemasalternativos de comunicações.

c. Atuando em área de selva ou em local de difícil propagação, utilizar antenasimprovisadas.

d. Utilizar o rádio de maneira equacionada, atentando para o sistema de GEdo inimigo.

e. Sinais e gestos convencionados são utilizados, conforme determinaçãodo comandante da patrulha.

5-23. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA

a. É muito importante a correta preparação, a inspeção e a manutenção dasembarcações, em especial no que se refere aos motores de popa.

b. Sempre que for possível, prever um equipamento rádio por bote e planejaro emprego de um meio alternativo de contato entre os mesmos.

c. A tropa que realiza uma patrulha ribeirinha deverá estar adestrada,particularmente nos seguintes assuntos: técnica de navegação fluvial, orientaçãofluvial, tiro embarcado contra alvos nas margens e contra embarcações, nataçãoutilitária, assalto ribeirinho etc.

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ARTIGO IV

PATRULHA MOTORIZADA

5-24. MISSÃO

A patrulha motorizada recebe, normalmente, missões semelhantes àspatrulhas a pé.

5-25. FINALIDADE

As patrulhas são motorizadas para permitir:

a. percorrer maiores distâncias em menor tempo;

b. conduzir equipamentos e munições de maior peso e quantidade; e

c. reduzir as vulnerabilidades, considerando as possibilidades do inimigo e adisponibilidade dos tipos de viatura para a missão.

5-26. ORGANIZAÇÃO GERAL E PARTICULAR

a. A patrulha motorizada é organizada em grupos e escalões, a semelhançada patrulha a pé. A missão recebida define o tempo e os limites para o transportemotorizado e para as situações de conduta de desembarque ou não dos homens.

b. Manter, sempre que possível, a integridade tática dos grupos que compõema patrulha.

5-27. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO

a. De modo geral, a patrulha motorizada é planejada e preparada da mesmaforma que as patrulhas a pé. Seguem-se considerações referentes a uma patrulhamotorizada.

b. Viaturas

(1) O número e o tipo de viaturas a serem utilizadas na missão dependem,principalmente, da missão, do terreno, das possibilidades do inimigo, e dadisponibilidade dos meios. A utilização de viaturas sobre rodas propicia uma maiormobilidade.

(2) Durante a preparação, o comandante da patrulha, verifica se as viaturasestão em boas condições de funcionamento e se foram devidamente abastecidasde combustível, óleo e água, bem como supridas de acessórios, sobressalentes ecombustível suplementar.

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(3) Os motoristas também são patrulheiros. Devem participar de todas asordens emitidas à patrulha.

(4) A tampa traseira deve ser rebatida para facilitar o embarque e odesembarque, quando for o caso. Os toldos e cajados serão retirados,permanecendo apenas os cajados das extremidades. As mochilas e osequipamentos extras serão colocados sobre os bancos deixando livre a partecentral. O comandante, em função da possibilidade de atuação do inimigo, podedeterminar que os bancos sejam rebatidos.

(5) Camuflá-las quanto ao brilho e identificações que não favoreçam seusigilo. Se o pára-brisa tiver que ser rebatido (Vtr ¼ e ¾ Ton), cada viatura necessitaráde um cortador de arame (anti-decapitador) colocado na parte central do pára-choque dianteiro.

(6) Os pisos e as laterais das viaturas são reforçados com sacos de areiaou chapas de aço, para reduzir o efeito de minas, estilhaços e armamento individualdo inimigo. Atentar para a capacidade de carga que a viatura pode transportar,haja visto o efetivo e o material a ser conduzido.

(7) O chefe de viatura deverá ocupar um local na viatura que o permitaexercer a ação de comando sobre seus homens, podendo estar na boléia ou nacabine.

(8) Normalmente, são instaladas armas automáticas nas viaturas, desdeque as mesmas possuam local propício para a colocação e emprego destas armas.

(9) Uma equipe de manutenção, quando possível, é incorporada à patrulhapara depanagem de problemas mecânicos.

Fig 5-10. Viatura preparada

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c. Armamento e equipamento

(1) O armamento e equipamento a serem conduzidos dependem da missão,do terreno, do inimigo e dos meios disponíveis.

(2) A patrulha motorizada tem possibilidade de transportar meios maispesados, tais como: canhões sem recuo, morteiros, metralhadoras pesadas, botespneumáticos, motores de popa etc. Cabe ao comandante da patrulha a decisãosobre o que conduzir.

(3) As armas são alimentadas, carregadas e travadas, em condições depronto emprego.

d. Comunicações

(1) As comunicações bem planejadas e executadas são essenciais parao cumprimento da missão de uma patrulha motorizada.

(2) Estabelecer ligações entre as viaturas da patrulha e com o escalãoque a lançou.

(3) Utilizar-se de rádios de curto alcance, comandos a voz e sinais visuais,evitando, assim, as medidas eletrônicas de apoio (MEA) do inimigo.

e. Plano de carregamento e embarque

(1) Tem por finalidade facilitar tanto o embarque como o desembarque domaterial e pessoal no início do movimento, durante o deslocamento e no objetivo,se necessário.

(2) O plano de carregamento e embarque é simples e bem elaborado.Deve responder as perguntas: o quê e quem vai por viatura, e a seqüência doembarque e desembarque do pessoal e material.

(3) Ensaiar quantas vezes forem necessárias a fim de que a tropa atinjaum bom nível de execução.

f. Segurança

(1) Os comandantes de viatura atribuem a cada homem um setor deobservação, recobrindo frente, flancos e retaguarda. Isto proporciona às viaturas arealização de fogos para qualquer direção e o contato visual entre elas.

(2) Orientar os motoristas para possíveis condutas. Definir distâncias entreas viaturas e velocidades.

(3) Prever um vigia antiaéreo, realizando rodízio do combatente que estivernesta função, evitando a fadiga do mesmo.

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5-28. EXECUÇÃO

a. Organização para o movimento

(1) Recebendo blindados, colocá-los a testa e/ou a retaguarda da coluna(prover segurança).

(2) Deve-se, sempre que a situação permitir, lançar um grupo de segurançamotorizado (Gp Seg Mtz) como testa, precedendo a patrulha em dois ou trêsminutos (1 km aproximadamente). Este grupo se compõe de viaturas leves (¼Ton) e, de preferência, com armamento e equipamento-rádio orgânicos.

(3) Quando em deslocamento em área com possibilidade de contatoiminente com o inimigo, a velocidade será mais lenta (15 a 25 km/h). A distânciaentre as viaturas é definida pelo terreno, porém, como referência, deve-se buscarno mínimo cinqüenta metros de dispersão.

(4) Deve ser mantido um contato visual entre os motoristas das viaturas,possibilitando o apoio mútuo entre elas.

(5) As patrulhas motorizadas poderão ter sua segurança provida poraeronaves, em sua vanguarda e flancoguarda, dependendo da situação tática.

b. Processos de penetração nas áreas inimigas

(1) Existem duas formas de uma patrulha motorizada penetrar nas linhasinimigas: penetração propriamente dita e realizando uma infiltração.

(2) Na penetração propriamente dita a patrulha ao ultrapassar o dispositivodo inimigo, inicia o deslocamento para a região do objetivo. É utilizada quando oinimigo encontra-se em larga frente e com um fraco dispositivo defensivo. Amanutenção do sigilo é fundamental.

(3) Na infiltração, a patrulha desloca-se: por viaturas, por grupo de viaturas,ou como um todo, através ou em torno dos elementos avançados da defesa doinimigo, até pontos de reunião, previamente designados. É o processo,normalmente, mais empregado e que apresenta as menores possibilidades deação inimiga; é favorável, também, em noites escuras e chuvosas. Poderá serutilizada mais de uma faixa de infiltração.

(4) As ligações com tropa amiga, em cuja área de ação ou interesse apatrulha atuará, são de responsabilidade do comandante do escalão que a lança.Normalmente, o comandante da patrulha, durante o seu planejamento, reconhecevárias posições por onde a patrulha passará.

(5) Aproximando-se das posições ocupadas por tropa amiga, a patrulhadesloca-se com a máxima cautela, fazendo as ligações necessárias com o mínimode homens, procurando manter o sigilo da missão. É importante a patrulha tomarconhecimento dos últimos dados do inimigo na área, do terreno à frente, daexistência de obstáculos e do apoio que possa ser dado à patrulha.

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5 - 21

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5-29. DESLOCAMENTO

a. A patrulha motorizada se desloca pelo seguinte processo ou combinaçãodeles: deslocamento contínuo, lanços sucessivos e lanços alternados.

b. Deslocamento contínuo

(1) A velocidade da viatura é moderada durante todo o deslocamento.

(2) A rapidez do deslocamento é limitada pela necessidade de segurança.

(3) As viaturas da testa só param para reconhecer áreas perigosas.

(4) É o processo mais rápido, porém, o menos seguro.

c. Lanços sucessivos

Fig 5-11 Lanços sucessivos

(1) As viaturas mantêm sua posição relativa na coluna.

(2) As duas viaturas-testa atuam em conjunto, deslocando-se de um pontode observação para outro. A segunda viatura coloca-se numa posição coberta e,se necessário, seus ocupantes desembarcam e cobrem o deslocamento da primeiraviatura até um ponto de observação; ao atingir este ponto, os integrantes da primeiraviatura observam e reconhecem, desembarcando, se for o caso. A área estandosegura, a segunda viatura recebe um sinal para cerrar até a primeira; o Cmt daprimeira viatura observa o terreno à frente e seleciona o próximo ponto de parada.A primeira viatura se desloca até o ponto de observação selecionado e o processoé repetido.

(3) O lanço da primeira viatura não deve exceder o limite de observação e/ou o alcance do apoio de fogo da segunda viatura. As outras viaturas da colunadeslocam-se por lanços, sem sair de sua posição relativa.

(4) Cada viatura mantém o contato visual com a viatura da frente (evitandose aproximar) e da retaguarda.

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d. Lanços alternados

Fig 5-12. Lanços alternados

(1) Todas as viaturas, exceto as duas da testa, devem manter suasposições relativas na coluna.

(2) As viaturas-testa se alternam como primeira viatura. Uma cobre o lançoda outra.

(3) Este processo proporciona um avanço mais rápido que no deslocamentopor lanços sucessivos; entretanto não permite tempo suficiente aos homens dasegunda viatura para que observem bem o terreno à frente, antes de ultrapassar aprimeira viatura e assim, sucessivamente.

e. O estudo de situação contínuo permite ao comandante decidir peloprocesso a ser utilizado e suas conseqüentes mudanças.

5-30. CONDUTA EM ÁREAS PERIGOSAS E PONTOS CRÍTICOS

a. O comandante da viatura-testa informa de imediato ao comandante depatrulha, a existência de obstáculos ou área perigosa no itinerário. Os homensreconhecem estes locais sobre cobertura das armas automáticas da viatura.

b. Sempre que possível, os obstáculos são desbordados; caso contrário sãocautelosamente removidos.

c. Os cruzamentos e bifurcações existentes no itinerário são reconhecidos.Os homens da primeira viatura fazem a segurança, enquanto que a segunda viaturareconhece os acessos ao itinerário. A distância até onde se deve reconhecer umaestrada lateral é determinada pelo conhecimento que o comandante da patrulhatem da situação; entretanto os elementos que a reconhecem deslocam-se até adistância de apoio do grosso da patrulha.

d. Pontes, cruzamentos, desfiladeiros e curvas de estrada, que impeçam avisão à frente, são considerados como áreas perigosas. Os homens desembarcame aproveitam todas as cobertas e abrigos existentes para realizarem umreconhecimento. As viaturas ocupam posições cobertas fora da estrada e as armascoletivas dão cobertura ao reconhecimento do pessoal desembarcado.

e. O adestramento do motorista e dos atiradores das armas automáticas,instaladas na viatura, são condições essenciais para o êxito nas condutas deuma patrulha motorizada.

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5-31.TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA

a. Há duas formas de encontro com o inimigo: o contato fortuito e aemboscada.

b. O contato fortuito é um encontro casual. A patrulha motorizada e o inimigonão esperam o encontro, ou sequer estão preparadas para ele. Neste caso, asações da patrulha dependerão da missão recebida: a patrulha retrai e prossegueatravés de um outro eixo secundário, previamente planejado ou manobra paradestruir o inimigo.

c. Sempre que possível, nos contatos fortuitos com o inimigo, o comandantede uma patrulha motorizada busca a seguinte conduta:

(1) avançar até um ponto de observação coberto;

(2) observar, realizando um rápido estudo de situação;

(3) decidir (o que fazer, quando, como e para quê);

(4) emitir ordens aos elementos subordinados; e

(5) informar ao escalão superior (se houver ligação).

d. Aos primeiros indícios de uma emboscada, as viaturas, de início, tentamsair da área de destruição; os atiradores procuram fixar pelo fogo a posiçãoemboscante e devem ser seguidos pelos demais da patrulha. Caso não sejapossível abandonar a área de destruição, os homens desembarcam, sob a coberturado fogo das armas automáticas. É o momento crítico e há o desembarque portodos os lados da viatura. Não esperar a parada e sim a visualização do bloqueio.É de fundamental importância a ação de comando dos respectivos comandantes.A preocupação seguinte será a de cerrar organizadamente e agressivamente sobreo inimigo. A parte da patrulha que não estiver sendo atacada, manobra buscandoo flanco ou retaguarda da posição inimiga. Os patrulheiros que estiverem na áreade destruição, apóiam, fixando o inimigo pelo fogo.

e. A utilização de granadas fumígenas pode favorecer a ação de contra-emboscada.

5-32. AÇÃO NO OBJETIVO

a. Os diversos tipos de missões de reconhecimento ou de combate atribuídosa uma patrulha motorizada definem as ações para o cumprimento da missão.

b. A patrulha motorizada realiza uma infiltração como um todo ou fracionada.Para a infiltração como um todo deve-se prever uma reorganização em um pontode reunião próximo do objetivo. Na infiltração fracionada com a utilização de diversositinerários, deve-se reorganizar a patrulha em um ponto anterior ao PRPO.

c. Normalmente, do PRPO, o comandante da patrulha, com os homens quejulgar necessários, parte para o reconhecimento e confirma ou modifica oplanejamento para a ação no objetivo. As viaturas devem permanecer no PRPOcom os motoristas e com um grupo encarregado da segurança.

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d. Normalmente, a missão (destruir, capturar, conquistar, resgatar etc) éexecutada com a patrulha desembarcada. As demais ações no objetivo são emtudo, semelhantes às realizadas pelas patrulha a pé.

5-33. REGRESSO

a. Deve-se retrair como um todo, sempre que possível.

b. Havendo resgate, por vias aéreas ou aquáticas, deve-se executar umplanejamento pormenorizado e uma perfeita coordenação com o escalão que lançaa patrulha.

c. Existindo homens ou viaturas em atraso, informar aos postos amigos.

5-34. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA

a. O planejamento deve ser simples e objetivo. Atenção especial deve serdada ao plano de carregamento e embarque, aos processos de deslocamento, aodispositivo, às situações de contingência, ao cumprimento da missão e aoretraimento.

b. As viaturas em boas condições mecânicas e a preocupação com anecessidade de combustível a ser consumida são ações também importantes napreparação da patrulha.

c. O controle da patrulha, a rapidez e a agressividade são fundamentais parao êxito nas diversas condutas e situações de contingência.

d. Evitar que toda a patrulha entre em um mesmo compartimento antes daliberação da segurança à frente.

e. Na preparação da viatura, atentar para a utilização de meios queproporcionem um segurança adequada à tropa que se encontra embarcada, taiscomo: sacos de areia, chapas de aço, toras de madeira etc. Não esquecer dacapacidade de carga da viatura.

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A - 1

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ANEXO “A”

OPERAÇÃO ONÇA

A-1. FINALIDADE

Este anexo tem por finalidade apresentar um caso esquemático - baseadoem uma situação hipotética - com um modelo de planejamento seguindo toda aseqüência das Normas de Comando do comandante de patrulha. Espera-se que ocontido no presente documento sirva de ferramenta valiosa para aqueles que estãodando os primeiros passos na arte do comando de pequenas frações em missõesde reconhecimento ou de combate. Ressalta-se que o planejamento apresentadoa seguir é apenas uma solução para o problema militar criado pela situaçãohipotética abaixo.

A-2. SITUAÇÃO GERAL (HIPOTÉTICA)

a. Questões históricas entre os países VERMELHO e AZUL pela posse daregião de TIJIPIÓ e FLOREAL ao sul do rio DAS FLORES, foram levadas àarbitragem internacional, no início do século, que reconheceu o direito do paísAZUL sobre a área litigiosa.

b. Eleição presidencial realizada no ano A-2, no país VERMELHO, levou aopoder uma coligação de partidos cuja principal bandeira eleitoral era areincorporação do território perdido para o país AZUL.

c. Outro problema crucial que afeta a região é o narcotráfico. Grupos armadosvermelhos ligados à produção de tóxicos naquela área vêm apoiando com armase gêneros os garimpeiros, contribuindo para um aumento da violência urbana nascidades próximas.

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A- 2

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d. A linha de fronteira do país AZUL com o país VERMELHO é vulnerável àação de grupos vermelhos nas cidades adjacentes, havendo, dessa maneira,consideráveis prejuízos econômicos na região. A falta de fiscalização na área temfacilitado o contrabando de ouro e a evasão de divisas do país.

e. Em dezembro de A-1, o país VERMELHO concentrou tropas na região defronteira, realizando pequenas incursões no território do país AZUL.

f. A partir de fevereiro do ano A, o país AZUL, calcado em justificativas deinvasões por parte do país VERMELHO, decretou estado de guerra contra aquelepaís e iniciou uma concentração de tropas ao longo da região fronteiriça, procurandodissuadir as ações inimigas.

g. O país VERDE declarou ser neutro perante a questão e não permitir ainvasão ao seu território.

Fig A-1. Esboço da área

A-3. SITUAÇÃO PARTICULAR

a. Uma patrulha de reconhecimento do 2º/2ª/511º BI Mtz identificou na regiãoda fazenda CANDIRU Qd (83150-94750) um depósito de gêneros e muniçõesfuncionando como base de apoio às ações de patrulhas inimigas ao longo do eixoda estrada do ENCANAMENTO Qd (82700-93200).

b. Em conseqüência, o Cmt 511º BI Mtz determinou ao comandante da 1ªCompanhia de Fuzileiros que empregasse dois pelotões, destacados da chácaraMANAUARA Qd (8505097150), para destruir as instalações inimigas e neutralizarsua guarnição.

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A - 3

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Fig A-2. Esboço da área

A-4. INFORMAÇÕES SOBRE O TERRENO, LOCALIDADES E CONDIÇÕESMETEOROLÓGICAS

Ref : Crt Mil ____, 1/25000, Fl ____1. TERRENO

a. Natureza, classificação e estado das estradas e pontes

1) Os trechos assinalados na carta como intransitáveis não permitem otráfego de nenhum tipo de viatura.

2) As demais estradas permitem circulação e trânsito em qualquer épocado ano.

3) A estrada do ENCANAMENTO é de terra batida e a rodovia 02 derevestimento asfáltico e dupla via.

b. Vegetação

1) As matas densas assinaladas na carta impedem o movimento deviatura e dificultam o movimento de tropa a pé.

2) A vegetação ciliar é abundante e dificulta a progressão de tropa a pé.

3) As demais regiões caracterizam-se por serem revestidas, em algumaspartes, de macega alta e vegetação rasteira e, em outras, de campos e culturasdiversas como feijão, soja e arroz.

c. Cursos de água

1) O ribeirão GUAPORÉ Qd (7842), a jusante do rio DAS FLORES Qd(7921), impede o movimento de tropa a pé em qualquer época do ano.

2) As regiões assinaladas na carta como alagadas são obstáculos à

A-3/A-4

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A- 4

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tropa a pé.

3) Os demais cursos d’água não constituem obstáculos em tempo seco.

d. Natureza do solo

1) As regiões assinaladas com erosão não são obstáculos à tropa dequalquer natureza.

2) É de consistência firme (saibro) permitindo movimento através campo.

2. LOCALIDADES

a. As localidades de TIJIPIÓ e FLOREAL encontram-se quase desertas, jáque a maior parte de suas populações foi evacuada. Os remanescentes estãosob controle.

b. No restante da área de operações, a humanização é muito rarefeita. Coma perspectiva de combates, os poucos remanescentes têm deixado a região.Até as fazendas estão ficando desertas.

c. A população da região vive do comércio e da pesca e tem demonstradocerta facilidade de contato, apresentado-se de uma forma favorável às nossastropas que atuam na área. As localidades possuem posto telefônico, agênciade correios e uma estação geradora de energia termoelétrica.

3. CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

a. Crepúsculos

- ICMN: 0530h - ICMC: 0600h

- FCVN: 1830h - FCVC: 1800h

b. Lua

- Nova em 4 de setembro.

c. Condições atmosféricas (válidas até 6 de setembro)

1) Temperatura

- Máxima: 25°C

- Mínima: 18°C

- Gradiente: lapse.

2) Precipitações

- Previsão de tempo bom.

3) Nuvens

- Céu claro.

4) Nevoeiros

- Não há previsão.

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A - 5

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d. Ventos

1) Direção

- Quadrante SE.

2) Velocidade

- 8 km/h

A-5. OPERAÇÃO ONÇA

Exemplar Nr 8 de 9 cópias1ª Cia FuzR chácara Manauara040030 Set 03MP

EXTRATO DA ORDEM DE OPERAÇÕES DO Cmt 1ª Cia Fuz

1. SITUAÇÃO

a. Forças Inimigas

- Efetivo aproximado de 9 (nove) homens na fazenda CANDIRU.

- Armamento e equipamento similar ao nosso.

- O inimigo pode realizar emboscadas ao longo da estrada doENCANAMENTO.

- O inimigo pode receber reforço, na fazenda CANDIRU, em 30 minutos.

- Tem deficiência na exploração das comunicações.

- Tem apresentado deficiência em seu sistema de contra-inteligência,favorecendo o levantamento de um grande volume de dados a seu respeito.

b. Forças Amigas

- PC do 511º BI Mtz na chácara MANAUARA.

- 2ª Cia Fuz na localidade de MARECHAL RONDON.

- Não há possibilidade de apoio de fogo.

- Há uma patrulha do 2º/2ª/511º BI Mtz na região do entroncamento darodovia 02 com a estrada do ENCANAMENTO.

- Não há atividade aérea na região.

c. Meios recebidos e retirados

- Nenhum

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A- 6

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2. MISSÃO

- Destruir o depósito inimigo da fazenda CANDIRU e neutralizar a suaguarnição até 050300 Set 03.

- Realizar um PBCE no entroncamento da estrada DO ENCANAMENTOcom a rodovia 02, a partir de 042330 Set 03.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação

1) Manobra

a) A 1ª Cia Fuz realizará um ataque visando desarticular instalaçõesde suprimento do inimigo na área de operações. Para isso, empregará o 1º PelFuz para destruir o depósito inimigo na fazenda CANDIRU Qd (8315094750) eneutralizar sua guarnição, e o 2º Pel Fuz irá instalar e operar um posto debloqueio e controle de estrada no entroncamento da estrada DO ENCANAMENTOcom a rodovia 02 Qd (8150091200).

b) Anexo A: calco de operações (omitido).

2) Fogos

- Prio F: 2º Pel Fuz.

b. 1º Pel Fuz

c. 2º Pel Fuz

d. Ap F

1) Pel Ap

- Seç CSR 84mm: reforçar o 2º Pel Fuz.

- Seç Mrt Me: ação de conjunto.

e. Reserva

- 3º Pel Fuz.

f. Prescrições diversas

.................................

4. LOGÍSTICA

- Ração R-2.

- Munição: de acordo com a dotação do pelotão.

- Meios de transporte Mtz a disposição do Cmt Pel.

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Freqüências

A-5

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A - 7

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- Cia: 5900 (Pcp) e 6750 (Altn)

- 1º Pel: 3275 (Pcp) e 6100 (Altn)

b. Senhas, contra-senhas e sinais de Rec:

c. Rádio em silêncio até a quebra do sigilo e livre logo após.

d. Dúvidas?

Após consultar o memento da retirada de dúvidas, o Cmt Pa fez asseguintes perguntas:

Poderá ser feito reconhecimento do itinerário e do objetivo?

Qual a natureza da tropa que reforça o inimigo?

O Cmt SU respondeu que há possibilidade de reconhecimento a pé eque a tropa é de infantaria a pé.

e. Acerto de relógios: “Quando disser hora, serão 0430h”.

A-6. PROVIDÊNCIAS INICIAIS

Nesse momento, após o recebimento da missão e da retirada das dúvidas,você como comandante do 1º/1ª/511º BI Mtz realizará o seu planejamento preliminar.É um processo mental e resumido, no entanto o comandante deverá fazer asanotações que julgar necessárias a fim de facilitar o seu estudo de situação.

a. Estudo sumário da missão

1) O quê? Destruir e neutralizar.

2) Quando?

- início do deslocamento: 2200h

- Horário da ação no objetivo: 050300 Set 03

- Início do retraimento: 050340 Set 03

3) Onde?

- local do objetivo: fazenda CANDIRU Qd (8315094750)

- Distância aproximada: 3,5 km

- Tempo de deslocamento estimado: 1h 30min

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Conseqüências do estudo sumário da missão

Necessidade de constituição de Gp Dest e de Ntz.

b. Planejamento da utilização do tempo

Tempo disponível para o cumprimento da missão a partir do término doseu recebimento – 22h30 (1350min).

c. Estudo de situação preliminar

1) Inimigo- Dispositivo: três homens guarnecendo a entrada da fazenda

CANDIRU e seis homens ocupando a instalação.- Valor: 1 (um) GC.- Efetivo: nove homens.- Natureza: tropa de infantaria a pé.Consequências do estudo do inimigoDispositivo, composição e valor: montagem de um Gp Ass, de um

Gp Ap F e de um Gp Ntz (o efetivo total desses três grupos será deaproximadamente 14 homens).

Natureza: devido ao fato de a tropa ser de infantaria a pé, não hánecessidade de conduzir armamento AC.

A-6

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A - 9

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2) Terreno e condições meteorológicas.- Da análise sumária do terreno e da vegetação, verifica-se que o

itinerário não permite o tráfego de viaturas.- Da análise das vias de acesso, observa-se que duas VA conduzem

à região do objetivo.- Da análise das condições de visibilidade, conclui-se que em virtude

da fase da lua e do tipo de vegetação existente na área de operações não teremosluminosidade no período da noite.

Conseqüências do estudo do terreno e das condiçõesmeteorológicas

- Impossibilidade do emprego de meios de transportes motorizados;- Organização da patrulha com um escalão de segurança a três

grupos; e- Necessidade do emprego de meios optrônicos de visão noturna.

3) Meios- Pessoal: emprego de todo o pelotão (maior poder relativo de

combate – 3 para 1).- Material: armamento e munição de dotação do pelotão.

4) Tempo- Para o planejamento: 3h 30min.- Para a partida: 17h 30min.- Para o cumprimento da missão: 22h 30min.

d. Planejamento da organização de pessoal e material

Baseado no estudo de situação preliminar chegou-se à seguinteorganização de pessoal e material da patrulha.

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e. Detalhamento do item Comunicações e Diversos da Ordem Preparatória

Quem faz o quê? (instruções particulares - atribuir responsabilidades).

SCmt / H Crt / Cmt Esc Ass - auxílio no Plj detalhado do Cmt.

Gp Aclh - auxílio ao gerente para apanha e distribuição do material.

Cb Aux 3º GC - recebimento e preparo do material do pessoalempregado no planejamento.

Gp Seg 1 - montagem do caixão de areia.

H Crt - preparar as cartas para a missão.

Gp Ass - confecção dos meios visuais.

SCmt - escolha do local de ensaio, preparação do local da ordem efiscalização.

Cmt Esc Ass - treinamento de gestos e sinais: alto em segurança,congelar, alto-guardado, P Reu, PRPO, inimigo à direita (esquerda), emboscadaimprevista, ponto crítico, Cmt Esc/Gp comigo, em frente e ultrapassagem porgrupos.

Radiop Gp Cmdo - coordenar e preparar o Eqp rádio da patrulha(impermeabilizar, ancorar antena, pré-sintonia, extrato da IE Com Elt etc).

Gerente - checar o trabalho do Radiop.

Gp Destruição - preparo do material de destruição.

A-7. OBSERVAÇÃO E PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO

a. Planejamento do reconhecimento

1) O que Rec? (Itn, P Reu, Obj e Atv Ini)

a) Itn: levantar no Itn (ida/regresso) estabelecido os pontos nítidos noterreno que facilitem a confirmação da orientação - Cmt Pa e homem-carta.

b) P Reu: verificar se os pontos de reunião locados na carta sãoadequados para reorganização da patrulha - Cmt Pa e homem-carta.

c) Objetivo- Checar as vias de acesso existentes, levantando a sua

transitabilidade para efeito de reforço do inimigo - Cmt Pa.- Confirmar os dados a respeito das instalações existentes na sede

da fazenda, a fim de calcular a necessidade de carga para a sua destruição - CmtEsc Ass.

- Levantar o efetivo inimigo - Cmt Pa e Esc Ass.- Atividade do inimigo - Cmt Pa e Esc Ass.

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- Levantar atividades recentes e atuais no local - Cmt Pa e EscAss.

2) Pedido de material (quem leva o quê?) - material previsto no QOPM.

3) Prever ligação rádio (IE Com Elt em vigor) - rádio restrito operado peloRadiop.

4) Designar quem fica no Cmdo e procedimentos caso não haja retornodentro dos prazos - Permanece o SCmt e este deverá Info Esc Supe.

5) Confeccionar um quadro para auxiliar:

O SCmt deverá organizar a patrulha antes de entrar no local da ordem,já realizando a divisão da mesma dentro dos escalões e grupos.

b. Ordem preparatória

1. SITUAÇÃO

Partindo-se da premissa de que a tropa já tem conhecimento da situaçãogeral, será explanada a situação particular que é a seguinte:

- uma patrulha de reconhecimento identificou na região da fazenda CANDIRUum depósito de gêneros e munições, funcionando como base de apoio às açõesde patrulhas inimigas ao longo do eixo da estrada do ENCANAMENTO.

a. Forças Inimigas

- Valor aproximado de um GC de infantaria a pé na fazenda CANDIRU.

b. Forças Amigas

- 2ª Cia Fuz na localidade de MARECHAL RONDON.

- 1ª Cia Fuz na região de chácara MANAUARA.

- 2º/2ª/511º BI Mtz - entroncamento rodovia 02 com estrada doENCANAMENTO.

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c. Meios recebidos e retirados

- Nenhum.

2.MISSÃO

- Destruir o depósito inimigo na fazenda CANDIRU e neutralizar sua guarniçãoaté 050300 Set 03.

3.QUADRO-HORÁRIO

- Somente os horários que interessam para a patrulha.

4. ORGANIZAÇÃO

Informar sobre as funções especiais e enunciar funções!

Os itens de 5 a 11 deverão ser abordados conforme constam no QOPM (videpágina A-10).

12. RECONHECIMENTO

- Após a O Prep haverá um Rec no terreno onde serão empregados osseguintes militares: eu, Cmt Esc Ass, homem-carta e o Radiop. Esses militares,após o término da ordem preparatória, permanecem no local para o recebimentoda ordem do reconhecimento.

13. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Dados

1) Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento:

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2) Freqüências:

Fração Principal Alternativa

Companhia 5900 6750Patrulha 3275 6100

3) Sinal para mudança:

- Pcp => Altn: Encontramos Curumin (3 vezes)

- Altn => Pcp: Mutum pousou (3 vezes)

4) Indicativos Rádio:

5) Autenticação - 1(um) alfabeto.

6) Rádio em silêncio até ação no objetivo e livre após a quebra do sigilo.

7) Processo de codificação.

P E T A R D O

C H I V U N K

Números: somar um.14. DIVERSOS

a. Instruções particulares

- SCmt / H Crt / Cmt Esc Ass - auxílio no Plj detalhado.

- Gp Aclh - auxílio ao gerente na apanha e distribuição do material.

- Cb Aux 3º GC - recebimento e preparo do material do pessoal empregadono planejamento.

- Gp Seg 1 - montagem do caixão de areia.

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- Gp Ass - confecção dos meios visuais.

- SCmt - escolha do local de ensaio, preparação do local da ordem efiscalização.

- Cmt Esc Ass - treinamento de gestos e sinais.

- Radiop Gp Cmdo - coordenar e preparar o equipamento rádio da Pa.

- Gp Destruição - preparo do material de destruição.

b. Outras prescrições

- Cadeia de Cmdo: definir!

- Sd Beltrano do Gp Seg 1, você receberá ordem de quem?

- Durante a preparação da patrulha estarei no Rec até 1200h, duranteesse período qualquer dúvida será sanada com o SCmt.

- A próxima reunião da patrulha será às 1430h para a emissão da ordemà patrulha.

- Dúvidas?

- Acerto dos relógios. Quando eu disser hora serão 0700h. Um minutofora...

A-8. RECONHECIMENTO

- Consultar o quadro auxiliar:

Será realizado no terreno no prazo de 5h, de acordo com o planejamento doRec complementado com um estudo na carta e de fotografias/esboços da regiãode operações. O grupo que fará o reconhecimento atuará caracterizado, havendodessa forma necessidade uma estória-cobertura coletiva caso o grupo caia comoPG e um ensaio da ação.

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A-9. PLANEJAMENTO DETALHADO (MITeMeT)

- Estudo de Situação

1) Missão

- Destruir um depósito inimigo em fazenda CANDIRU e neutralizar asua guarnição até 050300 Set 03 (já levantada no estudo sumário).

- O quê?Destruir e neutralizar.

- Quando?- início do deslocamento: 2200h- horário da ação : 0300h do dia 5 Set- início do retraimento: 0340h do dia 5 Set

- Onde?- local do Obj: Faz CANDIRU Qd(8315094750)- Itn: através campo no Az 232º- distância: 3,5 km- tempo de deslocamento: 1h 30 min

- Para quê? Tudo com a finalidade de dificultar o apoio logístico doIni e com isso enfraquecer suas possibilidades de atuação na área de operações.

2) Inimigo

- Efetivo aproximado de 9 (nove) homens na fazenda CANDIRU.

- Armt e equipamento similar ao nosso.

- O inimigo pode realizar emboscadas ao longo da estrada DOENCANAMENTO.

- O inimigo pode receber reforço, na fazenda CANDIRU, dentro de 30minutos.

- Tem deficiência na exploração das comunicações.

- Tem apresentado deficiência em seu sistema de contra-inteligência,favorecendo o levantamento de um grande volume de dados a seu respeito.

3) Terreno e condições meteorológicas - OCOAO (no Itn e Obj)

a) Observação e Campos de tiros(1) No Itn

- No Itn de ida/Itn regresso a observação é facilitada tendo emvista a conformação do terreno, proporcionando bom comandamento em todo odeslocamento.

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- A vegetação densa em alguns trechos do Itn dificulta o empregoeficaz do tiro tenso das armas automáticas. Nas demais áreas em que não hápredominância de vegetação densa os campos de tiro são favoráveis aos fogosdiretos.

(2) No Obj (morro DA SANTANA)

- Permite a Obs aproximada sobre a fazenda CANDIRU e ainstalação de um bom PO em sua parte mais alta.

- Há muito boas condições para a execução de tiros de armasautomáticas sobre a fazenda CANDIRU em função da ondulação suave do terreno,proporcionando rasância. Apesar de o terreno ser um pouco recortado, permitebom flanqueamento sobre a área da fazenda.

b) Cobertas e abrigos(1) No Itn

Inicialmente, a vegetação ciliar existente, que é abundante,oferece algumas cobertas, principalmente nas partes mais baixas do terreno. Nasencostas das elevações, a proteção é proporcionada apenas nas áreas em queexiste a mata densa. Nos campos, essa proteção fica um tanto exígua, sendopossível se aproveitar apenas as dobras e erosões existentes no terreno.

(2) No Obj

- Na R Altu do morro DA SANTANA, devido à existência devegetação e de dobras no terreno, teremos facilidade para a tomada do dispositivoda Pa.

- Nas imediações da região onde está localizada a fazenda,inexistem no terreno cobertas e abrigos para o Ini.

c) Obstáculos(1) No Itn

- Os trechos assinalados na carta como intransitáveis nãopermitem o tráfego de nenhum tipo de Vtr.

- As matas densas assinaladas na carta impedem o movimentode viatura e dificultam o Mvt de tropa a pé.

- A vegetação ciliar é abundante e dificulta a progressão detropa a pé.

- O ribeirão GUAPORÉ, a jusante do rio DAS FLORES, impedeo movimento de tropa a pé em qualquer época do ano.

- As regiões assinaladas na carta como alagadas são obstáculosa tropa a pé.

(2) No Obj

Atentar para as regiões alagadas e para as matas densas naárea do objetivo.

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d) Acidentes Capitais(1) No Itn

Elevações que permitam comandamento asseguram a Obs e oAp F em boas condições durante o deslocamento (levantar na carta e durante oreconhecimento).

(2) No Obj

Morro DA SANTANA permite a montagem e o desembocar doassalto à fazenda CANDIRU.

e) Crepúsculo, luar e vento(1) Prazo para o início de cumprimento da missão

- No dia 4 Set: Lua nova (0600h -1800h).

- FCVN :1830h.

- Tempo de luz total = 11h.

- Tempo de luz durante a noite (luar) = nenhum.(2) Vento

Direção e velocidade favoráveis ao emprego de fumígenos.(3) Gradiente

Favorável ao emprego de fumígenos.

4) Meios

Mantém o QOPM.

5) Tempo

Mantém o quadro-horário.

6) População

- Atitude favorável às nossas tropas.

- Embora a população seja favorável, deve ser evitado o deslocamentoem localidades em função do sigilo da missão.

7) Conclusão

Analisando os fatores da decisão (MITeMeT) levantei duas linhas deação possíveis, as quais diferem basicamente pelo dispositivo adotado na açãodo objetivo. Na LA 1, os Gp de Ass, Ap F, Ntz e Dest foram posicionados a nortedo Obj; já na LA 2 os mesmos grupos foram posicionados a noroeste do Obj.Comparando as duas linhas de ação levantadas, com base no terreno, na rapidezdesejada, no dispositivo do inimigo, no objetivo e nos princípios de guerra, opteipela adoção da LA 1.

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Fig A-3. Linha de ação Nr 1

Fig A-4. Linha de ação Nr 2

8) Coordenação dos apoios

Não é o caso falar nesse caso esquemático.

9) Ordens aos elementos subordinados

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10) Seqüência das ações

a) Ação no objetivo(1) Plano de reconhecimento aproximado (escolher um PO que

proporcione sigilo e boa visada; planejar o itinerário para abordar o PO; levar osCmt Gp; prever materiais especiais, como OVN; prever tempo de permanência noPO para verificar rotina do Ini e realizar o briefing “Q3OM”).

- Ocuparemos o posto de observação da elevação morro DASANTANA.

- Abordaremos a elevação pela sua porção norte.

- Irão me acompanhar no Rec Aprx os seguintes Cmt Gp: Ass,Dest, Ap F, Seg 1, Seg 2 e os observadores do objetivo.

- Os Elm participantes do Rec Aprx possuidores de OVN deverãoconduzi-lo.

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- Iremos permanecer no PO até 2230h. Os Obs do Objpermanecerão no local até a Pa ter tomado o dispositivo.

- Caso haja a quebra prematura do sigilo, determinarei ao SCmtvia rádio a tomada do dispositivo e o assalto imediato.

(2) Tomada do Dispositivo (seqüência de ocupação dos grupos,lembrar de primeiro isolar a área com os Gp Seg e abordar o Obj pelo itineráriomenos provável).

- Liberarei os Gp Seg 1 e 2 para ocuparem suas posições. Após opronto via rádio ou trinta minutos depois, liberarei o Esc Ass na seguinte seqüência:Gp Ass, Gp Ap F, Gp Ntz e Gp Dest.

(3) Ação no objetivo propriamente dita (determinar o que vaicaracterizar o início da ação, detalhar cronologicamente quem vai fazer o quê,como e para quê, selecionar a técnica de assalto, ordenar as ações impostaspelos verbos da missão, após o assalto fazer a segurança aproximada do objetivocom o grupo de assalto para que os grupos de tarefas essenciais possam atuar).

- Às três horas serão desencadeados os fogos pelo Gp Ass e ApF. O início da ação será caracterizada pelo fogo do Gp Ap F. O sinal para o cessarfogos será feito mediante vários silvos de apito. A partir desse momento, o assaltocomeçará a progredir utilizando a técnica de assalto contínuo, ultrapassando oobjetivo em torno de 30m, realizando a segurança aproximada do Esc. O Gp deNeutralização, que progredirá à retaguarda do Gp Ass, neutralizará osremanescentes do efetivo inimigo que se encontrarem no local. Logo após estaação, o Cmt do Gp de destruição escorvará as cargas e, auxiliado pelos demaisintegrantes do grupo, irá instalar as mesmas na construção. O Cmt Gp irádesenrolar o fio condutor e dará o pronto para o Cmt Pa. Após esta ação,determinarei que o Esc Ass retraia para o PRPO. Após o pronto dos Cmt Gp Asse Ntz ao ultrapassarem a crista topográfica do morro da SANTANA, ordenarei queo Cmt Gp Dest acione a carga. Tão logo seja ouvido o estampido da destruição,verificarei, de uma posição abrigada, se a missão foi cumprida.

(4) Retraimento ao PRPO (prever a seqüência de retraimento dosgrupos, lembrar que os Gp de Seg são os últimos a retraírem).

- Primeiro irá retrair o Gp Ass e Ntz, enquanto ocorre a instalaçãoda carga. Após o acionamento dos explosivos, o Gp Dest retrairá. Após a chegadado Gp Dest no PRPO, os grupos de segurança receberão a ordem via rádio pararetraírem.

(5) Reorganização

- O SCmt receberá os prontos dos Cmt Gp, após a conferênciadas baixas, equipamento, armamento e munição e colocará a Pa na O Mvt para oregresso. O Radiop estabelecerá Ctt com Esc Supe informando o cumprimentoda missão.

b) Deslocamento até o PRPO- Itinerário principal e secundário, pontos de reunião no itinerário,

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azimutes, distâncias e azimute de fuga: conforme Q Aux Nav.

- Alto guardado – ocupar dispositivo circular com os mesmos setoresdo PRPO, Mdt O.

- Alto em segurança – NGA do Pel, tão logo esclarecedores passemo sinal, tomar a posição de pares à direita e impares à esquerda.

- Formações e ordem de movimento - a mesma do Itn de ida.- Partida e regresso das linhas amigas: trocar senha e contra-senha.- Nos pontos de reunião e prazos correspondentes: se houver uma

dispersão, a Pa retorna ao último P Reu. Neste ponto de reunião, o militar denumeração mais baixa tomará as seguintes providências: se dentro de trintaminutos 2/3 da Pa se reorganizar, segue-se para a Aç Obj; ou, se nesse temponão houver chegado esse efetivo, a Pa retrai para a B Cmb. O sinal de que a Paseguiu para o Obj será um triângulo de pedras no local do P Reu. O sinal de que aPa retraiu para a B Cmb será um empilhamento de pedras neste mesmo local.

- Ação nas áreas perigosas e pontos críticos: parar, olhar, cheirar eouvir (POCO) e estabelecer a Seg (antes e após o Pt Ctc). Após reconhecimentodos esclarecedores, ultrapassar a área ou ponto crítico conforme decisão do Cmt.Essa ultrapassagem será coordenada pelo SCmt.

- Ocupação do PRPO

Fig A-5 Ocupação de PRPO

- Os esclarecedores balizarão a direção 6-12h. A Pa irá seguirnessa direção e, pelo processo da ciranda, os grupos irão ocupar os seus setores.Após os Gp terem ocupado seus setores, os Cmt Gp irão ao centro do dispositivodando o pronto para o SCmt. A Pa já deverá tomar procedimentos para a

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camuflagem das mochilas. O Gp Cmdo permanece ao centro.c) Regresso às linhas amigas

- Seguir o quadro auxiliar de navegação.d) Outros

(1) Conduta com inimigos feridos e prisioneiros de guerra

- Antes e após a ação no objetivo: serão deixados no local eapenas revistados pelo Gp de neutralização.

(2) Conduta com feridos e mortos amigos

- Antes da ação no objetivo: serão deixados no P Reu com umsegurança do próprio Gp.

- Após a ação no objetivo: serão transportados pelos seusrespectivos grupos.

(3) Sinais e gestos a praticar

- Alto em segurança, congelar, alto guardado, P Reu, PRPO, Inià direita (esquerda), emboscada imprevista, ponto crítico, Cmt Esc/Gp comigo,em frente e ultrapassagem por grupos.

(4) Senha, contra-senha e sinais de reconhecimento

- Conforme O Prep.(5) Posição do comandante, subcomandante e do atendente

- Nos deslocamentos (o Cmt vai estar próximo ao homem-carta,o SCmt vai estar à frente do Gp Aclh e o Atd estará à testa do Gp Ass).

- Na ação no objetivo (o Cmt vai estar próximo aos Gp de assaltoe destruição ECD intervir no cumprimento da missão, o SCmt vai estar junto aoGp Ntz ECD substituir o Cmt e o Atd estará junto com o Gp Ntz).

(6) Hora do dispositivo pronto: 042150 Set 03.(7) Hora da partida: 042200 Set 03.(8) Reorganização após dispersão

- Ocupar um alto guardado no último P Reu. Os Cmt Gp verificarãoestado de saúde, efetivo, material e munição, dando o pronto ao SCmt.

(9) Revezamento do material pesado: dentro do Gp (SFC).(10) Conduta como PG: inutilizar de imediato todos os documentos

e o ferrolho do armamento por intermédio do acionamento de uma Gr incendiária.(11) Quebra prematura de sigilo (nas diversas fases)

- No Itn Ida: seguir Itn alternativo.

- Na ocupação do PRPO: realizar a tomada do dispositivo eexecutar o assalto imediato.

- Na ação no objetivo: caso a patrulha seja identificada durante

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a tomada do dispositivo, os grupos, de onde estiverem, partem imediatamentepara as respectivas posições e cumprem as missões previstas.

- No Itn regresso: seguir Itn alternativo.(12) Aborto da missão: perda do poder relativo de combate (efetivo

menor que 2/3), contato com escalão superior e retraimento para B Cmb.(13) Mdd Esp de Seg: ao se aproximar de um ponto crítico ou

abandonar um P Reu, deve-se realizar o POCO.(14) Ligação com outras patrulhas: troca de senha e contra senha.(15) As TAI (defensivas e ofensivas)

(16) Documentos levados pela patrulha: extrato da IE Com Elt nobolso superior esquerdo da gandola, a serem destruídos, SFC, pelo acionamentode Gr Incd.

(17) Estória-cobertura coletiva: destruir ponte no córrego CANDIRU.

A-10 ORDENS

ORDEM À PATRULHA

- Deverá ser emitida baseada no planejamento detalhado, podendo sofreralguma alteração durante sua expedição (SFC), durante os ensaios ou nos temposdestinados aos ajustes.

1. SITUAÇÃO

a. Forças Inimigas (que podem atuar contra a Pa)

- Efetivo aproximado de 9 (nove) homens na fazenda CANDIRU.

- Armt e equipamento similares aos nossos.

- O inimigo pode realizar emboscadas ao longo da estrada DOENCANAMENTO.

- O inimigo pode receber reforço, na fazenda CANDIRU, dentro de 30minutos.

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- Tem deficiência na exploração das comunicações.- Tem apresentado deficiência em seu sistema de contra-inteligência,

favorecendo o levantamento de um grande volume de dados a seu respeito.b. Forças Amigas

- PC do 511º BI Mtz na chácara MANAUARA.- 2ª Cia Fuz na localidade de MARECHAL RONDON.- 1ª Cia Fuz na região de chácara MANAUARA.- 2º/2ª/511º BI Mtz - entroncamento rodovia 02 com estrada DO

ENCANAMENTO.- Sec Mrt Me da SU em Aç Cj.

c. Meios recebidos e retirados

- Nenhum.

d. Área de Operações e Condições Meteorológicas

Conclusão a respeito das conseqüências para a nossa Pa de:

- ICMN - FCVN – não haverá luz já que anoitece às 1830h.

- Lua (fase) – não haverá luz da lua.

- Neblina – não há previsão de neblina.

- Ventos (Dir, Vel e quadrante) – favorável ao Emp de fumígenos.

- Chuva – não há previsão de chuvas.

- Temperatura – a temperatura permanecerá estável em torno de 20ºC.

- Gradiente - favorável ao Emp fumígenos.

- Características do terreno (resumo do OCOAO).

- No Itn de ida e regresso teremos uma limitada observação. A vegetaçãodensa, em alguns trechos do Itn, dificultará a progressão, a orientação e o tirodos fuzis e da Mtr. No objetivo, devido à existência de vegetação e de dobras noterreno, a tomada do dispositivo, a observação e a execução de fogos da Paserão facilitadas, enquanto que o ocultamento do Ini ficará dificultado.

2. MISSÃO (checar)

- Destruir o depósito inimigo na fazenda CANDIRU e neutralizar sua guarniçãoaté 050300 Set 03.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação

- A nossa patrulha realizará um deslocamento a pé, através campo, deaproximadamente 1h30; estabelecerá um PRPO nas proximidades da ponte

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sobre o córrego CANDIRU; isolará o objetivo; assaltará o depósito; eliminará aguarnição; destruirá as instalações existentes; reorganizará no PRPO eregressará para as linhas amigas.

b. Ordens aos Elm Subordinados

c. Prescrições Diversas (são os detalhes)

1) Hora do dispositivo pronto para início do deslocamento: 2150h.

2) Deslocamento até o PRPO.

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a) Hora de partida: 2200h.

b) Itn ida (usar o Q Aux Nav e 1/3 do caixão de areia)

c) Meios e processos de deslocamento e medidas de coordenação econtrole nos diversos trechos: a Pa irá se deslocar a pé, em coluna por um, e oCmt da Pa deverá ser informado pelo H Crt quando todo ponto de controle forultrapassado.

d) Formação inicial e ordem de movimento

e) Planos de embarque e carregamento: não será o caso (não falar).

f) Prováveis pontos de reunião: o P Reu 1 estará próximo à clareiraPIUM; o P Reu 2 é a ponte sobre o córrego CANDIRU etc.

g) Segurança nos deslocamentos e altos: deslocamentos e alto emsegurança - adotar o dispositivo de impares à esquerda e pares à direita; altoguardado - adotar o dispositivo de segurança para fora. Inserir missão dosesclarecedores.

h) Passagem pelos postos avançados amigos – trocar a senha econtra-senha.

i) Ocupação do PRPO: os esclarecedores balizarão a direção 6-12h.A Pa irá seguir nessa direção e, pelo processo da ciranda, os grupos irãoocupar os seus setores. Após os Gp terem ocupados seus setores, os Cmt Gpirão ao centro dando o pronto para o SCmt. O Gp Cmdo permanece ao centro.A Pa já deverá tomar procedimentos para a camuflagem das mochilas. (Checaros setores dos grupos).

3) Ação no objetivo

a) Rec Aproximado do Obj

- Ocuparei o PO da elevação Morro DA SANTANA.

- Abordarei a elevação pela sua porção Norte.

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- Irão me acompanhar no Rec Aprx os seguintes Cmt de Gp: Ass,Dest, Ap F, Seg 1, Seg 2 e os observadores do objetivo.

- Os Elm participantes do Rec Aprx possuidores de OVN deverãoconduzi-lo.

- Iremos permanecer no PO até 2230h.

- Os Obs Obj permanecerão no local até que o dispositivo sejatomado.

- Caso haja a quebra prematura do sigilo, determinarei a tomada dodispositivo e o assalto imediato.

b) Tomada do dispositivo (seqüência, controle etc). Mostrar nos 2/3 docaixão de areia e na sequência das ações.

- Liberarei os Gp Seg 1 e 2 para ocuparem suas posições. Após opronto via rádio, ou trinta minutos depois, liberarei o Esc Ass na seguinteseqüência: Gp Ass, Gp Ap F, Gp Ntz e Gp de destruição.

c) Ação no objetivo propriamente dita (mostrar no 2/3 do caixão deareia o esquema de manobra e a sequência das ações).

- Às três horas serão desencadeados os fogos pelo Gp Ass e Ap F.O início da ação será caracterizada pelo fogo do Gp Ap F. O sinal de cessarfogos será feito mediante vários silvos de apito. A partir desse momento, oassalto começará a progredir utilizando o assalto contínuo, ultrapassando oobjetivo em torno de 30m, realizando a segurança aproximada do Esc. O Gp deneutralização, que progredirá à retaguarda do Gp Ass, neutralizará osremanescentes do efetivo inimigo que se encontrarem no local. Logo após estaação, o Cmt do Gp de destruição escorvará a carga e, auxiliado pelos demaisintegrantes do grupo, irá instalar as mesmas na construção. O Cmt Gp irádesenrolar o fio condutor e dará o pronto para o Cmt Pa. Após esta ação,determinarei que o Esc Ass retraia para o PRPO. Após o pronto dos Cmt GpAss e Ntz ao ultrapassarem a crista topográfica do morro DA SANTANA, ordenareique o Cmt Gp Dest acione a carga. Tão logo seja ouvido o estampido dadestruição, verificarei, de uma posição abrigada, se a missão foi cumprida.

d) Retraimento para o PRPO

- Primeiro irá retrair o Gp Ass e Ntz enquanto ocorre a instalação dacarga. Após o acionamento dos explosivos, o Gp de destruição retrairá. Após achegada do Gp de destruição no PRPO, os grupos de segurança receberão aordem via rádio para retraírem.

e) Reorganização no PRPO

- O SCmt receberá os prontos dos Cmt Gp, após a conferência dasbaixas, equipamento, armamento e munição e colocará a Pa na O Mvt para oregresso. O Radiop estabelecerá Ctt com Esc Supe informando o cumprimentoda missão.

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4) Regresso

- Seguir o quadro auxiliar de navegação. As outras prescrições serão,NESSE EXEMPLO, idênticas ao itinerário de ida.

5) Outras prescrições

a) Situações de contingência

b) Ações em áreas perigosas e pontos críticos: parar, olhar, cheirar eouvir (POCO) e estabelecer a Seg (antes e após o Pt Ctc). Após reconhecimentodos esclarecedores, ultrapassar a área ou ponto crítico conforme decisão doCmt. Essa ultrapassagem será coordenada pelo SCmt.

c) Ações em contato com o inimigo(TAI)

d) Reorganização após dispersão: se houver uma dispersão, a Paretorna ao último P Reu. Nesse ponto de reunião, o militar de numeração maisbaixa tomará as seguintes providências: se dentro de trinta minutos 2/3 da Pase reorganizar, segue-se para a Aç Obj; ou se nesse tempo não houver chegadoesse efetivo, a Pa retrai para B Cmb. O sinal de que a Pa seguiu para o Objserá um triângulo de pedras no P Reu. O sinal de que a Pa retraiu para a BCmb será um empilhamento de pedras.

e) Tratamento com PG, mortos e feridos inimigos: não serão feitosPG; os mortos inimigos, antes e após a ação no objetivo, serão deixados nolocal e apenas revistados pelo Gp de neutralização.

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f) Conduta com mortos e feridos amigos: antes da ação no objetivoserão deixados no P Reu mais próximo com um segurança do próprio Gp. Apósa ação no objetivo serão transportados pelos seus respectivos grupos.

g) Conduta ao cair PG: inutilizar de imediato todos os documentos e oferrolho do armamento.

h) Conduta para pernoites: não será o caso (não falar).

i) Medidas especiais de segurança: ao se aproximar de um pontocrítico ou abandonar um P Reu, deve-se realizar o POCO.

j) Destino do material especial: não será o caso (não falar).

l) Rodízio do material pesado: não será o caso (não falar).

m) Contato com Elm amigo: não será o caso (não falar).

n) Ligação com outras patrulhas: não será o caso (não falar).

o) Prioridades nos trabalhos de OT: não será o caso (não falar).

p) Linhas de controle: não será o caso (não falar).

q) Como deve ser solicitado Ap F: durante toda a missão realizar Cttcom Esc Supe.

r) Documentos a serem conduzidos pela patrulha (procedimentos paradestruição): extrato da IE Com Elt no bolso superior esquerdo da gandola e adestruição mediante acionamento de Gr incendiária.

s) Procedimentos para os ensaios e inspeções: para os ensaios,treinaremos sem mochila, primeiramente dentro dos grupos e, em seguida, aPa como um todo. Na inspeção inicial todos deverão estar em coluna por um,com o material coletivo à frente do corpo. O SCmt explanará como será conduzidoo ensaio ao final da ordem.

t) EEI: não será o caso (não falar).

u) Estória-cobertura coletiva: destruir ponte no córrego CANDIRU.

v) Rodízio do material pesado: dentro do Gp (SFC).

x) Conduta com os civis: evitar o contato.

z) Azimutes de Fuga: - Itn Ida - 215º

- Itn regresso - 23º

4. LOGÍSTICA

- Ração, água, Armt/Mun.

- Prescrições para o ressuprimento.

- Uniforme e equipamento especial.

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- Medidas de higiene.

- Localização na Pa do atendente: no deslocamento ficará à frente do grupode assalto. Na ação do objetivo, ficará com o grupo de neutralização.

- Local PS, posto de refúgio, P Col PG etc. Não será o caso (não falar).

- Processo de evacuação (pessoal e material): não será o caso (não falar).

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Comunicações

1) Retificar ou Ratificar e checar.

2) Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento.

3) Freqüências.

4) Sinal para a mudança.

- Pcp => Altn: Encontramos Curumin (3 vezes).

- Altn => Pcp: Mutum Pousou (3 vezes).

5) Indicativos-rádio.

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6) Autenticação - 1 (um) alfabeto

7) Rádio em silêncio até ação no objetivo e livre após a quebra do sigilo.

8) Processo de codificação

P E T A R D O

C H I V U N K

Números: somar 1.

b. Comando

- Localização Cmt e SCmt.

- Nos deslocamentos (o Cmt vai estar próximo ao homem-carta e o SCmtvai estar à frente do Gp Aclh).

- Na ação no objetivo (o Cmt vai estar próximo aos Gp de Assalto edestruição ECD intervir no cumprimento da missão e o SCmt vai estar junto aoGp Ntz ECD substituir o Cmt).

- Cadeia de comando (confirmar/alterar O Prep)

- Dúvidas?

OBSERVAÇÕES

- Inspecionar o conhecimento de missões específicas e de aspectos quedevam ser do conhecimento geral, por parte dos patrulheiros (senhas, freqüênciasetc).

- Checar o conhecimento das missões individuais e coletivas (se for ocaso, fazê-lo no caixão de areia).

- Checar acerto de relógios: Sd Fulano que horas são no seu relógio.

A-11. FISCALIZAÇÃO (INSPEÇÕES)

a. Inspeção Inicial

1) Inspeção Teórica

Devido à premência de tempo, o comandante realizará uma inspeçãoteórica considerando os aspectos essenciais ao cumprimento da missão. Porexemplo: fará perguntas aos integrantes da patrulha quanto à missão, senha,contra-senha, freqüência etc.

2) Inspeção Prática

O comandante deverá dispor os integrantes da patrulha de forma queseja possível inspecionar tátil e visualmente conforme explicado no Art VII do Cap3 deste Caderno de Instrução.

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b. Ensaio

Conduzido pelo subcomandante e fiscalizado pelo comandante conformeo seu planejamento, dentro da sua ordem de prioridade (ação do objetivo, ida eregresso etc), por missões específicas, grupos, escalões e a patrulha como umtodo.

c. Inspeção Final (checar os itens no memento)

- Deverá ser inspecionada novamente a camuflagem, ajustagem doequipamento, cantis plenos, o estado físico dos homens. Após isso, serácomandado “CARREGAR AS ARMAS” e inspecionado se as mesmas estãotravadas. A patrulha está pronta para partir.

"No campo de batalha, o verdadeiro inimigo é o medo e não a baionetaou a bala. Todos os meios que visam a obter a união dos esforços exigem unidadede doutrina."

( citação no livro "Homens ou fogo?")

A-11

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B - 1

CI 21-75

ANEXO "B"

MEIOS VISUAIS

B-1. FINALIDADE

a. Este anexo tem por finalidade apresentar uma sugestão de meios visuaisa serem utilizados na transmissão de uma Ordem Preparatória (O Prep) e de umaOrdem à Patrulha (O Pa).

b. Entende-se que uma ordem será melhor compreendida se permitir aopatrulheiro acompanhar nesses meios detalhes pertinentes a sua preparação eação.

c. A confecção de uma maior quantidade de meios estará em consonânciacom o tempo disponível para planejamento e preparação, cabendo ao Cmt Padecidir o que deve ser confeccionado prioritariamente.

d. São meios considerados úteis para a O Prep: situação, missão,organograma, quadro-horário, QOPM, comunicações e eletrônica. Estes meiostambém deverão ser utilizados na O Pa.

e. São meios especificamente utilizados na O Pa: caixão de areia, quadroauxiliar de navegação, Ordem de Movimento (O Mvt), plano de carregamento eembarque, PRPO, Rec Aprx, situações de contigência, TAI e planejamento doensaio.

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B - 2

CI 21-75-1

Fig B-1. Meios Visuais

B-1

Page 198: Ci 21 75 patrulhas

B - 3

CI 21-75-1

Fig B-2. Situação

Fig B-3. Missão

B-1

Page 199: Ci 21 75 patrulhas

B - 4

CI 21-75-1

Fig B-4. Organograma

Fig B-5. Quadro-horário

B-1

Page 200: Ci 21 75 patrulhas

B - 5

CI 21-75-1

Fig B-6. QOPM

Fig B-7. Comunicações

B-1

Page 201: Ci 21 75 patrulhas

B - 6

CI 21-75-1

Fig B-8. Caixão de Areia

Fig B-9.Quadro auxiliar de navegação

B-1

Page 202: Ci 21 75 patrulhas

B - 7

CI 21-75-1

Fig B-10. Ordem de movimento

Fig B-11. Plano de carregamento e embarque

B-1

Page 203: Ci 21 75 patrulhas

B - 8

CI 21-75-1

Fig B-12. Dispositivo do PRPO

Fig B-13. Reconhecimento Aproximado

B-1

Page 204: Ci 21 75 patrulhas

B - 9

CI 21-75-1

Fig B-14. EC Coletiva

Fig B-15. Situação de Contingência

B-1

Page 205: Ci 21 75 patrulhas

B - 10

CI 21-75-1

Fig B-16. TAI

Fig B-17. Planejamento de ensaio.

B-1

Page 206: Ci 21 75 patrulhas

C - 1

CI 21-75

ANEXO "C"

MEMENTO DO COMANDANTE DE PATRULHA

C-1. RECEBIMENTO DA MISSÃO

- Fazer anotações e retirar dúvidas sobre os itens relacionados

1) Inimigo

- Localização.

- Valor, composição, dispositivo no itinerário e no objetivo, e moral.

- Atividades recentes e atuais.

- Equipamento, armamento e uniforme.

- Atividades da F Ae.

- Identificação.

- Grau de instrução.

- Peculiaridades.

- Possibilidades e limitações.

2) Forças amigas

- Localização dos postos amigos.

- Limites da zona de ação.

- Outras tropas na área.

- Reforço.

- Apoio de fogo.

- Elementos infiltrados, simpatizantes, guias e informantes.

- Prescrições quanto a presos e mortos.

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C - 2

CI 21-75-1

3) Terreno

- Observação e campos de tiro.

- Cobertas e abrigos.

- Obstáculos.

- Acidentes capitais (de nossa posse e do inimigo).

- Outros aspectos (faixas de infiltração e rotas de aproximação aérea).

- Possibilidades de reconhecimento, meios disponíveis etc.

4) Condições meteorológicas

- Início do crepúsculo matutino náutico (ICMN) e fim do crepúsculovespertino náutico (FCVN).

- Lua (grau de luminosidade durante os deslocamentos e ação no objetivo).

- Ventos.

- Chuvas (previsão).

- Temperatura.

- Influência da maré.

- Influência do gradiente térmico no emprego de fumígenos (lapse, inversãoou neutralidade).

5) Meios disponíveis

- Cartas, croquis, fotografias, relatórios e outros.

- Meios para o deslocamento.

- Guias, mateiros, rastreadores e práticos.

- Especialistas.

- Material, armamento e equipamento especial.

- Restrições impostas pela situação e pelo comando (prazos, locais etc).

6) Missão

- SFC, retirar dúvidas sobre os elementos essenciais de inteligência eoutros dados pertinentes ao cumprimento específico da missão.

7) População

- Atitude perante a tropa.

- Localização.

- Atividades predominantes.

- Existência na região do objetivo.

C-1

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C - 3

CI 21-75-1

- Procedimentos e condutas a serem adotadas.

8) Elementos a contactar, resgatar e capturar

- Identificação, características e fotos.

- Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento.

- Sinais de ponto limpo e ativado.

- Estória-cobertura.

9) Regras de Engajamento

- Condutas de engajamento com o inimigo ou forças adversas.

10) Comando e comunicações

- Instruções para a exploração das comunicações e eletrônica (IE ComElt).

- Horários de ligação.

- Localização dos PC.

- Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento.

- Acerto de relógio.

11) Coordenação e controle

- Horários impostos

- Ultrapassagem das linhas amigas.

- Unidades de apoio.

- Especialistas.

- Briefings.

- Outras patrulhas.

- Ligações com tropas amigas.

- Linhas e pontos de controle.

C-2. ESTUDO SUMÁRIO DA MISSÃO

É um processo mental e sintético baseado em perguntas. No entanto, o Cmtda Pa deverá fazer as anotações que julgar necessárias a fim de facilitar o seuestudo de situação.

Responder:

- O quê? (poderá ser retirada da O Op do Esc Supe, no seu parágrafos 2º -Missão ou de ordem verbal aonde serão identificadas as ações impostas evisualizadas as ações complementares).

C-1/C-2

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C - 4

CI 21-75-1

- Quando? (horários do início do deslocamento, da ação no objetivo, doretraimento etc).

- Onde? (local do Obj, Itn, distâncias, meios de Trnp, tempo de deslocamentoetc).

C-3. PLANEJAMENTO DA UTILIZAÇÃO DO TEMPO

Um exemplo de prazo para o cumprimento da missão (do recebimento damissão à entrega do relatório)

OBSERVAÇÕES

1. Conforme a missão recebida, prever horários para:

- Refeições, ajustes, contatos, pernoites etc.

2. De acordo com a disponibilidade de tempo, estes horários poderãoestar concomitantes com os de outras atividades.

3. Na distribuição da carga horária para cada atividade prever maistempo para ensaio e Estudo de Situação, nesta prioridade.

4. O Plj da utilização do tempo é realizado na ordem inversa e transmitidoà Pa na ordem cronológica.

5. Não prever atividades dispersivas (pernoites, refeições etc) após oúltimo ensaio e a partida.

C-4. ESTUDO DE SITUAÇÃO PRELIMINAR

- Este estudo é sucinto e está direcionado para o levantamento da organizaçãode pessoal e material da Pa.

C-2/C-4

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C - 5

CI 21-75-1

a. Inimigo

- Dispositivo (onde e como está desdobrado).

- Composição (organização).

- Valor (efetivo).

- Natureza.

OBSERVAÇÃO: levantar conseqüências para a organização de pessoal ematerial .

b. Terreno e condições meteorológicas

- OCOAO (no Itn e Obj).

- Crepúsculo, luar, vento etc.

OBSERVAÇÃO: Levantar conseqüências para a organização de pessoale material.

c. Meios

- Pessoal e material: necessidades X disponibilidades.

- Prazos e imposições.

d. Tempo

- Tempo disponível para o planejamento, a partida, o cumprimento da missãoetc.

C-5. ORGANIZAÇÃO DA PATRULHA (DE ACORDO COM A MISSÃORECEBIDA)

- Lembrar que a organização da patrulha deve ser de acordo com a missãorecebida do escalão superior. As funções de subcomandante, gerente, homem-carta, Cmt de escalões e grupos deverão ser desempenhadas por graduados dafração (de acordo com a organização da Pa, o comando de outros grupos e afunção de homem-carta poderão ser desempenhados por Cb e Sd). Além disso, ogerente e o homem-carta devem ser de grupos com missões mais simples (menosimportantes), devido à importância e complexidade de suas atividades.

- Freqüentemente, integrarão o grupo de Cmdo da Pa apenas o Radiop e/oumensageiro. Guias, pilotos, atendentes e outros poderão também compor estegrupo. O SCmt poderá integrar este grupo ou, o que é mais normal, comandar umdos escalões.

- Atribuir a grupos já constituídos missões específicas, tais como balizamentode aeronaves, revista e/ou condução de PG, mortos Ini e feridos, Idt dactiloscópicaetc. Estabelecer o que cada grupo tem que fazer, caso não haja uma NGA dopelotão.

C-4/C-5

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C - 6

CI 21-75-1

- A equipe de navegação deverá ser constituída por integrantes do grupo dohomem-carta, procurando-se manter a integridade tática.

a. Patrulha de Combate

b. Patrulha de Emboscada

c. Patrulha de Reconhecimento de Ponto

d. Patrulha de Rec de Área e Itinerário

C-6. PLANEJAMENTO DO MATERIAL E PESSOAL A SER EMPREGADO NAPATRULHA (Confecção do QOPM da Pa)

C-5/C-6

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C - 7

CI 21-75-1

OBSERVAÇÃO:

- Prever Mat, Armt, Mun etc, para o ensaio e para o Rec quando for o caso.

- Planejar a distribuição de material pesado (Cx Btr, Mun AC, Mun FAP, MunMAG, explosivos etc) por grupos.

C-7. PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO

Lembrar que será uma missão dentro da principal e, portanto, deverá serautorizada pelo escalão superior, bem como deverão ser feitas as coordenaçõesnecessárias.

a. O que Rec? (Itn, P Reu, P Ctc, Obj, Atv Ini etc).

b. Quem reconhece o quê, quando e como reconhece? (EC, duração,Seg, coordenação, Prep Indv etc).

c. Pedido de material (quem leva o quê?).

d. Prever ligação rádio (IE Com Elt em vigor).

e. Designar quem fica no Cmdo e procedimentos caso não haja retorno dentrodos prazos.

f. Confeccionar um quadro para auxiliar:

C-6/C-7

Page 213: Ci 21 75 patrulhas

C - 8

CI 21-75-1

C-8. ORDEM PREPARATÓRIA

A fim de facilitar a sua emissão, organizar os Esc e Gp para a entrada nolocal da ordem.

1. SITUAÇÃO (explicar sucintamente a situação geral e particular)

a. Forças Inimigas (localização e natureza).

b. Forças Amigas (localização e natureza).

2. MISSÃO (conforme a recebida do escalão superior)

3. QUADRO-HORÁRIO (aquilo que interessa aos patrulheiros a partir da OPrep, transmitido na ordem cronológica)

4. ORGANIZAÇÃO (enunciar funções)

5. UNIFORME E EQUIPAMENTO INDIVIDUAL

6. ARMAMENTO E MUNIÇÃO

7. MATERIAL DE COMUNICAÇÕES

8. MATERIAL DE DESTRUIÇÕES

9. MATERIAL ESPECIAL

10. RAÇÃO E ÁGUA

11. MATERIAL E PESSOAL PARA O RECONHECIMENTO E ENSAIO

12. RECONHECIMENTO

(informar o pessoal que irá no Rec, abordar prescrições de interessegeral e o local da emissão da O Rec)

13. COMUNICAÇÕES

- Comunicações (determinar os patrulheiros que devem anotar).

- Senha e contra-senha do escalão superior e patrulha e Pa, bem comohorários para mudança.

- Sinal Rec, senha e contra-senha para contatos.

- Sinal Rec, Frq Pcp e Altn do escalão superior e da patrulha, horários esenhas p/ mudança.

- Indicativos rádio.

- Autenticações.

- Horários de ligação.

- Prescrições rádio.

- Processo de Codificação da IE Com Elt.

- Sinais convencionados (pirotécnicos, visuais e acústicos).

C-8

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C - 9

CI 21-75-1

- Outros dados da IE Com Elt.

14. DIVERSOS

a. Instruções Particulares (atribuir responsabilidades) - Auxílio ao Cmt no planejamento detalhado (SCmt, Cmt Esc e Cmt

Gp - SFC). - Auxílio ao gerente na distribuição do material - Recebimento e Prep do Mat dos homens empregados no planejamento - Confecção do caixão de areia, croqui ou outros meios visuais para a

emissão da O Pa (sugestão: situação, missão, quadro-horário, quadro-horário doensaio, O Mvt, plano de embarque e carregamento, quadro auxiliar de navegação,quadro das TAI, PRPO, quadro do Rec Aprox, objetivo, quadro de condutasalternativas, Com Elt etc).

- Escolha do Loc ensaio. - Treinamento de sinais e gestos (alto, avante, congelar etc). - Ensaio da estória-cobertura caso recebida do Esc Supe. - Prescrições para alimentação e pernoite (SFC). - Preparo e testes de equipamentos e materiais especiais (pré-sintonia

e impermeabilização das estações rádio, testes de explosores e bobinas, OVN,GPS etc).

- Preparo da Pa para missões específicas (lançamento de meios detravessia de cursos d’água, preparo de remos, outros Eqp especializados parainfiltração, fardos, Vtr, Blz Anv, conversação terra-avião etc) - SFC.

b. Outras prescrições

- Cadeia de Cmdo (checar).

- Durante a preparação da Pa estarei... (planejando em tal local,reconhecendo o objetivo até tal hora etc).

- A próxima reunião será às ... (hora), em ... (local), para ... (expediçãoda O Pa etc).

- Dúvidas?

- Acerto dos relógios (Quando eu disser: “Hora”, serão ...;... minutosfora;... segundos fora; “Hora”).

C-9. RECONHECIMENTO

- Emissão da ordem de reconhecimento.

- Execução conforme planejado.

C-8/C-9

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C - 10

CI 21-75-1

C-10. PLANEJAMENTO DETALHADO

1. ESTUDO DE SITUAÇÃO (MITeMeT)

Vai permitir chegar à melhor linha de ação, especificando homens, material,horários, itinerários e ações a realizar.

a. Missão (a recebida do Esc Supe), agora será verificado quem faráo quê).

- O quê? (ações que devo realizar).- Quando? (horários do início do deslocamento, da ação no objetivo,

do retraimento etc).- Onde e por onde? (local do Obj, Itn, distância, meio de Trnp,

tempo de deslocamento etc.)- Como? (visualização do esquema de manobra).- quem faz o quê? (escalões, grupos, homens etc).- Para quê? (finalidade da missão).

b. Inimigo- Dispositivo (onde e como está desdobrado).- Composição (organização).- Valor (efetivo).- Atividades importantes recentes e atuais.- Peculiaridades e deficiências (explorar).

c. Terreno e Condições Meteorológicas- OCOAO (no Itn e Obj).- Crepúsculo, luar, vento etc.

d. Meios- Pessoal e material: necessidades X disponibilidades.- Prazos e imposições.

e. Tempo- Tempo disponível para o planejamento, partida, cumprimento da

missão etc.

OBSERVAÇÃO: população- Atitude (hostil ou não)- Valor como fonte de dados

C-10

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C - 11

CI 21-75-1

2. COORDENAÇÃO COM OS APOIOS

a. Com unidades em apoio ou reforço (fogo, naval, aéreo etc).

b. Contato com especialistas

c. Briefing- Levar memento pronto.- Levar o integrante da patrulha empenhado no contato.- Acertar a presença na emissão da ordem à patrulha.- Acertar o ensaio conjunto.

3. APÓS A COORDENAÇÃO, PLANEJA-SE A SEQÜÊNCIA DAS AÇÕES

a. Ação no Obj (elaborar o esquema de manobra).1) Plano de Reconhecimento Aproximado.2) Tomada do Dispositivo.3) Ação no Objetivo propriamente dita.4) Retraimento ao PRPO.5) Reorganização.

b. Deslocamento até o PRPO1) Plano de carregamento e embarque.2) Itinerário principal e secundário (com linhas e pontos de controle).3) Pontos de reunião no itinerário.4) Coordenação com o homem-carta.5) Levantar azimutes, distâncias e azimute de fuga.6) Conduta da Patrulha.

- Alto-guardado, alto em segurança.- Formações, ordem de movimento, rodízio de material etc.- Partida e regresso das linhas amigas.- Verificar pontos de reunião e prazos correspondentes.- Atuação nos contatos.- Ação nas zonas perigosas e pontos críticos.OBSERVAÇÃO: Na Infl Amv o Cmt Pa define local do Emb e Dbq; o

piloto planeja o Itn a seguir em conjunto com o Cmt.

c. Ocupação do PRPO

d. Regresso às linhas amigas- Abordar os mesmos itens do Dslc até o PRPO, no que for aplicável.

e. Outros- Conduta com inimigos feridos e prisioneiros (antes e após a ação no

objetivo).

C-10

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C - 12

CI 21-75-1

- Conduta com feridos e mortos amigos (antes e após a ação no objetivo).- Sinais e gestos a praticar.- Comunicações com o escalão superior.- Senha, contra-senha e sinais de reconhecimento.- Posição do comandante, subcomandante (nos deslocamentos e na

ação no objetivo).- Hora do dispositivo pronto.- Hora da partida.- Reorganização após dispersão.- Revezamento do material pesado.- Conduta como PG (documentos, material especial, armamento,

estória-cobertura coletiva etc).- Quebra prematura de sigilo (nas diversas fases).- Aborto da missão (situação que o caracteriza e conduta).- Conduta para pernoite (B Pa, Área de reunião, ARC - SFC).- Mdd Esp de Seg (contra-rastreamento).- Contato com Elm amigos infiltrados (quem, como, senha etc).- Ligação com outras patrulhas.- Linhas de controle.- As TAI (defensivas e ofensivas).- Apoio de fogo (como solicitar, até onde pode apoiar).- Documentos levados pela patrulha.- Elementos Essenciais de Inteligência (EEI).

4. APÓS O PLANEJAMENTO, PREPARAR-SE PARA A EMISSÃO DAORDEM À PATRULHA

- Para o início da ordem, a Pa deverá estar ECD partir (aprestamento -Armt, Mun, Mat, Eqp, Com, camuflagem, gestos ensaiados etc) e disposta dentrodos grupos.

C-11. ORDEM À PATRULHA

- Deverá ser emitida baseada no planejamento detalhado, podendo sofreralguma alteração durante sua expedição (SFC), durante os ensaios ou nos temposdestinados aos ajustes.

1. SITUAÇÃO

a. Forças Inimigas (que podem atuar contra a Pa)- Localização.- Valor, composição e dispositivo.- Armamento, equipamento e uniforme.

C-10/C-11

Page 218: Ci 21 75 patrulhas

C - 13

CI 21-75-1

- Identificação.- Atividades recentes e atuais.- Movimentos.- Atividades da Força Aérea.- Possibilidades e limitações.

b. Forças Amigas- Localização, limites da Z Aç (até dois Esc acima/Elm Viz).- Contatos.- Apoios (de fogo, aéreo, outros).- Outras Pa.- Atividades da Força Aérea.

c. Meios recebidos e retirados (quais, a partir de, até quando e como).

d. Área de Operações e Condições MeteorológicasConclusão a respeito das conseqüências para a nossa Pa de:- ICMN - FCVN - visibilidade.- Lua (fase) - visibilidade.- Neblina - visibilidade.- Ventos (Dir, Vel e quadrante) - Emp fumígenos, Lç Sup.- Chuva - Prep Mat e transitabilidade.- Temperatura - Mat e moral.- Gradiente - Emp fumígenos.- Características do terreno (pontos nítidos, obstáculos etc).

2. MISSÃO

- A recebida do Esc Supe.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação1) Explicar sucintamente como pretende cumprir a missão na

seqüência cronológica das ações, sem ressaltar detalhes de coordenação oumissões específicas. Abordar “resumidamente” os seguintes aspectos:

a) Meios de deslocamento e Itinerário de ida (como e por onde).b) PRPO (sem detalhar) e reconhecimento (local - genérico).c) Tomada do dispositivo (apenas a posição dos Esc e Gp).d) Ação no Obj (seqüência de atuação).e) Retraimento ao PRPO.f) Reorganização (onde).g) Regresso às linhas amigas (como e por onde).

C-11

Page 219: Ci 21 75 patrulhas

C - 14

CI 21-75-1

b. Ordens aos Elm Subordinados - É importante que a enunciação destas ordens ocorra de forma a

abordar as ações a serem realizadas por um determinado escalão, grupo ouhomem nas principais fases da missão.

c. Prescrições Diversas 1) Hora do dispositivo pronto para início do deslocamento

2) Deslocamento até o PRPO

a) Hora de Partida.

b) Itinerário de ida (conforme quadro auxiliar de navegação).

c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação econtrole nos diversos trechos.

d) Formação inicial e ordem de movimento.

e) Planos de embarque e carregamento (SFC) .

f) Prováveis pontos de reunião.

g) Segurança nos deslocamentos e altos.

h) Passagem pelos postos avançados amigos.

i) Ocupação do PRPO.

3) Ação no objetivo

a) Reconhecimento aproximado do objetivo (o que reconhecer,seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missõesespecíficas, horários).

b) Tomada do dispositivo (seqüência e liberação dos grupos, quem,onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas,horários).

C-11

Page 220: Ci 21 75 patrulhas

C - 15

CI 21-75-1

c) Ação no objetivo (caracterização do início da ação, detalharcronologicamente quem faz o quê, como e para quê).

d) Retraimento para o PRPO (seqüência, quem, onde, por onde,medidas de coordenação e controle, horários).

e) Reorganização no PRPO (cheque de baixas, equipamento/armamento e munição - BEM).

4) Regresso

a) Hora de regresso.

b) Itinerário de regresso.

c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação econtrole nos diversos trechos.

d) Formação inicial e ordem de movimento.

e) Planos de embarque e carregamento (SFC).

f) Prováveis pontos de reunião.

g) Segurança nos deslocamentos e altos.

h) Passagem pelos postos avançados amigos.

5) Outras Prescrições

a) Situações de contingência (nas diversas fases da operação).

b) Ações em áreas perigosas e pontos críticos (POCO - Pare, Olhe,Cheire e Ouça).

c) Ações em contato com o inimigo (TAI).

d) Reorganização após dispersão.

e) Tratamentos com PG, mortos e feridos inimigos.

f) Conduta com mortos e feridos amigos.

g) Conduta ao cair PG.

h) Conduta para pernoites (base de patrulha, área de reunião, ARC).

i) Medidas especiais de segurança.

j) Destino do material especial.

l) Rodízio de material pesado.

m) Contato com elemento amigo.

n) Ligação com outras patrulhas.

o) Prioridades nos trabalhos de OT.

p) Linhas de controle.

C-11

Page 221: Ci 21 75 patrulhas

C - 16

CI 21-75-1

q) Apoio de fogo (onde, até quando e como solicitar).

r) Documentos a serem conduzidos (procedimentos para destruição).

s) Procedimentos para ensaios e inspeções.

t) EEI.

u) Estória-cobertura coletiva.

v) Conduta com civis.

x) Azimutes de fuga (SFC).

4. LOGÍSTICA

- Ração, água, Armt/Mun (prescrições p/ o cumprimento da missão).

- Prescrições para o ressuprimento (SFC) (hora, local, quantidade,balizamentos etc).

- Uniforme e equipamento especial (confirmar/alterar O Prep).

- Medidas de higiene (SFC).

- Localização do atendente ou homem-saúde na patrulha.

- Local PS, posto de refúgio, P Col PG etc.

- Processo de evacuação (pessoal e material).

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Comunicações

1) Retificar ou ratificar e checar

- Senha e contra-senha, horários e sinal para mudança.

- Sinal Rec, senha e contra-senha para contatos.

- Sinal Rec, Frq Pcp e Altn do escalão superior e da patrulha,horários e sinais para mudança.

- Indicativos rádio.

- Autenticações.

- Horários de ligação.

- Prescrições rádio.

- Processo de codificação e outros dados da IE Com Elt.

- Sinais convencionados (pirotécnicos, visuais e acústicos).

b. Comando - Localização Cmt e SCmt (durante o Itn de ida, Rec, Aç Obj,

reorganização e regresso às L Ami).

C-11

Page 222: Ci 21 75 patrulhas

C - 17

CI 21-75-1

- Cadeia de comando (confirmar/alterar O Prep).- Dúvidas?OBSERVAÇÕES- Inspecionar o conhecimento de missões específicas e de aspectos

que devam ser do conhecimento geral, por parte dos patrulheiros (senhas,freqüências etc).

- Checar o conhecimento das missões individuais e coletivas (se for ocaso, fazê-lo no caixão de areia).

- Checar acerto de relógios.- Ao final da O Pa o Cmt deverá explanar como o ensaio deverá ser

conduzido pelo SCmt.

C-12. INSPEÇÃO INICIAL

- A inspeção inicial visa a permitir ao comandante da patrulha uma avaliaçãosobre o grau de preparação dos homens, quanto ao conhecimento detalhado damissão, bem como o estado do equipamento, do armamento e o moral da patrulha.Em função do fator tempo, a inspeção inicial pode ser dividida em teórica eprática.

a. Inspeção teórica- Checar as missões dos escalões, grupos e homens utilizando meio

visual.

b. Inspeção prática (checar)1) Uniforme e equipamento individual.2) Armamento e munição.3) Material de destruição.4) Material especial (viatura, embarcação, bolsa de primeiros socorros,

GPS etc).5) Material de comunicações.6) Documentação (extratos de carta, croquis de itinerários, extratos

de IE Com Elt etc).7) Pessoal: camuflagem, estado físico etc.

C-13. ENSAIO

- Realizar o ensaio da patrulha por partes:

a. Ensaio dos grupos e de missões específicas (Aç Obj)

b. Ensaio dos escalões e da patrulha como um todo (geral)

- Deslocamentos e altos (com os meios de Trnp).

- Gestos e sinais convencionados.

C-11/C-13

Page 223: Ci 21 75 patrulhas

C - 18

CI 21-75-1

- Emissão de ordens.

- Senhas e contra-senhas, sinais de Rec.

- Ações em áreas perigosas e pontos críticos.

- Ação no objetivo (ênfase).

- Retraimento.

- Passagem nos postos avançados amigos.

- TAI (ofensivas e defensivas).

- Mudança de formação.

- Ocupação de base de patrulha, área de reuinão e ARC (SFC).

- Abrir e fechar rede de comunicações.

- Contar (efetivo da Pa).

- Plano de carregamento e embarque.

C-14. INSPEÇÃO FINAL

- Checar se os itens considerados falhos na inspeção inicial e ensaios foramcorrigidos e/ou reajustados (camuflagem, equipamento etc).

C-13/C-14

Page 224: Ci 21 75 patrulhas

D - 1

CI 21-75

ANEXO "D"

RELATÓRIO

D-1. GENERALIDADES

a. Ao regressar do cumprimento da missão, o comandante de patrulha deve,de imediato, fazer um relatório verbal completo a quem lhe emitiu a ordem,transmitindo em tempo útil todos os dados obtidos.

b. Deve-se considerar que tanto as patrulhas de reconhecimento como as decombate, são fontes de informes.

c. Após o relatório verbal, deve ser confeccionado um relatório por escrito,com a finalidade de registrar tudo o que foi levantado. Sempre que possível,complementá-lo com um esboço ou calco. Segue abaixo um modelo de relatório.

D-2. MEMENTO PARA RELATÓRIO DO COMANDANTE DE PATRULHA

RELATÓRIO DA PATRULHA ______________________________________

_____________________Local e dataDe __________________Comandante da PatrulhaAo __________________Quem enviou a PatrulhaAnexo(s): (cartas, fotos, croquis, calcos,equipamento, documentos, armamentoscapturados etc).

1. Efetivo e composição da patrulha.

2. Missão.

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3. Hora de partida e de regresso.

4. Itinerário de ida.

a. Atuação do inimigo

b. Observações

5. Itinerário de regresso.

a. Atuação do inimigo

b. Observações

6. Terreno: características em toda a área de atuação (pontes, trilhas),habitações, tipo de terreno (seco, sujo, pantanoso, rochoso, permeável)capacidade de suportar Bld, ZL, Loc Ater, ZPH etc.

7. Inimigo.

a. Efetivo e valor

b. Dispositivo

c. Medidas de segurança adotadas

d. Localização

e. Rotinas

f. Equipamento, armamento, atitude e moral

8. População da área – Conduta em relação à patrulha, ligações com o inimigo,características etc.

9. Correções e atualizações na carta.

10. Ação no objetivo.

11. Resultado do encontro com o inimigo.

a. Prisioneiros

b. Baixas

c. Documentos capturados

12. Condições atuais da patrulha (moral, armamento, munição, equipamento).

a. Moral

b. Armamento

c. Munição

d. Equipamento

13. Elementos essenciais de inteligência.

14. Informações diversas.

D-2

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15. Conclusões e sugestões.

________________________________Assinatura do comandante da patrulha

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ANEXO "E"

GLOSSÁRIO

AAcolhimento

Operação que consiste na passagem de uma força que retrai através dodispositivo de outra força em posição, podendo esta assumir a missão daquela,em seu todo ou em parte.

AeromóvelAtividade, operação, organização e meios relacionados com o uso da

mobilidade tática proporcionada na área de operações à força de superfície poraeronaves, particularmente, helicópteros, a fim de cumprir uma missão noquadro de manobra tática.

Ambiente operacionalParte do ambiente terrestre que reúne um complexo de características

fisiográficas, circunstâncias e influências próprias que afetam de modo peculiaro desenvolvimento das operações militares e os procedimentos de combate.

AlcantiladaSucessão de obstáculos rochosos.

Apoio de fogoAto ou efeito de fogo sobre determinados alvos ou objetivos, realizados por

elemento, unidade ou força, para apoiar ou proteger outros elementos, unidadeou força.

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AprestamentoProcedimento pelo qual, unidades participantes de uma operação

aeroterrestre se deslocam para estacionamento nas vizinhanças dos pontos deembarque, completam a preparação para o combate e aprontam-se para oembarque. Conjunto de medidas, incluindo instrução, adestramento e preparologístico, necessárias para tornar uma força pronta para o emprego a qualquermomento.

Área de influênciaParte da área de operações na qual o comandante é capaz de influenciar

diretamente no curso do combate, mediante o emprego do poder de combatede suas tropas. Normalmente, cada comando possui os meios necessáriospara obter informações dentro de sua área de influência. Nas operaçõescentralizadas, a área de influência se confunde com a zona de ação e nasoperações descentralizadas os limites da referida área se confundem com oalcance efetivo das armas de apoio.

Área de interesseÁrea geográfica que se estende além da zona de ação. É constituída por

áreas adjacentes à zona de ação, tanto à frente como nos flancos eretaguarda, onde os fatores e acontecimentos que nela se produzam possamrepercutir no resultado ou afetar as ações, as operações atuais e as futuras.

Apronto operacionalConjunto de providências iniciais de aprestamento do material, viaturas,

equipamentos, colocando a unidade (mesmo na situação normal em quartéis)tão completamente pronta quanto possível para embarcar ou entrar em ordemde marcha com rapidez.

Área amarelaÁrea na qual as forças de guerrilha operam com freqüência, mas que não

encontra-se sobre controle efetivo nem das forças de guerrilha nem das forçaslegais. É a principal área de operações das forças de guerrilha, que tentamcolocar parcela cada vez maior dela sob seu efetivo controle.

Área verdeÁrea sob firme controle da força legal. Nessa área, as atividades do

inimigo limitam-se às ações clandestinas ou às incursões, às pequenasemboscadas, às ações de franco-atiradores e às operações de inquietação.Área sob o firme controle da força legal, na qual não são adotadas ou foramsuspensas as medidas rigorosas de controle da vida normal da população.Nessas áreas, as atividades das forças adversas restringem-se àsclandestinas, ou às incursões, às pequenas emboscadas, às ações de franco-atiradores e às operações de inquietação.

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Área vermelhaÁrea sob o controle contínuo ou intermitente das forças de guerrilha. Nela,

o inimigo localiza suas instalações e bases e opera com relativa impunidade.Nessa área, a população apóia, normalmente, o movimento revolucionário,voluntariamente ou sob coação.

Área de engajamentoRegião selecionada pelo defensor, onde a tropa inimiga, com sua

mobilidade restringida pelo sistema de barreiras, é engajada pelo fogoajustado, simultâneo e concentrado de todas as armas de defesa. Tem afinalidade de causar o máximo de destruição, especialmente nos blindadosinimigos, e de provocar o choque mental e físico pela violência, surpresa eletalidade dos fogos aplicados.

Área do objetivoÁrea em que se acha localizado o objetivo a ser capturado ou atingido,

definida pela autoridade competente, para fins de comando e controle. Áreados navios-aeródromos de helicópteros de assalto

Áreas situadas ao longo e nos flancos das áreas externas de transporte edas áreas de navios de desembarque, mas dentro da área de coberturaantisubmarino. Nelas, os navios-aeródromos de helicópteros de assalto lançame recolhem os seus helicópteros. Elas ficam dentro da área de assalto.

AtaqueAto ou efeito de dirigir uma ação ofensiva contra o inimigo.

AssaltoFase final de um ataque, compreendendo o choque com o inimigo em

suas posições. Ataque curto, violento, mas bem ordenado, contra um objetivolocal.

BBase de combate

Ponto forte que se estabelece na área de combate ou de pacificação deuma força em operações na selva, em operação de pacificação e em certasoperações em áreas autônomas para assegurar o apoio logístico, proporcionara ligação com os elementos subordinados e superior, acolher e despachartropas e garantir a duração na ação.

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Base de combate ribeirinhaBase temporária, terrestre ou flutuante, estabelecida pelo comandante da

força-tarefa ribeirinha ou por escalões diversos dessa força, na área deoperações, de onde são desencadeadas e apoiadas as ações contra o inimigo.

BaixaInternamento em hospitais ou em enfermaria. Ato ou efeito de desligar

uma praça do serviço ativo.Designação genérica das perdas ocorridas por ferimento, acidente ou

doença.

Base de patrulhaLocal de uso temporário na área de combate de companhia, a partir da

qual o pelotão ou grupo de combate executa ações de patrulha, incursões eemboscadas. Área oculta na qual se acolhe a patrulha de longa duração porcurto prazo para se refazer, se reorganizar e dar prosseguimento aocumprimento da missão.

BloqueioInterdição de um ponto de passagem ou via pela ocupação com tropa,

pela colocação de obstáculos ou realização de fogos.

Busca e salvamentoAção de localizar, socorrer e resgatar pessoas em perigo, perdidas ou

vítimas de acidentes e da ação hostil do inimigo com o emprego de aeronaves,embarcações de superfície, submarinos ou outro qualquer equipamentoespecial.

CCadeia de comando

Seqüência hierárquica de comandantes, por meio da qual é exercido ocomando.

Comando e controleConjunto de recursos humanos e materiais que, juntamente com

determinados procedimentos, permite comandar, controlar, estabelecercomunicações com as forças amigas e obter informações.

CombateAção militar de objetivo restrito e limitado, realizada de maneira hostil e

direta contra o inimigo.

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Combate de encontroAção que ocorre quando uma força em deslocamento, ainda não

completamente desdobrada para a batalha, engaja-se com uma força inimiga,em movimento ou parada, sobre a qual se dispõe de poucas informações.

Conceito da operaçãoExposição verbal ou escrita, por meio da qual o comandante de uma força

expõe aos comandos subordinados como visualiza a execução da operaçãoem seu todo.

DDado

É toda e qualquer representação de fato ou situação por meio dedocumento, fotografia, gravação, relato, carta topográfica e outros meios, nãosubmetida à metodologia para a produção do conhecimento.

DispositivoModo particular por que são desdobrados, numa situação tática, os

elementos de uma força.

Dotação orgânicaQuantidade de cada item de suprimento classe V (Mun), expressa em

tiros por arma ou em outra medida adotada, que determinada organizaçãomilitar deve manter em seu poder para atender às necessidades de empregooperacional.

EEscalão

Cada um dos sucessivos e distintos níveis da cadeia de comando.Qualquer das frações de um conjunto militar articulado no sentido daprofundidade; cada um com sua missão principal definida no combate.

EquipeReunião de pessoal especializado e dosado harmonicamente para

desempenhar tarefas específicas, dando condições ou aumentandopossibilidades de elementos padronizados.

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Estudo de situaçãoProcesso lógico e continuado de raciocínio pelo qual um comandante ou

um oficial de estado-maior considera todas as circunstâncias que possamafetar a situação militar e chegar a uma decisão ou proposta, que objetive ocumprimento de uma missão.

ExfiltraçãoTécnica de movimento realizado de modo sigiloso com a finalidade de

retirar forças ou pessoal isolado e/ou material do interior de território inimigo oupor ele controlado, ou que se encontravam realizando operações militares.

FFase do ensaio

Período durante o qual a operação em perspectiva é treinada sobcondição tão real quanto possível.

Fatores da decisãoA sistematização do estudo de uma situação de combate é dividida

cartesianamente para maior detalhamento de cada questão. As partesconstitutivas desse estudo são os fatores da decisão: a MISSÃO, o INIMIGO,o TERRENO e as CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS, os MEIOS e o TEMPO.

GGuia

Elemento encarregado de orientar as unidades ou veículos pordeterminado itinerário, empregado, normalmente, na estrada, no interior ou nasaída de localidade(s) ou área(s) de estacionamento.

IIncursão

Ação ofensiva, normalmente de pequena escala, compreendendo umarápida penetração em área sob o controle do inimigo, a fim de obterinformações, confundi-lo ou destruir suas instalações, terminando com umaretirada planejada. Não há idéia de conquista ou manutenção do terreno.

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InfiltraçãoForma de manobra tática ofensiva na qual procura-se desdobrar uma força

à retaguarda de uma posição inimiga, por meio de um deslocamentodissimulado, com a finalidade de cumprir uma missão que contribuadiretamente para o sucesso da manobra do escalão que enquadra a força quese infiltra. As brigadas determinam ou autorizam a realização de infiltraçõespor parte de escalões inferiores, adotando, ela mesma, outra forma demanobra. Técnica de movimento, realizado de modo furtivo, com a finalidade deconcentrar pessoal e/ou material em área hostil ou sob controle das forçasadversas, visando à realização de operações militares. Forma da atuação dasforças adversas que consiste na colocação de militares ou simpatizantes daforça adversa em órgãos públicos ou setores da sociedade que permitamcontribuir positivamente para atuação da força adversa ou negativamente para aatuação das forças legais. Formação de marcha motorizada em que asviaturas partem em intervalos irregulares para dar aparência de tráfego normalcom uma densidade inferior a 5 viaturas por quilômetro.

InformeQualquer observação, fato, relato ou documento que possa contribuir para

o conhecimento de determinado assunto. É qualquer dado formador doconhecimento que se deseja.

InquietaçãoNas operações de contraguerrilha, conjunto de ações de combate

realizadas a partir da presença da força legal em uma área e execução deintenso patrulhamento, incursões, emboscadas, ação de caçadores e outrasatividades para localizar, infligir baixas e tirar a liberdade de ação da guerrilha.

Fogo destinado a produzir perdas ou ameaças de perdas para perturbar orepouso das tropas inimigas, desagregar seus movimentos e, de um modogeral, abater-lhe o moral. Denominação do tiro que tem a finalidade de inquietaro inimigo.

Intenção do comandanteA intenção do comandante deve traduzir, objetivamente, a situação final

desejada para a missão (o estado final do campo de batalha). Deve, ainda,encerrar motivações que complementem as idéias expressas no enunciado damissão e que, conscientemente, o comandante julga não ter sido possíveltraduzí-las. Quando enunciá-la, o comandante deve fazê-lo de forma quepermita ao subordinado exercer a iniciativa em proveito da missão (comentáriosa seguir). Comentários: não deve repetir conceitos doutrinários gerais, masapresentar um objetivo claro que garanta ao subordinado visualizar o fulcro quecaracteriza o cumprimento da missão. Nos escalões mais baixos, brigada einferiores, há casos em que a intenção será a própria finalidade. Emconseqüência, quanto mais alto for o escalão e quanto mais descentralizadafor a execução da missão, mais sentirá o comandante a necessidade de

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expressar sua intenção. Isso ocorrerá, particularmente, quando a missão e afinalidade não forem suficientes para orientar a obtenção do efeito desejado.Em contrapartida, nos pequenos escalões e nas operações centralizadas, aemissão da intenção tenderá a perder sua importância, mercê da suficiência dafinalidade e da missão.

InterdiçãoFogo aplicado numa área ou ponto para impedir a sua utilização pelo

inimigo. Ações executadas para evitar ou impedir que o inimigo se beneficie dedeterminadas regiões, de pessoal, de instalações ou de material.

LLAM

Local de apoio que são preparados em regiões próximas a objetivosprováveis, contendo material que possa vir a ser necessário para aquelamissão.

Linha de açãoSolução possível que pode ser adotada para o cumprimento de uma

missão ou execução de um trabalho.

MMatriz de sincronização

Documento empregado no arranjo das atividades de todos os sistemasoperacionais no tempo e no espaço, com a finalidade de obter o máximo depoder relativo de combate no ponto decisivo.

NNeutralização

Fogo desencadeado para produzir perdas e danos capazes dereduzirem,por algum tempo, a eficiência do inimigo.Redução, inibição ouanulação temporária da capacidade operativa do inimigo pela manobra ou pelofogo, impedindo a sua movimentação, tiro e observação.

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OObjetivo

Elemento tangível, material (força, região, instalação, população eoutros),em relação ao qual se vai operar para obter determinado efeito. É o alvode uma ação.

OcupaçãoAto ou efeito de guarnecer com tropas um território conquistado.

PPITCI

Processo de Integração Terreno, Condições Meteorológicas e Inimigo.

Possibilidade do inimigoAção que o inimigo é capaz de adotar e que deve preencher dois

requisitos: ser compatível com os meios de que ele dispõe e capaz de interferirou afetar o cumprimento da missão do comandante.

ProteçãoAção que proporciona segurança a determinada região ou força, pela

atuação de elementos no flanco, frente ou retaguarda imediatos, de forma aimpedir a observação terrestre, o fogo direto e o ataque de surpresa do inimigosobre a região ou força protegida.

RReconhecimento

Operação cujo propósito é obter informações referentes às atividades emeios do inimigo ou coletar informações de caráter geográfico, meteorológico eeletrônico, referentes à área provável de operações.

Reconhecimento em forçaOperações de objetivo limitado, executado por uma força de certo vulto,

com a finalidade de testar o valor, a composição e o dispositivo do inimigo oupara obter outras informações.

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Regras de engajamentoCaracteriza-se por uma série de instruções predefinidas que orientam o

emprego das unidades que se encontram na zona de operações, consentindoou limitando determinados tipos de comportamento, em particular o uso daforça, a fim de permitir atingir os objetivos políticos e militares estabelecidospelas autoridades responsáveis.

ResgateRecuperação, em situação emergencial, de pessoal e/ou material que por

qualquer razão seja retido em área ou instalação hostil ou sob controle doinimigo.

SSegurança

Estado de confiança individual ou coletivo, baseado no conhecimento e noemprego de normas de proteção e na convicção de que os riscos de desastresforam reduzidos, em virtude da adoção de medidas minimizadoras.

UUltrapassagem

Operação de substituição que consiste na passagem de uma força queataca através do dispositivo de outra força que está em contato com o inimigo.

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Mais uma realização da Sala de Editoração Gráfica do COTER