chico castro jr. e marcelo argolo bate · wayne shorter, john scofield, joão donato,nara leão,...

1
EDITORA-COORDENADORA: SIMONE RIBEIRO / [email protected] QUA SALVADOR 11/4/2012 SEG PERSONA TER POP HOJE VISUAIS QUI CENA SEX FIM DE SEMANA SAB LETRAS DOM TELEVISÃO atarde.com.br/caderno2mais SHOW A CANTORA THAÍS GULIN FAZ SEU PRIMEIRO SHOW EM SALVADOR, AMANHÃ, NO TEATRO JORGE AMADO 3 LIVRO ARMINDO BIÃO LANÇA, NO DIA 17, TEATRO DE CORDEL. PEÇAS E ENSAIOS 3 Jorge Bispo /Divulgação ENCONTRO Um grupo de 120 bateristas toca hoje, no Jardim dos Namorados, com o objetivo de arrecadar fundos para a família de Paulo Perrone e chamar a atenção para os profissionais locais ORQUESTRA DE baterias Ilustração Gentil / Editoria de Arte A TARDE 2 “Todos vão colocar em um envelope a quantia que querem doar e será entregue à família” BETO MARTINS, um dos organizadores CHICO CASTRO JR. E MARCELO ARGOLO Se um baterista só já faz um barulho danado, imagine 120 tocando juntos ao mesmo tempo. É isso que vai acontecer no fim da tarde de hoje, no Encontro de Bateristas de Sal- vador. Tendo como cenário o Jardim dos Namorados, os músicos vão arrecadar doa- ções para a família do baterista Paulo Perrone, baleado duran- te uma saída bancária em ju- lho do ano passado. Segundo Beto Martins, pro- fessor e sócio da BPM Instituto, escola de bateria que realiza o evento, ao lado do portal Ba- teras Pro, os próprios 120 ba- teristas participantes farão doações para a família de Per- rone. “Todos vão colocar em um envelope a quantia que querem doar e o envelope será entregue, fechado, direto para a família. No local também ha- verá um espaço para o público fazer suas doações”, diz. Além do caráter humanitá- rio, o Encontro de Bateristas aproveita para homenagear dois grandes profissionais baianos das baquetas: Dom Lula Nascimento e Cesinha. O primeiro é um veterano, com mais de 80 anos de idade, dono de carreira brilhante. Aposentado, hoje vive em Ita- parica, mas já correu o mundo, tocando com nomes do nível de Elis Regina, Nina Simone, Wayne Shorter, John Scofield, João Donato, Nara Leão, Elza Soares e muitos outros. Já Cesinha segue em ativi- dade e já tocou com artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Cássia Eller. Hoje acompanha Maria Gadú. Composição e regência Além de Beto Martins, estão à frente do evento os bateristas Marcel Freire (sócio da BPM, toca com Netinho), Neto Bu- guello (Claudia Leitte), Robin- son Cunha, Uirá Nogueira (professor da Ufba), Lucas Oc- cilupo (Tuca Fernandes), Cás- sio Brasil, Anderson Silva (Ban- da Eva), Fábio Luis Rocha e Patrícia Teles. Entre os 120 bateristas há profissionais, amadores e ini- ciantes e, no encontro, eles vão executar duas peças compos- tas especialmente para o even- to. A primeira vez que todos se reunirão para tocar juntos será na hora marcada, já que não houve ensaios e os músicos estão aprendendo as compo- sições individualmente a partir de vídeos. “Gravamos oito vídeos [quatro para cada música], que estão disponíveis no canal do portal no YouTube, para que cada baterista saiba o que tocar. Nos vídeos tem a par- titura”, afirma Martins. As composições foram feitas pelos bateristas que estão à frente do projeto e exploram ritmos da musicalidade baia- na, como samba-reggae e ije- xá. “Uma preocupação que ti- vemos foi fazer uma compo- sição que soasse musical e não fosse difícil, para que músicos de todos os níveis possam to- car”, conta Robinson Cunha. “Os elementos da música baiana na composição foi algo natural, pois todos já se en- volveram com essa musicali- dade”, revela Uirá Nogueira. “Mas também tem batidas de rock, pra tornar a coisa mais contemporânea”, conta Fábio Luis Rocha. Estilo John Bonham Os bateristas prometem uma música baseada no estilo do inimitável John Bonham (Led Zeppelin) de tocar bateria. “A ideia de colocar o groove de John Bonham foi do Robinson, porque ele estuda bastante es- se baterista, além de ser um cara que todos nós gostamos. Eu não sei exatamente o que será, mas parece que é um groove que está em mais de uma canção do Led”, adianta Fábio. Para organizar a execução pelos 120 bateristas, foi cria- do um modelo de organização dos músicos. “Serão quatro grupos com 30 bateristas, identificados pela cor da ca- misa (azul, vermelho, branco e verde). Cada grupo terá um líder, que guiará os outros ba- teristas. Também terá um re- gente que orientará a entrada de cada grupo pelo sistema de som”, detalha Beto Martins. A regência não seguirá o modelo convencional das or- questras – será de modo mais simples, mais indicativo. “Se- rá uma sinalização, para in- dicar a hora que cada grupo deve entrar e sair, para va- lorizar as nuances da música. Vai ser mais para coordenar essas mudanças”, acrescenta Fábio Rocha. Além da ação social, o even- to busca valorizar o baterista como profissional e estimular o ensino e a aprendizagem do instrumento. “A gente quer que os fabricantes de bateria e o mercado do Rio de Janeiro e São Paulo prestem mais atenção na gente. E tem tam- bém a função educativa, pois queremos que mais pessoas se interessem em aprender a tocar bateria”, afirma Uirá. Para Fábio Rocha, o encon- tro serve para interferir no dia a dia da cidade, incorporando mais arte. “A gente quer que o cidadão conviva mais com arte no seu cotidiano, por isso que [as músicas] precisavam ser algo simples, para que ha- ja empatia maior do público”, reflete. Recorde mundial Os encontros de bateristas reunidos para tocar juntos já acontecem há alguns anos, em diversas cidades do mun- do. O recorde mundial foi ba- tido no dia 13 de julho de 2009 em Birmingham, Ingla- terra, com 582 bateristas. Na ocasião, eles tocaram uma levada de rock por 10 minutos no The National In- door Arena, sob a direção de Steve Wright. Em comum com a versão baiana, o encontro inglês ti- nha o objetivo de arrecadar doações – lá, foi para a Mul- tiple Sclerosis Society (Socie- dade de Esclerose Múltipla). Na América Latina, o recor- de foi batido em 2006, com 156 bateristas. O encontro foi organizado pelo grupo Bate- ras 100% Brasil, idealizado por Dino Verdade. Este grupo já se apresentou nas cidades de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Santos, Aracaju, For- taleza, Manaus e outras. Iº ENCONTRO DE BATERISTAS DE SALVADOR / HOJE, 17 HORAS / JARDIM DOS NAMORADOS / GRÁTIS Thiago Drumon / Divulgação Numa coisa todas as torcidas concordam: informação é aqui. A TARDE Esporte Clube. Todos os dias no seu jornal A TARDE.

Upload: others

Post on 25-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CHICO CASTRO JR. E MARCELO ARGOLO bate · Wayne Shorter, John Scofield, João Donato,Nara Leão, Elza Soares e muitos outros. Já Cesinha segue em ativi-dade ejá tocou comartistas

EDITORA-COORDENADORA: SIMONE RIBEIRO / [email protected]

QUASALVADOR11/4/2012

SEG PERSONATER POPHOJE VISUAISQUI CENASEX FIM DE SEMANASAB LETRASDOM TELEVISÃO

atarde.com.br/caderno2mais

SHOW A CANTORA THAÍSGULIN FAZ SEU PRIMEIROSHOW EM SALVADOR,AMANHÃ, NO TEATROJORGE AMADO 3

LIVRO ARMINDO BIÃO LANÇA, NO DIA 17,TEATRO DE CORDEL. PEÇAS E ENSAIOS 3

Jorge Bispo /Divulgação

ENCONTRO Um grupo de 120bateristas toca hoje, no Jardimdos Namorados, com o objetivode arrecadar fundos para afamília de Paulo Perrone echamar a atenção para osprofissionais locais

ORQUESTRA DE

baterias

Ilustração Gentil / Editoria de Arte A TARDE

2

“Todos vão colocarem um envelope aquantia quequerem doar e seráentregue à família”BETO MARTINS, um dos organizadores

CHICO CASTRO JR. E MARCELOARGOLO

Se um baterista só já faz umbarulho danado, imagine 120tocando juntos ao mesmotempo.É issoquevaiacontecerno fim da tarde de hoje, no IºEncontro de Bateristas de Sal-vador. Tendo como cenário oJardim dos Namorados, osmúsicos vão arrecadar doa-çõesparaafamíliadobateristaPaulo Perrone, baleado duran-te uma saída bancária em ju-lho do ano passado.

Segundo Beto Martins, pro-fessor e sócio da BPM Instituto,escola de bateria que realiza oevento, ao lado do portal Ba-teras Pro, os próprios 120 ba-teristas participantes farãodoações para a família de Per-rone. “Todos vão colocar emum envelope a quantia quequerem doar e o envelope seráentregue, fechado, direto paraa família. No local também ha-verá um espaço para o públicofazer suas doações”, diz.

Além do caráter humanitá-rio, o Encontro de Bateristasaproveita para homenageardois grandes profissionaisbaianos das baquetas: DomLula Nascimento e Cesinha.

O primeiro é um veterano,com mais de 80 anos de idade,dono de carreira brilhante.Aposentado, hoje vive em Ita-parica, mas já correu o mundo,tocando com nomes do nívelde Elis Regina, Nina Simone,Wayne Shorter, John Scofield,João Donato, Nara Leão, ElzaSoares e muitos outros.

Já Cesinha segue em ativi-dade e já tocou com artistascomo Caetano Veloso, MariaBethânia e Cássia Eller. Hojeacompanha Maria Gadú.

Composição e regênciaAlém de Beto Martins, estão àfrente do evento os bateristasMarcel Freire (sócio da BPM,toca com Netinho), Neto Bu-guello (Claudia Leitte), Robin-son Cunha, Uirá Nogueira(professor da Ufba), Lucas Oc-cilupo (Tuca Fernandes), Cás-sio Brasil, Anderson Silva (Ban-da Eva), Fábio Luis Rocha ePatrícia Teles.

Entre os 120 bateristas háprofissionais, amadores e ini-ciantese,noencontro,elesvãoexecutar duas peças compos-tas especialmente para o even-to. A primeira vez que todos sereunirão para tocar juntos serána hora marcada, já que nãohouve ensaios e os músicosestão aprendendo as compo-sições individualmente a partirde vídeos.

“Gravamos oito vídeos[quatro para cada música],que estão disponíveis no canaldo portal no YouTube, paraque cada baterista saiba o quetocar. Nos vídeos tem a par-titura”, afirma Martins.

As composições foram feitaspelos bateristas que estão àfrente do projeto e exploramritmos da musicalidade baia-na, como samba-reggae e ije-xá. “Uma preocupação que ti-vemos foi fazer uma compo-sição que soasse musical e nãofosse difícil, para que músicosde todos os níveis possam to-car”, conta Robinson Cunha.

“Os elementos da músicabaiana na composição foi algonatural, pois todos já se en-volveram com essa musicali-dade”, revela Uirá Nogueira.

“Mas também tem batidasde rock, pra tornar a coisa maiscontemporânea”, conta FábioLuis Rocha.

Estilo John BonhamOs bateristas prometem umamúsica baseada no estilo doinimitável John Bonham (LedZeppelin) de tocar bateria. “Aideia de colocar o groove deJohn Bonham foi do Robinson,porque ele estuda bastante es-se baterista, além de ser um

cara que todos nós gostamos.Eu não sei exatamente o queserá, mas parece que é umgroove que está em mais deuma canção do Led”, adiantaFábio.

Para organizar a execuçãopelos 120 bateristas, foi cria-doummodelodeorganizaçãodos músicos. “Serão quatrogrupos com 30 bateristas,identificados pela cor da ca-misa (azul, vermelho, brancoe verde). Cada grupo terá umlíder, que guiará os outros ba-teristas. Também terá um re-gente que orientará a entradade cada grupo pelo sistema desom”, detalha Beto Martins.

A regência não seguirá omodelo convencional das or-questras – será de modo maissimples, mais indicativo. “Se-rá uma sinalização, para in-dicar a hora que cada grupodeve entrar e sair, para va-lorizar as nuances da música.Vai ser mais para coordenaressas mudanças”, acrescentaFábio Rocha.

Além da ação social, o even-to busca valorizar o bateristacomo profissional e estimularo ensino e a aprendizagem doinstrumento. “A gente querque os fabricantes de bateriae o mercado do Rio de Janeiroe São Paulo prestem maisatenção na gente. E tem tam-bém a função educativa, poisqueremos que mais pessoasse interessem em aprender atocar bateria”, afirma Uirá.

Para Fábio Rocha, o encon-tro serve para interferir no diaa dia da cidade, incorporandomais arte. “A gente quer queo cidadão conviva mais comarte no seu cotidiano, por issoque [as músicas] precisavamser algo simples, para que ha-ja empatia maior do público”,reflete.

Recorde mundialOs encontros de bateristasreunidos para tocar juntos jáacontecem há alguns anos,em diversas cidades do mun-do. O recorde mundial foi ba-tido no dia 13 de julho de2009 em Birmingham, Ingla-terra, com 582 bateristas.

Na ocasião, eles tocaramuma levada de rock por 10minutos no The National In-door Arena, sob a direção deSteve Wright.

Em comum com a versãobaiana, o encontro inglês ti-nha o objetivo de arrecadardoações – lá, foi para a Mul-tiple Sclerosis Society (Socie-dade de Esclerose Múltipla).

Na América Latina, o recor-de foi batido em 2006, com156 bateristas. O encontro foiorganizado pelo grupo Bate-ras 100% Brasil, idealizadopor Dino Verdade. Este grupojá se apresentou nas cidadesde Brasília, São Paulo, Rio deJaneiro, Santos, Aracaju, For-taleza, Manaus e outras.

Iº ENCONTRO DE BATERISTAS DE

SALVADOR / HOJE, 17 HORAS / JARDIM

DOS NAMORADOS / GRÁTIS

Thiago Drumon / Divulgação

numa coisa todas astorcidas concordam:informação é aqui.

a tarde esporte clube.Todos os dias no seujornalaTarde.