chaves- normas - prova distrital 2016

8/19/2019 Chaves- Normas - Prova Distrital 2016

1/16


2/16

Concurso Nacional de Leitura – 2015/2016Prova Distrital – Vila Real

Biblioteca Municial de C!aves

& < 9:ri ; soberano e das suas decis@es n/o cabe recurso5

* < s casos omissos neste regulamento ser/o resolvidos pelos membros do 9:ri5

< 6odas as sugest@es ser/o bem vindas e dever/o ser #eitas, por escrito, para Concurso

Nacional de Leitura (CNL)Plano Nacional de Leitura (PNL) e Dire7/o>eral do Livro, dos

Ar!uivos e das Bibliotecas (D>LAB) (vera+oliveiradglab+gov+pt)+

%rti&o .'(%ura"ento dos inalistas

' < Para apuramento dos #inalistas presentes na Ease Einal do Concurso Nacional de Leitura

&'F&' procederse" G reali.a7/o de duas provas de elimina7/o0 uma Prova Hscrita e

uma Prova ral+ Hsta reunir" apenas os cinco melor classi#icados da Prova Hscrita+

& < s procedimentos ser/o os mesmos para as duas categorias (*1+ Ciclo e =ecund"rio) a

concurso5

* < A Prova Hscrita ser" e#etuada em simultIneo pelas duas categorias de concorrentes+

%rti&o 5'(Provas

PR)V% CR3%

A Prova Hscrita ser" apresentada em enunciado pr%prio #ornecido pela organi.a7/o, no !ual

ser" necess"rio !ue o aluno preenca apenas o respetivo nome, escola e concelo+

a+ No local onde se reali.ar a Prova Hscrita, apenas ser" permitida a perman8ncia

dos concorrentes e dos membros da organi.a7/o destacados para esse e#eito5

b+

A Prova Hscrita ter" a dura7/o de F (!uarenta e cinco) minutos5

c+ A Prova Hscrita ser" constitu$da por !uest@es de escola m:ltipla, !ue abrangem

o conte:do das obras lidas e algumas re#er8ncias G biobibliogra#ia dos autores, e

por uma pergunta aberta de desenvolvimento5


3/16



d+ Ap%s a conclus/o da Prova, os concorrentes dever/o entreg"la G pessoa !ue les

#or previamente indicada para o e#eito5 ser" registada a ordem de entrega de

cada prova+

e+ A !uest/o de desenvolvimento ; de resposta obrigat%ria, mas apenas ser"

avaliada em caso de empate+

#+ Hm caso manuten7/o de uma situa7/o de empate, o -:ri ter" em considera7/o o

tempo de reali.a7/o de cada prova individual+

Hsta Prova tem car"cter eliminat%rio+ Apurarse/o para a etapa seguinte os cinco

concorrentes melor classi#icados em cada categoria5

Prova oral

A Prova ral ser" reali.ada no audit%rio do Centro Cultural, a partir das '** e ; aberta

ao p:blico em geral+

A prova oral decorrer" em palco e ser" composta por dois momentos0 prova de leitura

eJpressiva (em #un7/o da eJtens/o do poema e do tempo necess"rio para a sua leitura) e

prova de conecimento das obras+ s #inalistas do =ecund"rio ser/o os primeiros a reali.ar

a Prova ral, seguindosele os do *1+ Ciclo+

1 4 Prova de Leitura ressiva

a+ Para esta prova ser/o apresentados aos concorrentes cinco envelopes di#erentes !ue

conter/o, cada um, um poema+ Cada aluno selecionar" aleatoriamente um envelope e

proceder" G leitura eJpressiva do respetivo poema tendo a liberdade de o ler com recurso

ao papel, ou de di.8lo sem suporte (memori.ado), n/o avendo lugar, !ual!uer !ue se-a a

sua escola, a !ual!uer penali.a7/o+ con-unto de ' poemas, cinco para cada n$vel de


4/16



escolaridade, ser" do conecimento pr;vio de alunos e pro#essores, e consta no aneo e

deste regulamento+

s alunos dever/o dar espa7o G sua imagina7/o nesta prova, podendo recorrer a

elementos teatrais para enri!uecer a sua presta7/o, desde !ue cumpram o tempo

necess"rio para a leitura do poema+

Cada um dos membros do 9:ri pontuar" as presta7@es dos concorrentes tendo em conta os

seguintes crit;rios0 Audibilidade5 Articula7/o5 HJpressividade5 Pontua7/o5 Ritmo5

Criatividade5 Postura corporal+

b+ A ordem de presta7/o das provas ser" reali.ada por sorteio aleat%rio+

24 Prova de Con!eci"ento de tio Quiz + s procedimentos ser/o os mesmos para

ambas as categorias a concurso, de acordo com o seguinte0a+ Hm palco e oralmente, ser" colocado um con-unto de & !uest@es de escola

m:ltipla !ue incidem sobre as obras lidas5

b+

Cada !uest/o ser" colocada aos cinco concorrentes em simultIneo+

c+ Responde a cada !uest/o o concorrente !ue primeiro acionar o mecanismo G

disposi7/o para o e#eito, tendo ' segundos para identi#icar, oralmente, a op7/o

de resposta G !uest/o5

d+ =e a resposta estiver correta, o aluno gana pontos+ =e a resposta estiver errada

ou n/o responder G !uest/o o aluno perde pontos+

e+ Consideramse para e#eitos de classi#ica7/o #inal, a soma da pontua7/o dos dois

momentos5

#+ Nesta prova, o tempo ; #ator determinante5


5/16



%rti&o 6'()rdena#$o inal

' < A ordena7/o #inal dos concorrentes resultar" do con-unto das provas prestadas+

& < Hm caso de empate, ser" colocada uma !uest/o aos concorrentes em igualdade de

situa7/o5

%rti&o 7'(Concorrentes %urados

' < =er/o apurados para a Ease Nacional do Concurso Nacional de Leitura apenas dois

concorrentes, o mais pontuado em cada categoria+ segundo e terceiro classi#icados em

cada categoria s/o considerados suplentes+

%rti&o 8'(Pr9"ios

' < =er/o atribu$dos pr;mios aos & (dois) primeiros concorrentes de cada categoria (*1+

Ciclo e =ecund"rio)5

& < 6odos os concorrentes e escolas concorrentes ter/o direito a um Certi#icado de

Participa7/o5

* < s concorrentes e as escolas vencedoras ter/o ainda direito a um Certi#icado com arespetiva classi#ica7/o+


6/16



%neo PR)V%4P3:C;L) nsino ecund?riotaa> Leitura eressiva

%s essoas sens@veis

As pessoas sens$veis n/o s/o capa.esDe matar galinasPor;m s/o capa.esDe comer galinas

dineiro ceira a pobre e ceiraK roupa do seu corpoA!uela roupaue depois da cuva secou sobre o corpoPor!ue n/o tinam outra dineiro ceira a pobre e ceira

A roupaue depois do suor n/o #oi lavadaPor!ue n/o tinam outra

>anar"s o p/o com o suor do teu rosto Assim nos #oi impostoH n/o0

Com o suor dos outros ganar"s o p/o

O vendil@es do temploO construtoresDas grandes est"tuas balo#as e pesadas

O ceios de devo7/o e de proveitoPerdoais


7/16



$o Leonardo da Aalaura

K proa dum navio de penedos,A navegar num doce mar de mosto,Capit/o no seu postoDe comando,=+ Leonardo vai sulcandoAs ondasDa eternidade,

=em pressa de cegar ao seu destino+Ancorado e #eli. no cais umano, num antecipado desenganoue ruma em direc7/o ao cais divino+

L" n/o ter" socalcosNem vinedosNa menina dos olos deslumbrados5Doiros desaguados=er/o carcos de lu.

Hnvelecida5Rasos, todos os montesDeiJar/o prolongar os ori.ontesAt; onde se eJtinga a cor da vida+

Por isso, ; devagar !ue se aproJimaDa bemaventuran7a+ lentamente !ue o rabelo avan7aDebaiJo dos seus p;s de marineiro+H cada ora a mais !ue gasta no camino um sorvo a mais de ceiro

A terra e a rosmaninoS

Miguel 6orgaIn Poesia completa+ Lisboa0 Dom uiJote, &2, p+ &&3+


8/16



) Menino da sua "$e

Menino da =ua M/e No plaino abandonadoue a morna brisa a!uece,De balas traspassadoT Duas, de lado a lado T,9a. morto, e arre#ece+

Raiale a #arda o sangue+

De bra7os estendidos,Alvo, louro, eJangue,Eita com olar langueH cego os c;us perdidos+

6/o -ovemS !ue -ovem eraS(Agora !ue idade temU)Eilo :nico, a m/e le deram nome e o mantivera0W menino da sua m/eX+

Caiule da algibeiraA cigarreira breve+Derala a m/e+ Hst" inteiraH boa a cigarreira+Hle ; !ue -" n/o serve+

De outra algibeira, aladaPonta a ro7ar o solo,A brancura embainadaDe um len7o+++ Deulo a criadaVela !ue o trouJe ao colo+

L" longe, em casa, " a prece0Wue volte cedo, e bemSX(Malas !ue o imp;rio teceS)9a. morto, e apodrece, menino da sua m/e+

Eernando PessoaIn Antologia Poética+ Ys+ l+Z 0 Hditora lisseia, &F, p+ 42+


9/16



N$o te a"o

N/o te amo, !uerote0 o amar vem d[alma+H eu n[alma teno a calma,A calma do -a.igo+AiS n/o te amo, n/o+

N/o te amo, !uerote0 o amor ; vida+

H a vida nem sentidaA trago eu -" comigo+Ai, n/o te amo, n/oS

AiS n/o te amo, n/o5 e s% te !ueroDe um !uerer bruto e #eroue o sangue me devora,N/o cega ao cora7/o+

N/o te amo+ s bela5 e eu n/o te amo, % bela+uem ama a a.iaga estrela

ue le lu. na m" oraDa sua perdi7/oU

H !uerote, e n/o te amo, !ue ; #or7ado,De mau, #eiti7o a.adoHste indigno #uror+Mas oS n/o te amo, n/o+

H in#ame sou, por!ue te !uero5 e tantoue de mim teno espanto,De ti medo e terror+++

Mas amarS+++ n/o te amo, n/o+

Almeida >arrettIn Folhas caídas e Flores sem fruto+ Porto0 Porto Hditora, &', p+ &+


10/16



Vaidade "eu a"or tudo vaidade

Vaidade, meu amor, tudo vaidadeSuve0 !uando eu, um dia, #or algu;m,

6uas amigas terte/o ami.ade,(=e isso ; ami.ade) mais do !ue, o-e, t8m+

Vaidade ; o LuJo, a >l%ria, a Caridade,6udo vaidadeS H, se pensares bem,

Ver"s, perdoame esta crueldade,ue ; uma vaidade o amor de tua m/e+

VaidadeS m dia, #oiseme a EortunaH eu vime s% no mar com mina escuna,H ningu;m me valeu na tempestadeS

\o-e, -" voltam com seu ar composto,Mas eu, v8 l", eu voltoles o rosto+++H isto em mim n/o ser" vaidadeU

Ant%nio NobreIn Só+ Porto0 Porto editora, &'+ ?=BN 42342&42, p+ '+


11/16



%neo

PR)V%4P3:C;L) +' Ciclo do nsino B?sicotaa> Leitura eressiva

Descal#a vai era a onte

Descal7a vai pera a #onteLianor, pela verdura5vai #ermosa e n/o segura+

Leva na cabe7a o pote,o testo nas m/os de prata,

cinta de #ina escarlata,sa$no de camalote5tra. a vas!uina de cote,mais branca !ue a neve pura5vai #ermosa e n/o segura+

Descobre a touca a garganta,cabelos d[ ouro o tran7ado,#ita de cor d[encarnado]

6/o linda !ue o mundo espantaSCove nela gra7a tanta!ue d" gra7a G #ermosura5vai #ermosa, e n/o segura+

Lu$s de Cam@esIn Lírica completa I + Maia0 ?mprensa Nacional < Casa da Moeda, '43, p+ 3F+


12/16


13/16



) "ostren&o

mostrengo !ue est" no #im do marNa noite de breu ergueuse a voar5K roda da nau voou tr8s ve.es,Voou tr8s ve.es a ciar,H disse0 Wuem ; !ue ousou entrarNas minas cavernas !ue n/o desvendo,Meus tectos negros do #im do mundoUXH o omem do leme disse, tremendo,WHlRei D+ 9o/o =egundoSXWDe !uem s/o as velas onde me ro7oUDe !uem as !uilas !ue ve-o e ou7oUXDisse o mostrengo, e rodou tr8s ve.es,6r8s ve.es rodou imundo e grosso+Wuem vem poder o !ue s% eu posso,ue moro onde nunca ningu;m me visseH escorro os medos do mar sem #undoUXH o omem do leme tremeu, e disse0

WHlRei D+ 9o/o =egundoSX6r8s ve.es do leme as m/os ergueu,6r8s ve.es ao leme as reprendeu,H disse no #im de tremer tr8s ve.es0WA!ui ao leme sou mais do !ue eu0=ou um povo !ue !uer o mar !ue ; teu5H mais !ue o mostrengo, !ue me a alma temeH roda nas trevas do #im do mundo,Manda a vontade, !ue me ata ao leme,De HlRei D+ 9o/o =egundoSX

Eernando PessoaIn Mensagem+ Lisboa0 tica, &', p+ FF2+


14/16



Barca bela

Pescador da barca bela,nde vais pescar com ela+ue ; t/o bela, pescadorU

N/o v8s !ue a :ltima estrelaNo c;u nublado se velaUCole a vela, pescadorS

Deita o lan7o com cautela,ue a sereia canta bela+++Mas cautela, pescadorS

N/o se enrede a rede nela,ue perdido ; remo e vela,

=% de v8la, pescador+

Pescador da barca bela,?nda ; tempo, #oge dela,Eoge dela

pescadorS

Almeida >arrettIn Folhas caídas e flores sem fruto+ Porto0 Porto Hditora, &', p+4+


15/16



Poe"a do ec!o 9clair

Eilipe ?? tina um colar de oirotina um colar de oiro com pedrasrubis+Cingia a cintura com cinto de coiro,com #ivela de oiro,olo de perdi.+

Comia num pratode prata lavradagira#a tru#ada,riss%is de serpente+ copo era um gomo!ue em #lor desabroca,de cristal de rocado mais transparente+

Andava nas salas#orradas de Arr"s,

com panos por cima,pela #rente e por tr"s+6apetes #lamengos,combates de galos,al@es e podengos,#alc@es e cavalos+

Dormia na camade prata maci7acom dossel de lamade #ran-a roli7a+

Na mesa do cantovermelo damascoa t$bia de um santoguardada num #rasco+

Eoi dono da terra,#oi senor do mundo,nada le #altava,Eilipe =egundo+


16/16



6ina oiro e prata,pedras nunca vistas,sa#ira, top".ios,rubis, ametistas+

6ina tudo, tudosem peso nem conta,bragas de veludo,peli7as de lontra+

m omem t/o grandetem tudo o !ue !uer+

!ue ele n/o tinaera um #eco ;clair+

Nota0 (Eilipe ?? teria de viver at; aos #inais do =;c+ ? para poder ter o seu #eco ;clair)

Ant%nio >ede/oIn ttp0___+citi+ptculturaliteraturapoesiaantonioQgedeaopoemaQ#eco+tml

chaves- normas - prova distrital 2016

Documents