chave para identificação dos minerais constituintes das rochas aula prÁtica

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Chave para identificação dos minerais constituintes das rochas I. Mais duro que o vidro - o canivete não risca o mineral (se o mineral é menos duro que o vidro, ir para II) A. Não possui clivagem ( se possui clivagem, ir para B) 1. Brilho vítreo a. Cor verde azeitona ou castanho - olivina b. Cor vermelha acastanhada ou em cristais equidimensionais com 12 ou mais faces - granada c. Incolor ou levemente colorido - quartzo B. Possui clivagem 1. Duas direcções, boa, fazendo ângulos de aproximadamente 90 graus - feldspato a. Estrias visíveis nas superfícies de clivagem - plagioclase b. Rosa ou cor de salmão - feldspato potássico c. Branco ou cinza claro sem estrias - qualquer tipo de feldspato 2. Duas direcções, imperfeitas, fazendo ângulos de 90 graus - piroxena (frequentemente augite) 3. Duas direcções, boa, fazendo ângulos de 60 graus - anfíbola (normalmente horneblenda) II. Menos duro que o vidro - é riscado pelo canivete A. Não possui clivagem 1. Aspecto terroso, em massas muito finas para se distinguir grãos individuais - minerais das argilas B. Possui clivagem 1. Uma direcção perfeita, possibilitando a separação de lâminas flexiveis - mica a. Incolor, branco ou prateado - moscovite

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Page 1: Chave para identificação dos minerais constituintes das rochas AULA PRÁTICA

Chave para identificação dos minerais constituintes das rochas

I. Mais duro que o vidro - o canivete não risca o mineral (se o mineral é menos duro que o vidro, ir para II)

A. Não possui clivagem ( se possui clivagem, ir para B)

1. Brilho vítreo

a. Cor verde azeitona ou castanho - olivina

b. Cor vermelha acastanhada ou em cristais equidimensionais com 12 ou mais faces - granada

c. Incolor ou levemente colorido - quartzo

B. Possui clivagem

1. Duas direcções, boa, fazendo ângulos de aproximadamente 90 graus - feldspato

a. Estrias visíveis nas superfícies de clivagem - plagioclase

b. Rosa ou cor de salmão - feldspato potássico

c. Branco ou cinza claro sem estrias - qualquer tipo de feldspato

2. Duas direcções, imperfeitas, fazendo ângulos de 90 graus - piroxena (frequentemente augite)

3. Duas direcções, boa, fazendo ângulos de 60 graus - anfíbola (normalmente horneblenda)

II. Menos duro que o vidro - é riscado pelo canivete

A. Não possui clivagem

1. Aspecto terroso, em massas muito finas para se distinguir grãos individuais - minerais das argilas

B. Possui clivagem

1. Uma direcção perfeita, possibilitando a separação de lâminas flexiveis - mica

a. Incolor, branco ou prateado - moscovite

b. Preto ou castanho escuro - biotite

2. Três direcções

a. Perfeitas e fazendo ângulos de 90 graus entre si - halite

b. Perfeitas, fazendo ângulos diferentes de 90 graus

Faz efervescência com os ácidos - calcite

Page 2: Chave para identificação dos minerais constituintes das rochas AULA PRÁTICA

Faz efervescência com ácido diluído a frio, depois de pulverizada – dolomite

VAMOS SENTIR OS MINERAISComo fazer

Peça aos seus alunos para vendarem os olhos e procurarem identificar certos minerais através das suas propriedades não visuais – tal como um aluno cego teria de fazer.

Que diferentes sensações, não visuais, poderão ter? 

Será que, mesmo sem visão, poderemos identificar todos os minerais? 

Caso haja alunos cegos ou com baixa visão, a contribuição deles será particularmente interessante. 

Reúna um conjunto de minerais à escala de mão e vários kits com instrumentos usados habitualmente na identificação de minerais e uma chave dicotómica.

Distribua os alunos por grupos e entregue um kit a cada grupo. Peça-lhes que vendem os olhos.

Modalidade do professor/leitor

Todos os grupos de alunos recebem o mesmo mineral e será o professor a ler a chave dicotómica em voz alta, acompanhando passo a passo as escolhas dos grupos.

Depois de identificado este mineral, passe então ao seguinte.

Pode registar os resultados no quadro, para posterior confrontação.

Esta versão é funcional no caso de existirem poucos grupos. Só pode ser usada quando existirem tantas amostras de um mesmo mineral quantos os grupos formados.

Page 3: Chave para identificação dos minerais constituintes das rochas AULA PRÁTICA

Modalidade dos minerais em rotatividade

Nesta versão, os minerais estão distribuídos em pequenos conjuntos (tantos conjuntos quanto o número de grupos).

Em cada grupo há um aluno sem venda que lê a chave dicotómica, acompanhando as escolhas dos colegas, mas que não os pode ajudar.

Este aluno pode também registar as identificações numa folha, para posterior confronto de resultados com os outros colegas.

Quando a identificação de um conjunto de minerais estiver concluída, os leitores põem a venda. 

O professor roda, então, os minerais entre os grupos de alunos (ver diagrama, em baixo). Depois, escolhe-se um novo leitor da chave.

Se houver um aluno que consiga ler a chave dicotómica em Braille, este poderá ser o leitor permanente do grupo, pois poderá ler a chave sem recurso à visão e, ao mesmo tempo, participar com os colegas na identificação.

Esquema de rotação dos minerais (círculos numerados) pelos grupos de alunos (quadrados). Em cada rotação, migram os três minerais de cada vez. Neste caso, há um mineral repetido (representado pela letra R).

Sugestões

Se um grupo de alunos tomar uma escolha inadequada, deixe-os continuar. Eventualmente, eles perceberão o seu equívoco mais à frente.

Page 4: Chave para identificação dos minerais constituintes das rochas AULA PRÁTICA

Pode incluir amostras repetidas de minerais, para inibir os alunos de fazer escolhas por exclusão de partes.

Quando todos os minerais estiverem identificados, faça a comparação de resultados entre os grupos. Confronte a turma com as identificações discordantes, estimule-os a confirmar a sua escolha ou a perceberem em que passo se enganaram.

Promova a discussão sobre que vantagens há em recorrer às propriedades não visuais dos minerais, assim como que limitações existem ao não se ter em conta as propriedades visuais.

Se desejar integrar a formação cívica nesta atividade, desenvolva com os seus alunos uma reflexão sobre o que sentiram (física e emocionalmente) quando estavam de olhos vendados, que dificuldades tiveram e que tipos de sensibilidade pensam ter potenciado. 

Caso haja alunos com deficiência visual, procure confirmar se eles tiveram menos dificuldades. 

Daqui, pode acompanhá-los a fazer a ponte entre esta atividade e a realidade das pessoas com deficiência visual, incutindo-lhes os valores da igualdade na diferença e da igualdade de oportunidades.