cerveja artesanal

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  • CERVEJA MALDITA

    Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788)

    Trabalho realizado no mbito da unidade curricular de Comportamento de Compra e Venda,

    Leccionada pelo Prof. Doutor Pedro Mendes

    RESUMO: Este trabalho consiste num estudo de mercado para o lanamento de uma Cerveja Artesanal de seu nome Maldita.

    ESCOLA SUPERIOR DE AVEIRO, JUNHO 2013

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 2

    NDICE

    NDICE DE ILUSTRAES .............................................................................................. 3

    1. INTRODUO ........................................................................................................ 4

    2. MARKETING SENSORIAL E NEUROMARKETING: O CASO DA MALDITA ..... 5

    3. A INDSTRIA DA CERVEJA ARTESANAL............................................................. 9

    4. PERFIL CONSUMIDOR DE CERVEJA ARTESANAL ............................................. 17

    5. CERVEJA ARTESANAL COMO PRODUTO ........................................................... 22

    5.1. Histria da Cerveja ............................................................................ 22

    5.2. Cerveja Artesanal ............................................................................... 23

    5.3. Tipos de Cerveja ................................................................................ 27

    5.4. Sabor da Cerveja ................................................................................ 30

    6. FOCUS GROUP ....................................................................................................... 32

    6.1. Focus Group Guio ......................................................................... 32

    6.2. Focus Group Cerveja Maldita ......................................................... 34

    6.3. Focus Group Cerveja Vadia ............................................................ 38

    7. MODELO DE COMPRA DA CERVEJA MALDITA .................................................. 44

    8. MODELO DE VENDA DA CERVEJA MALDITA ..................................................... 45

    9. CONCLUSO .......................................................................................................... 57

    10. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 61

    11. NETGRAFIA ........................................................................................................... 62

    12. ANEXOS ................................................................................................................. 64

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 3

    NDICE DE ILUSTRAES

    Imagem 1 - Cerveja Sovina ........................................................................................ 9

    Imagem 2 - Cerveja Vadia .......................................................................................... 9

    Imagem 3 - Cerveja Praxis ..................................................................................... 10

    Imagem 4 - Cerveja RollsBeer ............................................................................... 11

    Imagem 5 - Cerveja Sarti......................................................................................... 11

    Imagem 6 - Cerveja Artesanal do Minho ........................................................... 12

    Imagem 7 - Cerveja Maldita ................................................................................... 12

    Imagem 8 - Modo de fabricao da Cerveja Praxis ........................................ 15

    Imagem 9 - Garret Oliver ........................................................................................ 17

    Imagem 10 - Consumo per Capita de Cerveja .................................................. 19

    Imagem 11 - Tipos de Cerveja e diferentes copos ......................................... 31

    Tabela 1 - Tipos de Cerveja ................................................................................... 28

    Tabela 2 - Mkt Mix .................................................................................................... 45

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 4

    1. INTRODUO

    No mbito da unidade curricular de Comportamento de Compra e Venda,

    leccionada pelo Prof. Doutor Pedro Mendes, foi-nos proposto a realizao de um

    estudo sobre uma marca de cerveja Artesanal que pretende lanar-se no mercado,

    essa marca chama-se Cerveja Maldita e tem a sua sede em Cacia, no Distrito de Aveiro.

    detida pela empresa Faustino Microcervejeira.

    Este estudo pretende obter um maior conhecimento sobre a cerveja artesanal

    em si, qual a indstria em que est inserida, foi feita tambm uma anlise sobre o

    perfil do consumidor de cerveja Artesanal, e foi tambm analisada a Cerveja Artesanal

    como Produto.

    Numa primeira fase do trabalho, apresentamos um breve estudo sobre o

    Marketing Sensorial, e sobre o Neuromarketing.

    Foram realizados tambm dois Focus Group, com o intuito de perceber

    melhor a opinio dos consumidores finais sobre a cerveja Artesanal no geral, e sobre

    a cerveja Maldita em particular, pois nesses Focus Group foi feita uma degustao da

    mesma.

    Todas essas informaes foram descritas e analisadas neste trabalho.

    Esperamos desta forma contribuir para que a marca se consiga lanar com

    sucesso no mercado, e consiga atingir o volume de vendas esperado.

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    2. MARKETING SENSORIAL E NEUROMARKETING: O CASO DA MALDITA

    Desde os primeiros segundos de vida passamos a utilizar alguns de nossos

    sentidos para identificarmos o que nos traz segurana e conforto. Com o passar dos

    anos aprendemos a utilizar os cinco sentidos (viso, audio, tacto, paladar e olfacto)

    de maneira mais apurada. Estes sentidos so, muitas vezes, responsveis por algumas

    de nossas decises, que podem estar relacionadas, neste caso especfico, com o

    consumo.

    Para Solomon, Michael R. (2002) dos cinco sentidos temos: olfacto algumas

    das relaes a diferentes aromas resultam de associaes iniciais que invocam

    sensaes boas ou ms, isso explica porque as empresas esto a explorar conexes

    entre odor, recordao e estado de esprito; audio muitos aspectos do som

    afectam os sentimentos e o comportamento das pessoas; viso os significados so

    comunicados no canal visual atravs da cor, tamanho e estilo de um produto. As cores

    podem at mesmo influenciar as emoes mais directamente; tacto estados de

    esprito so estimulados ou acalmados com base nas sensaes que atingem a pele e,

    finalmente, o paladar os receptores de paladar contribuem para a experincia com

    muitos produtos, e as pessoas formam fortes preferncias por certos sabores.

    O Marketing Sensorial mais uma estratgia de marketing que analisa o

    comportamento do cliente e as suas emoes e visa criar um vnculo emocional entre

    o produto ou servio e o consumidor.

    Esta estratgia uma alternativa que tem conquistado cada vez mais o

    espao no ponto de venda, centralizando os esforos na transformao da

    experincia de consumo numa actividade envolvente e marcante.

    O Marketing Sensorial no exige um investimento muito alto e d

    resultados prticos a curto prazo, alm de personalizar a experincia da compra,

    destacando o estabelecimento junto ao consumidor.Tendo em conta o marketing

    sensorial ligado ao sentido olfactivo, importante referir que o marketing olfativo

    mais uma ferramenta para reforar a marca, a presena da empresa na vida de seus

    consumidores e ainda tem como objectivo associar um aroma marca. importante

    referir ainda que o facto de os aromas serem processados no sistema lmbico do

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    crebro, que o centro das emoes, torna este mtodo fulcral quando a inteno da

    empresa atingir a dimenso afectiva do consumidor/cliente.

    Segundo Solomon, Michael R. (2002) refere que a sensao est relacionada

    reaco imediata dos nossos receptores sensoriais (olhos, ouvidos, nariz, boca,

    dedos) a estmulos bsicos como a luz, a cor, o som, os odores e as texturas. Os

    estmulos externos, ou inputs sensoriais, podem ser recebidos por uma srie de

    canais. Os inputs captados pelos nossos cinco sentidos so dados crus que iniciam o

    processo perceptivo. As reaces aos estmulos so uma parte importante do

    consumo hednico, ou seja, os aspectos multi-sensoriais, fantasiosos e emocionais das

    interaces dos consumidores com o produto. A qualidade sensorial nica de um

    produto pode desempenhar um importante papel ao faz-lo se sobressair em relao

    aos concorrentes, especialmente aos concorrentes, especialmente se a marca cria

    uma associao com a sensao.

    O hbito de beber cerveja uma experincia sensorial complexa, que

    compreende todos os cinco sentidos. Um determinado tipo de copo no altera o sabor

    da cerveja. Altera quase todas as outras sensaes, excepto o sabor. As pessoas

    tendem a confundir o paladar com o resto. O impacto maior dessa confuso acaba por

    se verificar nos copos de cerveja.

    Som da cerveja

    A cerveja tem um som, pois geralmente contm uma elevada quantidade de

    gs carbnico. Com isso no incomum que as latas ou as garrafas faam um barulho

    caracterstico quando so abertas. Assim, quando algum abre uma cerveja que no

    faz barulho j sabe que o sabor ser diferente.

    Viso da cerveja

    Depois do som, a apresentao da bebida muda completamente a sua

    experincia. Ao usar um copo fabricado especialmente para uma determinada

    cerveja, por exemplo, ao beber uma Budweiser no copo da Budweiser, que possui

    uma marcao em relevo e cabe integralmente o contedo de uma lata ou

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    longneck,tem-se uma experincia mais completa. Noutros casos, uma taa ou clice

    personalizado, como a da Stella Artois, um espectculo parte e diferencia bastante

    o contedo, mesmo que a cerveja por si s seja muito parecida visualmente com 99%

    das do mercado.

    Aroma da cerveja

    Apreciar o aroma permite, de certa forma, antecipar o consumo da bebida.

    Segundo o blog, paraquevocerveja.blogspot.pt, acedido em 22 de Maio de 2013 pelas

    11h, uma cerveja pode no possuir uma grande variedade de aromas e sabores e

    mesmo assim ser boa. O mais importante que ela seja harmoniosa, onde nenhum

    aroma ou sabor fique em desarmonia com o restante do conjunto. Nas cervejas menos

    complexas, geralmente espera-se pelo menos uma boa combinao entre o doce do

    malte e o amargor do lpulo. Nas mais complexas, alm disso, pode-se deliciar com

    um novo sabor ou aroma diferente.

    Tacto da cerveja

    Algumas pessoas no percebem, mas um dos sentidos que mais se utiliza

    enquanto se bebe o tacto. A sensao comea quando se pega no copo. Um mais

    bojudo, como o da Bohemia, permite que se sinta a temperatura da bebida e se a

    segure com mais preciso. Depois das mos, na boca tambm sentimos a cerveja, a

    sua densidade e a sua textura. Por fim, principalmente no caso de uma cerveja gelada,

    o ltimo lugar onde se a sente quando escorre pela garganta refrescando

    rapidamente o sistema digestivo.

    Paladar da cerveja

    um facto que a cerveja no vai alterar o gosto devido ao copo. Mas, nem

    tudo so copos e quando se misturam vrios sentidos, a impresso sensorial passa a

    ser mais complexa.

    Se inibirmos os nossos principais sentidos no momento da degustao da

    cerveja vamo-nos aperceber que a sensao completamente diferente. Um copo,

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    taa ou acessrio vai permitir apenas realar um ponto ou outro caracterstico da

    bebida.

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    3. A INDSTRIA DA CERVEJA ARTESANAL

    A indstria da cerveja artesanal em Portugal est representada por sete

    marcas, que passamos de seguida a apresentar:

    Imagem 1 - Cerveja Sovina

    Fonte: http://bit.ly/1a56vDQ

    A Sovina nasceu no Porto, criada por trs cervejeiros que posicionam a Sovina

    como sendo a nova cerveja artesanal gourmet. Esta marca conta com 2 anos de

    existncia e produz seis diferentes tipos de cerveja: Amber, Helles, IPA, Stout, Trigo e

    Bock.

    Imagem 2 - Cerveja Vadia

    Fonte: http://www.cervejavadia.pt/cervejavadia/images/phocagallery/logo_oficial.jpg

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    Nascida em 2007 na cidade de Oliveira de Azemis, a Vadia foi criada por trs

    cervejeiros que tinham em comum o gosto pela vida bomia. A Vadia conta com

    quatro tipos de cerveja artesanal: Trigo, Pilsner, Ruiva e Preta.

    Imagem 3 - Cerveja Praxis

    Fonte: https://si0.twimg.com/profile_images/466952873/Praxis_Negativo.jpg

    Sedeada em Coimbra, a Cervejaria Praxis nasceu sensivelmente h 10 anos,

    mas com produo limitada a amigos e familiares dos produtores. Neste momento a

    marca conta com uma Cervejaria/restaurante localizado na margem esquerda do rio

    Mondego onde produz e venda a sua cerveja. A Praxis produz cinco tipos de cerveja:

    Pilsener, Dunkel, Ambar, Weiss e Strong.

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    Imagem 4 - Cerveja RollsBeer

    Fonte: http://www.rollsbeer.pt/Rolls%20Beer%20L1.jpg

    Sobre a RollsBeer sabe-se apenas que originaria de Pombal e conta com trs tipos

    de cerveja: CraftBeerSpecial, Premium e Nectar. Como a Sovina, a RollsBeer tambm se

    posiciona por produzir cerveja artesanal gourmet.

    Imagem 5 - Cerveja Sarti

    Fonte: http://sartigalhos.blogspot.pt/

    A Sarti produzida em Miranda do Douro por uma associao cervejeira

    Sartigalhos e caracteriza-se por ser a nica cerveja artesanal de Trs-os-Montes.

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    Imagem 6 - Cerveja Artesanal do Minho

    Fonte: http://bit.ly/14Qh6BE

    Criada por um grupo de estudantes da Universidade do Minho, a Cerveja

    Artesanal do Minho conta com seis tipos de cerveja artesanal: Red Ale, Stout, Pilsener,

    Indian Pale Ale, Weiss e Belgian Ale.

    Imagem 7 - Cerveja Maldita

    Fonte: Documento Ipam

    A Maldita a marca da cerveja artesanal produzida em Aveiro pela Faustino

    Microcervejeira. A Maldita est em fase de produo de trs tipos de cerveja:

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    RobustPorter, EnglishBarleywine e BohemianPilsener. O objetivo da Maldita torna-

    se a cerveja artesanal portuguesa mais premiada a nvel internacional.

    Apesar do nmero limitado em comparao com outros pases como a

    Espanha, que s na regio de Castilha e Leo tem registadas 24 marcas de cerveja

    artesanal, aqui em Portugal um mercado em forte expanso.

    O nosso pas no se caracteriza por ter uma grande tradio em cerveja

    artesanal, apesar de sermos grandes consumidores de cerveja.

    Segundo o website Cervejas do Mundo

    http://www.cervejasdomundo.com/EmPortugal.htm, acedido em 10 de Maio de

    2013, pelas 15horas, actualmente o mercado nacional dominado pelos dois maiores

    fabricantes a Unicer e a Sociedade Central de Cervejas (SCC), controlando 90% do

    sector. Com base no artigo do Dirio Econmico do dia 07/03/2012, a produo

    industrial contudo no ano passado registou uma queda de 10% nas vendas, cuja

    provenincia vem do canal Horeca (Hotis. Restaurantes e cafs).

    Mas falando em volume de negcios, segundo o artigo do Pblico de 21 de

    Julho de 2012, a Unicer regista uma percentagem de 49%, enquanto a SCC 48,7%.

    Resta portanto 2% do mercado onde a indstria da cerveja artesanal pode atacar.

    Para dar um exemplo de nveis de produo, o que uma marca como a Sovina (das

    cervejas artesanais mais comunicadas) produz por ms, corresponde a pouco mais de

    2 minutos de produo da SCC que pode produzir 440 milhes de litros por ano.

    Como bvio no nos nmeros que o mercado da cerveja artesanal se

    quer destacar, mas sim na qualidade do produto produzido. O que em Portugal se

    traduz num nicho de mercado. Nicho esse que tem tendncia a crescer, tornando a

    distribuio de cervejas artesanais maior, criando apetncia para que o consumidor

    compre (por encontrar mais facilmente) e se torne fiel cerveja artesanal.

    O grande trabalho destas marcas divulgar as suas cervejas artesanais, de

    qualidade, para que o consumidor as conhea. O caso da Sovina garante esse

    processo, a marca nasceu no Porto em 2011 e j conta com uma produo de 3000

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    litros mensais. A empresa afirma que s no produzem mais porque esperam os

    financiamentos do Prodep para aumentar estes nmeros. Inclusive, at Dezembro de

    2012 existiam 120 projectos inscritos neste programa de financiamentos, o que

    denota uma grande apetncia para este mercado.

    Com base no artigo do Jornal de Noticias de 09 de Maro de 2013, apesar da

    existncia deste grande buzz no mercado nacional para o nascimento de novas

    marcas de cervejas artesanais, os valores de Portugal continuam muito abaixo,

    comparados com outros pases. Nos EUA, 7% da cerveja consumida artesanal,

    enquanto que no nosso pas ronda 1%. Na Espanha existem mais de 100 marcas de

    cerveja artesanal, contudo existe uma explicao para este valor, o interesse pela

    cerveja artesanal no pas vizinho comeou h uma dcada. S na Galcia existem 18

    marcas, inspirados nesta regio espanhola alguns estudantes da Universidade do

    Minho criaram, a hoje conhecida Cerveja Artesanal do Minho. Neste momento a

    empresa no se pode comparar a marcas como Sovina e Vadia, pois a sua produo

    ronda os 300 litros mensais, e tm sido usados apenas para estudos de mercado.

    Por outro lado a Praxis, das casas mais antigas do mercado nacional, a

    marca j produz cerveja artesanal h 10 anos aproximadamente, mas at 3 anos atrs

    era s para amigos e familiares, um pouco como todas as marcas do mercado

    comeam. Nos dias de hoje a empresa conta com uma produo de 4000 litros no

    Vero, e pode descer at aos 1000 no Inverno.

    A diferena entre o processo industrial e o processo artesanal de produo de

    cervejas est na produo da melhor cerveja possvel com o menor custo possvel por

    parte do mercado industrial. O processo artesanal procura criar a melhor cerveja

    possvel apenas. S pela diferenciao e pela qualidade que as marcas de cerveja

    artesanal podem alcanar o sucesso. A qualidade final do produto est muito

    dependente da simplicidade na produo e na qualidade da matria-prima. A

    ilustrao abaixo explica o processo de produo da cerveja artesanal Praxis.

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    Imagem 8 - Modo de fabricao da Cerveja Praxis

    Fonte: http://on.fb.me/13NCpEN

    Segundo a Time Business & Money

    http://business.time.com/2013/03/22/as-craft-beer-gets-bigger-will-it-become-

    more-like-big-beer-or-perhaps-wine, acedido em 22 de Maio de 2013 pelas 22h35m,

    o mercado americano concluiu o ano de 2012 com um aumento de 18% em novas

    cervejarias (empresas que produzem cerveja), o volume de produo de cerveja

    artesanal aumentou 15%, as vendas aumentaram 17%, e um extraordinrio aumento

    de 72% na exportao de cerveja artesanal. Estes dados demonstram que a indstria

    da cerveja artesanal nos EUA esto com uma franca subida, quer no nmero de novas

    empresas, quer no nmero de consumidores a comprarem cerveja artesanal.

    interessante analisar que no geral o volume de vendas de cerveja (artesanal

    e industrial) aumentou apenas 1%, e tendo em conta que as vendas de cerveja

    industrial neste mercado tem-se mantido inalteradas, isto significa que os

    consumidores tm dado preferncia ao consumo de cerveja artesanal, e isso denota-

    se pelos nmero acima apresentados.

    Com base no siteCluBeer http://www.clubeer.com.br/blog/o-mercado-de-

    cervejas-artesanais-no-brasil/, acedido em 22 de Maio de 2013 pelas 22h52m,

    podemos afirmar que o mercado da cerveja artesanal no Brasil representa cerca de

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    0,5% do mercado nacional de cervejas, contudo um nmero ainda muito baixo

    comparativamente com pases como os EUA, onde as cervejas artesanais ocupam 9%

    do mercado nacional de cervejas. O site afirma ainda que o mercado das cervejas

    artesanais no Brasil nos prximos dez anos deve duplicar. O estado de So Paulo em

    2011 consumiu aproximadamente 8,6 milhes de litros de cerveja artesanal, que

    corresponde ao dobro comparativamente com o ano anterior. Esse mesmo valor em

    litros corresponde a um aumento de 20% nas vendas desse ano comparativamente

    com os 3% de aumento do mercado de cervejas artesanais.

    O site veja economia http://veja.abril.com.br/noticia/economia/clubes-de-

    cerveja-dobram-de-tamanho-e-popularizam-bebida-artesanal, acedido em 22 de

    Maio de 2013 pelas 23h15m, afirma que no mercado brasileiro circulam por ms 48

    mil garrafas de cerveja artesanal, sem que seja necessrio passar por pontos de

    venda. Os grandes contribuidores desse movimento de garrafas so os clubes de

    cerveja que so responsveis pela facturao de 6 milhes de reais por ano em

    cerveja artesanal.

    Estes dados, associados aos recolhidos no siteCluBeer, acedido no mesmo dia,

    mostram que o mercado de cervejas artesanal no Brasil est em franco crescimento, e

    muito desse crescimento devido aos clubes de cerveja, que neste pas se tornaram

    quase uma moda pois os consumidores tm-se tornado grandes adeptos destes

    clubes. Este factor tambm pode ser explicado pelo aumento das classes scias A e B

    no Brasil, estes novos consumidores procuram cervejas com melhor qualidade e

    diferenciao, e a principal escolha recai nas cervejas artesanais que conseguem

    cumprir com este tipo de exigncia.

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    4. PERFIL CONSUMIDOR DE CERVEJA ARTESANAL

    O consumidor de cerveja artesanal, segundo o site

    bodegasdeluruguay.com.uy, acedido em 8 de Maio de 2013, pelas 15 horas, um

    pblico gourmet, tem normalmente uma educao de nvel superior, e est aberto a

    novas experincias culturais.

    Imagem 9 - Garret Oliver

    Fonte: http://henriquefrangetti.blogspot.pt/2010/11/cerveja-artesanal-uma-nova-tendencia-no.html

    O Mestre Cervejeiro norte-americano Garrett Oliver da Brooklyn Brewery,

    como mostra a imagem anterior, e segundo o site

    http://henriquefrangetti.blogspot.pt/2010/11/cerveja-artesanal-uma-nova-

    tendencia-no.html, acedido em 8 de Maio de 2013, pelas 16 horas, esteve no Brasil

    recentemente, e numa entrevista ao diaadiarevista.com, sobre paladares finos,

    abordou o perfil do consumidor de cerveja artesanal brasileiro. Ele diz que o

    consumidor est a passar por uma fase de transio, que aquela em que ele est a

    aprender a apreciar alimentos e bebidas feitas artesanalmente e a deixar um pouco o

    processo de industrializao.

    O consumidor de cerveja artesanal, aquele bon-vivant, que tem um

    interesse real e assumido pela gastronomia. Ele refere tambm que o processo pode

    vir a acelerar, pois o Brasil um pas onde os consumidores gostam de combinar

    sabores e no iram dar importncia, nem grande ateno a cervejas sem atractivos,

    quando existirem outras ofertas mais atraentes em termos de cerveja. O grande

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    desafio fazer que o consumidor experimente a cerveja artesanal, porque um

    processo sofisticado, que nos remete ao passado. Antigamente os copos de cerveja

    alemes eram mais requintados que os de vinho, o que fazia com que houvesse um

    maior interesse por parte dos consumidores, mas com a industrializao, esse

    conceito foi esquecido. A partir do momento em que haja novas possibilidades de

    consumo, esse valor vai ser novamente resgatado, o que vai trazer mais-valias a este

    mercado.

    Segundo a notcia do mesmo site, o consumidor de cerveja artesanal aquele

    que est aberto a novas experincias culturais, que aprecia realmente a gastronomia;

    aquele que procura um produto que v de encontro ao seu gosto pessoal.

    Os consumidores de cerveja Artesanal andam normalmente na casa dos 18

    aos 40 anos, e so predominantemente das classes A e B, e so homens e mulheres.

    So na sua maioria solteiros, apreciadores de bebidas alcolicas, que procuram

    relaes sociais atravs de ambientes descontrados. Por se tratar de um pblico mais

    selecto e exigente, h uma procura maior por produtos de alta qualidade e ambientes

    agradveis e seguros.

    So na sua maioria consumidores com um nvel socioeconmico elevado, e

    que fazem questo de sair de casa para se divertirem, num ambiente agradvel, que

    permita boas relaes sociais.

    Atitudes do Consumidor:

    Segundo o site istoe.com.br, acedido em 08 de Maio de 2013 pelas 17h30m,

    o perfil dos clientes pode ser analisado a partir de duas faixas etrias distintas: dos 18

    aos 30 anos e dos 31 aos 40anos. Os jovens dos 18 aos 30 anos, so na sua maioria da

    classe mdia, e procuram uma estabilidade financeira, que era at ento assegurada

    pelos pais. Na maior parte das vezes eles no ultrapassam o valor do consumo

    mnimo do bar que frequentam, mas esto dispostos a aguardar algum tempo por

    uma mesa vaga que lhes permita beber e apreciar a cerveja artesanal de uma forma

    mais descontrada. Devido aos valores culturais brasileiros, trata se de um grupo que

    se mostra mais vulnervel s variaes de preo das suas atividades de lazer e

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    hbitos de consumo, uma vez que ainda so dependentes dos pais e que em alguns

    casos tm uma mesada controlada.

    O grupo dos 31 aos 40 anos, maioritariamente composto por indivduos

    com situaes financeiras estveis, e esto dispostas a consumir de acordo com as

    suas vontades e satisfaes do momento, e no se importam de pagar um pouco mas

    por isso, pois no tm problemas de nvel econmico. Desta forma mostram se mas

    estveis nos seus hbitos e normalmente consomem os produtos que lhe do mais

    prazer, sem se importarem com o dinheiro que isso custa. Em comparao com o

    outro grupo mais jovem, podemos afirmar que o grupo dos 31 aos 40 anos consome

    mais petiscos e comidas que o outro, o que normalmente acompanha o consumo da

    cerveja artesanal.

    Ambos os grupos exigem um bom atendimento e conforto no momento em

    que esto a consumir a cerveja artesanal.

    O Brasil, segundo o Sindicato Nacional da Indstria da Cerveja (Sindiserv),

    est entre os maiores consumidores de cerveja do mundo, ocupando a 9 posio no

    ranking mundial de consumo per capita.

    Este ranking liderado pela Republica Checa, com um consumo que ronda os

    158 Litros/Habitante, seguida da Alemanha com 117,7 e do Reino Unido com 101,5.

    Imagem 10 - Consumo per Capita de Cerveja

    Fonte: BrewersofEurope, Alaface e Sindicerv (2002-2003)

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 20

    Um factor interessante, descrito por Enio Rodrigues superintendente

    executivo do Sindicato Nacional da Indstria da Cerveja (Sindicerv), o seguinte, por

    cada grau Celsius que aumenta a temperatura, o consumo de cerveja no Brasil cresce

    0,28%. Somado ao calor e ao Mundial de Futebol que ser em Junho de 2016, estes

    factores devem impulsionar as vendas das cervejarias, que projectam um aumento de

    12%.

    No ramo das cervejas, os consumidores tradicionais gostam de planear as

    suas compras, comprando as cervejas mais conhecidas e consumido quase 80% das

    suas compras no mesmo dia. Devido a este factor os produtores podem com toda a

    lgica atribuir uma grande importncia s churrascadas ao Domingo, que contribuem

    de forma substancial para este consumo.

    J os consumidores que compram cervejas artesanais so mais impulsivos, e

    compram cervejas sem existir uma ocasio especial. O momento oportuno para a

    venda no existe. Pode ser um qualquer, at mesmo quando esto a visitar o local de

    compra e podem ver o chamariz para um novo produto.

    Os homens compram mais lcool que as mulheres, o que mostra o motivo de

    muitas propagandas se apoiarem na exibio do corpo feminino como estratgia de

    venda.

    Uma das caractersticas da cerveja artesanal que ela contm mais cevada do

    que as cervejas industriais. "O malte, ou cevada, um ingrediente caro, por isso as

    indstrias economizam o mais que podem", diz Gitlzler. De facto, isso pesa no preo

    final da cerveja: o preo da cerveja artesanal pelo menos o dobro da cerveja

    convencional. Mas o valor no encarece apenas por causa da maior utilizao de

    cevada: a logstica e a estrutura menores tambm contribuem para o aumento dos

    preos.

    Outra diferena que enquanto as indstrias trabalham com apenas um

    estilo de cerveja, a Pilsener, as artesanais contam com mais de 80 estilos catalogados.

    " uma cerveja de mais sabor e qualidade", garante o executivo da AGM.

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    O pblico que consome esse tipo de cerveja diferente do que consome a

    bebida tradicional. "So consumidores com estabilidade financeira e que j viajaram

    para fora do pas e desta forma possuem um conhecimento muito mais alargado

    sobre o produto. Conhecem outras cidades e outros locais onde a cerveja artesanal

    consumida com mais frequncia", afirma Gitlzler. A venda destas cervejas em

    supermercados ainda quase nula, mas comea j a ter alguma importncia.

    O que est a acontecer com a cerveja artesanal foi o mesmo que aconteceu

    com o vinho h alguns anos. O pblico consumidor est a crescer ano aps ano e a

    tornar-se cada vez mais exigente.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 22

    5. CERVEJA ARTESANAL COMO PRODUTO

    Nesta parte do trabalho realizmos uma pesquisa que vai desde o incio de

    onde se comeou a produzir cerveja, passando pelo processo de produo da cerveja

    Artesanal, e falando tambm sobre os vrios tipos de cerveja existentes e os seus

    diferentes sabores.

    5.1. Histria da Cerveja

    De acordo com o site http://www.cervejasdomundo.com/, acedido em 22

    de Maio de 2013 pelas 15 horas, a cerveja foi produzida pela primeira vez h

    aproximadamente 5.000 anos. A prova arqueolgica mais concreta da cerveja

    proveniente da Mesopotmia, exactamente na Sumria.

    Pesquisadores especulam que a cerveja tenha sido descoberta acidentalmente,

    aps a criao do po, no qual alguns ingredientes que eram utilizados como cereal e

    trigo sendo molhados eles fermentavam, deixando assim a massa melhor. Por volta de

    2000 a.C. os babilnios, na Mesopotmia, contriburam para o avano da fabricao

    da cerveja devido a sua superioridade tecnolgica e cultural.

    Na Sua, na Idade Mdia, o lpulo comeou a fazer parte da composio da

    cerveja. Seus ingredientes bsicos j eram a gua, malte, lpulo e leveduras. As

    primeiras fbricas comearam a surgir no incio do segundo milnio e os alemes

    Weihnstephan tiveram o privilgio de serem os primeiros a fabricar e comercializar a

    cerveja.

    No novo mundo a produo teve incio em 1544, no Mxico. Em 1880 j

    existiam mais de 2300 marcas artesanais de cerveja nos EUA, enquanto que na

    Blgica no ano 1900 estavam registadas 3223 cervejarias. As exportaes eram

    realizadas atravs de barris.

    No Brasil, a cerveja comeou a ser fabricada em 1882, no bairro da gua

    Branca em So Paulo, na cervejaria Antrtica Paulista. Hoje existe uma grande

    indstria cervejeira no pas como a IMBEV. (Antartica, Skol, Brahma), alm de existir

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 23

    micro-cervejarias espalhadas pelas cinco regies. A carta de cervejas artesanais no

    Brasil muito rica.

    5.2. Cerveja Artesanal

    De acordo com o site

    http://henriquefrangetti.blogspot.pt/2010/11/cerveja-artesanal-uma-nova-

    tendencia-no.html, acedido em 8 de Maio de 2013, pelas 15h30m, neste mercado to

    competitivo de cerveja, a expanso das micro cervejarias tem ganho destaque. Aps o

    aparecimento da primeira, surgem por ano, entre 4 a 6 novas marcas elaboradas

    tendo em vista a qualidade do produto e a satisfao do consumidor. Com cervejas

    que fogem do padro comum, nomeadamente o tipo pilsen, to querido das grandes

    cervejeiras brasileiras, estas pequenas exploraes esto, a pouco e pouco, a

    conquistar o paladar do povo brasileiro. Para estas micro-cervejarias, a criatividade

    no tem limites, no sendo por isso de estranhar o surgimento de cervejas com sabor

    a fruta, chocolate ou tequila.

    Tal facto j se reflectiu nas grandes empresas, obrigadas a criar novos

    produtos que acompanhem essas tendncias.

    Produo da Cerveja Ingredientes

    gua

    o principal ingrediente da cerveja pois esta composta por 90 a 95% de

    gua. Da a necessidade de escolher uma gua de qualidade na elaborao das nossas

    cervejas. gua engarrafada ou de fontes naturais, evitar usar gua da torneira.

    Malte

    Obtm-se atravs da germinao e posterior secagem da cevada, isto vai

    determinar o tipo de malte obtido.

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    Sendo que perodos de secagem mais longos vo originar maltes mais

    escuros, utilizados para elaborar cervejas escuras, e vice-versa. A qualidade de uma

    cerveja depende muito da qualidade do malte utilizado, usar sempre maltes de boa

    qualidade.

    Lpulo

    O lpulo (HumulusLupulus) uma trepadeira de origem europeia. As suas

    flores fmeas apresentam grande quantidade de resinas amargas e leos essenciais.

    Estes vo atribuir cerveja o seu caracterstico sabor amargo.

    Levedura

    A levedura um dos elementos mais importantes na elaborao de cerveja,

    esta um fungo unicelular responsvel pela fermentao alcolica de solues

    aucaradas, vai transformar o acar contido no mosto em lcool.

    Produo da Cerveja Do Gro ao Copo

    Gro

    Existe uma variedade muito grande de gros que podem ser usados no

    processo cervejeiro. Tradicionalmente usa-se a cevada, pois seus acares soltam-se

    com facilidade e ela produz sabores limpos e suaves. Entretanto, o uso de pequenas

    quantidades de outros gros misturados cevada feito por muitos cervejeiros para

    modificar o gosto final. O trigo reala o sabor e d estabilidade ao colarinho. A aveia

    deixa o lquido mais macio. O centeio reala um leve tempero, enquanto o milho

    ilumina o corpo da cerveja fazendo-a parecer mais clara. Talvez no futuro, devido ao

    aquecimento global, a cevada pode deixar de ser a escolha principal, forando os

    cervejeiros do norte da Europa a procurar alternativas.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 25

    H trs tipos principais de cevada, que se distinguem pelo nmero de

    sementes na ponta do caule, que crescem em duas, quatro ou seis fileiras ao longo do

    caule central. Sua qualidade determinada por seu aroma e pelo tamanho e forma

    dos gros. A cevada cultivada principalmente em encostas que oferecem muita

    exposio ao sol, tanto no hemisfrio norte quanto no hemisfrio sul. Porm, a boa

    cevada cultivada em regies de clima temperado, sol ameno, solo rico e

    relativamente plano. Alguns cervejeiros acreditam que a cevada do interior de pases

    continentais produz melhor malte que a cultivada em clima martimo, outros

    discordam.

    Maltagem

    Os gros da cevada so colocados para germinar e depois rapidamente secos,

    antes que as plantas se desenvolvam. O acar contido na cevada processada o

    malte pode ser ento extrado, pronto para a fermentao.

    Para ocorrer a extraco do acar, o gro precisa ser encharcado de gua

    por alguns dias e, em seguida receber calor ameno por uma semana. Geralmente esse

    processo feito em cho de pedra de uma maltaria, os gros so espalhados sobre um

    cho levemente inclinado com a profundidade de 10 cm, e so removidos e

    peneirados para se manterem arejados e separados. Porm, esta se tornando mais

    comum o uso de modernos tambores rotativos, onde os gros so ventilados de

    quatro a seis dias. Nesse perodo, o ar humidificado constantemente e o tambor fica

    em movimento.

    J dentro do forno, o malte verde aquecido. Primeiro ele seco e depois

    torrado. O processo de torrefaco muito complexo, e o que determina um malte de

    Larger ou de Ale, por exemplo, so as combinaes de fluxo de ar e calor dentro do

    forno. O malte tem de 3% a 6% de humidade, e diferentemente da sua consistncia

    anterior torrefaco, ele agora facilmente triturado, liberando sabores de acares

    maltados e doces.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 26

    O sabor e a cor do malte so determinados pelo tempo de torrefaco na

    maltagem. Se ele for levemente torrado, ter cor clara e um sabor macio e delicado, se

    torrado com mais intensidade, ter a cor mais escura e o sabor ser mais doce. Muitas

    cervejas so feitas de mistura de maltes, cada um agregando um sabor e cor

    diferentes, produzindo bebidas muito complexas.

    Aps a torrefaco o malte peneirado para a remoo das pequenas razes

    que surgiram nas sementes.

    Na Cervejaria

    Depois de um perodo de armazenamento, o malte levado cervejaria, onde

    modo e transformado em uma farinha chamada grist. Esta colocada de molho em

    gua quente numa caldeira de mostura e permanece l por uma hora. A mosturao

    ou brassagem converte os amidos liberados na maltagem em acares que podem ser

    fermentados.

    O lquido doce obtido chamado de mosto, originalmente em alemo wort, a

    base da cerveja. O mesmo levado a um tanque de cobre para a fervura e para a

    aromatizao com lpulos.

    A gua escolhida nesse processo de muita importncia, pois mais de 90%

    de um copo de cerveja gua e a qualidade desta, seus sais minerais, o que

    determina em parte o sabor e a textura da bebida.

    Lpulo

    O lpulo pode chegar cervejaria de vrias formas: p, pinha inteiras,

    extracto ou em forma de pequenas esferas. O mesmo adicionado ao mosto doce

    antes de ser fervido na caldeira de cobre ou copper. Esse procedimento de fervura

    libera as resinas e os leos do lpulo. Durante a ebulio as resinas se unem para

    formar cadeias qumicas, e isso d o amargor cerveja. Os leos, entretanto, do o

    aroma, que pode conter toques de pinho, flores, ctricos e outras frutas. Muitos

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 27

    cervejeiros usam um cocktail de lpulos, criando uma cerveja com aromas e nveis de

    amargor prprios com caractersticas nicas.

    Aps a fervura, o mostro filtrado em uma centrfuga ou em um filtro

    chamado hopback. O mesmo resfriado em um tubo de cobre em serpentina onde

    corre gua fria. Para as cervejas larger e ale claras, esse processo contnuo at que

    as protenas dissolvidas se precipitem e sejam extradas. O resultado uma cerveja

    mais clara, mas existe uma pequena perda no sabor.

    Fermentao

    A fermentao antigamente era feita com a utilizao de leveduras selvagens,

    ou seja: carregadas pelo ar. As janelas da cervejaria ficavam abertas e as leveduras se

    depositavam sobre o mostro. Hoje, contudo, a fermentao feita em grandes

    recipientes cnico-cilndricos de ao. Normalmente a levedura usa-se a ltima leva de

    fermentao em um processo chamado pitching, o tempo de repouso da cerveja. O

    recipiente tampado para que os gases retidos dem cerveja a sua efervescncia.

    Depois de os acares serem digeridos pela levedura, a fermentao diminui. O

    lquido novamente resfriado para a clarificao e a presso dentro do recipiente

    mantida para conservar o mesmo carbonatado. Aps todos esses processos a cerveja

    filtrada para remover a levedura residual e est pronta para o engarrafamento.

    5.3. Tipos de Cerveja

    De acordo com o Sindicerv (Sindicato Nacional da Indstria da Cerveja) no

    site http://www.sindicerv.com.br/, acedido em 22 de Maio de 2013 pelas 15h30m,

    as cervejas so classificadas pelo teor de lcool extracto, pelo malte ou de acordo com

    o tipo de fermentao. Estima-se que existam actualmente mais de 20 mil tipos de

    cervejas no mundo. Pequenas mudanas no processo de fabricao, como diferentes

    tempos e temperaturas de cozimento, fermentao e maturao, e o uso de outros

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 28

    ingredientes, alm dos quatro bsicos - gua, lpulo, cevada e malte so

    responsveis por uma variedade muito grande de tipos de cerveja.

    Numa classificao bsica, de acordo com a legislao brasileira, a

    cerveja poder ser denominada: Pilsen, Export, Lager Dortmunder, Mnchen, Bock,

    Malzbier, Ale, Stout, Porter, Weissbier, Alt e outras denominaes internacionalmente

    reconhecidas que vierem a ser criadas, observadas as caractersticas do produto

    original. A maioria delas so um tributo s cidades de onde vieram as frmulas.

    Tabela 1 - Tipos de Cerveja

    Fonte: Sindercev

    Na Tabela 1 pode-se verificar a origem de cada cerveja e suas principais

    caractersticas. A classificao das cervejas atribuda atravs de cinco itens:

    fermentao, extracto primitivo, cor, teor alcolico e teor de extracto final.

    Considerando a fermentao, as cervejas so denominadas da seguinte maneira:

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 29

    Cervejas de alta fermentao: Ale (clara, suave, amarga, Porter,

    BarleyWine, Stout), Altbier, Klsh, cervejas especiais (Trappiste, Abbey, Saison) e

    Weizenbier. Na fase de alta fermentao a levedura sobe superfcie. Tipo de

    levedura: Saccharomycescerevisiae.

    Cervejas de baixa fermentao: Lager (Pilsener, Dortmunder, Malzbier),

    Wiener, Mrzen, Mnchener, Bock, Doppelbock e Rauchbier. A levedura utilizada

    sedimenta e deposita-se no fundo do tanque. Tipo de levedura:

    Saccharomycesuvarum.

    Cervejas de fermentao espontnea: Lambic, Gueuze e Faro. As

    leveduras selvagens existentes no ar ambiente fornecem a fermentao.

    De acordo com o artigo retirado da seguinte pgina web,

    http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/16192/000685442.pdf,

    acedido em 07 de Maio de 2013, pelas 10h45m, segue a descrio dos tipos de cerveja

    abordados nas etapas de pesquisa deste trabalho de forma mais detalhada de acordo

    com as suas caractersticas:

    Pilsen: originria de Pils, hoje parte da Repblica Tcheca. De sabor

    delicado, leve, clara e de baixo teor alcolico (entre 3% e 5%). Sua principal

    caracterstica a cor dourada e translcida. Em sua frmula original, tem sabor suave

    e um aroma acentuado de flores, com presena acentuada do lpulo. No Brasil, uma

    cerveja de sabor ligeiramente mais amargo.

    Pilsen Extra: Tem sabor mais encorpado, aroma mais acentuado e cor

    clara. composta de extrato primitivo comum, tem baixa fermentao e possui aroma

    e amargor acentuados.

    Bock: originria da cidade de Einbeck, norte da Alemanha. Tem sabor

    forte e encorpado, mais para o doce do que para o amargo, geralmente de cor escura,

    de baixa fermentao e alto teor alcolico. Uma variedade conhecida como

    Doppelbock (bock dupla) tem gradao alcolica de at 7,5%. Outra, ainda mais forte

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 30

    de at 14% a Eisbock. Essas cervejas so congeladas e depois que o gelo

    retirado, que aumenta a graduao alcolica.

    Malzbier: originria a Alemanha. Tem um sabor levemente adocicado

    e aroma de caramelo, escura e encorpada, de graduao alcolica baixa, na faixa dos

    3% a 4,5%.

    Stout (Ale): originria da Irlanda. Possui um sabor que associa o

    amargo do lpulo ao adocicado do malte. Seca, encorpada e cremosa, com sabores de

    caramelo e caf. Sua cor escura e seu teor de lcool e extracto so altos. Feita com

    cevada torrada e extracto primitivo de 15%. A fermentao geralmente alta.

    Pilsen sem lcool: composta de extracto primitivo leve, tem cor clara,

    baixa fermentao, aroma e sabor tpicos e amargor acentuado. Sua fermentao

    realizada em temperaturas baixas e sob condies especiais, que inibem a produo

    de lcool.

    5.4. Sabor da Cerveja

    A cerveja assim como as demais bebidas (vinho, conhaque, whisky, licor,

    champanhe, gua, sumo, etc) tem o seu sabor realado quando servida no copo

    adequado. Ela possui uma srie de caractersticas que a diferenciam das demais

    bebidas, uma bebida carbonatada, que deve ser servida a baixas temperaturas e

    com uma coroa de espuma. A expectativa do consumidor que as caractersticas

    originais da cerveja - brilho, aroma, paladar, cor e espuma - permaneam inalteradas

    ao servir no copo, mas ela extremamente sensvel presena de odores estranhos

    do ambiente, aquece rapidamente e perde gs carbnico. Em alguns pases, cada tipo

    de cerveja possui o seu prprio copo: Ale, Pilsen, Weiss ou Weizen (cerveja de trigo),

    Diettica, sem lcool, Stout, Bock, Light etc.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 31

    Imagem 11 - Tipos de Cerveja e diferentes copos

    Fonte: Cervesia

    Na imagem anterior, esto ilustrados os tipos de cerveja (da esquerda para a

    direita): Bock, BerlinerWeie, Alt, Pils, Weizen, Klsch e Lager e a forma adequada de

    copos para cada tipo. Alm da forma do copo, importante ressaltar a necessidade

    uma limpeza adequada do mesmo, para no afectar o sabor da cerveja.

    Alm do copo adequado, outro elemento importante a que temperatura a

    cerveja deve ser consumida. Devido ao nosso clima e ao tipo de cerveja mais

    consumida no Brasil, a Pilsen, geralmente consumida a temperaturas baixas. Mas

    isto no se aplica para todos os tipos de cerveja, pois as temperaturas baixas podem

    ocultar os aromas. Algumas cervejas j trazem no rtulo a temperatura a que devem

    ser consumidas.

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    6. FOCUS GROUP

    Para uma melhor compreenso do consumidor e da sua opinio sobre a

    cerveja Maldita o nosso grupo efectuou dois Focus Group distintos para podermos

    avaliar de forma mais concreta a percepo dos consumidores sobre a cerveja.

    Os Focus Group foram realizados em dois dias distintos e com indivduos

    distintos, para podermos ter um leque mais diversificado de opinies.

    Foram tambm realizadas provas de cerveja durante os Focus Group, para

    conseguirmos ter uma opinio mais fidedigna dos intervenientes em relao ao

    produto que estvamos a estudar.

    A grande diferena nos Focus Group realizados foi o facto de em um deles ter

    sido realizada a prova da Cerveja com a cerveja Maldita e no outro ter sido dito aos

    participantes que estavam a provar a cerveja Maldita mas efectivamente a cerveja que

    lhes foi dada a provar foi uma cerveja Artesanal, mas no a Cerveja Maldita e sim a

    cerveja Vadia, o que veio permitir desta forma uma anlise concorrncia existente

    no Mercado.

    Desta forma vamos dividir a anlise dos Focus Group em dois distintos e que

    passamos a denominar Focus Group Cerveja Maldita, e Focus Group Cerveja Vadia.

    Para a realizao dos Focus Group foi utilizado um guio para a realizao

    dos mesmos.

    6.1. Focus Group Guio

    Passamos agora a apresentar o guio utilizado durante os Focus Group.

    Bom dia. Sejam bem-vindos. Gostava de lhes agradecer por terem disponibilizado o

    vosso tempo para participar nesta discusso sobre a cerveja artesanal Maldita. O

    meu nome Frederico Henriques e represento a empresa Faustino

    Microcervejeira, Lda. Foi-nos solicitado por esta empresa um estudo de mercado

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 33

    com o objectivo de compreender a imagem da marca junto dos seus

    atuais/potenciais clientes. No h respostas certas ou erradas. Esperamos que

    tenham diferentes pontos de vista.

    Cada um de vocs tem uma placa com o nome, para que seja mais fcil

    podermos interagir. Informo ainda que esta sesso ser gravada para futura anlise

    num mbito acadmico. Cada participante pode responder s questes que lhe so

    dirigidas ou pedir esclarecimentos aos outros participantes.

    1. Questes de abertura:

    1.1 De forma a conhecermo-nos melhor, por favor comecem por dizer o nome

    e a idade.

    1.2 Qual a caracterstica que melhor o define?

    2. Questes de introduo:

    2.1 Diga-nos o que a cerveja significa para si?

    3. Questes de transio:

    3.1 J teve algum contacto com alguma cerveja artesanal? (Se viu, se provou,

    se conhece)

    4. Questes chave:

    4.1 Quais as cervejas que conhece?

    4.2 O nome cerveja Maldita diz lhe alguma coisa?

    4.3 Na sua opinio o que significa para si cerveja artesanal?

    Dar a provar a cerveja

    4.4. Depois de provar esta cerveja quais as sensaes que sentiu? ( Preencher

    questionrio)

    4.5 Dar a provar a Mini: Dizer as principais diferenas que identificou entre

    as duas.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 34

    4.6. O moderador identifica as duas mais referidas na questo anterior e pede

    aos participantes que indiquem duas caractersticas/adjectivos que as identifiquem

    4.7 Imagine esta situao, a partir de agora teria de substituir o vinho nas

    refeies pela cerveja artesanal. Fale sobre esta situao?

    4.8 E se essa cerveja fosse a que acabou de provar?

    4.9 Qual o preo que considera justo para a venda desta cerveja numa garrafa

    de 0,5 litros. E para uma garrafa de 0,33 litros? Tendo sempre presente o preo das

    cervejas artesanais.

    5. Questes finais:

    5.1 Como foi referido no incio estamos a analisar a imagem da cerveja

    Maldita. O moderador faz aqui uma pequena sntese do que foi dito.

    5.2 Na vossa opinio qual deveria ser a imagem que a empresa deveria ter no

    rtulo da garrafa? Qual o formato que a garrafa deveria ter?

    5.3 Que sugestes deixariam para a marca ter sucesso?

    5.4 Como consumidor na vossa opinio quais deveriam ser os locais onde a

    empresa deveria apostar para fazer a venda deste produto? (Bares, restaurantes,

    grandes superfcies, etc)

    5.5 Perante o que discutimos, existemaindaalgumas informaes adicionais

    que queiram deixar ficar?

    6.2. Focus Group Cerveja Maldita

    Este Focus Group foi realizado nas instalaes do restaurante Fumeiro, em

    Albergaria-a-Velha no dia 17 de Abril de 2013, pelas 21 horas e teve uma durao de

    aproximadamente 1h e 15 minutos.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 35

    Participaram neste Focus Group 6 elementos e a amostra dos participantes

    era composto na sua totalidade por elementos do sexo masculino, com uma mdia de

    idades de 35 anos e eram na sua maioria profissionais activos. Comeando agora a

    anlise do Focus Group, a primeira questo era sobre o que significava cerveja para os

    participantes, as respostas foram as seguintes. Significa, bebida fresca, bebida

    gaseificada com teor alcolico e significa tambm convvio entre as pessoas.

    Falando agora da cerveja artesanal, os participantes responderam que

    conheciam, e que era uma cerveja diferente, boa, que apresentava maior elevado teor

    alcolico, uma cerveja para degustar,para se beber com calma, que preferem uma

    cerveja mais barata, que se bebe menos pois uma cerveja que enche, mais

    encorpada. A cerveja artesanal uma cerveja bastante apreciada mas falta a sua

    comercializao e o preo mais atractivo, pois melhor e mais saborosa mas o factor

    econmico sobrepe-se ao sabor. normalmente uma cerveja cara, mas saborosa. E

    conseguem notar sem qualquer dificuldade as diferenas quando esto a beber uma

    cerveja artesanal ou uma cereja tradicional (Refrigerante).

    As principais marcas referenciadas pelos participantes quando foram

    questionados sobre esse tema, foram a s seguintes: SuperBock, Sagres, Carlsberg,

    Heineken, Guiness, Erdinger, Tuborg, Imperial, Duvall, Cintra.

    Passando a nova questo, foi lhes questionado se conheciam a cerveja

    Maldita, ao que responderam que no conheciam a marca, e que no era um nome

    que associavam a cerveja.

    Foi dado no decorrer do Focus Group, uma prova da cerveja, sendo servido a

    todos os participantes cerveja Maldita.

    Em primeiro lugar disseram que tinha demasiado gs (a maioria ressalvou

    este facto), que era suave, que era doce, aromtica, boa cor, boa temperatura (na

    altura que foi servida), na boca mostrou-se mais amarga que na altura em que foi

    cheirada. Tambm referiram que tinha pouco corpo, que tinha baixa fermentao (e

    um dado curioso refere-se ao facto de um dos participantes ter dito que para vingar

    no mercado das cervejas se deveriam fazer cervejas de alta fermentao, visto que as

    de baixa fermentao foram comparadas a gua), que tinha pouca espessura, que era

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 36

    leve, que no notavam o seu teor alcolico, que tinha bom paladar e uma boa cor.

    Referiram tambm que o preo entre as Pilsner artesanais e as comerciais no

    variava muito, apenas o tempo era maior no caso das artesanais. Esperavam que fosse

    uma cerveja mais espessa, devido a sua cor mas tal no se verificou. E um dos pontos

    a referir que uma cerveja agradvel e se bebia bem. Outro ponto importante foi

    apontado como facto da falta de cultura da cerveja no mercado portugus e foi

    apontado o factor econmico como principal factor. No geral gostaram da cerveja.

    De seguida foi lhes questionado quais as principais sensaes que tiveram

    quando provaram a cerveja, ao que os participantes responderam que ao principio

    estranharam a cor turva, mas depois gostaram do sabor.

    No seguimento da conversa foi lhes dado a provar uma cerveja (Sagres)

    chamada refrigerante, e foi lhes pedido que referissem as principais diferenas entre

    as duas cervejas que provaram. As principais diferenas foram que a segunda era

    muito fraca, que o copo influenciava imenso, que a primeira deixa um sabor diferente

    (amargo), que no tinham sequer comparao e que a primeira (Artesanal) era muito

    melhor. Referiram tambm que a Sagres tinha pouco gs.

    A questo seguinte pretendia saber quais os principais adjectivos que

    poderiam descrever a cerveja tradicional a opinio dos participantes. Os principais

    adjectivos usados foram os seguintes, era uma cerveja suave, doce, sabor prolongado,

    saborosa, persistente, aromtica, gostosa.

    Outro dos temas abordados durante o Focus Group, foi o seguinte, caso

    tivessem de substituir o Vinho pela cerveja Artesanal durante as refeies. As

    respostas a esta questo foram as seguintes, se acontecesse a troca preferiam que

    fosse uma artesanal que uma dita comercial, que trocavam de bom grado e se

    adaptavam. Outro dos participantes respondeu que no trocava pois no gostava de

    beber bebidas gaseificadas refeio portanto no consideraria a troca. Outro dos

    participantes referiu que se adaptava em algumas refeies. Outro dos participantes

    respondeu que trocava pela cerveja artesanal sem qualquer problema. Outro dos

    participantes diz que preferia vinho cerveja, mas se tivesse que ser trocava, ou pelo

    menos fazia um esforo para trocar. A maioria dos participantes trocava a cerveja

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 37

    Maldita por um vinho, mas ressalvaram que no podia ser bebida a todas as refeies

    e em algumas em especial.

    De seguida foi questionado, qual o preo a que esta cerveja deveria ser

    comercializada, as respostas foram as seguintes, entre 3,5 e 4,5 euros, outro

    respondeu que deveria ser de 1,5 Euros por comparao com as que j existem no

    mercado, outro dos participantes respondeu que o preo devia ser por volta dos 3

    euros, esta como est a entrar no mercado devia ser comercializada por volta dos 3,5

    e 4,5 Euros.

    Relativamente ao rtulo que foi escolhido, as opinies foram as seguintes,

    este rtulo no era o melhor pois tinha excesso de cor preta, porque tudo ficava

    demasiado escuro na garrafa, que no era muito atractivo, que morria imenso na

    garrafa e que o nome no era muito bem conseguido. Outro dos participantes dizia

    que optaria por uma imagem mais tradicional. Relativamente garrafa apresentada

    foi opinio geral que a garrafa devia ser mais trabalhada, mais artesanal, pois a

    embalagem muito importante na imagem de um produto, ainda para mais de um

    produto que novo e desconhecido e que est a ser lanado no mercado.

    Foi solicitado aos participantes, se queriam deixar alguma opinio ou

    sugesto, para os donos usarem no lanamento da cerveja, as opinies foram as

    seguintes, deviam sem dvida ter mais cerveja para provar, devia ter menos

    quantidade por garrafa, ter um preo mais competitivo em relao s cervejas ditas

    normais, uma imagem mais apelativa, como um produto desconhecido devia ter

    um preo acessvel e com muita cerveja para provar, devia ser feito uma boa

    divulgao, muitos Focus Group para se conhecer a cerveja, uma garrafa apelativa, um

    ponto de venda atractivo em que o responsvel pela cerveja explique melhor o

    produto e d a provar e que se deviam experimentar os outros trs tipos de cerveja,

    pois dever-se-ia saber qual que teria melhor aceitao, devia-se focalizar no produto

    em si, devia-se conhecer a base e s depois a imagem.

    Relativamente aos locais de venda, as principais respostas dadas pelos

    participantes basearam se no seguinte, devia ser comercializada em restaurantes

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 38

    gourmet, em superfcies comercias (mas com uma promotora para dar a provar a

    cerveja, para degustar), bar, bares especializados em determinados tipos de cerveja.

    Assim sendo as principais concluses retiradas deste Focus Group foram as

    seguintes:

    - Cerveja significa bebida fresca e convvio entre pessoas.

    - Cerveja Artesanal, mais encorpada e complexa e para ser consumida com

    calma para poder apreciar as suas qualidades.

    - Marcas mais conhecidas: SuperBock, Sagres, Heineken, Carlsberg

    - Da Cerveja Maldita, no conhecem, no associam o nome a Cerveja

    Artesanal, acharam que tinha demasiado Gs.

    - Podiam substituir o vinho por cerveja Artesanal, mas apenas em algumas

    refeies e apenas por esta que acabaram de provar

    - O preo de venda devia ser entre os 3,5 e os 4 Euros.

    - Devia ser comercializada em restaurantes Gourmet e bares especializados.

    - Deviam trabalhar a garrafa e o rtulo, pois tudo muito escuro e morre um

    bocado, deviam fazer provas nos locais de venda (Promotoras), para as pessoas

    poderem provar a cerveja.

    Foram estas as principais ideias que retirmos deste Focus Group e que todos

    os dados aqui recolhidos so verdadeiros e reais, pois os participantes estavam

    imbudos no esprito da cerveja Maldita.

    6.3. Focus Group Cerveja Vadia

    Este Focus Group foi realizado nas instalaes do Ipam de Aveiro, no dia 22

    de Abril de 2013, pelas 19 horas e teve uma durao de aproximadamente 1h e 25

    minutos.

    Participaram neste Focus Group 8 elementos e a amostra dos participantes

    era composta maioritariamente por elementos do sexo masculino, com uma mdia de

    idades de 32 anos e eram na sua maioria profissionais activos.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 39

    Comeando agora a anlise do Focus Group, a primeira questo era sobre o

    que significava cerveja para os participantes, as respostas foram as seguintes.

    Significa, bebida dos jovens, com um preo acessvel, ou seja barata, comparada com

    as outras bebidas, a principal bebida dos jovens quando saem noite, uma bebida

    fresca, consumida socialmente, e a primeira bebida com que os jovens tm

    contacto quando comeam a beber.

    Falando agora da cerveja artesanal, os participantes responderam que

    conheciam, e que era uma cerveja mais complexa, mais encorpada, uma cerveja para

    ser consumida com calma, em pouca quantidade, ou seja no uma cerveja para se

    beber uma s quatro ou cinco de seguida. para ser consumida devagar, enquanto se

    conversa, para poder apreciar e retirar todos os seus aspectos, tais como aroma,

    paladar, sabor, etc. normalmente uma cerveja cara. E conseguem notar sem

    qualquer dificuldade as diferenas quando esto a bebere uma cerveja artesanal ou

    uma cereja tradicional (Refrigerante)

    As principais marcas referenciadas pelos participantes quando foram

    questionados sobre esse tema, foram a s seguintes: SuperBock, Sagres, Carlsberg,

    Heineken, Guiness, Duff, Erdinger, Corona, Imperial, Stella Artois.

    Passando a nova questo, foi lhes questionado se conheciam a cerveja

    Maldita, ao que responderam que no conheciam a marca, e alguns confundiam com a

    cerveja Vadia devia ao nome. O nome Maldita leva-os a associarem a uma cerveja com

    um teor de lcool elevado, e este pode ser um elemento que leve o pblico jovem a

    consumi-la, devido precisamente a esse argumento. Associam o nome a uma cor

    avermelhada, com um teor de lcool acima do normal. Dizem tambm que no o

    melhor nome para dar a uma cerveja, e que associam a Baco e a situaes malignas.

    Foi dado no decorrer do Focus Group, uma prova da cerveja, esta prova teve

    uma particularidade foi dito aos participantes que estavam a provar a cerveja Maldita,

    mas efectivamente a cerveja que lhes foi dada a provar foi a cerveja Vadia, so esses

    os resultados que passamos a apresentar.

    Em primeiro lugar disseram que no associam nem sequer o nome nem

    sequer a uma cerveja artesanal a cerveja que acabaram de provar. menos densa que

    as cervejas artesanais normais, muito leve, e tem um teor de lcool abaixo do

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 40

    esperado, tem um sabor agradvel, faz lembrar a SuperBock Green, por causa de ser

    to leve, e deve ser bebida fresca.

    Tem um aroma intenso, mais que o sabor, pelo aroma esperavam uma

    cerveja mais intensa. uma cerveja menos espessa que as cervejas artesanais

    menos gaseificada, e mais uma vez referiram que era uma cerveja que deveria ser

    consumida fresca, numa esplanada na praia no Vero, e que vai completamente

    contra a ideia de cerveja artesanal que devia ser consumida num bar calmo, sem

    pressas, onde pudessem servir a cerveja num copo e ele pudesse respirar para depois

    ser consumida com calma e sempre num ambiente relaxado para poder aproveitar ao

    sabor ao mximo.

    Tambm referiram que uma cerveja leve e que pode muito bem

    acompanhar grelhados no vero, nas churrascadas. Esperavam que fosse uma cerveja

    mais pesada, e mais forte, esperavam tambm que fizesse mais espuma quando foi

    vertida no copo. No geral gostaram da cerveja mas no a associam a cerveja artesanal.

    De seguida foi lhes questionado quais as principais sensaes que tiveram

    quando provaram a cerveja, ao que os participantes responderam que ao principio

    estranharam o aroma, mas depois gostaram do sabor, associaram ao Vero e ao calor,

    era uma cerveja soft e fresca, e houve um dos participantes que disse que a cerveja

    cheirava a cavalo.

    No seguimento da conversa foi lhes dado a provar uma cerveja (Sagres)

    chamada refrigerante, e foi lhes pedido que referissem as principais diferenas entre

    as duas cervejas que provaram. As principais diferenas foram que a segunda era

    muito mais adocicada que a primeira e que no tinham sequer comparao e que a

    primeira (Artesanal) era muito melhor.

    A questo seguinte pretendia saber quais os principais adjectivos que

    poderiam descrever a cerveja tradicional a opinio dos participantes. Os principais

    adjectivos usados foram os seguintes, era uma cerveja saborosa, fresca, rstica,

    aromtica, leve e suave.

    Outro dos temas abordados durante o Focus Group, foi o seguinte, caso

    tivessem de substituir o Vinho pela cerveja Artesanal durante as refeies. As

    respostas a esta questo foram as seguintes, se tivesse de ser em apenas algumas

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 41

    refeies trocavam de bom grado, se fosse em todas, no. Outro dos participantes

    respondeu que podia trocar mas dependia do tipo de comida. Outro dos participantes

    referiu que se fosse no Inverno com pratos de carne, no trocava de maneira

    nenhuma, mas se fosse no Vero a substituir o Vinho Verde trocava sem qualquer

    problema. Outro dos participantes respondeu que no trocava um bom Vinho Tinto,

    por cerveja mas que se fosse esporadicamente trocava por esta cerveja que provou.

    (De referir que estas opinies foram obtidas com base na prova da cerveja Vadia e

    no com base na prova da Cerveja Maldita)

    De seguida foi questionado, qual o preo a que esta cerveja deveria ser

    comercializada, as respostas foram as seguintes, entre 3,5 e 5 Euros, outro respondeu

    que deveria ser de 2,5 Euros por comparao com as que j existem no mercado,

    outro dos participantes respondeu que as cervejas artesanais andam por volta dos 4

    Euros, esta como est a entrar no mercado devia ser comercializada por volta dos 2,5

    e 3 Euros.

    Relativamente ao rtulo que foi escolhido, as opinies foram as seguintes,

    este rtulo era apropriado para Festivais de Rock, disseram tambm que o rtulo no

    tinha nada a ver com a cerveja que tinham provado, que a cerveja que provaram era

    soft, leve e que o rtulo transmitia uma ideia de ser uma cerveja pesada e mais

    encorpada. Relativamente garrafa apresentada foi opinio geral que a garrafa era

    muito normal e que no tinha nenhuma caracterstica especfica que permitisse ser

    distinguida do resto das cervejas existentes no mercado, e que desta forma deviam

    ter ateno na garrafa, pois a embalagem muito importante na imagem de um

    produto, ainda para mais de um produto que novo e desconhecido e que est a ser

    lanado no mercado.

    Relativamente aos locais de venda, as principais respostas dadas pelos

    participantes basearam se no seguinte, devia ser comercializada em Festivais de

    Msica, mais alternativos (Andanas), devia ser comercializada em bares de Jazz,

    Blues, ou seja bares frequentados por um pblico com um gosto e uma sensibilidade

    diferentes e que estavam mais abertos a provar estas cervejas e que ao mesmo tempo

    so locais onde as pessoas esto descontradas e que conseguem beber a cerveja com

    calma e que a conseguem desfrutar e saborear de uma forma diferente. Nunca em

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 42

    bares da moda onde as pessoas esto de p e onde existe muita confuso, e como a

    garrafa grande no deve ser bebida pela garrafa pois vai tambm contra todo o

    conceito de cerveja artesanal. No deve apostar em grandes superfcies comercias, e

    caso o faam devem sempre apostar em pessoas que l estejam junto da cerveja e que

    permitam aos consumidores experimentarem a cerveja e desta fora a poderem

    provar e ficar a conhecer.

    Devem sem dvida nenhuma apostar em bares e restaurantes relacionados

    com estas temticas e desta forma aproveitar a publicidade boca a boca.

    No final do Focus Group, foi solicitado aos participantes, se queriam deixar

    alguma opinio ou sugesto, para os donos usarem no lanamento da cerveja, as

    opinies foram as seguintes, deviam sem dvida nenhuma trabalhar a garrafa, o

    rtulo no tem nada a ver com a cerveja que provaram, deviam fazer vrias provas de

    cerveja para as pessoas ficarem a conhecer no s a cerveja mas tambm o sabor, e

    que com este nome no tinha nada a ver com a cerveja que provaram e que sem

    provar de certeza que no compravam.

    Assim sendo as principais concluses retiradas deste Focus Group foram as

    seguintes:

    - Cerveja significa bebida de Jovens

    - Cerveja Artesanal, mais encorpada e complexa e para ser consumida com

    calma para poder apreciar as suas qualidades.

    - Marcas mais conhecidas: SuperBock, Sagres, Heineken, Carlsberg

    - Da Cerveja Maldita, no conhecem, no associam o nome a Cerveja

    Artesanal, no associam o sabor ao nome da Cerveja, nem a cerveja Artesanal pois

    muito leve.

    - Podiam substituir o vinho por cerveja Artesanal, mas apenas em algumas

    refeies

    - O preo de venda devia ser entre os 2,5 e os 4 Euros.

    - Devia ser comercializada em festivais de rock e festivais alternativos.

    - Deviam trabalhar a garrafa e deviam fazer provas nos locais de venda para

    as pessoas poderem provar a cerveja.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 43

    Foram estas as principais ideias que retirmos deste Focus Group, mas

    referimos mais uma vez que este Fous Group foi realizado com a cerveja Vadia e que

    desta forma os resultados no so de todo verdadeiros, pois os participantes estavam

    a pensar que provaram a cerveja Maldita, mas efectivamente a que provaram foi a

    Vadia, que tem um sabor completamente diferente.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 44

    7. MODELO DE COMPRA DA CERVEJA MALDITA

    Depois de analisados os dois Focus Group realizados, retiramos uma sntese

    dos principais comportamentos relacionados com o modelo de compra da Cerveja

    Artesanal, que passamos a descrever.

    - Cerveja Artesanal, mais encorpada e complexa e para ser consumida com

    calma para poder apreciar as suas qualidades.

    - Marcas mais conhecidas: SuperBock, Sagres, Heineken, Carlsberg

    - No associam o nome Maldita, a Cerveja Artesanal, e no associam o sabor

    ao nome da Cerveja, nem a cerveja Artesanal pois muito leve. (Este argumento foi

    relativo cerveja Vadia)

    - Podiam substituir o vinho por cerveja Artesanal, mas apenas em algumas

    refeies, e apenas por esta que provaram.

    - Devia ter menos quantidade por garrafa (foi apresentada uma garrafa de

    0,5l), ter um preo mais competitivo em relao s cervejas ditas normais.

    - No trocavam a cerveja por vinho tinto, se fosse no Inverno com pratos de

    carne, mas se fosse no Vero a substituir o Vinho Verde trocavam sem qualquer

    problema.

    - Consumiam cerveja Artesanal em bares de Jazz, Blues, ou seja bares

    frequentados por um pblico com um gosto e uma sensibilidade diferentes

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 45

    8. MODELO DE VENDA DA CERVEJA MALDITA

    Para a anlise do modelo de venda da Cerveja Maldita, vamos partir da base

    do Marketing Mix e dos 4 Ps do Marketing que so o Produto, a Promoo, o Preo e a

    Distribuio.

    Tabela 2 - Mkt Mix

    Fonte: http://mktemidia.blogspot.pt/2010/05/comunicacao-integrada-de-marketing-4-ps.html

    Produto

    Comeando esta anlise pela parte do Produto, podemos considerar que

    segundo Kotler (2006), o Produto refere-se a algo que pode ser introduzido num

    mercado para observao, aquisio, uso ou consumo, e que possa satisfazer um

    desejo ou uma necessidade ao consumidor. O Marketing mix nesta fase, consiste no

    nome do produto, na embalagem e como vai ser diferenciado de produtos

    semelhantes, existentes na loja.

    De acordo com as anlises retiradas do Focus Group, podemos considerar

    que em primeiro lugar o nome Maldita, no foi identificado pelos participantes

    como sendo referente a cerveja, e muito menos como cerveja Artesanal, foi mesmo

    indicado que nunca associariam o nome Maldita a uma cerveja.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 46

    Outro dos aspectos mais referenciados foi a garrafa, que um elemento

    muito importante e que deve ser trabalhado pela empresa com todo o cuidado.

    A garrafa deveria ser diferente de todas as outras existentes no mercado, em

    primeiro lugar por se tratar de uma cerveja Artesanal e em segundo lugar para poder

    ser facilmente distinguida apenas pela garrafa.

    Isto permitir ao consumidor chegar a uma prateleira de um supermercado

    ou a um bar e apenas pela garrafa conseguir identificar a cerveja Maldita.

    Esta deveria ser trabalhada e ter um aspecto diferente das demais para poder

    ser diferenciada da concorrncia tambm por este aspecto. Esta deve manter as

    caractersticas que permitem conservar a cerveja, mas ter um toque diferente.

    Um dos aspectos tambm referenciados foi o rtulo (de referir que o rtulo

    apresentado aos intervenientes foi o rtulo preto, que corresponde cerveja preta),

    os intervenientes identificaram o rtulo com sendo demasiado escuro e muito

    sombrio. Este aspecto deveria ser trabalhado de forma a dar um aspecto mais

    agradvel vista. Algumas cervejas j trazem no rtulo a temperatura a que devem

    ser consumidas, desta forma esta informao tambm poderia vir indicada nos

    rtulos criados para a cerveja Maldita.

    Outro dos aspectos que foi referido no Focus Group o copo. Como sabemos

    a cerveja assim como as demais bebidas (vinho, conhaque, whisky, licor, champanhe,

    gua, sumo, etc) tem o seu sabor realado quando servida no copo adequado. Ela

    possui uma srie de caractersticas que a diferenciam das demais bebidas, uma

    bebida carbonatada, que deve ser servida a baixas temperaturas e com uma coroa de

    espuma. A expectativa do consumidor que as caractersticas originais da cerveja -

    brilho, aroma, paladar, cor e espuma - permaneam inalteradas ao servir no copo,

    mas ela extremamente sensvel presena de odores estranhos do ambiente,

    aquece rapidamente e perde gs carbnico. Alm da forma do copo, importante

    ressaltar a necessidade uma limpeza adequada do mesmo, para no afectar o sabor da

    cerveja.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 47

    Desta forma e no s para preservar as qualidades da cerveja o copo um

    elemento que pode trazer toda a diferena cerveja Maldita, desta ele deve ser

    diferente dos restantes copos por uma questo de reconhecimento e de poder ser

    destacado da restante concorrncia.

    Os consumidores devero conseguir associar aquele copo especfico marca

    Maldita e saber que quando forem consumir esta cerveja o vo fazer naquele copo, e

    que esse copo vo realar ainda mais as qualidades da cerveja.

    Em termos de embalagem primria, aconselhamos a criao de Packs de 3 e

    de 6 cervejas que tambm por uma questo de imagem e de diferenciao poderiam

    ser de carto, isto por vrios motivos:

    Serem mais leves e fceis de transportar.

    A marca poderia ser associada a causas ecolgicas e amiga do ambiente.

    Os Packs no fim poderiam ser reciclados

    Esta associao podia ser feita tambm atravs de ser uma cerveja

    artesanal, logo artesanal o pack de carto tambm artesanal e isso traria vantagens.

    Em termos desta embalagem de carto ela poderia ser moldvel, de forma a

    ser mais fcil a sua reciclagem. Isto depois de as garrafas serem retiradas para

    serem consumidas a embalagem j vinha pr vincada de forma a ficar toda espalmada

    e poder ser reciclada, sem ocupar grande espao.

    A embalagem poderia ser idealizada de forma a ter uma pega em formato de

    M, com os olhos por baixo, que permitisse alm de um fcil transporte, associar a

    embalagem Marca Cerveja Maldita.

    As embalagens deveriam ter as cores alusivas a cada uma dos tipos de

    cerveja, desta forma, se fosse a embalagem correspondente Pilsner, deveria ser em

    tons de Amarelo, se fosse a ruiva deveria ser em tons de vermelho, e se fosse a Preta,

    a embalagem deveria ser em tons de preto.

    Desta forma era mais uma estratgia de diferenciao e que permitiria aos

    consumidores ao verem aquelas embalagens nas mos de clientes que j as tivessem

    adquirido as identificassem como senda da marca Cerveja Maldita.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 48

    Preo

    Segundo Yumi Mori Tuleski preo o volume de dinheiro cobrado por um

    produto e/ou servio, isto , a quantidade de dinheiro, bens ou servios que deve ser

    dada para se adquirir a propriedade ou uso de um determinado produto. O

    consumidor ao comprar um produto paga o preo e recebe os benefcios dele. O preo

    apenas uma parte do custo total que os clientes pagam numa troca, que tambm

    inclui vrias outras variveis. O preo o nico componente do mix de marketing que

    gera receita e um dos principais elementos na determinao da participao de

    mercado de uma empresa e de sua rentabilidade.

    necessrio considerar que, quando bem posicionado, o preo de um produto

    ou servio um factor primordial ao sucesso do produto. Quando se elabora a

    estratgia de preo de um produto, deve-se considerar o seguinte:

    Preo alto - proporcionar lucro a quem est a produzir ou

    comercializar, porm no pode ser to alto para que no haja recuo na compra. Cada

    vez mais existe a procura de produtos mais baratos.

    Preo baixo para ser atractivo aos clientes. Contudo, no pode ser

    demasiadamente baixo, pois pode depreciar o produto aos olhos dos clientes.

    O cliente procurar um preo justo, que no deve ser nem muito elevado, de

    modo a que o cliente ache que no vale a pena compr-lo, nem to baixo que o leve a

    pensar que o produto no tem qualidade.

    Dentro do composto de marketing, o preo desempenha trs papeis

    importantes:

    O preo flexvel e pode ser mudado com facilidade. Os profissionais de

    marketing precisam de estar atentos para utilizar a estratgia de pricing correcta;

    A comercializao do produto dever ser suficientemente lucrativa;

    O preo que gera a procura e no o contrrio. Se o preo do produto

    baixo, geralmente a procura mais alta e vice-versa.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 49

    A resposta pergunta: qual o preo ideal de um produto? O preo ideal de

    um produto simplesmente aquele que o cliente julga justo e que, ao mesmo tempo,

    interessante lucrativamente para a empresa.

    Lista de Preos

    Cervejas 0,33cl

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 50

    Cervejas 0,50cl

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 51

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 52

    Aps a verificao dos vrios preos e as opinies dos vrios intervenientes

    dos focus group, podemos concluir que para a garrafa de 0,50cl a mdia de preos

    variou entre os 3 e os 4,5 o que, em comparao com os preos recolhidos, se situa

    muito acima do praticado pelas cadeias de grande distribuio.

    J no caso das lojas especializadas em produtos gourmet (Sovina e Vadia), os

    preos encontram-se na mdia dos referidos pelos vrios intervenientes dos focus

    group realizados.

    Promoo

    A comunicao primordial para o lanamento de um novo produto. Neste

    caso o lanamento de uma marca de cerveja artesanal deve incluir toda a

    comunicao a realizar para dar a conhecer ao mercado esta nova marca.

    A Maldita deve apostar nas seguintes tipologias de comunicao:

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 53

    Propaganda

    No que toca propaganda a empresa deve apostar no digital e imprensa. Para

    a comunicao no digital o principal enfoque deve ser efectuado no Facebook, atravs

    da propaganda da pgina da Maldita com segmentao para um pblico-alvo que

    tenha como interesses a cerveja, gostos em pginas de marcas de cerveja, a restante

    segmentao deve ser baseada no perfil de consumidor previamente definido neste

    documento. Para alm do Facebook, a propaganda deve ser estendida a anncios em

    websites de jornais, na seco alimentar (exemplo:www.fugas.publico.pt). Sempre

    atravs do Facebook, criar e dinamizar um evento de degustao nas instalaes da

    Maldita.

    A imprensa deve ser utilizada como suporte para dar a conhecer a empresa,

    por forma de press releases e entrevistas, de certa forma como j tem feito para

    alguns jornais. A imprensa tambm um meio interessante para informar dos

    eventos organizados pela empresa, criando uma transversalidade de anncio de

    determinada aco (Facebook+Imprensa).

    Eventos

    Os eventos so uma componente estratgica para o lanamento de um novo

    produto, permitem aumentar a notoriedade da marca ao mesmo tempo que se cria

    buzz volta dela.

    Como indicado anteriormente, um dos eventos possveis a visita s

    instalaes da Maldita com prova de cervejas. Com a criao de parcerias entre

    restaurantes e pubs/cervejarias, seria interessante criar eventos nas instalaes dos

    mesmos para dar a conhecer a marca ao pblico que frequente esses espaos.

    Aquando dos eventos em pubs/cervejarias, colocar promotoras pela cidade (cidade

    onde se encontra localizado o pub/cervejaria) durante a noite distribuindo flyers

    sobre o evento/marca.

  • Eduardo Fernandes (12794); Fabio Costantino (20119); Frederico Henriques (13604); Tiago Silva (12788) 54

    Outro tipo de eventos muito importante a participao em feiras

    relacionadas com o sector cervejeiro (ex. conselho cervejeiro organizado pela

    Associao Sartigalhos Palgrinos). A participao em eventos de gastronomia

    aumenta a visibilidade da marca, tornando-se notcia nos meios de comunicao mais

    facilmente.

    Em todos os eventos que seja possvel, convidar bloggers para que

    posteriormente possam escrever sobre a marca no blog pessoal de forma a criar

    contente marketing na internet. Alm dos bloggers, caso haja a possibilidade de

    convidar caras conhecidas que possam dar a cara pela marca, de forma a se tornar

    notcia.

    Tratando-se de uma marca em lanamento no mercado faz todo o sentido

    criar uma festa de lanamento para dar a conhecer as cervejas produzidas ao

    mercado. Ao criar uma festa de lanamento as caras conhecidas, bloggers e

    promotoras na rua fazem ainda mais sentido (Para este tipo de eventos torna-se mais

    vantajoso e rentvel contratar uma agncia de comunicao/eventos).

    Relaes Pblicas

    A ferramenta de relaes pblicas mais indicada para a Maldita ser o

    patrocnio de eventos culturais ligados gastronomia. Obviamente, a tipologia de

    aes sugeridas anteriormente ligadas imprensa, bloggers, caras conhecidas e

    parcerias fazem todas parte das relaes pblicas da empresa.

    Para compensar esta vertente mais festiva de relaes pblicas e eventos, a

    criao e participao em palestras/apresentaes em universidades e associaes

    comerciais de forma a corroborar a imagem da marca e dando a percepo ao

    consumidor de que a empresa se sustenta em conhecimento cientfico e tecnolgico

    na produo da cerveja artesanal.

    Estes trs sectores de comunicao vo garantir Maldita criar um grande

    impacto com a sua entrada no mercado, assegurando que o nome Maldita gere o

    buzz desejado para o seu lana