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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA UNICEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE FACES CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM SAMARA SILVA DE QUEIROZ PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM SOBRE OS RISCOS DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado em forma de artigo como requisito à obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, sob orientação do Professor Eduardo Cyrino de Oliveira Filho. BRASÍLIA 2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UNICEUB

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE – FACES

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

SAMARA SILVA DE QUEIROZ

PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM SOBRE OS RISCOS DAS

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

em forma de artigo como requisito à obtenção

do título de Bacharel em Enfermagem, sob

orientação do Professor Eduardo Cyrino de

Oliveira Filho.

BRASÍLIA

2019

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DEDICATÓRIA

Dedico esta conquista em especial aos meus pais, Rosângela e Kelson. Agradeço pela

paciência, pelo incentivo, pela confiança e por acreditarem em mim todas as vezes que eu não

acreditei. Mãe, seu cuidado e preocupação me deram forças para seguir até o fim. Pai, sua

presença me trouxe a certeza de que eu não estou sozinha nessa caminhada. Vocês dois são a

razão para que eu chegue cada vez mais longe. Eu amo vocês!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar ao meu grandioso Deus, que me permitiu estar aqui, abrindo

todas as portas e me sustentando nas horas de angustia.

Aos meus pais, Kelson e Rosângela, por me proporcionarem a oportunidade de estudar, por

sempre me incentivar e por compreender a minha ausência.

Ao meu namorado, Jonathas, pela paciência e compreensão, por estar ao meu lado mesmo

quando a minha mente estava longe, e por me apoiar em toda e qualquer escolha.

A minha sogra Sheila, por acreditar no meu potencial até mais do que eu mesma. Você não é

uma sogra, é uma mãe!

As minhas amigas Luanne G., Nathalia S. e Thalita C., que durante a vida acadêmica,

aguentaram minhas crises de ansiedade e me incentivaram a nunca desistir. Obrigada por

cada conversa que tivemos, significou muito e espero levar essa amizade para sempre.

Ao meu professor e orientador, Eduardo Cyrino, pela oportunidade de ingressar no mundo da

pesquisa, por toda paciência e confiança, o meu mais sincero agradecimento por toda

contribuição na minha vida profissional.

Agradeço a todas as pessoas que diretamente ou indiretamente, participaram desta etapa tão

importante da minha vida.

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“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles

que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28).

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Percepção de graduandos de enfermagem sobre os riscos das substâncias químicas.

Samara Silva de Queiroz1

Eduardo Cyrino de Oliveira Filho2

Resumo

As substâncias químicas estão presentes diariamente no trabalho do enfermeiro e podem

provocar danos à sua saúde. É importante compreender as diferentes reações diante das

situações de perigo e conhecer os riscos das substâncias químicas desde a graduação. Este

estudo teve como objetivo analisar a percepção dos graduandos de enfermagem (GE) sobre os

riscos das substâncias químicas. Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem

quantitativa. A amostra foi composta por 220 GE, onde 83,6% (184) dos estudantes

afirmaram saber o que é risco, 63,6% (140) se preocupam com reagentes químicos no

laboratório e 33,2% (73) conhecem os símbolos de alerta dos reagentes. Deste ultimo grupo,

apenas 1,4% (1) conhece todos os símbolos. Conclui-se que boa parte dos estudantes

apresenta baixo nível de percepção de risco diante da presença das substâncias químicas e

sugere-se a intensificação de questões sobre toxicologia e biossegurança durante o processo

de formação acadêmica.

Palavras-chave: Estudantes de Enfermagem; Riscos Ocupacionais; Riscos; Compostos

Químicos.

Perception of nursing undergraduates about the risks of chemical substances.

Abstract

Chemicals are present daily in the work of the nurse and can cause harm to your health. It is

important to understand the different reactions of dangerous situations and to know the risks

of chemical substances since graduation. This study aimed to analyze the perception of

nursing undergraduate students about the risks of chemical substances. This is a cross-

sectional, descriptive, quantitative approach. The sample consisted of 220 nursing students,

where 83.6% (184) of students said they knew what risk was, 63.6% (140) were concerned

with chemical reagents in the laboratory, and 33.2% (73) knew the warning symbols of the

reagents. Of this last group, only 1.4% (1) knows all the symbols. It’s concluded that a good

part of the students presents / displays low level of perception of risk before the presence of

the chemical substances and it is suggested to intensify questions about toxicology and

biosafety during the academic training process.

Keywords: Nursing students; Occupational Risks; Risk; Chemical compounds.

1 Acadêmica de Enfermagem do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB – Brasília, DF 2 Docente do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB – Brasília, DF

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1. INTRODUÇÃO

As substâncias químicas estão presentes diariamente no trabalho do profissional de

enfermagem e apresenta-se em seus mais variados estados como, por exemplo, vapores de

formaldeído e gases anestésicos e esterilizantes passíveis de inalação, outros se apresentam na

forma liquida e podem ser utilizados para desinfecção de materiais ou esterilização que

podem entrar em contato com a pele ou serem digeridos, podendo provocar danos à saúde do

profissional (COSTA; FELLI, 2004; XELEGATI et al., 2006).

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2004 estimou-se

a ocorrência de 35 milhões de casos de doenças associadas ao trabalho por exposição a

substâncias químicas por ano. Dentre os casos, 439.000 óbitos por doenças cardiovasculares,

doenças respiratórias crônicas e cânceres, entre outras causas (ILO, 2004). No cenário

brasileiro, o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) registrou

em 2012, cerca de 99.035 casos de intoxicação humana por agentes tóxicos, sendo que, 5.989

casos foram ocupacionais (BRASIL, 2012).

Define-se risco como a união da probabilidade de um evento perigoso ocorrer e o

quão grave são as consequências negativas resultantes desse evento, sendo assim, quanto

maior a probabilidade e a gravidade consideram-se maior o risco (SLOVIC, 2000). Cada

pessoa apresenta reações diferentes frente a situações de perigo, portanto, é de extrema

importância compreender tais variações para o aperfeiçoamento de estratégias de gestão dos

riscos (FAUSTMAN; OMENN, 2018).

Existem algumas razões levantadas sobre as diversas reações diante do perigo, uma

delas é o otimismo surreal, onde o indivíduo tende a acreditar que apresenta uma

vulnerabilidade menor do que a dos outros. Outra razão que poderia alterar o julgamento de

risco das pessoas seria a influência de sentimentos e emoções, podendo ajudar ou confundir

sua assimilação das informações de risco (LOWENSTEIN et al., 2001).

Existem algumas diferenças na percepção de risco entre estudantes e profissionais de

enfermagem referente às praticas medicas, sendo os estudantes mais sentimentais e os

profissionais detalhistas (ADACHI; KIKUCHI, 2017). Se houver o compartilhamento de

informações sobre a toxicologia, existe uma possibilidade de se reduzir as diferenças na

percepção de risco entre os indivíduos (WALLACE, 2011).

Um dos princípios a serem abordados nas atividades de risco na área da saúde é a

prevenção de acidentes, visto que, muitos acidentes são provocados por falha humana e

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ausência de cultura a segurança. É necessária uma grande diversidade de conhecimentos

relativos à proteção nas atividades realizadas e aos fatores de risco existentes para a

prevenção de acidentes (STEHLING et al., 2012).

Sabendo-se que, os profissionais de enfermagem realizam atividades laboratoriais

desde a sua graduação, é necessário identificar os perigos e avaliar os potenciais riscos

inerentes a sua profissão a partir de sua formação acadêmica (KARAPANTSIOS et al., 2008).

De acordo com evidências de um estudo recente, a segurança no laboratório depende da

atitude e comprometimento daqueles que participam das atividades, indo além da simples

adesão aos diversos regulamentos (WALTERS et al., 2017).

Um estudo evidenciou que o enfermeiro demonstra conhecimento insuficiente acerca

do risco ocupacional químico ao qual está submetido. Em seu ambiente laboral, o profissional

entra em contato com vários compostos químicos, seja no contato direto ou indireto com o

paciente ou na manipulação e administração de medicamentos. O manuseio de determinadas

medicações, como antibióticos e antineoplásicos, sem o uso de equipamentos de proteção

adequados, torna o profissional suscetível à exposição desses agentes, podendo haver

sensibilização e danos à saúde (XELEGATI et al., 2006).

Um dos setores no qual o enfermeiro está inserido é o centro de material e

esterilização (CME) que se configura como um ambiente de trabalho com diversos riscos

ocupacionais, devido à realização de procedimentos de desinfecção, preparo e esterilização de

artigos, e a presença de compostos químicos em suas mais variadas formas, expondo o

enfermeiro a possíveis efeitos irritantes, inflamáveis, anestésicos, cancerígenos e corrosivos.

A melhor maneira de se evitar os problemas de saúde que podem acontecer devido a essa

exposição, é a prevenção. Mas para isso, é necessário que o enfermeiro tenha conhecimento

sobre os riscos provocados pelas substâncias químicas (LUCKWU et al., 2010).

Sendo assim, os futuros enfermeiros devem ser orientados sobre os riscos das

substâncias químicas desde a sua graduação, com objetivo de prevenir potenciais agravos à

saúde provocados pelo desconhecimento. A oferta de treinamentos para reconhecimento de

produtos tóxicos e utilização de EPIs são algumas das diversas possiblidades para dificultar a

exposição do profissional (MACHADO; MOURA; CONTI, 2013).

Pelo exposto, constitui-se enquanto objetivo desta pesquisa, analisar a percepção dos

graduandos de enfermagem de uma instituição de ensino superior (IES) sobre os riscos das

substâncias químicas.

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2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal e descritivo caracterizado por uma abordagem

quantitativa, que buscou analisar a percepção dos graduandos de enfermagem sobre os riscos

das substâncias químicas.

O presente estudo foi realizado entre fevereiro e março de 2019, em uma instituição

privada de ensino superior (IES) com sede na cidade de Brasília, DF, após autorização prévia

dos professores que estavam em sala de aula durante aplicação dos questionários. A amostra

foi composta por 220 acadêmicos de enfermagem do campus Asa Norte, dos turnos matutino

e noturno, matriculados entre o 1º e 10º semestre. Foram incluídos na amostra pessoas tanto

do sexo masculino quanto do sexo feminino, pertencentes a faixa etária igual ou superior a 18

anos, devidamente matriculados no curso de bacharelado em enfermagem da instituição

participante, no 1º semestre do ano de 2019, que se encontravam presentes no momento da

coleta de dados e que aceitaram participar do estudo por meio da assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sendo exclusos os alunos que não se encaixavam

nos critérios de inclusão.

Para aquisição dos dados necessários a edificação do presente estudo, foi elaborado

um questionário semiestruturado composto por sete questões, estas englobando três aspectos:

1- A percepção individual sobre diferentes tipos de risco de acidente e doenças incluindo os

relacionados à área profissional; 2 – O conhecimento sobre substâncias químicas e suas

propriedades; e 3 – O conhecimento sobre contato com substâncias durante as atividades

profissionais.

O estudo respeita integralmente os preceitos constantes da resolução nº 466/2012,

relacionada às “diretrizes e normas regulamentadoras em pesquisa utilizando seres humanos”

e só foi iniciado após autorização expressa do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) -

UniCEUB CAAE: 03161318.5.0000.0023 sob o número de parecer 3.096.536, de 2018.

Após a aquisição dos subsídios por meio da coleta de dados, os mesmos foram

organizados utilizando o software Microsoft Excel 2016®, pertencente ao pacote Microsoft

Office 2016® for Windows®. Foi implementada análise estatística descritiva, permitindo

assim, a aquisição de frequência (f) e valores percentuais (%) aos dados coletados. Os

resultados foram apresentados por meio de tabelas.

Para discussão dos dados obtidos, foi realizado levantamento bibliográfico eletrônico

implementado junto à base de dados informatizados nacionais e internacionais LILACS

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(Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde),

adquirindo desta maneira artigos de periódicos científicos, documentos oficiais e legislação

correlata, se constituindo enquanto fontes secundárias. Utilizou-se os descritores em Ciências

da Saúde (DeCS) da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo os mesmos “Estudantes de

Enfermagem” como o número de registro “13725” e descritor único “D013338”, “Riscos

ocupacionais” como o número de registro “20201” e sem descritor único” e “Risco” como o

número de registro “28567” e descritor único “D012306” e “Compostos Químicos” como o

número de registro “32512” e sem descritor único”.

3. RESULTADOS E DISCUSSAO

Participaram do estudo 220 graduandos de enfermagem, dos períodos matutino e

noturno de uma instituição privada de ensino superior (IES), Brasília - DF. Após a coleta,

organização e análise dos dados, foi possível verificar por meio do questionário sócio

demográfico (Tabela 1) que 86,4% (n=190) dos participantes eram do sexo feminino e 13,6%

(n=30) do sexo masculino.

Tabela 1: Dados sócio demográficos dos respondentes do questionário, Brasília-DF (n=220).

Sexo f %

Feminino 190 86,4

Masculino 30 13,6

Total 220 100 Fonte: elaborada pelos autores, 2019.

Os dados revelam que há predomínio de graduandos do sexo feminino (86,4%), indo

de encontro aos resultados de outra pesquisa, onde o percentual de mulheres superou os 84%

(BRITO; BRITO; SILVA, 2009). De acordo com o contexto histórico da enfermagem, a

profissão se constitui enquanto uma pratica feminina, pois relaciona o processo de cuidado

com características femininas. Apesar da hegemonia feminina no exercício da profissão de

enfermagem, é possível identificar um aumento no ingresso de graduandos do sexo masculino

(BUBLITZ et al., 2015; SILVA; FREITAS, 2018).

A distribuição das respostas quanto ao conhecimento dos graduandos de enfermagem

em relação aos riscos dos reagentes químicos está apresentada na Tabela 2. É evidenciado

que, 83,6% (n=184) dos alunos afirmam saber o que é risco. No que remete a preocupação

com os reagentes químicos presentes no laboratório, 63,6% (n=140) se preocupam com a

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problemática, enquanto que, 5,9% (n=13) não se preocupam com os reagentes. Já no que se

refere aos trabalhos realizados em laboratórios, foi levantado o conhecimento dos graduandos

diante dos símbolos de perigo dos reagentes, sendo que 61,8% (n=136) estavam indecisos em

sua resposta. Dos 26 alunos que responderam não a essa questão, 53,9% (n=14) justificaram a

falta de conhecimento dos símbolos por não ter recebido orientações para se preocupar com

esses reagentes e símbolos de perigo, e 40,8% (n=8) alegaram que os símbolos são difíceis

para compreender e lembrar (Tabela 2).

Tabela 2: Conhecimento sobre risco dos reagentes químicos entre os graduandos, Brasília-DF

(n=220).

Variáveis Sim Não Mais ou menos NR

f % f % f % f %

Você sabe o que é risco? 184 83,6 1 0,5 32 14,5 3 1,4

Você se preocupa com os

reagentes químicos presentes no

laboratório?

140 63,6 13 5,9 65 29,6 2 0,9

Quanto aos trabalhos em

laboratório você conhece os

símbolos de perigo dos reagentes? 57 25,9 26 11,8 136 61,8 1 0,5

Se respondeu não a questão anterior, por quê? f %

Não recebi orientações para me preocupar com esses

reagentes e com os símbolos de perigo 14 53,9

Os símbolos são difíceis para compreender e lembrar 8 30,8

Eu não ligo para os reagentes químicos exceto quando

tenho que utilizá-los 2 7,7

Os sinais de perigo não estão expostos nos laboratórios 1 3,8

Não respondeu 1 3,8

Total 26 100 Fonte: elaborada pelos autores, 2019.

No presente estudo, constatou-se que a maioria dos estudantes (83,6%) afirma saber

o que é risco. O termo risco pode ser definido como toda e qualquer probabilidade de

acontecer um acidente e consequentemente causar danos, ou a chance de um perigo se

concretizar e causar prejuízo à saúde (SILVA et al., 2015). Os acadêmicos estão expostos a

diferentes tipos de risco dentro do ambiente laboratorial, não apenas aos riscos químicos, mas

também, aos riscos físicos, mecânicos, biológicos e ergonômicos, sendo de extrema

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importância o conhecimento de forma mais ampla sobre os riscos (ANTUNES et al., 2010).

O ambiente dos laboratórios e as atividades nele desenvolvidas podem influenciar no

acontecimento de acidentes, que muitas vezes são provocados por falha humana, podendo ser

consequência de uma deficiência no sistema educacional e da ausência de cultura a segurança.

Uma variedade de conhecimentos relacionados tanto aos fatores de risco quanto a proteção

durante as atividades laboratoriais deve ser difundida (STEHLING et al., 2012).

Observou-se que a maioria dos graduandos (63,6%) demonstra preocupação com os

reagentes químicos presentes no laboratório, no entanto, no que se refere ao conhecimento dos

símbolos de perigo dos reagentes durante realização de trabalhos nesse ambiente, a maior

parte dos alunos (61,8%) apresentaram-se indecisos, enquanto que 11,8% afirmou não

conhecer os símbolos de perigo. As possíveis razões dadas para tal desconhecimento é de que

nenhuma orientação foi dada aos estudantes para que se preocupassem com os reagentes e

seus símbolos de perigo, seguida da afirmação de que os símbolos são difíceis para

compreender e lembrar. Dados semelhantes foram encontrados em um estudo realizado na

Etiópia (ADANE; ABEJE, 2012).

Como discutido acima, embora os alunos afirmem se preocupar com os reagentes

químicos presentes no laboratório, há um baixo nível de conhecimento sobre os símbolos de

perigo desses reagentes. Esses resultados demonstram a necessidade de realização de

trabalhos, atividades e disciplinas que auxiliem na familiarização e conhecimento dos

símbolos de perigo dos produtos químicos do laboratório, visto que, esses alunos serão futuros

profissionais que, provavelmente, estarão constantemente expostos a todo tipo de substância

química durante sua atividade laboral (KARAPANTSIOS et al., 2008).

Ainda sobre o conhecimento dos graduandos acerca dos símbolos dos reagentes

químicos, a Tabela 3 nos mostra que 33,2% (n=73) afirmaram conhecer os símbolos, e a

maior parte dos alunos, 51,8% (n=114) marcou a opção “mais ou menos”, reforçando a

resposta vista anteriormente na Tabela 2. Diante disso, os 73 alunos que afirmaram conhecer

os símbolos, deveriam ligar as propriedades químicas com o seu respectivo símbolo de risco,

sendo possível realizar nove ligações corretas. Os dados revelam que apenas 9,6% (n=7) dos

graduandos acertaram a quantidade máxima de acertos (seis acertos), enquanto que 21,9%

(n=16) dos graduandos acertaram a quantidade mínima de acertos (um acerto). Apenas um

aluno (1,4%) obteve êxito acertando todas as nove ligações corretas.

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Tabela 3: Conhecimento acerca dos símbolos de alerta dos reagentes químicos, Brasília-DF

(n=220).

Variáveis Sim Não Mais ou menos NR

f % f % f % f %

Você conhece algum símbolo

de alerta dos reagentes

químicos?

73 33,2 25 11,4 114 51,8 8 3,6

Número de acertos em 9 questões

Variáveis 1 acerto 6 acertos Outros valores Acertou todas

as opções Total

f % f % f % f % f %

Se respondeu

sim na questão

anterior, ligue a

propriedade

química com o

símbolo de risco.

16 21,9 7 9,6 49 67,1 1 1,4 73 100

Fonte: elaborada pelos autores, 2019.

No estudo, nota-se que a porcentagem de alunos que desconhecem (11,4%) ou que

não tem certeza sobre os símbolos de alerta dos reagentes químicos (51,8%) foi predominante.

Com o objetivo de confirmar a veracidade dos dados obtidos, foi disponibilizado aos alunos

que afirmaram conhecer os símbolos (33,2%), alguns pictogramas e nove propriedades

químicas para que fossem combinadas cada propriedade com o seu respectivo pictograma

correto. As propriedades apresentadas eram: tóxico agudo; inflamável; explosivo; oxidante;

corrosivo à pele; carcinogênico, teratogênico, mutagênico; gás sob pressão; tóxico a vida

aquática e irritação da pele e dos olhos.

Os resultados demonstraram que, apesar de 73 alunos afirmarem conhecer os

símbolos de alerta dos reagentes, sete (9,6%) acertaram seis das nove ligações corretas, e

apenas um (1,4%) acertou todas as nove ligações corretas. Tais resultados corroboram com

outro estudo, onde se afirma que apenas um em cada quatro estudantes combinam os produtos

químicos com os respectivos pictogramas corretos, e revelam que os alunos tem baixo nível

de conhecimento sobre os símbolos de alerta, o que implica na premissa de que a maioria dos

alunos não tem ciência dos perigos aos quais estão expostos, quando usam esses produtos

químicos em atividades laboratoriais (KARAPANTSIOS et al., 2008).

Desde 2011 a legislação brasileira exige que “o produto químico seja classificado

quanto aos perigos para a saúde e segurança de acordo com os critérios dispostos pelo Sistema

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Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS)”. A

norma ABNT NBR 14725, nas partes de 1 a 4, dispõe sobre os princípios do GHS que devem

ser aplicados nessa classificação, de forma resumida, para aplicação em laboratórios de ensino

e pesquisa (ABNT, 2012; UNECE, 2011). Como é descrito em algumas literaturas, a

classificação e a rotulagem dos produtos químicos têm por finalidade, chamar a atenção do

usuário, fabricante, transportador e armazenista, a fim de proteger a saúde humana

(SARIFAH et al.,2010).

Apesar dos resultados, não é possível ter certeza que os estudantes que acertaram

corretamente os produtos químicos e seus pictogramas foram realmente baseados em seus

conhecimentos ou teve influencia da sorte ou acaso. É necessário ensinar os estudantes a

entender e reconhecer os riscos, e não apenas instrui-los a seguir regras e procedimentos de

segurança (HILL, 2006). Da mesma maneira, há um estudo que indica a necessidade em

instituir métodos de ensino mais eficazes para melhorar a conscientização dos estudantes

sobre os símbolos e manuseio seguro das substâncias químicas (KARAPANTSIOS et al.,

2008).

No que concerne ao nível de preocupação dos graduandos de enfermagem diante de

algumas questões, a Tabela 4 evidencia que 82,7% (n=182) dos estudantes consideraram a

Pedofilia e 67,7% (n=149) a Intolerância Racial, como questões que causam muita

preocupação, seguidas pelo Câncer com 63,2% (n=139) e o Acidente Químico com 47,7%

(n=105). Em relação às questões que causam pouca preocupação, 9,5% (n=21) dos estudantes

consideraram o uso de cigarro e 9,1% (n=20) a Guerra Química, como questões que causam

pouca preocupação, seguidas pela Guerra Biológica com 7,7% (n=17) e o Acidente Nuclear

com 5% (n=11). A Tabela 4 apresenta a distribuição da amostra.

A fim de avaliar o nível de preocupação dos graduandos diante de algumas questões,

realizamos perguntas acerca do assunto. Os dados revelam que, os estudantes consideram as

questões sociais, como pedofilia (82,7%) e intolerância racial (67,7%), mais preocupantes do

que as questões relacionadas aos riscos químicos. Esses resultados corroboram com um

estudo realizado na Polônia, onde foram obtidos dados semelhantes ao verificar que os as

questões sociais eram consideradas mais importantes pelos estudantes (BILGIN;

RADZIEMSKA; FRONCZYK, 2016).

Tal resultado nos leva a considerar a influência da mídia sobre as preocupações do

individuo. As pessoas têm curiosidade diante daquilo que pode representar uma ameaça e a

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mídia explora essa fragilidade, difundindo fatos de maneira que, se tornem mais próximos do

cotidiano das pessoas e levando-as a crer que essa ou aquela situação de risco poderá

acontecer dentro do seu grupo social (ROSARIO; BAYER, 2014).

Tabela 4: Nível de preocupação dos graduandos sobre determinadas questões, Brasília-DF

(n=220).

Variáveis

Muita Preocupação

f %

Pedofilia 182 82,7

Intolerância Racial 149 67,7

Câncer 139 63,2

Acidente Químico 105 47,7

Variáveis

Pouca Preocupação

f %

Uso de Cigarro 21 9,5

Guerra Química 20 9,1

Guerra Biológica 17 7,7

Acidente Nuclear 11 5

Fonte: elaborada pelos autores, 2019.

Outra questão observada por 63,2% dos estudantes foi o câncer, que pode estar

intimamente relacionado às substâncias químicas. É provável que a exposição ocupacional a

agentes químicos de maneira geral, esteja contribuindo para o surgimento de diferentes tipos

de cânceres (CHAGAS; GUIMARÃES; BOCCOLINI, 2013). A comunidade científica tem se

preocupado com a exposição ocupacional a substâncias químicas que apresentam potencial

carcinogênico conhecido. Desta forma, incentiva novas pesquisas que objetivam avaliar os

riscos à Saúde Pública (WUNSCH-FILHO; KOIFMAN, 2005). Os dados obtidos não

permitiram saber se esta opção foi considerada devido à associação entre os riscos das

substâncias químicas e a exposição, ou apenas por medo de enfrentar a doença no cotidiano.

Em relação ao acidente químico, 47,7% dos estudantes consideram está, uma questão

que causa muita preocupação. Os acidentes químicos geram impactos a saúde humana, seja

através de ferimentos, desencadeamento de doenças que podem afetar as gerações seguintes

ou mortes. Essa situação pode ocorrer devida ao desconhecimento diante das causas dos

acidentes e das doenças ocupacionais que podem surgir como consequência e esse

acontecimento. A percepção de risco pode ser afetada quando, associa-se comportamentos

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como insegurança e medo a repercussão da mídia (INTERTOX, 2016; COLASSO, 2011).

Sobre as questões que provocam pouca preocupação, 21 estudantes (9,5%)

consideraram o uso de cigarro como uma das questões menos preocupantes. É conhecido que

o cigarro é um dos produtos mais vendidos no mundo e o tabagismo é um hábito crônico que

pode provocar diversas complicações, sendo considerado pela Organização Mundial da Saúde

(OMS) um problema de saúde pública e a principal causa de morte evitável no mundo

(OLIVEIRA; VALENTE; LEITE, 2008).

Sabe-se que o tabagismo está relacionado à cerca de 50 doenças, e os danos ao

organismo humano não atingem apenas os fumantes, mas também, as pessoas não fumantes

que estão expostas a fumaça de cigarros em diversos ambientes. A fumaça inalada é

responsável pela maioria das doenças relacionadas ao tabaco, em especial, ao câncer de

pulmão (BRASIL, 2011; HACKSHAW; LAW; WALD, 1997; MIRRA, 2007). Foi possível

observar a pouca associação entre o uso de cigarro e a preocupação com câncer. Esse

resultado mostra uma nítida falta de percepção de risco diante desse fator específico.

Outras inquietações observadas pelos estudantes foram a Guerra Química (9,1%),

Guerra Biológica (7,7%) e Acidente Nuclear (5%), tendo sido consideradas como causadoras

de pouca preocupação. Parte destes resultados entra em desacordo com um estudo realizado

na Polônia, onde os estudantes consideraram o acidente nuclear como o segundo fator de risco

mais preocupante, mesmo não havendo usinas nucleares estabelecidas no país. O estudo

considera que os acidentes nucleares em Chernobyl em 1986 e em Fukushima em 2011

afetaram as pessoas (BILGIN; RADZIEMSKA; FRONCZYK, 2016). Portanto, apesar de

estar distante da realidade dos estudantes tanto da Polônia quanto do Brasil, o nível de

preocupação e percepção de risco são diferentes, sendo influenciados pelo cenário social,

cultural e econômico (COLASSO, 2014).

A Tabela 5 apresenta algumas substâncias e atividades que os graduandos

consideram estar associadas com a profissão, expondo suas considerações em relação à

periculosidade de cada uma. Dentre os itens considerados perigosos, 71,3% (n=157)

acreditam que a Transfusão de Sangue é uma das atividades mais perigosa. No que se refere

às substâncias ao qual estarão expostos futuramente, o Óxido Nitroso foi considerado por

61,8% (n=136), seguido por 60,4% (n=133) para Drogas Antineoplásicas e 56,8% (n=125)

para Antibióticos. Dentro os itens considerados não perigosos, 50,9% (n=112) declaram a

vacinação e 44,5% (n=98) o Exame de Sangue como atividades não perigosas. Já as

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substâncias ao qual estarão expostos, o Álcool Etílico foi considerado por 41,4% (n=91)

seguido do Iodo, com 33,2 (n=73).

Tabela 5: Considerações sobre a periculosidade de substâncias e atividades realizadas pelo

enfermeiro, Brasília-DF (n=220).

Variáveis Perigosa

f %

Transfusão de Sangue 157 71,3

Óxido Nitroso 136 61,8

Drogas Antineoplásicas 133 60,4

Antibióticos 125 56,8

Variáveis Não perigosa

f %

Vacinação 112 50,9

Exame de Sangue 98 44,5

Álcool Etílico 91 41,4

Iodo 73 33,2 Fonte: elaborada pelos autores, 2019.

O resultado revela que, 71,3% dos estudantes consideram a Transfusão de sangue

como a atividade mais perigosa. Ainda que, as transfusões de sangue sejam consideradas,

atualmente, como uma prática segura, os riscos fazem parte do ciclo sanguíneo. É necessário

reconhecer e monitorar tais riscos a fim de se evitar falhas que comprometam a saúde de

doadores, pacientes e profissionais envolvidos (JUNIOR; RATTNER; MARTINS, 2016).

Os profissionais que realizam a transfusão sanguínea e que trabalham em bancos de

sangue estão expostos a altos riscos ocupacionais, considerando que, trabalham

constantemente com materiais potencialmente infectados, perfuro-cortantes e diversas

vidrarias, e quando associados a rotina de trabalho e ao estresse excessivo, podem gerar um

ambiente favorável a acidentes (MAIA, 2002).

Os dados evidenciam que, para 61,8% dos estudantes, o óxido nitroso é a substância

mais perigosa ao qual estarão expostos nas atividades como enfermeiro. De acordo com outro

estudo, o óxido nitroso é um anestésico inalatório utilizado para manutenção da anestesia

geral e, assim como outros anestésicos, ao ser inalado de forma crônica, em concentrações

baixas, pode aumentar a incidência de doença hepática, abortos espontâneos, má formação

congênita e alguns tipos de leucemia, quando comparados a outros indivíduos que não foram

expostos a agentes anestésicos (COSTA; FELLI,2012). Essa substância deve conter o símbolo

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de risco tóxico indicando as propriedades do gás em adentrar o organismo através da inalação,

provocando danos à saúde (ANVISA, 2004).

Os estudantes também consideraram as drogas antineoplásicas (60,4%) e os

antibióticos (56,8%) como substâncias perigosas. Estes dados se aproximam dos resultados

obtidos em outra pesquisa, onde 86,7% dos entrevistados consideraram as drogas

antineoplasicas como sendo a mais prejudicial à saúde dos trabalhadores, seguida por

antibióticos com 73,6%. As drogas antineoplasicas podem apresentar efeitos carcinogênicos,

mutagênicos e teratogênicos, proporcionando riscos aos profissionais que os manipulam,

quando as medidas de proteção e segurança não são seguidas. Os antibióticos quando em

contato direto com a pele, se inalados ou digeridos podem levar a sensibilização, podendo

desencadear alergias e rinites alérgicas aqueles que foram expostos (XELEGATI et al., 2006).

Em termos de comparação, 63,2% dos estudantes preocupam-se com o câncer

(Tabela 4) enquanto que 60,4% consideram as drogas antineoplasicas perigosas. Essa

associação é valida, pois sabe-se que as drogas antineoplasicas são as que mais provocam

patologias ocupacionais nos profissionais da área hospitalar, sendo que, a exposição a esses

agentes pode ocasionar desde alterações simples até alterações mais graves e complexas,

como carcinogênese, efeitos teratogênicos e mutagênicos em profissionais que atuam na

preparação ou administração de drogas antineoplasicas, sem utilizar adequadamente os

equipamentos de proteção individual (MONTEIRO et al, 1999; MARTINS; ROSA, 2004).

Sobre os itens considerados não perigosos, 50,9% dos estudantes declaram a

Vacinação e 44,5% o Exame de sangue como atividades não perigosas. Os profissionais da

área da saúde estão expostos a diversos riscos no seu ambiente laboral, entre eles, o risco de

acidentes com materiais biológicos, como lesões com materiais perfuro-cortantes, bem como,

exposição percutânea a sangue e fluídos corporais (GARA et al., 2015).

Um estudo realizado em Brasília, DF, concluiu que os profissionais da saúde

conhecem os riscos a saúde de maneira superficial, pois o que é demonstrado advém das

práticas rotineiras e não de um serviço de prevenção de doenças ocupacionais e acidentes,

determinando a urgência da realização de intervenções que modifiquem esse cenário

(COSTA; FELLI, 2004).

O Álcool Etílico (41,4%) e o Iodo (33,2%) foram considerados como substâncias não

perigosas pelos estudantes. Em estudo realizado com enfermeiros de um hospital em Ribeirão

Preto, verificou-se que o Iodo foi um dos agentes químicos mencionados como mais vistos

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dentro dos hospitais. Por se tratar de um composto forte que pode levar a irritação na pele,

está caindo em desuso. O estudo revela que metade dos sujeitos identificaram o iodo como

prejudicial à saúde dos trabalhadores, enquanto que, o Álcool foi pouco considerado como

possível causador de problemas de saúde ocupacional, embora apresente potencial elevado de

inflamabilidade e produza vapor irritante classificado como tóxico para a saúde humana. A

baixa percepção de risco do álcool etílico provavelmente seja pelo seu uso rotineiro em

diversas atividades que compõem o trabalho do enfermeiro, tendendo a ser desvalorizado

(XELEGATI et al., 2006; MACIEL, 2012; ABNT, 2009).

4. CONCLUSÕES

No presente estudo, foi possível observar que, embora a maior parte dos alunos

afirme saber o que é risco e diz-se preocupados com os reagentes químicos presentes no

laboratório, boa parte dos estudantes apresenta baixo nível de percepção de risco diante dos

perigos das substâncias químicas. Esses resultados permitem detectar fragilidades no processo

de formação acadêmica dos futuros profissionais, principalmente quando, os estudantes

definem como possíveis razões para o desconhecimento, a falta de orientação para que se

preocupem com os reagentes e seus símbolos de perigo e a dificuldade em compreender e

lembrar-se dos símbolos.

A influência de diferentes realidades pode afetar a percepção e interferir na

associação entre o risco e suas consequências a saúde. Percebendo-se que, uma parte dos

estudantes está mais preocupada com questões sociais em evidência na mídia, é importante

atentar para o déficit de conhecimento relacionado às substâncias químicas, e a consequente

formação de profissionais que desconhecem os riscos aos quais são expostos. Tal situação

demonstra a necessidade de atividades que estimulem a familiarização destes alunos com os

símbolos de perigo dos reagentes químicos. A consideração de algumas substâncias utilizadas

cotidianamente como “não perigosas” coloca em questionamento a real percepção de risco

dos futuros profissionais diante das atividades inerentes a enfermagem.

Diante disso, é necessário empenho dos professores e coordenadores do curso para

modificar esse cenário de desinformação, ensinando os estudantes a entender e reconhecer os

riscos e não apenas seguir regras de segurança. A adoção de orientações dirigidas antes da

utilização dos laboratórios, realização de trabalhos e atividades que estimulem a adoção dos

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equipamentos de proteção individual (EPI), implementação de disciplinas que auxiliem na

familiarização e conhecimento dos símbolos de perigo, e realização de cronograma semestral

de cursos e oficinas que objetivem educação continuada em biossegurança, pode ser algumas

alternativas para iniciar melhorias na grade do curso.

Espera-se que esta pesquisa contribua para implantação de métodos de ensino para

melhorar a percepção dos estudantes diante dos riscos das substâncias químicas. O estudo

apresenta limitações por ser realizado em uma única IES, portanto, mais estudos são

necessários para identificar outros fatores importantes responsáveis pelo baixo nível de

percepção e conhecimento dos estudantes sobre os símbolos de perigo dos agentes químicos.

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ANEXO A – QUESTIONÁRIO

1 - Perfil do Respondente:

Sexo Masculino Feminino

Curso

Ciências Biológicas Biomedicina Enfermagem

Semestre

2 - Questões da Pesquisa:

1 - Você sabe o que é risco?

Sim Não Mais ou menos

2 - Entre as opções abaixo dê uma nota de 1 a 5 conforme o nível de inquietação que a

questão representa na sua opinião, sendo nota 1 para pouca preocupação e nota 5 para

muita preocupação.

Questões Sociais Sem

Inquietação

Pouca

Inquietação

Mediana

Inquietação

Inquietação Muita

Inquietação

Câncer 1 2 3 4 5

Guerra Química 1 2 3 4 5

Mortalidade Infantil 1 2 3 4 5

Corrupção 1 2 3 4 5

Acidente Químico 1 2 3 4 5

Intolerância Racial 1 2 3 4 5

Poluição 1 2 3 4 5

AIDS 1 2 3 4 5

Guerra Biológica 1 2 3 4 5

Pedofilia 1 2 3 4 5

Terrorismo 1 2 3 4 5

Uso de cigarro 1 2 3 4 5

Desperdício de água 1 2 3 4 5

Acidente Nuclear 1 2 3 4 5

Acidente de Trânsito 1 2 3 4 5

Desemprego 1 2 3 4 5

3 - Entre os pontos observados acima quais os que você considera que estão mais

próximo da sua futura profissão? Liste-os conforme a ordem de importância para

você.

4 - Você se preocupa com os reagentes químicos presentes no laboratório?

Sim Não Mais ou menos

5 - Quanto aos trabalhos em laboratório você conhece os símbolos de perigo dos

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reagentes?

Sim Não Mais ou menos

4.1 - Se respondeu não, por quê?

a - Os sinais de perigo não estão expostos nos laboratórios;

b - Eu não ligo para os reagentes químicos exceto quando tenho que utilizá-los;

c- Não recebi orientações para me preocupar com os reagentes e com os símbolos de perigo;

d - Os símbolos são difíceis para compreender e lembrar.

5 - Você conhece algum símbolo de alerta dos reagentes químicos?

Sim Não Mais ou menos

5.1 - Se respondeu sim na questão anterior ligue a propriedade química da coluna A

com o símbolo de risco presente na coluna B.

Tóxico Agudo

Inflamável

Explosivo

Oxidante

Corrosivo à pele

Carcinogênico, Teratogênico, Mutagênico

Gás sob pressão

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Tóxico à Vida Aquática

Irritação da pele e dos olhos

6 - Abaixo são listadas alguns materiais e atividades com as quais os profissionais de

ciências da saúde lidam ou estão envolvidos. Marque aquelas que acredite estarem

relacionadas à sua atividade como profissional e diga se considera à atividade ou a

atividade com o material perigosa ou não perigosa.

Vacinação Perigosa Não Perigosa

Óxido de Etileno Perigosa Não Perigosa

Hipoclorito de Sódio Perigosa Não Perigosa

Formaldeído Perigosa Não Perigosa

Acrilamida Perigosa Não Perigosa

Esteróides Perigosa Não Perigosa

Tetracloreto de Carbono Perigosa Não Perigosa

Acetona Perigosa Não Perigosa

Antibióticos Perigosa Não Perigosa

Álcool Etílico Perigosa Não Perigosa

Peróxido de Hidrogênio Perigosa Não Perigosa

Exame de Sangue Perigosa Não Perigosa

Luz Ultravioleta Perigosa Não Perigosa

Toxina Botulínica Perigosa Não Perigosa

Iodo Perigosa Não Perigosa

Tetrametiletilenodiamina Perigosa Não Perigosa

Éter Perigosa Não Perigosa

Transfusão de Sangue Perigosa Não Perigosa

Drogas Antineoplásicas Perigosa Não Perigosa

Mercúrio Perigosa Não Perigosa

Óxido Nitroso Perigosa Não Perigosa