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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS - CEULM CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL VALDILENE LIMA DA SILVA RESÍDUOS VÍTREOS: ANÁLISE DA GESTÃO DOS RESÍDUOS DE VIDRO GERADOS NO BAIRRO PRAÇA 14 DE JANEIRO, CIDADE DE MANAUS - AM MANAUS 2017

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS - CEULM

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

VALDILENE LIMA DA SILVA

RESÍDUOS VÍTREOS:

ANÁLISE DA GESTÃO DOS RESÍDUOS DE VIDRO GERADOS NO

BAIRRO PRAÇA 14 DE JANEIRO, CIDADE DE MANAUS - AM

MANAUS

2017

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VALDILENE LIMA DA SILVA

RESÍDUOS VÍTREOS:

ANÁLISE DA GESTÃO DOS RESÍDUOS DE VIDRO GERADOS NO

BAIRRO PRAÇA 14 DE JANEIRO, CIDADE DE MANAUS - AM

Trabalho de Conclusão de Curso II

apresentado ao Curso de

Graduação em Engenharia

Ambiental do Centro Universitário

Luterano de Manaus – CEULM-

ULBRA, como parte dos requisitos

para obtenção do grau de Bacharel

em Engenharia Ambiental.

Orientador: Profº. MSc. Alan dos Santos Ferreira

MANAUS

2017

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

S586a Silva, Valdilene Lima da.

Análise da gestão dos resíduos de vidro gerados no bairro de Praça 14 de janeiro, cidade

de Manaus- AM./ Valdilene Lima da Silva. – 2017.

74f. il

Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Ambiental) – Centro

Universitário Luterano de Manaus CEULM/ULBRA, Manaus, 2017.

Orientador Prof. Alan dos Santos Ferreira.

1. Reciclagem. 2. Resíduos vítreos. 3. Gestão de resíduos. I. Ferreira, Alan dos Santos. II.

Centro Universitário Luterano de Manaus - CEULM/ULBRA. III. Título.

CDU 504.05

1. Biblioteca Martinho Lutero / Setor de Processamento Técnico / Manaus – AM

Bibliotecária Kamile Nascimento CRB11 - 672

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RESUMO

Este trabalho teve como finalidade identificar a cadeia de geração do resíduo de vidro até sua

destinação final, tendo como alvo de interesse os atores responsáveis pela geração e descarte

de resíduos vítreos, observandoos estabelecimentos comerciais como lojas automotivas e

comércio em geral, situados dentro da área que abrange o Bairro da Praça 14 de Janeiro Zona

Central da Cidade de Manaus. Os dados foram coletados por meio análise espacial in loco

com o emprego de um receptor GPS Garmin 78s, que permitiu a coleta de coordenadas

geográficas para georreferenciar os pontos geradores e descarte final dos de resíduos de vidro.

Este trabalho ainda abordou, de forma sucinta, alguns estudos e tecnologias já existentes,

consolidadas no reaproveitamento de resíduos vítreos, citando o papel positivo da indústria

ceramista (cerâmica vermelha) como alternativas de reaproveitamento e destinação final dos

resíduos vítreos, citando ainda no âmbito do reaproveitamento, os exemplos de reutilização,

em trabalhos desenvolvidos no Centro Universitário Luterano de Manaus, no projeto Casa

Ecológica na obtenção de piso residencial, utilizando resíduos de vidro.

Palavras-chave: Reciclagem. Resíduos vítreos. Gestão de resíduos.

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ABSTRACT

The objective of this work was to identify the glass residue generation chain until its final

destination, with the interest of the actors responsible for the generation and disposal of

vitreous residues, observing commercial establishments such as automotive stores and general

commerce located within the area that covers the District of Praça 14 de Janeiro Central Zone

of the City of Manaus. The data were collected through spatial analysis in loco with the use of

a GPS receiver Garmin 78s, which allowed the collection of geographic coordinates to

georeferencing the generator points and final disposal of the waste glass. This work also

briefly addressed some studies and existing technologies, consolidated in the reuse of vitreous

waste, citing the positive role of the ceramics industry (red ceramics) as alternatives for reuse

and final disposal of vitreous residues, citing also in the scope of reuse , the examples of

reutilization, in works developed in the Lutheran University center of Manaus, in the

Ecological House project in the obtaining of residential floor, using glass residues.

Keywords: Recycling. Vitreous wastes. Waste Management.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Região Metropolitana de Manaus ........................................................................................ 27

Figura 2 – Ilustração da descoberta do vidro pelos Fenícios ................................................................ 29

Figura 3 – Vidro vulcânico (obsidianas) ............................................................................................... 30

Figura 4 – Ferramenta primitiva ............................................................................................................ 30

Figura 5 – Produção de vidro fabricação de vidro para janelas em 1800 .............................................. 31

Figura 6 – Ilustração da fabricação de vidro plano utilizando rolo ....................................................... 32

Figura 7 – Vidro com desempenho balístico ......................................................................................... 35

Figura 8 – Vidro temperado .................................................................................................................. 35

Figura 9 – Vitrocerâmica frio e quente ao mesmo tempo ..................................................................... 36

Figura 10 – Fibra ótica .......................................................................................................................... 37

Figura 11 – Ciclo de reciclagem do vidro etapas .................................................................................. 40

Figura 12 – Tipos recicláveis em geral embalagens de vidro ............................................................... 41

Figura 13 – Tipos de vidros não reciclaveis .......................................................................................... 41

Figura 14 – Casa Ecológica ULBRA-Manaus ...................................................................................... 45

Figura 15 – Modelo de granito verde com resíduo de vidro plano ....................................................... 46

Figura 16 – Modelo de tijolo ecologico PET e Granito verde com resíduo de vidro ............................ 46

Figura 17- Mapa da aréa de abrangência do trabalho delimitado pela linha vermelha ......................... 48

Figura 18 – Receptor GPS Modelo Garmin 78s.................................................................................... 56

Figura 19 – Notebook usado no trabalho .............................................................................................. 57

Figura 20 – Máquina Fotográfica .......................................................................................................... 57

Figura 21 – Fluxograma de ações do projeto ........................................................................................ 58

Figura 22 – Lixeira viciada descarte de lâmpadas e espelhos ............................................................... 67

Figura 23 – Diversidade de resíduos ..................................................................................................... 67

Figura 24 – Fogão abandonado próximo a via de trânsito intenso ........................................................ 67

Figura 25 – Lixeira próximo a drenagem .............................................................................................. 68

Figura 26 – Terreno baldio, variedades garrafas pet e vidro ................................................................. 68

Figura 27 – Parabrisa destinado ao descarte, armazenado em calçada com inclinação. ....................... 69

Figura 28 – Momento da deposição ...................................................................................................... 69

Figura 29 – Forma de armazenamento .................................................................................................. 70

Figura 30 – Mapa Georeferenciado do Bairro da Praça 14 cidade de Manaus-Am .............................. 71

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Produção média de vidro Brasil ......................................................................................... 39

Quadro 2 – Estabelecomentos comerciais Pizzaria ............................................................................... 60

Quadro 3 – Estabelecimento comercial Restaurante ............................................................................. 60

Quadro 4 – Lanches e similares ............................................................................................................ 62

Quadro 5 – Loja de Luminárias ............................................................................................................. 62

Quadro 6 – Oficinas mecanicas, loja de manutenção de retrovisores e similares ................................. 63

Quadro 7 – Bar, padaria, lojas de coveniência e similares .................................................................... 64

Quadro 8 – Lixeiras víciadas, terreno baldio, lixeiras comuns e similares ........................................... 65

Quadro 9 – Lojas de parabrisas ............................................................................................................. 68

Quadro 10 – Mercadinho, pousada, hotel, supermercado e buffet ........................................................ 70

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Quantidades de município por região que realizam coleta seletiva ..................................... 19

Tabela 2 – Resultado preliminar PLAMSAM - 2012 ........................................................................... 24

Tabela 3 – Famílias vítreas e aplicações ............................................................................................... 34

Tabela 4 – Tipos de vidros reciclaveis e não reciclaveis ...................................................................... 40

Tabela 5 – Códigos dos pontos de coleta de dados ............................................................................... 49

Tabela 6 – Descrição dos códigos ......................................................................................................... 54

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEULM Centro Universitário Luterano de Manaus

PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos

ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais

ABIVIDRO Associação Técnica Brasileira das Indústrias RSU Residuo Sólido Urbano

IBGE Instituto Brasileiro de geográfia e Estatística

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica

APP Areas de preservação permanente

AAM Associação Amazonense de Municípios

SDS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas

IPAAM Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas

PLAMSAN Programa de Apoio à Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento e de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos dos Municípios do Estado do Amazonas

FUNASA Fundação Nacional de Saúde

PERS-AM Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Amazonas

RMM Região Metropolitana de Manaus

PRSCS-RMM Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus

CEULM Centro Universitário Luterano de Manaus

P_C_Pizzaria Ponto de coleta Pizzaria

P_D_C Ponto de coleta descarte incorreto (consercionária de veículos)

P_C_L_L Ponto de coleta loja de luminária

P_C_L_R Ponto de coleta loja de manutenção de retrovisores

P_C_Of.Mec Ponto de coleta oficina mecânica

P_C_L_Peças Ponto de coleta lojas de peças e serviços de som automotivo

P_C_L_L Ponto de coleta loja de luminária

P_C_L_R Ponto de coleta loja de manutenção de retrovisores

P_C_L_L Ponto de coleta loja de luminária

P_C_L_L Ponto de coleta loja de luminária

P_C_Bar e Merc Ponto de coleta bar e mercearia

P_C_T_B Ponto de coleta terreno baldio lixos diversos

P_C_Bar Ponto de coleta bar

P_C_Bar Ponto de coleta bar

P_C_Rest Ponto de coleta restaurante

P_C_Rest Ponto de coleta restaurante

P_C_Lanche Ponto de coleta lanche

P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia posto de gasolina

P_C_Padaria Ponto de coleta padaria

P_C_Pizzaria Ponto de coeta pizzaria

P_C_Mant.Celul Ponto de coleta manutenção de celulares

P_C_Lanche Ponto de coleta lanche

P_C_Lanche Ponto de coleta lanche

P_C_Rest Ponto de coleta restaurante

P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia posto de gasolina

P_C_Mercadinho Ponto de controle mercadinho

P_C_Rest Ponto de controle restaurante

P_C_Pousada Ponto de controle pousada

P_C_Rest Ponto de controle restaurante

P_C_L_Conveniência Ponto de controle loja de conveniencia + Lanchonete

P_C_Rest Ponto de controle restaurante

P_C_S_mercado Ponto de controle super mercado

P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia posto de gasolina

P_C_padaria Ponto de controle padaria

P_C_L_L Ponto de controle loja de luminaria

P_C_Rest Ponto de coleta restaurante

P_C_LX_C Ponto de controle lixeira comum

P_C_L_Auto Ponto de controle loja de autos

P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada

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P_C_Bar Ponto de coleta bar

P_C_L_Parabrisa Ponto de coleta loja de parabrisas (paga pra descarta )

P_C_padaria Ponto de coleta padaria

P_C_Rest Ponto de controle restaurante

P_C_Padaria Ponto de controle padaria

P_C_Lanche Ponto de controle lanche

P_C_Lanche Ponto de controle lanche

P_C_Lanche Ponto de controle lanche

P_C_Rest Ponto de controle restaurante

P_C_BUFFET Ponto de controle buffet

P_C_Rest Ponto de controle restaurante

P_C_Bar Ponto de controle bar

P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada

P_C_Rest Ponto de controle restaurante

P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada

P_C_Lanche Ponto de controle lanche

P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada terreno baldio

P_C_Rest Ponto de controle restaurante

P_C_Distribuidora Ponto de controle distribuidora

P_C_Bar Ponto de controle bar

P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada

P_C_L_Parabrisa Ponto de controle loja de para brisa

P_C_lanche Ponto de controle lanche

P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

P_C_Restaurante Ponto de controle restaurante

P_C_Pizzaria Ponto de controle pizzaria

P_C_padaria Ponto de controle padaria

P_C_Mercadinho Ponto de controle mercadinho

P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia

P_C_Bar Ponto de coleta bar

P_C_Bar Ponto de coleta bar

P_C_L_R Ponto de coleta loja de manutenção de retrovisores

P_C_Bar Ponto de controle bar

P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia

P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 16

1. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 18

1.1 PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL ................................... 18

1.2 CONCEITO DE RESÍDUO SÓLIDO ................................................................... 20

1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................ 21

1.4 GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................ 22

1.5 GESTÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS NO AMAZONAS .................................... 23

1.6 PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO AMAZONAS ................. 24

1.7 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO AMAZONAS (PERS-AM/2017) ...... 25

1.8 PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE COLETA SELETIVA DA REGIÃO

METROPOLITANA DE MANAUS PRSCS-RMM ............................................................... 26

1.9 VIDRO BREVE HISTÓRICO .............................................................................. 28

1.10 O VIDRO NO BRASIL ......................................................................................... 32

1.11 APLICAÇÃO DO VIDRO .................................................................................... 33

1.12 RECICLAGEM DO VÍDRO NO BRASIL .......................................................... 37

1.13 MERCADO DA RECICLAGEM ......................................................................... 39

1.14 TIPOS DE VIDROS RECICLAVÉIS E NÃO RECICLÁVEIS ........................... 39

1.15 A INDUSTRIA DA CERÂMICA ......................................................................... 42

1.15.1 O USO DE RESÍDUOS VÍTREOS NA INDUSTRIA CERÂMICA ................... 43

1.16 PROJETO CASA ECOLÓGICA PISO COM RESÍDUOS DE VIDRO PLANO 45

2. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 47

2.1. MATERIAIS.......................................................................................................... 47

2.2. METODOLOGIA .................................................................................................. 58

3. RESULTADOS ..................................................................................................... 60

4. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 72

5. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 73

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16

INTRODUÇÃO

Este trabalho aborda o tema dos resíduos vítreos, em uma análise da gestão dos

resíduos de vidro gerados nos Bairros Praça 14 de Janeiro na cidade de Manaus, buscando

responder o que vêm sendo feito na gestão dos resíduos vítreos gerados nessa localidade, nos

âmbitos da reciclagem, reaproveitamento, descarte e destinação final, tendo como referência,

o que preconiza a Lei 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O objetivo geral dessa proposta, foi entender toda a cadeia de geração e descarte dos

resíduos vítreos no local delimitado para a pesquisa. Para tal, foram desenvolvidos os

objetivos específicos de identificação dos principais atores de geração e descarte de resíduos

vítreos na localidade da pesquisa, a coleta de dados por meio análise espacial in loco e

também, a coleta de coordenadas geográficas para elaboração de mapa georreferenciado dos

pontos geradores de resíduos de vidro e descarte final dos mesmos.

Este trabalho avaliou o papel do poder público na gestão dessa classe de resíduo,

confrontando com o que preconiza a Lei 12.305/2010, nos âmbitos da reciclagem, logística

reversa e destinação final, avaliação também estendida, ao grupo das empresas

concessionárias do serviço de limpeza pública, no âmbito da destinação final dos resíduos

inertes, em especial o vidro.

Segundo a Abrelpe (2010) nos últimos anos, o crescimento econômico no Brasil,

permitiu mudanças consideráveis nos níveis de renda e poder de compra da população,

resultando dentre outros fenômenos sociais, uma aceleração na geração de resíduos sólidos.

Em 2010 por exemplo, a geração foi de 61 milhões de toneladas, com um aumento de 6,8%

em relação ao ano de 2009, dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública

e Resíduos Especiais.Traduzindo esses valores, cada brasileiro produziu sozinho

aproximadamente 378 kg/ano de lixo, ou seja, 1,035kg/dia, apontando para uma realidade no

mínimo preocupante, haja vista, sua relação direta com o crescimento populacional nos

grandes centros urbanos. No centro dessa problemática está a destinação final de resíduos

sólidos, que segundo a própria Abrelpe do total de lixo produzido no Brasil nesse período,

pelo menos 10,98% não foi coletado; ou seja, 6,7 milhões de toneladas encontram-se

dispersas de forma inadequada no meio ambiente (ABRELPE,2010).

O fato mais preocupante, é que existe toda uma legislação para orientar as ações na

gestão resíduos urbanos. Entretanto a realidade se contrapõe a Lei, estima-se que do total de

resíduos gerados no Brasil, um montante de 23 milhões de toneladas não teve destinação

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adequada, ou seja, em sua maioria, foram dispostos sem nenhum tratamento em “lixões”,

vazadouros, mananciais de água, aterros controlados dentre outros locais impróprios.

Neste contexto, a reciclagem surge como uma das alternativas possíveis na gestão de

resíduos sólidos urbanos, mas que deve ser vista como uma alternativa, ou seja, um elemento

dentro do conjunto de atividades integradas no gerenciamento dos resíduos, não compondo

portanto, a principal "solução" para o lixo, já que nem todos os materiais tem sua reciclagem

ou reaproveitamento garantidos, devido a implicações técnicas ou econômicas. Por isso, é

imprescindível a execução do instrumento da coleta seletiva, pois por meio desse método, os

resíduos possíveis de serem reciclados podem ser previamente separados na fonte geradora ou

ser simplesmente, tratados e transportados para o descarte correto e em local apropriado

(ABIVIDRO, 2010).

Dentre os vários materiais de interesse da reciclagem e ou reaproveitamento, o foco

deste trabalho é o vidro, um dos materiais mais versáteis já descoberto pelo homem moderno,

é um material 100% reciclável, o que já se mostra argumento suficiente para as prática

sustentáveis na gestão desse resíduo em particular. Entretanto, menos da metade 45% dos

resíduos vítreos gerados no país são de fato reciclados. Logo, é imperativo entender a

dinâmica de geração e descarte desse tipo de resíduo, e por meio desse entendimento,

encontrar soluções técnicas para incentivar a reciclagem e a reutilização (ABIVIDRO, 2010).

Para esse trabalho, o local elencado para a pesquisa é o Bairro da Praça 14 de Janeiro,

escolhidos por se tratar de local tido como consolidado, ou seja, sem nenhuma mudança

significativa na rotina de geração e descarte de resíduos sólidos, e também por ser um dos

bairros mais antigos da cidade de Manaus, onde o comércio e outras atividades relacionadas

com a geração e o descarte dos resíduos vítreos no meio ambiente já formalizaram os pontos

cativos de lixeiras viciadas, eleito pela população como as melhores opções de descarte de

resíduos em ambiente urbano.

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1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL

A geração de Residuo Sólido Urbano (RSU) no Brasil revelam um total anual

aproximadamente em 2015 ficou em 78,3 milhões de toneladas, que em relação a 2016 que

foi de aproximadamente 71,3 milhões de toneladas, ou seja, um decréscimo de 2%, conforme

Gráfico 1, com um índice de cobertura de coleta de 91% no país, representando um avanço

pequeno mas significativo na redução da geração de RSU (ABRELPE, 2016).

Grafico 1 – De geração de RSU no Brasil 2015-2016

Fonte: ABRELPE e IBGE, 2016.

Quanto a coleta de RSU no país apresentou índices negativos condizentes com a queda

na geração de RSU, comparação com o ano de 2015, conforme Gráfico 2.

Gráfico 2 – Coleta RSU no Brasil 2015- 2016

Fonte: ABRELPE e IBGE, 2016.

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No seguimento da coleta seletiva segundo a Abrelpe projetar que 3.878 municípios

apresentam alguma iniciativa de coleta seletiva, mas muitos dos municípios ainda não fazem

esse tipo de serviço na totalidade de sua área urbana. Os dados a seguir no Gráfico 3

mostram os resultados obtidos para o Brasil em 2016 em relação a 2015.

Grafico 3 – Municípios que realizam coleta seletiva em seu terrítorio

Fonte: ABRELPE e IBGE, 2016.

Na Tabela 1 é mostrado a quantidade de município com propostas de coleta seletiva

conforme ABRELPE e IBGE.

Tabela 1 – Quantidades de município por região que realizam coleta seletiva

Fonte: ABRELPE e IBGE, 2016.

A disposição final dos RSU coletados apresentou uma piora se comparado ao índice

do ano anterior, de 58,7%, para 58,4%, com 41,7 milhões de toneladas destinadas para

aterros sanitários. A disposição inadequada continuou sendo praticada por 3.331 municípios

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brasileiros, com o envio de mais de 29,7 milhões de toneladas de resíduos distribuídos entre

aterros controlados, lixões sanitários sem estrutura mínima necessários para proteção do meio

ambiente. o que corresponde a 41,6% do RSU coletado em 2016, para lixões ou aterros

controlados.Em 2016 nos serviços de limpeza urbana no Brasil foram gastosem média, de

cerca de R$9,92 por habitante/mês, com queda de 0,7% em relação a 2015 (ABRELPE,

2016).

1.2 CONCEITO DE RESÍDUO SÓLIDO

Segundo Ornelas (2011) é grande o número de definições para resíduos sólidos é

grande, esse fato se relacionada às diferentes abordagens do termo lixo, resíduo sólidos e

rejeito. O primeiro termo está relacionado a questão de ordem social e econômica, e o

segundo está ligado a questões técnicas quanto a origem, composição e disposição . Já a Lei

nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS), define o termo rejeito, como:

Resíduos sólidos que, depois de esgotados todas as possibilidades de tratamento e

recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não

apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada

(BRASIL, 2010).

Para Lima (2005) e qualquer resíduo que resulte das atividades diárias do homem na

sociedade. Estes resíduos compõem-se basicamente de sobras de alimentos, papeis, papelões,

plásticos, trapos, couro, madeira, latas, vidros,c lamas, gases, vapores, poeiras,

detergentes, e outras substâncias descartadas no meio ambiente. Na mesma linha a ABNT –

Associação Brasileira de Normas Técnicas, através da ABNT 10.004:2004 – Resíduos

Sólidos – conceitua resíduo como:

Resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que resultam de atividades da

comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola,

de serviços e de varrição. Ficam incluídos também nesta definição os lodos

provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em

equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados

líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede

pública de esgotos ou corpos de água (ABNT, 2004).

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21

Segundo Massukado (2014), “no âmbito da gestão dos resíduos sólidos, a

classificação é fundamental, pois permite ao gerador do resíduo identificar com facilidade o

seu potencial de risco”, além de identificar as melhores alternativas de tratamento e

disposição final. Dentro da política de gestão dos resíduos sólidos estão incluídos controle,

produção, armazenamento, recolhimento, transferência e transporte, processamento,

tratamento e destino final dos resíduos sólidos, ou seja, todos os produtos e subprodutos em

sua fase final do sistema econômico, tanto ao que se refere ao lixo convencional quanto ao

lixo considerado tóxico.

1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Quanto à classificação dos resíduos, é obedecido o que consta na NBR 10.004:2014.

Esta norma trata da classificação dos rejeitos de uma forma ampla dividindose nas Seguintes

classes:

Classe I ou perigosos: são aqueles que em função de suas características

intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade ou patogenicidade,

podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente;

Classe II ou não inertes: são aqueles que podem apresentar

características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com

possibilidade de apresentar riscos à saúde e ao meio ambiente, não se

enquadrando nas classificações de resíduos de classe I ou classe III;

Classe III ou inertes: são aqueles que não se decompõem no solo, não

oferecem riscos à saúde e que não apresentam constituintes solúveis em

água em concentrações superiores aos padrões de portabilidade (ABNT,

2004). Sob uma forma específica e usual de gerenciamento de lixo, é mais

prático e didático classificá-lo sobre o compromisso empresarial para a

reciclagem, que vem sendo adotada na Políticas Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS, 2010), em seu Art. 13 como:

Lixo Domiciliar: aquele originado na vida diária das residências, constituído

por restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas e

embalagens, papel higiênico e fraldas descartáveis e ainda uma infinidades

de itens domésticos.

Lixo Comercial: aquele originado nos estabelecimentos comerciais e de

serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes, etc.

O lixo destes estabelecimentos tem um forte componente de papel, plástico,

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embalagens diverso, material de asseio tais como papéis-toalha, papel

higiênico.

Lixo Público: são aqueles originados dos serviços de limpeza pública

urbana, incluídos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de

praias, de galerias, córregos e terrenos baldios, podas de árvores, etc.

Inclui-se ainda a limpeza de locais de feiras livres ou eventos públicos.

Lixo Hospitalar: constituem os resíduos sépticos os que contêm ou

potencialmente podem conter germes patogênicos. São produzidos em

serviços de saúde, tais como: hospitais, clínicas veterinárias, laboratórios,

farmácias, postos de saúde, etc. Este lixo é constituído de agulhas,

seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, animais

usados em teste, sangue coagulado, remédios, luvas descartáveis, filmes

radiológicos, entre outros.

Lixo Especial: são o lixo encontrado em portos, aeroportos, terminais

rodoviários ou ferroviários. Constituem os resíduos sépticos, que podem

conter agentes patogênicos oriundos de um quadro de endemia de outro

lugar, cidade, estado ou país. Estes resíduos são constituídos por material

de higiene e asseio pessoal, restos de alimentação e outros.

1.4 GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Segundo Grippi (2006) “O gerenciamento integrado do lixo municipal deve começar

pelo conhecimento de todas as características desse lixo, pois vários fatores podem influenciar

neste aspecto”, tais como: número de habitantes no município; poder aquisitivo da população;

condições climáticas predominantes; hábitos e costumes da população e o nível educacional.

Há ainda que se levar em consideração as estimativas per capta no município, visando

planejamento adequado das atividades de coleta entre outros controles.

De acordo com a Lei nº1411/2010 do Município de Manaus no art. 8 no âmbito do

sistema de limpeza urbana, são considerados usuários:

I. O munícipe-usuário, entendido como a pessoa física ou jurídica que gerar

resíduos ou auferir proveito decorrente da prestação dos serviços de

limpezaurbana;

II. A pessoa jurídica responsável pela coleta, remoção e triagem de

resíduos, em relação aos operadores de tratamento e destinação final;

III. A Prefeitura Municipal de Manaus, representando a coletividade ou parte

dela (MANAUS, 2013).

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Quanto a disposição final, o autor ainda relata que 80% do lixo urbano no Brasil

ocorremos em lixão a céu aberto, 13 % em aterros controlados; 5% em aterros sanitários; 1%

usina de reciclagem e dessas 0,9% são usinas de compostagem e 0,1% usina de incineração.

No Brasil, de cada 100 habitantes, 75 residem nas cidades com restante na zona rural.

O autor ainda acrescenta que o fenomeno de migração crescente da zona rural para as

grandes cidades contribue para o aumento das dificuldades no gerenciamento do lixo,

forçando as prefeituras a se adequarem constantemente para atender a crescente demanda

(GRIPPI, 2006).

1.5 GESTÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS NO AMAZONAS

Segundo Stroski (2011), em 2011, o Estado do Amazonas apresentava os 62

municípios do Estado na busca do alinhamento com a PNRS Lei 12.305, do total de

municipios nesse periodo 57 ainda não dispunham de locais adequados para disposição final

de RS fazendo uso de locais como vazadouros a céu aberto, com o restante 03 (Manaus,

Carauari e Tefé) usando aterros controlado e 02 (Coari e Maués) em processo de implantação

de seus aterros. Para o autor, os lixões do Estado caracterizam-se por estarem dispostos em

solos inadequados, sem a preparação exigida pelas normas técnicas da Associação Brasileira

de Normas Técnicas (ABNT) e muitos se encontram em áreas de preservação permanente

(APP), próximos a cursos d’água e áreas de várzea.

O mesmo autor, propõe que o ideal seria que os aterros sanitários pudessem apresentar

um horizonte mínimo de vida útil para 20 anos além de todos os equipamentos e

procedimentos necessários ao monitoramento e avaliação conforme as normatizações

pertinentes às unidades.

A realidade dos números do Amazonas acusaram na epoca para um panorama

desfavorável, mesmo o Estado sendo pioneiro no cenário nacional pós-promulgação da

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) a articular um programa para a elaboração de

Planos Municipais.

Em 17 de março de 2011 a Associação Amazonense de Municípios (AAM) em

parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do

Amazonas (SDS) e contanto com o apoio do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas

(IPAAM) assinou-se um termo de cooperação interinstitucional para o desenvolvimento de

um programa de apoio aos municípios na elaboração de seus respectivos planos municipais de

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gestão de RS, com lançamento oficial e assinatura na Assembleia Legislativa do Estado do

Amazonas (AAM, 2011).

Em 18 de Julho do mesmo ano foi lançado o Programa de Apoio à Elaboração dos

Planos Municipais de Saneamento e de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios

do Estado do Amazonas (PLAMSAN) que contou com R$ 1 milhão do Governo do Estado do

Amazonas e contrapartida de R$ 1,8 milhão dos 58 municípios que aderiram ao Programa.

Desta forma o PLAMSAN, através de sua equipe de técnicos em cooperação com os

colaboradores designados por cada municipalidade, desenvolveu o diagnóstico do saneamento

básico de 59 municipalidades, com Manaus (capital) e Juruá ficando de fora, juntamente

como o Município de Itamarati que desenvolve seu plano com apoio da Fundação Nacional de

Saúde (FUNASA, 2012) e (PLAMSAN, 2012).

Os resultados preliminares mostraram um panorama do saneamento básico no

Amazonas, com duas realidades distintas. Uma repassada sob a responsábilidades dos

municipios através do preenchimento dos formulários e outra que era aferida pelos técnicos

do próprio PLAMSAN, na Tabela 2 e apresentado as diferenças entre dados levantados.

Tabela 2 – Resultado preliminar PLAMSAM - 2012

Setores do Saneamento

Básico

% da avaliação com base nas

respostas dos municípios

% da Avaliação com base no

diagnóstico do PLAMSAN

Abastecimento de água 91 23

Esgotamento sanitário 38 2

Resíduos sólidos 84 28

Drenagem urbana 29 6

Fonte: Adaptada de Silva Junior, 2012.

1.6 PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO AMAZONAS

O Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Amazonas (PERS-AM) é um

documento recente com sua versão aprovada em setembro de 2017, Seguindo a determina a

Lei Federal n.º 12.305 em seu art. 17, inciso I, que orientou a realizaçãodo diagnóstico de

resíduos sólidos no Amazonas, onde identificou-se os principais fluxos de resíduos do Estado

e seus impactos socioeconômicos e ambientais. Durante o processo de levantamento primou-

se por bservar os ecossistemas existentes na Amazônia (terra-firme, área de várzea e igapó),

nas áreas rurais e urbanas, considrando ainda, o regime de subída e descida dos rios (cheias e

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vazantes) , além das tecnológicas empregadas no manejo dos resíduos no Estado do

Amazonas.

De acordo com (PERS-AM) identificou-se os potenciais para a regionalização da

gestão e do manejo dos resíduos, como fatores preliminares para a elaboração das proposições

do prognóstico com o detalhamento dos procedimentos para a elaboração do diagnóstico está

registrado nos Planos de Pesquisa e Desenvolvimento, de Comunicação Social e de

Mobilização Social do PERS (PERS-AM, 2017) .

1.7 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO AMAZONAS (PERS-AM/2017)

O PERS-AM/2017 foi elaborado tendo como base as informações dos diagnósticos

prevendo situações futuras, desse modo, o planejamento pode orientar objetivamente a

identificação e o dimensionamento, das previsões para implementação de alternativas de

intervenção, inclusive emergenciais e contingenciais no atendimento das demandas da

sociedade no que se refere a gestão de resíduos sólidos urbanos (BRASIL, 2012).

Os cenários previstos servirão de referencial para o planejamento das estratégias a

serem tomadas , refletindo as expectativas do crescimento populacional; intensidade de

geração de resíduos; mudança no perfil de resíduos; incorporação de novos procedimentos;

novas capacidades gerenciais, etc. (BRASIL, 2012). Os acordos setoriais para a logística

reversa, em vigor e em discussão, foram documentados, analisados e discutidos com os seus

respectivos responsáveis para a implementação no estado do Amazonas.

Para a construção dos cenários foi adotada a seguinte estratégia PERS-AM/2017:

Calcular as projeções populacionais;

Calcular as projeções para a geração das diferentes frações e do total dos

resíduos, considerando as mudanças tecnológicas futuras e o crescimento

da economia;

Mapear as vias e áreas mais favoráveis para o transporte e processamento

dos resíduos;

Análise das metas propostas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos;

Análise das metas dos acordos setoriais;

Análise das exigências da legislação existente;

Análise das metas municipais propostas pelo PLAMSAN;

Análise do Plano Plurianual do Estado do Amazonas;

Análise e proposição de fontes de custeio compatíveis com o prognóstico;

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Análise do estudo de correlação entre PIB/per capita/ geração de resíduos

(PERS-AM/2017).

O PERS-AM/2017 é um documento extenso aborda vários aspectos do gerenciamento e

políticas públicas voltadas para o gerenciamento dos RSU como:

Medidas do plano para os distintos tipos de resíduos (medodas e

estratégias);

Metas e Condicionantes;

Programas, Projetos e Ações Estruturantes;

Ações de emergência e contingências;

Ações de educação ambiental e capacitação;

Medidas para reutilização e reciclagem de resíduos sólidos;

Incentivos e apoio a formação e capacitação de Associação de

Catadores;

Monitoramento e gerenciamento o PERS-AM;

Sistema de informações sobre a gestão de resíduos sólidos;

Sustentabilidade financeira do PERS-AM;

Publicação e oficialização do plano estadual de resíduos sólidos entre

outros (PERS-AM/2017).

O PERS-AM/2017 na sua versão original é um documento de 733 páginas que busca

englobar todas as específicidades da gestão dos resíduos sólidos no Estado do Amazonas,

sabe-se que dada as características da região ainda podem impultar modificações e

adequações a partir da implementação das diretrizes do PLANO ESTADUAL DE

RESÍDUOS SÓLIDOS DO AMAZONAS, que passa a ser a grande aposta para

gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos no Estado.

1.8 PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE COLETA SELETIVA DA REGIÃO

METROPOLITANA DE MANAUS PRSCS-RMM

2.

A Região Metropolitana de Manaus (RMM) foi criada pela Lei Complementar

Estadual n.o 52, de 30 de maio de 2007. Inicialmente, foi formada pela união de sete

municípios: Manaus, Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão,

Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva, sendo logo ampliada para oito, com a inclusão de

Manacapuru pela Lei Complementar n.o 59, de 27 de dezembro de 2007. Em 2009, a

iniciativa legislativa a ampliou para 13 municípios, incluindo Manaquiri, Autazes, Careiro

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Castanho, Silves e Itapiranga, por meio da Lei Complementar Promulgada n.o 64, de 30 de

abril de 2009. Na Figura 1 RMM.

Figura 1 – Região Metropolitana de Manaus

Fonte: Ehnert, Alexandre Ricardo, 2011.

Pode-se dizer que Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região

Metropolitana de Manaus PRSCS-RMM, é uma derivação PERS-AM/2017, mas voltado para

atender os regimes específicos dos municipios que compõe a RMM, onde os municípios tem

em sua maioria ligação por estradas estaduais e no caso do Município de presidente

Figueiredo a Rodovia Federal 174, que pode favorecer a gestão dos resíduos sólidos entre os

municipio membros.

O PRSCS-RMM propõe de forma abrangente o gerenciamento e manejo dos resíduos

sólidos nesta Região Metropolitana, bem como a organização de informações relevantes para

um programa de coleta seletiva universalizada, prevendo o desenvolvimento futuro, e as

metas a serem alcançadas, bem como os recursos necessários para o pleno dsenvolvimento

das metas em cada etapa do período de implementação do Plano.

A partir do diagnóstico do O PRSCS-RMM foi possível compor as estratégias para o

futuro da coleta seletiva dentro da Região Metropolitana de Manaus, como nos seguintes

casos:

A construção do PLAMSAN, permitindo que o Amazonas seja o estado

brasileiro com a maior taxa de atendimento da determinação de elaboração

dos Planos Municipais de Saneamento Básico e de Resíduos Sólidos, o que

se reflete também nos municípios da RMM;

A colocação do tema “resíduos sólidos” na pauta da agenda estadual de

investimentos e com um ambiente institucional muito favorável para a

implementação dos ajustes necessários;

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A clara percepção da sociedade e dos gestores sobre as deficiências

existentes e sobre a necessidade de correções no ordenamento do manejo

dos resíduos sólidos. Dentre as muitas carências detectadas pelo

diagnóstico, tem-se as seguintes situações a serem enfrentadas:

Persistência do descarte em lixeiras e vazadouros, com exceção do

município de Manaus, que dispõe de um aterro licenciado;

Baixa taxa de cobertura dos serviços;

Baixas taxas de reuso e reciclagem, com ausência ou baixa taxa de

cobertura de serviços de coleta seletiva;

Pouco apoio aos grupos organizados de catadores de materiais

recicláveis;

Pequeno número de profissionais capacitados e integrados aos sistemas

municipais de limpeza urbana e manejo de resíduos;

Déficits crônicos no custeio das operações;

Falta de consolidação sistemática das informações sobre a atividade;

Falta de consolidação do marco legal e regulatório.

A elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região

Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM) representa mais um passo em uma jornada que

busca o ordenamento do manejo de resíduos e a implementação da Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS) no Estado. Este processo contempla as peculiaridades geográficas,

demográficas, sociais, culturais e econômicas desta região, que nem sempre correspondem

àquelas encontradas nas demais regiões do País, e que, portanto, exigem reflexões e

abordagens próprias para o equacionamento dessa questão global.

1.9 VIDRO BREVE HISTÓRICO

Muitos povos reivindicam a descoberta do vidro, mas os fenícios e os egípcios

destacam-se nessa disputa. Os fenícios contam que ao retornarem do Egito, montaram

acampamento em Sidom às margens do Rio Belus, onde foi desembarcado volumes grandes

de cargas composta por blocos de trona, que vem a ser, o carbonato de sódio na sua forma

natural, usado na época como componente no tingimento de lã. Na ação de acender uma

fogueira, usaram os pedaços de trona mais grossos para sustentar os utensílios de cozer os

alimentos, após a refeição, deitaram-se e adormeceram, mais cuidaram para manter o fogo

alimentado toda noite. Ao amanhecer, perceberam que no lugar dos blocos de trona haviam

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pedras brilhantes e transparentes, com aparência semelhantes a enormes pedras preciosas

(SALATA, 2008), conforme ilustração na Figua 2.

Figura 2 – Ilustração da descoberta do vidro pelos Fenícios

Fonte: Jornal do Vidro, 2013.

Os Fenícios conferiram o crédito da descoberta, a suas crenças mitológicas de que,

algum gênio desconhecido teria realizado aquele milagre, mas o sábio e chefe da expedição

chamado de Zelu, percebeu que, sob os blocos de trona também havia areia e a mesma

desaparecera durante a noite.

As fogueiras foram então reacesas e, durante a tarde, uma estranha forma de liquido

rubro e fumegante escorreu das cinzas. E antes que a areia incandescente se solidificasse, por

curiosidade Zelu tocou com uma faca no líquido estranho, o que lhe conferiu uma forma que

embora estranha, foi descrita como maravilhosa, causando aos olhos dos mercadores fenícios

fascínio pela descoberta, o que resultou no descobrimento do vidro e consequentemente o seu

uso como um dos elementos mais conhecidos pelo homem moderno, esta versão, consta nas

narrativas do historiador latino Plínio que viveu de 23 a 79 d.C (SALATA, 2008).

No entendimento de Verçoza (2000) o uso do vidro pelo homem, teve início na Idade

Média, com o povos primitivos fazendo uso das obsidianas, uma forma de vidro natural que

servia de base para construção de ferramentas primitivas como pontas de lança, flechas e

facas rudimentares. Existem outros relatos sobre o conhecimento humano sobre o vidro,

descobertos em túmulos antigos, onde os artefatos encontrados remontam ao período de 4000

a.C, conforme Figura 3 e 4.

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Figura 3 – Vidro vulcânico (obsidianas)

Fonte: Jornal do Vidro, 2013.

Figura 4 – Ferramenta primitiva

Fonte: Jornal do Vidro, 2013.

Até o ano de 1500 a.C, o vidro tinha pouca utilidade prática e era empregado

principalmente como adorno decorativos. A partir desta época os egípcios iniciaram métodos

de produção do vidro na elaboração de recipientes, o que consistia em fazer a partir do vidro

fundido filetes que em seguida, eram enrolados na forma de espiral em moldes de argila.

Quando o vidro esfriava, tirava-se a argila do interior e com esse processo obtinham-se

frascos rudimentares, acessível somente aos muito ricos da época devido a complexibilidade

do processo de fabricação (VERÇOZA, 2000).

Por volta de 300 a.C., descobriu-se que o sopro permitia a determinação de inúmeros

formatos ao vidro, essa técnica surpreendente consistia, em colher uma pequena porção do

material vítreo em fusão, usando a ponta de um tubo e soprando através do tubo até a outra

extremidade, produzindo uma bolha no interior da massa de vidro, que passaria a ser a parte

interna da embalagem. A partir do melhoramento dessa técnica, a obtenção do vidro em

diferentes formas ficou mais fácil. Para se ter idéia da importância do sopro para modelagem

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do vidro, basta dizer que ainda hoje, mais de 2000 anos depois, se utiliza o princípio do sopro

para moldar embalagens de vidro (VERÇOZA, 2000). Na Figura 5 é mostrada a técnica de

sopro na fabricação do vidro.

Figura 5 – Produção de vidro fabricação de vidro para janelas em 1800

Fonte: Ventura Vidros, 2015.

A técnica do sopro também permitiu a produção de vidro plano, mediante expansão da

bolha de ar, o que consistia em cortar o fundo da massa, ainda mole de vidro, deixando a parte

presa no tubo em movimentos suaves de rotação, com esse processo obtinha-se, um disco de

vidro plano, que era utilizado para fazer vidraças e vitrais(LINO, 2011).

Por volta do ano de 1200 da nossa era, os vidreiros representavam os interesses de

muitas nações, com o desenvolvimento de novas técnicas passando a ser segredos de estado, o

que resultou na segregação desse artífice do resto da população. Muitas nações os confinavam

em ilhas, a exemplo de Murano na Itália, que para manter os conhecimentos sobre o vidro

protegidos mantinham os artífices confinados na ilha. Nesse período foi desenvolvido a

técnica da produção do vidro claro e transparente que foi denominado de “cristallo”, por ter a

transparência de um cristal. A partir deste vidro claro e límpido puderam ser criadas lentes, e

com elas serem inventados os binóculos por volta de 1590 e os telescópios em 1611, com os

quais pode-se começar a observar os segredos do universo. Também nesta época, graças a

produção dos recipientes especiais, surgiu os termômetros de laboratório, permitindo um salto

no desenvolvimento da Química (VERÇOZA, 2000).

Em 1665, durante o reinado de Luís XIV, foi fundada na França a companhia que

viria a ser a Saint Gobain, com a finalidade de produzir vidros para espelhos, eliminando

assim, a dependência direta da produção de vidro veneziano. No início utilizou-se a

tecnologia veneziana de sopro em grande escala, mas a partir de 1685, através de um método

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novo, que consiste na deposição da massa líquida de vidro sobre uma grande mesa metálica

conforme Figura 6, que em seguida era achatada por meio de um rolo, conseguiram produzir

vidros planos, que após inúmeros polimentos conseguia-se espelhos de superfícies irregulares

(LINO, 2011).

Figura 6 – Ilustração da fabricação de vidro plano utilizando rolo

Fonte: Iguatemi, 2016.

Em 1880, se inicia a produção mecânica de garrafas e em 1900, tem início a produção

de vidro plano contínuo, através de estiramento da folha na vertical e em 1952, é inventado o

processo float, utilizado até hoje, em que o vidro fundido é escorrido sobre um banho de

estanho líquido e sobre este se solidifica (LINO, 2011).

Muitas outras aplicações surgiram para o vidro, as fibras de vidro por exemplo, que

servem para isolamento térmico e acústico, como para reforço de outros materiais. As fibras

óticas que substituem com enormes vantagens, os tradicionais cabos de cobre e alumínio

utilizados em comunicações, lâmpadas, isoladores, etc.(VERÇOZA, 2000).

A evolução da indústria do vidro é marcada por fatos que, embora analisados sob os

conhecimentos de hoje pareçam simples e rudimentares, são na verdade repletos de

criatividade e inventividade do engenho humano.

1.10 O VIDRO NO BRASIL

Deve-se aos holandeses a entrada do vidro e o surgimento da indústria vidreira no

Brasil, por volta de (1624 e 1635), nas cidades de Olinda e Recife (PE), onde foi instalada a

primeira oficina de produção de vidro, fundada por quatro artesões que acompanhavam o

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príncipe Maurício de Nassau, e onde se fabricava somente, vidros para janelas e vidrarias de

uso doméstico, como copos e frascos (VERÇOZA, 2000).

No período do Brasil colonial, o vidro passou despercebido na paisagem das

construções rústicas e no cotidiano das pessoas modestas dessa época, tendo seu uso tímido

em utensílios domésticos. As casas rústicas desse período, limitavam suas fachadas com

portas e janelas de madeira, um material de construção abundantes nesse período.

Segundo Verçoza (2000) o vidro como material de construção, só apareceria nas

janelas volta do século XVII e XVIII, como artigo de luxo exclusivo de construções “nobres”,

igrejas e palácios, e em cidades tidas como prósperas e mais importantes ligadas à política e a

economia da colônia.

O mesmo autor cita um fato curioso da época ocorrido em 1811, mudaria para sempre

o emprego do vidro nas construções coloniais. O principe regente D.João, baixou um decreto

obrigando todos os moradores a substituir os adornos de madeiras nobre, tradicionais desse

período “ rótulas e moçárabes de origem mourisca”, por janelas envidraçadas dando um ar de

modernidade e alegria as casas, decreto oportuno, preparando o povoado para a recepção da

Corte Portuguesa vinda da Europa (VERÇOZA, 2000).

Esse fato, tornou-se lentamente hábito da população, interferindo na paisagem

brasileira paulatinamente, pois o vidro na época, era artigo de luxo extremo e muito caro, uma

vez que era importado de Portugal, tendo sua logística muito penosa, o que tornava a entrega

da mercadoria sem avarias uma missão quase impossível.

Já no século XX, a indústria brasileira teve um salto evolutivo com a introdução de

fornos contínuos, com recuperação de calor e equipamentos parcialmente automáticos e

também, totalmente automatizados para produção de vidro em escala. Nesse período

surgiram, grandes corporações que perduram até os dias atuais dominando a produção

nacional (VERÇOZA, 2000).

1.11 APLICAÇÃO DO VIDRO

É impossível, em um simples olhar na paisagem urbana não notar que vários objetos

de nosso cotidiano, são fabricados com vidro, esse incrível e versatil material está distribuído

na maioria das casas em janelas, lâmpadas, lustres, espelhos, objetos de decoração, utensílios

de cozinha e etc.. Essa análise simplista dar a dimensão exata da importância dos vidros na

sociedade moderna.

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O vidro é tido como um material transparente, geralmente brilhante, quebrável com

facilidade, o que também, nos remete a pensar que todos os vidros têm a mesma composição

química, ou seja, são feitos dos mesmos materiais, mas esse pensamento, obviamente não

traduz a ciência por trás da fabricação do vidro.As propriedades químicas de composição dos

variados tipos de vidros, determinam sua aplicação. Assim, é muito comum a descrição das

seis mais importantes famílias vítreas à base de sílica e algumas aplicações conforme Tabela

3.

A combinação dos parâmetros químicos, permitem que os vidros apresentem as mais

diferentes propriedades, por exemplo: características ópticas, condutoras, isolantes, resistência

mecânica e térmica, propriedades de absorção de radiações de alta energia, propriedades

ionizantes e resistência a ataques químicos, dentre outras, permite o uso do vidro nos mais

variados propósitos.

Tabela 3 – Famílias vítreas e aplicações

Famílias vítreas Principais aplicações

“Soda”-silicato Usado em agentes complexantes em detergentes sintéticos e em banhos de limpeza para

metais.

“Soda-lime” silicato Invólucros de lâmpadas incandescentes, garrafas, janelas, isolantes elétricos, blocos de vidro

para construção, embalagens de alimentos e fármacos etc.

Borosilicato Instrumentos de laboratório (béquers, pipetas, buretas, kitassatos, dessecadores, tubos de

ensaio).

Aluminosilicato

Fibras de vidro (reforço de plásticos e concreto), isolamento com fibras de vidro resistentes

à hidrólise (decomposição pela água), lã de vidro (isolante térmico), fabricação de filtros,

roupas e cortinas a prova de fogo, tampos de fogões, invólucros de lâmpadas de mercúrio de

alta pressão, vidros do tipo opalina (contém 5,3% de fluoretos e apresentam aspecto leitoso)

usados.

como louças e objetos de decoração e para visualizar chapas de raios-X.

Silicato de chumbo

Comumente chamado “cristal”, é utilizado em jogos de utensílios de mesa e em peças

artísticas, devido à facilidade para gravação e polimento; também empregado na fabricação

de instrumentos ópticos (lentes, prismas), tubos de TV, anteparos para blindagem de

radiação γ e como vidro para solda.

Alta Sílica

Vidros que apresentam um teor de SiO superior a 96% e que, devido a sua elevada

resistência química e térmica (fundem em torno de 2000°C), são utilizados em equipamentos

especiais de laboratório, cadinhos, recipientes para reações a altas temperaturas, invólucros

para lâmpadas de altas temperaturas e pré-formas para fibras ópticas.

Fonte: Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, 2001.

Quanto às aplicações desse material versátil, destacam-se os vidros de segurança, as

vitrocerâmicas e as fibras ópticas, todos desenvolvidos nos últimos 30 anos. Dentre os vidros

de segurança, destaca-se o vidro laminado, à prova de bala e o vidro temperado.

O vidro laminado é constituído como um verdadeiro “sanduíche”, tendo camadas

alternadas de vidro plano e material polimérico (plástico). É usado normalmente em situações

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nas quais a quebra do vidro não pode dar origem a riscos de ferimentos graves, tendo como

característica principal, em situação de quebra, manter-se em pedaços (cacos), evitando

projeções de fragmentos em todas as direções. Esse tipo de vidro é usado, por exemplo, em

pára-brisas de automóveis.

No caso do vidro com desempenho balístico tem-se também, a mesma configuração do

vidro laminado, porém mais espersso, é constituído de camadas alternadas de vidro e material

polimérico. Alguns destes vidros podem absorver a energia de projéteis de grosso calibre,

mesmo a curtas distâncias. Essa configuração, tem sido utilizado em portas de bancos e na

composição da blindagem de automóveis particulares, empresas de transporte de valores e

para fins militares, na Figura 7 é mostrado um modelo de vidro com desempenho balístico.

Figura 7 – Vidro com desempenho balístico

Fonte: Georgios Fotopoulos, MDV Blindados, 2009.

O vidro temperado que diferentemente dos exemplos anteriores, é composto por peça

única. É preparado através de sucessivos tratamentos térmicos especiais (têmpera) tendo

como característica principal, o fato de, quando quebrado, sofrer um processo chamado de

“estilhaçamento”, produzindo pequenos fragmentos não cortantes, comumente usado em

portas de lojas, box para banheiros e portas de segurança, conforme Figura 8.

Figura 8 – Vidro temperado

Fonte:Georgios Fotopoulos, MDV Blindados, 2009.

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As vitrocerâmicas são materiais constituídos por duas fases uma vítrea e outra

cristalina. Na maioria dos casos não queremos que o vidro cristalize (devitrificação), mas no

caso das vitrocerâmicas, o crescimento cristalino (cristalização), é desejável e estimulado

deliberadamente, visando à obtenção de materiais com propriedades especiais e bem

definidas. Dentre tais propriedades, destaca-se o coeficiente de expansão térmica próximo de

zero, ou seja, o volume do vidro não sofre variação em uma ampla faixa de temperatura de

utilização, o que lhe confere a capacidade de resistir a choques térmicos extremos. Os

utensílios produzidos com esse tipo de vidro, podem ser retirados de um freezer e colocados

diretamente sobre uma chapa de aquecimento ou forno, o que facilita a utilização em uma

infinidade de aplicação conforme Figura 9.

Figura 9 – Vitrocerâmica frio e quente ao mesmo tempo

Fonte: Edgar Dutra Zanotto, 2013.

As fibras ópticas, por sua vez, são filamentos finos e flexíveis de vidro, com diâmetros

a ordem de alguns centésimos de milímetros que podem “conduzir” a luz. Esse

comportamento se verifica pelo fato de que o “núcleo” da fibra é constituído por um vidro

com elevado índice de refração (grandeza relacionada com a velocidade de propagação da luz

em um determinado meio), e a “casca”, o evolocro é formado por um vidro com índice de

refração baixo.

O desenvolvimento de fibras ópticas e lasers causou um impacto absolutamente sem

precedentes na sociedade moderna. A aplicação das fibras ópticas dá-se nos mais diferentes

campos: telecomunicações (redes de transmissão de dados, Internet); medicina de diagnóstico

(endoscopia); microscopia e iluminação de precisão; detecção e sensoriamento remoto; estudo

de fissuras em componentes estruturais (asas de avião), dentre outras. Na Figura 10

comparativo da fibra ótica e cabo de comunicação multifilamento.

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Figura 10 – Fibra ótica

Fonte: Enot- poloskum, 2010.

Dentre as novas possibilidades de usode sistemas laser-fibras ópticas, destacam-se as

aplicações em medicina para tratamento de câncer, tomografia, diagnóstico de lesões

cerebrais, cirurgia, análises clínicas, em análise química usa-se como sensores à fibra óptica

para controle de fármacos e alimentos , no meio ambiente são usados para sensoriamento e

análise de emissões industriais, dentre outras.

1.12 RECICLAGEM DO VÍDRO NO BRASIL

O fato da grande maioria da população não se preocupa com a geração de resíduos

sólidos, ou vê sua importância, ancorada na responsabilidade exclusiva do poder público, é

preocupante. A população sem grandes responsabilidades pelo que produz de resíduo, fica

livre para a manutenção diária de hábitos de consumo de produtos industrializados e produtos

de origem agrícola, sem a preocupação com o destino dos resíduos. O fato éque, a maioria dos

produtos que consumimos nos é fornecido em embalados plásticas ou recipientes diversos,

que os protegem de danos variados, e na aquisição do produto, a embalagem torna-se um

entulho de difícil destinação pós consumo. Pode-se até pensar uma reutilização da embalagem

fora da sua proposta original, mas que em um dado momento, terá que ser descartada

(ROSSETTO et al., 2009).

Então surge um grande problema na sociedade, vinculado diretamente aos hábitos de

consumo e ao crescimento populacional, seja nos grandes centro urbanos ou zonas rurais por

todo o país, o descarte de resíduos sólidos, o que faz da prática incorreta de descarte, um ato

importante de desrespeito com a sociedade e com o meio ambiente artíficial e natural.

Então o que fazer com os resíduos que geramos? Essa resposta, não é fácil de ser

respondida, pois o lixo que geramos diariamente, é caracterizado pela diversidade de sua

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composição, ou seja, são inúmeros formatos e tipos de materiais, misturados de tal forma,

que parece impossível a segregação, o que torna a simples remoção do lixo da porta das

residências e sua deposição em local de destinação apropriado ou não, uma tarefa monstruosa

e cara (ROSSETTO et al., 2009).

Na diversidade de materiais que compõe os resíduos sólidos urbanos, temos o vidro,

uma material de grande versatilidade, e que é usado em práticamente tudo que precisamos na

manutenção da vida moderna (ROSSETTO et al., 2009).

Segundo a Abividros (2013), o Brasil produz anualmente, uma média 890 mil

toneladas de vidro , usando cerca de 45% de material de vidro reciclado na forma de cacos,

parte do montante surge como refugo em fábricas, e a outra parte retorna por meio da coleta

seletiva.

O principal mercado para embalagens usadas de vidro, é formado pelas empresas

vidreiras, que compram o material de sucateiros ou diretamentes de suas campanhas de

reciclagem. Além de retornar para a produção de novas embalagens, os resíduos vítreos

podem ser reaproveitado na composição de asfalto para pavimentação de ruas e rodovias,

construção de sistemas de drenagens, produção de espuma e fibra de vidro, tintas reflexivas

entre outros destinos ambientalmente corretos.

Shachelford (2008) afirma que devido a facilidade de obtenção da materia prima para

fabricação do vidro, ou seja, o SiO (óxido de silício) está prontamente disponível em

depósitos de areia próximos aos locais de fabricação e com pureza adequada, permitem

acelerados processos de fabricação, o que leva a utilização em grande escala do vidro na

indústria, implicando nageração de grandes volumes de resíduos.

Nesse cenário deve-se ser crecente a pesquisa para desenvolver destinos viáveis a

esses resíduos, tornando a manufatura do vidro mais sustentável. Diferentemente de outros

materiais, o vidro possui um aproveitamento possível de 100% em sua reciclagem, ou seja,

uma quantidade de vidro descartado e posteriormente reciclado pode produzir essa mesma

quantidade de vidro novo, e com a mesma qualidade. Podendo favorecer uma economia de

energia de 4% e redução de 5% na liberação de CO2 na atmosfera, e isso com o uso de

somente 10% de caco de vidro reciclado na produção de vidro novo. No entanto, apesar

desse grande número de vantagens, segundo a Abividro (2008), o índice de reciclagem no

Brasil era de 47%, além de serem deficientes os pontos de reciclagem por todo o país. Isso

significa, que os resíduos não recilados ou reutilizados em outros processos, aumentam os

volumes de resíduos nos lixões e locais impróprios para essa destinação, e nos aterros

sanitários contribui para a diminuição do tempo de vida útil.

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1.13 MERCADO DA RECICLAGEM

O Brasil produz em média 890 mil toneladas de embalagens de vidro por ano, usando

cerca de 45% de materia prima reciclada na forma de cacos. Parte deles foi gerado como

refugo nas fábricas adquiridos por meio de coleta seletiva. No Gráfico 4 é demostrado a

quantidade média de vidro produzido no Brasil sem caco, e com caco.

Quadro 1 – Produção média de vidro Brasil

Fonte: Abividro, 2009.

1.14 TIPOS DE VIDROS RECICLAVÉIS E NÃO RECICLÁVEIS

Atualmente existem 3 tipos de reciclagem, que englobam o vidro automotivo, o plano

e o de embalagem. Para que os cacos de vidro possam ser reaproveitados através do processo

de reciclagem, é necessária a seleção de um material homogêneo para que possa ser

incorporado na fabricação de novos vidros.

O processo inicia-se com a separação do material, e então os cacos são levados a uma

máquina para trituração. Ocorre ainda uma lavagem para retirada de impurezas. Após seu

tratamento o resíduo torna-se matéria-prima para diferentes produções, podendo ser

reaproveitado na indústria vidreira, cujo resíduo entra na composição da mistura como

matéria-prima da mesma forma que a areia, barrilha, feldspato. A Figura 11 é representa o

ciclo de reciclagem do vidro.

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Figura 11 – Ciclo de reciclagem do vidro etapas

Fonte: Guia do vidro, 2011.

A também, cuidados para eliminar dos resíduos de vidro para reciclagem, restos

de terra, pedras, cerâmica e louças, contaminantes que se fundidos juntos com o vidro,

geram micropartículas que deixam as embalagens de vidro reciclado mais frágeis e

quebradiças, para outros contaminantes como o plástico e metais, são atribuídos os

mesmos impactos nas embalagens, além de poderem alterar a cor do vidro novo,

contribuindo também, para a diminuição do tempo de vida útil dos fornos de fundição. Na

tabela 4 é demostrado os tipos de vidro que podem ser reciclados e os tipos que não

podem ser reciclados. e nas Figuras 12 e 13 os exemplos dos tipos respectivos.

Tabela 4 – Tipos de vidros reciclaveis e não reciclaveis

Recicláveis Não recicláveis

garrafas de refrigerantes

garrafas de vinho

garrafas de cerveja não retornáveis

garrafas de sucos

garrafas de água

potes de condimentos

potes de produtos alimentícios

frascos de molhos

frascos de remédios

perfumes

produtos de limpeza

cacos de qualquer das embalagens acima

espelhos

vidros de janelas

box de banheiro

vidros de automóveis

cristal

lâmpadas

formas e travessas de vidro temperado

utensílios de mesa de vidro temperado

tubos de televisão

válvulas

ampolas

Fonte: Guia do vidro, 2011.

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Figura 12 – Tipos recicláveis em geral embalagens de vidro

Fonte: Guia do Vidro, 2011.

Figura 13 – Tipos de vidros não reciclaveis

Fonte: Expedição vida, 2014.

O motivo pelo qual os não reciclaveis não podem receber esse destino, é por devido ao

fato da composição dos mesmos que possuem outros elementos constituintes que dvem ser

tratados de forma diferenciada com técnicas já existentes (ABVIDROS, 2013).

Os vidros automotivos por exemplo, possuem em sua constituição resinas plásticas,

que são díficeis de remover. Os tubos de televisores e monitores de computador são de difício

reciclagem por serem constituidos de substâncias químicas tóxicas. Os vidros temperados se

reciclados podem comprometer a qualidade do produto final (vidro novo), os tornando mais

frágeis e quebradiços e por isso não são aplicados no processo de reciclagem, já os espelhos

possuem uma camada fina que pode ser composta de prata, estanhos e aluminio, que permite

o reflexo, esses materiais não são díficeis de serem separados do vidro de forma efeciente

(ABVIDROS, 2013).

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1.15 A INDUSTRIA DA CERÂMICA

O termo “cerâmica” vem da palavra grega keramikos, que significa “matéria- prima

queimada”, indicando que as propriedades desejáveis destes materiais são normalmente

atingidas através de um processo de tratamento térmico a altas temperaturas conhecido como

sinterização. (CALLISTER, 2007).

Segundo a Associação Brasileira de Cerâmica, os materiais cerâmicos compreendem

os materiais inorgânicos, não-metálicos que ficam utilizáveis geralmente após tratamento

térmico em temperaturas elevadas. De acordo com Santos (1989), cerâmica é o ramo da

indústria no qual “minerais de composição inconstante e pureza incerta são submetidos a

temperaturas mal definidas, durante períodos de tempo que fazem reações desconhecidas

ocorrerem de forma incompleta, originando produtos heterogêneos e não-estequiométricos,

denominados materiais cerâmicos”.

O setor cerâmico é dividido em sub-setores em função de fatores como matérias-

primas, propriedades e áreas de utilização, assim é adotada a seguinte classificação, de acordo

com ABC, (2011):

I. Cerâmica Vermelha: Compreende alguns materiais empregados na

construção civil como telhas, tijolos, blocos, lajes, etc.

II. Materiais de Revestimento/Placas Cerâmicas: São materiais

utilizados como revestimentos de paredes, pisos entre outros. Podendo ser

chamados de azulejo, pastilha, porcelanato, grés, lajota, etc.

III. Cerâmica Branca: São materiais constituídos por um corpo branco e

geralmente revestidos por uma camada vítrea transparente e incolor. Neste

ramo podemos citar louças sanitárias e de mesa, isoladores elétricos de alta

e baixa tensão e cerâmica artística.

IV. Materiais Refratários: Compreende diversos produtos que tem por

finalidade suportar temperaturas elevadas. Geralmente também são

materiais que suportam esforços mecânicos, ataques químicos, variações

bruscas de temperatura e outras solicitações. São classificados quanto à

matéria-prima ou componentes químico: sílica, sílico-aluminoso, aluminoso,

mulita, magnesianocromítico, cromítico-magnesiano, carbeto de silício,

grafita, carbono, zircônia, zirconita, espinélio e outros.

V. Isolantes Térmicos: São materiais caracterizados por sua alta

resistência térmica como refratários isolantes, isolantes não refratários

(vermiculita expandida, sílica diatomácea, diatomito, silicato de cálcio, lã de

vidro e lã de rocha), fibras ou lãs cerâmicas.

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VI. Fritas e Corantes: São matérias-primas utilizadas no setor de

acabamentos, as fritas com finalidade de aprimorar a estética, tornar a peça

impermeável, aumentar a resistência mecânica e melhorar ou proporcionar

outras características e os corantes para conferir colorações diversas e

efeitos especiais nos corpos cerâmicos.

VII. Abrasivos: São materiais naturais ou sintéticos empregados para

desgastar, polir ou limpar outros materiais. Entre os produtos conhecidos

podemos citar o diamante, carbeto de silício e alumina.

VIII. Vidro, Cimento e Cal: São três importantes segmentos cerâmicos e

que, por suas particularidades, são muitas vezes considerados à parte da

cerâmica.

IX. Cerâmica de Alta Tecnologia/Cerâmica Avançada: São os

materiais utilizados nas áreas aeroespacial, eletrônica, nuclear e muitas

outras (ABC, 2011).

Neste setor os materiais utilizados são desenvolvidos a partir de matérias-primas

sintéticas de altíssima pureza e por meio de processos rigorosamente controlados.Como

alguns exemplos, podemos citar: naves espaciais, satélites, usinas nucleares, materiais para

implantes em seres humanos, aparelhos de som e de vídeo, suporte de catalisadores para

automóveis, sensores (umidade, gases e outros), ferramentas de corte, brinquedos, acendedor

de fogão, etc.

As propriedades dos materiais cerâmicos permitem que estes sejam aplicados em larga

escala a uma gama de indústrias como, civil, eletrônica, comunicação, computadores,

aeroespacial, entre outras que dependem do uso desse material. Isto ocorre devido a

propriedades tais como a facilidade de conformação, baixo custo e densidade, resistência à

corrosão e a temperaturas elevadas, que fizeram com que os materiais cerâmicos adicionais

conquistassem posições de relevo em diferentes setores industriais e artísticos. Para o caso de

cerâmica vermelha, enfatizando tijolos e telhas, as principais propriedades avaliadas de

acordo com as normas vigentes no Brasil são: absorção de água, densidade aparente, retração

linear, resistência mecânica, entre outras.

1.15.1 O USO DE RESÍDUOS VÍTREOS NA INDUSTRIA CERÂMICA

A indústria cerâmica é uma das que mais se destacam na reciclagem de resíduos

industriais e urbanos, em virtude de possuir elevado volume de produção que possibilita o

consumo de grandes quantidades de rejeitos e que, aliado às características físico-químicas

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das matérias-primas cerâmicas e às particularidades do processamento cerâmico, faz da

indústria cerâmica como uma das grandes opções para a reciclagem de resíduos sólidos.

De acordo com Vieira (2009), os resíduos usados na indústria cerâmica foram

classificados da seguinte forma:

Resíduos combustíveis: apresenta carbonáceo, matéria combustível que contém

carbono, que contribui energeticamente para o processo de sinterização da cerâmica. Nesta

categoria podemos citar: resíduos oleosos (derivados do petróleo), resíduos de lama de alto

fornoe resíduos da indústria do papel (VIEIRA, 2009).

Resíduos fundentes: apresentam teor de compostos como, alcalinos e alcalinos

terrosos que auxiliam no processo de sinterização, reduzindo a temperatura de sinterização,

através do aparecimento de uma fase líquida. Neste caso temos como exemplos, resíduos de

lamas de rochas ornamentais, resíduos de vidros, cinzas fundentes e resíduos contendo Boro

(VIEIRA, 2009).

Atualmente a área dos materiais cerâmicos tem sido amplamente estudada a fim de

obtenção de novos materiais a partir de matérias-primas alternativas. Apresentam-se a seguir

alguns estudos referentes à incorporação de resíduos em diversos processos de fabricação de

cerâmica vermelha.

Silva (2007), afirma ser possível a adição de resíduos da construção civil como, areia,

concreto, tijolos vermelhos, cimento e blocos de cimento e argamassa na massa para produção

de cerâmica vermelha. As amostras foram submetidas a ensaios de absorção de água, retração

linear, porosidade aparente, massa específica, resistência à flexão, DRX e MEV. Os

resultados mostraram-se satisfatórios, visto que é possível a adição em até 50% de resíduos

nas massas cerâmicas sem grandes perdas na resistência mecânica, porém ficou provado que

os melhores resultados para a fabricação de peças cerâmicas é de até 30% de resíduos.

Morais (2010), avaliou o efeito da incorporação de resíduo de lâmpada fluorescente

em cerâmica vermelha para fabricação de telhas e tijolos. Ficou provado que o resíduo atua

como regulador da plasticidade/trabalhabilidade da massa cerâmica, além de promover a

diminuição da porosidade das peças. Os resultados provaram que as peças com incorporações

com 10% do resíduo, queimadas a 1050°C, apresentaram aumento na resistência mecânica e

diminuição da absorção de água.

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1.16 PROJETO CASA ECOLÓGICA PISO COM RESÍDUOS DE VIDRO PLANO

O Projeto Casa Ecológica do Centro Universitário Luterano de Manaus, é um exemplo

de uso dos resíduos vítreos, trata-se de um modelo de casa feito com base no

reaproveitamento de diversos materiais recicláveis, usados em diversas partes da casa. O

conceito de reaproveitamento de materiais começou com a idealização de um modelo de tijolo

feito de garrafas PET, e usados para edificação das paredes da casa, e que segundo o

coordenador do projeto o Drº. Newton Silva de Lima, oferecem ainda ganhos no conforto

térmico e acústico. Na Figura 14 imagem da casa ecológica.

Figura 14 – Casa Ecológica ULBRA-Manaus

Fonte: Marcio Melo, 2017.

No telhado da casa foram usadas centenas de caixas tetra pak, permitindo a fabricação

de um telhado de baixo custo econômico de fabricação, mas de elevado valor ambiental. O

telhado ainda possui a característica de contribuir para o melhoramento do clima interno da

casa, pois promove um sombreamento contínuo em parte da casa devido a técnica das

platibandas que evita a incidência do sol em toda a área do telhado.

No piso da casa percebe-se a primeira vista, que trata-se de um piso diferente, feito de

concreto e pedaços “cacos” de vidro plano como agregados graúdos, o “granito verde” como

é chamado apresenta aspecto fino devido ao método de acabamento usado. O uso dos resíduos

vítreos nesse projeto chama muito a atenção por se tratar de um resíduos de difícil destinação,

com a proposta do “granito verde” servindo de alternativa ecologicamente correta de

destinação final. Na Figura 15 é mostrado o piso de concreto com resíduos vítreos como

agregados graúdos e Na figura 16 é mostrado em corte o tijolo feito de garrafas PET.

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Figura 15 – Modelo de granito verde com resíduo de vidro plano

Fonte: Marcio Melo, 2017.

Figura 16 – Modelo de tijolo ecologico PET e Granito verde com resíduo de vidro

Fonte: Ulbra Manaus, 2015.

Projetos como o da casa ecológica da ULBRA- Manaus podem representar uma

possível solução de destinação para os resíduos vítreos na cidade de manaus, aliado ao uso no

processo de fabricação da cerâmica vermelha, haja vista a cidade não possuir políticas

voltadas a reciclagem e logística reversa desse resíduo. Mas muito precisa ser feito, a

população precisa ser instruída a aderir a projetos de educação ambiental voltados a coleta

seletiva dos resíduos vítreos, o setor público precisa montar estruturas de captação desse

resíduos e destinação final ambientalmente corretos a exemplo de projetos como a casa

ecológica.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi desenvolvida no Bairro da Praça 14 de Janeiro, na Cidade de Manaus -

AM, devido ao fato de ter um comércio voltado o setor automotivo de peças e serviços, e

dado a essa característica foi escolhido para a realização da pesquisa pelo grande volume de

resíduos vítreos gerados e descartados diariamente nessa localidade.

2.1. MATERIAIS

O espaço destinado a pesquisa, compreende o Bairro da Praça 14 de Janeiro parte

central da Cidade de Manaus , escolhidos devido ao fato, de os locais de comércio de diversos

segmentos estarem consolidados dentre os pontos de geração e descarte de resíduos vítreos.

Historicamente, e em breve citação, a fundação do Bairro da Praça 14 está

intimamente ligada à Revolução de 14 de janeiro de 1892, quando do levante de um grupo

revolucionário liderado por Almino Álvares Affonso, Leonardo Malcher e Lima Bacuri tentou

tirar do poder o governador da época Thaumaturgo de Azevedo, devido ao fracasso da

administração estadual e provocada pelo atraso dos salários do funcionalismo e pagamentos

de fornecedores, dessa forma , desenrolou-se uma grave crise que culminou com rompimento

de relações até mesmo com o governo federal.

O conflito iniciou-se em frente ao Palácio do governo na Praça D. Pedro II, onde

funcionou a antiga Prefeitura Municipal de Manaus, nesta ocasião o soldado João Fernandes

Pimenta, do Esquadrão de Cavalaria do Batalhão de Polícia de Segurança do Estado, foi

alvejado no peito vindo a falecer com o ferimento.

O movimento revolucionário findou-se em 27 de fevereiro de 1892 com a renúncia do

então governador Thaumaturgo de Azevedo e, consequentemente a nomeação de Eduardo

Ribeiro para Governo Estadual. Em homenagem ao soldado morto no processo, o Bairro de

Praça 14, tinha o nome de Praça da Conciliação, e mais tarde passaria a se chamar Praça

Fernandes Pimenta, mas em 05 de fevereiro de 1892, por meio de uma resolução o nome foi

mudado mais uma vez, passando para a denominação atual de Praça 14 de janeiro com a

referência à data revolucionária.

Em 1940, a colônia portuguesa residentes em Manaus solicitou à Câmara Municipal a

troca de nome para Praça Portugal, o que foi rejeitado pelos moradores locais que preferiram

manter a mesma nomenclatura, cujo nome histórico é mantido até os dias atuais.

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Por se tratar de um bairro antigo, a população residente já possui o hábito de descarte

de resíduos sólidos definido, obedecendo ao que veio sendo feito na gestão dos resíduos ao

longo do tempo, ou seja, parte da destinação do lixo, segue ao que é proposto pelo serviço de

limpeza pública para remoção de lixo doméstico e de algumas lojas pontuais, já parte

significativa, obedece a forma própria da população como alternativas de descarte de resíduos

não recolhidos pelo serviço público de limpeza, os residentes dessas localidades, buscam os

locais impróprios “lixeiras viciadas” para deposição de resíduos diversos, o que também

inclui, os corpos d’água que compõem a malha hidrográfica que passa por esses bairros, como

alternativa de destinação para os resíduos sólidos. A Figura 17 apresenta toda a áreas onde foi

feito o levantamento no Bairro Praça 14 de Janeiro, Manaus-AM.

Figura 17- Mapa da aréa de abrangência do trabalho delimitado pela linha vermelha

Fonte: Google mapas, 2014.

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O inicio do processo de coleta de dados foi iniciado no limite do Bairro Praça 14 de

Janeiro com o Bairro Nossa Senhora das Graças, nas proximidades do cemitério São João

Bastista na Av. Alvaro Maia bazeado-se no críterio de ser o ponto mais expressivo do inicio

do Bairro Praça 14 de Janeiro, seguindo primeiramente as ruas longitudinais no sentido Norte

Sul, com coleta progressiva dos dados nos locais de funcionamento dos estabelecimentos

comerciais com previa análise do tipo de serviço e produto comercializado. Para identificar os

pontos de coletas de dados foram desenvolvidos códigos de identificação dos estabelecientos

comerciais com base no tipo de produto e serviço oferecido, conforme Tabela 4.

Tabela 5 – Códigos dos pontos de coleta de dados

Nº Código Produto Long Lat Orient. Alt. Obs

1 Marco

Zero -03 06' 56,27520'' -60 01' 00,54120''

Long

(N/S) 72,070

2 P_C_

Pizzaria

Embalagens de

vidro

( potes diversos),

Garrafas Long

Neck, copos e

pratos de vidro)

-03 07' 04,32120'' -60 01' 00,33960'' Long

(N/S). 77,987

Rotina de geração

diária.

3 P_D_C Vidro temperado -03 07' 06,51360'' -60 01' 00,05520'' Long

(N/S) 75,612

Ponto de descarte

incorreto

(consercionária de

veículos)

4 P_C_L_

L

Produtos e

luminárias de

vidros e espelhos

diversos

-03 07' 09,77520'' -60 01' 00,02280'' Long

(N/S). 78,583

Ponto de coleta loja

de luminária

5 P_C_L_

R Espelhos -03 07' 10,67880'' -60 01' 00,17760''

Long

(N/S) 78,409

Ponto de coleta

Loja de manutenção

de retrovisores

6 P_C_Of_

Mec

Vidros Planos

parabrisas diversos -03 07' 11,16480'' -60 01' 00,29640''

Long

(N/S) 73,530

Ponto de coleta

oficina mecânica

7 P_C_L_

Peças

Espelhos

retrovisores -03 07' 11,66160'' -60 01' 00,08400''

Long

(N/S) 71,230

Ponto de coleta

lojas de peças e

serviços de som

automotivo

8 P_C_L_

L

Produtos e

luminárias de

vidros e espelhos

diversos

-03 07' 11,95680'' -60 01' 00,33240'' Long

(N/S) 76,819

Ponto de coleta loja

de luminária

9 P_C_L_

R

Espelhos

retrovisores -03 07' 16,93920'' -60 00' 59,99040''

Long

(N/S) 62,506

Ponto de coleta

Loja de manutenção

de retrovisores

10 P_C_L_

L

Produtos e

luminárias de

vidros e espelhos

diversos

-03 07' 17,67360'' -60 01' 00,37560'' Long

(N/S) 63,785

Ponto de coleta loja

de luminária

11 P_C_L_

L

Produtos e

luminárias de

vidros e espelhos

diversos

-03 07' 18,22800'' -60 00' 59,33160'' Long

(N/S) 59,365

Ponto de coleta loja

de luminária

12 P_C_Bar Potes,Garrafas e -03 07' 20,37720'' -60 01' 00,11280'' Long 56,259 Ponto de coleta bar

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50

e Merc copos de vidro (N/S) e mercearia

13 P_C_T_

B

Garrafas diversas

vidro e pet -03 07' 20,92080'' -60 00' 59,82840''

Long

(N/S) 53,704

Ponto de coleta

terreno baldio lixos

diversos

14 P_C_Bar

Garrafas diversas

vidro e copos de

vidro

-03 07' 25,98600'' -60 01' 00,18120'' Long

(N/S) 49,454

Ponto de coleta bar

15 P_C_Bar

Garrafas diversas

vidro e copos de

vidro

-03 07' 30,31680'' -60 01' 00,01920'' Long

(N/S) 47,013

Ponto de coleta bar

16 P_C_Res

t

Garrafas long neck,

copos e pratos de

vidro,

emabalagens(potes

de vidro diversos)

-03 07' 41,95200'' -60 00' 59,87160'' Long

(N/S) 50,598

Ponto de coleta

restaurante

17 P_C_Res

t

Garrafas long neck,

copos e pratos de

vidro,

emabalagens(potes

de vidro diversos)

-03 07' 41,69640'' -60 00' 57,60000'' Transv.

(L/O) 60,594

Ponto de coleta

restaurante

18 P_C_Lan

che Garrafas de vidro -03 07' 33,92040'' -60 00' 55,44360''

Long

(S/N) 65,715

Ponto de coleta

lanche

19

P_C_L_

Conveniê

ncia

Garrafas long neck

e de 600ml -03 07' 27,73920'' -60 00' 55,20600''

Long

(S/N) 62,737

Ponto de coleta loja

de coveniencia

posto de gasolina

20 P_C_Pad

aria

Garrafas de

refrigerantes

diversas

-03 07' 25,46760'' -60 00' 54,42480'' Long

(S/N) 62,748

Ponto de coleta

padaria

21 P_C_Piz

zaria

Potes de temperos

diversos -03 07' 23,45520'' -60 00' 54,52200''

Long

(S/N) 68,791

Ponto de coeta

Pizzaria

22

P_C_Ma

nt_Celul

ar

Telas de LCD,

vidros planos -03 07' 21,83520'' -60 00' 54,67680''

Long

(S/N) 73,451

Ponto de coleta

manutenção de

celulares

23 P_C_Lan

che

Potes de temperos

diversos (vidro) -03 07' 21,46800'' -60 00' 53,85960''

Long

(S/N) 63,022

Ponto de coleta

lanche

24 P_C_Lan

che

Potes de temperos

diversos (vidro) -03 07' 21,00000'' -60 00' 54,47520''

Long

(S/N) 62,935

Ponto de coleta

lanche

25 P_C_Res

t

Pratos, copos, potes

de temperos,

garrafas 600ml

-03 07' 20,69040'' -60 00' 55,01520'' Long

(S/N) 69,441

Ponto de coleta

restaurante

26

P_C_L_

Conveniê

ncia

Garrafas long neck

e de 600ml -03 07' 17,97240'' -60 00' 55,51200''

Long

(S/N) 68,724

Ponto de coleta loja

de coveniencia

posto de gasolina

27 P_C_Me

rcadinho

Potes de temperos,

garrafas de 600ml -03 07' 14,13120'' -60 00' 54,98640''

Long

(S/N) 66,313

Ponto de controle

mercadinho

28 P_C_Res

t

Garrafas 600ml,

pratos e copos de

vidro

-03 07' 13,79280'' -60 00' 55,13040'' Long

(S/N) 70,264

Ponto de controle

restaurante

29 P_C_Pou

sada

Garrafas long neck,

copos e pratos de

vidro

-03 07' 11,18640'' -60 00' 55,36440'' Long

(S/N) 67,616

Ponto de controle

pousada

30 P_C_Res

t

Copos, Pratos,

potes de temperos,

garrafas long neck,

600ml

-03 07' 07,11840'' -60 00' 55,41480'' Long

(N/S) 65,508

Ponto de controle

restaurante

31

P_C_L_

Conveniê

ncia

Garrafas long neck,

copos vidro, pratos -03 07' 03,79920'' -60 00' 55,68840''

Long

(N/S) 70,061

Ponto de controle

loja de

conveniencia +

Lanchonete

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51

32 P_C_Res

t

Copos, Pratos,

potes de temperos,

garrafas long neck,

600ml

-03 07' 02,33760'' -60 00' 55,58760'' Long

(N/S) 72,491

Ponto de controle

restaurante

33 P_C_S_

mercado

Potes de embalagen

de temperos,

lâmpadas

-03 07' 00,98760'' -60 00' 55,93320'' Long

(S/N) 75,624

Ponto de controle

super mercado

34

P_C_L_

Conveniê

ncia

Garrafas long neck

e de 600ml -03 06' 58,92840'' -60 00' 55,77840''

Long

(S/N) 73,704

Ponto de coleta loja

de coveniencia

posto de gasolina

35 P_C_pad

aria

Copos de vidro,

garrafas long neck,

600ml

-03 06' 57,96720'' -60 00' 55,29240'' Long

(N/S) 75,827

Ponto de controle

padaria

36 P_C_L_

L

Luminárias de

vidro, lampâdas

comuns e led

-03 06' 57,63960'' -60 00' 52,13160'' Transv 71,855

Ponto de controle

loja de luminaria

37 P_C_Res

t

Copos e pratos de

vidro -03 07' 00,63840'' -60 00' 51,53400''

Long

(N/S) 68,943

Ponto de coleta

restaurante

38 P_C_LX

_C

Embalagens de

vidro, garrafas

quebradas, espelho,

vidro plano

-03 07' 01,75800'' -60 00' 51,90480'' Long

(N/S) 70,504

Ponto de controle

lixeira comum

39 P_C_L_

Auto

Espelohos

retrovisores,

lampadas de farol,

parabrisas trincado

-03 07' 02,96760'' -60 00' 51,54480'' Long

(N/S) 68,904

Ponto de controle

loja de autos

40 P_C_LX

_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado

etc.

-03 07' 07,48560'' -60 00' 51,51240'' Long

(N/S) 58,743

Ponto de controle

lixeira viciada

41 P_C_Bar Garrafas diversas e

copos de vidro -03 07' 09,67080'' -60 00' 51,32520''

Long

(N/S) 52,919

Ponto de coleta bar

42 P_C_L_

Parabrisa

Parabrisas tricado e

espelhos

retrovisores

-03 07' 18,18120'' -60 00' 51,32880'' Long

(N/S) 71,935

Ponto de coleta loja

de parabrisas (paga

pra descarta )

43 P_C_pad

aria

Copos de vidro,

pratos garrafas de

refrigerante

-03 07' 19,56720'' -60 00' 51,03360'' Long

(N/S) 68,595

Ponto de coleta

padaria

44 P_C_Res

t

Copos, Pratos,

potes de temperos,

garrafas long neck,

600ml

-03 07' 20,11440'' -60 00' 51,20280'' Long

(N/S) 68,971

Ponto de controle

restaurante

45 P_C_Pad

aria

Copos de vidro,

pratos garrafas de

refrigerante

-03 07' 20,62560'' -60 00' 51,05880'' Long

(N/S) 66,894

Ponto de controle

padaria

46 P_C_Lan

che

Garrafas de vidro

de refrigerantes -03 07' 23,06280'' -60 00' 51,33240''

Long

(N/S) 65,518

Ponto de controle

lanche

47 P_C_Lan

che

Garrafas de vidro

de refrigerantes -03 07' 24,09960'' -60 00' 51,50160''

Long

(N/S) 63,088

Ponto de controle

lanche

48 P_C_Lan

che

Garrafas de

refrigerante -03 07' 24,83760'' -60 00' 51,18120''

Long

(N/S) 61,699

Ponto de controle

lanche

49 P_C_Res

t

Copos e pratos de

vidro -03 07' 25,03560'' -60 00' 51,63480''

Long

(N/S) 62,364

Ponto de controle

restaurante

50 P_C_BU

FFET

Copos de vidro e

pratos -03 07' 27,15600'' -60 00' 51,56280''

Long

(N/S) 57,529

Ponto de controle

buffet

51 P_C_Res

t

Copos e pratos de

vidro, garrafas

variadas

-03 07' 32,53080'' -60 00' 51,55920'' Long

(N/S) 62,422

Ponto de controle

restaurante

52 P_C_Bar Garrafas variadas e -03 07' 34,01040'' -60 00' 51,52320'' Long 63,441 Ponto de controle

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52

copos de vidro (N/S) bar

53 P_C_LX

_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado

etc.

-03 07' 34,18320'' -60 00' 52,01640'' Transv. 58,417

Ponto de controle

lixeira viciada

54 P_C_Res

t

Copos e pratos de

vidro, garrafas

variadas

-03 07' 42,00960'' -60 00' 51,26040'' Transv. 64,130

Ponto de controle

restaurante

55 P_C_LX

_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado

etc.

-03 07' 42,54600'' -60 00' 49,62240'' Long

(S/N) 48,614

Ponto de controle

lixeira viciada

56 P_C_Lan

che

Garrfas de molhos,

refrigerante e copos

de vidro

-03 07' 40,14840'' -60 00' 48,29760'' Long

(S/N) 46,326

Ponto de controle

lanche

57 P_C_LX

_Viciada Garrafas diversas -03 07' 38,99640'' -60 00' 47,94840''

Long

(S/N) 44,605

Ponto de controle

lixeira viciada

terreno baldio

58 P_C_Res

t

Copos e pratos de

vidro, garrafas

variadas

-03 07' 37,59960'' -60 00' 48,19680'' Long

(S/N) 50,522

Ponto de controle

restaurante

59

P_C_Dis

tribuidor

a

Garrasfas quebradas

na logistica de

entrega do

fornecedor

-03 07' 36,96240'' -60 00' 48,13920'' Long

(S/N) 51,572

Ponto de controle

distribuidora

60 P_C_Bar Garrafas variadas e

copos de vidro -03 07' 35,55120'' -60 00' 48,20400''

Long

(S/N) 55,163

Ponto de controle

bar

61 P_C_LX

_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado,

tubos de imagens e

etc.

-03 07' 28,23600'' -60 00' 47,19240'' Long

(S/N) 54,379

Ponto de controle

lixeira viciada

62 P_C_L_

Parabrisa

Parabrisas tricado e

espelhos

retrovisores

-03 07' 26,34960'' -60 00' 47,77200'' Long

(S/N) 58,095

Ponto de controle

loja de para brisa

63 P_C_lan

che

Copos e garrafas de

refrigerantes

diversas

-03 07' 23,50560'' -60 00' 48,20400'' Long

(S/N) 60,960

Ponto de controle

lanche

64 P_C_LX

_viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado,

tubos de imagens e

etc.

-03 07' 18,48720'' -60 00' 47,97360'' Long

(S/N) 64,927

Ponto de controle

lixeira viciada

65 P_C_LX

_viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado,

tubos de imagens e

etc.

-03 07' 07,20120'' -60 00' 48,14280'' Long

(S/N) 53,849

Ponto de controle

lixeira viciada

66 P_C_Res

taurante

Copos e pratos de

vidro, garrafas

variadas

-03 07' 07,60080'' -60 00' 44,06040'' Long

(S/N) 53,955

Ponto de controle

restaurante

67 P_C_Piz

zaria

Embalagens de

vidro

( potes diversos),

Garrafas Long

Neck, copos e

pratos de vidro)

-03 07' 03,59760'' -60 00' 42,63120'' Long

(S/N) 60,789

Ponto de controle

pizzaria

68 P_C_pad

aria

Copos de vidro,

garrafas long neck,

600ml

-03 07' 01,90920'' -60 00' 42,28560'' Long

(S/N) 61,026

Ponto de controle

padaria

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53

69 P_C_Me

rcadinho

Garrafas de

refrigerantes e

600ml e litro

-03 07' 00,90480'' -60 00' 42,33600'' Long

(S/N) 64,691

Ponto de controle

mercadinho

70

P_C_L_

Conveniê

ncia

Garrafas long neck

e de 600ml -03 06' 58,10040'' -60 00' 43,36200'' Transv. 63,409

Ponto de coleta loja

de coveniencia

71 P_C_Hot

el

Garrafas long neck

e de 600ml, copos e

pratos de vidro e

outos

-03 06' 57,47040'' -60 00' 49,05360'' Long

(N/S) 66,272

Ponto de coleta

hotel

72 P_C_Bar

Garrafas long neck

e de 600ml, copos e

pratos de vidro e

outos

-03 07' 10,69680'' -60 00' 42,53760'' Long

(N/S) 51,333

Ponto de coleta bar

73 P_C_Bar

Garrafas long neck

e de 600ml, copos e

pratos

-03 07' 12,63720'' -60 00' 42,46560'' Long

(N/S) 46,306

Ponto de coleta bar

74 P_C_L_

R

Espelhos

retrovisores -03 07' 13,73520'' -60 00' 42,02280''

Long

(N/S) 45,783

Ponto de coleta

Loja de manutenção

de retrovisores

75 P_C_Bar

Garrafas long neck

e de 600ml, copos e

pratos

-03 07' 21,36720'' -60 00' 42,41160'' Long

(N/S) 50,747

Ponto de controle

bar

76

P_C_L_

Conveniê

ncia

Garrafas long neck

e de 600ml -03 07' 22,00440'' -60 00' 42,60960''

Long

(N/S) 52,038

Ponto de coleta loja

de coveniencia

77 P_C_LX

_viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado,

tubos de imagens e

etc.

-03 07' 25,11480'' -60 00' 42,01200'' Long

(N/S) 50,850

Ponto de controle

lixeira viciada

78 P_C_LX

_viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado,

tubos de imagens e

etc.

-03 07' 26,29560'' -60 00' 42,35400'' Long

(N/S) 50,769

Ponto de controle

lixeira viciada

79 P_C_LX

_viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado,

tubos de imagens e

etc.

-03 07' 34,47480'' -60 00' 42,79320'' Long

(N/S) 45,681

Ponto de controle

lixeira viciada

80 P_C_LX

_viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas,

vidro temperado,

tubos de imagens e

etc.

-03 07' 36,50520'' -60 00' 42,40080'' Long

(N/S) 43,827

Ponto de controle

lixeira viciada

Fonte: O Autor, 2017.

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54

Tabela 6 – Descrição dos códigos

Nº Código Obs 1 Marco Zero Inicio da tomada de dados

2 P_C_Pizzaria Ponto de coleta pizzaria

3 P_D_C Ponto de coleta descarte incorreto (consercionária de veículos)

4 P_C_L_L Ponto de coleta loja de luminária

5 P_C_L_R Ponto de coleta loja de manutenção de retrovisores

6 P_C_Of_Mecânica Ponto de coleta oficina mecânica

7 P_C_L_Peças Ponto de coleta lojas de peças e serviços de som automotivo

8 P_C_L_L Ponto de coleta loja de luminária

9 P_C_L_R Ponto de coleta loja de manutenção de retrovisores

10 P_C_L_L Ponto de coleta loja de luminária

11 P_C_L_L Ponto de coleta loja de luminária

12 P_C_Bar e Mercearia Ponto de coleta bar e mercearia

13 P_C_T_B Ponto de coleta terreno baldio lixos diversos

14 P_C_Bar Ponto de coleta bar

15 P_C_Bar Ponto de coleta bar

16 P_C_Restaurante Ponto de coleta restaurante

17 P_C_ Restaurante Ponto de coleta restaurante

18 P_C_Lanche Ponto de coleta lanche

19 P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia posto de gasolina

20 P_C_Padaria Ponto de coleta padaria

21 P_C_Pizzaria Ponto de coeta pizzaria

23 P_C_Lanche Ponto de coleta lanche

24 P_C_Lanche Ponto de coleta lanche

25 P_C_ Restaurante Ponto de coleta restaurante

26 P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia posto de gasolina

27 P_C_Mercadinho Ponto de controle mercado municipal

28 P_C_ Restaurante Ponto de controle restaurante

29 P_C_Pousada Ponto de controle pousada

30 P_C_ Restaurante Ponto de controle restaurante

31 P_C_L_Conveniência Ponto de controle loja de conveniencia + Lanchonete

32 P_C_ Restaurante Ponto de controle restaurante

33 P_C_S_Mercado Ponto de controle super mercado

34 P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia posto de gasolina

35 P_C_Padaria Ponto de controle padaria

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55

36 P_C_L_L Ponto de controle loja de luminaria

37 P_C_Rest Ponto de coleta restaurante

38 P_C_LX_C Ponto de controle lixeira comum

39 P_C_L_Auto Ponto de controle loja de autos

40 P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada

41 P_C_Bar Ponto de coleta bar

42 P_C_L_Parabrisa Ponto de coleta loja de parabrisas (paga pra descarta )

43 P_C_Padaria Ponto de coleta padaria

44 P_C_ Restaurante Ponto de controle restaurante

45 P_C_Padaria Ponto de controle padaria

46 P_C_Lanche Ponto de controle lanche

47 P_C_Lanche Ponto de controle lanche

48 P_C_Lanche Ponto de controle lanche

49 P_C_ Restaurante Ponto de controle restaurante

50 P_C_Buffet Ponto de controle buffet

51 P_C_ Restaurante Ponto de controle restaurante

52 P_C_Bar Ponto de controle bar

53 P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada

54 P_C_Rest Ponto de controle restaurante

55 P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada

56 P_C_Lanche Ponto de controle lanche

57 P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada terreno baldio

58 P_C_ Restaurante Ponto de controle restaurante

59 P_C_Distribuidora Ponto de controle distribuidora

60 P_C_Bar Ponto de controle bar

61 P_C_LX_Viciada Ponto de controle lixeira viciada

62 P_C_L_Parabrisa Ponto de controle loja de para brisa

63 P_C_Lanche Ponto de controle lanche

64 P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

65 P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

66 P_C_Restaurante Ponto de controle restaurante

67 P_C_Pizzaria Ponto de controle pizzaria

68 P_C_Padaria Ponto de controle padaria

69 P_C_Mercadinho Ponto de controle mercadinho

70 P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia

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56

71 P_C_Bar Ponto de coleta bar

72 P_C_Bar Ponto de coleta bar

73 P_C_L_R Ponto de coleta loja de manutenção de retrovisores

74 P_C_Bar Ponto de controle bar

75 P_C_L_Conveniência Ponto de coleta loja de coveniencia

76 P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

77 P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

78 P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

79 P_C_LX_viciada Ponto de controle lixeira viciada

Fonte: O Autor, 2017.

Para coleta de dados de campo foi utilizado um receptor GPS da marca Garmin

modelo GPSMAP 78s conforme Figura 18.

Figura 18 – Receptor GPS Modelo Garmin 78s

Fonte: Site Garmin, 2017.

Os dados coletados foram organizados primeiramente em planilha eletrônica para

correções, quanto aos nome dados aos pontos coletados e só depois foram descarregados para

o computador por meio da utilização do Sftware GPS Track Maker versão livre (Version

13.9.596).

Para compor o mapa georreferenciado do Bairro Praça 14 de Janeiro, com exposição

das feições desejadas para expor a realidade da dinâmica de geração e descarte de resíduos

vítreos, utilizou-se o Sftware ArcGIZ versão 10.3 Desktop.

Toda a manipulação de dados bem como elabooração de textos foram realizados com

a utilização de computador tipo Notebook Sony Vaio 15,6 polegadas, I3-5005u 2 ghz,

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57

processador Intel HD Graphics 5500 4GB Ram e HD de 1 TB, com sistema Windows 8 64

Bits, conforme Figura 20.

Figura 19 – Notebook usado no trabalho

Fonte: Sony, 2017.

Para captura de imagens do cenário encontrado no Bairro Praça 14 de Janeiro,

Manaus-Am, foi utilizada câmera digital Marca Panasonic, modelo Lumix XS1 FS50 F5

conforme Figura 21, as imagens foram organizadas de acordo com a ordem de execução das

mesmas.

Figura 20 – Máquina Fotográfica

Fonte: Panasonic, 2017.

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58

2.2. METODOLOGIA

Tomando como objeto de estudo o bairro Praça 14 de Janeiro, localizado na zona

central da cidade de Manaus, a coleta de dados foi realizada como fundamento para o estudo,

destacando a rotina e os costumes dos moradores no que concerne a acomodação e o descarte

dos resíduos (vidro) sólidos urbanos do bairro. Isto ocorreu com o mapeamento através de

fotos do local e através de dados coletados no local por meio de receptor GPS, e entrevista

informal junto aos moradores do bairro. Outro instrumento de coleta de dados foi feita através

de pesquisa bibliográfica realizadas em livros, artigos e material fotográfico. Na Figura 22

segue o fluxograma do critério utilizado para levantamento dos dados em campo.

Figura 21 – Fluxograma de ações do projeto

Fonte: O Autor, 2017.

Com base no cronograma acima, percebemos que a metodologia do trabalho se

desenvolveu em três fase principais.

Na fase inicial foi realizado uma visita na localidade escolhida para entender a

dinâmica da rotina do Bairro Praça 14 de Janeiro cidade de Manaus-AM e consequentemente

a seleção dos atores geradores com base no tipo de resíduo (vidro) e localização visual dos

pontos de lixeira viciada, com ou sem a presença de resíduos vítreos.

Coleta de dados

Analise e escolha do dados

Definição dos dados coletados

Resultados adquiridos

Escolha dos atores dentro do cenário

Definição dos dados coletados

Tabelas Mapa Georeferenciado

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59

Na segunda fase foi realizado o levantamento dos dados com o auxílio de um receptor

GPS-Garmin 78s. Nesta fase, primeiramente foi feito a tomada dos pontos nas ruas

longitudinais do bairro e ao fim foi feito às ruas com orientação transversal seguindo o mesmo

critério, conforme cronograma. No processo de levantamento dos dados, fomos orientados

pelos próprios moradores do bairro a não acessar as áreas tidas perigosas como becos e locais

isolados, pois esses locais são perigosos segundo a orientação dos moradores, e que portanto

não se pode visitar pontos próximos a cursos d’água precedidos de becos e locais isolados,

fato este que tira da estruturação do mapa georreferenciado os canais de igarapés e outros

locais.

Na terceira fase, só foram mantidos os dados com comprovada geração de resíduos

vítreos verificados na ocasião da coleta,baseando-se na rotina diárias de geração e descarte de

resíduos dessa natureza. Os resultados adquiridos como levantamento foram organizados em

tabelas na forma de classificação dos locais geradores de resíduos e mapa georreferenciado da

realidade encontrada.

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60

3. RESULTADOS

No Bairro Praça 14 de Janeiro cidade Manaus-AM foram coletados 69 pontos em

estabelecimentos, que em alguma etapa dos seus procedimentos diários trabalham integral ou

parcialmente com vidro e que consequentemente, geram resíduos de vidro. No quadro 1 são

classificados os números e tipo de estabelecimento visitados.

Optou-se por agrupar os tipos de estabelecimentos correspondentes para melhor

entendimento quanto aos tipos de uso e resíduos gerados, haja vista haver uma conformidade

quanto aos resíduos gerados.

Quadro 2 – Estabelecomentos comerciais Pizzaria

ID Tipo Resíduos Pré-tratamento antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Período

2 Pizzaria

Embalagens de vidro

(potes diversos), garrafas

Long Neck, copos e pratos de

vidro.

Os resíduos são

embalados em caixas de

papelão antes do

descarte.

Coleta

pública

Diário/noturno

21 Pizzaria Potes de temperos diversos

Não faz qualquer

manejo antes do

descarte

Coleta

pública

Diário/noturno

67 Pizzaria

Embalagens de vidro

(potes diversos), Garrafas

Long Neck, 600ml,

refrigerantes, copos e pratos

de vidro

Não faz qualquer

manejo antes do

descarte

Coleta

pública

Diário/noturno

Fonte: O Autor, 2017.

Nesse tipo de estabelecimento há o consumo de embalagens de vidro diversas

consumidas no local de preparo do produto comercializado (pizza), e somente o

estabelecimento com o (ID-02) efetua ações de pré tratamento antes do descarte dos resíduos

gerados, os acondicionando em caixas de papelão com o intuito de não gerar acidentes com a

equipe de limpeza pública, os demais estabelecimentos (ID-21) e (ID-67) não realizam o

mesmo procedimento, e todo o resíduo gerado é destinado a limpeza pública.

Quadro 3 – Estabelecimento comercial Restaurante

ID Tipo Resíduos Prétratamento

antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Periodo

16 Restaurante Garrafas long neck,

600 ml, refrigerantes

Embalagem

com caixa de

Pública Diário ao fim do

expediente

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61

diversos, copos e

pratos de vidro,

emabalagens (potes de

vidro diversos)

papelão.

17 Restaurante

Garrafas long neck,

copos e pratos de

vidro, emabalagens

(potes de vidro

diversos)

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

25 Restaurante

Pratos, copos, potes de

temperos, garrafas

600ml

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

28 Restaurante Garrafas 600ml, pratos

e copos de vidro

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

30 Restaurante

Copos, Pratos, potes

de temperos, garrafas

long neck, 600ml

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

32 Restaurante

Copos, Pratos, potes

de temperos, garrafas

long neck, 600ml

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

37 Restaurante Copos e pratos de

vidro

Ponto de

coleta

restaurante

Armazenado no local

e levado para local

privado de

destinação.

A cada quinze

dias

44 Restaurante

Copos, Pratos, potes

de temperos, garrafas

long neck, 600ml

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

49 Restaurante

Copos e pratos de

vidro, emabalagens

garrafas diversas

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

51 Restaurante

Copos e pratos de

vidro, garrafas

variadas

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

54 Restaurante

Copos e pratos de

vidro, garrafas

variadas

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

58 Restaurante

Copos e pratos de

vidro, garrafas

variadas

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

66 Restaurante

Copos e pratos de

vidro, garrafas

variadas

Não realiza Pública Diário ao fim do

expediente

Fonte: O Autor, 2017.

No Quadro 2 são produzidos praticamente a mesma variedade de embalagens de vidro,

havendo uma preocupação por parte dos estabelecimentos de (ID-16) no pré tratamento antes

do descarte para a coleta pública, usando o processo de embalar em caixas de papelão, o

resíduo vítreo antes do descarte. Os estabelecimentos de (ID- 17; 25;28;30;32;44;49;51;54;58

e 66) não realizam qualquer tipo de tratamento destinado para a coleta pública.

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62

O estabelecimento de (ID-37) se destaca dos demais por não usar os serviço de

limpeza pública para descartar os resíduos vítreos, pois o proprietário destina para outro local

onde são enterrados juntamente com resíduos vítreos de uma vidraçaria, usando o

procedimento de abertura de cova e posterior cobertura com terra.

Quadro 4 – Lanches e similares

ID Tipo Resíduos Prétratamento antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Periodo

18 Lanche Garrafas de vidro diversas, copos,

pratos e utensílios de vidro.

Não realiza Pública Ao fim do

expediente

23 Lanche Potes de temperos diversos (vidro),

copos e garrafas

Não realiza Pública Ao fim do

expediente

24 Lanche Potes de temperos diversos (vidro),

copos e garrafas

Não realiza Pública Ao fim do

expediente

46 Lanche Garrafas de vidro diversas, copos,

pratos e utensílios de vidro.

Não realiza Pública Ao fim do

expediente

47 Lanche Garrafas de vidro diversas, copos,

pratos e utensílios de vidro.

Não realiza Pública Ao fim do

expediente

48 Lanche Garrafas de vidro diversas, copos,

pratos e utensílios de vidro.

Não realiza Pública Ao fim do

expediente

63 Lanche Copos e garrafas de refrigerantes

diversas

Não realiza Pública Ao fim do

expediente

56 Lanche Garrfas de molhos, refrigerante e

copos de vidro

Embala em caixas

de papelão

Artesanato/

Pública

Ao fim do

expediente

Fonte: O Autor, 2017.

No Quadro 3, consta os estabelecimento comerciais de lanche e afins, onde não

efetuam qualquer procedimentos de pré- tratamentos dos resíduos vítreos, e efetuam o

descarte em lixeiras nas imediações do empreendimento para a coleta pública, exceto o

estabelecimento de (ID-56) que utiliza os frascos de molhos e garrafas pequenas de

refrigerante para artesanato, mas as embalagens de vidro quebradas também segue para a

coleta pública.

Quadro 5 – Loja de Luminárias

ID Tipo Resíduos Pré-tratamento antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Período

4 Loja de

luminária

Produtos e

luminárias de vidros

e espelhos diversos

(caixa d

palelão)

Logística reversa,

reaproveitamento e

descarte(caixa d palelão)

De acordo

com a

demanda

8

Loja de

luminária

s

Produtos e

luminárias de vidros

e espelhos diversos

(caixa d

palelão)

Logística reversa,

reaproveitamento e

descarte(caixa d palelão)

De acordo

com a

demanda

10 Loja de

luminária

Produtos e

luminárias de vidros

(caixa d

palelão)

Logística reversa,

reaproveitamento e

De acordo

com a

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63

s e espelhos diversos descarte(caixa d palelão) demanda

11

Loja de

luminária

s

Produtos e

luminárias de vidros

e espelhos diversos

(caixa d

palelão)

Logística reversa,

reaproveitamento e

descarte(caixa d palelão)

De acordo

com a

demanda

36 Loja de

luminária

Luminárias de vidro,

lampâdas comuns e

led

(caixa d

palelão)

Logística reversa,

reaproveitamento e

descarte(caixa d palelão)

De acordo

com a

demanda

Fonte: O Autor, 2017.

Esse perfil de estabelecimento comercial contido no Quadro 4, realizam o pré

tratamento (caixa de papelão) no momento do descarte para a coleta pública, mas realiza

também, reciclagem de luminárias defeituosa, reutilização de peças de luminárias quebradas e

logística reversa quando recebe peças quebradas vindas diretamente do fornecedor.

Quadro 6 – Oficinas mecanicas, loja de manutenção de retrovisores e similares

ID Tipo Resíduos Prétratamento

antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Período

5

Loja de

manutenção de

retrovisores

Espelhos

Não realiza Coleta pública Díario

6 Oficina

mecânica

Vidros Planos

parabrisas

diversos

Não realiza Disponíbiliza para

sucateiros que cobram

uma taxa para dar

destinação final

(desconhecida)

De acordo

com a

demanda

7

Loja de peças

e serviços

automotivos

Espelhos

retrovisores

Não realiza Coleta pública Díario

9

Loja de

manutenção de

retrovisores

Espelhos

retrovisores

Não realiza Coleta pública Díario

22

Banca

manutenção de

celular

Telas de LCD,

vidros planos

Não realiza Coleta pública De acordo

com a

demanda

39

Loja peças e

serviços

autotomotivos

Espelhos

retrovisores,

lampadas de

farol, parabrisas

trincado

Não realiza Coleta pública Díario

74

Loja de

manutenção de

retrovisores

Espelhos

retrovisores

Não realiza Coleta pública Díario

Fonte: O Autor, 2017.

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64

Os estabelecimentos relacionados no Quadro 5 foram organizados juntos por

comercializarem produtos similares, exceto o estabelecimento de (ID-06) que presta serviços

de funilaria, pintura e serviços mecânicos em automóveis, onde o mesmo não efetua o

descarte dos resíduos vítreos (parabrisas trincados, quebrados e outros) para o serviço de

coleta público, destinado de acordo com a demanda acumulada de resíduos, para sucateiros

que cobram pelo serviço de remoção dos resíduos e destinação final (desconhecida). Os

demais estabelecimentos não realizar nenhum procedimento prévio antes do descarte para a

coleta pública.

O estabelecimento de (ID-22) banca de manutenção de celular, produz quantidades

pequenas de resíduos vítreos, sendo em sua maioria telas de vidro plano ou LCD, descartadas

sem nenhum pré-tratamento com destinação dos resíduos pra a coleta pública.

Quadro 7 – Bar, padaria, lojas de coveniência e similares

ID Tipo Resíduos Prétratamento antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Período

12 Bar e

Mercearia

Potes,Garrafas e copos

de vidro

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

14 Bar Garrafas diversas

vidro e copos de vidro

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

15 Bar Garrafas diversas

vidro e copos de vidro

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

19

Loja de

Coveniên

cia

Garrafas long neck e

de 600ml

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

20 Padaria Garrafas de

refrigerantes diversas

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

26

Loja de

Coveniên

cia

Garrafas long neck e

de 600ml

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

31

Loja de

Coveniên

cia

Garrafas long neck,

copos vidro, pratos

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

34

Loja de

Conveniê

ncia

Garrafas long neck e

de 600ml

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

35 Padaria

Copos de vidro,

garrafas long neck,

600ml

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

41 Bar Garrafas diversas e

copos de vidro

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

43 Padaria Copos de vidro, pratos

garrafas de refrigerante

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

45 Padaria Copos de vidro, pratos

garrafas de refrigerante

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

52 Bar Garrafas variadas e

copos de vidro

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

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65

59

Distribuid

ora de

bebidas

Garrasfas quebradas

na logistica de entrega

do fornecedor

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

60 Bar Garrafas variadas e

copos de vidro

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

68 Padaria

Copos de vidro,

garrafas long neck,

600ml

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

70

Loja de

Conveniê

ncia

Garrafas long neck e

de 600ml

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

72 Bar

Garrafas long neck e

de 600ml, copos e

pratos de vidro e outos

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

73 Bar

Garrafas long neck e

de 600ml, copos e

pratos

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

75 Bar

Garrafas long neck e

de 600ml, copos e

pratos

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

76

Loja de

Conveniê

ncia

Garrafas long neck e

de 600ml

Não realiza Coleta pública De acordo com a

demanda

Fonte: O Autor, 2017.

Os estabelecimentos contidos no Quadro 6, são relacionados e organizados mediante a

similaridade resíduos gerados, tratando-se de embalagens de vidro, copos e garrafas de

variados tamanhos. Esse grupo em sua maioria não realiza qualquer tipo de pré tratamento,

mas possuem um perfil de geração esporádico, efetuando o descarte direto em lixeiras

juntamente com o lixo orgânico para a coleta pública.

Quadro 8 – Lixeiras víciadas, terreno baldio, lixeiras comuns e similares

ID Tipo Resíduos Prétratamento

antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Período

3 P_D_C Vidro temperado Não identificado Coleta pública Não identificado

13 P_C_T_B Garrafas diversas

vidro e pet

Não identificado Coleta pública Não identificado

38 P_C_LX_C

Embalagens de

vidro, garrafas

quebradas, espelho,

vidro plano

Não identificado Coleta pública Não identificado

40 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

53 P_C_LX_Viciada Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

Não identificado Coleta pública Não identificado

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66

temperado etc.

55 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

57 P_C_LX_Viciada Garrafas diversas Não identificado Coleta pública Não identificado

61 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado, tubos de

imagens e etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

64 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado, tubos de

imagens e etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

65 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado, tubos de

imagens e etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

77 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado, tubos de

imagens e etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

78 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado, tubos de

imagens e etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

79 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado, tubos de

imagens e etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

80 P_C_LX_Viciada

Espelhos, vidro

plano, garrafas, vidro

temperado, tubos de

imagens e etc.

Não identificado Coleta pública Não identificado

Fonte: O Autor, 2017.

O Quadro 7 reuni os pontos de lixeiras víciadas, terrenos baldios , lixeiras comuns e

similares encontrado dentro dos limites do bairro Praça 14 de Janeiro, em análise feita nos

locais acima realacionados, não foi identificado qualquer tipo de segragação dos resíduos

vítreos, onde os mesmos se misturavam com o lixo organico em sacolas plásticas. Quanto aos

resíduos vítreos forma identificados uma diversidade grande de vídros planos, espelhos,

lampadas e outros, depositados nesses locais. Uma caracteristica marcante desses locais, é o

fato de existir uma grande quantidade e variedades de resíduos como: resíduos de contrução e

demolição, lixo eletrônico, lixo de borracharias, hospitalares, lojas automotivas e entre outros.

Nas Figuras 23, 24, 25, 26 e 27 é mostrado a realidade encontrada nos locais de lixeira viciada

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67

Figura 22 – Lixeira viciada descarte de lâmpadas e espelhos

Fonte: O Autor, 2017.

Figura 23 – Diversidade de resíduos

Fonte: O Autor, 2017.

Figura 24 – Fogão abandonado próximo a via de trânsito intenso

Fonte: O Autor, 2017.

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68

Figura 25 – Lixeira próximo a drenagem

Fonte: O Autor, 2017.

Figura 26 – Terreno baldio, variedades garrafas pet e vidro

Fonte: O Autor, 2017.

Quadro 9 – Lojas de parabrisas

ID Tipo Resíduos Prétratamento antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Período

62 Loja de

Parabrisa

Parabrisas tricado e

espelhos retrovisores

Ponto de controle

loja de para brisa

42 Loja de

Parabrisa

Parabrisas tricado e

espelhos retrovisores

Ponto de coleta

loja de parabrisas

(paga pra descarta

)

Fonte: O Autor, 2017.

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69

No Quadro 8 consta os estabelecimentos que geram um tipo de resíduo expecífico, ou

seja, parablisas de veículos, entretanto, possuem meios de destinação similares. Em entrevista

informal a um dos empresários o mesmo revelou que existe um consenso entre os

estabelecimentos, que efetuam o pagemnto de taxas (guaraná) que váriadas de acordo com o

volume de resíduo, os valores são pagos aos operadores dos caminhões caçamba da coleta

pública. Os volumes são acumulados em regimes semanais e quinzenais conforme o

movimento do comercio de parabrisas. Nas figuras 28,29 e 30 é mostrado alguns parabrisas

destinados para o descarte.

Figura 27 – Parabrisa destinado ao descarte, armazenado em calçada com inclinação.

Fonte: O Autor, 2017.

Figura 28 – Momento da deposição

Fonte: O Autor, 2017.

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70

Figura 29 – Forma de armazenamento

Fonte: O Autor, 2017.

Quadro 10 – Mercadinho, pousada, hotel, supermercado e buffet

ID Tipo Resíduos Prétratamento antes

do descarte

Destinação Regime de

descarte/Perío

do

27 Mercadinho Potes de temperos,

garrafas de 600ml

Não realiza Coleta

pública

De acordo

com a

demanda

29 Pousada Garrafas long neck, copos

e pratos de vidro

Não realiza Coleta

pública

De acordo

com a

demanda

33 Supermercad

o

Potes de embalagen de

temperos, lâmpadas

Embala em caixa de

papelão

Coleta

pública

De acordo

com a

demanda

50 Buffet Copos de vidro e pratos

Embala em caixa de

papelão

Coleta

pública

De acordo

com a

demanda

69 Mercadinho Garrafas de refrigerantes

e 600ml e litro

Não realiza Coleta

pública

De acordo

com a

demanda

71 Hotel

Garrafas long neck e de

600ml, copos e pratos de

vidro e outos

Não realiza Coleta

pública

De acordo

com a

demanda Fonte: O Autor, 2017.

Os estabelecimento deste quadro, não geram grandes volumes de resíduos vitreos, em

sua maioria quando ocorrem agum acidente, ou algo do tipo. Os estabeleciementos

identificados pelo (ID-33 e 50) efetuam o acondicionamento dos resíduos em caixa de papelão

e todos destinam os resíduos a coleta pública.

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Figura 30 – Mapa Georeferenciado do Bairro da Praça 14 cidade de Manaus-Am

Fonte: O autor, 2017.

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4. CONCLUSÃO

Durante a visita in loco realizada no Bairro Praça 14 de Janeiro cidade de Manus-AM

não foi encontrado resistência ao fornecimento de informações . Percebeu-se que os geradores

de resíduos vítreos no bairro, efetuam o descarte incorreto por não possuir outra alternativa de

destinação final disponível.

O bairro Praça 14 de Janeiro se mostrou mediante a acolhida da pesquisa, local

propício para implantação de programas de educação ambiental por parte do poder público

objetivando a coleta seletiva, reciclagem ou o reaproveitamento dos resíduos vítreos para

outros processos, como por exemplo o setor de produção da cerâmica vermelha no Polo

Oleiro do Município de Iranduba-AM e iniciativas como a do projeto Casa Ecológica da

Ulbra – Manaus.

Lidar com os resíduos sólidos urbanos não é tarefa fácil, principalmente se essa tarefa

repousas somente sobre o setor da administração pública, onde este, precisa alinhar e criar

mecanismos legais, versáteis e funcionais de incentivo a adesão da iniciativa privada para

auxiliar na gestão pública dessa classe de resíduo bem como incentivar a reciclagem quando

possível e o reaproveitamento possível desses resíduos em vários setores.

Espera-se que este trabalho possa auxiliar de alguma forma novos trabalhos na busca

contínua da redução, reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos, visando o

equilíbrio sustentável das relações antrópicas com o meio ambiente.

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