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Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E. 2008 Relatório e Contas Página 1 de 100

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Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 1 de 100

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 2 de 100

ÍNDICE

Sumário Página 4

Mensagem do Conselho de Administração Página 5

Parte I. Relatório de gestão

Capítulo I – Enquadramento do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

1. Envolvente externa Página 8

2. Envolvente interna Página 8

3. Oferta de serviços Página 10

4. Estrutura organizacional Página 11

5. Governo da organização

5.1 Missão, objectivos e política Página 13

5.2 Regulamentos a que a organização está sujeita Página 13

5.3 Princípios de bom governo Página 14

5.4 Análise da sustentabilidade nos domínios económico, social e

ambiental

Página 14

5.5 Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos

órgãos sociais

Página 15

5.6 Remuneração dos membros dos órgãos sociais Página 16

Capítulo II - Principais realizações do ano de 2008

1. Desenvolvimento de políticas estratégicas Página 17

Gestão clínica Página 17

Política de desenvolvimento das áreas de excelência Página 18

Política de gestão integrada Página 19

Política de melhoria contínua da qualidade Página 25

Política de investimentos Página 26

Política de gestão do risco Página 26

2. Centralização no doente Página 28

3. Formação Página 28

4. Investigação Página 30

5. Gestão de recursos humanos Página 31

6. Gestão do medicamento Página 32

7. Gestão de compras Página 33

8. Actividade assistencial Página 34

9. Auditor interno Página 39

10. Análise económico-financeira Página 39

Capítulo III - Actividades previstas para 2009 Página 47

1. Desenvolvimento de políticas estratégicas Página 47

Gestão clínica Página 47

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 3 de 100

Política de desenvolvimento das áreas de excelência Página 48

Política de gestão integrada Página 48

Política de melhoria contínua da qualidade Página 54

Política de investimentos Página 55

Política de gestão do risco Página 56

2. Novo Hospital Pediátrico Página 58

3. Linhas de produção para 2009 Página 59

4. Proposta de aplicação de resultados Página 60

Parte II. Demonstrações financeiras Página 61

1.Balanço analítico Página 62

2. Demonstração de resultados por naturezas Página 63

3. Demonstração dos resultados por funções Página 64

4. Demonstração de Fluxos de Caixa e Anexo Página 65

5. Mapa dos fluxos financeiros e do controlo do orçamento económico Página 67

Parte III. Anexos às demonstrações financeiras Página 76

Parte IV. Certificação legal das contas Página 82

Parte V. Relatório e parecer do fiscal único Página 85

Anexo I – Código de Ética Página 87

Anexo II – Remunerações dos órgãos sociais Página 96

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 4 de 100

SUMÁRIO

O presente Relatório e Contas do ano de 2008 reflecte as linhas de orientação definidas no

Plano Estratégico do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E. (CHC, E.P.E.) para 2007/2011.

A mensagem do Conselho de Administração abre o presente documento.

O relatório e contas está organizado em cinco partes, sendo que a primeira é totalmente

dedicada à gestão. O capítulo I do relatório de gestão inicia-se com o enquadramento da

instituição, a que se segue uma breve análise do governo da organização. No capítulo II são

indicadas as principais realizações do ano de 2008, ordenadas de acordo com as cinco políticas

definidas em sede de Plano Estratégico. Segue-se a abordagem a aspectos tão distintos como a

centralização no doente, a formação, a investigação, os recursos humanos, a gestão do

medicamento, a gestão de compras, a actividade assistencial e a análise económico-

financeira.

O capítulo III é dedicado às actividades previstas para 2009, sendo de destacar uma menção ao

novo Hospital Pediátrico.

A Parte II é inteiramente preenchida com as demonstrações financeiras, constando os

respectivos anexos da Parte III.

A certificação legal das contas e o relatório e parecer do fiscal único constituem as partes IV e

V, respectivamente.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O ano que passou ficou definitivamente marcado pela resposta aos desafios que a

empresarialização formalizada no ano anterior implicou.

O ano de 2008 foi determinante na formalização do modelo de contratualização interna. É

forçoso reconhecer que este modelo permitiu a melhoria da acessibilidade, da qualidade e da

eficiência, bem como acréscimos nas metas de produção, nomeadamente, no que ao

ambulatório diz respeito.

A este propósito, cumpre destacar o aumento verificado a nível da consulta externa, em

particular no que respeita às primeiras consultas, que registaram um aumento de 13% face ao

período homólogo. Decorrente deste acréscimo, aumentou também o peso percentual das

primeiras consultas sobre a totalidade das consultas em 7%, atingindo os 29,26%, cumprindo-se

assim as metas estabelecidas em sede de contrato-programa.

Igualmente de salientar o peso da cirurgia de ambulatório na globalidade do movimento

cirúrgico programado, que representou em 2008, 41,8%, ultrapassando o compromisso assumido

com a tutela (35%). Este aumento evidencia a aposta da instituição na ambulatorização dos

cuidados, garantindo uma maior comodidade aos doentes, sem pôr em causa a segurança e a

qualidade dos cuidados prestados, o que vai de encontro não só às orientações da tutela mas

também das guidelines internacionais.

Foi também no ano transacto que o Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E. impulsionou áreas que,

embora não directamente relacionadas com a prestação de cuidados de saúde, assumem uma

importância fundamental para que os cuidados aos doentes se realizem em condições adequadas

e de absoluta segurança – destaque para a gestão do risco, área até então ainda não formalizada

na organização.

A qualidade, seja a nível da prestação de cuidados, seja no global da instituição, foi outra das

preocupações do Conselho de Administração, tendo-se desenvolvido diversas actividades que

contribuíram para proporcionar um ambiente seguro e saudável, garantir o respeito pela

dignidade, confidencialidade e privacidade dos doentes, melhorar os canais de comunicação

com o público e colaboradores.

Foram realizados investimentos significativos em 2008, que corresponderam a projectos

estratégicos para a instituição, de que se destacam: a abertura de uma nova unidade de

cardiologia de intervenção, a remodelação do internamento da cirurgia geral, a adjudicação do

projecto para a construção de uma estrutura dedicada à cirurgia do ambulatório, o arranque do

programa funcional para o edifício destinado a todo o internamento do Hospital Geral, algumas

obras de beneficiação da Maternidade de Bissaya Barreto, o acompanhamento da fase final da

construção do novo Hospital Pediátrico.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 6 de 100

Constituiu também preocupação do Conselho de Administração o controlo rigoroso da despesa,

tendo sido implementados mecanismos tendentes a assegurar uma maior racionalidade e

eficiência na utilização dos meios.

No que concerne aos resultados de exploração do ano de 2008, o desempenho do Centro

Hospitalar de Coimbra melhorou, relativamente a 2007, verificando-se um decréscimo de 10,64%

do défice negativo do resultado operacional e de menos 12,96% do resultado líquido.

A actividade da instituição tem vindo a desenvolver-se de acordo com a missão definida em

Plano Estratégico – a prestação de cuidados de saúde altamente diferenciados em todo o ciclo

de vida humana, numa perspectiva integrada, desde a prevenção à reabilitação, constituindo-se

como centro de referência regional e nacional em áreas consideradas como pólos de excelência

– sendo o doente sempre encarado como o motivo e o destinatário de todas as alterações

organizacionais.

Todos os profissionais, desde os mais empenhados aos mais críticos, foram e continuarão a ser

decisivos para que o CHC, E.P.E. continue no caminho da “excelência no cuidar”.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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PARTE I

RELATÓRIO DE GESTÃO

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 8 de 100

CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO DO CENTRO HOSPITALAR DE COIMBRA,

E.P.E.

1. Envolvente externa

Cada um dos três hospitais integrados do CHC, E.P.E. serve, preferencialmente, a população de

utentes da área de influência que lhe está atribuída pelas redes de referenciação hospitalar,

sem prejuízo do princípio da liberdade de escolha no acesso à rede nacional de prestação de

cuidados de saúde, consagrado na Lei de Bases da Saúde.

Deste modo, a área de influência do Hospital Geral corresponde à zona da Unidade de Saúde de

Coimbra-Sul (compreende as freguesias de S. Martinho do Bispo e de Santa Clara, em Coimbra, e

os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Condeixa-a-Nova, Figueiró dos Vinhos,

Montemor-o-Velho, Soure, Pedrógão Grande e Penela), recebendo doentes de 11 centros de

saúde e de 51 extensões de saúde. Enquanto hospital central, o Hospital Geral constitui ainda

referência para os doentes encaminhados pelos Hospitais da Figueira da Foz, de Leiria, de

Pombal e de Castelo Branco (Neurocirurgia). A área de influência do Hospital Geral abrange

aproximadamente 368.622 habitantes.

A Maternidade de Bissaya Barreto integra a Rede de Referenciação Materno-Infantil,

constituindo, simultaneamente, um hospital de apoio perinatal (referência para 21 centros de

saúde da Sub-Região de Saúde de Coimbra, com um total de 110 extensões, e para os Centros de

Saúde de Anadia, Ansião, Alvaiázere, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Mealhada,

Mortágua, Pedrógão Grande e Sertã, com um total de 49 extensões) e um hospital de apoio

perinatal diferenciado (referência para os hospitais de Castelo Branco, da Figueira da Foz e de

Leiria). São cerca de 507.000 os habitantes (mulheres) residentes nos concelhos que compõem a

área de influência da Maternidade de Bissaya Barreto.

O Hospital Pediátrico é um hospital central que serve doentes em idade pediátrica de toda a

região centro do país (num total de aproximadamente 504.864 habitantes), funcionando também

como hospital de primeira referência para os centros de saúde do concelho de Coimbra (num

total de cerca de 89.525 habitantes).

2. Envolvente interna

O CHC, E.P.E. integra três hospitais: o Hospital Geral, a Maternidade de Bissaya Barreto e o

Hospital Pediátrico.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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O edifício em que está instalado o Hospital Geral – na sua origem construído para uma escola

destinada ao ensino dos órfãos da I Grande Guerra e, mais tarde, adaptado para instalar o

Sanatório da Colónia Portuguesa do Brasil – encontra-se, hoje, completamente desadaptado face

às práticas clínicas, às regras de segurança, higiene e conforto dos utentes e aos imperativos de

uma gestão eficiente.

Efectivamente, ao longo de mais de três décadas de actividade, a estrutura física do Hospital

Geral foi procurando, de forma pontual, dar resposta à evolução das necessidades assistenciais,

o que se traduziu num crescimento desordenado com recurso a soluções desintegradas.

Se a inexistência de um plano director, que tivesse merecido a aprovação da tutela, contribuiu

para o desajustamento global do Hospital Geral, também não lhe terá sido alheio o défice de

investimento que caracterizou os anos em que se assistiu à construção do novo hospital escolar

da cidade. E as recentes remodelações de alguns sectores e serviços, tais como o bloco

operatório, a medicina intensiva e algumas obras de beneficiação em outras estruturas

assistenciais, não vieram alterar significativamente o quadro geral.

Deste circunstancialismo resultou um hospital pouco eficiente, apesar de dotado de um moderno

plateau técnico e de caracterizado pela humanização dos cuidados que presta.

Relativamente às instalações em que funcionam as unidades de internamento do Hospital Geral,

poderá referir-se, de modo demonstrativo da sua desadequação, que a uma lotação média de

383 camas correspondia uma área de 2.513m2 (tendo em conta os indicadores de programação

das construções hospitalares, que estabelecem uma área de cerca de 7,5m2/cama, o Hospital

Geral tinha mais 48 camas do que o indicado para o espaço disponível). O subdimensionamento

das unidades de internamento, com um número médio de 21 camas em lugar das 30

recomendadas, traduz-se em custos acrescidos, sobretudo em termos de recursos humanos.

Actualmente, a lotação praticada no Hospital Geral é de 353 camas, em resultado do esforço de

melhoria das condições hoteleiras, e ainda pelo facto de se ter desenvolvido a vertente da

cirurgia de ambulatório.

No que se refere às instalações destinadas a actividades de ambulatório, o Hospital Geral

caracteriza-se igualmente pela sua desadequação face às necessidades. A emergência de

consultas externas de sub-especialidades e o desenvolvimento das actividades de hospital de dia

conduziram à necessidade de improvisar espaços, sempre obtidos através da dispersão e da

eliminação de áreas de apoio. As recentes obras de beneficiação do edifício das consultas

externas, não obstante a sua mais-valia em termos hoteleiros e organizativos, não permitiram

alterar significativamente este cenário.

As instalações em que funcionam os serviços que realizam exames complementares de

diagnóstico e de terapêutica e de apoio clínico do CHC, E.P.E. localizadas no campus do Hospital

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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Geral, são também caracterizadas pela desadequação face às actuais regras de programação de

construções desta natureza.

O Hospital Pediátrico encontra-se instalado num edifício que foi outrora o Convento de Santa

Maria de Celas, pertença da Ordem de Císter, construído no século XIII. Em 1932, o referido

edifício foi adaptado para sanatório de mulheres mas, mercê da evolução terapêutica do

tratamento da tuberculose, acabou por ser transformado em hospital.

A degradação, falta de segurança e exiguidade das instalações em que funciona o Hospital

Pediátrico (o Hospital pratica uma lotação de 84 camas numa área de 507 m2, quando, de

acordo com os ratios definidos, deveria ter apenas 68 camas), decorridos trinta anos de

actividade, conduziram à necessidade de planear uma nova unidade, actualmente em

construção e que se prevê que esteja concluída até final de 2009.

A Maternidade de Bissaya Barreto, inaugurada em 1963, sediada num edifício construído para o

efeito, agrega a Obra Social, que integra um internato de crianças em risco, uma creche e um

infantário.

O edifício que, na altura, constituía uma estrutura claramente avançada no tempo, rico em

materiais e em obras de arte, encontra-se hoje completamente desadequado das exigências

assistenciais (700m2 para 98 camas e 49 berços), carecendo de investimentos que assegurem

condições de segurança a doentes e profissionais.

Globalmente, o CHC, E.P.E. enfrenta elevados custos operacionais em resultado da dispersão da

sua estrutura física, com impacto significativo nos custos de funcionamento, nomeadamente de

recursos humanos e de serviços externos.

3. Oferta de serviços

Hospital Geral

Cardiologia, Cirurgia, Cirurgia Torácica, Doenças Infecciosas, Gastrenterologia, Medicina

Intensiva, Medicina Interna, Nefrologia, Neurologia, Ortotraumatologia, Pneumologia, Urologia,

e Medicina do Sono

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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Hospital Pediátrico

Cardiologia Pediátrica, Cirurgia Pediátrica, Pediatria Médica, Medicina Intensiva, Nefrologia,

Neuropediatria, Ortopedia, Pedopsiquiatria e Oncologia Pediátrica

Maternidade de Bissaya Barreto

Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia

Serviços de acção médica e serviços complementares de diagnóstico e de terapêutica

partilhados pelos três hospitais

Anatomia Patológica, Anestesiologia, Estomatologia, Genética Médica, Hematologia,

Imagiologia, Imunohemoterapia, Medicina Física e de Reabilitação, Neurocirurgia,

Neurorradiologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Patologia Clínica

4. Estrutura organizacional

O Regulamento Interno do CHC, E.P.E., homologado pelo Secretário de Estado da Saúde em 29

de Novembro de 2007, consagra a organização dos serviços de acordo com a seguinte tipologia:

serviços de prestação de cuidados, serviços de suporte à prestação de cuidados e serviços de

gestão e logística. Da página seguinte consta o modelo interno da organização.

Para efeitos de organização da actividade gestionária, o CHC, E.P.E. encontra-se estruturado em

níveis intermédios de administração, os quais visam aproximar o órgão de direcção estratégica

aos serviços de prestação de cuidados e, consequentemente, tornar mais ágil o processo

decisório.

Os serviços de prestação de cuidados encontram-se organizados em departamentos, serviços e

unidades funcionais.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 12 de 100

Fiscal único

Conselho consultivo

Conselho de administração

Presidente

Vogal executivaVogal executiva Enfermeiro-directorDirectora clínica

Auditor interno Comissão da qualidade e segurança do doente Comissão de controlo da infecção hospitalar Comissão de coordenação oncológica Comissão de enfermagem Comissão de ética Comissão de farmácia e terapêutica Comissão de monitorização e recuperação dos tempos de espera Comissão de segurança, higiene e saúde no trabalho Comissão hospitalar de transfusão Comissão inter-departamental Comissão técnica de certificação da interrupção da gravidez Direcção do internato médico Gabinete da qualidade e comunicação Gestor do risco clínico Gestor do risco geral Serviço de segurança e saúde no trabalho

Órgãos de apoio técnico

HospitalGeral

HospitalPediátrico

MaternidadeBissaya Barreto

Serviços de prestação de cuidadosServiços de suporte à

prestação de cuidadosServiços de gestão e logística

Departamento de pedopsiquiatria

Departamento de medicina e

especialidades médicas

•Cardiologia•Gastrenterologia•Infecciologia•Medicina física e de reabilitação•Medicina interna•Nefrologia•Neurologia•Pneumologia•Centro de medicina do sono

Departamento de cirurgia e

especialidades cirúrgicas

•Cirurgia •Estomatologia•Neurocirurgia•Oftalmologia•Ortopedia•Otorrinolaringologia•Urologia

Departamento de anestesiologia e

cuidados intensivos

•Anestesiologia•Cuidados intensivos do Hospital Geral•Bloco operatório do Hospital Geral

Departamento pediátrico

•Centro de desenvolvi-mento da criança•Cardiologia pediátrica•Cirurgia e queimados•Cuidados intensivos pediátricos•Genética médica•Medicina pediátrica•Oncologia pediátrica•Ortopedia pediátrica•Pediatria ambulatória•Urgência do Hospital Pediátrico•Bloco operatório do Hospital Pediátrico

•Urgência e emergência do Hospital Geral

Departamento de saúde da mulher

•Ginecologia•Neonatologia•Obstetrícia•Urgência da Materni-dade Bissaya Barreto•Bloco operatório da Maternidade BissayaBarreto•Centro de diagnóstico pré-natal•Unidade de interven-çãoprecoce

Departamento de hematologia

•Hematologia e imunohemoterapia•Hospital de dia de oncologia médica do Hospital Geral

Departamento de medicina

laboratorial

•Anatomia patológica•Patologia clínica

Departamento de imagiologia

•Radiologia•Neurorradiologia

•Esterilização•Nutrição e dietética•Psicologia•Serviço social•Serviços farmacêuticos

•Gabinete jurídico•Gestão da formação e documentação•Gestão de doentes•Gestão de materiais•Gestão de recursos humanos•Instalações e equipamentos•Planeamento e controlo de gestão•Sistemas e tecnologias de informação•Serviços financeiros•Serviços hoteleiros

Gabinete do utente

Modelo interno de organização

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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5. GOVERNO DA ORGANIZAÇÃO

5.1 Missão, objectivos e política

O CHC, E.P.E., tem como missão a prestação de cuidados de saúde altamente diferenciados em

todo o ciclo da vida humana, numa perspectiva integrada, desde a prevenção à reabilitação,

constituindo-se como centro de referência regional e nacional em áreas consideradas como pólos de

excelência. Faz, também, parte da sua missão a investigação, o ensino e a formação pré e pós-

graduada.

A missão está consubstanciada na visão do CHC, E.P.E. - o reconhecimento como uma organização

de excelência que assume a centralidade do doente como o seu principal compromisso: Centro

Hospitalar de Coimbra, E.P.E. – a excelência no cuidar.

No desenvolvimento da sua actividade, o CHC, E.P.E. orienta-se em função dos interesses dos

doentes, numa perspectiva de defesa do direito à promoção da saúde e da satisfação das suas

necessidades individuais.

Os objectivos a que a organização se obriga, no início de cada ano, estão definidos no contrato-

programa, celebrado com o Ministério da Saúde. Os objectivos negociados têm em conta o

desempenho relativo da organização, exigindo-se ao CHC, E.P.E., nomeadamente no que respeita

aos indicadores económico-financeiros, um esforço significativo, uma vez que a instituição ainda se

situa num nível de desempenho inferior à média da rede.

O CHC, E.P.E. tem vindo a desenvolver, desde 2006, mecanismos de monitorização interna que

abrangem as diversas vertentes do contrato-programa (produção, qualidade, desempenho

económico-financeiro), com o objectivo de garantir o cumprimento das metas estabelecidas.

5.2 Regulamentos a que a organização está sujeita

O CHC, E.P.E. rege-se pelo regime jurídico aplicável às entidades públicas empresariais, com as

especificidades previstas no Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, aplicável por força do

Decreto-Lei n.º 50-A/2007, de 28 de Fevereiro, e seus Estatutos, bem como pelos regulamentos

internos e normas em vigor para o Serviço Nacional de Saúde, que não contrariem as normas

previstas no citado diploma, e ainda por todos os regulamentos externos aplicáveis.

Internamente, a instituição rege-se pelo regulamento interno, homologado em 29 de Novembro de

2007, que estabelece as principais directrizes relativas ao seu funcionamento e constitui o

documento base da organização.

Encontram-se em vigor, devidamente publicitados na intranet do Centro Hospitalar, os seguintes

regulamentos:

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 14 de 100

* Regulamento de compras,

* Regulamento dos horários de trabalho,

* Regulamento da comissão de controlo da infecção,

* Regulamento do gabinete do utente,

* Regulamento do voluntariado,

*Regulamento interno da comissão da qualidade e segurança do doente,

* Regulamento de fundos de maneio,

* Normas regulamentares para a realização de ensaios clínicos.

Estão em fase de elaboração outros regulamentos internos, como por exemplo o regulamento do

serviço de gestão da formação e documentação.

5.3 Princípios de bom governo

O Centro Hospitalar de Coimbra cumpre todos os princípios de bom governo das empresas do sector

empresarial do Estado, contidos na Resolução de Conselho de Ministros n.º49/2007, de 1 de

Fevereiro de 2007, conforme informação constante no sítio das empresas do sector empresarial do

Estado do Ministério das Finanças (www.dgtf.pt).

Remete-se em anexo, o Código de Ética da instituição, aprovado pelo Conselho de Administração

em 16 de Abril de 2009, cuja versão provisória se encontrou disponível na intranet a fim de colher

os contributos dos profissionais, que foram incorporados na versão que agora se apresenta.

5.4 Análise da sustentabilidade nos domínios económico, social e ambiental

Fruto do seu posicionamento, enquanto prestador de serviços de saúde de elevada diferenciação, o

CHC, EPE assume as responsabilidades de sustentabilidade nos domínios da sua intervenção na

sociedade em que se insere e na qual pretende ter voz activa.

Neste contexto, destaca-se a seguinte orientação estratégica do CHC no desenvolvimento das

seguintes actividades:

a) Sustentabilidade económico-financeira do organismo, envidando esforços no sentido da

rentabilização dos recursos disponíveis, prestando actividade assistencial de elevada diferenciação

técnica e de elevada satisfação por parte dos seus clientes utilizadores;

b) Manutenção de relações laborais estáveis que proporcionem segurança no emprego a centenas de

profissionais da instituição e satisfação no desempenho das suas tarefas;

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 15 de 100

c) Estreitamento de prazos de pagamentos a fornecedores de âmbito loco-regional que possibilite a

liquidez da economia regional e evite o estrangulamento de muitas pequenas e médias empresas do

tecido económico local com as consequências previstas ao nível do emprego;

d) Preservação do meio envolvente às três unidades hospitalares e especial atenção dada à

eficiente utilização de recursos e à correcta separação, destruição e envio para reciclagem de

materiais consoante a sua origem.

5.5 Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos órgãos sociais

Identificam-se de seguida os membros dos órgãos sociais, estando as suas funções e

responsabilidades fixadas nos Estatutos (Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de Dezembro):

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Dr. Rui de Melo Pato, Presidente

Dra. Maria Deolinda Magalhães Portelinha Soares Correia, Directora Clínica

Enfermeiro Jorge Paulo de Oliveira Leitão, Enfermeiro Director

Dra. Maria Paula Apolinário Ferreira de Sousa, Vogal Executiva

Dra. Marta Alexandra Fartura Braga Temido, Vogal Executiva

FISCAL ÚNICO

Efectivo: Manuel Domingues e Associado, SROC, representado pelo Dr. Manuel Duarte

Domingues, ROC

Suplente: Dr. Vítor Manuel Simões Valente, ROC

CONSELHO CONSULTIVO

Professor Doutor Vital Martins Moreira, Presidente

Dr. Carlos Alberto Nunes da Silva

Dra. Rosa Reis Marques

Dr. José João dos Santos Cardoso

Maria do Couto Cardoso

Maria Regina Silva

Dr. Vicente Manuel Nogueira Souto

Dr. João Manuel Abreu Barreto

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 16 de 100

Os elementos do Conselho de Administração integram as seguintes comissões especializadas:

- Comissão da qualidade e segurança do doente, presidida pelo Presidente do Conselho de

Administração,

- Comissão de enfermagem, presidida pelo Enfermeiro-Director,

- Comissão inter-departamental, presidida pela Directora Clínica,

- Comissão de farmácia e terapêutica, presidida pela Directora Clínica,

- Conselho coordenador da avaliação, presidido por Vogal Executiva,

- Comissão de coordenação oncológica, presidida pela Directora Clínica,

- Comissão de monitorização e recuperação dos tempos de espera, presidida pela Directora Clínica.

5.6 Remuneração dos membros dos órgãos sociais

A informação referente à remuneração dos membros dos órgãos sociais consta do Anexo II.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 17 de 100

CAPÍTULO II - PRINCIPAIS REALIZAÇÕES DO ANO DE 2008

1. Desenvolvimento de políticas estratégicas

Em consonância com a sua missão e visão, o CHC, E.P.E. definiu, em sede de Plano Estratégico para

2007/2011, as seguintes políticas estratégicas:

* política de desenvolvimento das áreas de excelência, que garanta o incremento das

actividades assistenciais em que a instituição apresenta elevada diferenciação;

* política de gestão integrada, que permita uma gestão eficiente dos recursos afectos à

actividade de exploração;

* política de melhoria contínua da qualidade, que garanta a prestação de cuidados de saúde

com elevados padrões de qualidade;

* política de investimentos que, mediante uma reestruturação funcional, contribua para a

sustentabilidade financeira da instituição, rentabilizando meios técnicos e humanos;

* política de gestão do risco que assegure uma abordagem estruturada nesta matéria e que

tenha como principal objectivo a minimização dos factores de risco para doentes, em especial no

que respeita à sua segurança (patient safety).

Apresentar-se-ão de seguida, de forma necessariamente sintética, as principais realizações do ano

de 2008, organizadas e classificadas segundo as cinco políticas referidas.

A importância de que se reveste a gestão clínica numa instituição prestadora de cuidados de saúde

impõe que se lhe dedique um tratamento prévio e autónomo.

Gestão clínica

A actividade assistencial no CHC, E.P.E. tem-se desenvolvido sob o lema “excelência no cuidar”,

pretendendo-se atingir padrões de elevada eficácia com adequada utilização dos recursos humanos

e técnicos disponíveis.

Instituída a organização departamental no CHC, E.P.E., no ano de 2008 procurou-se reforçar o

papel dos elementos com responsabilidade nos níveis intermédios de administração (directores de

departamento e administradores dos níveis intermédios de administração) e de direcção técnica, na

adopção de medidas organizativas geradoras de maior eficiência e promoção da qualidade na

actividade de cada serviço.

Nesse sentido, destacam-se, de entre as actividades desenvolvidas em 2008, as seguintes:

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 18 de 100

o Formalização da contratualização interna com todos os serviços assistenciais;

o Monitorização do desempenho de todos os departamentos e serviços;

o Redimensionamento da lotação dos serviços, adequando-a à taxa de ocupação;

o Redistribuição dos tempos operatórios para um melhor aproveitamento da capacidade

instalada dos blocos operatórios;

o Monitorização das listas de espera para cirurgia e consultas;

o Informação regular aos serviços dos seus custos com medicamentos e material de consumo

clínico;

o Elaboração de normas de boas práticas de avaliação clínica e prescrição de meios

complementares de diagnóstico, bem como de protocolos terapêuticos em certas áreas;

o Incremento da utilização do registo informatizado (SAM) em todos os sectores de

actividade, tanto no internamento como no ambulatório;

o Implementação do programa Alert P1 para marcação de consultas com os centros de saúde

nos três hospitais;

o Alargamento da rede de apoio a serviços nacionais e estrangeiros por telemedicina, no

departamento pediátrico;

o Avaliação de parâmetros de qualidade e eficiência através de uma análise de

benchmarking efectuada por uma empresa internacional acreditada;

o Participação na formação médica pré e pós graduada, de enfermagem, técnicos de saúde e

áreas afins em diversos patamares de diferenciação;

o Desenvolvimento de actividade científica, com atribuição de três prémios a nível nacional.

Política de desenvolvimento das áreas de excelência

Na prossecução do desenvolvimento das áreas de excelência, salientam-se as seguintes acções:

o Conclusão do programa funcional, aquisição do projecto e lançamento de concurso para a

construção do centro de cirurgia de ambulatório.

o Entrada em funcionamento da nova unidade de hemodinâmica e cardiologia de intervenção,

potenciando um aumento da capacidade de resposta adequado às necessidades da população que

procura a instituição.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 19 de 100

o Elaboração e apresentação de candidaturas no âmbito do disposto na circular normativa n.º

14/DSCS/DGID, de 31/7/2008, com o objectivo da constituição de um centro de elevada

diferenciação (cirurgia bariátrica) e dois centros de tratamento, um visando adultos e outros

crianças, para perfusão subcutânea da insulina, com disponibilização de bombas de perfusão, tendo

em vista contribuir positivamente para uma estratégia de melhoria da acessibilidade das pessoas

com diabetes tipo I a este tipo de terapêutica.

Política de gestão integrada

No que concerne esta política, enumeram-se as principais desenvolvidas:

GESTÃO INTEGRADA DA ESTERILIZAÇÃO

o Encerramento do sector de esterilização na Maternidade de Bissaya Barreto, por questões

de segurança e de qualidade;

o Redefinição de circuitos de recolha e distribuição de materiais da Maternidade de Bissaya

Barreto, a ser esterilizados no sector de esterilização do Hospital Pediátrico;

o Aquisição de algum material cirúrgico para reforço do existente, de modo a permitir um

turnover sem rupturas;

o Início do processo de esterilização na central do Hospital Geral para os centros de saúde do

agrupamento de Coimbra em parceria directa com a ARSC.

GESTÃO INTEGRADA DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

o Reformulação do circuito de requisições, de modo a melhorar a articulação do serviço de

instalações e equipamentos com os diferentes sectores do serviço de gestão de materiais e com os

administradores dos níveis intermédios, com a introdução da obrigatoriedade da digitalização de

todas as requisições para efeitos de garantia da respectiva rastreabilidade, para envio em suporte

electrónico via email e para constituição de pasta de partilha acessível a ambos os serviços

centrais;

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 20 de 100

o Reformulação progressiva do ficheiro-mestre de artigos movimentados pelo armazém 6 do

serviço de gestão de materiais (materiais de manutenção e conservação) e apoio à criação de

armazéns dedicados por tipos de materiais;

o Início da utilização da aplicação informática GHAF para efeitos de requisições electrónicas

de materiais ao armazém;

o Conclusão dos trabalhos de parametrização da aplicação GHAF para efeitos de gestão do

workflow do serviço de instalações e equipamentos em matéria de requisições dos diferentes

serviços do CHC, E.P.E. e gestão «técnica» do imobilizado;

o Criação formal de sectores de actividade de acordo com a natureza das intervenções

realizadas, com destaque para os sectores de electromecânica, construção civil e electromedicina;

o Início do processo de beneficiação das diferentes oficinas, com a criação de espaço próprio

para o sector de electromedicina;

o Conclusão da primeira fase de apetrechamento em matéria de equipamentos de trabalho e

de protecção individual, mais concretamente através da aquisição de fardamento, de equipamentos

de protecção individual e ferramentas para os operários;

o Início da criação de armazém de ferramentas, com a introdução da figura do

«ferramenteiro», para gestão futura do parque de ferramentas actualmente em processo de

renovação;

o Início do processo de qualificação dos fornecedores para as diferentes intervenções a

realizar no âmbito dos sectores de electromecânica, construção civil e electromedicina, bem como

para os materiais a adquirir fora do âmbito de processos anuais de aquisição.

GESTÃO INTEGRADA DE MATERIAIS

o Continuação do processo de centralização dos armazéns;

o Início do procedimento de requisição/encomendas internas, utilizando a nova aplicação

informática GHAF, em serviços e áreas-piloto;

o Continuação do processo de implementação de software para a gestão integrada do serviço

de gestão de materiais/serviços farmacêuticos/serviço de instalações e equipamentos;

o Continuação da política de negociação;

o Elaboração de regulamento de compras.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 21 de 100

GESTÃO INTEGRADA DO MEDICAMENTO

o Início do funcionamento da farmácia central e da farmácia de ambulatório em novas

instalações;

o Continuação do processo de implementação de software para a gestão integrada do circuito

do medicamento;

o Aquisição, instalação e início de funcionamento de equipamentos de distribuição

individualizada semi-automática de medicamentos (Pixys) no serviço de urgência e no bloco

operatório do Hospital Geral;

o Generalização da prescrição electrónica de medicamentos a todos os serviços do Hospital

Geral;

o Intensificação de negociações com fornecedores, que viabilizaram um acréscimo de cerca

de 40% de benefícios relativamente a 2007, sob a forma de notas de crédito.

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HUMANOS

o Introdução do sistema de registo electrónico da assiduidade e do software de gestão das

escalas;

o Colaboração na implementação de programa de integração de novos colaboradores e na

elaboração do “Manual de integração de novos colaboradores”, bem como na realização de acções

de formação periódicas;

o Levantamento de necessidades formativas de todos os colaboradores;

o Criação de mapa de acompanhamento periódico de recursos humanos.

GESTÃO INTEGRADA DE SERVIÇOS HOTELEIROS

o Área de parques, jardins e arranjos exteriores

* realização de estudo prévio sobre necessidades de parqueamento ao nível do Hospital

Geral e definição de metodologia para concurso de concessão/construção de parque de

estacionamento;

* ordenamento das circulações no perímetro do sector da consulta externa do Hospital

Geral e criação de parque provisório de estacionamento.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 22 de 100

o Área de tratamento de resíduos

* organização de processo de compra para preparação de zona para acondicionamento de

resíduos volumosos;

* implementação de procedimentos de pesagens de resíduos dos grupos III e IV nos dois

hospitais integrados onde ainda não existia este tipo de procedimento, para permitir imputação

rigorosa de custos indirectos.

o Área de roupas

*beneficiação da zona de costura do Hospital Geral;

* implementação do procedimento para apuramento de consumo de roupa lavada por centro

de custos, para correcta imputação de custos indirectos;

* preparação e aprovação da normalização de modelos de fardamento para todos os grupos

profissionais, com utilização do novo logótipo

o Área de alimentação

*início da informatização da requisição de refeições na Maternidade de Bissaya Barreto,

através do SAPE (experiência-piloto)

o Área de limpezas

* elaboração de programa funcional para beneficiação do espaço afecto aos adjudicatários

dos serviços de limpeza;

*uniformização de equipamentos associados a material de consumo hoteleiro;

GESTÃO DE TECNOLOGIAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

o Início do processo de fusão das bases de dados da aplicação SONHO, nomeadamente, pelo

desenvolvimento interno de uma aplicação de validação/correcção de identificações comuns, com

base numa tabela de MPI (Master Patient Index);

o Instalação e suporte ao arranque da aplicação informática da gestão de escalas e controlo

biométrico da assiduidade;

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 23 de 100

o Colaboração na implementação da prescrição on-line (GHAF);

o Integração de novas aplicações com o SONHO: ASTRAIA, CARDIOBASE, PIXYS (esta também

com ALERT e GHAF), bem como integração MEGADOSIS-GHAF;

o Apoio na implementação da aplicação de gestão informática do atendimento no sector de

consulta externa do Hospital Geral;

o Desenvolvimento de extensões do SAM para lidar com bases de dados anexas ao processo

clínico e para mostrar cronologia de episódios;

o Renovação da rede informática ao nível das infra-estruturas, com substituição de

equipamentos obsoletos, oferecendo melhores garantias de qualidade do serviço, fiabilidade e

eficiência;

o Requalificação da sala de sistemas do Hospital Geral, garantindo as condições mínimas de

segurança, energia e ambiente para os servidores onde está alojada grande parte da informação

clínica e de gestão;

o Integração em ambiente de domínio de 90% do parque de computadores, garantindo cópias

de segurança dos documentos dos utilizadores e uma melhor gestão do parque informático.

GABINETE JURÍDICO

o Reorganização da composição e modo de funcionamento do Gabinete Jurídico;

o Integração no Gabinete Jurídico da área de pré-contencioso, até então inserido nos Serviços

Financeiros.

GESTÃO DE PROJECTOS

o Acompanhamento e conclusão de projectos

* No âmbito do 3º Quadro Comunitário de Apoio (QCA) e aprovados pelo Programa

Operacional da Saúde:

- Ampliação e remodelação do edifício das Consultas Externas do Hospital Geral

- Ampliação do Serviço de Cardiologia – Unidade de Hemodinâmica e Intervenção Vascular - Climatização da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, da Unidade de Cuidados Especiais à Grávida e da Unidade de Cuidados Intermédios à Puérpera da Maternidade de Bissaya Barreto

* Projecto ENERCA (European Network for Rare and Congenital Anaemias) do Departamento

de Hematologia.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 24 de 100

o Ainda no âmbito do III QCA foram elaborados e apresentados os seguintes projectos no

âmbito do Programa Operacional da Região Centro:

* Remodelação e apetrechamento do serviço de radiologia * Apetrechamento do serviço de oftalmologia * Remodelação das enfermarias do serviço de cirurgia do Hospital Geral * Reapetrechamento do serviço de cuidados intensivos do Hospital Geral

o No âmbito do Programa do Medicamento Hospitalar (PMH) foram apresentados junto da

Administração Central do Sistema de Saúde,IP (ACSS, IP) os seguintes projectos:

1ª Fase * Adequação das infra-estruturas existentes nos Serviços Farmacêuticos do CHC, E.P.E. * Implementação de um sistema de fornecimento automatizado de medicamentos em dose unitária que mereceu aprovação, tendo obtido um financiamento de 100.000€.

2ª Fase * Automatização da Farmácia Hospitalar – aquisição de equipamento automatizado de formas orais sólidas (FDS) * Implementação de um sistema de gestão da qualidade nos Serviços Farmacêuticos – certificação pela NP em ISO 9001:2000

o Apresentação, junto da Direcção Geral da Saúde, da candidatura do Centro Hospitalar de

Coimbra, E.P.E. a centro de tratamento da obesidade e a centro de tratamento para perfusão

subcutânea contínua de insulina.

SERVIÇO DE GESTÃO DE DOENTES

o Implementação do sistema de gestão de atendimento nas consultas externas do Hospital

Geral;

o Implementação da confirmação, através de SMS, da marcação das consultas;

o Reorganização da área de facturação do Hospital Geral;

o Coordenação das actividades conducentes à fusão das três bases de dados do SONHO;

o Monitorização semanal dos internamentos inferiores a 24 horas;

o Implementação do sistema de consulta a tempo e horas;

o Implementação dos procedimentos para a facturação das novas linhas de produção (diálise

convencional e peritoneal, medicamentos de cedência obrigatória, etc.).

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 25 de 100

SERVIÇO DE PLANEAMENTO E CONTROLO DE GESTÃO

o Implementação da contratualização interna como instrumento de responsabilização dos

diversos serviços clínicos assistenciais nos objectivos institucionais assumidos com a tutela,

o Negociação da produção cirúrgica adicional por GDH, exigindo um maior controlo deste tipo

de produção e consequente impacto financeiro para a instituição,

o Avaliação periódica (trimestral e semestral) do desempenho dos departamentos em

colaboração com o Conselho de Administração,

o Integração do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC),

o Realização de acções de formação interna ao secretariado clínico – A importância do papel

do secretariado clínico no âmbito do SIGIC,

o Reestruturação do sector da codificação clínica.

Política de melhoria contínua da qualidade

GABINETE DA QUALIDADE E COMUNICAÇÃO

o Informar os doentes – Pretende-se disponibilizar mais e melhor informação aos doentes

sobre os seus cuidados de saúde e opções de tratamento. Nesse sentido, procedeu-se já à

elaboração de informação para doentes e familiares com o objectivo de melhorar a comunicação

(v.g., desdobráveis informativos do serviço de genética médica, da cirurgia do ambulatório, do

serviço de cuidados intensivos do Hospital Geral).

o Melhorar os canais de comunicação com o público e colaboradores

*Actualização do programa e do manual de integração para novos colaboradores criado em

2007

*Aquisição de meios para agilizar a comunicação com os colaboradores, nomeadamente

“placards” de informação, que complementem as informações disponíveis na intranet

*Criação da imagem corporativa da instituição - neste âmbito foi criado o novo logótipo

institucional, estando a ser ultimado o manual de identidade do CHC, E.P.E.

o Desenvolver sistemas de auditorias clínicas e não clínicas

Auditorias aos registos no processo clínico - durante o ano de 2007 desenvolveu-se uma metodologia

para a realização das auditorias aos registos no processo clínico, tendo-se efectuado mensalmente

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 26 de 100

auditorias, durante o ano de 2008, no Departamento de Medicina e Especialidades Médicas a fim de

se identificarem as áreas onde possam ser introduzidas melhorias. Pretende-se alargar estas

auditorias aos restantes departamentos que integram o Centro Hospitalar.

Política de investimentos

Os principais investimentos realizados em 2008 são os que se resumem:

o Remodelação das enfermarias do serviço de cirurgia do Hospital Geral e do sistema de

aquecimento central

o Remodelação do hospital de dia de quimioterapia

o Remodelação do hospital de dia de hematologia

o Remodelação do serviço de anatomia patológica

o Adjudicação da construção de escada de emergência no Hospital Geral

o Aquisição de projecto para a remodelação do serviço de pneumologia

o Aquisição de projecto para a construção de centro de cirurgia do ambulatório e abertura de

concurso para adjudicação da obra

o Aquisição de diverso equipamento de substituição

Política de gestão do risco

o Desenvolver a gestão do risco geral e do risco clínico como uma prática contínua - neste

âmbito, foram desenvolvidos e implementados procedimentos no que diz respeito à participação de

ocorrências, acompanhados de acções de sensibilização e esclarecimento. Encontram-se em fase de

desenvolvimento políticas e procedimentos nesta área, salientando-se a concepção e aprovação do

sistema integrado de emergência clínica,

o Realização de acções de formação sobre a gestão do risco,

o Acompanhamento de projectos e obras em curso nos vários edifícios do CHC,

o Participação na escolha de diversos equipamentos e definição das especificações técnicas a

que os mesmos devem obedecer,

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 27 de 100

o Diagnóstico de situação relativo aos equipamentos de perfusão automática (seringas e

bombas), tendo em vista a sua uniformização,

o Diagnóstico de situação relativo ao parque de camas e macas do Hospital Geral e da

Maternidade de Bissaya Barreto, tendo em vista a elaboração de um plano faseado de melhoria,

o Colaboração na procura de uma nova definição para o ordenamento interno do campus

hospitalar no Hospital Geral – localização e características das novas edificações, rede viária,

estacionamento, acessibilidades internas, etc.,

o Melhoria da detecção automática, meios de primeira intervenção, sinalética e iluminação

de emergência, bem como preparação dos planos de manutenção dos equipamentos e de detecção

e combate a incêndios,

o Proposta de melhoria da segurança relativa ao perigo de quedas em altura dos doentes,

o Colaboração na definição de diversas medidas que diminuam os riscos na prestação de

cuidados (alteração de procedimentos chave, utilização correcta de materiais e equipamentos,

etc).

COMISSÃO DE CONTROLO DA INFECÇÃO

o Elaboração do regulamento interno da Comissão de Controlo da Infecção (CCI), o Organização e coordenação do núcleo de membros dinamizadores da Comissão de Controlo

da Infecção,

o Vigilância epidemiológica,

o Diagnóstico da situação inicial existente no CHC, E.P.E. relativamente à prevenção e

controlo da infecção associada aos cuidados de saúde,

o Sensibilização dos profissionais dos serviços para preenchimento de documento de

notificação de casos suspeitos de infecção associada aos cuidados de saúde, de modo a permitir o

estudo retrospectivo dos casos de infecção associada aos cuidados de saúde,

o Organização da campanha de higienização das mãos dirigida a profissionais, utentes e

colaboradores.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 28 de 100

2. Centralização no doente

O CHC, E.P.E. desenvolveu durante o ano de 2008 um conjunto de acções que visam melhorar o

atendimento e a prestação de cuidados de saúde ao doente. Salientam-se, designadamente, as

seguintes:

- requalificação de áreas destinadas a internamento no Hospital Geral, com vista a criar melhores

condições hoteleiras para os doentes,

- implementação de um sistema complementar de notificação de doentes [por mensagem de

telemóvel (sms) das convocatórias para as consultas],

- efectivação do sistema de agendamento de consultas com hora marcada,

- entrada em pleno funcionamento das novas instalações da consulta externa do Hospital Geral,

com vista a dar resposta à procura crescente, a par de proporcionar melhores acessibilidades aos

doentes,

- entrada em funcionamento da nova unidade de intervenção cardiovascular,

- disponibilização de mais e melhor informação para os doentes, sobre os seus cuidados de saúde e

opções de tratamento, mediante a elaboração de informação para doentes e familiares com o

objectivo de melhorar a comunicação (v.g., desdobráveis informativos do serviço de genética

médica, da cirurgia do ambulatório, do serviço de cuidados intensivos do Hospital Geral).

3. Formação

A instituição realizou vários cursos e acções de formação dirigidos aos seus profissionais e que se

resumem no quadro seguinte, em termos dos principais temas abordados e do número de

profissionais abrangidos. Deve realçar-se que frequentaram as acções de formação relativas à

temática da infecção hospitalar, durante o ano passado, mais de 800 colaboradores, o que significa

que o CHC superou um dos objectivos do seu contrato-programa, que consistia em envolver em

programas de formação nesta área cerca de 250 trabalhadores.

Foi também feito um levantamento de necessidades de formação dos profissionais menos

qualificados do CHC, E.P.E. no âmbito de um processo de reconhecimento, validação e certificação

de competências (RVCC). Este processo permite reconhecer, validar e certificar as competências

adquiridas pelos adultos ao longo da vida, com vista à obtenção de uma certificação escolar de

nível básico (4.º, 6.º ou 9.º ano de escolaridade) ou de nível secundário (12.º ano de escolaridade).

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 29 de 100

Destina-se a todos os adultos com mais de 18 anos que não frequentaram ou concluíram um nível de

ensino básico ou secundário e que tenham adquirido conhecimentos e competências, através da

experiência em diferentes contextos, que possam ser formalizadas numa certificação escolar.

Assim, e atendendo ao interesse manifestado por um conjunto significativo de trabalhadores desta

instituição, foi estabelecido um protocolo de parceria com o centro de novas oportunidades da

Escola Secundária Jaime Cortesão, que permitirá a realização de sessões de formação nas

instalações do Centro Hospitalar em 2009.

Tema da formação Colaboradores Grupo profissional envolvido

Infecção hospitalar 843 Médico, enfermagem, TDT, pessoal

auxiliar

Acolhimento e integração de novos colaboradores

175 Administrativo, auxiliar, enfermagem, médico, operário, TDT, TSS

Registo electrónico da assiduidade 275 Administrativo, auxiliar, enfermagem, médico, operário, TDT, TSS, dirigente,

técnico, técnico profissional

Gestão do risco 111 Administrativo, auxiliar, enfermagem, médico, operário, TDT, TSS, dirigente,

técnico, técnico profissional

Ventilação não invasiva no serviço de urgência

91 Médico, enfermagem, TDT,

Suporte básico de vida 55 Médico

Suporte avançado de vida 65 Médico

SIADAP 43 Administrativo, auxiliar, enfermagem,

operário, TSS, técnico, técnico profissional

Triagem de prioridades no serviço de urgência

17 Médico, enfermagem

Implantes cocleares 28 Médico, TDT

Lidar com o stress em meio hospitalar

162 Enfermagem

Novo código da contratação pública 86 Administrativo, auxiliar, enfermagem, médico, técnico superior, dirigente,

técnico

Atendimento e comunicação com o utente

18 Pessoal auxiliar

Aperfeiçoamento para secretariado clínico

15 Técnico-profissional, administrativo

Diabetes na gravidez 12 Médico

Escala de dor EDIN 39 Enfermagem

Jovens diabéticos 10 Médico, enfermagem, técnico superior

Prevenção e tratamento de úlceras de pressão

12 Enfermagem

Secretariado clínico em interacção interdepartamental

15 Administrativo, técnico-profissional

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 30 de 100

4. Investigação

O Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E. está empenhado em contribuir para aprofundar o

conhecimento científico. Nesse sentido, vários serviços têm atribuído um papel relevante à

investigação, designadamente pela colaboração em estudos de diversa natureza, pela apresentação

de trabalhos em encontros científicos ou pela publicação de artigos em jornais e revistas

especializados.

Quanto aos projectos de investigação clínica, referem-se a título de exemplo, os principais

projectos levados a cabo pelo departamento de hemodinâmica:

a) Na área da patologia do glóbulo vermelho a reavaliação dos doentes com anemias hemolíticas

congénitas sem etiologia determinada, tendo em conta os conhecimentos mais recentes sobre as

anomalias da permeabilidade da membrana do glóbulo vermelho. Determinação do sexo grupo Rh

do feto através do estudo do DNA circulante no plasma da mãe, com o objectivo de avaliar da

necessidade de administrar anti D à mãe para evitar a anemia hemolítica do recém-nascido.

Continuação dos projectos da rede ENERCA (European Network for Rare and Congenital Anemias) e

na E-Rare (ERA-Net for research programs on rare diseases) em que o serviço está envolvido.

Colaboração com países africanos para o diagnóstico de Hemoglobinopatias.

b) Na área da trombose e hemostase a implementação do estudo molecular do factor H para o

diagnóstico de SHU/TTP e dos polimorfismos no gene proteína C associados a aumento de risco para

sepsis. Introdução do tromboelastograma para a orientação terapêutica nas hemorragias graves e

da análise por multiplate para monitorização de doentes com antiagregação plaquetar.

c) Na área da hemato-oncologia continuar a investigação no âmbito do projecto de investigação em

curso e, em colaboração com outros grupos europeus, estandardizar as tecnologias de detecção da

doença residual mínima na leucemia mielóide crónica.

Em matéria de ensaios clínicos, para além dos iniciados em anos anteriores e ainda em curso, foram

aprovados pelo Conselho de Administração em 2008 oito ensaios na área de pneumologia, dois na

área da neurologia e outros dois na área da cardiologia, um de oftalmologia, outro de infecciologia

e um de ginecologia. Na área pediátrica, verificaram-se ainda dois ensaios clínicos.

No ano transacto, foi também aprovada a realização de dez estudos observacionais, em áreas tão

diferentes como a pneumologia, a ginecologia ou a cardiologia, entre outras.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 31 de 100

5. Gestão de recursos humanos

A dotação global de recursos humanos do Centro Hospitalar no ano de 2008 foi de 2.569

trabalhadores, nos termos do n.º 2 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29/01, aplicável

ao Centro Hospitalar de Coimbra por força do n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 50-A/2007, de

28/02.

De entre estes trabalhadores, o grupo profissional mais numeroso é o dos enfermeiros, com 877

enfermeiros a exercer funções, seguido do pessoal dos serviços gerais, com 522 profissionais, e do

grupo profissional médico, com 550 profissionais, dos quais 331 médicos especialistas e 219 médicos

em formação, em 31 de Dezembro de 2008.

A despesa total com recursos humanos no ano de 2008 foi de 86.709.890,82 €, o que representou

um crescimento de 1,1% face ao ano de 2007, apesar dos esforços de contenção do crescimento da

despesa, tendo em conta o objectivo de manter os encargos com recursos humanos no ano de 2008

com uma taxa de crescimento de 0% relativamente ao ano de 2007, desde logo contrariados pelo

aumento aplicado à retribuição base de todos os trabalhadores de 2,1 %. É de notar que se observa

uma tendência para quebrar o aumento da despesa, uma vez que o crescimento fora de 2,6% no ano

de 2007 face ao ano anterior.

Entre os grupos profissionais, a despesa distribuiu-se de forma desigual, tendo o grupo profissional

médico representado 31,1% e o grupo profissional de enfermagem representado 20,9% da mesma,

incluindo a retribuição base, o trabalho extraordinário e os suplementos por trabalho nocturno.

O ano de 2008 foi de mudança para a maior parte dos trabalhadores do CHC, E.P.E.. Para os

trabalhadores com vínculo público, em maioria, a Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, introduziu

um novo regime de vínculos, carreiras e remunerações, e a Lei n.º 58/2008, de 09 de Setembro,

introduziu um novo regime disciplinar. Esta renovação preparou a introdução de um novo regime de

trabalho em funções públicas, em contrato de trabalho, nos termos da Lei n.º 59/2008, de 11 de

Setembro, a vigorar no ano seguinte. Estes novos regimes traduziram-se em alterações em muitas

carreiras da função pública e, em outras, como as carreiras médica e de enfermagem, numa

indefinição quanto ao novo regime das mesmas, que se encontra em fase de negociação. Para os

trabalhadores com vínculo privado foi introduzido, no ano anterior, o regime do contrato individual

de trabalho que, por um lado, trouxe mais estabilidade no âmbito da autonomia do Centro

Hospitalar de Coimbra para celebrar contratos de trabalho com e sem termo mas que, por outro

lado, se traduziu na indefinição quanto às carreiras, que deixaram de ter de ser obrigatoriamente

análogas às da função pública mas para as quais ainda não existem carreiras negociadas entre os

representantes dos empregadores e dos trabalhadores.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 32 de 100

6. Gestão do medicamento

Para os serviços farmacêuticos, o início do ano de 2008 ficou marcado pela mudança de instalações

para um espaço dentro do edifício central do Hospital Geral, onde se inclui também o armazém de

medicamentos e soros.

Esta transição permitiu:

- melhorar significativamente o ciclo de distribuição dos medicamentos e soros aos serviços,

evitando-se o recurso a serviços externos para distribuição;

- uma eficaz gestão dos stocks, com a agregação dos três armazéns existentes no Hospital Geral

num só, reduzindo os níveis de armazenamento;

- a criação de um laboratório de farmacotecnia, com câmara de fluxo laminar, para a manipulação

de medicamentos sempre que necessária uma personalização da terapêutica e sempre que possível

um fraccionamento das dosagens disponíveis no mercado.

Para além da melhoria das instalações, com vista à satisfação das necessidades de medicamentos

nos diversos serviços do CHC, E.P.E., foram inauguradas as instalações da unidade de ambulatório

dos serviços farmacêuticos, localizadas junto à consulta externa e de acesso privilegiado aos

doentes.

Com o objectivo de racionalizar o uso de medicamentos foi implementada a distribuição de

medicamentos em unidose em todos os serviços, à excepção do serviço de cirurgia, bem como a

prescrição de medicamentos on-line através da aplicação informática GHAF, permitindo uma maior

comodidade de prescrição, uma prescrição sempre actualizada, uma análise do perfil

farmacoterapêutico na sua totalidade, uma diminuição dos erros de prescrição, de interpretação e

de transcrição, um aumento da eficiência e segurança do processo, uma gestão de logística do

medicamento, uma rentabilização dos recursos humanos, uma maior qualidade do trabalho e

serviço prestado e uma imputação de custos por centro de custo/doente.

Ao nível da dotação do serviço de instrumentos capazes de melhorar a racionalização e a

monitorização sistemática e compreensiva do consumo de medicamentos no serviço de urgência e

no bloco operatório foi implementado o sistema automático de dispensa de medicamentos – pyxis -

tendo como vantagens a segurança, precisão e controlo na gestão dos stocks, imputação directa do

medicamento ao doente e rentabilização dos recursos humanos de enfermagem. No serviço de

urgência verificou-se um decréscimo de 3,32% no consumo de medicamentos após a implementação

deste sistema.

Como consequência de uma candidatura realizada no ano de 2008 ao Programa do Medicamento

Hospitalar, em 2009 os serviços farmacêuticos serão objecto do desenvolvimento e implementação

de um sistema de gestão da qualidade, observando os requisitos regulamentares aplicáveis a este,

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 33 de 100

bem como os requisitos estabelecidos na NP EN ISO 9001, e o serviço de cirurgia será dotado de um

equipamento pyxis.

Ainda para o ano de 2009, os serviços farmacêuticos pretendem informatizar a requisição de soros e

desinfectantes pelos diversos serviços, sendo feitas até ao momento em suporte papel, e

centralizar a distribuição de gases medicinais, com base nos procedimentos já existentes para a

distribuição dos restantes medicamentos.

Ambiciona-se, finalmente, que no ano de 2009 sejam dados passos importantes na realização de

protocolos terapêuticos num serviço piloto, e com uma equipa multidisciplinar constituída por

médicos, farmacêuticos, enfermeiros, gestores e técnicos de informação.

Os serviços farmacêuticos têm tido nos últimos anos uma política transversal a todo o CHC, E.P.E.,

que passa pela adopção de medidas de gestão e a dotação dos serviços com instrumentos que

permitam uma diminuam a despesa em medicamentos, sem contudo afectar a eficácia terapêutica.

7. Gestão de compras

No ano de 2008, o serviço de gestão de materiais do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E. deu início

ao desenvolvimento de um projecto-piloto na área dos armazéns de material hoteleiro e

administrativo, intitulado “requisição electrónica de bens de consumo via aplicação informática –

GHAF”. Para o efeito, foi constituído um grupo de trabalho, composto por enfermeiros-chefes e

administrativos de diversos serviços do Hospital Geral. O desenvolvimento deste projecto teve

como principais objectivos harmonizar as práticas do processo de distribuição e gestão de stocks,

diminuir a dispersão dos sistemas de requisição e reduzir os níveis de desperdício.

Ao longo do mesmo ano, foram também levadas a cabo um conjunto de iniciativas tendo em vista a

melhoria das infra-estruturas até então existentes nas áreas dos armazéns de material hoteleiro,

administrativo e de manutenção e conservação do Hospital Geral.

Procedeu-se, igualmente, à reorganização dos processos de aquisição de material de manutenção e

conservação, à constituição de stocks deste material, bem como à reformulação do circuito de

requisições de forma a alcançar uma melhor e mais eficiente articulação entre o serviço de gestão

de materiais e o serviço de instalações e equipamentos.

Paralelamente, foram reorganizados alguns processos de aquisição de material de consumo clínico.

Para o ano de 2009, o serviço de gestão de materiais do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

definiu como linha estratégica orientadora uma maior racionalização e eficiência dos processos

inerentes à logística de aprovisionamento, consubstanciada numa redução dos custos de aquisição,

armazenamento e distribuição, bem como na reorganização e elaboração atempada dos processos

de aquisição de bens de consumo.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 34 de 100

8. Actividade assistencial

O CHC, E.P.E. assumiu, em sede de plano de desempenho para 2008, a produção global para o

período. Este documento constituiu a base para as metas fixadas no contrato-programa, o qual se

destina a fixar a produção e o respectivo financiamento relativos aos doentes do SNS que, na

instituição, representam cerca de 87% da população total atendida - ainda que existam variações

desta percentagem por linha de actividade.

Para apreciação global da actividade da instituição, apresentam-se os resultados das principais

linhas de produção que caracterizam a produção assistencial: o internamento, a consulta externa, o

hospital de dia, a actividade cirúrgica e a urgência.

Internamento Variação

2007 2008 Valor %

Lotação 562 535 -27 -4,8%

Doentes Saídos (S/Berçário) 22.516 22.682 166 0,7%

Doentes Saídos (c/Berçário) 25.687 25.946 259 1,0%

Doentes equivalentes 23.550 23.704 154 0,7%

Relação Doente Saído ↔ Doente Equivalente 0,917 0,914 0,00 -0,4%

Demora Média 7,66 7,65 0 -0,1%

Taxa de Ocupação (%) 84,13 88,62 4 5,3%

Doentes saídos por cama 40 42 2 5,8%

Índice de Casemix (ICM) 1,072 1,091 0,02 1,8%

* Não inclui 49 berços

O número de doentes saídos, excluído o berçário, apresentou um aumento de 0,7% (+ 166 doentes

saídos) face ao realizado em 2007. Este acréscimo justifica-se pelo aumento verificado no Hospital

Geral de 2,7% (+351 doentes saídos), sendo que na Maternidade de Bissaya Barreto se verificou

idêntico número de doentes saídos e no Hospital Pediátrico um decréscimo de 5,38% (-201 doentes

saídos) face a 2007.

Por outro lado, a relação doente equivalente/doente saído manteve-se idêntica em 2007 e 2008.

Esta questão assume especial relevância, dado que o doente equivalente constitui a unidade de

pagamento do contrato-programa. Da leitura do quadro supra pode concluir-se que os doentes

equivalentes correspondem a cerca de 91,4% de doentes saídos, o que significa que não se verifica

paridade.

Relativamente aos indicadores de eficiência desta linha de produção, constatou-se que a demora

média registou uma ligeira diminuição de 0,1% dos dias médios de internamento face ao registado

em 2007. Uma análise sumária deste indicador nos últimos anos, permite constatar que a demora

média não se chegou a situar nunca abaixo de 7,2 dias. Assim, este objectivo, que se mantém há 2

anos, não foi ainda atingido, pelo que foi revisto para 2009. De facto, contribuem para o não

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 35 de 100

cumprimento deste objectivo o aumento da cirurgia de ambulatório, a deficiente resposta da Rede

Nacional de Cuidados Continuados, a par do envelhecimento da população. Saliente-se, por fim,

que a demora média do grupo se situou nos 7,85 dias, bastante acima do valor alcançado em 2008

pelo CHC, E.P.E.

A taxa de ocupação registou um ligeiro aumento face ao verificado em 2007. O número de doentes

saídos por cama denota um aumento de 5,8% (+ 2 doentes), resultado do aumento global do número

de doentes saídos e da diminuição da lotação praticada, que passou de 562 para 535 camas.

No que diz respeito ao índice de case-mix, que traduz o coeficiente global de ponderação da

produção que reflecte a relatividade de um hospital face aos outros, em termos da sua maior ou

menor proporção de doentes com patologias complexas e, consequentemente, mais consumidoras

de recursos), este indicador tinha sido de 1,072 em 2007, tendo atingido 1,091 no ano seguinte.

Este acréscimo resultou sobretudo de uma aposta no sector da codificação clínica como área

estratégica de excelência para a instituição, onde foi dada primazia à qualidade da informação dos

processos clínicos.

Conforme se pode constatar no quadro seguinte, o número de partos da Maternidade de Bissaya

Barreto apresentou um aumento de 2,9% (+ 93 partos) face ao executado em 2007, mantendo-se o

número médio diário de partos. Dos 3282 partos efectuados nasceram 3343 crianças.

Destaca-se o crescimento de 7,8% (+113 partos) dos partos eutócitos e uma diminuição dos partos

distócitos de 1,2% (- 20 partos), facto positivo a registar.

Bloco de Partos 2007 2008 Variação

Valor %

Distócitos 1.735 1.715 -20 -1,2%

Eutócitos 1.454 1.567 113 7,8%

Total de Partos 3.189 3.282 93 2,9%

Total de Nascimentos 3.252 3.343 91 2,8%

Partos/Dia 9 9 0 2,9%

A linha de produção consultas externas registou um crescimento muito significativo, que se

traduziu num aumento global de 6,3% em 2008 (+ 14.905 consultas).

As primeiras consultas evidenciam um aumento de 13,2% (+ 8.551 consultas) e as subsequentes de

3,7 % (+ 6.354 consultas). Consequentemente, o peso das primeiras consultas no total de consultas

denuncia um acréscimo de 6,5% (+1,78 pp.).

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 36 de 100

Pode afirmar-se que o aumento das primeiras consultas revela uma evidente melhoria na

acessibilidade dos doentes à instituição. Naturalmente, este maior acesso traduziu-se num aumento

da procura cirúrgica (que, como se verificará adiante, também regista um incremento) e traduziu-

se igualmente na descida da lista de espera para primeiras consultas.

Para 2008, o objectivo superiormente estabelecido de redução da lista de espera era de 5,6%. O

CHC superou claramente tal objectivo, já que se situou numa redução de 21%, tendo exigido,

portanto, um esforço ainda maior e continuado, na diminuição da lista de espera da consulta.

Não é previsível, porém, que esta tendência de redução se repita em anos vindouros. Por um lado,

não se prevêem alterações dignas de relevo no número de recursos humanos e, por outro lado, os

utentes de outras áreas geográficas, em determinadas especialidades, como neurocirurgia, têm

aumentado, muito por indefinição das redes de referenciação. Acresce que a redução verificada

também se ficou a dever a um expurgo da lista de espera.

Em 2008, observou-se um acréscimo das consultas não médicas na ordem dos 10,7% (+ 661

consultas) face ao realizado em 2007. No entanto, estas consultas (psicologia, nutrição e apoio às

especialidades médicas) não são objecto de financiamento por parte do Ministério da Saúde, mas

antes inteiramente suportadas pela instituição, por forma a garantir a qualidade da prestação de

cuidados de saúde aos doentes.

Consulta Externa 2007 2008 Variação

Valor %

1ªs Consultas 64.591 73.142 8.551 13,2%

Consultas Subsequentes 170.469 176.823 6.354 3,7%

Total de Consultas 235.060 249.965 14.905 6,3%

Peso das 1ªs Consultas 27,48% 29,26% 1,78

pp.

6,5%

Consultas não médicas 6.176 6.837 661 10,7%

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 37 de 100

No que concerne à produção em hospital de dia, deve ressalvar-se que, no quadro abaixo, estão

contabilizadas todas as sessões realizadas, independentemente do tipo de classificação de

“produto” a que posteriormente deram origem1.

O hospital de dia registou um aumento global de 23,1% (+1.135 sessões), resultado de um acréscimo

do tipo de sessões outras, onde se incluem tratamentos de cardiologia, neonatologia, diabetes,

ortopedia, gastrenterologia, neurologia, cirurgia e quimioterapia.

401 46276 83

907497 77 105

3.452

4.901 4.913

6.048

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

Hematologia Imunohemoterapia Infecciologia Psiquiatria Outros Total

Número de Sessões de Hospital de Dia

2007 2008

No que respeita à actividade cirúrgica, assistiu-se, em 2008, a um crescimento no total da produção

cirúrgica programada de 6,6% (+727 doentes) face ao período homólogo. Este crescimento resultou,

em grande medida, do empenho dos serviços cirúrgicos no esvaziamento das listas de espera e das

reuniões de acompanhamento de monitorização realizadas com o Conselho de Administração e os

serviços cirúrgicos.

Em contrapartida, a actividade da produção urgente diminuiu 10,7% (- 363 doentes), facto positivo

a registar.

Da leitura do quadro da actividade cirúrgica pode ainda concluir-se que a produção convencional

(que implica internamento) registou uma diminuição do número de doentes intervencionados de

8,8% (- 666 doentes), sobretudo resultado de um decréscimo da produção adicional de 66,5% (-

551doentes).

Deve sublinhar-se que a produção cirúrgica do ambulatório apresenta um crescimento muito

significativo de 41,6% (+1393 doentes intervencionados), o que resulta em grande parte de um

aumento da produção base de 43,4% (+1.184 doentes). Consequentemente, o peso da cirurgia de

ambulatório no total das cirurgias programadas sobe de 32,59% em 2007 para 41,84% em 2008.

Face ao exposto, pode concluir-se que o aumento da produção cirúrgica se fica essencialmente a

dever ao aumento da produção do ambulatório.

1 Em resultado da aplicação da Portaria n.º 110 - A/2007, de 23 de Janeiro, que estabeleceu uma nova forma de

classificar actos médicos, uma parte das sessões de hospital de dia passou a gerar GDH médicos, como seja por exemplo

uma fatia significativa das sessões de quimioterapia.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 38 de 100

Bloco Operatório Nº de doentes

2007 2008 Variação

Convencional Valor %

Base 6.767 6.652 -115 -1,7%

Adicional 829 278 -551 -66,5%

Total Convencional 7.596 6.930 -666 -8,8%

Ambulatório

Base 2.725 3.909 1.184 43,4%

Adicional 624 833 209 33,5%

Total Ambulatório 3.349 4.742 1.393 41,6%

Total da Produção Programada 10.945 11.672 727 6,6%

Peso da Cirurgia Ambulatório/Total de

Cirurgias Programadas*

32,59% 41,84% 9,2 pp. 28,4%

Urgente 3384 3021 -363 -10,7%

* Indicador calculado com base no número de intervenções

Globalmente, o movimento dos serviços de urgência dos três hospitais integrados registaram um

acréscimo de 4,2% face ao ano anterior. Uma análise ao número de atendimentos por hospital põe

em evidência que a taxa de crescimento maior foi a da urgência geral, que se situou em 6,1% (+

4.153 atendimentos); a urgência pediátrica registou um crescimento de 2,5% (+ 1.355

atendimentos) e a urgência de obstetrícia/ginecologia de 1,9% (+ 336 atendimentos).

A reorganização em curso dos centros de saúde, particularmente a criação das unidades de saúde

familiar, poderá futuramente contribuir para o decréscimo do número de atendimentos que, em

muitos casos, configuram a necessidade de um atendimento prioritário, mas não urgente, podendo

muitas situações ser resolvidas ao nível dos cuidados de saúde primários. Por outro lado, o

envelhecimento da população é outro dos factores que contribuiu para o aumento do número de

atendimentos na urgência do Hospital Geral.

Urgência 2007 2008 Variação

Nº de Atendimentos Valor %

Geral 67.702 71.855 4.153 6,1%

Obstetrícia e Ginecologia 17.895 18.231 336 1,9%

Pediatria 53.606 54.961 1.355 2,5%

Total 139.203 145.047 5.844 4,2%

Urgência/Dia 381 396 15 3,9%

% Internados 10,13% 9,60% -0,53 pp. -5,2%

Importa ainda referir que o CHC, E.P.E. cumpriu, globalmente, os compromissos assumidos em sede

de contrato-programa, tendo mesmo ultrapassado a produção contratada em algumas linhas de

produção, nomeadamente nas consultas externas, como se demonstrou.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 39 de 100

9. Auditor Interno

O Conselho de Administração nomeou, com efeitos a 1 de Agosto de 2008, o auditor interno do

CHC, E.P.E., cujas competências se encontram definidas no artigo 17.º do Decreto-Lei n.º

233/2005, de 29 de Dezembro.

Foi elaborado e aprovado pelo Conselho de Administração o plano de actividades para o ano de

2009, de que se destacam as auditorias às áreas de compras, gestão de contas a pagar, gestão do

imobilizado e logística/farmácia – existências.

10. Análise económico-financeira

O desempenho económico-financeiro do CHC, EPE apresenta, no final do exercício de 2008, uma

evidência de melhoria, quer na sua análise quantitativa, quer na sua análise qualitativa, como a

seguir se explanará com maior detalhe.

Custos e Perdas

A evolução global dos custos do CHC em 2008 regista uma variação pouco significativa de 1,67%,

face a 2007, o que demonstra, desde logo, a especial atenção que é atribuída à necessidade da sua

contenção no sentido de procurar o equilíbrio económico da instituição a médio prazo.

Contudo, o facto mais saliente, no que diz respeito à estrutura de custos de 2008, prende-se com o

peso de cada uma das rubricas que a compõem no seu total.

De facto, é de salientar o decréscimo do peso relativo dos custos que dizem respeito a exercícios

anteriores na estrutura de custos do CHC, exemplificativo da melhoria dos sistemas da informação e

dos processos de gestão internos que permitem uma melhoria assinalável na própria informação

disponível no que diz à correcta imputação dos custos aos exercícios a que os mesmos dizem

respeito.

Total de custos 152.668.229,29 155.213.423,76 1,67%

2008 Variação 2007

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 40 de 100

Consumos

Fruto da crescente actividade assistencial da instituição, no seu todo, os consumos de materiais,

enquanto custos variáveis da actividade produtiva, registaram uma tendência crescente que a

acompanhou, salvo na importante rubrica de produtos farmacêuticos, e com particular destaque

para a rubrica de medicamentos.

Consumos 41.986.191,83 44.105.999,17 5,05%

Produtos Farmacêuticos 31.178.188,95 31.892.610,80 2,29%

Medicamentos 28.091.604,28 27.682.793,25 -1,46%

Reagentes 2.727.663,62 3.779.051,49 38,55%

Outros produtos farmacêuticos 358.921,05 430.766,06 20,02%

Material de consumo clínico 9.978.950,49 11.158.513,24 11,82%

Material de consumo hoteleiro 268.032,70 332.543,49 24,07%

Material de consumo administrativo 208.048,27 211.931,48 1,87%

Material de manutenção e de conservação 352.971,42 510.400,16 44,60%

Variação20082007

Deve-se, contudo, atentar que a maior parte das restantes categorias de consumos verificaram

fortes incrementos face ao verificado no ano de 2007.

Se, por um lado, tal facto não deixa de ser uma constatação em termos quantitativos, também não

deixa de ser um registo da melhoria qualitativa da informação disponível a este nível por parte do

CHC, nomeadamente em resultado da melhoria do seu sistema de informação e dos registos que lhe

servem de base.

Isto para afirmar, e tal como foi corroborado no ponto anterior deste texto sobre esta mesma

matéria, que as imputações de custos ao exercício económico em que os mesmos são suportados se

encontram cada vez melhor espelhados nas demonstrações financeiras desta organização, pelo que,

sendo a base de análise de pior qualidade de informação, naturalmente que os resultados de 2008,

comparados com o exercício transacto se encontram enviesados.

De qualquer forma, saliente-se:

o A performance assinalável da evolução dos custos com medicamentos, especialmente fruto

da melhoria do processo negocial na sua aquisição, bem como na gestão da própria aquisição;

o A realização de novas técnicas terapêuticas que diferenciam a actividade de prestação de

cuidados de saúde do CHC, apesar de registar repercussões assinaláveis em termos de consumos

de reagentes, nomeadamente, com o apoio à transplantação hepática, novos estudos

moleculares e novas técnicas analíticas na área da citometria de fluxo para diagnóstico;

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 41 de 100

o A recente publicação do novo enquadramento sobre a utilização de dispositivos de uso

único tem pressionado fortemente a aquisição de material descartável com significativo impacto

ao nível do crescimento do consumo com material de uso clínico;

o O aumento da produção cirúrgica tem igualmente, implicado com necessidades acrescidas

de material de consumo clínico e justificando parte do acréscimo registado em 2008 desta

categoria de consumos.

Fornecimentos e Serviços

A rubrica de fornecimentos e serviços, que resulta de processos de contratação de serviços no

exterior e para os quais o CHC não dispõe de recursos próprios para os executar, apresenta uma

variação muito significativa face a 2007.

Essa variação é resultado da seguinte actividade:

o Acréscimo de realização de meios complementares de diagnóstico e de terapêutica em

entidade privadas terceiras, em especial no que diz respeito a medicina nuclear;

o Aumento do recurso a profissionais liberais, em regime de prestação de serviços ou

contratos de tarefa, para assegurar o exercício de funções para as quais não existe

disponibilidade de recursos humanos próprios para as executar;

o Incremento de recurso a serviços de conservação e de reparação no exterior, igualmente

por falta de capacidade instalada para a sua execução por meios próprios;

o Acréscimo de solicitações em grandes rubricas de subcontratação de serviços e com forte

impacto financeiro, em especial no que respeita a serviços de alimentação, de limpeza, de

vigilância e de tratamento de roupa.

Fornecimentos e Serviços Externos 13.002.488,35 15.686.943,99 20,65% Subcontratos 4.417.781,95 5.049.041,93 14,29%

Em entidades Ministério da Saúde 1.861.848,22 1.437.460,69 -22.79% Em outras entidades 2.555.933,73 3.611.581,24 41,30% Fornecimentos e Serviços 9.174.041,74 10.637.902,06 15,96% Fornecimentos e Serviços I 1.257.702,17 1.604.494,35 27,57%

Fornecimentos e Serviços II 484.612,69 983.872,73 103,02%

Fornecimentos e Serviços III 7.358.122,08 7.900.447,26 7,37% Outros Fornecimentos e Serviços 73.604,80 149.087,72 102,55%

2007 2008 Variação

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 42 de 100

Custos com Pessoal

A rubrica de custos com pessoal, que representa quase 56% dos custos totais da instituição, registou

uma evolução positiva de reduzida expressão e é a principal responsável pela evolução reduzida dos

custos totais do próprio CHC.

Custos com Pessoal 85.752.364,59 86.762.060,19 1,18%

Remuneração dos Órgãos Directivos 343.087,42 345.967,93 0,84%

Remunerações de Pessoal 73.176.126,34 73.649.203,70 0,65%

Remunerações Base de Pessoal 45.389.836,06 46.640.161,72 2,75%

Suplementos de Remunerações 19.143.221,81 18.509.764,18 -3,31%

Prestações Sociais 436.934,94 513.964,38 17,63%

Subsídios de Férias e de Natal 8.206.133,53 7.985.313,42 -2,69%

Pensões 1.597.504,10 1.744.090,57 9,18%

Encargos sobre remunerações 9.268.448,12 9.681.047,18 4,45%

Seguros de acidentes de trabalho 39.282,88 51.167,63 30,25%

Outros custos com pessoal 1.327.915,73 1.290.583,18 -2,81%

2008 Variação2007

Constata-se, aliás, que a variação positiva nesta rubrica é inferior ao acréscimo salarial registado

em 2008, pelo que se denota um grande esforço de racionalização de custos com pessoal

procurando padrões mais elevados de eficiência na gestão deste importante recurso.

Sintomático de tal conclusão, registe-se a redução dos encargos com os suplementos de

remunerações, onde se inclui a rubrica de horas extraordinárias, que registou um decréscimo de

3,31%.

Custos Extraordinários

Tal como já exposto, a rubrica de custos extraordinários registou um decréscimo significativo quer

em termos quantitativos, -45.60%, quer no que diz respeito à sua importância na estrutura de

custos.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 43 de 100

Para o decréscimo em valor absoluto de três milhões e meio de euros contribuíram os seguintes

factores:

o Redução igualmente digna de registo em correcções a fornecimentos e serviços com uma

redução de 50%, sintomático de uma melhor afectação de custos ao próprio exercício;

o Em contra ciclo, encontram-se as correcções a compras que aumentaram em 23,29% face

ao ano transacto, e que merecerá especial atenção durante o exercício de 2009;

o Redução dos valores corrigidos na facturação emitida a clientes superior a meio milhão de

euros, o que denota uma melhoria no processo da facturação com menores necessidades de

correcções em exercícios posteriores ao da sua emissão;

o Em contra ciclo, registe-se o acréscimo de correcções a compras mas que resultou da

necessidade de se proceder à regularização de um volume de compras em torno dos 400.000

euros que não foi possível regularizar em anos anteriores.

Proveitos

A globalidade dos proveitos do CHC registou um moderado crescimento de 2,63%, por comparação

com o exercício de 2007, pelo que, sendo um registo de crescimento superior ao dos custos,

permitiu melhorar o desempenho económico global da instituição.

Custos e Perdas extraordinários 7.458.600,88 4.057.584,65 -45,60% Transferências de capital concedido 14.559,66 0,00 -100,00% Dívidas Incobráveis 71.810,40 119.933,50 67,01% Perdas em existências 1.285.814,07 98.432,66 -92,34% Perdas em Imobilizações 15.930,30 11.202,61 -29,79% Multas e Penalidades 1.829,78 4.848,61 164,98% Correcções exercícios anteriores 6.038.457,71 3.819.446,93 -36,75%

Correcções a Compras 488.463,34 602.217,64 23,29%

Correcções a Fornecimentos e Serviços 3.792.674,74 1.896.065,29 -50,01% Correcções a custos com pessoal 404.496,47 426.382,30 5,41%

Correcções a outros custos e perdas operaionais 384,00 168,00 -56,25% Correcções a Custos e perdas financeiros 462,26 -100,00% Correcções a Custos e perdas extraordinários 0,40 2.791,82 Outras Correcções 1.351.976,50 891.779,38 -34,04%

Outros custos e perdas extraordinárioas 30.198,96 3.720,74 -87,68%

2007 2008 Variação

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 44 de 100

Total de proveitos 142.246.658,26 145.986.119,38 2,63%

2008 Variação2007

No entanto, e à semelhança do que foi exposto no que concerne à estrutura de custos, também os

registos de proveitos melhoraram significativamente em termos qualitativos, como se explicará

pela análise da rubrica de proveitos extraordinários.

Prestações de Serviços

A análise comparativa entre os dois exercícios de 2007 e de 2008 da rubrica de Prestações de

Serviços encontra-se enviesada pelo facto de apenas com a mudança de estatuto do CHC se ter

iniciado o processo de contabilização da facturação emitida por prestações de serviço ao SNS com

base no contrato programa celebrado entre as partes.

Prestações de Serviços 114.335.460,62 137.203.813,38 20,00%

Internamento 49.272.210,00 62.832.456,74 27,52%

Consulta 19.022.713,02 24.811.722,80 30,43%

Urgência 15.263.789,38 18.683.457,36 22,40%

Hospital de Dia 5.011.144,83 5.350.652,12 6,78%

Meios complementares diagn e terapêutica 3.058.261,57 2.989.431,04 -2,25%

Taxas Moderadoras 910.423,70 918.968,50 0,94%

Outras prestações serviços de saúde 17.072.406,75 16.956.467,51 -0,68%

Outras prestações serviços 4.724.511,37 4.660.657,31 -1,35%

20082007 Variação

No entanto, e se se pretender estabelecer essa comparação com o ano transacto, deverá atentar-se

que a comparticipação por serviços prestados a utentes do SNS foi contabilizada na rubrica de

subsídios auferidos. Analisando comparativamente com esta correcção, conclui-se por uma variação

positiva na facturação emitida, a nível global do CHC, de 5% e que se transforma no principal motor

na procura do equilíbrio económico institucional.

Contudo, pelo facto de não existir informação contabilizada relativamente à distribuição dos

subsídios auferidos, no período do CHC enquanto organismo do sector público administrativo, não é

possível efectuar-se uma análise mais fina à evolução da facturação emitida por linhas de

actividade assistencial.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 45 de 100

Proveitos e ganhos extraordinários

A análise desta rubrica evidencia elevadas disparidades do exercício anterior para o exercício em

análise, pelo que a sua descrição em termos comparativas é de alguma complexidade.

Proveitos e ganhos extraordinários 9.776.534,08 6.170.170,59 -36,89%

Ganhos em existências 2.087.517,86 162.006,93 -92,24%

Beneficios contratuais 682,21 3.525,12 416,72%

Reduções de amortizações e de provisões 3.995,19 0,00 -100,00%

Correcções relativas a exercícios anteriores 4.810.755,83 3.894.198,02 -19,05%

Correcções a prestações de serviços 3.306.977,03 3.241.682,47 -1,97%

Correcções a outros proveitos operacionais 527.073,56 405.749,86 -23,02%

Outras correcções 976.705,24 246.765,69 -74,73%

Outros proveitos exatrordinários 2.873.582,99 2.110.440,52 -26,56%

2008 Variação2007

Atente-se que a eliminação do processo de encontro de contas, com substituição pelo processo de

Clearing House, tornou-se prejudicial para o CHC pelo facto da maioria dos clientes pertencer,

ainda, ao sector público administrativo, estando por isso fora deste processo de regularização de

dívida vencida, pelo que o processo de regularização de créditos se encontra mais comprometido a

partir de 2008.

Resultados de exploração

Tal como já assinalado parcelarmente, o resultado de exploração do hospital melhorou

significativamente, sendo disso exemplificativo o decréscimo do resultado negativo numa variação

superior em dois dígitos.

Resultado Operacional -13.061.414,58 -11.805.132,89 10,64%

2008 Variação 2007

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 46 de 100

Contudo, essa variação é mais significativa ao nível do resultado líquido da organização, pelo facto

dos proveitos extraordinários terem decrescido a um nível menos acelerado que os custos

extraordinários.

Contudo, em jeito de conclusão pode-se afirmar que os resultados de exploração são o espelho da

realidade da instituição em 2008, como a seguir se exemplifica:

o Esforço na contenção de custos, com especial destaque para a evolução global de custos do

CHC e, em particular, para o reduzido acréscimo de custos com pessoal;

o Esforço na concretização do contrato programa celebrado com a tutela com repercussões

ao nível do crescimento da facturação com prestação de serviços do exercício;

o Melhoria de processos internos de funcionamento com repercussão ao nível da redução de

custos e proveitos de exercícios anteriores com uma melhor afectação da despesa e receita ao

exercício a que os mesmos dizem respeito.

Resultado Líquido -10.425.911,54 -9.229.585,69 12,96%

2008 Variação 2007

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 47 de 100

CAPÍTULO III - ACTIVIDADES PREVISTAS PARA 2009

1. Desenvolvimento de políticas estratégicas

Dando seguimento às actividades desenvolvidas em 2008, prevêem-se para este ano as seguintes

acções principais:

Gestão clínica

o Manter a taxa de reinternamentos nos primeiros 5 dias para valores iguais ou inferiores a

2,3%,

o Manter a relação de primeiras consultas/total de consultas nos valores já atingidos em 2008

(29,8%),

o Monitorizar a ocorrência de complicações, assim como a relação entre a taxa de

mortalidade observada / taxa de mortalidade esperada,

o Implementação de protocolos terapêuticos no serviço de urgência do Hospital Geral e em

algumas patologias,

o Desenvolvimento de processos que permitam o funcionamento dos hospitais “sem papel”:

* Registo electrónico do processo clínico de acordo com normas que permitam melhorar a

qualidade na codificação clínica,

* Requisição electrónica de MCDT e acesso aos resultados pela mesma via,

* Utilização generalizada do sistema PACS na imagiologia,

* Prescrição electrónica da terapêutica nos três hospitais.

Identificadas as cinco políticas eleitas pelo CHC, E.P.E. como estratégicas (cfr. supra capítulo II),

importa traduzi-las em medidas operacionais e concretas a realizar. Nesse sentido, enumeram-se as

principais actividades previstas para o ano em curso, ordenadas segundo as políticas atrás

explicitadas.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 48 de 100

Política de desenvolvimento das áreas de excelência

o Construção e apetrechamento do centro de cirurgia do ambulatório, prevendo-se a sua

entrada em funcionamento em 2010;

o Elaboração de projecto e apresentação de candidatura para a criação de uma unidade

orgânica de audição e fala, que se pretende constitua um centro de elevada diferenciação,

conforme estabelecido em sede de Plano Estratégico. De notar que o serviço de ORL efectua 91%

dos implantes cocleares realizados nos hospitais do SNS;

o Criação de um centro de procriação medicamente assistida, condicionado à aprovação da

tutela.

Política de gestão integrada

GESTÃO INTEGRADA DA ESTERILIZAÇÃO

o Aquisição de contentores estanques para transporte de materiais contaminados e

esterilizados entre os hospitais;

o Afectação de transporte dedicado para circulação de esterilizados e contaminados entre os

hospitais;

o Definição de novos circuitos de recolha e distribuição na Maternidade de Bissaya Barreto

com processamento a ser efectuado no sector de esterilização do Hospital Pediátrico;

o Conclusão da centralização do processamento dos materiais de todos os serviços

utilizadores do Hospital Geral, com a inclusão do bloco operatório central;

o Reconversão progressiva dos têxteis em descartáveis;

o Continuação da implementação do processo de esterilização na central do Hospital Geral

para os centros de saúde do agrupamento de Coimbra em parceria directa com a ARSC;

o Aquisição gradual de material cirúrgico em quantidade suficiente para permitir um turnover

sem rupturas.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 49 de 100

GESTÃO INTEGRADA DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

o Consolidação do processo de revisão do ficheiro-mestre de materiais de manutenção e

conservação e de criação de armazéns dedicados por tipos de materiais de modo acrescentar mais

eficiência e eficácia à resposta;

o Conclusão do processo de beneficiação das diferentes oficinas;

o Utilização em pleno da aplicação GHAF para efeitos de gestão do workflow do serviço em

matéria de requisições, emissão de requisições electrónicas de materiais ao armazém e gestão

«técnica» do imobilizado;

o Constituição de biblioteca técnica para arquivo físico e electrónico (via digitalização) dos

principais documentos de interesse arquivístico, nomeadamente, plantas, manuais de

equipamentos, dossiers técnicos de projectos e empreitadas, procedimentos de aquisição

relevantes;

o Segunda fase do processo de apetrechamento em matéria de equipamentos de trabalho e

de protecção individual, a realizar em conjunto com o serviço de segurança e saúde no trabalho;

o Conclusão do processo de qualificação dos fornecedores para as diferentes intervenções a

realizar no âmbito dos sectores de electromecânica, construção civil e electromedicina, bem como

para os materiais a adquirir fora do âmbito de processos anuais de aquisição;

o Consolidação do sistema de monitorização das prestações externas de serviços de

reparação, controlo dos contratos de assistência e verificação de garantias;

o Promoção de mecanismos e circuitos específicos de manutenção (controlo da manutenção

realizada por terceiros) de equipamentos críticos do CHC, E.P.E. mediante a articulação especial

com os serviços utilizadores e, quando se aplique, com as empresas responsáveis pela mesma;

o Consolidação das requisições electrónicas de intervenção como mecanismo principal de

solicitação de apoio pelos diferentes serviços hospitalares;

o Alargamento do parque de equipamentos (electromedicina) do Hospital Geral aos

Departamentos de Pediatria e da Saúde da Mulher;

o Início da elaboração de um manual de procedimentos, associado a instrumentos de medida

e monitorização dos procedimentos;

o Introdução de sistema de gestão documental por recurso a equipamento avançado de

digitalização dedocumentos e software complementar;

o Criação de um parque de equipamentos para o sector de electromecânica.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 50 de 100

GESTÃO INTEGRADA DE MATERIAIS

o Elaboração de manuais de procedimentos;

o Revisão do inventário;

o Revisão do ficheiro mestre;

o Reformulação dos métodos de distribuição;

o Continuação do processo de centralização dos armazéns;

o Continuação do processo de implementação de software para a gestão integrada do serviço

de gestão de materiais/serviços farmacêuticos/serviço de instalações e equipamentos.

GESTÃO INTEGRADA DO MEDICAMENTO

o Centralização dos armazéns de medicamentos;

o Centralização da preparação de citostáticos;

o Certificação dos serviços farmacêuticos;

o Aquisição, instalação e início de funcionamento de equipamentos de distribuição

individualizada semi-automática de medicamentos (pixys) no serviço de cirurgia geral (projecto

aprovado no âmbito de candidatura ao programa do medicamento hospitalar).

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HUMANOS

o Integração da aplicação de registo electrónico da assiduidade com a aplicação de

vencimentos;

o Integração dos postos avançados do serviço de gestão de recursos humanos dos hospitais do

Centro Hospitalar no serviço central;

o Redefinição do quadro de dotação global de recursos humanos da instituição;

o Definição de mecanismos para a atribuição de prémios de desempenho;

o Fixação de critérios para a definição de necessidades de postos de trabalho permanentes;

o Realização de inquérito sobre motivação de pessoal médico e de enfermagem (parceria com

o Centro da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra);

o Criação de “portal do colaborador”.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 51 de 100

GESTÃO INTEGRADA DE SERVIÇOS HOTELEIROS

o Área de limpezas

* definição de zonas de acondicionamento de sujos e de limpos em todos os serviços

assistenciais;

* implementação de procedimentos de avaliação/controlo de qualidade dos serviços prestados

em outsourcing.

o Área de parques, jardins e arranjos exteriores

* aquisição de serviços de consultadoria para o concurso de concessão/construção de parque de

estacionamento;

* instalação de sistema de rega automática dos jardins do Hospital Geral e da Maternidade de

Bissaya Barreto e reinstalação do sector de jardinagem;

* aproveitamento para rega, no Hospital Geral, da água proveniente de lençóis friáticos;

o Área de tratamento de resíduos

* definição de procedimentos de gestão de resíduos volumosos e aquisição ou aluguer de

contentores de acondicionamento;

* lançamento de concurso único para os três hospitais para a gestão integrada do tratamento de

resíduos.

o Área de alimentação

* aquisição de carros de distribuição da alimentação a doentes para o Hospital Geral e a

Maternidade de Bissaya Barreto (substituição) e para o novo Hospital Pediátrico;

* implementação de inquéritos de satisfação a doentes.

o Área de tratamento de roupa

* beneficiação de zonas de tratamento de roupa da Maternidade de Bissaya Barreto;

* início do tratamento de fardas de pessoal por terceiros;

* aquisição de carros de transporte de roupas sujas

o Área de transportes

* implementação de novos procedimentos para requisição de transportes, tendo em vista

clarificação dos deveres do CHC nesta matéria;

* lançamento de concurso para contratação de melhores preços no transporte de doentes.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 52 de 100

GESTÃO DE TECNOLOGIAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

o Conclusão do processo de fusão das bases de dados da aplicação SONHO;

o Continuação e consolidação do trabalho a nível de infra-estruturas, que permite uma gestão

mais eficaz e garante maior disponibilidade e segurança;

o Concepção de um projecto de digitalização do arquivo clínico;

o Elaboração dos cadernos de encargos de equipamento informático para o novo Hospital

Pediátrico, em parceria com a ARS-Centro;

o Apoio às infra-estruturas do sistema RIS/PACS;

o Planeamento da mudança do Hospital Pediátrico para as novas instalações, com

operacionalização da instalação de todo o parque informático e infra-estrutura de rede

informática;

o Continuação da renovação progressiva de equipamentos informáticos, com substituição de

equipamentos obsoletos, oferecendo melhores garantias de qualidade do serviço, fiabilidade e

eficiência;

o Alargamento da prescrição interna pelo GHAF, com ligação ao SAPE;

o Acompanhamento de sistemas de suporte à decisão a desenvolver em parceria com

terceiros;

o Implementação do projecto de registo automático de saídas dos armazéns, em PDA, on-Line

(rede sem fios).

GABINETE JURÍDICO

o Diminuição do tempo médio de cobrança de dívidas;

o Aumento da utilização do CITIUS, permitindo maior rentabilização do serviço de

contencioso;

o Apresentação de relatórios semestrais ao Conselho de Administração sobre a actividade da

área de contencioso;

o Dinamização do conhecimento oportuno de normas e regulamentos e tratamento de

legislação e jurisprudência relevante.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 53 de 100

GESTÃO DE PROJECTOS

o Elaboração de metodologia para elaborar e implementar projectos de forma integrada,

e respectivos circuitos;

o Concretização dos projectos iniciados em 2008, designadamente:

*Remodelação do centro de medicina do sono, condicionado a financiamento externo,

*Remodelação da unidade de cuidados intensivos de cardiologia (UCIC),

*Unidade orgânica da audição e da linguagem – apresentação de candidatura a centro de

elevada diferenciação,

*Reactivação do projecto digitalização do arquivo,

* Unidade de cirurgia de ambulatório – candidatura a apoio financeiro no âmbito do

Despacho 3673/2009, de 21 de Janeiro (15 de Março de 2009).

o Continuação da prospecção de financiamentos externos para os projectos do CHC

SERVIÇO DE GESTÃO DE DOENTES

o Coordenação das tarefas decorrentes da fusão dos SONHOS (v.g., centralização da

facturação);

o Remodelação e reorganização do arquivo inactivo do Hospital Geral;

o Início do projecto de digitalização do arquivo activo do Hospital Geral;

o Implementação do sistema de recuperação de taxas moderadoras, através de multibanco e

sistema pay-shop;

o Elaboração de um tabelau de bord para simulação da facturação SNS;

o Acções de formação a secretariados e admissões de doentes;

o Reorganização da página da gestão de doentes na intranet do CHC, E.P.E..

SERVIÇO DE PLANEAMENTO E CONTROLO DE GESTÃO

o Reforçar a contratualização interna com os serviços assistenciais, incluindo nesta

ferramenta de negociação os orçamentos sectoriais e respectiva monitorização;

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 54 de 100

o Reformular alguns instrumentos de negociação da produção, nomeadamente na área

cirúrgica, visando um maior controlo e rigor deste tipo de produção;

o Aposta contínua na qualidade da informação disponibilizada para os diversos interlocutores,

nomeadamente internos, com a criação de painéis de indicadores de desempenho, bem como a

elaboração de estudos de apoio à tomada de decisão do Conselho de Administração;

o Desenvolver diversas acções de formação e de esclarecimento na área dos registos e dos

conceitos de produção, como forma de melhorar a informação retirada dos diversos sistemas de

informação;

o Promover “workshops internos” de apresentação e de discussão de trabalhos desenvolvidos

pelos diversos departamentos da instituição;

o Desenvolver o sector da codificação clínica como área estratégica e de excelência para a

instituição.

SERVIÇOS FINANCEIROS

o Elaboração e implementação de um plano de tesouraria;

o Criação do sistema de informação de suporte à contratualização interna.

Política de melhoria contínua da qualidade

GABINETE DA QUALIDADE E COMUNICAÇÃO

o Adesão a um projecto de acreditação: organização de todos os trabalhos de forma a que,

em 2009, se possa iniciar um projecto de acreditação;

o Assegurar que as capacidades e formação dos colaboradores satisfaçam as necessidades da

prestação de cuidados de saúde e opções de tratamento. Nesse sentido, insistir-se-á na formação

em suporte básico de vida e suporte avançado, entre outras temáticas;

o Melhorar os canais de comunicação com o público e colaboradores;

o Criação de uma bolsa interna de tradutores;

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 55 de 100

o Certificação dos serviços farmacêuticos;

o Certificação do departamento de hematologia;

o Melhorar a qualidade apercebida por doentes - aplicação de um questionário destinado a

avaliar a satisfação dos doentes: até ao final do ano de 2008, proceder-se-á à aplicação de um

questionário de avaliação da satisfação aos doentes utilizadores das consultas externas e dos

serviços de urgência.

o Assegurar um ambiente seguro e saudável para os doentes, visitantes e colaboradores -

adaptação dos regulamentos para controlo das visitas aos doentes internados às novas exigências

legais

o Consolidar a implementação da imagem corporativa da instituição.

Política de investimentos

o Construção e apetrechamento do centro de cirurgia do ambulatório (2.000.000€);

o Remodelação do serviço de infecciologia (95.400€);

o Reinstalação do arquivo clínico inactivo do Hospital Geral (60.000€);

o Digitalização do arquivo activo do Hospital Geral (500.000€);

o Remodelação das instalações do serviço de pneumologia (400.000€);

o Remodelação da unidade de cuidados intensivos cardíacos (600.000€);

o Remodelação do centro de medicina do sono (492.000€), condicionada a financiamento

externo;

o Aquisição de projecto para a construção da nova unidade de internamento do Hospital

Geral (620.000€);

o Aquisição de projecto e início das obras de remodelação das instalações da Maternidade de

Bissaya Barreto (500.000€);

o Centro de procriação medicamente assistida;

o Banco de leite materno, condicionado a financiamento externo;

o Início do funcionamento da farmácia de venda ao público (Março de 2009);

o Aquisição de diverso equipamento de substituição e remodelação de estruturas físicas

(2.000.000€);

o Investimentos na vertente da gestão do risco (500.000€).

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 56 de 100

Política de gestão do risco

o Assegurar um ambiente seguro e saudável para os doentes, visitantes e colaboradores

Implementação do uso de pulseiras de identificação dos doentes internados, doentes de cirurgia de

ambulatório e de hospital de dia;

o Implementar um plano sistemático de auditoria em colaboração com o serviço de segurança

e saúde no trabalho e comissão de controlo da infecção, com monitorização da implementação das

medidas que decorram das auditorias efectuadas;

o Monitorizar o processo de harmonização de material de consumo hoteleiro em curso,

decorrente do diagnóstico efectuado em 2008;

o Implementar medidas tendentes à harmonização dos equipamentos de perfusão,

decorrentes do diagnóstico de situação efectuado em 2008;

o Operacionalizar o sistema integrado de emergência clínica;

o Implementar um plano faseado de melhoria do parque de camas da instituição, decorrente

do diagnóstico de situação efectuado em 2008;

o Elaborar o primeiro draft do plano de emergência interno do Hospital Geral e início das

medidas fundamentais à sua operacionalização, (sinalética, formação, definição de vias de

evacuação);

o Execução do programa de formação sobre prevenção e segurança contra incêndios;

o Elaborar e implementar o plano de ordenamento interno do Hospital Geral, designadamente

no ordenamento viário, dando especial atenção à segurança de peões;

o Elaborar e implementar o plano integrado de segurança dos hospitais do CHC, envolvendo

instalações, equipamentos e pessoas;

o Elaborar e implementar o plano integrado de manutenção de equipamentos (manutenção

preventiva e correctiva);

o Colaborar na elaboração e implementação da política de gestão integrada de resíduos;

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 57 de 100

o Colaborar na elaboração e implementação de procedimentos relativos à recolha,

transporte, higienização e distribuição de roupa;

o Elaborar e implementar um plano de formação da gestão do risco que envolva as diversas

estruturas interligadas.

COMISSÃO DE CONTROLO DA INFECÇÃO

o Vigilância epidemiológica: prevenir, investigar e notificar surtos de infecção, visando o seu

efectivo controlo - sensibilização dos profissionais para procederem à notificação dos casos

confirmados ou suspeitos de infecções associadas aos cuidados de saúde;

o Vigilância dos doentes com infecções por microorganismos multi-resistentes;

o Elaborar e monitorizar o cumprimento de normas e recomendações de boas práticas;

o Dar continuidade ao diagnóstico da situação inicial existente no CHC, E.P.E. relativamente

à prevenção e controlo da infecção associada aos cuidados de saúde;

o Uniformizar procedimentos/ boas práticas :

* Publicação das normas e recomendações de boas práticas internas, elaboradas pela CCI

* Auditorias para levantamento de processo e resultados relativas a boas práticas

o Formação e informação a profissionais de saúde, utentes e visitantes.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 58 de 100

2. Novo Hospital Pediátrico

Previsivelmente no último trimestre de 2009 ocorrerá a mudança do Hospital Pediátrico para as

novas instalações. Calcula-se que a obra do novo hospital esteja concluída em Julho, estando a

entrega de equipamento agendada para o segundo semestre do ano.

Tal como o actual, o novo Hospital Pediátrico servirá toda a região centro, não obstante continuar a

ser o centro de referência, a nível nacional, para algumas patologias, como por exemplo, a

transplantação hepática, a patologia do sono, a cirurgia por escoliose e a paralisia cerebral.

Todavia, é expectável que a actividade do novo Hospital seja fortemente influenciada pelo

alargamento da oferta de cuidados pediátricos à faixa etária dos 13 aos 17 anos completos - factor

que, por si só, a par do aumento da capacidade instalada, irá confrontar o HP com um aumento na

procura de cuidados.

Por outro lado, a considerável melhoria das condições físicas para a prestação de cuidados de

saúde, vai proporcionar formas diferentes de organização de cuidados, bem como permitir

melhores práticas (por exemplo, o hospital vai passar a dispor de uma unidade de cuidados

intermédios, de internamento específico para oncologia pediátrica, bem como de quartos de

isolamento).

No novo Hospital Pediátrico será, pois, possível prestar cuidados de saúde mais dignos e

tecnicamente mais completos e com menor risco, para além de ser aí ministrado, a nível da região

centro, um ensino universitário de pediatria de melhor qualidade.

Não se torna fácil, contudo, quantificar desde já o impacto da nova estrutura, já que, por exemplo,

a nível do internamento, não obstante o aumento da lotação, a abertura do hospital será realizada

de uma forma faseada, numa perspectiva de consolidação da procura à qual corresponderá um

aumento consolidado da oferta de cuidados.

Por último, deve salientar-se que em algumas das áreas já existentes se estima que a mudança para

as novas instalações proporcione um crescimento exponencial - por exemplo, a nível da medicina

física e de reabilitação, seja pelo previsível aumento da actividade ambulatória, seja pelo facto de

esta especialidade passar a dispor de camas de internamento, calcula-se que esta área venha a

registar um importante desenvolvimento, a tal ponto que permita recolocar o Hospital Pediátrico

na rede nacional de referenciação para fisiatria.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 59 de 100

3. Linhas de produção para 2009

O Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E. assumiu já em sede de contrato-programa as metas de

produção a atingir em 2009, que constam do quadro que se segue:

Actividades Tx.SNS

Plano Desempenho

CP 2009

1. Consultas Externas

Nº Total Consultas Médicas

Primeiras Consultas 86% 73.480 63.518

Consultas Subsequentes 87% 171.520 149.222

2. Internamento

Doentes Saídos 84% 25.094 21.132

GDH Médicos 82% 16.394 13.443

GDH Cirúrgicos 88% 8.700 7.689

Programados 5.400 4.800

Urgentes 3300 2.889

3. Urgência

Total de Atendimentos (Total) 83% 140.000 116.200

N.º de Atendimentos (sem Internamento) 83% 126.000 104.580

4. Sessões em Hospital de Dia

Hematologia 82% 1.150 945

Imuno-hemoterapia 82% 1.500 1.230

Infecciologia 82% 1.000 820

Psiquiatria 82% 1.770 1.451

Pediatria 82% 2.380 1.952

Pneumologia 81% 700 570

Oncologia 82% 1.300 1.066

Hemodiálise 82% 2.008 1.647

Diálise 82% 300 246

5. GDH de Ambulatório

GDH Médicos 82% 15.300 12.500

GDH Cirúrgicos 90% 4.600 4.122

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 60 de 100

4. Proposta de aplicação de resultados

Nos termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe que o resultado líquido

negativo obtido no ano de 2008, no valor de 9.229.585, 69€, seja transferido para a conta de

resultados transitados.

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PARTE II

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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BALANÇO em 31 Dezembro 2008

Notas

Exercícios

Código contas ACTIVO 2008 1.3 a 31.12.2007

AB AA AL AL

Imobilizado:

Imobilizações corpóreas:

422 Edifícios e outras construções ......................... 14.237.814,88 492.469,64 13.745.345,24 12.536.864,50

423 Equipamento básico .......................................... 38.583.068,63 27.667.880,07 10.915.188,56 12.247.421,61

424 Equipamento de transporte ............................... 171.557,67 170.824,49 733,18 2.682,90

425 Ferramentas e utensílios ................................... 73.676,53 43.538,90 30.137,63 5.566,41

426 Equipamento administrativo ............................... 6.184.683,04 4.769.140,92 1.415.542,12 1.665.165,61

429 Outras imobilizações corpóreas ....................... 1.568.156,73 705.353,71 862.803,02 1.032.594,84

441/6 Imobilizações em curso de imob corpóreas… 29.480,88 0,00 29.480,88 387.087,85

60.848.438,36 33.849.207,73 26.999.230,63 27.877.383,72

Circulante:

Existências:

36 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo .... 4.670.879,02 0,00 4.670.879,02 4.489.702,65

4.670.879,02 0,00 4.670.879,02 4.489.702,65

Dívidas de terceiros - curto prazo:

211 Clientes, c/c ....................................................... 12.219.363,01 12.219.363,01 10.767.929,56

213 Utentes c/c ………………………………………. 60.850,56 60.850,56 192.431,59

215 Instituições do Ministério da Saúde ……………. 23.099.158,23 23.099.158,23 19.599.932,48

218 Clientes e utentes de cobrança duvidosa ......... 4.765.952,95 3.502.056,06 1.263.896,89 897.628,81

229 Adiantamentos a fornecedores ........................ 179.773,12 179.773,12 91.031,03

24 Estado e outros entes públicos ......................... 98.801,18 98.801,18 50.430,77

262+…+221 Outros devedores ............................................. 1.509.511,79 1.509.511,79 841.738,87

41.933.410,84 3.502.056,06 38.431.354,78 32.441.123,11

Títulos negociáveis:

18 Outras aplicações de tesouraria ....................... 11.000.000,00 11.000.000,00

11.000.000,00 0,00 11.000.000,00 0,00

Depósitos em instituições financeiras e caixa:

12 Depósitos em instituições financeiras ............... 1.365.761,68 1.365.761,68 12.985.816,76

11 Caixa ................................................................. 3.700,00 3.700,00 4.700,00

1.369.461,68 1.369.461,68 12.990.516,76

Acréscimos e diferimentos:

271 Acréscimos de proveitos .................................. 29.122.940,34 29.122.940,34 9.431.008,38

272 Custos diferidos ................................................ 4.955,00 4.955,00 4.178,30

29.127.895,34 29.127.895,34 9.435.186,68

Total de amortizações .................................... 33.849.207,73

Total de provisões ..................................... 3.502.056,06

Total do activo ............................................. 148.950.085,24 37.351.263,79 111.598.821,45 87.233.912,92

Código contas FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO 2008 1.3 a 31.12.2007

FUNDOS PRÓPRIOS:

51 Património ........................................................................................ 18.671.000,00 16.694.000,00

Reservas:

575 Subsídios ………………………………..……………………………. 4.004.348,02 4.004.348,02

576 Doações ………………………………………………………………. 5.005.972,83 5.005.972,83

577 Reservas decorrentes da transferência de activos 10.776.734,23 10.776.734,23

579 Reservas de avaliação ………………………………………………. 2.150.165,47 2.098.996,52

59 Resultados transitados .................................................................... 903.459,56 7.519.892,83

Subtotal ......................................................................... 41.511.680,11 46.099.944,43

88 Resultado líquido do exercício (9.229.585,69) (6.616.433,27)

Total dos fundos próprios ............................................... 32.282.094,42 39.483.511,16

PASSIVO:

Dívidas a terceiros - Curto prazo:

219 Adiantamentos de clientes, utentes e inst. MS 12.381.799,37 82.761,83

221 Fornecedores, c/c ........................................................................... 26.067.707,39 24.624.830,25

228 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 509.215,12 1.072.372,51

23 Empréstimos obtidos ………………...…………...…………………… 18.686.098,53

2611 Fornecedores de imobilizado, c/c ...... 1.049.207,71 2.784.964,37

24 Estado e outros entes públicos ..... 2.242.722,00 2.254.399,05

262+...+211 Outros credores .............................................. 4.734.920,48 4.706.964,01

65.671.670,60 35.526.292,02

Acréscimos e diferimentos:

273 Acréscimos de custos .................................................................... 9.598.371,65 9.064.990,33

274 Proveitos diferidos .......................................................................... 4.046.684,78 3.159.119,41

13.645.056,43 12.224.109,74

Total do passivo .................................................................... 79.316.727,03 47.750.401,76

Total dos fundos próprios e do passivo ............................ 111.598.821,45 87.233.912,92

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PARTE III

ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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1. Caracterização da entidade 1.1. Identificação

O Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E. tem sede na Quinta dos Vales, em São Martinho do Bispo, Coimbra e possui o número de identificação fiscal 508077893.

1.2. Legislação O Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E foi criado pelo Decreto-Lei n.º 50-A/2007, de 28 de Fevereiro, sucedendo ao Centro Hospitalar de Coimbra, unidade de saúde integrada no sector público administrativo, em todos os direitos e obrigações.

1.3. Estrutura organizacional efectiva O modelo de organização interna pode visualizar-se na página 12 deste documento.

1.4. Actividade

A missão do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE é a prestação de cuidados de saúde altamente diferençados em todo o ciclo da vida humana, numa perspectiva integrada, desde a prevenção à reabilitação, constituindo-se como centro de referência regional e nacional, em áreas consideradas como pólos de excelência. Faz, também, parte da sua missão a investigação, o ensino e a formação pré e pós graduada.

1.5. Recursos Humanos

* Médicos especialistas e internos

1.6. Organização contabilística a. Existe um manual interno de procedimentos contabilísticos; b. É utilizada a aplicação informática (SIDC) disponibilizada pela ACSS que permite

efectuar registos de contabilidade geral, contabilidade orçamental e contabilidade analítica;

c. Existe um arquivo de receita organizado por número de guia de receita e outro de despesa organizado por número de caixa;

d. Trimestralmente é elaborado o relatório de execução orçamental que é enviado a Inspecção-geral das Finanças;

e. Existe centralização contabilística utilizando para o efeito a aplicação informática acima referida.

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2. Notas ao balanço e à demonstração de resultados

2.1. Apresentação das demonstrações financeiras a. As demonstrações financeiras foram preparadas de harmonia com os princípios

previstos no Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS); b. As notas que se seguem apresentam os valores em euros e respeitam a ordem

estabelecida no POCMS. As notas não mencionadas não se aplicam à empresa ou respeitam a factos ou situações não materialmente relevantes ou que não ocorreram durante o exercício em causa.

2.3. Principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos

As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com os critérios valorimétricos e métodos de cálculo a seguir evidenciados:

a. Reconhecimento de custos e proveitos: a generalidade dos custos e dos proveitos são registados no exercício a que respeitam, independentemente dos eu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico do acréscimo (especialização dos exercícios);

b. Imobilizações Corpóreas: Encontram-se valorizadas ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, sobre os valores de aquisição e por duodécimos tendo em conta a data de entrada em funcionamento utilizando para o efeito as taxas previstas no CIBE - Cadastro e Inventariação dos Bens do Estado (Portaria n.º 671/2000, de 17 de Abril);

c. Existências: São valorizadas ao custo médio de aquisição, considerando-se o custo de aquisição de um bem a soma do respectivo preço de compra com os gastos suportados para o colocar em armazém;

d. Dívidas de cobrança duvidosa: a provisão para créditos de cobrança duvidosa foi calculada com base na antiguidade da dívida e na análise dos riscos de cobrança identificados nos saldos de clientes.

e. Encargos com férias e subsídios de férias: as férias e subsídios de férias são registados como custo do ano em que os funcionários adquirem o direito ao seu recebimento. Em consequência, o valo de férias e subsídio de férias vencido e não pago à data do balanço foi estimado e incluído na rubrica de acréscimo de custos.

f. Contabilização dos subsídios ao investimento: os subsídios relativamente a investimentos são transferidos para resultados ao longo da vida útil dos bens a que dizem respeito na proporção das suas amortizações.

2.7. Movimentos ocorridos no activo imobilizado

Activo Bruto

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Amortizações

2.17 A rubrica “títulos negociáveis” respeita à aquisição de 110 unidades de participação do

fundo de apoio ao sistema de pagamentos do SNS, de valor unitário de 100.000 euros, o que perfaz um total de 11.000.000 euros.

2.23. Valor global das dívidas de cobrança duvidosa

O saldo das dívidas de cobrança duvidosas evidenciado no balanço refere-se, na totalidade, a saldos a receber de clientes no valor de 4.765.952,95€.

2.24. Saldos com o pessoal Dívidas activas e passivas respeitantes ao pessoal: Adiantamentos ao pessoal: 5.277,81€; Remunerações a pagar ao pessoal: 0,00€

2.26. Dívidas ao Estado em mora A empresa não tem contribuições em mora à segurança Social, nem impostos ou dívidas ao Estado. As suas dívidas para com estas instituições são as decorrentes da sua actividade normal e são liquidadas nos respectivos prazos legais.

2.31. Provisões acumuladas

Designação Saldo Inicial Aumento Redução Saldo final

Provisões para cobrança duvidosa 3.065.466,38 436.589,68 3.502.056,06

2.32. Movimentos ocorridos nos fundos próprios

Designação Saldo Inicial Aumento Redução Saldo final

Património 16.694.000,00 1.977.000,00 18.671.000,00

Subsídios 4.004.348,02 4.004.348,02

Doações 5.005.972,83 5.005.972,83

Reservas decorrentes da transf. activos 10.776.734,23 10.776.734,23

Reserva de avaliação 2.098.996,52 51.168,95 2.150.165,47

Resultados transitados 7.519.892,83 6.616.433,27 903.459,56

Resultados Líquidos -6.616.433,27 -9.229.585,69 -6.616.433,27 -9.229.585,69

Total 39.483.511,16 -7.201.416,74 0,00 32.282.094,42

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2008 – Relatório e Contas Página 80 de 100

Património – Neste momento o valor que esta rubrica apresenta é o do capital estatutário subscrito e realizado em 2007 após a criação do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E. no montante de 16.694.000,00 euros, acrescido de um aumento de capital estatutário em 2008 no montante de 1.977.000,00 euros. Reservas de Avaliação – Nesta conta estão reflectidos os valores resultantes da divergência verificada, aquando da conferência dos valores da contabilidade com os valores do aprovisionamento em termos de imobilizado e respectivas amortizações. Resultados Transitados – O lançamento de 6.616.433,27 corresponde ao resultado líquido que transitou de 2007. Resultados Líquidos – O aumento (negativo) corresponde ao resultado líquido de 2008 e a diminuição à transferência do resultado líquido negativo de 2007 (1 de Março a 31 de Dezembro de 2007) para resultados transitados.

2.33. Custo das matérias consumidas

2.35. Repartição do valor líquido das prestações de serviços Todas as operações foram realizadas no mercado interno.

2.36. Demonstração de resultados financeiros

2008 1.3 a 31.12.07 2008 1.3 a 31.12.07

681 Juros suportados 23.582,09 8.899,63 781 Juros obtidos 470.322,79 329.681,95

685 Diferenças de câmbio desfavoráveis 691,58 785 Diferenças de câmbio favoráveis 275,87 0,00

688 Outros custos e perdas financeiros 4.598,96 2.247,83 786 Descontos de pronto pagamento obtidos 22.770,82 5.918,71

Resultados Financeiros 465.242,57 324.310,45 788 Outros proveitos e ganhos financeiros 54,14 548,83

493.423,62 336.149,49 493.423,62 336.149,49

Proveitos e Ganhos

ExercíciosCódigo

das

contas

Custos e Perdas

Exercícios Código

das

contas

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2.37. Demonstração de resultados extraordinários

2008 1.3 a 31.12.07 2008 1.3 a 31.12.07

691 Transferências capital concedidas 14.559,66 793 Ganhos em existências 162.006,93 76.543,69

692 Dívidas incobráveis 119.933,50 62.436,34 795 Benefícios e penalidades contratuais 3.525,12 108,27

693 Perdas em existências 98.432,66 943.378,69 797 Correcções relativas exerc. anteriores 3.894.198,02 3.281.213,13

694 Perdas em imobilizações 11.202,21 15.930,30 798 Outros proveitos e ganhos extraordin. 2.110.440,52 2.808.737,90

695 Multas e penalidades 4.848,61 1.829,78

697 Correcções relativas exerc. anteriores 3.819.446,93 4.148.066,42

698 Outros custos perdas extraordin. 3.720,74 652,27

Resultados Extraordinários 2.112.585,94 979.749,53

6.170.170,59 6.166.602,99 6.170.170,59 6.166.602,99

Proveitos e Ganhos

ExercíciosCódigo

das

contas

Custos e Perdas

Exercícios Código

das

contas

3. Notas sobre o processo orçamental e respectiva execução

Este capítulo é apresentado em relatório separado, enviado oportunamente com o parecer do fiscal

único que é obrigatório pelo Despacho do Ministro das Finanças n.º27122/2004 (II Série), de 30 de

Novembro.

Coimbra, 30 de Abril de 2009

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

(Dr.ª Sónia Gonçalves) (Dr. Rui Pato)

(Dr.ª Paula de Sousa)

(Dr.ª Marta Temido)

(Dr.ª Deolinda Portelinha)

(Enf. Jorge Leitão)

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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PARTE IV

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 83 de 100

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 84 de 100

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 85 de 100

PARTE V

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 86 de 100

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 87 de 100

ANEXO I

CÓDIGO DE ÉTICA DO CHC, EPE

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2008 – Relatório e Contas Página 88 de 100

Código de Ética do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

Coimbra, 16 de Abril de 2009

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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Índice

1. Preâmbulo Página 3 2. Âmbito de aplicação Página 4 3. Legislação e ética Página 4 4. Valores fundamentais Página 5 4.1 Serviço público Página 5 4.2 Imparcialidade e isenção Página 5 4.3 Responsabilidade Página 6 4.4 Profissionalismo Página 6 4.5 Integridade Página6 5. Segredo profissional Página 7 6. Relações interpessoais Página 8 7. Património Página 8 8. Respeito pelo ambiente Página 8 9. Relações externas Página 8 9.1 O utente Página 9 9.2 O fornecedor Página 9 9.3 As partes interessadas Página 9 10. Acção disciplinar Página 9

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 90 de 100

1. Preâmbulo O presente Código de Ética pretende consagrar as regras e os princípios a observar no Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E., doravante referenciado como CHC, E.P.E., no exercício da sua actividade de prestação de cuidados de saúde altamente diferenciados em todo o ciclo da vida humana, numa perspectiva integrada, desde a prevenção à reabilitação. Pela sua especificidade, como unidade prestadora de cuidados de saúde, frequentemente tem inerente a necessidade de tomar decisões em circunstâncias complexas ligadas à saúde humana e às ciências da saúde. É neste espaço de actuação individual e colectiva que os valores deontológicos assumem maior importância e significado. Como tal, o CHC, E.P.E., assume um conjunto de valores essenciais e de regras de conduta com os quais se pretende assegurar os direitos e garantias dos cidadãos e que devem nortear e inspirar o comportamento de todos os profissionais, alcançando assim o reconhecimento do serviço público que o CHC, E.P.E., presta à comunidade. O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo de construção de uma consciência não apenas individual, mas colectiva, pelo compromisso não só profissional mas também social, configurado no plano das relações externas, pelo que os preceitos deste Código de Ética pretendem ter alcance não apenas sobre os profissionais do CHC, E.P.E., como igualmente sobre os utentes, os fornecedores e as restantes partes interessadas, designadamente os trabalhadores das empresas que prestam serviços em regime de outsourcing à instituição. Assim sendo, os valores contidos neste código não podem ser entendidos como componentes de uma mera declaração de boas intenções. Devem, muito pelo contrário, ser entendidos como regras, que pelo facto de serem observadas, vividas e garantidas por todos os profissionais do CHC, E.P.E., se tornam inseparáveis da sua identidade, da sua actividade e da sua responsabilidade de serviço público.

O Presidente do Conselho de Administração

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

2008 – Relatório e Contas Página 91 de 100

2. Âmbito de aplicação O presente Código de Ética aplica-se a todos os profissionais do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E., ligados à instituição a título permanente ou eventual, sem prejuízo de outras disposições legais ou regulamentares aplicáveis, bem como outras normas a que os profissionais estejam obrigados por inerência do exercício das suas funções. Para os efeitos do disposto no presente código, os termos seguintes têm o significado que se esclarece: - Por “utentes” deve entender-se pessoas singulares a quem o CHC, E.P.E., presta os seus serviços. - Por “fornecedores” deve entender-se pessoas singulares ou colectivas que fornecem produtos ou prestam serviços ao CHC, E.P.E.. - Por “partes interessadas” deve entender-se pessoas singulares ou colectivas com quem o CHC, E.P.E., se relacione nas suas actividades empresariais, institucionais e de cidadania. 3. Legislação e ética O CHC, E.P.E., e todos os seus profissionais comprometem-se a garantir, em todas as suas actividades, a total conformidade com as legislações nacionais e internacionais vigentes. Os profissionais nunca devem executar, em nome do CHC, E.P.E., qualquer acção que viole a legislação e os regulamentos aplicáveis à sua actividade. O CHC, E.P.E., deve prestar às autoridades de supervisão e fiscalização toda a colaboração ao seu alcance, satisfazendo as solicitações que lhe forem dirigidas e facilitando o exercício das suas competências de supervisão. O CHC, E.P.E., garante a disponibilização do Código de Ética a todos os profissionais através da “intranet”, os quais, aquando da sua integração deverão subscrever uma declaração de adesão ao mesmo. O CHC, E.P.E., garante, igualmente, a disponibilização do Código de Ética a todos os utentes, fornecedores e restantes partes interessadas. O CHC, E.P.E., garante a existência de um canal de comunicação e de resolução de dúvidas. A abordagem da instituição na implementação deste Código de Ética será proactiva, aberta e complementada por regulamentação adequada sempre que tal se afigure como necessário.

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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O CHC, E.P.E., assume este código como ferramenta privilegiada na resolução de questões éticas, garantindo a sua conformidade com as práticas legais existentes.

4. Valores fundamentais

4.1 Serviço público

Os profissionais do CHC, E.P.E., devem exercer as suas funções exclusivamente no interesse do serviço público que a instituição presta e actuar com elevado espírito de missão. Os profissionais devem proteger o património do CHC, E.P.E., utilizando-o apenas na prossecução do interesse institucional e assegurando o seu uso eficiente. Não é permitida aos colaboradores a utilização de máquinas, equipamentos, ferramentas, instalações ou outros bens do CHC, E.P.E., para benefício próprio ou de terceiros.

4.2 Imparcialidade e isenção

O CHC, E.P.E., promove o respeito pela igualdade de oportunidades, sendo que todas as práticas, políticas e procedimentos laborais devem ser orientados no sentido de impedir a discriminação e o tratamento diferenciado em função da raça, género, orientação sexual, credo, estado civil, deficiência física ou de opiniões de outra natureza, origem étnica ou social, naturalidade ou associação sindical. Os profissionais do CHC, E.P.E., devem ser isentos nos seus juízos e opiniões e independentes de interesses políticos, económicos ou religiosos nas suas decisões.

Devem igualmente pautar a sua actuação por rigorosa objectividade e imparcialidade.

4.3 Responsabilidade

Os profissionais devem respeitar e incentivar os valores do CHC, E.P.E., promovendo a cooperação e a responsabilidade institucional. Os profissionais devem adoptar uma conduta responsável que os prestigie a si próprios e ao CHC, E.P.E., usar de reserva e discrição e prevenir quaisquer acções susceptíveis de desprestigiar e comprometer o CHC, E.P.E..

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Os profissionais devem cumprir as suas obrigações de forma responsável e zelosa, procurando a excelência de desempenho, mesmo em circunstâncias difíceis. 4.4 Profissionalismo

Os profissionais devem adoptar em todas as circunstâncias um comportamento competente, correcto e de elevado profissionalismo. O CHC, E.P.E., deve promover o aperfeiçoamento pessoal e profissional dos seus profissionais, nomeadamente através de acções de formação, incentivando-os a manter uma vida profissional e pessoal equilibrada. Os profissionais devem procurar desenvolver e actualizar de forma contínua os seus conhecimentos e competências, e tirar o melhor aproveitamento das acções de formação promovidas pela organização. A qualidade dos serviços que o CHC, E.P.E., presta à comunidade e a eficiência no desempenho das suas funções, devem ser um dos objectivos principais dos seus profissionais.

4.5 Integridade

Os profissionais do CHC, E.P.E. devem pautar a sua actividade segundo critérios de honestidade pessoal e integridade de carácter, abstendo-se de, por quaisquer formas, criar ou manter situações de favor ou irregulares. Os profissionais do CHC, E.P.E., não podem, pelo exercício das suas funções, aceitar ou solicitar quaisquer dádivas, presentes ou futuras, de qualquer natureza, devendo ao inverso esforçar-se por ganhar a confiança e consideração da comunidade em geral. Cabe aos profissionais informar os seus responsáveis de qualquer situação irregular que beneficie alguém em prejuízo de outrem ou do próprio CHC, E.P.E.. Os profissionais do CHC, E.P.E., comprometem-se a não exercer qualquer actividade profissional externa que interfira com a actividade que desenvolvem no CHC, E.P.E.. A segurança, saúde e bem-estar dos profissionais é uma prioridade de nível máximo do CHC, E.P.E.. Todos os profissionais devem conhecer e cumprir as normas de higiene e segurança no trabalho, bem como reportar quaisquer não conformidades verificadas. O CHC, E.P.E., respeita e reconhece que os direitos humanos devem ser considerados fundamentais e universais, pautando a sua conduta pelo seu rigoroso respeito.

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5. Segredo profissional Os profissionais do CHC, E.P.E., devem cumprir com o máximo rigor as normas legais e as orientações das entidades competentes em matéria de protecção de dados pessoais, nomeadamente no respeito pelos mais elevados padrões de segredo profissional no acesso, gestão e processamento da informação clínica.

Nos termos da legislação vigente sobre segredo profissional, o relacionamento do CHC, E.P.E., com os doentes deve pautar-se pela observância de uma estrita confidencialidade e pelo cumprimento dos deveres que sobre os profissionais impendem, designadamente, o dever de não revelar ou utilizar informações sobre factos e pessoas, a não ser mediante autorização expressa ou nos casos previstos na lei. Nos contactos com os utentes e com o público em geral e sem prejuízo do dever de sigilo, os profissionais estão adstritos à máxima discrição e particular cautela, tanto na forma e conteúdo, como nos meios utilizados para a transmissão das informações. O dever de segredo profissional que impende sobre os profissionais do CHC, E.P.E., não cessa com o termo das funções ou dos serviços prestados.

6. Relações interpessoais Todos os profissionais do CHC, E.P.E., devem contribuir para a criação e manutenção de um bom ambiente de trabalho, nomeadamente, através da colaboração e cooperação mútua, devendo para esse fim não procurar vantagens pessoais à custa de outros profissionais, implementando as decisões que sejam tomadas de acordo com as políticas da empresa, ou incentivando e apoiando a sua aplicação. 7. Património Os profissionais do CHC, E.P.E., devem proteger e preservar o património da instituição, utilizando-o ainda e apenas na execução da sua actividade e no exercício das suas funções, procurando sempre fazer o uso mais eficiente do mesmo. 8. Respeito pelo ambiente Os profissionais do CHC, E.P.E., no exercício da sua actividade devem promover uma utilização racional dos meios que são colocados à sua disposição por forma a evitar desperdícios e danos ambientais, promovendo a reutilização e reciclagem sempre que tal seja possível.

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9. Relações externas

Todos os profissionais do CHC, E.P.E., devem usar da maior cortesia no seu relacionamento com os utentes, fornecedores e restantes partes interessadas e estabelecer com eles uma relação que, pautada pela boa-fé, contribua para garantir com correcção e serenidade o exercício dos seus direitos e o cumprimento dos seus deveres.

Todos os profissionais do CHC, E.P.E., devem pautar a sua relação com os utentes, fornecedores e restantes partes interessadas pelos mais elevados padrões de integridade, honestidade e transparência.

9.1 O utente

Ao utente deve ser assegurado, com total transparência, o apoio, a informação ou o esclarecimento que seja solicitado sobre qualquer assunto que lhe diga respeito ou sobre o qual tenha interesse directo, pessoal e legítimo. Os profissionais devem evidenciar elevado profissionalismo, respeito e delicadeza no trato com os utentes, actuando sistematicamente por forma a proporcionar-lhes um serviço de atendimento e apoio eficaz e eficiente.

9.2 O fornecedor

O CHC, E.P.E., deve honrar, integralmente, os seus compromissos com os fornecedores de produtos ou serviços, ao mesmo tempo que deve verificar o integral cumprimento pelos fornecedores das normas definidas contratualmente. Os contratos devem ser claramente redigidos, sem ambiguidades ou omissões de relevo. O CHC, E.P.E., respeita os princípios da contratação pública, nomeadamente os princípios da igualdade, transparência e concorrência na selecção dos fornecedores.

9.3 As partes interessadas

O CHC, E.P.E., no relacionamento institucional e de cidadania, pauta a sua acção pelo cumprimento dos valores contidos no presente código.

10. Acção disciplinar

A infracção dos deveres previstos neste código é punida nos termos da lei.

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ANEXO II

REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

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Estatuto Remuneratório de: Dr. Rui de Melo Pato Cargo: Presidente do Conselho de Administração Ano:2008 (de 01/01/2008 a 31/12/2008) 1. Remuneração

Remuneração base 77.746,14 € Despesas de representação (12 meses) 15.354,36 €

2. Outras regalias e compensações

Gastos de utilização de telefone 825,00 € Subsídio de deslocação/Ajudas de custo € Subsídio de refeição 859,79 €

3. Encargos com benefícios sociais

Segurança social obrigatória 11.66,92 € Encargos com Saúde (ADSE) 180,21 €

Informações Adicionais

Opção pelo vencimento de origem (s/n) Sim Indicação do regime de Segurança Social Caixa Geral de Aposentações + ADSE Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005: Não existem planos complementares de reforma Ano de aquisição de viatura pela empresa Não aplicável Exercício da aquisição de viatura de serviço (s/n) Não Usufruto de casa de função (s/n) Não Exercício de funções remuneradas fora do grupo (s/n) Não

Estatuto Remuneratório de: Dr.ª Maria Paula Apolinário Ferreira de Sousa Cargo: Vogal Executivo Ano: 2008 (de 01/01/2008 a 31/12/2008) 1. Remuneração

Remuneração base 45.275,72 € Despesas de representação (12 meses) 11642,28 €

2. Outras regalias e compensações

Gastos de utilização de telefone 675,00 € Subsídio de deslocação/Ajudas de custo 48,12 € Subsídio de refeição 920,96 €

3. Encargos com benefícios sociais

Segurança social obrigatória 6.791,36 € Encargos com Saúde (ADSE) 331,68 €

Informações Adicionais Opção pelo vencimento de origem (s/n) Não Indicação do regime de Segurança Social Caixa Geral de Aposentações + ADSE Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005 Não existem planos complementares de reforma Ano de aquisição de viatura pela empresa Não aplicável Exercício da aquisição de viatura de serviço (s/n) Não Usufruto de casa de função (s/n) Não Exercício de funções remuneradas fora do grupo (s/n) Não

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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Estatuto Remuneratório de: Dr.ª Marta Alexandra Fartura Braga Temido Cargo: Vogal Executivo Ano: 2008 (de 01/01/2008 a 31/12/2008) 1. Remuneração

Remuneração base 45.275,72 € Despesas de representação (12 meses) 11.642,28 €

2. Outras regalias e compensações

Gastos de utilização de telefone 450,00 € Subsídio de deslocação/Ajudas de custo 51,18 € Subsídio de refeição 997,04 €

3. Encargos com benefícios sociais

Segurança social obrigatória 9.326,80 € Informações Adicionais

Opção pelo vencimento de origem (s/n) Não Indicação do regime de Segurança Social Segurança Social Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005 Não existem planos complementares de reforma Ano de aquisição de viatura pela empresa Não aplicável Exercício da aquisição de viatura de serviço (s/n) Não Usufruto de casa de função (s/n) Não Exercício de funções remuneradas fora do grupo (s/n) Não

Estatuto Remuneratório de: Dr.ª Maria Deolinda Magalhães Portelinha Correia Cargo: Directora Clínica Ano: 2008 (de 01/01/2008 a 31/12/2008) 1. Remuneração

Remuneração base 71.292,62€ Despesas de representação (12 meses) 11.642,28€

2. Outras regalias e compensações

Gastos de utilização de telefone 905,00€ Subsídio de deslocação/Ajudas de custo 0,00€ Subsídio de refeição 904,20€

3. Encargos com benefícios sociais

Segurança social obrigatória 10.693,89 € Encargos com Saúde (ADSE) 0,00 €

Informações Adicionais

Opção pelo vencimento de origem (s/n) Sim Indicação do regime de Segurança Social Caixa Geral de Aposentações + ADSE Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005 Não existem planos complementares de reforma Ano de aquisição de viatura pela empresa Não aplicável Exercício da aquisição de viatura de serviço (s/n) Não Usufruto de casa de função (s/n) Não Exercício de funções remuneradas fora do grupo (s/n) Não

Estatuto Remuneratório de: Enf.º Jorge Paulo de Oliveira Leitão Cargo: Enfermeiro Director Ano: 2008 (de 01/01/2008 a 31/12/2008) 1. Remuneração

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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Remuneração base 45.275,72 € Despesas de representação (12 meses) 11.642,28 €

2. Outras regalias e compensações

Gastos de utilização de telefone 460,00 € Subsídio de deslocação/Ajudas de custo 182,38 € Subsídio de refeição 954,16 €

3. Encargos com benefícios sociais

Segurança social obrigatória 6.791,36 € Encargos com Saúde (ADSE) 136,40 €

Informações Adicionais

Opção pelo vencimento de origem (s/n) Não Indicação do regime de Segurança Social Caixa Geral de Aposentações + ADSE Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005 Não existem planos complementares de reforma Ano de aquisição de viatura pela empresa Não aplicável Exercício da aquisição de viatura de serviço (s/n) Não Usufruto de casa de função (s/n) Não Exercício de funções remuneradas fora do grupo (s/n) Não

Estatuto Remuneratório de: Vítor Valente & Manuel Domingues, SROC, representado pelo Dr. Manuel Duarte Domingues, ROC Cargo: Fiscal Único Ano: 2008 (de 01/01/2008 a 31/12/2008) 1. Remuneração

Remuneração base 10.967,40 € Despesas de representação (12 meses) 0,00 €

2. Outras regalias e compensações

Gastos de utilização de telefone 0,00 € Subsídio de deslocação/Ajudas de custo 0,00 € Subsídio de refeição 0,00 €

4. Encargos com benefícios sociais

Segurança social obrigatória 0,00 € Encargos com Saúde (ADSE) 0,00 €

Informações Adicionais

Opção pelo vencimento de origem (s/n) Não aplicável Indicação do regime de Segurança Social Não aplicável Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005 Não existem planos complementares de reforma Ano de aquisição de viatura pela empresa Não aplicável Exercício da aquisição de viatura de serviço (s/n) Não Usufruto de casa de função (s/n) Não Exercício de funções remuneradas fora do grupo (s/n) Não

Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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