centro histórico de viseu municÍpio de viseu · o município e a sociedade de reabilitação...

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Reabilitar com Paixão, Recuperar o Coração CENTRO HISTóRICO DE VISEU MUNICÍPIO DE VISEU 1 /33 ESTRATÉGIA DE REVITALIZAÇÃO CONSULTA PÚBLICA / ABRIL 2014 / WWW.CM-VISEU.PT

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Reabilitar com Paixão, Recuperar o Coração

CentRoHistóRiCode Viseu MUNICÍPIO DE VISEU

1 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAção

CoNSUlTA PÚBlICA / ABRIl 2014 / www.Cm-vISEU.PT

Viseu, a melhor cidade portuguesa para viver. Uma cidade histórica, onde o futuro está a acontecer...

Video mapping

Cara/o Viseense,

Apresento-lhe neste documento, de forma simples

e resumida, a minha proposta de estratégia e de

intervenção para a revitalização patrimonial e

socioeconómica do nosso Centro Histórico – o coração

antigo e vivo da nossa cidade e da nossa identidade.

É uma estratégia que lhe proponho possamos concretizar

juntos nos próximos anos! Sujeito-a, por isso, desde já, à

sua análise e opinião, certo que a participação de todos

será o fermento de uma mudança positiva.

Neste documento encontrará propostas diversas,

a pensar no aumento da qualidade de vida dos

moradores, mas também na atração de novas famílias e

residentes, que repovoem este coração. É um desígnio

fundamental.

Poderá também conhecer ideias para reforçar a

dinâmica turística, fixar novos serviços públicos e criar

novas atividades económicas, que gerem riqueza e

emprego. E encontrará também informação a respeito

de intervenções que visam melhorar o ambiente e a

mobilidade.

notA de ABeRtuRATodas as propostas formam um ponto de partida e não um

ponto de chegada.

Desejo que este seja um processo verdadeiramente

aberto e participado! Só assim será bem-sucedido. Peço,

por isso, que considere este documento como uma base

de diálogo.

O Município e a Sociedade de Reabilitação Urbana Viseu

Novo assegurarão ainda, em particular, uma consulta

junto das instituições locais representativas do poder

autárquico, do tecido económico e de solidariedade social,

e do mundo científico e de ensino.

A revitalização do Centro Histórico de Viseu é uma das

prioridades da Câmara Municipal e do programa “Viseu

Primeiro”. Com esta estratégia e esta consulta pública

damos um passo mais para tornar essa prioridade – e esse

compromisso – uma realidade.

O Centro Histórico conta consigo!

Um abraço amigo,

Almeida HenriquesPresidente da Câmara Municipal de Viseu

2 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

VISEU, HOJEViseu tem sido repetidamente reconhecida nos últimos anos como “a melhor cidade para viver”, com melhor índice de satisfação de qualidade de vida do país. É ainda uma das maiores cidades médias portuguesas e o maior centro urbano fora das áreas metropolitanas e da faixa litoral continental.

3 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoINTRODUÇÃO

Com perto de 50 mil habitantes e sede de um concelho com cerca de 100 mil, Viseu apresen-ta uma dinâmica demográfica muito positiva, com um aumento de cerca de 16 mil habitantes nas últimas duas décadas e uma densidade populacional muito acima dos valores médios do país.

o maior centro urbano português fora do litoral: 100 mil habitantes.

Concelho atrativo, com crescimento populacional na última década: +6,5%.

4 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoINTRODUÇÃO

Viseu é uma cidade singular no panorama nacional em termos de capacidade e de atração e radicação de pessoas e atividades, mesmo num contexto de perda e de contração que se verifica no país e, em particular, no interior.

5 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoINTRODUÇÃO

Viseu tem ainda uma história que se confunde com a própria identidade nacional, com significativos recursos patrimoniais, territoriais, simbólicos e humanos, e com uma posição geográfica central no território nacional.

Porto

Aveiro

Lisboa

Aeroporto Francisco sá Carneiro

6 Milhões de Passageiros

100 km , 1h15m

Viseu Guarda/salamanca

douro

6 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoINTRODUÇÃO

inserida numa região com reconhecido valor paisagístico, um considerável património arqueológico, arquitetónico e monumental, uma procura cultural superior à média nacional, museus de referência (em que pontifica o Museu Grão Vasco), recintos de espetáculos e eventos de referência, tanto representativos da tradição, como a Feira de são Mateus, como da criatividade e inovação, como o projeto do “Viriato teatro Municipal”, Viseu reúne consideráveis recursos simbólicos e um potencial assinalável para o desenvolvimento cultural e turístico.

É, além disso, (re)conhecida no país e fora dele como a cidade de Viriato, associação mitológica de forte recorte simbólico.

7 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoINTRODUÇÃO

Viseu é uma cidade que, partindo da sua história, cultura, tradição e potencial criativo e de inovação, se encontra numa posição vantajosa para enfrentar os desafios do desenvolvimento e constituir-se como uma cidade de futuro: aberta, atrativa, inteligente, conectada e turisticamente relevante.

na sociedade do conhecimento, cultura, criatividade e inovação, tornaram-se as palavras de ordem e, em larga medida, pelo seu contributo potencial para o crescimento económico, o emprego e o desenvolvimento local, criando-se novas oportunidades para o desenvolvimento descentralizado de espaços urbanos.

Com uma localização central no território nacional, um índice muito vantajoso de qualidade de vida, uma atratividade e dinâmica demográfica que a distingue na região e no país, uma população qualificada, um património e potencial cultural e criativo assinaláveis, Viseu é hoje uma cidade de oportunidade – uma cidade onde o futuro pode acontecer!

Viseu uMA CidAde onde o FutuRoPode AConteCeR!

8 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoINTRODUÇÃO

o Centro Histórico de Viseu não é só o coração da cidade – é a parte da cidade que está no coração dos Viseenses. Por isso a sua reabilitação não é só uma aposta no futuro: é também uma paixão presente, um desígnio atual da cidade e dos seus cidadãos. daí a importância que a participação dos cidadãos, e em especial dos residentes, dos utentes, dos representantes das atividades económicas e das estruturas associativas, deve assumir.

O REPTO ESTRATÉGICOdo CentRo HistóRiCo

9 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoINTRODUÇÃO

É neste contexto que a estratégia “ Viseu Primeiro 2013/2017”, apresentada pela Câmara Municipal de Viseu, elege a “valorização do Centro Histórico de Viseu” como uma das suas apostas estratégicas.

Com efeito, apesar de todas as forças que concorrem para colocar Viseu numa posição de destaque na região e no país, o seu potencial de desenvolvimento urbano, económico, social e turístico precisa ainda de ser concretizado.Do mesmo modo que a cidade se constitui como o centro, o motor de desenvolvimento da região, é no centro desta – o seu Centro Histórico – que se encontram muitos dos recursos e oportunidades para o desenvolvimento de Viseu.

É aqui que repousa a sua identidade, o seu caracter único e distintivo, parte significativa do seu património cultural e artístico, e se desenvolvem muitas das atividades e eventos de caracter cultural e artístico. É ainda no coração da cidade que se localiza o potencial de atratividade turística e de criação de novas atividades ligadas à criatividade e inovação.

10 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoINTRODUÇÃO

ANTECEDENTESURBANÍSTICOS E DEINTERVENÇÃO

11 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoANTECEDENTESURBANÍSTICOS E DE INTERVENÇÃO

A área correntemente afeta ao Centro Histórico foi objeto de medidas de proteção especificas através de diversos diplomas legais, que visaram classificar edifícios e zonas envolventes relevantes para a consolidação da identidade histórica e cultural da cidade, das quais se destacam a “Zona Especial de Proteção à Sé de Viseu” (Dec. de 16/6/1910 e D.G. n.º 42, de 19/2/1963), a “Zona de Proteção à Escola Emídio Navarro” (D.G. n.º 99, de 24/8/1962), a “ACRRU – Área Critica de Recuperação e Reconversão Urbanística” (Art.º n.º 41 do D.L. n.º 794/76), para além das disposições decorrentes do “Anteplano Geral de Urbanização de Viseu” (de 24/1/1952 e convertido em Plano Geral de Urbanização por força do D.L. N.º 560/71, de 17/12), do “Plano Diretor Municipal de Viseu” (publicado em 19/12/1995 e cuja revisão foi objeto de publicação em 30/9/2013).

Complementarmente foram objeto de regulamentação específica as áreas afetas ao “Plano de Pormenor da envolvente urbana do Rio Pavia” e ao “Plano de Pormenor da Av. Emídio Navarro”, sendo ainda de referenciar o “Regulamento de Salvaguarda e Revitalização da Zona Histórica” (publicado a 1/8/2002) e o “Estudo de Enquadramento Estratégico da ACRRU”, elaborado em 2008 pela Parque Expo SA, no qual se integrava as orientações da Politica das cidades “POLIS XXI”.

12 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoANTECEDENTESURBANÍSTICOS E DE INTERVENÇÃO

PASSADORECENTE E O PRESENTEO Centro Histórico de Viseu, designação corrente, corresponde, do ponto de vista prático, à Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística (ACRRU), que abrange uma área equivalente a cerca de 25,4 hectares, envolvendo 628 edifícios, dos quais 152 estão em mau estado de conservação, sendo a maior percentagem do edificado anterior a 1950.

No período de 2006 a 2013 foram genericamente reabilitados 45 edifícios envolvendo a promoção privada. No período de 2007 a 2013 foram reabilitados, por ação da “Viseu Novo SRU”, 11 edifícios que envolveram um investimento global de cerca de 4,8 milhões de euros, entre despesas de reabilitação e custos de aquisição.

13 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoANTECEDENTESURBANÍSTICOS E DE INTERVENÇÃO

Atualmente decorre o processo de concurso para a adjudicação das obras de reabilitação de mais 7 edifícios, no âmbito do programa “Reabilitar para Arrendar”, que envolve um custo esperado de 1,6 milhões de euros, ao qual acresce o valor de aquisição já efetuado, de que resultará um valor global de 2,9 milhões de euros. As obras deverão estar concluídas até ao final do próximo ano.

Adicionalmente, prevê-se que no ano em curso sejam lançadas pelo menos três intervenções em espaço público: o arranjo urbanístico do Largo António José Pereira e a requalificação das ruas João Mendes, Cónego Martins e Soar de Cima), que envolverão um investimento global que se estima em cerca de 550 mil euros, e que deverão estar concluídas no próximo ano.

14 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoANTECEDENTESURBANÍSTICOS E DE INTERVENÇÃO

uma intervenção integrada no Centro Histórico de Viseu visa promover o crescimento sustentável, inteligente e inclusivo do território, em linha com os objetivos da estratégia “europa 2020”.implica, assim, um compromisso no reforço da atratividade de pessoas e atividades e uma aposta determinada no fomento da cultura e da inovação em sentido amplo, combinando o reconhecimento, a proteção e a valorização do património do passado com a concretização do seu potencial de modernidade e de futuro.

ESTRATÉGIA

15 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoESTRATÉGIA

Pretende-se que esta seja uma intervenção exemplar, demonstrativa das possibilidades de associação entre a cultura e a inovação, entre tradição e modernidade – e que concretize o potencial de atração desta área histórica, em termos de população jovem e qualificada, de novas atividades económicas, designadamente turísticas e criativas, e de um palco singular de cultura e eventos.As dimensões e objetivos da conservação e da reabilitação, tantas vezes divergentes noutros casos de cidades e centros históricos, devem ser sujeitos a um compromisso de equilíbrio virtuoso, salvaguardando os interesses da proteção (designadamente de uma candidatura à Lista de Património da Humanidade da unesCo) e as motivações legítimas da revitalização socioeconómica.

16 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoESTRATÉGIA

uma intervenção integrada no Centro Histórico de Viseu visa promover o crescimento sustentável, inteligente e inclusivo do território, em linha com os objetivos da estratégia “europa 2020”.implica, assim, um compromisso no reforço da atratividade de pessoas e atividades e uma aposta determinada no fomento da cultura e da inovação em sentido amplo, combinando o reconheci-mento, a proteção e a valorização do património do passado com a concretização do seu potencial de modernidade e de futuro.

VISÃO ESTRATÉGICAAs opções estratégicas são, assim, suscetíveis de serem consubstanciadas através de dois eixos estruturantes: “Atratividade” e “Cultura e inovação”.Para cada um destes eixos são apresentadas medidas de intervenção específica.

VisÃo

o Centro Histórico de Viseu será um território cultural sustentável, atrativo, dinâmico e inclusivo, que valoriza o seu património histórico, arquitetónico, simbólico e social, combina harmoniosamente funções habitacionais, turísticas e económicas, é palco de eventos relevantes e é aberto à inovação e à criatividade artística, social e económica.

17 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoESTRATÉGIA

PRoPostAsde inteRVenÇÃo

JiM, Companhia Paulo Ribeiro. Foto: José Alfredo

18 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

esta estratégia propõe, em consulta pública, um conjunto de intervenções tendo em vista a concretização da visão definida.A sua definição e concretização ficam, todavia, subordinadas à auscultação que será promovida, junto dos cidadãos e das instituições, quer através de fóruns específicos, quer através da participação via web, num contexto amplo de fomento e construção da comunidade.

Elencam-se de seguida um conjunto de ações suscetíveis de corporizar um plano operacional para a revitalização do Centro Histórico, aberto, reforce-se, à integração futura dos contributos decorrentes do debate público a realizar.

19 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

A reabilitação do edificado constitui-se como uma ação fundamental aos objetivos de promoção de repovoamento do centro histórico, de qualidade de vida e da coesão social, a preços económica e socialmente adequados aos rendimentos das famílias. esta dimensão é indispensável ao processo de restituição da capacidade vivencial e aglutinadora do Centro Histórico, que ao longo dos séculos contribuiu para a criação da sua identidade patrimonial.

o novo Regime excecional para a Reabilitação urbana (ReRu) constitui neste contexto uma oportunidade

relevante, podendo suscitar uma economia de custos estimados de cerca de 40% quanto aos gastos envolvidos nos projetos de reabilitação (face à legislação atualmente em vigor).

o centro histórico será ainda a área de maior incidência da dinâmica privada de investimento imobiliário, que deverá ser também orientada de modo expressivo para o fomento de atividades centradas no conhecimento e criatividade.

ReABiLitAÇÃodo ediFiCAdo

exemplos de edificados em elevado estado de degradação

20 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Promover a simplificação e

agilização de procedimentos

burocráticos/administrativos;

Promover a inovação e as boas

práticas na reabilitação do edificado,

objetivo para que deverá concorrer

o “Viseu estaleiro escola” e medidas

formativas de promotores e

operadores de reabilitação;

Promover o alargamento do

mercado a potenciais investidores

através, nomeadamente, de ações

de sensibilização junto dos diversos

operadores imobiliários locais e

junto da nossa diáspora;

Mobilizar incentivos de

natureza fiscal e administrativa,

disponibilizados por legislação ou

programas nacionais, para estimular

a reabilitação físico-funcional ou

operações de revitalização social

e económica do centro histórico,

através essencialmente da adoção

da taxa reduzida de iVA; isenção

do iMi por períodos definidos e

suficientemente motivadores

ou através da sua redução em

casos específicos e decorrentes

de processos de reabilitação;

possibilidade de redução do iRC ou

iRs para rendimentos provenientes

de Fundos de investimentos

imobiliários que operem na área

de intervenção correspondente à

ACRRu ou à futura ARu; dedução à

Coleta do iRC ou iRs para transações

e intervenções nesta área, assim

como a isenção do iMt;

Mobilização de outros incentivos

financeiros, considerando

nomeadamente o aumento do valor

do incentivo à pintura de fachadas

REABILITAÇÃO DO EDIFICADO

(não só quanto ao seu montante

pecuniário mas também quanto à

sua abrangência) e a inclusão da

reabilitação de vãos exteriores,

visando a eficiência energética

ou a própria proteção acústica das

habitações, e tubos de queda;

Modelação das taxas de

ocupação do domínio público no

sentido de uma convergência

com a revitalização do centro

histórico, incentivando a criação

e funcionamento de espaços de

esplanadas ao longo de todo o ano;

Modelação das taxas inerentes às

diversas operações urbanísticas

como modo suplementar de

incentivo à reabilitação de edifícios

no centro histórico;

Promoção da aplicação de apoios

comunitários do “PoRtuGAL

2020” (2014/2020) e de outros

instrumentos correspondentes

à criação de fundos de

desenvolvimento urbano,

designadamente com o apoio do

programa JessiCA e do JessiCA 2;

Criação de um sistema de

licenciamento, de recurso

excecional, visando a constituição

de uma bolsa de créditos de

construção nova em outras zonas

da Cidade, em função da promoção

de ações de reabilitação no centro

histórico, sendo a expetativa de

construção condicionada a razões

de interesse público.

21 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Um dos aspetos críticos mais relevantes para a imagem e a atratividade do Centro Histórico, como local de residência ou destino turístico, respeita à carência de soluções sustentáveis de mobilidade e de estacionamento.

A acessibilidade ao núcleo central, a melhoria do ambiente urbano, a despoluição visual da presença praticamente indiscriminada de automóveis nas diversas ruas e largos, o défice de canais pedonais e a leitura turística do conjunto monumental definido pela sé Catedral, Museu Grão Vasco e igreja da Misericórdia reclamam, de forma prioritária e urgente, respostas na alteração da acessibilidade, nomeadamente de reorganização e disciplina do tráfego automóvel, na adoção de soluções de transporte mais amigas do ambiente e na majoração da oferta de estacionamento, com afetação de lugares especificamente destinados a residentes e atores económicas, em condições vantajosas.

MeLHoRiAdAs CondiÇÕesde MoBiLidAde e doestACionAMento

22 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Neste plano, preconizam-se as seguintes medidas:

Reformulação da acessibilidade ao Centro Histórico

através da redefinição dos sentidos de trânsito automóvel,

disciplina do estacionamento e limitação do tráfego;

Otimização da rede de transporte público da ligação do

Centro Histórico, quanto aos percursos, às frequências e

aos horários;

Definição de corredores de ligação do Centro Histórico

aos polos definidos pelo Parque do Fontelo, Universidade

Católica, Escola Superior de Saúde, Hospital Distrital de

Viseu e Instituto Politécnico de Viseu, preferencialmente

direcionados para meios de locomoção não poluentes;

Implementação de novas áreas de estacionamento,

com vista à erradicação do estacionamento ilegal ou

inconveniente para a imagem do Centro Histórico, ao

reforço da atratividade das atividades económicas e

serviços existentes ou a instalar, com adoção de quotas

direcionadas ao uso exclusivo de residentes ou utentes,

visando a disponibilização de entre 300 a 400 novos

lugares num horizonte temporal de 36 meses;

Consideram-se vocacionados para a localização das

referidas áreas de estacionamento, a zona situada na Av.

Capitão Silva Pereira (implicando o seu reordenamento)

a zona contígua ao terminal superior do funicular, a

zona situada a norte da Rua Silva Gaio, a reativação

do Parque de Estacionamento no Centro Comercial

Académico, admitindo-se ainda a criação de um parque

de estacionamento subterrâneo em parte da Praça 2 de

Maio.

23 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

A valorização do espaço público existente e a criação de novos espaços de usufruição pública são também fatores estratégicos na reabilitação do Centro Histórico.Aqui, propõem-se medidas de intervenção como o lançamento de um concurso de ideias para a revitalização da Praça 2 de Maio, focado na sua otimização funcional da plataforma à cota inferior, na perspetiva de integrar a realização de mercados de proximidade, eventos culturais, espaços de atividade infanto-juvenil, etc., considerando a sua utilização anual, menos dependente

das condições climatéricas, e que poderá implicar a execução de um elemento de cobertura integrado com as características da zona, e que por si só se constitua como um elemento icónico;

(A plataforma à cota superior poderá comportar outras funções inseridas em áreas a edificar para o efeito, incluindo a possibilidade de criação de um parque de estacionamento subterrâneo);

VALoRiZAÇÃo e CRiAÇÃo de esPAÇos PÚBLiCos

24 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Valorização ambiental e urbana da área localizada entre a Rua do Chantre, Av. Capitão silva Pereira e Rua da Árvore, dadas as suas especiais características ambientais;

definição de uma rede de espaços verdes, públicos ou privados, identificando parcelas suscetíveis de incorporarem essa rede de espaços;

incentivo aos moradores para a conversão das varandas dos edifícios numa sucessão de pequenos “jardins suspensos”, enriquecendo visual e ambientalmente o espaço público, tendo como ponto de partida a Praça d. duarte.

VALORIZAÇÃO E CRIAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS

25 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Considerando que a fixação de serviços

e a criação de âncoras funcionais se

reveste de primordial importância para

a revitalização e atratividade do Centro

Histórico, e também para uma aceleração

no processo de reabilitação do edificado

e de modernização das atividades

económicas, a estratégia para o Centro

Histórico propõe uma intervenção

proactiva de radicação de novos serviços

nos domínios da saúde, cultura e ensino.

Complementarmente, preconiza-se

o desenvolvimento de um conceito

de “centro comercial ao ar livre”,

diversificando-se experiências e horários

de frequência em função de utilizações

para serviços, diversão, comércio e

habitação.

FiXAÇÃode seRViÇos eCRiAÇÃo de ÂnCoRAs FunCionAis

26 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Assim considera-se passível de integrar este objetivo nuclear, a título de exemplo, as seguintes instalações, novas ou de reforço, vinculadas a determinados edifícios:

Equipamentos culturais / museus

Viseu Educa / Universidade Sénior

Conservatório Regional de Música

Instituições de Ensino

Serviços autárquicos

Hostel

Arquivo Distrital

Serviço(s) de Saúde

Casa das Associações Culturais

Incubadora de empresas criativas

Decorrem ainda iniciativas visando um maior aprofundamento no conhecimento das especificidades de outros edifícios (como seja o antigo DRM/Rua Direita) e dos logradouros, estudando-se também a instalação de Residências Universitárias, preferencialmente localizadas nas zonas/ruas mais deprimidas do Centro Histórico.

27 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

o marketing territorial do Centro Histórico constitui um objetivo central para a sua atratividade turística e económica. donde a necessidade de uma aposta organizada e persistente na criação de um posicionamento de promoção distintivo e de um mix de comunicação poderoso e integrado – da marca à web, e da web ao território!

PROMOÇÃO DOCENTRO HISTÓRICO

28 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

RUA 21 DE

AV. D

OU

TOR

JOSÉ D

E ALM

EIDA

AVEN

IDA

AN

TÓN

IO JO

SÉ DE

ALM

EIDA

ESCOLA SECUNDÁRIA ALVES MARTINS

RIO PAVIA

ESCOLADA AVENIDAE.B.1

RUA M

AJOR L

EOPO

LDO D

A SI

LVA

CENTRAL DE CAMIONAGEMTERMINAL DE RODOVIÁRIA

AVEN

IDA

AN

TÓN

IO JO

SÉ DE

ALM

EIDA

O défice de notoriedade e de informação promocional estruturada e atrativa nas redes e no destino constituem, de resto, uma das principais lacunas a corrigir com caráter prioritário.Entre as ações suscetíveis de serem desenvolvidas neste objetivo, contam-se as seguintes:

Qualificação da presença do Município e do Centro Histórico de Viseu na internet, adquirindo uma posição de maior visibilidade, reputação e acessibilidade;

elaboração de dossiers e produtos info-promocionais sobre o Centro Histórico dirigidos a investidores e a operadores turísticos (na ótica de os mobilizar como “prescritores” do destino);

Produção de recursos de informação, orientação e promoção sobre o Centro Histórico para turistas;

organização de eventos distintivos e de qualidade no Centro Histórico,

com uma programação dinâmica, envolvendo diversos agentes culturais e criativos, abrangentes do ponto de vista temático e distribuída ao longo do ano, incluindo os meses “frios”;

Reforço dos pontos/balcões de informação turística no Centro, privilegiando a Praça da Republica (Rossio) como porta de entrada;

Reestruturação das lojas dos Museus Municipais e da sua oferta de merchandising da cidade e do Centro Histórico, como instrumento complementar de promoção e divulgação de Viseu, implementando parcerias com os artistas e empresas locais.

PRoMoÇÃo doCentRo HistóRiCo

29 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Lançamento de um programa de estudos e investigação, debate e preparação de uma candidatura para classificação do Centro Histórico (nos seus bens e dimensões patrimoniais mais relevantes e singulares) na Lista de “Património da Humanidade” da unesCo;

MedidAs CoMPLeMentARes

30 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Reconversão da ACRRu em Área de Reabilitação urbana (ARu), por força do disposto na Lei, incluindo a ampliação de área geográfica abrangida e/ou a delimitação de novas áreas de reabilitação urbana, de modo a que sejam consideradas, nomeadamente, a zona envolvente da rua João Mendes (rua das Bocas), zona da Ribeira e largo do Arrabalde (incluindo as áreas edificadas envolventes das margens do rio Pavia), e, eventualmente, o Bairro Municipal da Balsa, junto ao estabelecimento Prisional de Viseu;

31 /33 ESTRATÉGIA

dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Revisão dos regulamentos municipais com incidência no Centro Histórico, de modo a adequá-los ao atual enquadramento legal incidente sobre a reabilitação urbana;

definição de horários de funcionamento dos diversos estabelecimentos, incentivando o comércio a adotar horários mais dinâmicos e com particular atenção à previsão de horários específicos em zonas delimitadas quanto aos estabelecimentos de diversão noturna, incentivando, por outro lado, a manutenção de esplanadas durante todo o ano (com possibilidade de isenção parcial ou redução das taxas respetivas);

implementação de um programa (“Viseu Aconchega”), a título experimental numa primeira fase, para a promoção de alojamento de estudantes com Munícipes idosos, numa perspetiva de inclusão e

solidariedade, e de interação geracional;

Lançamento do orçamento Participativo de Viseu, fomentando a mobilização de propostas para o Centro Histórico;

elaboração de um levantamento dos espaços comerciais devolutos, com o intuito de se estabelecerem protocolos com os respetivos proprietários tendentes à criação de uma bolsa de espaços suscetíveis de acolherem atividades (comerciais ou culturais) de carácter temporário ou sazonal.

MEDIDASCOMPLEMENTARES

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dE REvITAlIzAçãoPROPOSTASDE INTERVENÇÃO

Reabilitar com Paixão, Recuperar o Coração

estratégia de Revitalização do Centro Histórico de Viseu Participe deste debate para que o coração da cidade volte a bater forte.o Centro Histórico conta consigo!

Agenda de eventos e formulário de participação em www.cm-viseu.ptwww.facebook.com/municipioviseu

CentRoHistóRiCode Viseu

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dE REvITAlIzAção

CoNSUlTA PÚBlICA / ABRIl 2014 / www.Cm-vISEU.PT