centro de ensino superior do cearÁ ... lenice almeida de sousa gestÃo de estoque de produtos...
TRANSCRIPT
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MARIA LENICE ALMEIDA DE SOUSA
GESTÃO DE ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS COM ÊNFASE EM
CONTROLE DE ESTOQUES E INVENTÁRIO NAS ORGANIZAÇÕES.
FORTALEZA 2013
MARIA LENICE ALMEIDA DE SOUSA
GESTÃO DE ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS COM ÊNFASE EM
CONTROLE DE ESTOQUES E INVENTÁRIO NAS ORGANIZAÇÕES.
Monografia apresentada à Faculdade Cearense, como requisito obrigatório para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof.ª Dra. Márcia Maria Machado Freitas
FORTALEZA
2013
MARIA LENICE ALMEIDA DE SOUSA
GESTÃO DE ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS COM ÊNFASE EM
CONTROLE DE ESTOQUES E INVENTÁRIO NAS ORGANIZAÇÕES.
Esta monografia foi submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, outorgado pela Faculdade Cearense - FAC e encontra-se à disposição dos interessados na Biblioteca da referida Universidade.
__________________________________________________ Prof.ª Dra. Márcia Maria Machado Freitas
(orientador)
___________________________________________________ Prof.ª. Dra. Liliana Farias Lacerda. (Membro da banca examinadora)
____________________________________________________ Prof.ª Ms. Liana Márcia Costa Vieira Marinho
(Membro da banca examinadora)
Dedico este trabalho a um Grande Homem que sempre estará presente em minha vida. Ele sabia do meu sonho e sei que onde ele estiver agora aplaude a minha vitória. A você, meu Pai (in memoria).
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus, que me deu a vida, coragem e sabedoria para vencer os
desafios que surgem ao longo da minha caminhada e que esteve comigo o tempo
todo durante a realização deste trabalho, principalmente quando as coisas se
tornaram bem difíceis e que para mim se tornaram impossíveis.
A minha mãe, Ieda Almeida que sempre esteve rezando, torcendo e
aplaudindo as minhas conquistas e sonhos realizados e, que em todo o percurso da
faculdade, sempre me deu força e apoio financeiro para que não desistisse.
À empresa Pelagio Oliveira na pessoa do Sr. Paulo Brandão, diretor, que
liberou a bolsa auxílio de 50%, para custear mensalidades da faculdade; e à
empresa M. Dias Branco que continuou com o beneficio.
A meu amigo Romilson Guimarães, que me incentivou na escolha do curso.
Muito obrigada, mestre!
A professora Márcia Freitas, que abraçou este trabalho com muita
determinação, seriedade e profissionalismo, e me fez ver que qualquer pessoa é
capaz de desenvolver um trabalho monográfico.
Aos professores que farão parte da banca examinadora, que Deus possa
iluminar a todos na hora da avaliação, não só da avaliação do meu trabalho mais de
todos que passarem pela banca.
Aos melhores amigos do mundo que sempre acreditaram e me ajudaram
mesmo quando eu nem sabia pedi ajuda, obrigada Gabriela Araújo, Mario Façanha,
Renato Carneiro, Synara Lopes, Claudio Gentile, Tiago Filgueiras, Alissana
Brandão, Nivaneide Abreu, Keivylane Façanha, Amadeu Monteiro, Mayara Araújo,
Dhenis Maciel e Lorena Lobo. O olhar, as risadas e o “você é capaz, Lê!”, que
soaram aos meus ouvidos como bálsamo para minha alma, e me deram forças para
continuar e concluir este trabalho.
Aos meus irmãos, que sempre mostraram seu orgulho por me verem crescer
e conquistar minhas vitórias. Obrigada, Deninha, Anderson, Socorrinha, Fatinha e
Aldemir. Família, base de tudo!
Aos meus amigos Macário Silva, Alan Santos, Paulo Anderson, Viviane Quinto,
que sempre arrumaram um tempinho para ler esse trabalho e me ajudaram com
suas dicas e opiniões sempre muito precisas e certeiras. Obrigada!
Aos meus amigos do trabalho, que acompanharam este momento de perto e
as dificuldades que eu enfrentei, mas sempre acreditando que eu era capaz. Um
obrigado especial para Deusimar Martins, que me emprestou todos os livros de sua
biblioteca, não se preocupe vou devolver todos.
Aos meus amigos Úrsula, Tibério e Elisangela Sousa. Obrigada pelas conversas
cheias de otimismo, pela companhia e a carona de todos os dias durante a
faculdade.
Aos meus amigos de sala de aula Meire (agora também sou sabida), Viviane,
Betinha, Fábio, Eliana, Obadias, Iraneide e tantos outros. Obrigada por toda vez que
viajava a trabalho e vocês seguravam as pontas por mim: “Professor, a Lenice está
viajando a trabalho.” “Professor, posso colocar o nome da Lenice ela está viajando?”
“Professor, faz o trabalho hoje não, a Lenice está viajando.” Eram as frases ditas por
vocês quando me ausentava por causa do trabalho. E obrigada, professores, por
entenderem a minha ausência e não dificultarem a minha vida acadêmica. Vocês
foram sensacionais.
E por fim a todos meus amigos que contribuíram de forma direta ou indireta
para a realização deste trabalho.
“Se a angústia apertar o peito e tudo parecer confuso, escuro, não se amedronte. O essencial se revela na espera... e na certeza de que somos capazes de tudo, se acreditamos”.
Abner Santos
RESUMO
As organizações buscam o maior e eficiente controle de estoques com a finalidade de evitar perdas, por ser seu maior ativo físico. A metodologia usada para responder tal questionamento foi a pesquisa de bibliografia especifica qualitativa onde foram pesquisados documentos físicos (livros, textos, artigos, revistas, publicações e entre outros). Pesquisa virtual com a utilização dos recursos disponíveis na internet mediante consulta a sites relacionados ao assunto pesquisado. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a gestão de estoque de produtos acabados com ênfase em controle de estoques e inventário nas organizações. Para fundamentar o objetivo geral foram definidos os objetivos específicos que foram os seguintes: Descrever os procedimentos de inventário na empresa de produtos alimentícios; Analisar os parâmetros de controle de estoque que definam quanto, quando e com que frequência deve ser realizada a análise dos estoques. Apresentar as funções dos principais métodos de avaliação de estoque. Foi possível constatar que o objetivo principal e os objetivos específicos propostos no inicio desse trabalho foram alcançados, já que foram identificado o problema Controle e gestão de estoques são de grande importância no processo organizacional das empresas, pois se trata do seu maior ativo, este controle e processo envolvem pessoas, técnica especifica custos e a organização como um todo. Com isso a pergunta de partida foi completamente respondida. Foi apresentado exemplos de fichas de controle de estoque, planilhas de conciliação de inventários e a forma de cálculo usado para medi acuracidade. É de responsabilidade das organizações administrar os níveis de estoques que serão mantidos para atender o cliente com melhor nível de serviço. A sugestão de melhorias não requer custos altos e poderão solucionar riscos que as organizações correm por não programar esses controles que proporcionam uma eficiência e melhores resultados.
Palavras-chaves: Controle de estoques. Métodos de avaliação. Inventários
ABSTRACT Organizations seek the most efficient and inventory control in order to avoid losses, to be his greatest physical asset. The methodology used to answer these questions was the qualitative research literature specifies which were surveyed physical documents (books, texts, article, magazines, publications, among others). Virtual research using the resources available on the internet consultation to sites related to the topic searched. The objective of the research was to analyze the management of finished goods inventory with emphasis on inventory control and inventory organizations. To support the overall goal were defined specific objectives were the following: Describe the inventory procedures in food products company; Analyze inventory control parameters that define how, when, and how often to perform the analysis of stocks. Present the functions of the main methods of stock valuation. it was established that the main goal and specific objectives proposed at the beginning of this work were achieved, which were already identified the problem of inventory control and management are of great importance in the organizational process of the companies, because it is your greatest asset, this control process and involve people, specific technical costs and the organization as a whole. Thus the starting question was completely answered. Was presented examples of chips stock control, inventory reconciliation spreadsheets and calculation method used to measure accuracy. It is the responsibility of organizations to manage inventory levels to be maintained to meet the customer with the best service level. The suggested improvements do not require high costs and risks that may resolve organizations run by non- program these controls that provide efficiency and better results. Keywords: Inventory control. Assessment methods. Inventories
LISTA DE FIGURAS
FIGURA I - Cheklist de inventário
FIGURA II - Painel de analise de inventário
FIGURA III - Preparação de inventário
FIGURA IV - Ficha de inventário
FIGURA V - Planilha de conciliação de inventário
FIGURA VI - Ficha de escala de equipe
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 13
1.1Problemática........................................................................................... 14
1.2 Objetivos Gerais.................................................................................... 15
1.3 Objetivos Específicos............................................................................ 15
1.4 Justificativa........................................................................................... 15
1.5 Metodologia.......................................................................................... 16
2 A IMPORTANCIA DOS ESTOQUES NAS ORGANIZAÇÕES ................ 17
2.1 Controles de estoques........................................................................... 19
2.1.1Princípios básicos para controle de estoques..................................... 20
2.1.2 Método de avaliação dos estoques.................................................... 22
2.2.1 Custos dos estoques......................................................................... 25
2.3.1 Classificação Técnica Curva ABC ................................................... 26
2.4 Responsabilidades da administração dos Estoques no setor Logística 27
2.5 A importância dos Inventários dos Estoques nas Organizações............ 29
2.6 Tipos de inventários............................................................................. 31
2.7 Resultados dos inventários medidos pela Acuracidade....................... 33
2.8 Procedimentos de inventário.............................................................. 34
2.9 responsabilidades contábeis............................................................... 36
2.9.1 Livro registro de inventário.............................................................. 37
2.9.2 Ausência de escrituração do livro................................................... 37
2.9.3 Prazo............................................................................................... 37
3 METODOLOGIA ................................................................................... 39
3.1 Escolha e tema .................................................................................. 39
3.2 Tipos de pesquisas............................................................................... 40
4 GESTÃO DE ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS COM ÊNFASE
EM CONTROLE DE ESTOQUES E INVENTÁRIOS NAS
ORGANIZAÇÕES............................................................................................
44
4.1 Politicas de controle de estoque de produtos acabados .......................... 45
4.2 Inventários de estoques de produtos acabados................................... 46
4.2.1 Procedimentos de inventários de produtos acabados........................ 46
5 CONCLUSÃO ......................................................................................... 49
6 REFERÊNCIAS........................................................................................ 50
7 ANEXOS ................................................................................................. 52
13
1. INTRODUÇÃO
O processo de controle de estoques é eficaz desde que esse controle
seja realizado por um sistema otimizado e abranja todos os itens existentes no
estoque. Este trabalho de conclusão de curso tem como foco principal mostrar que
um estoque precisa ter controle, pois é um dos ativos de maior valor de uma
empresa, na qual estoque obsoleto e falta de mercadorias significam perda de
dinheiro.
Os investimentos em sistemas que fazem o controle podem ser
significativos, porém com um retorno satisfatório, sendo que o objetivo principal
desse controle é a otimização de custos e o ganho evitando o desperdício no
estoque, desde que esse sistema não fique subutilizado.
Atualmente, o nível de competitividade das organizações está
aumentando cada vez mais, e para que as organizações não fiquem em
desvantagens estão se adequando às tecnologias e inovações com implantações de
sistemas qualificados e organizados para cada tipo de empresa.
De acordo com a Lei 154 de 1947 RIR-99, sobre os critérios para
avaliação de estoques, Artigo 292, ao final de cada período de apuração do imposto,
a pessoa jurídica deverá promover o levantamento e avaliação dos seus estoques.
O Artigo 293 diz que as mercadorias, as matérias primas e os bens em almoxarifado
serão avaliados pelo custo de aquisição.
O trabalho apresentado tem como base definições conceituais,
destacando e analisando o pensamento de diversos autores referentes a controle,
gerenciamento e métodos de avaliação de estoques e inventários de estoques.
O primeiro ponto a ser destacado neste trabalho é a definição de
estoques, controle interno de estoques, base legal, dando ênfase à lei que rege os
estoques, objetivo do controle de estoques, custos de estoques e metodologia,
conceituando os tipos de avaliações de estoques PEPS (primeiro que entra, primeiro
que sai), cuja avaliação é feita pela ordem cronológica das entradas; UEPS (último a
entrar, primeiro a sair), que considera que, em primeiro lugar, devem sair às últimas
peças que deram entrada no estoque; Média Ponderada; estoque de segurança;
estoque mínimo e estoque máximo; giro de estoque; organização e armazenagem e
inventários.
14
Segundo Gasnier e Daniel Georges (2002), as principais funções da
gestão de controle de estoque é determinar o que manter em estoque e identificar
precisamente estes SKU, que são unidades distintas mantidas no estoque, ou seja,
o sistema de controle de estoque precisa conhecer e tratar item a item do estoque.
Determinar quando reabastecer e quanto requisitar, acionar o processo
de abastecimento pelo departamento de compras e produção receber estocar e
suprir os materiais conforme requerido pelos usuários, manter acuracidade dos
saldos por meio de inventários rotativos e por fim retirar itens obsoletos do estoque.
(GASNIER, DANIEL GEORGES, 2002)
O inventário geral é um processo de contagem física de todos os itens em
poder da empresa, acontece à portas fechadas, com materiais adequados,
estabelecendo espaços e estoques a serem contados em uma data pré-fixada, pode
ser programado periodicamente, usualmente no fechamento contábil do exercício,
ou excepcionalmente ser requerido em ocasiões extraordinárias.
O trabalho será dividido em seis capítulos. O primeiro capítulo consistirá
na introdução, problematização, objetivos, metodologia e a justificativa.
No segundo capitulo será abordado o conceito e a importância da
logística, diferença de controle e gestão de estoque abrangendo o custo e os
métodos de avaliação de estoques, a partir do pensamento dos grandes
especialistas da área.
No terceiro, a metodologia e apresentação dos procedimentos adotados
para o desenvolvimento deste trabalho. No quarto será feita analise da importância
do controle de estoques nas organizações. No quinto capitulo a conclusão e os
resultados apresentados em gráficos e planilhas e, após a conclusão, o sexto trará
as referências bibliográficas.
1.1 Problemática
Controle e gestão de estoques são de grande importância no processo
organizacional das empresas, pois se trata do seu maior ativo, este controle e
processo envolvem pessoas, técnicas especificas, custos e a organização como um
todo.
A falta de controle dos estoques gera prejuízos. A área de estoque é vista
como o ativo mais relevante de uma organização, seu controle deve estar associado
aos objetivos da empresa, pois o estoque sustenta a empresa. As entradas e saídas
15
de mercadorias estão relacionadas diretamente com metas de vendas da empresa.
E um eficaz controle faz com que a cadeia de suprimentos funcione adequadamente
para assegurar um satisfatório padrão de qualidade no atendimento das
necessidades de seus clientes (externos e internos).
A organização precisa se adequar aos controles buscando inovações,
tecnologia e mão de obra qualificada, sem deixar o mercado competitivo e com a
mesma capacidade das demais empresas.
Segundo Bowersox (2008, p.223), “sem um estoque adequado, a
atividade de marketing poderá detectar perdas de vendas e declínio da satisfação do
cliente”.
De acordo com o exposto, tem-se o seguinte questionamento: Por que
controlar o estoque nas organizações?
1.2 Objetivos gerais
Analisar a gestão de estoque de produtos acabados com ênfase em
controle de estoques e inventário nas organizações.
1.3 Objetivos específicos
Descrever os procedimentos de inventário nas indústrias;
Analisar os parâmetros de controle de estoque que definam quanto,
quando e com que frequência deve ser realizada a análise dos
estoques;
Apresentar as funções dos principais métodos de avaliação de
estoque.
1.4 Justificativa
O tema controle de estoque com foco no inventário é de grande
importância no processo geral da empresa, pois trata de controle e gestão de um
ativo com um valor relevante. A falta de controle desses itens poderá ocasionar
sérios problemas, tais como: produtos vencidos, itens descontinuados, insatisfação
do cliente por falta de organização e zelo com o produto, acúmulo de estoque,
16
problemas com armazenamento, falta de planejamento, baixa rotatividade e custos
elevados.
Portanto, o tema é importante porque envolve todas as áreas da empresa,
desde o planejamento para produção até a chegada final no cliente, o inventário é
importante para manter esse controle, pois nada mais é do que o resultado de um
trabalho constante de gestão dentro do armazém.
Escolheu-se este tema por entender que para selecionar um bom controle
de estoque, devem ser realizados investimentos que possam gerar um retorno
satisfatório para empresa. Pois, com as mudanças ocorridas nos últimos tempos, o
mercado de trabalho exige, cada vez mais, melhores serviços e produtos de
qualidade, ficando assim um consumidor exigente.
Justifica-se a escolha desse tema também por se tratar de um assunto
novo e pouco explorado, daí a necessidade de aprofundar mais o assunto e, assim,
conhecer a importância da integração das áreas de logística, comercial, indústria,
financeira e contabilidade para redução de custos com desperdício e falta de
controle com o estoque.
1.5 Metodologia
A base deste trabalho é a pesquisa realizada através dos textos, baseada
em autores específicos. A partir da pesquisa conseguiu-se identificar os métodos de
controle de estoques e a importância nos resultados das organizações.
Segundo Marconi e Lakatos (1990, p.15), “pesquisa é um procedimento
formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um trabalho cientifico e se
constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para se descobrir verdades
parciais”.
Para Gil (1993 p.19), a pesquisa é o procedimento racional e sistemático
cujo objetivo é proporcionar respostas aos problemas propostos.
17
2. A IMPORTANCIA DOS ESTOQUES NAS ORGANIZAÇÕES
Nas organizações é necessário manter os estoques armazenados, pois
as empresas não têm o controle dos estoques dos clientes, portanto, não conhecem
a demanda futura dos clientes e a indisponibilidade da matéria prima do fornecedor
a qualquer instante.
Manter os estoques nas empresas se faz necessário para garantir que as
empresas terão o produto sempre que os clientes solicitarem, evitando custos
maiores atribuídos na produção e distribuição dos produtos.
Conforme Chiavenato (2005, p. 67):
“[...] Estoque é a composição de materiais, materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados, que não é utilizada em determinado momento na empresa, mais que precisa existir em função de futuras necessidades”.
O que o autor define é que as organizações se preocupam com a
demanda do mercado e seus clientes são seu principal foco, portanto, sempre
existirá um estoque, seja grande, médio ou pequeno, disponível para atendê-los e
garantir os menores custos. A finalidade dos estoques é atender as demandas
futuras, assim não podemos deixar de atender os clientes por falta de produto.
Segundo Gasnier, Daniel Georges (2002 p. 26), o proposito ou finalidade
fundamental dos estoques é amortecer as consequências das incertezas, impedindo
ou minimizando as consequências nos demais processos da cadeia de
abastecimento. Assim podemos identificar três funções primárias dos estoques:
Pulmão: como regulador do fluxo logístico, o estoque tem a função de amortecer as oscilações da oferta na demanda e vice-versa, permitindo que haja desconexão entre os processos antecessores e sucessores. Estratégico: quando existe algum risco de caráter extraordinário, o estoque pode assumir a função de uma resposta contingencial, reduzindo o impacto da falta de oferta. Especulativo: existem ocasiões onde empresas operam como agentes financeiros, deliberadamente adquirindo produtos quando os preços estão em baixa e vendendo-os quando estiverem em alta.
O autor conceitua o princípio da finalidade ressaltando a importância da
administração dos estoques, dividindo este principio em três principais finalidades: a
importância de se manter um estoque como pulmão evitando a falta de mercadoria
para o cliente sempre que ele precisar; o estoque estratégico caso ocorra uma
demanda maior em períodos de sazonalidade ou urgência do cliente; e o
especulativo no qual a empresa pesquisa preços de mercados e aproveita os preços
18
mais baixos para depois vender os produtos mais caros obtendo um maior lucro, em
casos de empresas que atuam como agentes financeiros.
É importante que as empresas atendam, de maneira personalizada e com
agilidade, com os menores custos possíveis, as necessidades da cadeia de
abastecimento para que não percam o timing de fornecimento do produto ao cliente,
uma vez que este é um dos fatores preponderantes para a agregação de valor ao
produto (ORTOLANI, 2001).
As organizações devem se preocupar com o controle dos estoques desde
a análise do processo produtivo até o processo de comercialização. As informações
são importantes para que seja feito um monitoramento eficaz deste controle.
“O estudo do papel dos estoques nas empresas é tão antigo quanto ao
estudo da própria administração” (MARTINS et al.2004, p.133). Os gestores
precisam focar no controle dos estoques, pois os estoques representam um ativo
com valor relevante para as organizações.
É preciso que a empresa esteja focada nos níveis do estoque para a
satisfação do cliente e da empresa. Os estoques representam capital investido,
lançado no ativo da empresa para serem bem administrados e vendidos, sendo
comuns as perdas por expiração da data de validade e até mesmo roubo e fraudes
cometidas na empresa através do estoque. (FIGUEIREDO e FLEURY, 2006 p. 38).
As empresas além de se preocupar com atendimento do cliente é
necessário que os estoques seja controlados e administrado evitando prejuízos com
produtos vencidos e praticas de furtos dentro das organizações.
Segundo Dias (2006, p. 128):
A globalização da economia vem produzindo significativas mudanças na forma de condução dos negócios. No cenário atual, clientes exigem um alto nível de serviço, pedidos mais frequentes, e trabalham no sentido de manter os níveis de estoque exatamente na medida de suas necessidades. Os consumidores, por sua vez, querem maior variedade e conformidade nos produtos.
Segundo Dias, Marco Aurélio, (2009, p. 29) existem diversos aspectos
dos estoques que devem ser especificados, antes de se montar um sistema de
controle de estoques. Um refere-se aos diferentes tipos de estoques existentes em
uma fábrica. Outro diz respeito aos diferentes pontos de vista quanto ao nível
adequado de estoque que deve ser mantido para atender as necessidades da
empresa.
19
Os estoques das organizações precisam ser administrados e controlados
devidos sua necessidade nas empresas conforme citado anteriormente.
Em seguida, será abordado como as grandes organizações devem fazer
para controlar os estoques de maneira eficiente atendendo os clientes e
aumentando lucro para empresa com o menor prejuízo com estoques.
2.1 Controles de estoques
Para que as grandes organizações não tenham prejuízos com estoques
armazenados é necessário elaborar um controle de estoques dentro da empresa,
respeitando as regras de atender sempre o cliente com o melhor nível de serviço e
possivelmente o menor custo para as empresas.
O estoque nas organizações serve para manter o capital ativo atendendo
as necessidades dos clientes, assim podemos dizer que o estoque é um ativo
relevante nas organizações, porém as organizações tem que investir em sistemas
que controlem de forma eficaz esse ativo.
Em uma organização, a função do estoque deve estar bem clara e
definida, evitando que haja descontrole gerando custos elevados para as
organizações. Os estoques de produtos acabados, matéria-prima e material em
processo não podem ser tratados separados, pois um depende do outro.
Para Chiavenato (2005), as principais funções dos estoques são:
garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de demora ou atraso no fornecimento de materiais; sazonalidade no suprimento; riscos de dificuldade no fornecimento. Proporcionar economias de escalas: através da compra ou produção em lotes econômicos; flexibilidade do processo produtivo; rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.
O controle de estoques é necessário para as organizações manterem os
níveis de estoques, tipos de estoques que compreendem a definição de suas metas.
Com foco no controle de estoques, as organizações terão redução de estoques.
Como consequência, haverá uma redução de custos significativa, faz-se necessário,
porém, medir o desempenho dos estoques e avaliar custos estoques.
O termo “controle de estoques” é uma função da necessidade de estipular
os diversos níveis de materiais e produtos que a organização deve manter, dentro
de parâmetros econômicos (POZO, 2007 p. 38).
20
O controle é ferramenta fundamental para manter as grandes
organizações com níveis de estoques que possam melhor atender o cliente sem que
as organizações tenham prejuízos, pois manter um estoque gera custos que se não
forem bem administrados podem gerar desgastes e prejuízos para as empresas.
Para se ter um controle de estoques eficiente e eficaz sem grandes
custos é necessário planejar de forma eficaz.
Em seguida, serão abordados os princípios básicos para controles de
estoques.
2.1.1 – Princípios básicos para controle de estoques
Para controlar o estoque é necessário conhecer cada particularidade dos
itens a serem controlados, medindo os riscos e benefícios buscando na tecnologia e
planejamento a melhor gestão.
Para se estruturar um setor de controle de estoques nas organizações é
importante verificar as particularidades dos itens que serão controlados assim como
definir e cumprir as funções principais que determinem um controle operacional e
executável com objetivo de manter os estoques controlados.
Segundo Dias (2009, p. 9) para organizar um setor de controle de
estoques, inicialmente devem-se descrever suas funções principais, que são:
a) Determinar “o quê” deve permanecer em estoque. Numero de itens; b) Determinar “quando” se devem reabastecer os estoques. Periocidade; c) Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado; d) Acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoque; e) Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; f) Controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre a posição de estoques; g) Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; e h) Identificar e retirar do estoque itens obsoletos e danificados.
Conforme os princípios descritos pelo autor são necessários determinar
primeiramente a quantidade de itens que irá compor o estoque, para então
estabelecer em qual período será comprado ou fabricado.
Fazer pesquisa junto aos setores envolvidos e verificar a demanda
necessária estocar o produto, mantendo o setor de compras avisando de quanto
será necessário à compra. Verificar o melhor armazenamento para os itens
21
estocados evitando prejuízos com produtos obsoletos e avariados e, por fim, uma
das ações principais para o controle de estoques é realizar inventários periódicos,
mensais, de todos os itens estocados, fazendo conciliações entre estoque físico e
estoque contábil lançado no sistema.
Para definir um controle de estoques devem ser considerados alguns
aspectos específicos: os diferentes tipos de estoques, níveis de estoques que
devem ser armazenados quanto a necessidade e o capital investido.
Para Correa (2009, pág. 359) há vários tipos de estoque em processos de
operações:
a) Estoque de matérias primas e componentes comprados. b) Estoque de material em processo. c) Estoques de produtos acabados.
d) Estoques de materiais para MRO (manutenção, reparo e operação).
Esses tipos de estoques são encontrados em toda empresa.
Os estoques de matérias primas são os materiais usados para produção
do produto acabado seu consumo é proporcional ao volume de produção. Os de
peças e manutenção são itens que servem para manutenção dos equipamentos que
têm a mesma importância da matéria prima. Os de expediente são os materiais de
uso diário. Os de produtos acabados são os itens que já foram produzidos, mas
ainda se encontram na empresa para serem armazenados.
Segundo Iudícibus et al (2002, p. 101), os estoques representam um dos
ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da maioria das
companhias industriais e comerciais. O autor dá ênfase a importância do estoque
em uma organização, pois além do valor financeiro investido, o estoque é o “pulmão”
das organizações, seja para atender o cliente ou para ser produzido.
Os estoques são ativos que se destinam à comercialização ou produção
conforme o ramo da atividade que são inseridos.
Viana (2002, p. 108), afirma que
o alcance do termo estoque é muito elástico. Do ponto de vista mais tradicional, podemos considerá-lo como representativo de matérias-primas, produtos semiacabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos variados.
Os estoques são mantidos para atender os clientes, porém se não houver
um controle para servir de base para as organizações, haverá grandes problemas.
Por isso, a importância de planejar e realizar através dos princípios de controles de
22
estoques a administração de todo estoque desde a matéria prima até o produto
acabado que será estocado dentro da empresa.
Além dos princípios de controle de estoques temos os métodos de
avaliações dos estoques que são importantes, será o próximo assunto abordado.
2.1.2. Método de avaliação dos estoques
As formas de registro de estoque têm como objetivo controlar a
quantidade de materiais armazenados, tanto o volume físico quanto o valor
financeiro. Existem quatro métodos de avaliação de estoques que podem ser usados
para controlar de forma eficaz os estoques nas organizações.
Segundo Dias (2009 p.126),
a avaliação dos estoques inclui o valor das mercadorias e dos produtos em fabricação ou produtos acabados. Para se fazer uma avaliação desse material ,tomamos por base o preço de custo ou de mercado , preferindo-se o menor entre os dois. O preço de mercado é aquele pelo qual a matéria-prima é comprada e consta da nota fiscal do fornecedor. No caso de materiais de fabricação da própria empresa, o preço de custo será aquele da fabricação do produto.
O autor explica que a avaliação do estoque “[...] deverá ser realizada em
termos de preço, para proporcionar uma avaliação exata do material e informações
financeiras atualizadas”.
Em seguida, serão abordados os principais métodos usados pelas
organizações para fazer as avaliações dos estoques, são eles: PEPS, MÉDIA
PONDERADA, UEPS e CUSTO DE REPOSIÇÃO. Será definido cada um deles:
• Primeiro que Entra Primeiro que Sai (PEPS); Segundo Dias (2009
p.127) a avaliação por este método é feita pela ordem cronológica das entradas. Sai
o material que primeiro integrou o estoque, sendo substituído pela mesma ordem
cronológica em que foi recebido, devendo seu custo real sendo aplicado. Quando o
giro dos estoques ocorre de maneira rápida ou quando as oscilações normais nos
custos podem ser absorvidas no preço do produto, ou quando se dispõe de material
que esteja mantido por longo prazo, esse tipo de avaliação serve também para
controlar os estoques. Consequentemente, os estoques são mantidos em contas do
ativo, com valores aproximados dos preços atuais de mercado.
23
Francischini e Gurgel (2002, p. 172), descrevem que este é o método que
prioriza a ordem cronológica das entradas. Ou seja, sai o primeiro material que
entrou no estoque, com seu respectivo preço unitário.
• Último que Entra Primeiro que Sai (UEPS) é o método de controle de
estoques no qual os últimos materiais adquiridos serão os primeiros a sair do
estoque. Segundo Dias (1993, p. 128) o que faz com que o saldo seja avaliado ao
preço das últimas entradas.
Este é o método mais adequado em períodos inflacionários, pois
uniformiza o preço dos produtos em estoque para venda. Baseia-se na premissa de
que o estoque de reserva é economicamente o equivalente ao ativo fixo. O emprego
desse método pela administração de materiais por certo período de tempo, tende a
estabilizar o estoque, enquanto é avaliada sua utilização corrente, também em
função dos preços, a fim de que sejam refletidos os valores e custo do mercado.
• Média Ponderada Móvel (MPM) é considerada Dias (2009 pág.126) que
a avaliação feita através do custo médio é a mais frequente. Tem com base o preço
de todas as retiradas, ao preço médio do suprimento total do item em estoque. Age
como um estabilizador, pois equilibra as flutuações de preços; contudo, em longo
prazo reflete os custos reais das compras de material.
Para Iudícibus (1998, p. 104) chama-se Ponderada Móvel, pois o valor
médio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por
um preço diferente.
Custo médio é o método mais utilizado pelas empresas, pelo qual se
calcula a média entre o somatório do custo total e o somatório das quantidades,
chegando a um valor médio de cada unidade. Cada valor médio de unidade em
estoque se altera pela compra de outras unidades por um preço diferente
(FRANCISCHINI e GURGEL, 2002, p. 171).
O método de avaliação do estoque ao custo médio é bastante utilizado e
aceito pelo Fisco. Assim, os estoques são avaliados pelo custo médio de aquisição,
apurado a cada nova entrada de mercadorias, ponderado pelas quantidades
adquiridas e por aquelas que já existiam.
• O Custo de Reposição ressalta que este método tem por base a
elevação dos custos, a curto prazo, em relação a inflação. Estas informações são
muito úteis para o planejamento e as tomadas de decisões da empresa (Dias, 2009,
p. 129).
24
Conforme os autores, Iudícibus e Marion (2002, p. 115), o objetivo
principal do custo de reposição é determinar o custo de compra atual de um bem
que pode estar no estoque por vários meses, devendo prevalecer para fins de
determinação inicial do preço de venda.
Para Dias (2009, p.163), a avaliação pelo custo de reposição tem como
objetivo a elevação dos custos a um curto prazo em relação à inflação, ou seja, o
valor da mercadoria que esta no estoque irá aumentar de acordo com a inflação,
influenciando assim no preço de venda.
De acordo com o artigo 183, da Lei N 6.404/76, os estoques de produtos
em fabricação, produtos acabados, matérias primas, embalagens e de outros bens
em almoxarifado devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou produção,
deduzido de provisão para ajuste ao valor de mercado, quando este for inferior.
O regulamento do imposto de renda estabelece que ao fim de cada
período base de apuração do referido imposto, o contribuinte deve promover o
levantamento e avaliação dos seus estoques. No estoque de mercadorias, de
matérias primas e dos bens em almoxarifado, a avaliação é feita pelo custo de
aquisição. Os produtos em elaboração e acabados são avaliados pelo custo de
produção.
Se o sistema de contabilidade de custos não for coordenado e integrado
com o restante da escrituração, os estoques de produtos em elaboração e acabados
devem ser avaliados com base nas seguintes regras:
• Os estoques de produtos acabados, em 70% do maior preço de venda
no período base, inclusive o ICMS (imposto sobre circulação de mercadoria e
serviços) embutido no preço.
• Não é permitida, pela legislação do Imposto de Renda, a avaliação dos
estoques pelo método UEPS - último a entrar, primeiro a sair.
O motivo dessa afirmação significa que para o Fisco não é interessante
esse método devido o custo do produto ser o primeiro da aquisição, ou seja, se
ultimo que entra é o primeiro que sai, na apuração final o custo que deverá ser
apurado seria primeiro custo que possivelmente deverá está bem abaixo do custo
atual.
25
2.2.1 Custos dos estoques
Os custos envolvidos na gestão de estoques são os custos fixos e
variáveis, que deverão ser devidamente medidos e controlados evitando perdas para
a organização, pois se não tiver controle nenhum em seus custos de nada adianta
manter os estoques com prejuízos para as organizações.
Viana (2000) afirma que a gestão dos estoques é um conjunto de
atividades que visa atender as necessidades da empresa, com o máximo de
eficiência e ao menor custo, através do maior giro possível para o capital investido
em materiais, tendo como objetivo fundamental a busca do equilíbrio entre estoques
e consumo.
O custo de manutenção de estoque é o custo incorrido para manter o
estoque disponível (BOWERSOX; CLOSS, 2008, p. 232).
De acordo com POZO (2002) para manter um estoque disponível nas
organizações são associados diversos custos. O autor abaixo considera custo de
pedido, custo de manutenção de estoque e o custo por falta de estoque os três
custos mais importantes na formação dos estoques.
1- Custo do pedido: A cada pedido ou requisição emitida, incorrem custos fixos (salário do pessoal envolvido no processo) e variáveis (recursos necessários para concluir o pedido) referentes a esse processo. Esse custo está diretamente determinado com base no volume destes pedidos e requisições. 2- Custo de manutenção de estoque: Incluem custos de armazenamento como altos volumes, demasiados controles, enormes espaços físicos, sistema de armazenamento e movimentação de pessoal alocado, equipamentos e sistemas de informação específicos; custos associados aos impostos e seguros de incêndio e roubo de material alocado; custos sujeitos a perdas, roubos e obsolescência; custo ao capital imobilizado em materiais e bens. 3- Custo por falta de estoque: Esse custo ocorre quando as empresas buscam reduzir ao máximo seus estoques, podendo acarretar no não cumprimento do prazo de entrega, proporcionando uma multa por atraso ou cancelamento do pedido do cliente. Além disso, a imagem da empresa se desgasta e isso acarreta um custo elevado e difícil de medir.
Os estoques são controlados através dos custos envolvidos, com esses
custos definidos pode-se calcular com evidências se os estoques estão bem
controlados e qual o custo que será aplicado para evitar perdas para as
organizações.
26
2.3.1 Classificação Técnica Curva ABC
A técnica curva ABC é uma maneira de classificar os itens de estoques
considerando os mais importantes e os menos importantes, são divididos em três
grupos para os quais são estabelecidos diferentes sistemas de controle de estoques
que resultará em um controle mais eficiente.
Assim são utilizados sistemas mais caros para itens de maior relevância e
sistemas menos rigorosos para itens menos importantes. Os itens são separados de
acordo com seu valor financeiro.
Para Martins, Petrônio e Garcia (2005, p. 272) a classificação ABC é uma
ordenação dos itens consumidos em função de um valor financeiro. Uma vez
ordenado os itens, dividimos as listagens em três categorias – A, B e C. Em virtude
de não existirem critérios universalmente aceitos para a divisão das classes,
costuma-se adotar critérios similares ao exposto a seguir:
Classe A: constituída por poucos itens (até 10% ou 20% dos itens), o valor de consumo acumulado é alto (acima de 50% até 80% em geral).
Classe B: formada por um numero médio de itens (20% a 30% em geral), apresenta um valor de consumo acumulado ao redor de 20% a 30%;
Classe C: constituída por um grande numero de itens (acima de 50%), o valor de consumo acumulado é baixo (5% a 10%).
Para Correa, Carlos (2009 p. 369), a técnica ABC é uma forma de
classificar todos os itens de estoque de determinado sistema de operações em três
grupos, baseados em seu valor total anual de uso. O objetivo é definir grupos para
os quais diferentes sistemas de controle de estoques serão mais apropriados,
resultando em um sistema total mais eficiente em custos. Usam-se, dessa forma,
sistemas mais caros de operar que permitem um controle mais rigoroso para
controlar itens mais importantes, enquanto sistemas mais baratos de operar e
menos rigorosos são utilizados para itens menos “importantes” em valor de uso.
O que o autor conclui é que a curva ABC é um instrumento que visa
melhores controles com menores custos, pois a divisão dá visibilidade para empresa
escolher a melhor maneira de controlar seus itens mais caros sem deixar de também
controlar os itens menos importantes.
Os critérios mais utilizados para a classificação de estoque segundo a
curva ABC são o uso anual e o valor, mas em alguns casos outros critérios podem
contribuir: efeitos da falta de estoque, fornecimento incerto e risco de deterioração
ou obsolescência (SLACK et al., 2002).
27
Em muitos casos, opta-se pela escolha de dois ou mais itens
classificatórios do estoque para a formação dos grupos similares, ou seja, define-se
uma ponderação para cada critério que resulta num índice de classificação
combinado. Tal método também é conhecido por Curva ABC Multi-itens, e apresenta
um nível de complexidade e detalhamento muito maior do que o controle de
estoques mono-item (VOLLMANN apud ALBERTIN, 2008).
Não se pode deixar de comentar que, para determinadas organizações,
estratégias adicionais podem ser necessárias para aplicação da técnica curva ABC
no controle dos estoques, pois a avaliação do valor financeiro tem que ser precisa,
avaliando exatamente os itens de maior valor que serão considerados da classe A.
Assim como também o gestor não pode simplesmente controlar de
qualquer jeito os itens da classe C que possuem um valor menos relevante, porém,
são itens de estoques. Para tal controle, as organizações terão que aplicar de forma
correta a técnica ABC e tendo bons sistemas que atendam melhor o controle.
2.4 Responsabilidades da Administração dos Estoques no setor Logística
A logística é o setor responsável pelos estoques nas organizações tanto
no armazenamento como na distribuição dos itens. A logística precisa estar
interligada com todos os setores das organizações, desde a cadeia de produção até
a venda final ao consumidor.
Por definição, entende-se por logística a parte da administração que
planeja, controla, organiza, movimenta, armazena materiais dentro de uma empresa.
Carvalho (2002, p. 31) define logística como sendo
a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.
Com isso, pode-se afirmar que logística é uma cadeia integrada de
suprimentos, que planeja e controla todo processo, com objetivo satisfazer o cliente
final da melhor maneira possível.
Ballou (1993) define Logística como sendo o planejamento, a organização
e o controle das atividades de movimentação, e armazenamento dos produtos
28
visando melhoria no fluxo de materiais e no nível de rentabilidade dos serviços de
distribuição aos clientes e consumidores.
O termo logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês
Logistique e tem como uma de suas definições "a parte da arte da guerra que trata
do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção,
armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de
material para fins operativos ou administrativos“. Logística também pode ser definida
como, satisfazer o cliente ao menor custo total (FERREIRA, 1986, p.1045).
Pode-se dizer então que logística tem a finalidade de atender os clientes
e a própria organização em geral com o melhor nível de serviço utilizando-se dos
menores custos.
Anteriormente, na década de 50, as atividades principais da logística
eram divididas entre as áreas já existentes naquele período. O controle dos
estoques ficava sob responsabilidade do marketing e gerava certo desconforto
devido os objetivos e as responsabilidades.
Para Bowersox, Donald (2008 p 26 e 27) antes da década de 50, as
empresas executavam, normalmente, a atividade logística de maneira puramente
funcional. Não existia nenhum conceito ou uma teoria formal de logística integrada.
O crescimento no Brasil se dá por diversos interesses. Segundo Dias
(2009 p. 13) existe crescente interesse pela administração logística no Brasil, e esse
interesse pode ser explicado por seis razões principais:
Rápido crescimento dos custos, particularmente dos relativos aos serviços de transporte e armazenagem;
Desenvolvimento das técnicas matemáticas e do equipamento de computação capazes de tratar eficientemente a massa de dados normalmente necessária para analise de um problema logístico;
Complexidade crescente da administração de materiais e da distribuição física, tornando necessários sistemas mais complexos;
Disponibilidade de maior gama de serviços logísticos;
Mudanças de mercado e de canais de distribuição, especialmente para bens de consumo;
Tendência de os varejistas e atacadistas transferirem as responsabilidades de administração dos estoques para os fabricantes.
No presente se fala muito em logística, a procura pelos conceitos
logísticos está cada vez maior, pois, o mercado está cada vez mais globalizado e os
clientes mais exigentes. E o grande desafio da logística é melhor serviço com o
menor custo.
29
Para as organizações o setor logístico é responsável por toda cadeia de
controle de estoques, deve-se a esse fato o grande crescimento desse setor que aos
poucos foi se tornando o setor principal no planejamento de gestão de estoques.
É responsabilidade da logística realizar os inventários periódicos enviando
resultados para contabilidade. A apuração é responsabilidade da contabilidade,
porém a realização e controle dos resultados são da logística.
A seguir, será abordado o inventário dos estoques.
2.5 A importância dos Inventários dos Estoques nas Organizações
Com as organizações visando menores custos operacionais e investindo
seu capital de maneira reduzida à administração dos estoques, tende a ficar com os
custos mais reduzidos.
O ideal é manter os estoques cada vez menores e, dessa forma, eles
necessitam de um maior controle para que o saldo do sistema esteja conforme o que
tem no físico armazenado no depósito.
A importância desse controle é que se evita grandes prejuízos para as
organizações, pois as faltas ou sobras dos itens em estoque significam que o
controle de estoques é inexistente. O inventário não é o resultado de um dia de
contagem e sim o resultado de um mês de controle realizado dentro dos estoques
item a item.
Esse controle se dá pela conciliação diária que é exigida nas
organizações pelos gestores dos estoques, é feito através das entradas e saídas de
mercadorias conciliando diariamente o estoque físico e sistema.
Para Martins, Petrônio e Garcia (2005 p. 268) o inventário dos materiais é
uma atividade do almoxarifado e tem como objetivo principal assegurar que as
quantidades físicas ou existentes no almoxarifado estejam de acordo com as
listagens e os relatórios contábeis dos estoques. A certificação dessa realidade é
importante não somente para a área contábil fiscal da empresa, mas também para
os sistemas computadorizados de manufatura, como os sistemas de MRP, MRP II,
ERP e similares, que somente apresentarão cálculos corretos da quantidade
necessária de materiais se os níveis dos estoques estiverem corretos.
30
Segundo Dias (2009 p 192)
Uma empresa tem uma estrutura de administração de materiais com políticas e procedimentos bem definidos, dessa maneira, uma das funções é a precisão nos registros de estoques, pois toda a movimentação do estoque deve ser registrada pelos documentos adequados. Considerando que o almoxarifado ou deposito tem como uma das funções principais o controle efetivo de todo estoque, sua operação deve vir de encontro aos objetivos de custo e de serviços pretendidos pela alta administração da empresa.
O autor enfatiza a importância do procedimento claro e eficaz reforçando
o registro correto das informações nos documentos próprios para realização dos
inventários considerando os custos reais.
Conforme Martins, Petrônio e Garcia (2005 p. 268), muitas empresas
elaboram o inventário dos materiais uma vez por ano, na época de encerramento do
balanço contábil fiscal. Além disso, devem-se promover inventários com frequência
ao longo do ano, para que eventuais faltas ou excessos de material sejam
imediatamente apontados e corrigidos.
Os autores ressaltam que uma das formas de inventariar materiais
consiste em usar o inventário rotativo, que classifica os itens dentro do critério ABC
e determina os critérios de inventário, como a porcentagem de itens de cada classe
que serão inventariados e os períodos de tempo de inventário. No inventário, com
auxilio da auditoria contábil fiscal, promovem-se os ajustes necessários e calcula-se
posteriormente a acurácia do estoque.
Os inventários podem ser gerais e rotativos. Os inventários gerais são
realizados geralmente uma vez por ano especificamente no final de cada exercício
para o encerramento contábil e fiscal, porém são necessários que sejam realizados
inventários rotativos que usam a técnica da curva ABC. São realizados mensalmente
com o objetivo da apuração de sobras e faltas para que sejam resolvidas de
imediato. Os ajustes são realizados após cada inventário e, em seguida, é feita
apuração da acuracidade.
Conforme Côrrea (2001) para monitorar a qualidade de seus dados em
estoques, as empresas fazem inventários rotativos mensais ou trimestrais, na qual
todos os itens em estoque são contados fisicamente, o número total de artigos a
serem contados é dividido pelo número total de dias úteis, resultando no número de
artigos a serem contados em cada período de tempo. Assim, no final do período, é
possível que todos os itens tenham sido contados pelo menos uma vez.
31
Sabe-se que a importância da medição da acuracidade dos itens, pois
somente esse processo é possível de se realizar se os inventários sejam gerais ou
rotativos.
2.6 Tipos de inventários:
O inventário é um método de controle de estoques que obrigatoriamente é
necessário ser realizado. É através do inventário que é medido acuracidade dos
itens, como também o resultado do inventário é contabilizado no balanço das
organizações. Serão demostrados os tipos de inventário realizados nas
organizações.
O Inventário Cíclico é realizado periodicamente (diário), quando são
escolhidos alguns itens (ABC) e comparados com o saldo contábil. Esse inventário
pode apresentar característica de surpresa ou pode ter um cronograma prévio.
Normalmente não são feitos ajustes de saldos e é realizado pelos próprios
responsáveis pelo estoque.
O Inventário Geral é realizado eventualmente (mensal, anual), quando
são contados todos os itens e comparados com o saldo contábil. Esse inventário não
apresenta característica de surpresa, pois tem um cronograma prévio. Nele que são
feitos ajustes de saldos e pode ser realizado por empresas especializadas ou
pessoas de outros setores da empresa.
A Divergência é uma diferença (+ ou -) no saldo que não fora identificada,
e por isso deve ser ajustada.
Chama-se Pendência qualquer diferença no saldo que tem causa
identificada antes ou durante o inventário. Essa diferença não deve ser ajustada,
mas sim a pendência resolvida.
A Tolerância se dá quando há apenas um % de diferença que, embora
não seja identificado, não deve ser ajustado por estar dentro de um nível aceitável.
Já o Inventário Periódico é feito em determinados períodos, normalmente
em períodos fiscais mensalmente, ou duas vezes por ano, é feito por um maior
numero de pessoas especializadas em contar estoques, devido a demora em se
contar todo estoque.
32
E o Inventário Rotativo ocorre quando os itens estocados são contados no
período fiscal, geralmente esse tipo de inventário é realizado mensalmente com
datas definidas.
A busca pela precisão das informações não é apenas um capricho, mas
uma necessidade vital para todos os envolvimentos. Os gestores responsáveis pelas
organizações têm um grande interesse pelo resultado dos inventários, pois é através
do resultado que se faz uma avaliação de como está sendo feito o controle dos
estoques, evitando desperdício e um nível de serviço inadequado ao cliente.
As partes interessadas dentro das organizações são as seguintes:
• Gestores da empresa: Os resultados deverão ser passados com
confiabilidade, pois a segurança da informação é fundamental para tomada de
decisão entre os acionistas, bancos, diretores e presidente das organizações.
• Contabilidade: o registro dos valores de entradas e saídas deverá estar
devidamente lançado e processado corretamente. Os inventários geralmente são
auditados por auditoria interna ou externa certificando dos dados corretos e dando
segurança para as organizações.
• Vendas: o atendimento ao cliente, pois com a segurança da
disponibilidade de estoques facilita a negociação entre comercial e cliente,
fidelizando a parceria.
• Logística: o abastecimento contínuo requer informação precisa e
atualizada, sem a qual se corre o risco de comprometer o atendimento aos clientes,
ou então se opta por comprometer a produtividade para assegurar o
reabastecimento elevando os custos logísticos.
• Operacional: a produtividade depende das máquinas operando
continuamente, portanto se falta algum produto por falta de informação e controle, o
custo da falta de acuracidade das informações atrapalha e gera prejuízo para
operação.
Como o inventário tem como objetivo final mostrar o resultado de
acuracidade financeira e acuracidade dos itens, no qual será medido o nível de
controle de estoques podendo ser utilizado no processo de tomada de decisão para
os responsáveis das organizações.
33
2.7 Resultados dos inventários medidos pela Acuracidade
Acuracidade segundo o novo dicionário Aurélio é um adjetivo, sinônimo
de qualidade e confiabilidade de informação. “Acurado” significa feito ou tratado com
muito cuidado, desvelo ou apuro e acurácia, que indica exatidão.
Segundo Gasnier, Daniel Georges (2012 pág.105) existem diversos
possíveis indicadores de acuracidade, tais como:
Acuracidade da estrutura de produtos (fatores de conversão e rendimentos);
Acuracidade dos roteiros de produção (processos, tempos e recursos);
Acuracidade do lead-times;
Acuracidade da previsão;
Acuracidade dos registros das transações;
Acuracidade dos saldos de estoques;
Acuracidade dos custos das SKU;
Acuracidade da locação.
A acurácia de estoques refere-se à diferença entre os valores físicos e os
dos registros do sistema. O cálculo do valor da acurácia é feito com a seguinte
fórmula: acurácia dos registros = (registros corretos/registros contatos) x 100. Sendo
que um índice de acurácia de 100% representa um ideal, complicado de ser atingido
devido à grandeza dos estoques. É necessário então definir uma tolerância aceitável
para as diferenças entre os dados físicos e os registros do sistema (CÔRREA, 2001,
p. 417).
A acuracidade demonstra o grau de exatidão entre as informações físicas
e contábeis do estoque (saldo). Sua expressão é percentual dada pela relação entre
a quantidade de itens corretos e a quantidade total de itens do estoque se tratando
de acuracidade de itens.
Acuracidade em valor é a soma das diferenças de estoque dividida pelo
valor total do estoque em percentagem. Pode ser medida pela quantidade de itens
como pelo volume financeiro.
Acuracidade itens = (quantidade de itens corretos / quantidade de itens
contados ) X 100
Exemplo:
Total de itens contados: 2000
Itens com diferença: 50
Itens sem diferença: 1.950
34
Acuracidade do Estoque: (1950 / 2000) x 100
Acuracidade do Estoque: 97,50%
Acuracidade valor financeiro
Valor Total: R$ 3.518.870,04
Valor Negativo: R$ (20.968,22)
Valor Positivo: R$ 721,23
Valor Modulo: R$ 21.689,45
Acuracidade: 99,38%
FONTE: Empresa de produtos alimentícios.
O resultado acima é um exemplo de acuracidade financeira. Foi calculado
da seguinte forma: o valor módulo é a soma do (valor negativo + valor positivo) e
esse valor será dividido pelo valor financeiro do estoque do dia. Esse valor é dado
em percentual, o exemplo acima significa que o acerto do meu estoque é 99,38%.
Como consequências da falta de Acuracidade dos Estoques, pode-se
citar: vendas perdidas; nível de serviço comprometido; desbalanceamento dos
estoques; decisões erradas; compras erradas; erros de custeio; saldos errados; e
falta de acuracidade dos estoques.
Observa-se a importância do resultado dos estoques e o quanto esse
resultado influencia na tomada de decisão das organizações. Para se ter um bom
resultado de inventário é importante que haja um planejamento e um controle
durante todas as etapas do procedimento de inventários que será apresentado a
seguir no próximo tópico.
2.8 Procedimentos de inventários
Conforme Ballou (2001, apud, FERNANDES, 2005, p. 2) as auditorias são
fundamentais no sistema de estocagem, no qual muitos ajustes nos registros de
estoques são feitos devido aos seguintes aspectos: devoluções de clientes, erros em
relatórios e em lançamento de produtos, produtos danificados e roubo.
Ainda para o autor, uma maneira de amenizar o problema, é de se fazer
uma contagem periódica nos estoques para conseguir um melhor posicionamento, e
que essa contagem quando é feita durante todo o ano em um sistema de contagem
35
cíclica traz vantagens para identificação dos motivos dos erros, além de evitar que a
operação seja interrompida para que sejam contados todos os itens.
Segundo Gasnier, Daniel e Georges (2002 p.109) em termos de
preparativos, para qualquer processo de inventário é importante destacar que o nível
de organização é um fator decisivo para a produtividade. O que o autor afirma é que
se a empresa for organizada e investir nos controles de estoque dando condição
para realização do inventário, o tempo será reduzido e a eficiência nos resultados
será atingida.
O inventário é um procedimento de controle de estoques que deve ser
executado mensalmente. Este procedimento consiste na contagem dos itens em
estoque, avaliando e identificando possíveis erros nas movimentações de entradas e
saídas, assim como na contagem.
Seus objetivos básicos são:
• Realizar auditoria sobre serviços desenvolvidos pela Área de Estoques; • Levantamento real da situação dos estoques, para compor o balancete da empresa; • Identificar e eliminar itens sem movimentação; • Identificar e eliminar materiais com defeito e/ou danificados; • Sugerir opções de melhoria dos métodos de controle dos estoques; • Identificar e corrigir erros nas movimentações dos materiais;
Para a realização do inventário é necessário uma preparação. Os
procedimentos devem que ser cumpridos para que o resultado do inventário seja
satisfatório para organizações. Organização é o ponto principal para um inventário
seja rápido e eficaz com resultado fidedigno.
Segundo Gasnier, Daniel e Georges (2002 PÁG.112) as organizações
antes de realizar o inventário é necessário o uso de um check list forma de
preparação para o inventário, demonstrado na Figura 1:
A figura abaixo representa o modelo de cheklist usado nas organizações
com a finalidade de garantir que o resultado final do inventário seja satisfatório e
fidedigno, pois o cheklist apresenta a forma de como fazer um inventário passo a
passo, ou seja, se todos os itens forem aplicados e checados significa que o
inventário dos estoques será realizado sem nenhuma pendencia e de forma correta
e sem duvidas.
Figura 1: Modelo de check list
36
FONTE: Empresa de produtos alimentícios. Figura I
2.9 Responsabilidades contábeis
A contabilidade não realiza o inventário, porém é obrigação dos gestores
de estoques enviarem os resultados apurados dos inventários de estoques para que
a contabilidade registre suas obrigações e fechando o balanço das organizações.
37
2.9.1 Livro registro de inventário
O livro Registro de Inventário é obrigatório para todas as empresas, e tem
o objetivo de registrar todas as mercadorias em estoques quando do levantamento
do balanço da empresa.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão escriturar
o Livro Registro de Inventário ao final de cada período: trimestralmente ou
anualmente quando houver opção pelos recolhimentos mensais durante o curso do
ano-calendário, com base na estimativa (RIR/1999, art. 261).
As demais empresas (optantes pelo Lucro Presumido ou Simples
Nacional) escrituram o livro no final de cada ano calendário.
2.9.2 Ausência de escrituração do livro
A lei fiscal determina que, além dos livros de contabilidade previstos em
leis e regulamentos, as pessoas jurídicas devem possuir um livro de registro de
inventário das matérias-primas, das mercadorias, dos produtos em fabricação, dos
bens em almoxarifado e dos produtos acabados existentes na época do balanço.
Nessas condições estará a autoridade tributária autorizada a arbitrar o lucro da
pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real, quando esta não
mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais (RIR/1999, art. 530).
A ausência de escrituração do Livro de Inventário implica também em
infração, perante a legislação do IPI e do ICMS de cada estado, sujeita às
penalidades dos respectivos regulamentos.
2.9.3 Prazo
A escrituração deverá ser efetivada dentro de 60 (sessenta) dias,
contados da data do balanço ou, no caso de empresa que não mantém escrita
contábil, do último dia do ano civil.
Neste seguimento, foram abordados os fatores mais importantes para o
controle de estoques medindo custos, utilizando a curva ABC, avaliando o melhor
método para avaliação dos estoques, assim como os tipos de inventários e os
procedimentos de inventários base para as organizações fazer a gestão dos
estoques evitando prejuízo no ativo investido nas organizações.
38
No capitulo seguinte será descrita a metodologia do trabalho de como foi
feita a pesquisa e como encontrar a solução e justificativa para o problema abordado
na monografia.
39
3. METODOLOGIA
Neste capitulo será apresentada a metodologia utilizada para a realização
da pesquisa conforme explica (GIL,1999, P .42): “pesquisa social como o processo
que, utilizando a metodologia cientifica ,permite a obtenção de novos conhecimentos
no campo da realidade social”.
Segundo Marconi e Lakatos (2010 , p 139) pesquisar é um procedimento
formal ,com método e pensamento reflexivo ,que requer um tratamento científico e se
constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.
A metodologia é entendida como uma disciplina que se relaciona com a
epistemologia. Consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis,
identificando suas limitações ou não no que diz respeito ás implicações de suas
utilizações. A metodologia quando aplicada, examina e avalia os métodos e as
técnicas de pesquisa, bem como a geração ou verificação de novos métodos que
conduzam à captação e ao processamento de informações com vistas à resolução de
problemas de investigação.(BARROS ,AIDIL E NEIDE APARECIDA,2007 , P 1-2).
A ciencia é uma das respostas construídas pelo homem sobre o mundo
que o cerca, repleto de renovados desafios e misterios. Ela está sempre sendo
concebida, incorporando descobertas e incertezas, fruto de perseverança e
esperanças constantes (BARGUIL , 2000, Pg 120).
3.1 Escolha do tema
Segundo (Carla Cruz & Uirá Ribeiro ,2004 Pag 20 ), ao se escolher um
tema para o trabalho de pesquisa ,é preciso ter um alto grau de interesse pessoal
pelo assunto a ser trabalhado. Além de entusiasmo e dedicação, é preciso que o
pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não
pesquisar um assunto em uma área em que não possui experiência ou vivência.
Para desenvover um trabalho de pesquisa é preciso utilizar-se de alguns
procedimentos que a primeira etapa é a escolha do tema. Pode-se escolher algo que
vivenciamos no dia a dia e aprofundarmos o assunto em busca de soluções para
resolvermos o problema verificado na pesquisa. Sendo assim, tem-se a escolha do
tema como procedimento inicial para desenvolver um trabalho cientifico.(ALMEIDA,
2011, p.7).
40
Para Barros, Aidil e Neide Aparecida (2007, p. 96), essa etapa da
pesquisa tem especial atrativo, dado que o pesquisador pode ter maior liberdade
nessa escolha. Esta deverá repousar nas suas preocupações e interesses dentro do
seu campo de ação e de seus juízos de valor. Para escolha desse tema, foi
analisada a importância dos estoques nas organizações através dos procedimentos
de controles elaborados nas empresas como, por exemplo, as planilhas, os métodos
de avaliações dos estoques, os níveis de serviço para atender o cliente e o setor
responsável por esse controle.
Foi observada também a dificuldade de manter os estoques com a
finalidade principal de se ter o melhor serviço para atender o cliente assim como ao
mesmo tempo manter os estoques controlados evitando perdas significantes nas
organizações.
O planejamento, elaboração de controles e os pontos levantados na
pesquisa são os objetivos para o desenvolvimento deste tema escolhido.
Após escolhido e definido o tema, foram definidos os métodos de
pesquisa que irão compor o desenvolvimento do trabalho.
Com o objetivo de atingir de maneira eficiente o resultado da pesquisa, a
seguir serão apresentados os métodos e procedimentos utilizados para elaboração
da monografia.
3.2. Tipo de pesquisa
PESQUISA EXPLORATÓRIA
Neste tema foi explorado o conhecimento a respeito da gestão de
estoques e os aspectos relevantes, que são necessários para se obter um controle
de estoques nas organizações.
Para Carla Cruz & Uirá Ribeiro (2004, p.17) a pesquisa exploratória
estabelece critérios, métodos e técnicas para a elaboração de uma pesquisa.
Objetiva oferecer informações sobre o objeto da pesquisa e orientar a formulação de
hipóteses. Um exemplo disso são as monografias de conclusão dos cursos de
graduação.
Baseado no que foi citado acima para o desenvolvimento deste trabalho foi
explorado o conteúdo do tema e foram feitos os seguintes questionamentos:
41
O que é estoque?
Porque existe estoque?
Porque controlar os estoques?
Com os questionamentos pode-se observar e analisar o problema, criar os
objetivos que permitirão no aprimoramento e conhecimento sobre o assunto
abordado na pesquisa. Em seguida, segue a relação dos objetivos específicos
citados no primeiro capitulo deste trabalho:
Descrever os procedimentos de inventário nas organizações;
Analisar os parâmetros de controle de estoque que definam quanto,
quando e com que frequência deve ser realizada a análise dos
estoques.
Apresentar as funções dos principais métodos de avaliação de
estoque;
A partir das perguntas feitas baseadas nos objetivos serão encontradas
as soluções para o problema apresentado: Por que controlar o estoque nas
organizações?
PESQUISA APLICADA
A pesquisa aplicada tem como objetivo criar conhecimentos práticos a fim
de solucionar problemas específicos da realidade, pois os resultados devem ser
apresentados de imediato.
Para Carla Cruz & Uirá Ribeiro (2004, p.18), a pesquisa aplicada busca
solucionar um problema concreto, prático, da realidade (VERGARA,2000 P 42).
Anders –Egg (apud MARCONI, LAKATOS,1999) ressalta que o interesse da pesquisa
aplicada é prático, pois seus resultados devem ser utilizados imediatamente na
solução de problemas da realidade.
Diante do que autora define, para o desenvolvimento do trabalho foram
pesquisados os procedimentos para gerir e controlar os estoques, avaliação dos
estoques, métodos de custeio apresentando o melhor e mais eficaz método para se
controlar os estoques nas organizações.
42
PESQUISA DESCRITIVA
Já a pesquisa descritiva tem como objetivo principal mostrar as
interpretações dos fatos baseados no estudo e análise do tema pesquisado.
Para Carla Cruz & Uirá Ribeiro (2004 P 18) a pesquisa descritiva é o
estudo, análise, registro e interpretação dos fatos do mundo físico sem interferência
do pesquisador.
Neste trabalho foram abordadas as características de controle de estoques
das organizações em geral, pesquisa feita através de vivência e conhecimento diário,
e livros que abordam o assunto.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA:
Para Marconi e Lakatos (2010 , p.210) a bibliografia final, apresentada no
projeto, abrange os livros, artigos, publicações e documentos utilizados, nas difrentes
fases.
No trabalho escrito, além de livros, foram utilizados sites relacionados ao
assunto, verificação dos controles e planilhas utilizadas pela organização, sistema
operacional, relatórios gerenciais entre outros.
COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
Para Barros, Aidil e Neide Aparecida (2007, P. 105) a coleta de dados é a
fase da pesquisa em que se indaga a realidade e se obtêm dados pela aplicação de
técnicas. Em pesquisa de campo, é comum o uso de questionários e entrevistas. A
escolha do instrumento de pesquisa, porém, dependerá do tipo de informação que
se deseja obter ou do tipo de objeto do estudo.
A coleta de dados foi feita da seguinte forma: analise das planilhas,
verificação no procedimento adotado pela empresa, realização de inventários
apurando os resultados dentro da organização onde foi feita a pesquisa.
43
PESQUISA QUALITATIVA
Para (CASSEL; SYMON, 1994, p. 127 - 129): a pesquisa
qualitativa possui características básicas que a define:
• um foco na interpretação ao invés de na quantificação: geralmente, o
pesquisador qualitativo está interessado na interpretação que os próprios
participantes têm da situação sob estudo;
• ênfase na subjetividade ao invés de na objetividade: aceita-se que a
busca de objetividade é um tanto quanto inadequada, já que o foco de interesse é
justamente a perspectiva dos participantes;
• flexibilidade no processo de conduzir a pesquisa: o pesquisador
trabalha com situações complexas que não permite a definição exata e a priori dos
caminhos que a pesquisa irá seguir;
• orientação para o processo e não para o resultado: a ênfase está no
entendimento e não num objetivo pré-determinado, como na pesquisa quantitativa;
• preocupação com o contexto, no sentido de que o comportamento das
pessoas e a situação ligam-se intimamente na formação da experiência;
• reconhecimento do impacto do processo de pesquisa sobre a situação
de pesquisa: admite-se que o pesquisador exerce influência sobre a situação de
pesquisa e é por ela também influenciado.
Conforme o objetivo geral deste trabalho e a definição do autor descrito
no texto acima a pesquisa escolhida para esse trabalho é o método qualitativo. Para
analise dessa pesquisa foram observados os controles, os procedimentos e os
métodos de inventários escolhidos pelas organizações obterem os melhores
resultados.
O objetivo da amostragem da pesquisa qualitativa é interpretação das
diversas formas de controle de estoques para as grandes organizações.
Neste capitulo foram apresentados os caminhos metodológicos e as
características da pesquisa que apresenta os resultados e reponde a pergunta do
problema, o qual foi questionado com a escolha do tema.
44
4. GESTÃO DE ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS COM ÊNFASE EM
CONTROLE DE ESTOQUES E INVENTÁRIO NAS ORGANIZAÇÕES
A gestão de estoque de produtos acabados é uma ferramenta usada pela
logística, setor que administra o estoque das organizações visando um bom
gerenciamento dos estoques, essa ferramenta planeja, organiza, controla e
acompanha todo o fluxo do material estocado.
Para se obter um resultado satisfatório para as organizações, a logística é
responsável por diversas atividades que formam o conjunto desse controle.
Um dos aspectos fundamentais para o controle dos estoques é a
organização é fundamental que quando a empresa decide manter estoques é
necessário definir em que espaço ficará armazenado, dando importância ao tipo de
produto e a quantidade que será estocada. Uma boa gestão de armazenagem é
conseguir atender os clientes com eficácia e agilidade, obtendo um maior nível de
serviço e ao menor custo em tempo hábil (POZO, 2004, p.81).
Almoxarifado é o lugar onde ficam armazenados os produtos acabados,
esses produtos deverão estar bem armazenados, pois um almoxarifado organizado
gera grandes vantagens para gestão dos estoques, facilitando o controle e obtendo
bons resultados.
Para gestão e controle de estoques, o responsável por esse controle
deverá usar o critério mais empregado nas organizações, à classificação curva ABC,
que é uma forma de classificar todos os itens estocados de determinados sistema de
operações em três grupos baseado em seu valor de custo de produção tendo como
objetivo definição de grupos para diferentes controles de estoques que serão mais
eficazes.
Os estoques serão divididos da seguinte forma:
• Classe A: são os itens em estoque que possui o maior valor
considerando seu valor de produção.
• Classe B: são os itens intermediários, considerados medianos, porém
um valor considerável.
• Classe C: são os itens secundários, não menos importantes, que não
deverão ser menos controlados.
45
4.1 Politicas de controle de estoque de produtos acabados
O processo de acompanhamento de controle de produtos acabados
deverá ser feito diariamente, acompanhando entradas e saídas de mercadorias das
vendas e produção. É o analista de logística que verifica as movimentações no
sistema que a organização utiliza.
O responsável pelo estoque deverá fazer a conciliação diariamente entre
o estoque físico e o estoque sistema, verificando toda movimentação e considerando
as falhas que podem ocorrer no processo. Com esse acompanhamento diário, o
controle de estoque será mais eficaz, evitando surpresa no resultado final.
A análise de estoque deverá ser realizada diariamente pelo os
responsáveis contratados para realizar essa função. O analista de logística é o
responsável que analisa, controla , organiza e determina todas as ações que devem
ser tomadas para controlar os estoques.
Os conferentes contam fisicamente os itens armazenados. Após essa
contagem, o analista verifica toda movimentação através de relatórios emitidos pelo
sistema e faz a conciliação diária. Esse procedimento é essencial para um bom
controle de estoque, pois as diferenças que aparecerem no resultado poderão ser
resolvidas em tempo hábil.
A organização e identificação do produto armazenado no almoxarifado
facilitam e dão segurança na contagem diária. A separação dos estoques avariados
e obsoletos faz parte desse controle dos produtos acabados.
Todo produto avariado que sofre qualquer avaria no depósito ou no
mercado externo deverá ser segregado para posteriormente ser reembalado e voltar
para o estoque de produtos acabados, no caso de produto obsoleto ou vencido esse
deverá ser diretamente baixado do estoque sistema e retirado do estoque físico.
Como ferramentas de trabalho para o analista de logística são utilizados a
planilha de conciliação diária, a planilha de contagem, as placas de identificação e
os relatórios do sistema.
A contagem acontece diariamente com a finalidade de controle geral dos
estoques, que minimiza o risco de um resultado insatisfatório no inventário oficial
que é realizado no período mensal, ou seja, a conciliação diária é um planejamento
para o resultado final. A seguir o assunto abordado será o inventário periódico
realizado nas organizações.
46
O analista cria uma rotina para os conferentes fazer a contagem física dos
estoques diariamente, inserindo um check list para os conferentes para conciliar o
estoque físico x sistema contábil. Após conciliação, as diferenças apontadas
deverão ser rastreadas e o motivo encontrado deverá ser justificado para o gestor do
estoque.
4.2 Inventários de estoques de produtos acabados
O inventário de produtos acabados na organização é realizado
mensalmente que é considerado o resultado final que irá ser registrado no livro de
inventário e o resultado irá compor no balanço patrimonial.
Esse inventário é rotativo em datas já programadas pelo gestor do
estoque podendo ser alterada em caso determinados pela auditoria interna ou
externa. Geralmente, esses inventários são realizados aos domingos devido à
necessidade de não ter movimentações no momento que os itens estão sendo
inventariados. Todos os itens são contados e não pode haver nenhuma
movimentação desses itens nem físico e nem no sistema.
Para a realização do inventário, o analista de logística deve fazer todo
cheklist para a preparação do inventário garantindo a ausência de problemas que
poderá tornar ineficiente o resultado do inventário. Os itens deverão estar
organizados e identificados corretamente evitando erro ou dúvida no momento da
contagem física dos itens. O nível de organização é o fator principal e decisivo para
realização de um inventário com produtividade nas organizações (GASNIER,
DANIEL GEORGES. 2002 pág.109).
Os inventários dos estoques é importante porque é uma forma de manter
os estoques controlados e organizados evitando prejuízos para as organizações
4.2.1 Procedimentos de inventários de produtos acabados
Organização: o processo de inventário envolve custos e exige do
analista de logística o planejamento e controle de todo o processo, com o objetivo de
gerenciar e obter resultados fidedignos.
Preparação: a preparação deve proceder com a elaboração das
planilhas e o tempo que será gasto para realizar essa atividade, envolvendo as
47
pessoas que realizarão as contagens físicas assim como as pessoas que digitarão
essas contagens no sistema.
Comunicação: elaboração de cronogramas e avisos para que toda a
empresa e principalmente as áreas envolvidas seja informadas que haverá
inventários, evitando que alguma área deixe seu processo incompleto, prejudicando
o resultado do inventário.
Pessoas: o fator crítico do processo de inventário é a conscientização
da importância do inventário para organização. O treinamento para habilitar as
pessoas e instrumentos necessários para a realização da atividade é fundamental.
Além do check list é necessário que o inventário seja realizado conforme
descrito a seguir.
Para o Inventário, o Armazém deverá estar arrumado, limpo e com todos os
itens identificados;
Não podemos ter movimentações físicas e contábeis durante as contagens;
Os produtos deverão estar identificados e segregados por tipo e
responsabilidade (Avaria/Sinistros/Devoluções);
As Equipes de contagem devem ser compostas de: 01 contador, 01 auditor e
01 conferente de apoio;
Cada dupla deverá receber com: 01 formulário de contagem, 01 prancheta, 02
canetas e 01 calculadora;
O Armazém deverá realizar a sua contagem antes do inicio do inventario.
A 1ª e 2ª contagem são obrigatórias existindo a 3ª em caso de divergência
das duas primeiras.
A 3ª contagem obrigatoriamente deverá ser realizada por pessoas que não
fizeram nem a 1ª nem a 2ª contagem para evitar dúvidas no que foi contado.
Após a contagem e digitação na planilha de conciliação de inventário e
apurado as diferenças será feito o cálculo da acuracidade dos itens e financeira que
será repassado para o gestor geral da área para aprovação e logo que aprovado os
resultados com os gestores os inventários juntamente com toda documentação será
enviado para a contabilidade para que seja contabilizado no balanço patrimonial.
Com a pesquisa realizada foram identificadas falhas relevantes no
processo de inventário que a organização deverá dimensionar e buscar soluções
práticas e operacionais para solucionar.
48
Os problemas que afetam diretamente ao processo devem-se ao fato de
tratar-se de um procedimento manual no qual uma única pessoa, que é o analista de
logística, conhece todo processo, ou seja, o controle de estoque fica na mão de uma
única pessoa. As planilhas de contagem são preenchidas manualmente podendo ser
rasuradas ou alteradas prejudicando o resultado do inventário.
O treinamento das pessoas que estão envolvidas no processo de controle
de estoque, criando rotina de conhecimento e boas práticas de estoques, evitando
que o controle geral fique apenas com um responsável.
49
5. CONCLUSÃO
Com base no referencial teórico no qual este trabalho foi desenvolvido
nota-se a importância de se manter um estoque controlado e com gestão, com a
responsabilidade de acompanhar os estoques verificando suas movimentações de
entrada e saída de mercadorias, armazenagem, perdas de produtos avariados ou
vencidos, ajustes mensais, níveis de estoques, demanda do cliente. É na gestão que
é possível fazer este controle evitando prejuízos nas organizações.
A análise detalhada dos níveis de estoques para melhor atender o cliente
é um processo que requer conhecimento dos profissionais das áreas envolvidas no
processo de se manter estoques nas organizações. É fundamental a assertividade
dessa decisão, considerando todos os fatores internos e externos que envolvem
esse processo.
O trabalho realizado teve como proposta analisar a gestão de estoque de
produtos acabados com ênfase em controle de estoques e inventário nas
organizações foi verificado a influência dos diversos fatores internos e externos que
são as demanda dos clientes, a sazonalidade do produto, armazenagem do produto,
o custo, quanto e quando produzir, avaliação dos estoques, as vendas na área
comercial, o controle interno, o sistema operacional e, por fim, os procedimentos de
inventário.
Através de uma pesquisa bibliográfica e do método qualitativo pode-se
delinear a situação atual dos controles e gestão de estoques nas organizações, foi
realizado análise e sugerido pontos que podem ser melhorados.
É de responsabilidade das organizações administrar os níveis de
estoques que serão mantidos para atender o cliente com melhor nível de serviço.
A sugestão de melhorias não requer custos altos e poderão solucionar
riscos que as organizações correm por não programar esses controles que
proporcionam uma eficiência e melhores resultados.
Concluindo, foi possível constatar que o objetivo principal e os objetivos
específicos propostos no inicio desse trabalho foram alcançados, já que foram
identificado o problema controle e gestão de estoques são de grande importância no
processo organizacional das empresas, pois se trata do seu maior ativo. Este
controle e processo envolvem pessoas, técnica específica, custos e a organização
como um todo. Com isso, a pergunta de partida foi completamente respondida.
50
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BALLOU, R.H. Administração de Materiais: transportes, administração de. Materiais e distribuição física. Trad. Hugo. T.Y. São Paulo. 1ª Ed. Atlas, 1993. BARGUIL, Paulo Meireles; BORGES NETO, Hermínio. Memorial: motivações e contribuições para a formação do Pedagogo. In: X Encontro Nacional de educação Matemática. Salvador: SBEM, 2010. BARROS, AIDIL JESUS DA SILVEIRA Fundamentos de metodologia cientifica /Aidil Jesus da Silveira Barros, Neide Aparecida de Sousa Lehfeld – 3.ed.- São Paulo: Pearson Prentice Hall,2007. BOWERSOX, DONALD J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento /Donald J. Bowersox, David J. Closs; tradução Equipe do Centro de estudos em Logística, Adalberto Ferreira das Neves; coordenação da revisão técnica Paulo Fernando Fleury, Cesar Lavalle. 1. Ed – 6. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008. CARVALHO, José Mexia Crespo de - Logística. 3ª ed. Lisboa: Edição Silaba 2002. ISBN: 978-972-618-279-5 CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá. Metodologia Científica. Rio de Janeiro: Azxcel Books do Brasil Editora, 2004. CASSELL, Catherine; SYMON, Gillian. Qualitative methods in organizational Research. London: Sage Publications, 1994. CHIAVENATO, I. Administração de Materiais: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro. , 2005. CORRÊA, HENRIQUE Administração de produção e de operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica /Henrique L. Corrêa; Carlos A. Corrêa -1. Ed. – 3 reimpr. – São Paulo Atlas, 2009. DIAS, MARCO AURÉLIO P. Administração de materiais: uma abordagem logística /Marco Aurélio P. Dias – 4. ed. – 21 reimpr – São Paulo : Atlas ,2009. FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano do Amaral - Administração de Materiais e do patrimônio. São Paulo: Thomson Pioneira, 2002.
GIL, Antonio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas S.A., 5ª. Edição – 1993. GASNIER, DANIEL GEORGE A dinamica dos estoques: guia pratico para planejamento ,gestão de materiais e logística / Daniel Georges Gasnier. – São Paulo: IMAM, 2002.
51
IUDÍCIBUS, Sérgio de / MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. 3ª edição, São Paulo : ed. Atlas, 2002 KRAJEWSKI, LEE J. Administração de produções e operações / Lee Krajewski, Larry Ritzman e Manoj Malhota: Tradução Mirian Santos Ribeiro de Oliveira: revisão técnica André Luís de Castro Moura Duarte e Susana Carla Farias Pereira – São Paulo: Pearson Prentice Hall,2009. MARTINS, Petrônio G., LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. 2ª edição São Paulo: Editora Saraiva, 2005. MARCONI , Marina de Andrade ;LAKATOS ,Eva Maria . Fundamentos de Metodologia Cientifica. 7. Ed. São Paulo: Atlas ,2010. SLACK, NIGEL Administração da produção /Nigel Slack ,Stuart Chamber ,Robert Johnston ;Tradução Maria Teresa Corrêa de Oliveira ,Fábio Alher ; revisão técnica Henrique Luiz Corrêa – 2 . Ed. – 10 reimpr. – São Paulo: Atlas, 2009. VIANA, J.J. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo. 2ª. Ed. Atlas, 2002. Consulta internet www.portaldecontabilidade.com.br www.grupoempresarial.adm.br www.informanet.com.br www.fisconet.com.br
52
ANEXOS
53
AJUSTES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT 2013 MÉDIA
NEGATIVAS 6.025,09 1.093,08 1.394,53 1.286,06 1.420,11 - 6.035,20 362,35 211,39 329,69 18.157,50 2.017,50
POSITIVAS 7.474,37 337,62 2.253,34 1.297,70 1.016,38 667,11 370,12 1.764,53 525,86 - 15.707,03 1.745,23
DIF Contabilizada 1.449,28 (755,46) 858,81 11,64 (403,73) 667,11 (5.665,08) 1.402,18 314,47 (329,69) (2.450,47) (245,05)
SOMA MODULOS 13.499,46 1.430,70 3.647,87 2.583,76 2.436,49 667,11 6.405,32 2.126,88 737,25 329,69 33.864,53 3.386,45
VALOR SISTEMA 763.868,14 1.157.306,34 1.237.410,54 1.106.142,63 959.239,93 1.349.374,40 1.533.469,95 792.605,26 1.591.726,83 1.831.303,37 12.322.447,39 1.232.244,74 ACURACIDADE 98,23% 99,88% 99,71% 99,77% 99,75% 99,95% 99,58% 99,73% 99,95% 99,98% 99,73% 99,73%
MÉDIA MODULOS DIF 3.386,45 3.386,45 3.386,45 3.386,45 3.386,45 3.386,45 3.386,45 3.386,45 3.386,45 3.386,45
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
76
3.8
68
1.1
57
.30
6
1.2
37
.41
1
1.1
06
.14
3
95
9.2
40
1.3
49
.37
4
1.5
33
.47
0
79
2.6
05
1.5
91
.72
7
1.8
31
.30
3
13.499
1.431
3.648
2.584 2.436
667
6.405
2.127
737330 -
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
2.000.000
-
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT
Valor Estoque R$Efetivados R$
Temporal de Valores Efetivados no Estoque (R$) VALOR SISTEMA SOMA MODULOS MÉDIA MODULOS DIF
FIGURA II - Painel de analise de inventário
54
FIGURA III – Preparação de inventário
55
FIGURA IV – Ficha de inventário
PLANILHA DE CONCILIAÇÃO DE INVENTÁRIO
FIGURA V – Planilha de conciliação de inventário
56
FICHA DE ESCALA DE EQUIPE
FIGURA VII – Ficha de escala de equipe