central de notícias - dezembro

13
Jornal Laboratorial do 6º Semestre de Jornalismo C NOTÍCIAS 6ª Edição ENTRAL DE Dezembro de 2012 AJUDA AO CURRÍCULO Atividades complementares têm o objetivo de aprofundar o conhecimento do aluno durante a graduação e o ajudam a conseguir destaque no mercado de trabalho. Página 8 ADEUS, MUNDO O calendário Maia prevê que no dia 21 de dezembro de 2012 a Terra deixará de existir; assustador para alguns e motivo de piada para outros, o tema gera muita discussão. Página 18 A CURA PELO OUVIDO A Musicoterapia tem sido usada no tratamento da depressão. Estudo da Universidade da Finlândia mostra que o método alternativo pode trazer mais resultados que medicação. Página 22 Um novo Largo Treze para a Zona Sul Ações de revitalização pretendem recuperar o centro histórico de Santo Amaro. Entre as medidas está a restauração de praças, como a Floriano Peixoto Camila Reimberg e Cíntia Ferreira C inco anos depois que a Prefeitura retirou do Largo Treze de Maio, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, 1.400 vendedores ambulantes, parte dos frequentadores e comerciantes aprovam a mudança e dizem que a segurança nas ruas melhorou. No entanto, vendedores ambulantes ainda são vistos pela região e arredores. Em um passeio pelo entorno do centro histórico de Santo Amaro, é possível ver comerciantes irregulares vendendo seus artigos nas calçadas. Alguns deles migraram para as praças do bairro, como é o caso da artesã, Teresa Pereira, de 53 anos. A praça onde ela trabalha foi uma das áreas revitalizadas pela Prefeitura. A restauração do coreto custou R$ 142 mil aos cofres públicos e foi finalizada este ano. Outra praça que passou pelo processo de revitalização foi a Salim Farah Maluf, na Rua Paulo Eiró. No local, vendedores ambulantes, que trabalhavam na praça desde 1997, foram removidos. As modificações foram feitas por meio do Programa Florir. O local recebeu um gazebo e um pergolado ornamentado com plantas. Essas mudanças são parte do plano da Prefeitura de revitalizar todo o Largo Treze de Maio. Página 13 Unisa ganha novo D.A. Alunos de Comunicação reabrem Diretório Acadêmico do curso e estimulam colegas a falarem sobre política Bismarck Rodrigues U m grupo de alunos formou uma coalizão com todos os semestres do curso para iniciar o novo processo de politização dentro da Universidade de Santo Amaro. Há quase três anos não havia nenhuma ação política voltada para os estudantes Comunicação. A chapa Voz Ativa, liderada por Edmar Lisboa e Guilherme Castelão, pretende voltar a pleitear ações para os alunos. Com 64% dos votos válidos, o grupo venceu as eleições do D.A. Os primeiros passos da chapa serão inclusão de projetos sociais, como doação de sangue e campanhas do agasalho e a tentativa de trazer de volta a Atlética do curso. Apesar da baixa adesão – metade dos alunos dos cursos de Comunicação da Unisa não participaram do pleito – já há alguns alunos interessados em participar dos movimentos que serão criados. O D.A de Comunicação Social voltará a ter eleições em 2013. Página 4 Camila Reimberg Viviane Branco Urbanização do Largo Treze e interdições para construção da linha 5-Lilás do Metrô dificultam a visualização da Catedral de Santo Amaro Representantes da Chapa Voz Ativa, vencedora das eleições do Diretório Acadêmico, participa da Semana de Comunicação da Unisa

Upload: universidade-de-santo-amaro

Post on 16-Mar-2016

228 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Informativo elaborado pelos alunos do 6º semestre do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da UNISA.

TRANSCRIPT

Jornal Laboratorial do 6º Semestre de Jornalismo

CN

otí

Cia

s

6ª Edição

eNtr

al

de

Dezembro de 2012

AJUDA Ao CURRÍCULoAtividades complementares têm o objetivo de aprofundar o conhecimento do aluno durante a graduação e o ajudam a conseguir destaque no mercado de trabalho.

Página 8

ADEUS, MUNDoO calendário Maia prevê que no dia 21 de dezembro de 2012 a Terra deixará de existir; assustador para alguns e motivo de piada para outros, o tema gera muita discussão.

Página 18

A CURA PELo oUVIDoA Musicoterapia tem sido usada no tratamento da depressão. Estudo da Universidade da Finlândia mostra que o método alternativo pode trazer

mais resultados que medicação. Página 22

Um novo Largo Treze para a Zona SulAções de revitalização pretendem recuperar o centro histórico de Santo Amaro.

Entre as medidas está a restauração de praças, como a Floriano PeixotoCamila Reimberg e Cíntia Ferreira

Cinco anos depois que a Prefeitura retirou do Largo

Treze de Maio, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, 1.400 vendedores ambulantes, parte dos frequentadores e comerciantes aprovam a mudança e dizem que a segurança nas ruas melhorou. No entanto, vendedores ambulantes ainda são vistos pela região e arredores. Em um passeio pelo entorno do centro histórico de

Santo Amaro, é possível ver comerciantes irregulares vendendo seus artigos nas calçadas. Alguns deles migraram para as praças do bairro, como é o caso da artesã, Teresa Pereira, de 53 anos. A praça onde ela trabalha foi uma das áreas revitalizadas pela Prefeitura. A restauração do coreto custou R$ 142 mil aos cofres públicos e foi finalizada este ano. Outra praça que passou pelo processo

de revitalização foi a Salim Farah Maluf, na Rua Paulo Eiró. No local, vendedores ambulantes, que trabalhavam na praça desde 1997, foram removidos. As modificações foram feitas por meio do Programa Florir. O local recebeu um gazebo e um pergolado ornamentado com plantas. Essas mudanças são parte do plano da Prefeitura de revitalizar todo o Largo Treze de Maio.

Página 13

Unisa ganha novo D.A.Alunos de Comunicação reabrem Diretório Acadêmico do

curso e estimulam colegas a falarem sobre política

Bismarck Rodrigues

Um grupo de alunos formou uma coalizão com todos os

semestres do curso para iniciar o novo processo de politização dentro da Universidade de Santo Amaro. Há quase três anos não havia nenhuma ação política voltada para os estudantes Comunicação. A chapa Voz Ativa, liderada por Edmar Lisboa e Guilherme Castelão, pretende voltar a pleitear ações para os alunos. Com 64% dos votos válidos, o grupo venceu as eleições do D.A. Os primeiros passos da chapa serão inclusão de projetos sociais, como doação de sangue e campanhas do agasalho e a tentativa de trazer de volta a Atlética do curso. Apesar da baixa adesão – metade dos alunos dos cursos de Comunicação da Unisa não participaram do pleito – já há alguns alunos interessados em participar dos movimentos que serão criados. O D.A de Comunicação Social voltará a ter eleições em 2013.

Página 4

Cam

ila Reim

berg

Viv

iane

Bra

nco

Urbanização do Largo Treze e interdições para construção da linha 5-Lilás do Metrô dificultam a

visualização da Catedral de Santo Amaro

Representantes da Chapa Voz Ativa, vencedora das eleições do

Diretório Acadêmico, participa da Semana de Comunicação da Unisa

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012

2 www.unisa.br

EDITORIAL

3www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 ARTIGO

O que determina o sucesso de uma operação de segurança

que pretende acabar com os sucessivos homicídios ocorridos em uma grande capital é interromper a onda de mortes o quanto antes e com os menores prejuízos possíveis à população. Não é o que estamos vendo aqui em São Paulo. O que há por aqui é muito partidarismo, e uma guerra não declarada entre policiais e crime organizado, que resvala em civis que nada tem a ver com a história.

Não seria mais plausível se ao invés de sempre resolver problemas, o que muitas pessoas costumam fazer, fossem criadas medidas efetivas de prevenção, e não aquelas pseudo-contribuições que vemos por aí? Essa questão se estende em problemas, pois no caso da violência, o teor da questão são seres

humanos, o que problematiza mais a situação devido as subjetividades encontradas durante o caminho, seja de quem faz ou recrimina essas ações.

Os problemas decorrentes de atos criminosos que aconteceram em São Paulo durante o ano de 2012 são um ótimo exemplo. Analistas comentam que as situações, vividas nesse ano pelos paulistanos, se intensificaram no mês de junho, uma forma de represália dos criminosos contra o aumento do número de suspeitos mortos (nesse caso, entenda como resistência seguida de morte), que subiu 44% do mês de maio, em relação aos meses entre fevereiro e abril. O governo paulista demorou para assumir a situação de caos criada, que por diversos momentos foi surpreendido com toques de recolher que obrigaram

trabalhadores a saírem de seus respectivos trabalhos durante a metade do expediente, a fim de chegar em casa a tempo de não sofrerem nenhum tipo de retaliação. Além de negar a contribuição oferecida pelo Governo Federal para ajudar na solução desse problema.

Em vista de que não tinha mais como esconder a situação, um novo Secretário de Segurança Pública foi eleito para São Paulo, a fim de traçar novas medidas e trazer mais confiança para a população de que a ordem será restabelecida.

Porém, mesmo dessa forma, São Paulo está solucionando um problema, e não criando uma forma de evitá-lo. Certo, no momento ele precisa ser solucionado, mas de que forma está ocorrendo essa solução? Pessoas sendo mortas ou enviadas para a cadeia (centro de formação

de criminosos, que deveria ser de correção de criminosos), e engana-se quem acredita que o que está ocorrendo é um problema da polícia, pois a culpa da situação em que chegamos é dos governantes que regem o País. É dever desses governantes, segundo a Constituição, garantir que todos tenham acesso a serviços básicos como saúde e educação, só que mais do que isso, esses produtos devem ser de qualidade, tendo em vista que nós somos contribuintes e pagamos caro por eles.

No final das contas, o momento atual não passa de uma disputa de xadrez, em que claramente quem está morrendo são apenas peões e alguns soldados de confiança, pois os líderes dificilmente são atingidos no momento do xeque-mate.

Tudo para manter a boa imagem de São PauloSoluções imediatas e de alto impacto que prometem acabar com a violência são apenas formas de tentar manter

a imagem de controle da segurança, mas as vítimas se acumulam

EXPEDIENTE

A violência do jornalismo

Na madrugada do dia 25 de novembro, ao menos 33

pessoas foram baleadas, das quais 13 morreram. Entre eles, uma crian-ça. Talvez, essa tenha sido uma das noites mais violentas de 2012 na região metropolitana da São Paulo. O que também chama a atenção é que o governo do Estado, que tro-cou o secretário de Segurança Pú-blica depois de a situação chegar a um patamar preocupante, continua a agir com arrogância: para o gover-nador, as mortes são uma “resposta do crime organizado” à efetividade com que a polícia tem combatido os bandidos. Declarações assim, que surpreendem pelo aspecto pitoresco da argumentação, também chocam. Elas se constituem numa forma de violência por meio da estratégia de comunicação, essa estranha necessi-

dade que as assessorias de impren-sa alimentam de “sair bem na foto” custe o que custar.

Enquanto a opinião pública se vê acuada e o cidadão comum não sabe muito bem o que fazer e como se defender, um outro problema sur-ge, este mais conectado à lógica dos meios de comunicação e ao concei-to de “demografia dirigida” sobre o qual Bill Kovach e Tom Rosenstiel, em “Os Elementos de Jornalismo”, falam com propriedade. As mortes e ataques, pelo menos por enquan-to, estão concentradas no cinturão periférico da Grande São Paulo. Ou elas acontecem em bairros distantes da classe média, nos extremos leste e sul principalmente, ou em muni-cípios pobres, cidades nas quais as pessoas “só dormem” para levar a vida, estudar e trabalhar na capital.

*Wagner Belmonte é Professor de Jornalismo

da Unisa e Editor-chefe no Band News

Respostas mais efetivas surgirão quando - e este não é um “desejo” ou uma “torcida” da esquerda (essa ideologização do assunto também cansa) - as mortes e eventuais ata-ques começarem a ocorrer em áre-as menos excluídas. Uma morte na Avenida Paulista, para a imprensa de São Paulo, jamais será igual a uma morte em Itaquera, e um ataque de qualquer natureza no elegante bair-ro dos Jardins, de classe média alta ou alta, jamais terá o mesmo peso que se dá a alguém que sofra algo similar em cidades como Diadema, Poá, Itaquaquecetuba, etc.

Se a imprensa escolhe e seleciona a dedo as vítimas da violência que merecem espaço, essa seleção, por ser um recorte da parte pelo todo, por si só, também não é uma forma de violência? A cobertura oscila en-

tre os apresentadores de telejornais de fim de tarde, que chamam para eles a “cultura do pânico” e o exercí-cio do “papel do Estado”, e esqueci-mentos estranhos de coberturas em áreas que parecem não interessar. Sob este prisma, é preciso repensar um jornalismo que também comete suas violências.

Vitor BrancoEditor de Texto

Camila Reimberg Diagramadora

Bismarck RodriguesRepórter

Viviane BrancoEditora de Imagem

Cíntia FerreiraEditora-chefe

Jéssica VianaEditora de Texto

Bárbara FrancoEditora de Imagem

Natália NovaisEditora de Imagem

Leonardo CasagrandiEditor de Texto

Estéphane RanniEditora de Texto

Prof. Anderson Gurgel

Profª. ElizabethFantauzzi

A Edição Dezembro de 2012 do jornal Central de Notícias é um projeto laboratorial do sex-

to semeste do curso de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa), sob orientação dos profes-sores Anderson Gurgel e Elizabeth Fantauzzi. Todos os alunos desenvolveram a função de repórteres, além das atividades abaixo discriminadas.

Conheça nosso site: http://www.unisa.br/graduacao/humanas/jorna/jornal.html

Wagner Belmonte

4 www.unisa.br 5www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 POLÍTICA Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 POLÍTICA

Alunos da Unisa redescobrem cultura políticaUniversitários do curso de Comunicação Social reabrem o Diretório Acadêmico do curso, extinto em 2010, e

estimulam os colegas a conversarem sobre o tema dentro da Instituição

Vereador mais bem votado da zona sul de São Paulo, Antônio Goulart, visita o Parlamento Jovem, e diz que juventude é fundamental na política

Divulgação

Bis

mar

ck R

odrig

ues

“São ao todo quatro cursos de Comunicação Social e nenhum deles

tinha representatividade junto à reitoria.”

Guilherme Castelão

Vice-presidente da chapa Voz Ativa

Bismarck Rodrigues

A política não atrai mais os jo-vens como antigamente. Mas

com a volta do Diretório Acadêmico os alunos de Comunicação Social da Universidade de Santo Amaro estão a caminho de serem exceção a essa regra.

Um grupo de alunos formou uma coalizão com participantes de se-mestres do curso para iniciar o novo processo de politização dentro da universidade. Há quase três anos não há nenhuma ação política volta-da aos alunos de Comunica-ção Social.

Liderados por Edmar Lisboa e Gui-lherme Cas-telão, a chapa Voz Ativa foi fundada para voltar a pleitear ações para os alunos de Comunicação So-cial. “São ao todo quatro cursos, e nenhum deles tinha representativi-dade junto à reitoria”, afirma Caste-lão, vice-presidente da chapa.

Em setembro houve apenas duas chapas na disputa pelo D.A. de co-municação. A “Voz Ativa” venceu com 64% dos votos válidos. Ali es-tava marcado o retorno das ações

politizadas. Mas a principal barreira que os novos líderes do curso terão que enfrentar está dentro da insti-tuição. “Já fazia muito tempo que ninguém se mobilizava para isso. Já virou cultural não ter D.A”, aponta Castelão.

Carlos Francisco dos Santos Jú-nior, professor de Jornalismo Políti-co e último presidente do Diretório Acadêmico de Comunicação da Uni-

sa, concorda com a opinião de Castelão e complemen-ta: “Hoje as pessoas não gostam de dis-cutir política e não se orga-nizam mais, com isso, se perde um es-paço de refle-xão política

muito importante”. E como ex-líder do diretório de

Comunicação, Santos acredita que o primeiro passo a ser dado pela nova gestão seja levar as discussões polí-ticas para dentro das salas de aula, para introduzir essa cultura nova-mente nos alunos e tirar a imagem que os diretórios acadêmicos ganha-ram. “Às vezes, a gente têm a refe-rência do DA para festa e não é só

isso”, ressalta o professor.Aline Santos, aluna do 4º semes-

tre de Relações Públicas, avalia o espaço da universidade como muito importante para a reflexão proposta por Santos. “Aprendi a valorizar e compreender um pouco de política e pretendo continuar acompanhando o tema”, afirma.

PRoMESSAS Do NoVo D.A

De olho nessa quebra de paradig-ma com a imagem do diretório, Ed-mar Lisboa, presidente eleito, avisa que os primeiros passos da chapa serão a inclusão de projetos sociais, como doação de sangue e campa-nhas do agasalho e a tentativa de trazer de volta a Atlética do curso. Entretanto, para que essas iniciati-vas comecem é preciso o mínimo de estrutura. “Como nosso manda-to começa a partir do próximo ano, desde já estamos montando nossa estrutura com sites, perfil em rede social, etc, para dar suporte e maior agilidade em nossos projetos”, co-menta.

No entanto uma das ações que era planejada pela chapa, mas que dificilmente poderá ser cumprida, é a união com os outros DAs da Uni-versidade de Santo Amaro. Atual-mente, o Campus II da Unisa conta com mais um Diretório Acadêmico,

de Psicologia, que está em processo de eleição. “É nossa vontade fazer reuniões para desenvolver projetos de parceria em prol da universidade, mas paramos nesse detalhe de que faltam outros diretórios para nos unirmos”, afirma Lisboa.

Apesar da metade dos alunos dos cursos de comunicação da Unisa não terem participado do pleito de setembro, já há alguns alunos que estão interessados em participar dos movimentos que serão criados. Síl-via Ralha, aluna do 4º semestre de Relações Públicas, lamenta a falta de eventos dentro da Universidade. “Mal ocorrem movimentos na uni-versidade, mas sempre que existe algo relacionado, procuro estar en-volvida”, diz a estudante.

A pouca adesão dos alunos às eleições é um fator que incomoda o professor Carlos Francisco. “Esses 250 que votaram é um quórum bai-xo. Mesmo assim não dá para ava-liar se há a discussão politica, pois como os votos são colhidos de sala em sala alguns podem se sentir co-agidos a votar”, avalia o professor, que faz referência ao modo como são recolhidos os votos do D.A.

O Diretório Acadêmico de Co-municação Social voltará a ter elei-ções no segundo semestre de 2013. Nesse ano apenas duas chapas plei-tearam os cargos abertos, mas o

Professor Cazuza (de paletó) posa ao lado dos membros do DA, Guilherme Castelão (ao lado dele, à esquerda) e Edmar Lisboa (abaixo dos dois)

vice-presidente da chapa Voz Ativa espera que em 2013 mais candida-tos e chapas compareçam. “Toma-ra que ano que vem tenham mais chapas concorrendo, pois assim as propostas serão cada vez melhores”, avalia Castelão.

Edmar Lisboa planeja o próxi-mo candidato de sua chapa. “Ano que vem quero que outro membro da nossa chapa seja eleito, mas por enquanto quero criar a cultura entre os alunos, para não perdermos essa conquista que tivemos”, analisa Lisboa que busca manter ao menos uma chapa por eleição nos próxi-mos anos.

Diferente do que acontece no Di-retório Central Estudantil (DCE), que nas últimas duas eleições ti-veram a presença de apenas uma chapa se candidatando, o D.A de Comunicação Social da Unisa tende a aumentar o número de candidatos fazendo com que o nível de debates políticos cresça dentro das quatro habilitações, como defende o pro-fessor Carlos Francisco.

A falta de discussão dentro da universidade leva os alunos a abdi-carem dos pensamentos políticos e deixam todas as decisões nas mãos da instituição, segundo avalia a es-tudante Silva Ralha. “Na Unisa a

política estudantil é praticamente nula, uma vez que as pessoas são leigas e não questionam o que a Universidade, muitas vezes errone-amente, impõe”.

JoVENS NA PoLÍTICA

Maior região da cidade de São Paulo, a zona sul é capaz de eleger dois vereadores com mais de 100 mil votos, porém ainda não teve a capacidade de se reunir para discutir e debater política.

Carlos Francisco Santos Júnior lembra que “desde o movimento dos ‘Caras Pintadas’, tínhamos um inimigo muito claro, havia uma se-paração clara, hoje, o jovem não tem essa visão, pois depois do go-verno Fernando Henrique (1998) a sensação de que é tudo igual é muito comum, ou seja, não há um inimi-go bem claro”, comenta o professor que militou no movimento que aju-dou a derrubar Fernando Collor de Mello, em 1992.

Além da falta de um “inimigo”, outro fator que afastou os estudan-tes dos movimentos estudantis foi o esvaziamento da UNE, que até o fim do mandato Fernando Henrique Cardoso formava a oposição do go-verno, mas com a ascensão de Luis Inácio Lula da Silva enfraqueceu suas ações. Por consequência afas-tou os universitários da União Na-cional dos Estudantes.

Vereador mais bem votado na re-gião, Antônio Goulart (PSD) desco-nhece se há movimentos estudantis na Zona Sul, mas lembra que os jovens formam um grupo muito im-portante para a opinião popular. “A mocidade de hoje é de fundamen-tal importância nos processos elei-

torais, porque eles têm o interesse de buscar informações e esclarecer qual candidato tem condição para ser eleito ou não” comenta o vere-ador eleito para o quinto mandato.

Recentemente, Goulart compare-ceu a 11ª edição do Parlamento Jo-vem, ação organizada pela Câmara Municipal de São Paulo que leva 60 jovens das escolas municipais para o plenário da Câmara e discute ações que poderiam ser implementadas pelos parlamentares paulistanos. “Esses meninos e meninas, quando voltam para suas casas, têm mais conhecimento e conseguem explicar melhor o trabalho de um vereador. De certo modo, é uma ótima forma de educar a população”, conclui o vereador.

“Hoje as pessoas não gostam de

discutir política.”Carlos Francisco dos

Santos Júnior, Professor

Cartaz mostra propostas da chapa Voz Ativa, vencedora das eleições

Div

ulga

ção

6 www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 POLÍTICA

DCE é desconhecido na Universidade de Santo AmaroApesar de ficar dentro do Campus, alunos da Instituição não conhecem comissão que os representa; organização

funciona como porta-voz dos estudantes e pode ajudá-los a reivindicar direitos junto à Reitoria

Leonardo Casagrandi

Sala do Diretório Central Estudantil fica próxima ao estacionamento da Unisa; mas há dificuldade de fazer alunos se aproximarem da entidade

Leon

ardo

Cas

agra

ndi

O Diretório Central Estudan-til (DCE) da Universidade

de Santo Amaro é o órgão máximo de representação dos estudantes da instituição. Ele é responsável pela comunicação dos alunos junto à Reitoria da universidade, atender as demandas e defender os direi-

tos dos universitários. Segundo Aie-sa Felix, responsável pelo DCE no Campus II da Unisa e estudante de Odontologia no Campus I da Uni-versidade, a atuação do Diretório se limita aos direitos dos estudantes que estejam previstos no regimento da instituição. Para ela, é de suma

importância a participação dos estu-dantes. “Quanto mais os alunos par-ticiparem, mais eles conhecem seus direitos e mais o Diretório Central sabe o que eles querem”, salienta. No entanto, Aiesa avalia como bai-xo esse engajamento. “É muito fra-co, pois, não tem os DAs (Diretórios Acadêmicos) em todos os cursos para fazer esse trabalho de se apro-ximar e falar a língua dos alunos”, avalia.

Alguns alunos do Campus con-cordam com ela. O estudante de Rá-dio e TV, Elton da Silva, atribui isso à falta de divulgação do órgão den-tro da universidade. “Não divulgam no site nem pela faculdade e quando vem na classe a gente nem sabe do que se trata”, diz ele.

FALE CoM ELESPara entrar em contato

com o diretório, o estu-dante precisa ir até a sede do órgão no seu Campus e agendar um encontro com a presidente ou a vice-pre-sidente do DCE. Pode ain-da mandar um e-mail para [email protected] ou ligar para os telefones:

2141-8892 (Campus II)2141-8526 (Campus I)2141-8538 (Campus III).

METAS Do DCE PARA 2013

Resolver com a reitoria a questão das catracas, buscando flexibilizar a exigência do cartão de entrada; Abrir mais Di-retórios Acadêmicos (DAs) para melhorar a interlocução com a reitoria; Realizar mais campeonatos esportivos. Fonte: Entidade

8 www.unisa.br 9www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CARREIRAS Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CARREIRAS

Crescimento econômico do Brasil potencializa vantagens de aprender um segundo idioma; o investimento é caro, mas qualificações desse tipo aindasão diferencialna busca por melhor colocação no mercado de trabalho

Bárbara Franco

Uma das alternativas para os universitários conseguirem

destaque no mercado de trabalho é fazer cursos complementares. Os cursos de aprendizagem tem a fi-nalidade de aprofundar os conhe-cimentos do aluno em uma área específica, proporcionando espe-cialização e, muitas vezes, capaci-tando profissionalmente o aluno. Hoje, muitas empresas consideram essencial o profissional com esses requisitos no currículo. Cursos de inglês, espanhol e aperfeiçoamento de programas de informática, como o Photoshop e InDesign, que auxi-liam na diagramação de uma revista ou jornal, podem ajudar na conquis-ta do primeiro emprego na área da Comunicação Social. Cada gradua-ção tem um curso extra que auxilia o estudante durante a formação.

Para o universitário Igor Bello, fazer algum tipo de curso além de ajudar a conseguir um estágio, pode transmitir lições para outras áreas da vida. “Eu comecei a fazer inglês porque meu pai me matriculou, hoje eu vejo que falar mais de uma lín-gua é fundamental no mercado”, explica o estudante. No emprego, Bello é um dos únicos que fala in-glês e sempre é solicitado nos aten-dimentos aos clientes estrangeiros.

Quando começou a estudar inglês há oito anos, Isabelle de Sousa já imaginava o quão importante era sa-ber outro idioma, pois tinha o desejo de estudar fora do país, a fim de ob-ter mais conhecimento e reforçar as habilitações de seu currículo. Hoje, Isabelle está fazendo intercâmbio na Holanda com cursos avançados de inglês e holandês. “Fiz seis anos de inglês e pensava que se eu pu-desse escolher outro idioma para aprender eu gostaria de aprender

holandês, não sei por que, mas queria”, justificou.

HABILITAÇÕES DESEJADAS

Já para o professor de idiomas, Thiago Messias, a iniciativa de se matricular no curso por vontade própria deve ser levada em conta: “É um investimento do aluno em si para o futuro. Com a fase em que o Brasil está hoje, com vários even-tos internacionais para acontecer,

quem falar ou pelo menos entender bem outro idioma, principalmente inglês, será diferenciado, terá mais oportunidades nesse mercado”, diz. Para ele, este é um investimento caro, mas que renderá ótimos fru-tos no futuro, principalmente em um País que está crescendo finan-ceira e cultural-mente, como é o caso do Bra-sil. “Com a boa fase do País, o número de alu-nos na escola em que dou aula aumentou signi-ficantemente”, comenta.

Moacir Júnior estudou para saber usar programas de arte de computador, como Pho-toshop e InDesign. Tais recursos sempre o ajudaram, principalmente na faculdade: “Como faço Publi-cidade e Propaganda, saber mexer nesses programas é fundamental na hora de fazer algum trabalho, prin-cipalmente os que envolvam algum tipo de arte ou desenho”. Segun-do ele, dominar as técnicas desses

confiança, sempre verificando seus editores para saber se o que estou lendo é fiável”, salienta o estudante.

Para Miranda, é muito importante participar de cursos extracurricula-res. Nem sempre o conteúdo das au-las é assimilado prontamente. Rever esse conteúdo ou entrar em contato com diferentes metodologias pode ajudar no aprendizado das matérias.

Dependendo da graduação esco-lhida, o estudante tem que ter algu-mas habilidades fundamentais. Para fazer Moda, por exemplo, o aluno tem que gostar e saber desenhar. Algumas universidades realizam provas práticas durante o vestibular para ver se os candidatos estão pre-parados para o curso.

O AutoCAD é um programa que auxilia na criação de desenho no computador. É utilizado principal-mente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e para criação de modelos tridi-mensionais (3D). É muito utilizado nas áreas de arquitetura, design de interiores, engenharia civil, mecâni-ca, geográfica, elétrica e em outros ramos da indústria. O conhecimento desta ferramenta no currículo de tra-balho pode fazer a diferença na hora de contratar um estagiário. Alunos que aprendem isso antes de entrar na faculdade, só têm a aperfeiçoar e colocar em prática todo o apren-dizado. Para conseguir se formar,

Divulgação

Cursos complementares são diferencial no mercadoAtualmente quem cursa algo além do que universidades ensinam têm mais chances de conseguir um bom emprego

programas também o ajudou muito para conseguir um estágio em uma agência de publicidade.

Outra forma de se destacar em uma seleção de emprego é ter um Blog, principalmente para estudan-tes da área de comunicação. Sempre

tomando cuidado com o conteú-do das páginas online e tendo consciência se o tema do blog é apropriado para a vaga. O estudan-te de Publicida-de e Propaganda Fernando Miran-da é moderador do Blog Ruído Pop, cujo tema é

entretenimento e cultura. “Meu blog foi determinante na conquista do es-tágio”. E completa: “Toda atividade prévia que envolva a prática das ap-tidões requeridas pelo empregador é bem vinda”.

Por enquanto, ele não pode pagar por nenhum curso presencial para melhorar seu desempenho: “Pesqui-so coisas pontuais com bastante fre-quência, em sites ou publicações de

a universidade exige determinadas horas para o cumprimento de ati-vidades complementares, mas essa

“Falar mais

de uma língua é fundamental no

mercado.” Igor Bello,

universitário

Atividades complementares visam enriquecer o

aprendizado e têm como principal característica a flexibilidade de carga

horária semanal, o aluno é o responsável pela organização da agenda de horas exigidas

Divulgação

exigência só tem a acrescentar nos estudos e na formação do estudan-te. Além do tão esperado diploma,

Div

ulga

ção

InDesign, CorelDraw e Photoshop são

programas usados em diagramação

o aluno adquire conhecimentos que podem levar a cargos de destaque nas empresas.

10 www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CARREIRAS

Estéphane Ranni

A vida depois da faculdade e a falta que ela fazEx-alunos da Universidade de Santo Amaro contam como foi o período que passaram como universitários e de

que forma a experiência os ajudou na busca por uma melhor colocação no mercado de trabalho

Divulgação

Persistência, perseverança e esforço são alguns dos atribu-

tos exigidos dos universitários que almejam alcançar seus objetivos profissionais. Esse estágio da vida requer certo período de tempo e, muitas vezes, uma necessária quan-tia em dinheiro. Páginas e mais pá-ginas de apostilas, livros, trabalhos. Há também os gastos com mensali-dade, transporte, alimentação, ma-terial didático. A universidade é o caminho que muitos escolhem para ter uma vida melhor, financeiramen-te. É também uma forma de adquirir conhecimento e conseguir uma for-mação para trabalhar no que gosta, no que tem habilidade.

Apesar das dificuldades que en-

frentaram na época, alguns ex-alu-nos da Unisa dizem sentir falta dos amigos e professores que conhece-ram nessa fase. A ex-aluna Katyana Phabia, de 38 anos, cursou Enfer-magem, em 2006, e terminou em 2010, mas não parou por aí. Ainda na Instituição fez pós-graduação em Urgência e Emergência no mesmo ano que concluiu o primeiro cur-so, e terminou no ano passado. Ela comenta que teve dificuldades na matéria de Farmacologia e, com a ajuda dos colegas de classe e do pro-fessor, conseguiu superá-las. Apesar do passar do tempo, Katyana ainda tem contato pelas redes sociais e por telefone com alguns amigos e pro-fessores da época de estudo. Mes-

mo assim não nega que o que mais sente falta deste período é o contato diário com essas pessoas. Com or-gulho relembra do professor Daniel que dava o curso de Farmacologia: “Ele foi muito paciente com mi-nha dificuldade e mesmo não indo bem na matéria me valorizava como aluna e isso me incentivou muito”, comenta. Atualmente está trabalhando na área que estudou e diz que para conquistar o que pla-neja é preciso lutar e sempre se atu-alizar. Ela aconselha, ainda, que os estudantes saibam desfrutar do pe-ríodo que passam na universidade: “Aproveite os professores, pergunte o máximo. No dia a dia da profissão terá horas que gostaria tanto de ter um deles por perto”, diz.

Já Daniela Silva, de 29 anos, ex-aluna e atualmente analista de marketing, iniciou o curso de Pu-blicidade e Propaganda, na Unisa, em 2000, e terminou em 2006. Fez questão de lembrar a matéria que teve mais dificuldades: Estética. Com esforço, conseguiu recuperar as notas baixas que tinha tirado no semestre. Hoje recomenda aos uni-versitários muita persistência na rea-lização dos objetivos: “Nunca desis-

tam! Por mais difícil que seja, vale a pena continuar”, afirma. Como referência de incentivo, Daniela cita um dos seus professores da época,

Tony, que dava o curso de Teoria da Comunicação: “Ele era incrível, amava o que fa-zia. As suas aulas eram bem criati-vas e dinâmicas”. Com a experiên-cia que teve avi-sa aos estudantes que essa é uma vida de desafios e oportunidades.

“É preciso absorver o máximo que puder enquanto está na universida-de, para no momento certo utili-zar”, finaliza.

UM PoUCo DE HISTÓRIA

A Universidade de Santo Amaro foi criada, em 1968, por um grupo de cidadãos, dentistas e professores, devido à ausência de uma instituição de ensino no bairro. Os primeiros cursos que surgiram foram: Medi-cina, Matemática, Física, Pedagogia e Letras. Com uma série de premia-ções e homenagens de 2005 até o ano atual, a Universidade se destaca por possuir laboratórios à disposi-ção do aluno e contar com cerca de 10 planos de desconto e bolsas para estudantes.

Div

ulga

ção

Biblioteca possui coleções, livros, monografias e obras de referência

“Nunca desistam! Por mais difícil que seja vale a pena.”

Daniela Silva

Analista de marketing e ex-

aluna da Unisa

Crescimento econômico do Brasil potencializa vantagens de aprender

um segundo idioma; o investimento é caro, mas qualificações desse tipo ainda

são diferencial na busca por melhor colocação no mercado de trabalho

13www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CIDADES

Camila Reimberg e Cíntia Ferreira

Largo Treze: o que esperar do futuroPrefeitura de São Paulo realiza intervenções para recuperar o histórico distrito de Santo Amaro. No entanto, a

avaliação de quem trabalha, mora ou passa pela região é que ainda há muito a ser feito

Cam

ila R

eim

berg

Hoje em restauração, a Catedral, localizada no Largo

Treze, abriga a imagem de Santo Amaro desde 1686:

ano em que a então capela foi criada pelo Bispo D. João E. Barros. e a aldeia Jeribatiba

foi elevada à categoria de freguesia, com o nome do

atual bairro

O ano de 2007 ficou marcado como a época em que os pe-

destres voltaram a andar nas calça-das do Largo Treze de Maio, Santo Amaro, zona sul da capital paulis-ta. Naquele ano, 1.400 vendedores ambulantes foram removidos da região por uma equipe de policiais militares, guardas civis metropoli-tanos, funcionários da Eletropaulo e da força-tarefa da Prefeitura de São Paulo. Cinco anos depois, parte dos frequentadores e comerciantes apro-vam a mudança e dizem que a segu-rança nas ruas melhorou.

“Antes tinha muito batedor de carteira. Às vezes, a gente via o pessoal se escondendo entre as bar-

local. A artesã Teresa Pereira, de 53 anos, que trabalha no bairro desde os treze anos, não concorda com a decisão da Prefeitura de remover os vendedores ambulantes que fica-vam no Largo Treze de Maio. Ela conta que quando trabalhava como camelô conseguia se sustentar. Atu-almente, vendendo objetos em uma barraca na Praça Floriano Peixoto, mediante a licença de artesã que comprova sua legalidade para es-tar ali, precisa do segundo emprego como doméstica para complementar a renda. “Se a pessoa não tem con-dição (de continuar), fica desempre-gada. Se eu não trabalhar, vou viver como?”, questiona.

questão de segurança, fui totalmen-te à favor. A gente sabe que a maio-ria aproveitava aquela condição de tumulto e até contribuía para a ques-tão do roubo. Agora Santo Amaro fi-cou menos perigosa”, avalia.

No entanto, vendedores ambu-lantes ainda são vistos pela região e arredores. “Ainda tem camelô aqui, principalmente à noite e no domin-go”, diz a vendedora Carmem de Je-sus Araújo, que trabalha há dois anos em uma loja de rua. Em um passeio pelo entorno do centro histórico de Santo Amaro, é possível ver comer-ciantes irregulares vendendo seus artigos nas calçadas, ficando apre-ensivos quando surgem policiais no

racas e se espremendo nas paredes para tirar carteira e bolsa dos outros e não podíamos fazer nada. Agora diminuiu bastante”, conta a funcio-nária de uma loja de roupas do Lar-go Treze de Maio, Soraia Luise, de 47 anos. Moradora de Santo Amaro desde que nasceu, Soraia acredita que até os vendedores ambulantes sentiram a melhora: “Eles mesmos falam que aliviou. Se você conver-sar com alguns que trabalham perio-dicamente, eles falam isso”, diz.

Assim como a comerciante, a tu-rismóloga e administradora de em-presa, Viviane Maria da Silva, ga-rante que a remoção dos vendedores ambulantes foi positiva. “Por uma

14 www.unisa.br 15www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CIDADES Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CIDADES

ÁREAS VERDES RESTAURADAS

A praça onde Teresa trabalha foi uma das áreas revitalizadas pela Pre-feitura. A restauração do coreto cus-tou R$ 142 mil aos cofres públicos e foi finalizada este ano. No entanto, a artesã conta que a praça Floriano Peixoto ainda é um lugar perigoso e para reduzir esse problema algu-mas medidas de segurança foram adotadas pelos próprios vendedores que trabalham na praça. “Os bam-bus em volta da grama, nós que co-locamos para evitar que mendigos deitassem”, diz. Vizinha de barraca da Teresa, a vendedora Cláudia Lo-pes, que trabalha há cinco anos na região, discorda e diz acreditar que as mudanças foram positivas.

Outra praça que passou pelo pro-cesso de revitalização foi a Salim Farah Maluf, que fica na Rua Paulo Eiró. Neste local, vendedores am-bulantes, que trabalhavam no local desde 1997, foram removidos. As modificações na área foram feitas por meio do Programa Florir - que é realizado pela Secretaria de Coor-denação das Subprefeituras, em par-ceria com a Secretaria do Verde e do Meio e a Secretaria de Infraestrutura Urbana. A praça recebeu um gazebo e um pergolado ornamentado com

plantas. As intervenções de revita-lização ocorridas no Largo Treze de Maio são parte de uma ação do poder público que tem o objetivo de restaurar e revitalizar todo o Centro Histórico de Santo Amaro. Os fre-quentadores, comerciantes e mora-dores entrevistados ressaltaram que, muito embora algumas melhorias

Hoje um local histórico, San-to Amaro abriga figuras de

todo o País, além de imigrantes. Os transeuntes variam de visitantes a pessoas que residem próximas à re-gião. “Estou só de passagem” é uma frase um tanto comum das pessoas que ali percorrem. Suas vias tam-bém abrigam outros atores, como comerciantes ambulantes que ofer-tam seus produtos pelas calçadas, moradores de rua, vendedores de lojas fixas, índios, entre outros.

A passagem de índios pela região é algo presente na história do bair-ro, que, em seu primórdio, era uma aldeia indígena chamada Jeribatiba. Lá, jesuítas realizavam trabalhos de catequese e educação de crianças índias e mamelucas (filhos de índio com branco).

De acordo com dados disponibili-zados no site da prefeitura da cida-de de São Paulo, José Anchieta, em uma das vezes que visitou a aldeia de Jeribatiba percebeu que, devido ao número de índios catequizados e colonos instalados na região, era possível constituir ali um povoado.

Para instalar a ideia, havia a ne-cessidade de construir, na região, uma capela. O que levou a outra ne-cessidade: uma imagem a quem esta capela seria dedicada. A imagem de Santo Amaro foi doada para a cons-trução da capela. O Santo permane-ce na Catedral até hoje.

Com isso, em 1686, a capela foi curada pelo Bispo do Rio de Janeiro, D. José E. Barros Alarcão, elevando o povoado à categoria de freguesia, com o nome do Santo.

Em 1833, o então bairro se tornou cidade desvinculada e autônoma. Em 7 de abril, cumprindo deter-minações da Câmara Municipal de São Paulo, reuniu-se o eleitorado paroquial, elegendo sete vereadores para a constituição do legislativo da cidade. Após dois anos, o primeiro prefeito, Manoel José Moraes, to-mou posse.

Nos anos seguintes, os avanços surgiram: em 1886 ocorreu a inau-guração da linha férrea de São Pau-lo e Santo Amaro, além da visita do Imperador Dom Pedro II e sua filha, Dona Leopoldina. Com o passar dos anos foram inaugurados o Jardim Público, hoje Praça Floriano Pei-xoto (1896) e o hospital de ensino Santa Casa de Misericórdia (1899). A matriz de Santo Amaro, hoje cate-dral, foi inaugurada em 1924.

Mesmo com tais avanços, a situa-ção da então cidade mudou. No ano de 1935, de acordo a transcrição do Decreto nº. 6988, disponibilizado no site da Prefeitura de São Paulo,

Cam

ila Reim

berg

A comerciante Soraia Luisi trabalha no Largo Treze desde 1976. Hoje, cuida de uma loja de roupas na região

Cam

ila Reim

berg

Subprefeitura de Santo Amaro terminou, neste ano, a restaura-ção do Coreto, que fica na Praça Floriano Peixoto. o custo total foi de R$ 142 mil

dentro do plano geral de urbanismo da cidade, o Município de Santo Amaro estava destinado a construir um dos seus mais atraentes centros de recreio, deixando, assim, a con-dição de cidade e retornando a ser um bairro de São Paulo.

Com isso, o Estado não só se dis-pôs a incrementar em Santo Amaro a construção de hotéis e estabeleci-mentos balneários, que permitiriam o funcionamento de cassinos, como também tinha destinado verba para melhorar as estradas de rodagem que serviam àquela localidade, faci-litando-lhe todos os meios de comu-nicação.

Alguns pontos históricos do atual bairro são a Praça Floriano Peixoto e o Largo Treze de Maio.

A Praça, hoje com o coreto revi-talizado, possui um prédio chamado Casa Amarela, no qual são feitos encontros culturais. A área, que foi inicialmente chamada de Jardim Pú-blico, recebeu outros nomes. Tendo abrigado a Cadeia Pública, a região ficou conhecida como Largo da Ca-deia. Posteriormente, foi chamada de Largo Municipal, devido a inau-guração da sede do governo munici-pal e câmara da cidade.

No ano de 1894, em sessão pú-blica, o Largo Municipal passa a se chamar Praça Floriano Peixoto, em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto, por sua atuação durante

a Revolta da Armada.Já o Largo Treze de Maio, que

abriga a catedral, é assim denomi-nado devido à Lei Áurea, de aboli-ção da escravatura, ter sido assinada pela Princesa Isabel no dia 13 de maio de 1888. De acordo com infor-mações do site da prefeitura, o largo era anteriormente chamado Largo Tenente Adolpho, em homenagem à Adolpho Pinheiro, que residiu em Santo Amaro de 1841 até seu faleci-mento, em 1880.

AToRES HISTÓRICoS

Algumas figuras completam a história do bairro, como o poeta Paulo Eiró e Borba Gato.

O primeiro, marcado na história de Santo Amaro pela paixão por sua prima a quem teve o amor perdido após o casamento dela. Entre a lu-cidez e a demência, Eiró tornou-se poeta e teve contato com o escritor Machado de Assis, Bernardo Gui-marães e José Alencar. Tendo sido abatido por críticas aos seus poe-mas, acabou sendo internado no Hospício dos Alienados e morreu em 1871, aos 36 anos, de meningite. Em sua homenagem, foi construído um teatro que leva o seu nome, loca-lizado na Av. Adolpho Pinheiro.

Já Borba Gato, foi homenageado com uma estátua no cruzamento das Avenidas Adolpho Pinheiro e Santo

Amaro. Entre 1674 e 1681, o jovem acompanhou seu sogro ao sertão a mando do governador de São Paulo, Afonso Furtado de Castro, para pro-curar a mítica serra de Sabarábuçu, jazida de esmeraldas e prata. Em 1700 trouxe a São Paulo amostras de ouro paliado, regressando, em seguida para o sertão da Sabarábu-çu, atual Sabará-MG, em compa-nhia de seus genros Antônio Tava-res e Francisco Arruda. Com isso, Borba Gato foi o primeiro povoador e minerador do Rio das Velhas, em Minas Gerais. / CR e CF

O novo prefeito de São Pau-lo, Fernando Haddad, que assu-me o comando da cidade no dia primeiro de janeiro de 2013, tem propostas para a região do Lar-go Treze de Maio. Ele pretende dar atenção especial à regiões de intenso comércio, como é o caso de Santo Amaro. O objetivo dele é prosseguir no projeto de revi-talização da região, recuperando calçadas, realizando o aterra-mento dos fios da rede elétrica, fiscalizando e regulamentando a atividade dos vendedores ambu-lantes.

Perspectivas para o Largo Treze de Maio

A cultura do Brasil no bairro de Santo Amaro

Localizada na Praça Floriano Peixoto, nos arredores da Cate-dral de Santo Amaro, a Bibliote-ca Belmonte tem muito de simi-lar com o local onde está situada: é rica em diversidade. Inaugura-da em 1953, possui cerca de 70 mil exemplares disponíveis para leitura no local e empréstimo. O ambiente se estende da leitura à visitação, pois, além de bibliote-ca, desde 2005 a Belmonte é um Núcleo de Cultura Popular. Com isso, de acordo com informações disponibilizadas no site da Pre-feitura de São Paulo, em 2007, passou a se chamar Biblioteca Temática de Cultura Popular.

Segundo o site da prefeitura, a Belmonte passou a ser uma biblioteca cultural devido a sua localização: No centro de Santo Amaro se encontram migran-tes das várias regiões do Brasil, cujos aspectos da cultura popular são evidenciados em suas bar-racas de comidas prontas, ervas e temperos variados, artesanato colorido e no som característico dos repentes nas violas.

E violões. Além de sanfonas elétricas e CDs de variados rit-mos musicais, como o box Co-leção Turista Aprendiz, no qual pode-se contemplar de músicas indígenas a dos candomblés do País. Este é “O Povo Brasileiro” que Darcy Ribeiro relata em seu livro, que também está disponí-vel na biblioteca.

O ambiente cultural traz obje-tos de várias regiões do Brasil, como chapéus de cangaceiros, vaqueiros e sertanejos pendura-dos na parede; artesanatos feitos na aldeia guarani, localizada no Pico do Jaraguá; quadros de figu-ras folclóricas como o Boi Bum-bá e o Saci-Pererê. E, para com-por essa histórica cultural, livros. Livros sobre religiosidade, músi-ca, literatura oral, etnografia, his-tória indígena brasileira.

Entretanto, de acordo com o funcionário de apoio da biblio-teca, Genivaldo Araújo Silva, 50 anos, mesmo com toda essa di-versidade de livros disponíveis, sendo destes 90% comprados pela prefeitura, o índice de fre-quentadores da Belmonte está di-minuindo. “Hoje, por mês, rece-bemos cerca de 1.500 visitas. Há alguns anos, eram de 500 a 800 por dia”, explica. Segundo Silva, a responsável por essa decaída é a Internet: “Eu acredito que a biblioteca vai se extinguir”, com-pleta Silva.

tenham sido feitas na região, ain-da há muito a fazer, principalmen-te em relação à segurança. “San-to Amaro precisa passar por uma revitalização maior, até por ser um bairro histórico, acho que eles de-veriam dar uma atenção melhor, olhar com mais carinho”, avalia a turismóloga Viviane.

Bairro deixou de ser cidade devido a planos urbanistas de São PauloResgate histórico mostra avanços e retrocessos de Santo Amaro e quais são os personagens simbólicos da região

As barracas que podem ser encontradas na Praça Floriano Peixoto são as de artesãos, que produzem o próprio material de venda

Cam

ila Reim

berg

16 www.unisa.br 17www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CULTURA Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CULTURA

Natália Novais

Os diferentes modos de filosofar no século 21Questionamentos e reflexões são algumas das principais ferramentas do pensamento filosófico e podem ajudar as

pessoas a superar dificuldades e dilemas da sociedade contemporânea, como a escolha de que profissão seguir

Divulgação / Internet

Todo ser humano, desde a infância, tem um lado filosófico de pensar, um modo de interpretar as situações da vida

As pessoas levam a vida de forma controversa, com di-

versos problemas e indecisões, em que sempre há dois caminhos a es-colher, muitas vezes rotulados como o certo e errado, o bom e mau.

Nesses momentos temos presente a Filosofia. Todos os nossos pensa-mentos e ações fazem parte da re-flexão humana, o principal objeto de estudo dessa ciência.

O exercício de pensar desperta a imaginação, que leva a descoberta

de algo, o raciocínio, pois todo ser humano, desde a infância, tem um lado filosófico de pensar, um modo de interpretar as situações da vida.

Essa busca constante do conheci-mento e da verdade é um olhar para dentro de nós, sempre à procura de respostas. É um ato filosófico o ho-

mem criticar e argumentar sobre o pouco conhecimento que tem diante do mundo.

Além de ser uma ciência da es-sência profunda das coisas, a Filo-sofia costuma ajudar nos problemas da vida, proporcionando ao homem o desejo do conhecimento de si. A ciência faz também refletir sobre a posição de cada um no universo, sempre buscando a verdade, mesmo que utópica.

Segundo o filósofo Epicuro, a so-lução sábia para os transtornos da vida está em dominar à busca pela felicidade ao juízo da razão, mas, que só é possível conseguir quan-do se passa a ter um ponto de vista filosófico, ou seja, a maior idade é atingida. Nesse momento da vida o homem possui, em tese, a capacida-de de diferenciar o senso comum do senso crítico.

Ainda segundo o pensador, é preciso eliminar os medos inúteis, como a morte e a dor, moderando as necessidades à medida que o gozo não se transforme em dor, acabando com a tranquilidade do espírito e a serenidade.

A RoTINA Do SER oU NÃo SER

Para a Filosofia, quando o homem busca caminhos para enfrentar os problemas do dia a dia, ele se com-para ao filósofo de seu imaginário e reflete até encontrar a solução das inquietações. Como o Policial Mi-

litar Diego Moura, que chegou so-zinho a São Paulo e sem conhecer ninguém, viveu momentos difíceis, como a saudade da família e dos amigos que ficaram em Sorocaba, no interior do Estado.

Para Moura o pensamento de concluir o Curso de Soldados era mais forte. “Sempre pensei muito no porque de passar situações desse tipo na vida”, diz Moura. E comple-ta: “Fiz com que tudo que estivesse vivendo se transformasse em uma

são que se quer seguir, como pode-rá ser a faculdade ou curso técnico; tudo isso passa a ser uma decisão complicada, pois é uma atitude que poderá ser refletida para toda a vida.

Seguindo por esse parâmetro, a Filosofia é uma forma de questio-namento, no qual o individuo pode adquirir um pensamento avaliador ou mais amplo às diversas opções.

Para o filósofo Merleau-Ponty, a Filosofia permite um novo aprendi-zado do olhar sobre o universo, com a capacidade de perceber o que nos cerca, o que implica o processo de conceder significado ao que foi cap-tado pelos sentidos, para que se pos-sa realizar as necessárias conexões entre os objetos perceptíveis, o que torna possível vê-los como um todo.

Como o universitário Alex San-tos, 20 anos, que precisou de mais de um ano refletindo sobre o campo historiográfico, entendendo quais seriam as possibilidades do futuro profissional, até mesmo pela desva-lorização do professor no País, antes de resolver se essa seria sua voca-ção. “Depois de tudo e sobre tudo que pensei, me identifiquei mais com a área de humanas e resolvi fa-zer licenciatura, pois é uma maneira de transmitir para as pessoas aqui-lo que sei”, diz Alex, entusiasmado

Divulgação / Internet

O principal objeto de estudo da Filosofia é o questionamento humano

lição, conheci pessoas aqui que vou levar para o resto da vida”.

Outras pessoas levam lições fi-losóficas para a vida profissional, “Sempre uso a teoria do filósofo Aristóteles para entender cada deci-são minha, para não ser imprudente e ser capaz de enxergar ambos os lados”, diz o professor de Direito Penal Raphael Retucci.

A Filosofia, além de buscar o “Por quê?”, lida também com o “Como?”: como escolher a profis-

Merleau-Ponty foi um filósofo que contribuiu para o desenvolvimento da fenomenologia e da linguística positiva

com o curso de História. Segundo o filósofo Merleau-Pon-

ty, para o homem ter algum pensa-mento a educação o executa, com o

“Sempre uso a teoria do filósofo Aristóteles para entender cada decisão minha,

para ser capaz de enxergar ambos os

lados.” Raphael Retucci, Prof.

de Direito Penal

acompanhamento da Filosofia, His-tória e valores. E que a qualidade de vida é fruto de uma boa escolha, sendo a Filosofia fundamental, pois

Divulgação / Internet

proporciona a prática de análise, re-flexão e crítica em benefício do en-contro do conhecimento do mundo e do homem.

18 www.unisa.br 19www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CULTURA Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CULTURA

Viviane Branco

O planeta pode estar com os dias contadosÉ difícil imaginar que a civilização acredite que a Terra está com a data marcada para não existir mais; no

entanto há quem diga que o fim do mundo está programado e bem próximo de acontecer

Para os astrônomos, a colisão de um asteroide com a Terra pode

ser a grande responsável pela destruição do modo de vida que

conhecemos, da mesma forma que aconteceu há 65 milhões de

anos, época dos dinossauros

A notícia de que o mundo pode acabar no dia 21 de dezem-

bro desse ano está mexendo com a cabeça da humanidade. Catástrofes, colapsos na economia ou simples-mente o encerramento de um ciclo, as teorias sobre o fim do mundo di-videm opiniões e esbarram em evi-dencias científicas. Atraindo crian-ças e adultos para um espetáculo multimídia.

Os místicos estão em contagem regressiva, pois exatamente no dia 21 é que termina o calendário cria-do pelos Maias. Uma civilização que viveu no sul do México e em alguns países da América Central, entre o ano 2000 a.C. até meados de 1500 d.C. Os Maias construíram ci-dades grandiosas para a época, eram donos de um território que contem-plava quase toda a Guatemala, o ocidente de Honduras, Belice, e os atuais estados de Yucatán, Quintana Roo, Campeche, parte de Chiapas e Tabasco, no México.

Durante 2 mil anos, conseguiram desenvolver uma sofisticada cultu-ra em um meio ambiente extrema-mente adverso, o território ocupado era caracterizado por uma grande diversidade ecológica. Quem vivia

nas planícies do norte, cujo subso-lo é cortado por rios subterrâneos, dependiam da emersão de lagos na-turais e da acumulação de água em cisternas, chamadas de chultunes. Mais ao sul, o território se povoava de rios e pântanos, região monta-nhosa de Chiapas-Guatemala e as

regiões costeiras. Sem centraliza-ção estatal que unificasse as cida-des, os Maias desenvolveram uma cultura extremamente homogênea no tempo e espaço.

Possuíam um avançado sistema de escrita, segundo o historiador e arqueólogo Alexandre Navarro, da

Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Excelentes astrônomos, utilizavam diversos calendários que funcionavam simultaneamente, como uma engrenagem. O ano 5126 no calendário Maia corresponde a 2012 em nosso modelo de conta-gem, e marca o fim de um grande

Div

ulga

ção

AP, The Yom

iuri Shimbun

Algumas pessoas acreditam que as

mudanças climáticas e os desastres ambientais,

como os tsunamis, terremotos, tornados e

furacões, podem ser sinal de que estamos em

contagem regressiva para o fim do mundo

ciclo. Graças à exatidão do sistema utilizado, o melhor entre os povos mesoamericanos, eles eram capazes de organizar suas atividades cotidia-nas e registrar simultaneamente a passagem do tempo, historiando os acontecimentos políticos e religio-sos que consideravam importantes.

A grande contribuição dos mate-máticos Maias foi à criação do nú-mero zero, um conceito abstrato que permaneceu ausente durante séculos em outras culturas. O zero era repre-sentado com uma concha marinha. Eles usavam pontos que correspon-diam os valores de um a quatro, e riscos eram usados para representar de cinco até dezenove. O sistema numérico era vigesimal, e não deci-mal como o atual.

ELES ACREDITAM No FIM

Tudo isso pode parecer estranho para quem cresceu numa cultura cristã, na qual temas como o fim do mundo e o retorno de Jesus apa-recem casualmente na igreja, mas nem todas as religiões acreditam, porém este tema vem de todas as partes: Astronomia, Geologia, Meio

Vinte e um de dezembro de 2012: essa é a data prevista no calendário Maia para o início do fim do mundo; catástrofes e colapsos na economia estão entre os itens da lista de eventos do último dia do Planeta Terra

Divulgação

ambiente, Tecnologia e Misticismo.Para cada um destes estudos exis-

te uma explicação para o mundo estar chegando à reta final. Os as-trônomos dizem que a colisão de um asteroide com a Terra poderia causar a destruição do modo de vida que conhecemos, como aconteceu há 65 milhões de anos na época que os dinossauros eram a espécie dominante. O aumento gradual da temperatura e do brilho do Sol tam-bém são preocupações. Os mistérios do universo assustam, estamos hoje em um canto tranquilo da Via Lác-tea, mas nada impede que no futuro alguma estrela passe de raspão só para tumultuar.

Estudos geológicos apontam que o risco para a biosfera da Terra re-presentado por supervulcões se as-semelha ao risco da queda de mete-oritos. E, análises de rochas indicam que o campo magnético da Terra, de vez em quando, some do mapa, diminuindo nossa proteção contra ameaças do espaço.

Porém a verdadeira preocupação atual é composta pelo que os olhos podem enxergar, o desastre ambien-tal. O homem não sabia a dimensão

exata do mal que estava fazendo ao planeta e agora está tentando repa-rar o erro que cometeu. Estamos presenciando a maior destruição em massa de plantas e animais. Colocar a natureza em risco também coloca a humanidade a mercê do desco-nhecido. Não é possível sobreviver sem oxigênio, o efeito estufa é im-portante para a vida na Terra, mas em excesso ele altera bruscamente as características do planeta, que já apresenta terremotos, tornados, tempestades e tsunamis mais devas-tadores e que atingem os mais va-riados lugares. O instinto destrutivo da humanidade é inegável: não é à toa que para toda nova tecnologia, encontram potenciais usos maléfi-cos. Armas químicas tem o poder de matar muita gente em pouco tempo e só existe porque foram fabricadas pelo homem. Cientistas podem criar em laboratórios vírus que podem colocar em risco grande parte da população mundial.

APoCALIPSE NAS TELAS

Com tudo isso que está ocorren-do no planeta pode-se acreditar que

o mundo vai acabar. Por meio de lendas e profecias, 2012 se transfor-mou em um ano mítico.

Aproveitando a situação, um es-túdio de Hollywood produziu um longa-metragem retratando uma possível catástrofe que seria causa-da por problemas climáticos, nele a cidade do Rio de Janeiro é apre-sentada como uma das principais vítimas. Além de outros filmes, livros, programas de televisão, do-cumentários, vídeos e comentários nas redes sociais, também fazem muito sucesso.

O seriado da Rede Globo chama-do “Como aproveitar o fim do mun-do” leva o telespectador a pensar o que faria se o mundo realmente fos-se acabar no dia 21 de dezembro de 2012, refletindo sobre a vida.

É possível que a mídia use esse tema para melhorar a audiência e venda dos produtos, mas também passa às pessoas um minuto de reflexão sobre os valores e ati-tudes que cada indivíduo toma a todo momento, fazendo uma retros-pectiva e um balanço quando algo chega ao fim, como acontece todo final de ano.

21www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 TECNOLOGIA

A Internet pode ser fonte confiável de pesquisaO número elevado de conteúdo e a diversidade de interações encontradas no ambiente online transformou o livro

tradicional em segunda opção para muitas pessoas. Apesar das vantagens, é preciso selecionar bem as informações

Na internet, muito do conteúdo esta sintetizado para

acelerar a leitura; por isso as pesquisas exigem consulta

a livros, sejam eles virtuais ou tradicionais. Neles há um

maior aprofundamento de determinado tema

Div

ulga

ção

Vitor Branco

Por reunir um número incalculável de informações,

que podem ser acessadas rapidamente de qualquer lugar do mundo, a internet se transformou em uma ferramenta de pesquisa muito utilizada nos últimos doze anos. Muitas pessoas já substituíram a consulta em livros físicos por essa ferramenta, prevista para se tornar a principal fonte de localização de conteúdo no futuro. Porém, junto desse elevado número de informações, existe o aumento nas chances de se deparar com informações incorretas, ou mal revisadas, aumentando assim as chances de erros na aprendizagem.

A evolução tecnológica dos últi-mos vinte anos fez com que novos paradigmas fossem criados, e o mais notório deles foi a nova ma-neira de compartilhamento do co-nhecimento, que o tornou mais am-plo. Informações dos quatro cantos do mundo podem ser acessadas de um único lugar e, principalmente, muito mais rápido. Com o aumento do número de usuários de internet, o meio virtual se tornou, hoje, um dos principais recursos para a realização de pesquisas e captação de informa-ções dos mais variados assuntos e formatos, trabalhando com vídeos e fotos, além da própria informação escrita. Dessa maneira, dispensan-do, por muitas vezes, a consulta de um livro.

Ao contrário do que muitos acre-ditam, a internet não é feita apenas de conteúdos falsos ou de pouco confiança: há sim, muitas informa-ções importantes, porém é preciso

saber onde e como localizá-las. Para que a busca aconteça de manei-ra rápida e com maior eficiência, é preciso trabalhar de forma regrada, prestando atenção a alguns aspectos durante a sua realização.

Ao começar uma busca por in-formações na internet, o primeiro passo, como acontece nas buscas em livros, é saber exatamente o que pretende achar, pois a internet en-contra as informações por meio de palavras chave que caracterizam o que está procurando, como os índi-ces encontrados em livros. Quanto mais palavras forem incluídas no mecanismo de busca, mais provável que a informação desejada apareça. Mas é preciso saber a grafia corre-ta do que se procura, pois, muitas vezes, escrever a palavra errada faz com que a pesquisa retorne informa-ções falsas. Na dúvida, consulte um dicionário. Sempre aproveite links fornecidos em sites que são consi-derados confiáveis, e que apresen-tam bons conteúdos, e que, normal-mente, ajudam a complementar à pesquisa.

Para que a pesquisa corra da me-lhor forma, não disperse, foque no trabalho que precisa fazer e busque apenas informações relevantes a ele. O ambiente virtual pode gerar muita distração, o que faz a qualidade do que está produzindo cair. Não fique acessando diversas informações ao mesmo tempo sem se concentrar em nenhum site, apenas copiar e colar o conteúdo no trabalho não propor-ciona os melhores resultados, nem em relação à nota, muito menos em relação a adquirir conhecimento.

Quando encontrar um texto interes-sante, leia-o atentamente até o final e procure entendê-lo, dessa forma, a informação será fixada.

É importante lembrar que na in-ternet muito do conteúdo esta sinte-tizado para acelerar a leitura, então,

sempre que possível e acreditar ser necessário, para aprofundar o que está buscando, procure os livros, virtuais ou tradicionais, pois lá as obras são apresentadas completas e com uma reflexão mais aprofundada feita pelo autor.

Sites bons para ajudar em pesquisasAqui você encontra uma seleção de sites conhecidos que po-

dem ajudar na hora de fazer um trabalho:Dicionário: michaelis.com.brDicionário Michaelis Online com verbetes.

Matemática:profcardy.comCom mais de dez anos de exis-tência, o site é um dos mais co-nhecidos para ajudar no estudo de matemática.

Física:fisica.com.brFocado principalmente em exer-cícios, o site traz dezenas de exemplos de questões do Enem 2009, já resolvidas. Ele também tem resumos dos principais con-teúdos do ensino médio, dividi-dos por série.

Biologia:scienceblogs.com.brO ScienceBlogs é uma rede com 22 blogs de professores universitários e pesquisadores. De forma simples, eles tratam de diversos assuntos científi-cos, especialmente os mais re-centes.

Química:brasilescola.com/quimicaO site tem um acervo gigante sobre a disciplina, com bons re-sumos sobre os mais complexos temas.

Geografia:sogeografia.com.brInterativo e divertido, além de muito conteúdo, o site traz curio-sidades, exercícios e provas on-line.

História:historiadomundo.com.brCom um extenso conteúdo sobre História, traz artigos e conteúdos separados e organizados por tó-picos.

Português:reformaortografica.comO site traz um guia completo das novas regras ortográficas da lín-gua portuguesa.

Trabalhos Científicos:scholar.google.com.brSite para busca de trabalhos aca-dêmicos.

22 www.unisa.br 23www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 SAÚDE Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 CRÔNICA

Divulgação

O moço das Rosas

Em meio ao congestionamento barulhento da cidade de São

Paulo, um vendedor de flores pe-rambula por entre os carros:

- Vai uma rosa aí, moço?Ele não vende doces, nem limpa

o para-brisas do carro, não se ar-risca a equilibrar laranjas na faixa de pedestres, nem distribui panfle-tos. O produto deste moço tem cheiro de poesia. Mas as pessoas, escondidas na lataria barulhen-ta do trânsito e na desconfiança de quem vê no próximo um po-tencial inimigo, não querem saber dele e nem sen-tem aquele chei-ro agradável das flores. Cada vez mais duros como o concreto que pa-vimenta a cidade, os protagonistas urbanos não compram delicadeza. De carro em carro, o moço se desi-lude. Mais um dia em que ninguém quer suas rosas. Janelas são fecha-das, caras sérias dizem não, mas o

moço da rosa continua oferecendo um jardim de possibilidades român-ticas.

Talvez ele tenha uma plantação de rosas no quintal de sua casa. Pode ser que o moço tenha nomes próprios para cada uma delas. Há

também grandes chances de que ele fique aguardando, ansioso, pela pri-mavera. Mas tudo isso é muito liris-mo, não é mesmo?

O mais provável é que ele use as rosas apenas para ganhar um dinhei-rinho, para complementar a renda,

para fazer da natureza um ganho. Porém essa última possibilidade é bem pouco singela.

A pergunta que fica para quem vê aquele moço desfilando pelas ruas com buquês de rosas nas mãos é: Será que ele consegue se sustentar

Cíntia Ferreira

Jéssica Viana

Música pode auxiliar no tratamento da depressãoEstudo comprova os efeitos da Musicoterapia no tratamento de quadros depressivos. A doença, que atinge cerca

de 120 milhões de pessoas, é o quinto maior problema de saúde pública do mundo

Estudo realizado pela Universidade da Finlândia mostra que aplicação da Musicoterapia em pacientes deprimidos

pode trazer mais resultados positivos que medicação

No cenário composto por bu-zinas dos veículos, pressa na

realização de tarefas diárias e sensa-ções de angústia, é possível escutar ao fundo o som musical que toma conta da cena. Nas salas dos consul-tórios particulares ou dos hospitais da cidade de São Paulo, os pacien-tes encontram momentos para ex-pressar os sentimentos, relaxar ou buscar alívio para as dores psicoló-gicas. Trata-se da aplicação da Mu-sicoterapia. A técnica que usa o som para combater o stress, ansiedade, dores crônicas, problemas neuro-lógicos e o autismo vem ganhando espaço também no tratamento da depressão.

Considerado o quinto maior pro-blema de saúde pública do mundo, a depressão atinge cerca de 120 mi-lhões de pessoas de ambos os sexos e em todas as faixas etárias – inclu-sive os bebês. Desse total, menos de 25% tem acesso a tratamentos efe-tivos, com antidepressivos e acom-panhamento psicológico. De acordo com o psiquiatra Ricardo Moreno, coordenador do grupo de doenças afetivas do Hospital das Clínicas de São Paulo, 15% a 20% da popula-ção brasileira deve apresentar pelo menos um episódio de depressão durante a vida. Quem sofre a pri-meira ocorrência tem 50% de chan-ce de reincidência. Após o segundo

episódio, a probabilidade da pessoa desenvolver a doença sobe para 70%.

A depressão pode ser explicada por uma queda nos níveis de sero-tonina e dopamina no cérebro, pois são esses neurotransmissores que fi-cam encarregados de manter o equi-líbrio emocional. Dependendo da intensidade da diminuição e dos ti-pos de neurotransmissores afetados, a doença se torna mais ou menos grave e pode levar o doente à morte.

Os especialistas no assunto classi-ficaram a depressão em três formas: a maior depressão, que combina sin-tomas como ansiedade, pessimismo, falta de energia para realizar ativi-dades, diminuição do desejo sexual, etc. Pode ocorrer uma única vez ou repetir-se durante a vida. A doença também pode desencadear distúr-bios de sono e de apetite, perda de memória, dores de cabeça, proble-mas digestivos e nos casos mais graves chegar ao suicídio.

Em meio a este cenário, a Mu-sicoterapia conquistou espaço nos hospitais e hoje é considerado um método determinante para a cura dos pacientes com sintomas de de-pressão. “A musicoterapia auxilia qualquer tipo de sinais de depres-são, porque ela trabalha no campo não verbal do individuo e dessa for-ma consegue promover mudanças

psicológicas e fisiológicas”, afirma a professora de Musicoterapia da Universidade de Santo Amaro, Wal-quíria Fonseca Duarte.

Um recente estudo realizado pela Universidade da Finlândia demons-tra que a aplicação da Musicotera-pia em pacientes deprimidos pode trazer mais resultados positivos que a medicação. Os responsáveis pela pesquisa acompanharam durante um ano 79 pessoas, com idade en-tre 18 e 50 anos que apresentavam diagnósticos de depressão. Para 33 participantes foram oferecidas sessões de Musicoterapia, além do habitual tratamento para a de-pressão. Os outros 46 receberam apenas o tratamento padrão, com antidepressivos, e cinco ou seis sessões de psicoterapia individual e psiquiátrica.

O tratamento musicoterapêuti-co consistiu em duas sessões de 60 minutos semanais. Os participantes de ambos os grupos foram acom-panhados e avaliados no terceiro e sexto mês quanto aos sintomas de depressão e ansiedade. Os pesqui-sadores constataram que depois de três meses os participantes tratados com a Musicoterapia demonstravam uma melhora superior aos daqueles que receberam somente o tratamen-to padrão.

A música está presente durante

todo o tratamento e é aplicada de forma receptiva aos pacientes, a uti-lização das melodias varia de pes-soa para a pessoa. “O estilo vai ser escolhido conforme o diagnóstico sonoro musical de cada paciente. Cada pessoa tem ou apresenta um diagnóstico musical diferente e é a partir daí que o terapeuta inicia os trabalhos”, salienta Walquíria.

O grau de musicalidade utilizado pelos musicoterapeutas provoca es-tímulos variados nos pacientes, de maneira que é formada uma troca de informações. Por exemplo, o pa-ciente que prefere tocar bateria ou escutar um rock, como o da banda Kiss, traz informações ao tratamen-to psicológico diferente daqueles que tem preferência pelo estilo de música erudita, ou daquele que está habituado a escutar estilos de músicas cujas letras retratam a melancolia vivida. A partir desse primeiro diagnóstico, os cuidados começam.

O tratamento realizado com vá-rios tipos de sons e estímulos ajuda o paciente a sanar algumas carac-terísticas encontradas em todos os diagnósticos de depressão, como o embotamento afetivo, dificuldades em dialogar e relacionar-se com outras pessoas e, principalmente, saber conviver e compreender os sentimentos e medos.

vendendo flores?Veja bem, não é cinismo, nem

falta de romantismo, mas rosas murcham e as pessoas atualmente não tem muita paciência com esse negócio de delicadeza. Até mesmo os namorados estão trocando o pre-

sente simbólico do buquê de rosas pelos Iphones e Ipads da vida. As mulheres já não gostam tanto assim de ganhar flores nas datas especiais.

No entanto, ele está lá, teimosa-mente, vendendo poesia à uma ci-

dade sem sonhos. Talvez, por isso mesmo o moço da rosa continue, na esperança de que o produto que oferece cha-me atenção deste ou daquele outro. Quem sabe um dia, as pessoas abram um pouco mais o vidro das janelas e digam:

- Me vê um pacote de rosas, moço. Lembrei que tem alguém que amo e quero um sorriso hoje!

Enquanto isso não acontece, o vendedor está lá, no trânsito, com-petindo com as buzinas, limpadores de para-brisas e malabaristas, pen-sando que a maior das concorrên-cias é mesmo a aparente frieza de uma São Paulo sem flores.

24www.unisa.br

Central de Notícias / 6ª Edição / Dezembro de 2012 RETROSPECTIVA 2012

Trabalho beneficenteCom doação de mais de uma

tonelada em alimentos não perecíveis e 208 peças de roupas, a Unisa aderiu pelo 3º ano consecuti-vo a campanha do Trote Solidário, em 2012.

A fim de incentivar calouros e veteranos a exercerem o papel so-cial, diminuindo a prática do trote violento, os alunos participam de uma gincana de arrecadação de ali-mentos. Cada doação gerava pontos e os calouros do curso que somaram mais pontos foram premiados.

Na campanha, o curso que mais arrecadou foi o de Odontologia, que

ganhou como prêmio o transporte para a Interodonto, competição es-portiva do curso.

A cerimônia de entrega dos ali-mentos foi realizada no dia 5 de julho, no Campus I da Unisa, com a presença de alunos, mem-bros do DCE (Diretório Central dos Estudantes) e dos professores Arthur Marcien e Denise Tofik, representando a reitoria da uni-versidade.

As instituições beneficiadas fo-ram: Associação Fraternidade dos Humildes (AEFH) e Ação Solidá-ria Adventista (ASA).

Div

ulga

ção

/ Uni

sa

Arrecadação de alimentos foi atividade de 2012 do Trote Solidário

Deputado Federal assiste TCCA Agência Experimental F5

Comunicação realizou uma apresentação especial do seu Traba-lho de Conclusão de Curso (TCC) ao deputado federal Walter Feldman. O projeto experimental, realizado em 2011 pelas alunas do curso de Re-lações Públicas, foi desenvolvido para o Clube Escola Joerg Bruder, localizado em Santo Amaro.

Walter Feldman, ex-secretário da Secretaria de Esportes e Lazer da Cidade de São Paulo, é um dos ide-alizadores do projeto, que tem como

objetivo oferecer atividades espor-tivas, recreativas e de lazer fora do horário regular das aulas.

Após a apresentação, Feldman solicitou uma cópia do trabalho para encaminhar ao departamento res-ponsável pela entidade para análise de aplicação das propostas feitas. A F5 Comunicação é composta pelas ex-alunas Bruna Nicolini, Gabrie-la do Prado, Juliana Farias, Juliana Rodrigues, Mariane Valentim, Mar-jorie Godoy, Monique Soares e Pau-la Rabelo.

Divulgação / U

nisa

Walter Feldman visitou a Unisa, em 2012, para assistir apresentação

Alunos no ParaguaiAs estudantes do curso de

Biomedicina da Unisa, Jés-sica Silva e Tatiane Hauenstein, via-jaram à comunidade de São Pedro do Icuamandiju, no Paraguai. Elas participaram do projeto “Vidas em Ação”, que tem por objetivo assistir populações carentes na área da saú-de. Entre os dias 5 e 23 de janeiro, elas coletaram amostras biológicas para pesquisas sobre os pequenos povoados.

Ensinando a empreender

A Unisa e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Em-

presas de São Paulo (SEBRAE-SP) assinaram um manifesto de coo-peração, licenciando a universida-de para ministrar cursos de Gestão Empresarial com a marca. Os cur-sos levam conhecimentos importan-tes às micros e pequenas empresas, resultando na melhoria da sociedade empresarial da região.

Boa avaliação no Guia do Estudante

Em 2012, nove cursos presen-ciais de graduação da Unisa

foram premiados com a certifica-ção do Guia do Estudante/Melhores Universidades, realizado anualmen-te pela Editora Abril.

Participando há sete anos da certificação, a Unisa recebeu boas classificações dos cursos de Ad-ministração, Ciências Biológicas,

Biomedicina, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Fisioterapia, Rádio e TV e Serviço Social, todos contemplados com três estrelas de qualificação.

O Guia do Estudante/Melhores Universidades, que completou sua 8ª edição, é um dos classificadores de instituições e cursos mais respei-tados do País.

Unisa na JovemPam AM

Denise, no programa da Rádio

Divulgação / U

nisa

reFleXÕes

“É o meu último semestre na Unisa, o meu coração já está apertado por deixar de ver os colegas todos os dias e ansiosa

para dar início a uma nova etapa na minha vida”.

Nayara de Lima Silva, 10º Semestre de Psicologia

“Mais um semestre chegando ao fim. As

responsabilidades e trabalhos só

vão aumentando quando está

próximo de concluir o curso”.

Marcos, 2º Semestre de

Comércio Exterior

“Minha maior vitória foi ter

ganhado o prêmio de iniciação

científica pela Universidade de

Santo Amaro, em 2012”.

Jéssica Magno, Aluna do

curso de veterinária

No dia 02 de junho de 2012, a professora Denise Canal, do

curso de Sistema de Informação da Universidade de Santo Amaro, par-ticipou de uma entrevista no progra-ma “No Mundo da Bola”, na Jovem Pan AM. O jornalista Flávio Prado conversou com Denise sobre o im-pacto dos jogos eletrônicos violen-tos no comportamento da criança e do adolescente.