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CENÁRIO ECONÔMICO E SOCIAL SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas UGE – Unidade de Gestão Estratégica NEP – Núcleo de Estudos e Pesquisas Junho de 2013.

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SSEEBBRRAAEE –– SSeerrvviiççoo BBrraassii lleeiirroo ddee AAppooiioo ààss MMiiccrroo ee PPeeqquueennaass EEmmpprreessaass UUGGEE –– UUnniiddaaddee ddee GGeessttããoo EEssttrraattééggiiccaa NNEEPP –– NNúúcclleeoo ddee EEssttuuddooss ee PPeessqquuiissaass JJuunnhhoo ddee 22001133..

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UGE/NA - NEP 2/22

2013. © Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequ enas Empresas – Sebrae

Todos os direitos reservados

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

constitui violação aos direitos autorais (Lei n° 9. 610).

Informações e contatos

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae

Unidade de Capacitação Empresarial – UCE

SGAS 605 – Conj. A – Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70200-645.

Telefone: (61) 3348-7461

Site: www.sebrae.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo

Roberto Simões

Diretor Presidente

Luiz Barretto

Diretor Técnico

Carlos Alberto dos Santos

Diretor de Administração e Finanças

José Cláudio dos Santos

Unidade de Gestão Estratégica

Gerente

Pio Cortizo

Elaboração e Execução:

Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional – Núcleo de Estudos e Pesquisas

Paulo Jorge de Paiva Fonseca (coordenação técnica)

Rafael de Farias Moreira

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UGE/NA - NEP 3/22

Sumário

Objetivo .................................................................................................. 4

Metodologia ............................................................................................ 4

Economia Internacional ........................................................................... 5

Economia brasileira ................................................................................. 8

Oportunidades para as MPE .................................................................. 19

Conclusão .............................................................................................. 20

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UGE/NA - NEP 4/22

Objetivo

O presente trabalho nasce da necessidade de se elaborar e manter atualizado

um cenário de longo prazo para as micro e pequenas empresas vis-à-vis a conjuntura

macroeconômica brasileira e internacional, com o objetivo de subsidiar a

elaboração/revisão do Plano Plurianual do sistema SEBRAE e a conseqüente

definição de ações estratégicas junto a essas empresas, identificando riscos,

oportunidades de melhorias e possibilidade de desenvolvimento de novos programas,

produtos e cursos/treinamentos.

Metodologia

Este cenário se balizou em dados/informações obtidas em fontes secundárias

(IBGE, BACEN, IPEA, MTE, FGV, CNI etc), que disponibilizam, periodicamente, dados

sobre importantes variáveis macroeconômicas.

Para efeito de projeção das variáveis macroeconômicas brasileiras, como

inflação, câmbio, meta da taxa Selic e PIB, foram consideradas as expectativas dos

analistas de mercado (mediana), disponibilizadas no site do Banco Central do Brasil.

Para as variáveis macroeconômicas de outros países/blocos econômicos, como o PIB,

por exemplo, foram utilizadas as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Este trabalho apresenta um cenário único (mais provável), de longo prazo, para

as MPE e sua atualização é trimestral, ocorrendo nos meses de março, junho,

setembro e dezembro.

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UGE/NA - NEP 5/22

Economia Internacional

Segundo o Departamento de Comércio do governo norte-americano, o PIB dos

Estados Unidos cresceu a uma taxa anual de 2,4% no primeiro trimestre de 2013,

puxado pelas despesas dos consumidores, que registraram alta de 3,4% e

representam mais de dois terços desse indicador. O desempenho poderia ter sido

melhor, não fossem a queda dos gastos do governo e o menor ritmo de encomendas

de empresas não agrícolas.

A economia norte-americana cresce a quinze trimestres consecutivos, mas a taxa

média, pouco acima de 2,0%, está aquém dos níveis históricos.

Pode-se afirmar, no entanto, que os fundamentos econômicos da economia americana

continuam relativamente sólidos, considerando que o seu sistema financeiro

conseguiu recuperar sua integridade em ritmo mais acelerado do que outras

economias avançadas, atingidas pela crise de 2008, e que seu mercado de trabalho

também vem apresentando recuperação, embora em ritmo moderado. Em abril, a taxa

de desemprego no país atingiu 7,5%, a menor dos últimos quatro anos.

Não obstante esses aspectos positivos, o governo norte-americano ainda convive com

o chamado “sequestro fiscal”, em vigor desde março deste ano e que irá perdurar até

setembro próximo, representando corte no orçamento público da ordem de US$ 85

bilhões. Ainda assim, a dívida pública do país seguirá em alta, devendo comprometer

cerca de 108% do PIB, até o final do ano, segundo previsões do FMI.

Percebe-se, dessa forma, que a economia dos Estados Unidos continuará a enfrentar

sérios problemas nos próximos anos, mais especificamente do lado fiscal, muito

embora venha mostrando sinais de recuperação em relação à crise vivenciada em

2008 e 2009.

A Zona do Euro, por sua vez, consolida processo de recessão pelo sexto trimestre

consecutivo, com a queda do PIB em 0,2%, no primeiro trimestre de 2013. A

Alemanha, maior economia do bloco, registrou alta de apenas 0,1% nesse indicador,

nos primeiros três meses do ano, após ter fechado 2012 com retração 0,7%. Já o PIB

1,9

-0,3

-3,1

2,41,8

2,2 1,9

3 2,9

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2018*

Fonte: FMI (relatório abril/13)* Projeções

Evolução do PIB dos EUA (em %)

89,1%

98,2%102,5%

106,5%108,1%109,2%106,70%

2009 2010 2011 2012* 2013* 2014* 2018*

Dívida EUA (% PIB)

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UGE/NA - NEP 6/22

da França, segunda maior economia da região, caiu 0,2% no primeiro trimestre de

2013, repetindo o desempenho negativo observado no último trimestre de 2012, o que

fez com que o país entrasse oficialmente em recessão.

O desemprego na Zona do Euro bateu novo recorde, atingindo 12,2% em abril deste

ano, sendo que, na Espanha, esse indicador chegou a 26,8%. O índice de jovens

desempregados atingiu 24,4%.

O mau desempenho do primeiro trimestre deste ano, aliado à queda da inflação,

contribuiu para que o Banco Central Europeu (BCE) reduzisse a taxa de juros básica,

de 0,75% para 0,50% ao ano. Além disso, o BCE também tem dilatado os prazos para

aplicação das medidas de austeridade e redução do déficit público, em países como

Espanha, Itália, Grécia e França, para incentivar o crescimento das economias desses

países.

Para 2013, a previsão é de queda de 0,3% no PIB da Zona do Euro, voltando a

registrar taxa positiva só em 2014, segundo o FMI. Assim, fica evidente que a

recuperação da região ainda demandará alguns anos.

A economia chinesa cresceu 7,7% no primeiro trimestre de 2013, ficando abaixo das

expectativas de analistas, que esperavam alta em torno de 8,0% do PIB daquele país.

Esse resultado situou-se 0,2 pontos percentuais abaixo do registrado no último

trimestre de 2012 e confirma o processo de desaceleração por que vem passando a

economia da China, apesar de ainda estar acima do compromisso assumido pelo

governo local (aumento de 7,5% do PIB, para todo o ano de 2013).

As vendas a varejo, principal indicador do consumo, registraram aumento de 14,4%.

As autoridades chinesas estão se esforçando para que o modelo econômico do país,

muito dependente, nas últimas décadas, do comércio externo e dos investimentos

públicos, fique mais centrado no consumo interno.

1,7

%

-1,2

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2007

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201

3*

201

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Fonte: Eurostat * Projeções

Previsão para crescimento do PIB (em %)Itália Portugal França

Alemanha Espanha Zona do Euro

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UGE/NA - NEP 7/22

Segundo projeções do FMI, o PIB de importantes países, como Estados Unidos e

China, por exemplo, deve apresentar taxas modestas de crescimento nos próximos

anos. Inclusive, dentre os BRIC, o Brasil é o que deve registrar menor taxa de

crescimento do PIB, em 2013.

Assim, esse cenário externo conturbado (lenta recuperação da economia dos EUA,

continuidade da crise europeia e desaceleração da economia chinesa) pouco

beneficiará o Brasil, principalmente, no tocante às exportações. Inclusive, para agravar

a situação, deverá a China redirecionar boa parte de suas exportações para países

emergentes, incluindo o Brasil, acirrando ainda mais a concorrência com as empresas

brasileiras, tanto no mercado interno brasileiro como no mercado internacional.

Resumo da economia internacional:

• Recuperação lenta e gradual da economia dos Estados Unidos.

• Frágil situação da Zona do Euro, fazendo com que o PIB da região feche 2013

com taxa negativa, voltando a se recuperar somente em 2014.

• Desaceleração do ritmo de crescimento da economia chinesa, com reflexos na

economia global, contribui para deprimir os preços das commodities,

principalmente, minerais e metálicas.

• Com a retração dos mercados globais, a China tende a direcionar maior

quantidade de seus produtos para países emergentes, como o Brasil, acirrando

ainda mais a concorrência como os produtos nacionais, interna e

externamente.

• Cenário internacional pouco contribuirá com a economia brasileira,

principalmente, no que tange às exportações e preço das commodities.

-10

-5

0

5

10

15

20

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2018*

Fonte: Relatório FMI - abril/13* Projeções

Crescimento do PIB (em % a.a.)

China

Brasil

Rússia

Índia

EUA

Zona do Euro

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UGE/NA - NEP 8/22

Economia brasileira

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento de 0,6% no primeiro

trimestre de 2013, frustrando expectativas de analistas do mercado financeiro, que

esperavam alta entre 0,8% e 1,0%. Fato positivo, no entanto, foi constatar que esse

crescimento foi puxado pela Formação Bruta de Capital Fixo, com alta de 4,6%, que

representa, grosso modo, os investimentos no país.

Já o Consumo das Famílias, que vinha sustentando o crescimento do PIB nos

trimestres anteriores, pelo lado da demanda agregada, computou alta de apenas

0,1%, reflexo do elevado nível de endividamento da população e da inadimplência,

como já comentado nas análises anteriores. As importações experimentaram

expressiva elevação, de 6,3%, enquanto as exportações registraram queda também

expressiva, de 6,4%, mostrando que a concorrência interna, com produtos importados,

e no mercado externo, está bastante acirrada.

Pela ótica da oferta, a grande responsável pelo crescimento do PIB foi a Agropecuária,

com alta de 9,7%. Os Serviços contribuíram menos, com elevação de apenas 0,5%,

impulsionados pelas atividades de Administração, saúde e educação pública (+0,8%),

Atividades imobiliárias e aluguel (+0,7%) e Comércio (+0,6%). Já a Indústria como um

todo amargou retração de 0,3%, puxada pela Extrativa Mineral (-2,1%). Destaque-se,

no entanto, que a Indústria de Transformação computou elevação de 0,3%. Apesar do

baixo percentual, o fato pode ser considerado positivo, pois mostra processo de

recuperação desse importante setor econômico.

Segundo o IBGE, a produção industrial de abril deste ano registrou alta de 1,8% sobre

março, o que confirma o processo de recuperação desse setor, uma vez que, em

fevereiro, havia experimentado queda de 2,4% e alta de 0,7%, em março.

A margem de lucro do setor industrial também vem se recuperando, como reflexo da

redução dos custos, que fecharam o primeiro trimestre deste ano com expansão de

5,8%, em relação a igual período de 2012, e aumento de 7,6% dos preços dos

produtos manufaturados, no mesmo comparativo.

9,7%

-0,3%

0,5%

0,6%

0,1%

0,0%

4,6%

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Agropecuária

Indústria

Serviços

Consumo Famílias

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Fonte: IBGE

Gráfico 1: Crescimento do PIB (em %), com ajuste sazonal(1º Trim. 2013/4º Trim. 2012)

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UGE/NA - NEP 9/22

Com isso, abre-se importante espaço para realização de investimentos em inovação

(processos e produtos), com vistas ao aumento da competitividade, principalmente,

frente aos produtos importados.

Decompondo-se a produção industrial por ramo de atividade, focando os que

concentram pequenos negócios, percebe-se que a maioria deles vem apresentando

crescimento da produção, em relação ao período pré-crise de 2009, podendo-se

destacar o de Máquinas e equipamentos; Perfumarias, sabões, detergentes e produtos

de limpeza e o Mobiliário. A situação ainda permanece relativamente delicada para a

indústria Têxtil e Vestuário e Acessórios.

A seguir, podem ser visualizadas as projeções para a Indústria, Comércio e Serviços,

elaboradas por empresa especializada na elaboração de cenários macroeconômicos.

130,99 131,45129,14

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100

110

120

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13

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13

Fonte: IBGE

Desempenho da produção industrial (média de 2002 = 100)

112,3 112,19107,89

82,1888,1583,39

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126,37

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jan

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abr/

13

Fonte: IBGE

Evolução da Produção industrial, por ramo(média 2002 = 100)

Alimentos

Têxtil

Vestuário e acessórios

Calçados e artigos de couro

Perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpezaMáquinas e equipamentos

Mobiliário

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UGE/NA - NEP 10/22

Diante desses resultados, analistas do mercado financeiro prospectam crescimento de

2,5% para o PIB em 2013, e entre 3,0% e 3,5%, nos próximos quatro anos.

CÂMBIO

Após registrar desvalorização, de março a novembro de 2012, em relação a 2011, a

taxa de câmbio, no início deste ano, voltou a oscilar entre R$ 1,90 e R$ 2,05. Porém,

desde maio, vem se situando na faixa entre R$ 2,10 e R$ 2,15, o que tende a

pressionar os custos dos segmentos industriais que utilizam insumos importados,

como a indústria química, por exemplo. Por outro lado, o câmbio mais desvalorizado

age no sentido de aumentar a competitividade da indústria nacional (não importadora

de insumos), em função do encarecimento do produto importado.

3,1 2,8

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Fonte: LCA Soluções Estratégicas em economia

Crescimento (%) da Produção Industrial brasileira(série histórica e projeções)

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9,7 9,1

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20

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Fonte: LCA Soluções Estratégicas em economia

Crescimento (%) do Comércio Varejista(série histórica e projeções)

3,74,2

6,1

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3,4 3,4 3,7 3,5

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dia

20

16

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%

Fonte: LCA Soluções Estratégicas em economia

Crescimento (%) do PIB Serviços(série histórica e projeções)

2,2%

3,4%

0,0%

3,0%

4,3%

1,3%

2,7%

1,1%

5,7%

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*

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*

20

15

*

20

16

*

20

17

*

Fonte: IBGE* Projeções: BACEN - Boletim Focus (14.06.2013)

Evolução do PIB (em %)

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UGE/NA - NEP 11/22

Porém, objetivando conter a “volatilidade” do câmbio, o governo zerou a alíquota de

IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que incidia sobre operações em renda

fixa, para investidores estrangeiros.

Com o ganho de competitividade, a indústria poderá recuperar fatias de mercado

perdidas para os produtos importados. Ressalte-se, no entanto, que, apesar do

câmbio favorável, a concorrência com os importados deverá continuar acirrada,

exigindo dos empresários constantes investimentos, principalmente, em inovação, com

vistas a buscarem melhoria de processos e diferenciação/diversificação de seus

produtos, obtendo, assim, maior competitividade.

INFLAÇÃO

Segundo o IBGE, o IPCA acumulado nos doze últimos meses até maio de 2013 ficou

em 6,50%, atingindo o teto da meta de inflação.

Esse índice de inflação continua sendo puxado pelos grupos “Alimentação e Bebidas”

(+13,53%), em função de quebras de safras, por fatores climáticos, e “Despesas

pessoais” (+8,77%), como pode ser observado no gráfico, a seguir.

Entretanto, para este ano a perspectiva é de que a “inflação dos alimentos” se reduza

com a previsão de safra recorde. Já o comportamento dos preços dos subitens que

1,5

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0

2,0

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Fonte: BACEN

Taxa de câmbio - dólar compra, fim do período

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2,66 4,61

6,40

1,48

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Com

unic

ação

Fonte: IBGE

IPCA - taxa (%) acumulada em 12 meses até maio/2013, por subitem

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UGE/NA - NEP 12/22

compõem o grupo “Despesas pessoais” sofre grande influência da massa salarial

(emprego e renda), que tende a arrefecer até o final do ano, dada a perspectiva de

reajustes reais de salários cada vez menores.

Com o objetivo de conter a inflação, o Comitê de Política Monetária do Banco Central

(COPOM) elevou, em maio, pela segunda vez consecutiva neste ano, a taxa básica de

juros (Selic), de 7,50% ao ano para 8,00% ao ano.

Apesar de o IPCA acumulado em 12 meses ter atingido, em maio, o teto da meta de

inflação, a expectativa dos analistas do mercado financeiro, segundo o Boletim Focus

do Banco Central, é de que o índice feche 2013 e 2014 em nível praticamente igual ao

registrado em 2012, reduzindo-se pouco mais em 2015 e 2016, mas situando-se

sempre acima da meta (4,5%), nos próximos quatro anos.

7,31

5,244,92

6,50

12,50

7,25 7,50 8,00

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

jan

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em

% a

.a.

Fonte: IBGE e Bacen

Inflação (IPCA acum. 12 meses) X Taxas de juros (Selic)

IPCA (acum. 12 meses)

Taxa Selic

4,31%

5,91%

6,50%

5,84% 5,83% 5,80%5,50%

5,20%5,30%

2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* 2016* 2017*

Fonte: IBGE* Projeções: Bacen - Boletim Focus de 14.06.13

IPCA - Variação anual (%)

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UGE/NA - NEP 13/22

EMPREGO E RENDA

Os aumentos reais da renda da população e o crescimento sistemático do emprego no

país, puxado pelos pequenos negócios, vinham contribuindo para a elevação do

Consumo das Famílias, nos últimos anos, sustentando a alta do PIB. Entretanto, essa

contribuição do Consumo das Famílias no crescimento do PIB vem-se reduzindo,

como ficou comprovado com a divulgação do PIB do primeiro trimestre de 2013, em

função dos elevados níveis de endividamento e inadimplência da população.

Percebe-se também, pelo gráfico abaixo, que a quantidade de pessoas ocupadas vem

caindo, desde dezembro do ano passado, e o rendimento médio real das pessoas

ocupadas, este ano, ainda não alavancou em relação ao segundo semestre de 2012.

Com isso, a contribuição da massa salarial no crescimento da economia brasileira

tende a ser cada vez menor, o que mostra certo esgotamento do modelo de

crescimento do PIB, baseado no consumo.

Inclusive, o próprio salário mínimo vem sofrendo (e sofrerá até 2014) reajustes reais

cada vez menores: de 7,5% em 2012, de 2,7%, em 2013, e de 0,9%, em 2014, pela

política vigente, que considera a taxa de crescimento do PIB de dois anos atrás e a

inflação do ano anterior.

Fato positivo foi constatar que houve migração de 32 milhões de consumidores, das

classes D/E para a classe C, entre 2003 e 2011, o que fez com que os consumidores

desta classe passassem a representar mais da metade da população (54%). O

crescimento foi substancial, considerando que, em 2003, representavam apenas 37%

do total. A continuar esse ritmo, a perspectiva é de que, em 2014, a classe C passe a

representar 58% do total de consumidores, com a migração de mais 15 milhões de

pessoas, provenientes das classes D/E.

1500

1600

1700

1800

1900

2000

2100

2200

2300

2400

2500

21200

21700

22200

22700

23200

jan

/10

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(e

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Fonte: IBGEObs.: Os dados se referem a pessoas com 10 anos ou mais ocupadas e ao rendimento médio nominal referentes às regiões metropolitanas das cidades de Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre.

Pessoas ocupadas X Rendimento médio realPessoas Ocupadas (em mil) - eixo da esquerda

Rendimento médio real das PO - eixo da direita

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UGE/NA - NEP 14/22

Apesar dessas estimativas otimistas para o crescimento da classe “C”, o menor ritmo

de elevação da massa salarial (renda + emprego) pode anular, parcialmente, o efeito

positivo que o aumento da classe “C” venha a causar na economia.

TAXAS DE JUROS E CRÉDITO

Com o propósito de criar condições favoráveis ao aumento do consumo interno, o

Comitê de Política Econômica do Banco Central (COPOM), em outubro de 2012,

reduziu a taxa básica de juros (Selic) da economia, de 7,50% a.a. para 7,25% a.a.,

mantendo-a inalterada até março de 2013 (menor nível da série histórica). Entretanto,

como a inflação, medida pelo IPCA, tem se mostrado crescente e resistente, o

COPOM, na sua última reunião em maio deste ano, decidiu elevar a taxa Selic, de

7,50% ao ano para 8,00% ao ano.

Em relação ao crédito, percebe-se que o volume de crédito para capital de giro

continua crescente, porém, em ritmo menor que o volume de crédito pessoal.

0

40

80

120

160

200

2003 2011 2014

9664

49

66 105118

1323 29

em

milh

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sso

as

Fonte: Centro de Políticas Sociais (FGV)

Mudança na configuração das classes sociaisA e B: acima de R$ 7.475,00C: de R$ 1.734,01 a R$ 7.475,00D e E: até R$ 1.734,00

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

55,0

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

jan/10

Fev

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Fev

Mar

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Dez

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Maio

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Nov

Dez

jan/13

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maio

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Fonte: Bacen

Volume de Crédito (CG e CP) X respectivas Taxas de juros X SelicCG (Capital Giro - volume R$ milhões) CP (Crédito Pessoal - volume R$ milhões)

Tx. Juros CG (% a.m.) Tx. Juros CP (% a.m.)

Selic (% a.a.)

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UGE/NA - NEP 15/22

O menor ritmo de crescimento do capital de giro certamente está associado à maior

seletividade no processo de concessão de crédito por parte das instituições

financeiras, dado o elevado nível de inadimplência.

Ressalte-se, inclusive, que esse cenário de elevado nível de endividamento e de

inadimplência tende a comprometer a capacidade de endividamento da população,

anulando, em parte, as medidas governamentais de incentivo ao consumo, visando

crescimento maior do PIB, como, por exemplo, as reduções do IOF, nas operações de

crédito, e do IPI sobre automóveis e eletrodomésticos.

O volume de crédito direcionado para microempreendedores, pelo sistema financeiro,

também cresceu de forma significativa nos últimos anos, ficando pouco abaixo dos

R$ 3,0 bilhões, mas vem se estabilizando nesse patamar, desde novembro do ano

passado, como mostrado no gráfico a seguir:

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

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15

20

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55

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Fontes: Bacen (endividamento) e Serasa (Inadimplência)

Endividamento X Inadimplência

Endividamento (eixo da esquerda)

Inadimplência (eixo da direita)

2.9

77

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11

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2

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2

nov/

12

jan/

13

mar

/13

Fonte: Bacen

Microcrédito - Aplicações totais em R$ milhões(Direcionamento de depósito à vista - microempreende dor)

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UGE/NA - NEP 16/22

Segundo o Boletim Focus do Banco Central, analistas do mercado financeiro

prospectam aumento da taxa básica de juros (Selic), que deve se situar em 9,00%, no

período de 2013 a 2016, só voltando ao patamar de 8,50%, em 2017.

POLÍTICA FISCAL

Para tentar minimizar as dificuldades enfrentadas pelo setor industrial e proporcionar

maior competitividade às empresas do setor, o Governo lançou, em agosto de 2011, o

Plano Brasil Maior (PBM), focando mais especificamente os setores que vinham

enfrentando forte concorrência com os produtos importados.

Uma das principais medidas contempladas no PBM foi a desoneração da folha de

salários com a substituição da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a

folha de pagamento, por uma alíquota de 1,0% ou 2,0% sobre o faturamento das

empresas, dependendo do setor. Atualmente, 42 setores se beneficiam dessa medida:

13,75%

8,75%

10,75%11,50%

7,25%

9,00% 9,00% 9,00% 9,00%8,50%

6,00%

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10,00%

12,00%

14,00%

2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* 2016* 2017*

Fonte: Bacen*Projeções analistas financeiros - Boletim Focus (14.06.13)

Taxa Selic - Projeções

> Construção Civil > Equip. médicos e odontológicos > Call Centers

> Bens de Capital (mecânico) > Bicicletas > Design houses

> Material elétrico > Pneus e câmaras de ar > Hotéis

> Couro e calçados > Papel e celulose > TI e TIC

> Têxteis > Vidros > Suporte técnico de informática

> Confecções > Fogões, refrigeradores e lavadoras > Manutenção e reparação de aviões

> Plásticos > Cerâmicas

> Móveis > Pedras e rochas ornamentais

> Fabricação de aviões > Tintas e vernizes > Aéreo

> Fabricação de navios > Construção metálica > Marítimo, fluvial e navegação de apoio

> Fabricação de ônibus > Equip. ferroviário

> Aves, suínos e derivados > Fabricação de ferramentas

> Pescado > Fabricação de forjados de aço

> Pães e massas > Parafusos, porcas e trefilados > Vajerista

> Fármacos e medicamentos > Brinquedos

> Autopeças > Instrumentos óticos

Fonte: Ministério da Fa zenda

Transportes

Comércio

42 setores beneficiados com a desoneração fiscal sobre a folha de pagamento

> Rodoviário coletivo

Indústria Serviços

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UGE/NA - NEP 17/22

No início de 2013, o governo anunciou mais duas medidas de desoneração fiscal, que

entram em vigor a partir de 2014 (MP 612) e que têm por finalidade aumentar a

competitividade das empresas brasileiras. São elas: a) Elevação do limite de

faturamento das empresas que são tributadas no sistema de lucro presumido (de

R$ 48 milhões para R$ 72 milhões), e b) Desoneração da contribuição patronal sobre

a folha de pagamento para mais 14 setores.

Além disso, o governo manteve, até o final de 2013, o IPI reduzido para veículos de

até 2.000 cilindradas e comerciais leves, beneficiando toda a cadeia do setor

automotivo, que representa cerca de 20% do PIB industrial, incluindo as autopeças.

Com as medidas que vem sendo implementadas, prevê-se desoneração fiscal da

ordem de R$ 70,1 bilhões em 2013 e de R$ 88 bilhões em 2014.

Embora as desonerações fiscais ora em curso tenham por objetivo garantir maior

competitividade às empresas brasileiras, devem comprometer a “meta cheia” de

superávit primário, de 3,1% do PIB, equivalente a R$ 155,9 bilhões (LDO - Lei de

Diretrizes Orçamentárias para 2013).

Em abril deste ano, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 10,3

bilhões, acumulando superávit no ano de R$ 41,1 bilhões, equivalente a 1,63 ponto

percentual do PIB.

Entretanto, para cumprir a “meta cheia” de superávit primário definida para 2013, é

bem provável que o governo venha a abater dessa meta os investimentos do

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no valor de R$ 45,2 bilhões, e ainda

R$ 20 bilhões das desonerações fiscais.

0 5 10 15 20 25

Reintegra

IOF pessoa física

Cesta básica

IPI

Simples

Cide

ICMS, PIS-Cofins e outros

Desoneração de folha

1,14

3

5,5

5,6

6,3

11,4

12,8

16

3

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7,1

6,5

11,4

25

24

Fonte: Ministério da Fazenda

Desonerações fiscais - em R$ bilhões

Renúncia em 2014 Renúncia em 2013

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UGE/NA - NEP 18/22

Resumo do cenário nacional:

• Taxa básica de juros (Selic) continuará sendo elevada, devendo fechar 2013,

2014, 2015 e 2016, em 9,00%. Somente em 2017, deve retornar ao patamar de

8,50% ao ano.

• Crédito permanece em ascensão, mas em ritmo moderado, em função do

elevado nível de endividamento e inadimplência da população e das empresas,

o que tem provocado maior seletividade, por parte dos bancos, na concessão

do crédito.

• Inflação (IPCA), embora tenha atingido o teto da meta (6,50%), em maio, deve

fechar 2013 e 2014, praticamente, no mesmo nível de 2012 (em torno de

5,80% a.a.).

• Meta cheia de superávit primário não deve ser atingida em 2013, em função

das desonerações fiscais e aumento dos gastos públicos.

• Taxa de câmbio (RS/US$) tende a continuar desvalorizada, situando-se pouco

acima de R$ 2,10 em 2013, o que tende a pressionar a inflação.

• Investimentos devem continuar puxando o crescimento do PIB, neste e nos

próximos anos, com menor participação do Consumo das famílias, tendo em

vista o elevado nível de endividamento e inadimplência da população.

• Pela ótica da oferta (produção), o setor de Serviços, que inclui o Comércio,

continuará a dar sustentação ao PIB do país nos próximos anos, com ligeira

recuperação da Indústria.

• Desoneração (INSS) sobre folha de pagamento para 42 setores, a ser

ampliada em mais 14 setores, a partir de 2014, somada à redução das tarifas

de energia elétrica tendem a minimizar os custos de produção das empresas

brasileiras, aumentando suas competitividades frente a produtos importados.

• Analistas do mercado financeiro prospectam elevação de 2,5% para o PIB em

2013, devendo registrar taxas pouco maiores nos próximos anos.

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UGE/NA - NEP 19/22

Oportunidades para as MPE

Neste ano e nos próximos, a ocorrência de importantes eventos proporcionará

grandes oportunidades para os pequenos negócios.

Pode-se destacar a Copa das Confederações, em junho de 2013, a Copa do Mundo

de Futebol, em junho de 2014, e os Jogos Olímpicos, que serão realizados na cidade

do Rio de Janeiro, em 2016. Só o impacto da Copa do Mundo na economia brasileira,

por exemplo, está estimado em R$ 142 bilhões (Ernst & Young, 2010).

Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Sebrae aponta que a

Copa do Mundo tende a beneficiar, mais diretamente, nove setores, por conta dos

investimentos antes, durante e depois do evento. São eles:

• Construção civil;

• Tecnologia da informação;

• Turismo;

• Produção associada ao turismo;

• Comércio varejista;

• Serviços;

• Vestuário;

• Madeira e móveis; e

• Agronegócio.

Além dos investimentos previstos para os eventos esportivos, o Governo Federal

aponta para a continuidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que

se soma aos investimentos que serão realizados pelos setores público e privado, em

decorrência da descoberta do petróleo da camada Pré-Sal. Só a Petrobras pretende

investir R$ 87 bilhões até 2016 no Pré-Sal. Junto com os investimentos, surgem

inúmeras oportunidades para pequenos negócios na cadeia produtiva do petróleo e

em atividades diversas em regiões de grandes obras.

Projeta-se também, para os próximos anos, forte transformação da composição etária

da população brasileira, o que sinaliza novas oportunidades de negócios a serem

oferecidos para o público de faixa etária igual e superior a 60 anos, cuja

representatividade na população será cada vez maior, atingindo 30% em 2050 (o triplo

da representatividade atual).

26% 26% 24% 21% 20% 19% 17% 14% 13% 12% 11% 10% 10% 9% 9%

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100%

19

80

19

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19

90

19

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20

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20

10

20

15

20

20

20

25

20

30

20

35

20

40

20

45

20

50

Fonte: IBGE - dados obtidos em mar-11

Envelhecimento da população brasileira

60 ou mais anos

50 a 59 anos

40 a 49 anos

30 a 39 anos

20 a 29 anos

10 a 19 anos

0 a 9 anos

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UGE/NA - NEP 20/22

O quadro, a seguir, consolida os principais eventos, programas e projetos, para os

próximos anos no país, sendo que alguns desses já estão em andamento. Especifica

ainda os setores envolvidos e os respectivos volumes de recursos correspondentes

aos investimentos e às desonerações fiscais, o que pode ser entendido como uma

janela de oportunidade para as empresas que atuam ou que venham a atuar nesses

setores.

Quadro de oportunidades para os próximos anos

Eventos Ano SetoresInvestimentos/desonerações

(estimativas)

Copa das Confederações 2013

Copa do Mundo 2014

Olimpíadas (RJ) 2016 Idem acima R$ 30 bilhões

Internet longo prazoTecnologias de Informação e Comunicação (TIC), e-commerce e web 2.0 ND

Petrobras (Pré-sal) até 2016 cadeia produtiva do petróleo R$ 87,4 bilhõesLogística R$ 158 bilhõesEnergética R$ 466,3 bilhõesSocial e Urbano R$ 365,1bilhõesTotal R$ 989,4 bilhões

Desonerações fiscais (INSS sobre a folha de pagamento)

2013 e 2014

Construção civil, Bens de capital, Material elétrico, Têxteis e confecções, Couros e calçados, Plásticos, Móveis, Fabricação de aviões, Fabricação de navios, Fabricação de ônibus, Aves, suínos e derivados, Pescados, Pães e massas, Fármacos e medicamentos, Autopeças, Equip. médicos e odontológicos, Bicicletas, Pneus e câmaras de ar, Papel e celulose, Vidros, Fogões, refrigeradores e lavadoras, Cerâmicas, Pedras e rochas ornamentais, Tintas e vernizes, Construção metálica, Equipam. ferroviário, Fabricação de ferramentas, Fabricação de forjados de aço, Parafusos, porcas e trefilados, Brinquedos, Instrumentos óticos, Call Centers, Design houses, Hotéis, TI e TIC, Suporte técnico de informática, Manutenção e reparação de aviões, Aéreo, Marítmo, fluvial e navegação de apoio, Rodoviário coletivo, Comércio varejista.

R$ 16 bilhões (2013) e R$ 24 bilhões (2014)

Programa de Investimento em Logística: Rodovias e Ferrovias

2013 a 2017 Construção civil pesada R$ 79,5 bilhões

Construção civil, turismo, TIC, Comércio varejista, Serviços, Vestuário, Madeira e móveis e Agronegócios R$ 142 bilhões

PAC 2 de 2011 a 2014

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UGE/NA - NEP 21/22

Conclusão

O crescimento da economia brasileira continuará mais atrelado ao dinamismo do

mercado interno do que do mercado internacional, tendo em vista o lento processo de

recuperação da economia americana, a desaceleração da economia chinesa e a

continuidade da crise na Zona do Euro.

Embora as commodities agropecuárias, minerais e metálicas devam continuar a ser

representativas na pauta de exportação brasileira, seus preços tendem a continuar

arrefecendo, em função do desaquecimento da economia global.

Diante desse quadro, as perspectivas para as empresas exportadoras brasileiras não

são tão otimistas quanto se desejaria, em que pese o novo patamar do câmbio (real

mais desvalorizado em relação ao dólar). Já as empresas que atuam

predominantemente no mercado interno tendem a se beneficiar mais da atual taxa de

câmbio e das desonerações fiscais, que objetivam aumentar a competitividade dessas

empresas frente aos produtos importados.

Os aumentos reais da renda do trabalhador, incluindo o salário mínimo, aliados ao

crescimento do mercado de trabalho, tendem a contribuir cada vez menos com o

crescimento do PIB, pela ótica da demanda agregada, que deve passar a contar com

participação maior dos Investimentos.

Como oportunidades para os empreendedores (e futuros empreendedores) de

pequenos negócios, pode-se destacar os eventos nacionais, como a Copa das

Confederações (junho de 2013), a Copa do Mundo (junho de 2014), além dos

programas e projetos que envolvem grandes volumes de investimentos e

desonerações fiscais em diversos setores da economia.

Assim, o cenário atual mostra-se favorável à realização de investimentos em inovação

e sustentabilidade, como forma de buscar melhorias em processos e

diferenciação/diversificação de produtos/serviços, contribuindo para o aumento da

competitividade frente aos concorrentes externos, mais precisamente.

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Ameaças/Oportunidades para as MPE Oportunidades para atuação do Sebrae Programas associados

> Maior participação dos Investimentos no PIB.

> Aumento da participação das MPE nas cadeias produ tivas setoriais, principalmente, na área de infraestrutur a logística (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos etc) e na Construção civil.

> Reforço/ampliação dos projetos de atendimento, ou seja, com abordagem territorial e setorial: Setorial; Set or-segmento; Encadeamento produtivo (cadeia produtiva do Petróleo e Gás, por exemplo) e desenvolvimento terr itorial.

SEBRAETEC; ALI; SEBRAE MAIS e

NEGÓCIO A NEGÓCIO; TERRITÓRIO

DA CIDADANIA, NA MEDIDA.

> Ingresso de 15 milhões de novos consumidores na classe C, provenientes das classes D/E, em 2014. > Indústria: Maior concorrência interna, tanto com produtos importados quanto nacionais. > Consumo das famílias em ritmo menor, em função do elevado nível de endividamento/inadimplência da população. > Elevação das taxas de juros. > Reajustes reais (acima da inflação) de salários continuam, mas em ritmo menor. > Taxa de câmbio mais desvalorizada (entre R$ 2,00 e R$ 2,10 por dólar.

> Aumento da concorrência interna. > Aumento dos Investimentos em Inovação e/ou diferenciação de serviços e produtos e em Sustentabilidade, para recuperar competitividade. > Redução da receita das empresas. > Custos (operacionais e financeiros): Se, por um l ado, taxas de juros mais elevadas e aumento real dos sal ários agem no sentido de elevar os custos das empresas, p or outro, as desonerações fiscais e redução no preço d a energia tendem a reduzí-los. > Taxa de câmbio desvalorizada: ���� Encarece os preços dos insumos/bens importados, o que tende a beneficiar a indústria nacional, que pr oduz bens similares, mas penaliza as empresas que comercializam esses bens importados ou os utilizam em seus processos produtivos. � � � � Posssibilita ganho de competitividade ao exportador .

> Ampliação de ações voltadas a investimentos em in ovação e/ou diferenciação de produtos. > Desenvolvimento de soluções orientadas para as necessidades atuais e futuras das MPE. > Maior conscientização dos empreendedores para ado ção de ações voltadas à sustentabilidade. > Capacitação do empreendedor para um melhor gerenciamento financeiro do seu negócio (fluxo de c aixa). > Apoio à capacitação de empresas no processo de internacionalização.

SEBRAETEC; ALI; SEBRAE MAIS;

NEGÓCIO A NEGÓCIO; TERRITÓRIO

DA CIDADANIA; NA MEDIDA; SEI.

> Gastos públicos devem permanecer em níveis elevados

> Continuidade de aumento das compras governamentai s com maior participação das MPE.

> Maior participação das MPE nas Compras Governamentais. > Aprofundamento do processo de implementação da Le i Geral das MPE nos municípios.

SEBRAETEC; ALI; SEBRAE MAIS;

NEGÓCIO A NEGÓCIO; TERRITÓRIO

DA CIDADANIA.

> Eventos esportivos: Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas no Rio de Janeiro (2016).

> Serviços: Turismo (hospedagem, bares e restaurant es, operadoras e agências de turismo, organizadores de eventos e outros); Economia criativa (souvenir, cul tura, entretenimento, gastronomia como identidade culinár ia local); Serviços em geral Tecnologia da informação; Cursos de línguas estrangeiras. > Indústria: Construção civil, Madeira e Móveis, Mo da (Têxtil e confecções, couro e calçados, gemas e jói as). > Comércio: Comércio Varejista; Artesanato. > Agronegócios: Apicultura, Cafeicultura, Cachaça, Floricultura, Fruticultura, Mandiocultura, Suinocul tura, Vitivinicultura.

> Ampliação de projetos com abordagem setorial e territorial: Setorial, Setor-segmento e Territorial , nas cidades onde ocorrerão esses eventos e nas cidades circunvizinhas. > Participação em feiras de negócio e rodadas de ne gócio

SEBRAE 2014; SEBRAE MAIS;

NEGÓCIO A NEGÓCIO.

> Aumento expressivo do número de Microempreendedores Individuais (MEI), devendo superar o número de Micro Empresas (ME), já em 2015. > Quantidade de Micro e pequenas empresas tende a crescer de forma vegetativa, acompanhando o crescimento da população.

> Inclusão no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). > Emissão de Notas Fiscais. > Auxílio maternidade, Auxílio doença e Aposentador ia pelo INSS. > Facilidade na abertura de conta bancária e obtenç ão de empréstimo bancário. > Isenção de tributos federais e pagamento de valor fixo mensal: R$ 34,90 (comércio ou indústria), R$ 38,90 (prestação de serviços) ou R$ 39,90 (comércio e ser viços), atualizados anualmente com base no salário mínimo. > Aumento da concorrência. > Aumento da inadimplência.

> Aumento do atendimento/capacitação desse público. > Desenvolvimento de soluções específicas para os M EI, incluindo cursos/treinamentos para melhor gerenciam ento financeiro do seu negócio, sem desprezar o atendime ntos às micro e pequenas empresas, que continuarão a cre scer e a demandar os produtos e serviços do Sebrae.

NEGÓCIO A NEGÓCIO; TERRITÓRIO

DA CIDADANIA; SEI e NA MEDIDA.

> Aumento da expectativa de vida da população. > Envelhecimento da população brasileira

> Turismo; Clínicas médicas, de fisioterapia, de es tética, de repouso, serviços de enfermagem/cuidadores(as) etc.

> Reforço/ampliação dos projetos com abordagem seto rial: Setorial; Setor-segmento e Encadeamento produtivo. > Elaboração de estratégias específicas para os set ores e segmentos que se beneficiarão com essa tendência.

SEBRAETEC; ALI; SEBRAE MAIS.

Inte

rnac

ional

> Cenário internacional: ���� Economia dos EUA em lenta recuperação; ���� Desaceleração da economia chinesa; ���� Manutenção da crise na Zona do Euro, no médio prazo. ���� Mercados emergentes continuarão a puxar o crescimento da economia mundial.

> Redução das exportações, em volume e valor (menor demanda mundial e queda de preço das commodities) . > Busca de mercados alternativos (emergentes), como , por exemplo, Ásia, Norte da Áfria, Oriente Médio e Amér ica Latina. > Aumento da concorrência externa.

> Melhor capacitação das empresas voltadas à export ação (redução de custos, investimentos e redirecionament o de mercado). > Maior divulgação e utilização dos produtos da Uni dade de Acesso e Inovação e Tecnologia (UAIT)

SEBRAE MAIS (Planejando para

internacionalizar)

Cenário prospectivo: Principais Tendências

Painel: Impacto do Cenário prospectivo na forma de atuação do SEBRAE

Nac

ional