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Cenário da Gestão Integrada de Cenário da Gestão Integrada de Recursos Hídricos Recursos Hídricos
no Estado de Mato Grosso do Sul no Estado de Mato Grosso do Sul Gerência de Recursos Hídricos, 17 de julho de 2007Gerência de Recursos Hídricos, 17 de julho de 2007
Celina DiasBacharel em Química
Mestre em Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos
Cenário da Gestão Integrada de Recursos Hídricos Cenário da Gestão Integrada de Recursos Hídricos no Estado de Mato Grosso do Sul no Estado de Mato Grosso do Sul
Gerência de Recursos Hídricos, 17 de julho de 2007Gerência de Recursos Hídricos, 17 de julho de 2007
APRESENTAÇÃO DIVIDIDA EM DUAS PARTES:
• Qualidade das Águas Subterrâneas no MS
• Vazão Ecológica
Celina Dias
Química Bacharel;Especialista em Recursos Hídricos;Mestre em Saneamento Ambiental e Recursos
Hídricos;2003-2006: Técnica em Vigilância Sanitária e
Ambiental na Secretaria de Saúde/ MS;Fiscal Ambiental – Secretaria de Meio Ambiente/
MS (desde 1994)
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PARTE 1
Qualidade das
Águas Subterrâneas
no Mato Grosso do Sul
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CARACTERIZAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
Artigo publicado e apresentado na forma oral no I Simpósio de Recursos Hídricos Norte e Centro-OesteCuiabá-MT, 27 de junho de 2007
1 Introdução
O Laboratório Central realiza análises que atende a Portaria nº 518/ 2004, para potabilidade,O Laboratório Central realiza análises que atende a Portaria nº 518/ 2004, para potabilidade,fiscalizando as águas subterrâneas em MS, daí, a compilação dos dados para a elaboraçãofiscalizando as águas subterrâneas em MS, daí, a compilação dos dados para a elaboraçãodo trabalho e avaliação, de uma forma inédita, da qualidade dessas águas.do trabalho e avaliação, de uma forma inédita, da qualidade dessas águas.
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Secretaria de Estado de Saúde
Fundação Estadual de Saúde
Laboratório Central
Bromatologia e Química Biomédica Virologia Apoio
Alimentos Águas Saneantes
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2 Desenvolvimento
Foram 316 poçosde 41 municípiosestudados em MS.
Período:março a dezembrode 2006
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2 DesenvolvimentoParâmetros avaliados
Parâmetros Unidade Metodologia
Microbiologia
1 Coliformes Termotolerantes UFC.100 mL-1 Membrana Filtrante
2 Coliformes Totais xUFC.100 mL-1 Membrana Filtrante
Físico-Química
3 Cor mg de Pt-Co.L-1 (uH) Colorímetro
4 Cloretos mg de Cl-. L-1 Dicromato de Potássio
5 Nitratos mg de NO3- - N. L-1 Redução Cádmio
6 Nitritos mg de NO2- - N. L-1 Sulfanilamida
7 pH - Eletrométrico
8 Turbidez NTU Turbidímétrico
Metais
1 Cálcio mg de Ca. L-1 Fotômetro de Chama
2 Potássio mg de K. L-1 Fotômetro de Chama
3 Sódio mg de Na. L-1 Fotômetro de Chama
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• As amostras coletadas são encaminhadas para o Lacen/ MS, por meio das prefeituras.
• As recomendações técnicas seguem os procedimentos do Standard Methods, 20ª Ed., 1998, para coleta e preservação de amostras e análises laboratoriais.
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2 DesenvolvimentoAmostras coletadas e análises laboratoriais
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2 DesenvolvimentoColeta de Dados
Dados Compilados
Word e Excel
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3 Resultados e Discussões
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Limite Portaria nº 518/041,0 mg N.L-1
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Limite Portaria nº 518/04pH = 6,0 - 9,5
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Limite Portaria nº 518/04200 mg Na.L-1
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Sem limite Portaria nº 518/04
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pH
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Ou seja:
Nitratos
Nitritos
NO2-
NO2-
NO3- NO3
-
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Cor
Turbidez ▼
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Coliformes Fecais
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Nitratos trazem a preocupação em relação a doença de metahemoglobinemia, principalmente em crianças. Os municípios de Dourados e Vicentina apresentaram resultados de nitratos acima da legislação. A presença de Coliformes Fecais também preocupa o risco de contaminação. Isso coloca em alerta sobre a possibilidade e surgimento de doenças de veiculação hídrica.
4 Conclusões
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O presente trabalho ressalta a necessidade de um planejamento para avaliar a qualidade das águas subterrâneas, que estão sendo utilizadas para fins domésticos e de potabilidade pelos munícipes, sendo que um programa de conscientização em saúde pública e educação ambiental, podem servir como ferramentas para contribuir para um população mais saudável e os riscos de contaminação de doenças de veiculação hídrica possam ser minimizadas.
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Também, as características dessas águas, por meio das amostras coletadas, levam a observar que o Sistema Aqüífero Guarani, necessita de uma análise mais profunda com dados de outros parâmetros complementares, para uma melhor avaliação da qualidade das águas subterrâneas e contribuir para uma proteção e preservação do meio ambiente para as gerações presente e futura.
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5 Agradecimentos
Ao apoio da Coordenação do Lacen e Gerência de Bromatologia e Química, aos colegas e funcionários dos demais setores da instituição.
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6 Referências Bibliográficas
• APHA, AWWA, WPCF. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20°th edition, Washington D.C., 1998.
• BRASIL. Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
• CAMPANE, Vidal; KIANG, C. Caracterização hidroquímica dos aqüíferos da bacia de Taubaté. 2002. 5 p. Revista Brasileira de Geociências.
• BRASIL, Resolução Conama nº 357, de 17 de março de 2005, dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água superficiais, bem como estabelece condições e padrões de lançamento de efluentes.
• GASTMANS, D. Avaliação de Hidrogeologia do Sistema Aqüífero Guarani (SAG) no Estado de Mato Grosso do Sul, v.19 (01), p. 35-48, 2005. Revista Águas Subterrâneas.
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PARTE 2
Vazão Ecológica
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Vazão Ecológica
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A vazão ecológica mantém nos rios a quantidade de água necessária para proteger os peixes e o habitat da vida aquática, garantindo quantidade de água suficiente para outros usos tais como abastecimento, irrigação e geração de energia elétrica, dentre outros.
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Vazão Ecológica ou Quantidade Mínima ?
Para quê?Há uma necessidade de reflexão sobre as vazões remanescentes em nossos rios:
• Os critérios adotados para vazão ecológica como valor único em todas as estações de um ano, tornam-se insuficientes para uma melhor avaliação em termos de qualidade e quantidade de água dos recursos hídricos em MS;
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O tema “VAZÃO ECOLÓGICA” vem sendo estudada no Brasil, por diversos autores:
Marques et al. (2003); Garcia e Andreazza (2004); Pelissari et al. (1999); Pelissari e Sarmento (2001); Santos et al. (2003); Benneti et al. (2003); Gonçalves et al. (2003); Lanna (2003) Mortari (1997); Etc...
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Atualmente os métodos de determinação da vazão ecológica podem ser classificados:
Grupo Método
Métodos Hidrológicos
Vazão Q7,10
Curva de Permanência de VazõesVazão mínima anual de 7 diasMétodo Tennant//MontanaMétodo da Vazão Aquática de BaseMétodo da Mediana das Vazões MensaisMétodo da Área de Drenagem
Métodos Hidráulicos Método do Perímetro Molhado e Método das Regressões Múltiplas
Métodos de Classificação de Habitats
Método IdahoMétodo do Departamento de Pesca de WashingtonMétodo IFIM
Métodos Holísticos Método de construção de blocos (BBM)
Outros Métodos Vazão de Pulso e de enchentes
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1. Os métodos hidrológicos não analisam o aspecto ambiental, apenas presumem uma vazão de referência, calculada com base em estatísticas da série histórica;
2. Os métodos hidráulicos relacionam características do escoamento com necessidades da biota aquática. Estes métodos têm maior consideração ecológica e necessitam de relações específicas para a região em estudo.
3. Os métodos de classificação de habitats e os métodos holísticos são mais completos em termos de consideração de aspectos ambientais (Benneti et al., 2003a). Estes, contemplam várias etapas, incluindo uma identificação das características físicas e ambientais do local em estudo, um plano de estudo elaborado por uma equipe multidisciplinar, chegando até a análise de diferentes alternativas antes da tomada de decisão.
4. Esses métodos podem considerar aspectos econômicos, valorando a disposição a pagar pela preservação ambiental e os benefícios gerados pelo uso da água, em busca do ponto ótimo da quantificação da vazão ecológica (Pante et al., 2004).
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A quantidade de água varia ao longo do tempo, então poderemos considerar a vazão mínima na estiagem, bem como considerar outras quantidades na cheia;
Podemos ser criteriosos também com a qualidade da água a ser captada, pois a sustentabilidade ecológica depende não só da quantidade mas também da qualidade;
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Nascente do rio Sucuri, Bonito-
MS, 2007
Córrego Anhanduí,
dezembro de 2005
Córrego Anhanduí,
Campo Grande-MS, julho de
2005
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Série HistóricaSérie HistóricaNo contexto de monitoramento de qualidade das águasNo contexto de monitoramento de qualidade das águas
• O Centro de Controle Ambiental possui uma série de dados de qualidade das águas, com parâmetros utilizados para uma indicação de qualidade respeitando a Resolução Conama nº 357/05, e apresenta um IQA (adaptado pela Cetesb);
• Esses mesmos dados podem subsidiar estudos de organismos aquáticos das diferentes regiões do Estado de MS;
• A demanda hídrica para outorga envolve cálculos com balanço hídrico e balanço de massa, daí a necessidade dos dados de qualidade;
• Cálculo a seguir (ANA, 2005):
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n
TK
n CpermeCpermQdilQefQindisp
.11
1.).(
DBO
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Estudos apontam que, para a outorga do uso das águas, um manejo adaptativo para a comunidade aquática local, faz-se necessário uma pesquisa fundamentada em organismos próprios e específicos da região;
Atrelados aos estudos de disponibilidade hídrica em MS, podemos também utilizar os dados de qualidade das águas para sugerir uma demanda capaz de garantir um desenvolvimento sustentável e minimização de conflitos entre usuários.
Lago do Amor (Campo Grande), junho de 2004
Lago do Amor, novembro de 2004
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• O Plano de Auto-monitoramento solicita ao empreendedor o envio de boletins de resultados analíticos, de parâmetros ambientais específicos para cada atividade poluidora, e usuário de um corpo receptor para despejo industrial;
• Ao longo do tempo, temos dados que podem alertar a progressão de comprometimento ou melhora na qualidade das águas;
• A aplicação de um estudo estatístico em séries temporais e difusas, tornará confiável uma visão de cenário futuro, considerando as diferentes estações de um ano de amostragem.
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Série HistóricaSérie HistóricaNo contexto do Plano de Auto-monitoramentoNo contexto do Plano de Auto-monitoramento
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Qual a vazão durante as amostragens? Não há registros para essa informação.
Quais organismos existem nesse local? Quanto de água e com que qualidade é necessário para a sua sobrevivência? Não há informações.
Concentrações de DBO em 30 medições durante os anos de 2005 e 2006.
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Parâmetros de Qualidade das ÁguasParâmetros de Qualidade das Águas
• A implementação de outros parâmetros ambientais para avaliação da qualidade das águas torna-se necessária para informar ao usuário e à comunidade, para que possam conhecer a realidade local;
• Outro aspecto relevante é a utilização de outros IQA’s, como:
1. IQACetesb: Índice de Qualidade das Águas, adaptado pela Cetesb;
2. IQAIAP: Índice de Qualidade das Águas para Abastecimento Público;
3. IQAIVA: Índice de Qualidade das Águas para Vida Aquática;
4. IQAIET: Índice de Qualidade das Águas no Estado Trófico;
• Todos já implantados e utilizados pela Cetesb.
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Parâmetros para Índice de Qualidade das ÁguasParâmetros para Índice de Qualidade das ÁguasResolução Conama nº 357/05Resolução Conama nº 357/05
Parâmetros IQACetesb:
1. Coliformes Fecais2. pH 3. Oxigênio Dissolvido4. DBO5,20°C
5. Nitrogênio Total 6. Fósforo Total 7. Temperatura da Água 8. Turbidez9. SólidosTotais
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Parâmetros IQAIAP:
1. IQACetesb2. Cádmio3. Chumbo4. Cromo5. Níquel
6. Mercúrio 7. Fenóis 8. Triahalometanos 9. Zinco10. Ferro11. Manganês12. Alumínio13. Cobre
Parâmetros IQAIVA:
1. Oxigênio Dissolvido2. pH3. Toxicidade 4. Cádmio 5. Cromo 6. Cobre7. Chumbo8. Mercúrio9. Níquel10. Fenóis11. Surfactantes12. Zinco
Parâmetros IQAIET:
1. Fósforo Total2. Clorofila3. Nitrogênio Total
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Celina Dias
Obrigada !
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