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1ª RODADA - 01/04/2017 CEI-TRF2 RETA FINAL SEGUNDA FASE MATERIAL ÚNICO Questões totalmente inéditas ACESSÍVEL Computador, Tablet, Smartphone 1 SENTENÇA JUDICIAL Por rodada 01/04/2017 A 23/05/2017 DURAÇÃO IMPORTANTE: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo. CEI-TRF2 SEGUNDA FASE RETA FINAL. 2017 2 QUESTÕES DISSERTATIVAS Por rodada CEI-MAGISTRATURA FEDERAL 4ª EDIÇÃO 1ª RODADA - 01/04/2017

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1ª RODADA - 01/04/2017

CEI-TRF2RETA FINAL SEGUNDA FASE

MATERIAL ÚNICOQuestões totalmente inéditas

ACESSÍVELComputador, Tablet, Smartphone

1 SENTENÇA JUDICIALPor rodada

01/04/2017 A 23/05/2017DURAÇÃO

IMPORTANTE: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo.

CEI-TRF2SEGUNDA

FASERETA FINAL.

2017

2 QUESTÕES DISSERTATIVASPor rodada

CEI-MAGISTRATURAFEDERAL 4ª EDIÇÃO

1ª RODADA - 01/04/2017

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CEI-TRF2RETA FINAL SEGUNDA FASE

LANÇAMENTO

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CEI-TRF2RETA FINAL SEGUNDA FASE

PROFESSORES

LUCAS FERNANDES CALIXTO.

Juiz Federal Substituto em São João de Meriti/RJ (aprovado no XV concurso do TRF2). Foi Analista Processual do Ministério Público da União, Técnico Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e Técnico Administrativo do MPU. Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Direito Público pela Escola da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul (ESMAFE-RS) e em Direito e Processo do Trabalho pelo IMED.

CAIO SOUTO ARAÚJO.

Juiz Federal Substituto em Cachoeiro de Itapemirim/ES (aprovado no XV concurso do Tribunal Regional Federal da 2ª Região). Foi Técnico Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo e Analista Judiciário da Justiça Federal em São Paulo e no Espírito Santo. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV) e pós-graduado em Direito Administrativo pela Universidade Gama Filho (UGF).

MARIANA CAMARGO CONTESSA.

Juíza Federal Substituta da 1ª Vara Federal de Nova Iguaçu (aprovada no XV Concurso do TRF2). Graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi advogada e assessora de Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Grande do Sul.

CARLOS ADRIANO MIRANDA BANDEIRA.

Juiz Federal Substituto em Itaboraí – RJ (aprovado em segundo lugar no XV Concurso para o TRF-2). Foi Juiz Federal Substituto no TRF1 (2015) e Técnico Judiciário na Seção Judiciária do Rio de Janeiro (2006/2015). É bacharel em Direito pela UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pós-graduado em Direito Público pela Universidade Cândido Mendes.

GABRIEL BORGES KNAPP.

Juiz Federal Substituto na 1ª Vara Federal de Petrópolis/RJ (Aprovado no XV Concurso para o TRF2). Graduado em Direito pelo Instituto de Ensino Superior de Santo Ângelo – RS (2007). Especialista em Direito Público pela Escola da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul – Esmafe. Especialista em Direito Civil e Processo Civil pelo Instituto de Desenvolvimento Cultural de Porto Alegre – IDC.

LANÇAMENTO

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SUMÁRIO

QUESTÕES DISSERTATIVAS ..........................................................................................................................6DIREITO PREVIDENCIÁRIO ................................................................................................................6DIREITO TRIBUTÁRIO ...........................................................................................................................7

SENTENÇA PENAL ...........................................................................................................................................9

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INSTRUÇÕES INICIAIS

Sejam bem vindos ao CEI-TRF2 RETA FINAL.

O objetivo do presente curso é fornecer uma preparação específica para o candidato que irá prestar a segunda fase do concurso para Juiz Federal Substituto do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. O curso terá duração de cerca de um mês e meio, com um total de seis rodadas, e funcionará na forma de um intensivo, com rodadas a cada sete dias, sendo que cada qual traz duas questões dissertativas e uma sentença. Os exercícios serão estritamente pautados no perfil dos examinadores, sendo que o aluno também terá acesso, na área do aluno, ao mapeamento da banca feito por nossa equipe. Recomendo que o aluno leia atentamente tal material, pois assim será possível direcionar melhor a preparação, nessa reta final para a segunda fase, que, como se sabe, é um divisor de águas nesse certame, visto que as reprovações na fase oral são poucas.

Está disponível na área do aluno a folha de respostas, a qual deve ser utilizada pelo aluno para o envio das respostas, observando, inclusive, o limite de linhas ali existente - que é de 90 (noventa) para as questões dissertativas e de 210 (duzentos e dez) para as sentenças -, salvo menção expressa em contrário no enunciado da questão.

Finalmente, ressalto que estou à disposição, em meu e-mail pessoal ([email protected]) para qualquer dúvida ou esclarecimento, seja a respeito do curso ou do certame.

Um ótimo estudo a todos e vamos juntos rumo à aprovação!

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QUESTÕES DISSERTATIVAS

ORIENTAÇÃO: Procure responder com consulta tão somente à legislação seca e com agilidade, a fim de simular a situação encontrada em prova.

PROFESSOR: RAFAEL VASCONCELOS PORTOE-mail: [email protected]

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

QUESTÃO 1. Conforme se noticia amplamente na imprensa, está tramitando no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição - PEC (n. 287/2016) que pretende implementar uma larga reforma na Seguridade Social. Em relação ao benefício assistencial de prestação continuada, em sendo aprovada integralmente, no ponto, a referida PEC, o novo texto do art. 203 da CRFB será o seguinte:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

(...)

V – a concessão de benefício assistencial mensal, a título de transferência de renda, à pessoa com deficiência ou àquela com setenta anos ou mais de idade, que possua renda mensal familiar integral per capita inferior ao valor previsto em lei.V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

§ 1º Em relação ao benefício de que trata o inciso V, a lei disporá ainda sobre:

I - o valor e os requisitos de concessão e manutenção;

II - a definição do grupo familiar; e

III - o grau de deficiência para fins de definição do acesso ao benefício e do seu valor.

§ 2º Para definição da renda mensal familiar integral per capita prevista no

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inciso V será considerada a renda integral de cada membro do grupo familiar.

§ 3º A idade referida no inciso V deverá observar a forma de revisão prevista no § 15 do art. 201.

O mencionado §15 do art. 201 diz o seguinte:

§ 15. Sempre que verificado o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira aos sessenta e cinco anos, para ambos os sexos, em comparação à média apurada no ano de promulgação desta Emenda, nos termos da lei, a idade prevista no § 7º será majorada em números inteiros.

Analise, em forma de dissertação, o novo texto constitucional proposto pela PEC (acima delineado), em cotejo com a atual legislação de regência (inclusive infraconstitucional) e com os entendimentos pertinentes fixados pela jurisprudência dos Tribunais Superiores, levando em consideração todos os aspectos jurídicos e sociais relacionados.

Limite: 60 linhas.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 08/04/2017: [email protected] - LIMITE DE 60 LINHAS.

PROFESSOR: GABRIEL BORGES KNAPPE-mail: [email protected]

DIREITO TRIBUTÁRIO

QUESTÃO 2. No âmbito do direito tributário e das relações inerentes a esse ramo, é possível falar em ilícito tributário em razão de alguma infração à legislação tributária. A consequência natural do ilícito tributário é a aplicação, por parte da administração tributária, das chamadas sanções tributárias, as quais podem ser divididas, conforme doutrina tradicional, em sanções de ordem pecuniárias; sanções como instrumento para obter a prestação devida; sanções restritivas de liberdade pessoal e sanções políticas.

Tendo em vista o enunciado, discorra sobre as espécies de sanções tributárias acima mencionadas, devendo o candidato, obrigatoriamente, abordar os seguintes aspectos: (a) pressuposto de validade das sanções tributárias; (b) característica de cada espécie; (c)

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admissibilidade no direito brasileiro; (d) análise jurisprudencial sobre as sanções tributárias.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 08/04/2017: [email protected] - LIMITE DE 60 LINHAS.

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SENTENÇA PENAL

ORIENTAÇÃO: Procure responder com consulta tão somente à legislação seca e com agilidade, a fim de simular a situação encontrada em prova.

PROFESSOR: LUCAS FERNANDES CALIXTOE-mail: [email protected]

Cuidam os autos de ação penal ajuizada em face de DONA FLORINDA, advogada, brasileira, casada e PROFESSOR GIRAFALES, contador, brasileiro, casado, já qualificados nestes autos, em que o Ministério Público Federal os denuncia pela prática da conduta descrita no artigo 1º, incisos V e VII, da Lei nº 9.613/98, na redação anterior à Lei n. 12.683/12.

De acordo com a peça acusatória, os acusados teriam ocultado e dissimulado, consciente e voluntariamente, a destinação e a localização de valores provenientes de desvios de recursos obtidos em desfavor do Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, mediante a prática reiterada de saques de valores em espécie de suas contas-correntes, entre os anos de 2000 e 2011, para a compra de diversos imóveis luxuosos que eram, incontinenti, colocados novamente a venda ou disponibilizados para locação. Ainda segundo a acusação, os acusados sacaram o total de R$8.657.232,12 (oito milhões, seiscentos e cinquenta e sete mil, duzentos e trinta e dois reais e doze centavos), por meio das contas de números 12345-6 (titularizada pelos denunciados), 54321-0 (titularizada pelo denunciado PROFESSOR GIRAFALAES e BRUXA DO 71) 11111-x e 22222-x (titularizadas por CHAVES VIAGENS E TURISMO LTDA, empresa gerida pelos acusados). Quanto às duas últimas contas, a denúncia abrangeu apenas a denunciada DONA FLORINDA, tendo em vista que PROFESSOR GIRAFALAES já teria sido denunciado por este crime na ação penal nº 0123456789.1999.

Com a inicial acusatória, o MPF juntou aos autos cópia da ação penal nº 0123456789.1999 (que atualmente se encontra na fase do art. 402, do CPP), na qual figuram como réus, além do denunciado PROFESSOR GIRAFALES, mais 48 (quarenta e oito) pessoas, sendo a todos imputada a prática de inúmeros delitos, dentre eles peculato (art. 312, do CP), corrupção ativa (art. 333, do CP), fraude à licitação (art. 90, da Lei n. 8.666/93), lavagem de dinheiro (art. 1º, V, c/c §4º, da Lei n. 9.613/98) e quadrilha (art. 288, do CP), todos praticados em organização criminosa.

Foram juntadas, ainda, cópias da ação penal 99999999.1999 (que atualmente se encontra pendente de julgamento, em grau recursal, da apelação oposta pela defesa), desmembrada da ação penal n. 0123456789.1999, na qual figurou como réu SEU MADRUGA, servidor do

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COFEN, apontado pelo MPF como chefe da organização. Além da cópia de todo processado, acostou o Parquet cópia da sentença condenatória proferida em desfavor do réu SEU MADRUGA, na qual se concluiu pela existência da organização criminosa mencionada na denúncia, impondo condenação pela prática dos crimes de peculato (art. 312, do CP), corrupção passiva (art. 317, do CP), fraude à licitação (art. 90, da Lei n. 8.666/93), lavagem de dinheiro (art. 1º, V, c/c §4º, da Lei n. 9.613/98) e quadrilha (art. 288, do CP), todos praticados no âmbito de organização criminosa que atuava junto ao COFEN. Segundo consta do decreto condenatório, SEU MADRUGA, utilizando-se da função de servidor da autarquia, valia-se de pessoas com quem tinha estreita ligação pessoal para atuar como fornecedores do COFEN, através de procedimentos licitatórios fraudulentos, com pagamentos superfaturados. Dentre as empresas citadas na sentença se encontra aquela titularizada pelos denunciados (CHAVES VIAGENS E TURISMO LTDA).

Com a denúncia, por fim, o Ministério Público Federal formulou requerimento de afastamento de sigilo bancário e fiscal dos denunciados.

A denúncia foi recebida em 21 de novembro de 2011, conforme decisão de fls. Pelo mesmo decisum foi determinada a citação dos acusados para apresentar resposta à acusação, nos termos do art. 396-A do CPP, e determinada a expedição de ofícios à Receita Federal e ao Banco do Brasil S.A..

Os réus foram citados às fls.

Às fls., resposta ao Ofício encaminhado por este Juízo à Receita Federal, tendo a documentação enviada formado o Apenso I em anexo. A documentação, que se refere ao período de 2000 a 2011, evidencia, em relação aos réus, a compra, venda e o recebimento de alugueres de diversos imóveis de alto padrão.

Às fls., resposta ao Ofício encaminhado por este Juízo ao Banco do Brasil S. A., tendo a documentação (relatório de saques nos valores, em sua maioria, de R$ 9.900,00 das contas correntes mencionadas na denúncia, efetuados durante o período de 2000 a 2011, com pequenos intervalos de tempo entre um e outro, totalizando o montante descrito na inicial acusatória) enviada formado o Apenso II em anexo.

Às fls., a defesa de DONA FLORINDA e PROFESSOR GIRAFALAES apresentaram resposta à acusação, arguindo, preliminarmente, a existência de arquivamento implícito em relação à acusada DONA FLORINDA, que não teria sido denunciada nos autos do processo 0123456789.1999 em relação às contas titularizadas pela empresa CHAVES VIAGENS E TURISMO LTDA, não havendo mais, segundo a defesa, possibilidade de denunciá-la pela movimentação de tais contas na presente ação penal; o equívoco na distribuição por

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dependência ao processo nº 0123456789.1999; incompetência absoluta da Justiça Federal para julgar o presente feito, sob o fundamento de que o COFEN possuía natureza jurídica de direito privado, na forma do art. 58, da Lei n. 9.649/98, até o julgamento da ADI 1.717-6/DF, em 28/03/2003, não podendo o referido julgado ser aplicado ao presente feito, haja vista que o crime remonta o ano de 2000; inépcia da denúncia e falta de justa causa para a ação penal; e, ainda, no mérito, a atipicidade dos fatos narrados na exordial acusatória, por constituir a conduta de “ocultação de valores” post factum impunível.

A decisão de fls. afastou as alegações defensivas e determinou o prosseguimento do feito.

Às fls., a defesa indica os endereços das testemunhas arroladas e requer expedição de ofícios às seguintes empresas: VRG Linhas Aéreas S. A, Massa Falida de VASP, Massa Falida de Transbrasil Linhas Aéreas S. A., IATA (International Air Transport Association) e TAM – Linhas Aéreas S. A.

O pleito defensivo foi deferido pelo Juízo às fls.

Às fls., resposta da empresa VRG Linhas Aéreas S.A., encaminhando a relação de vendas da CHAVES VIAGENS E TURISMO no período de 2000 a 2011, apontando, em todo período, ligação comercial (fornecimento de passagens) com o COFEN.

Ata de audiência às fls., em que foram ouvidas as testemunhas de acusação CHIQUINHA (FLS.) e a testemunha de defesa KIKO (fls.) e determinada nova data de audiência para interrogatório dos réus.

A testemunha CHIQUINHA relata que SEU MADRUGA e PROFESSOR GIRAFALAES eram pessoas muito próximas, estando sempre de conversa a porta fechadas na sede do COFEN. A testemunha refere que a empresa CHAVES VIAGENS E TURISMO, de propriedade de PROFESSOR GIRAFALAES, era “fornecedora exclusiva” de passagens aéreas nos eventos realizados pelo COFEN. Também afirma a testemunha que SEU MADRUGA tinha grande ingerência nos procedimentos licitatórios realizados pelo COFEN, afirmando desconhecer o tipo de licitação que era realizado (se concorrência, carta-convite, etc). Por fim, diz a testemunha que tem conhecimento, por ter trabalhado no setor financeiro do COFEN, que os pagamentos realizados pela autarquia eram feitos diretamente na conta da sociedade empresária CHAVES VIAGENS E TURISMO.

A testemunha de defesa KIKO limitou-se a afirmar que conhece os réus e que são pessoas honestas, que dedicaram grande parte da sua vida à administração da sociedade empresaria CHAVES VIAGENS E TURISMO e que os réus, depois de tanto esforço, estavam “colhendo os frutos de uma boa administração”, já que, com o sucesso da empresa, estariam usufruindo

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de vida compatível com a de empreendedores bem sucedidos.

Às fls., a IATA – International Air Transport Association respondeu o ofício anteriormente encaminhado pelo juízo, juntando os demonstrativos de faturamento da empresa CHAVES VIAGENS E TURISMO, no período de 2000 a 2011. A totalidade das faturas se encontrava em nome da sócia DONA FLORINDA.

Às fls., resposta da empresa TAM – Linhas Aéreas S.A., informando o valor total das vendas efetuadas pela CHAVES VIAGENS E TURISMO no período de 2000 a 2011, havendo diversas passagens aéreas fornecidas pela CHAVES VIAGENS E TURISMO ao COFEN.

Às fls., respostas dos Srs. Síndicos da Massa Falida de VASP. e da falência de TRANSBRASIL S.A. LINHAS AÉREAS, nos quais indicam a impossibilidade de atender ao que foi determinado pelo Juízo.

Às fls., despacho determinando a intimação da defesa para apresentação dos livros contábeis (especialmente o Livro Diário) da empresa CHAVES VIAGENS E TURISMO, considerando a impossibilidade de resposta aos ofícios por ela requeridos.

Às fls., a defesa reitera a expedição de ofício às empresas aéreas, não juntando a documentação determinada.

Às fls., nova decisão determinando a intimação da defesa para juntar aos autos a documentação indicada no despacho anterior, sob pena de perda da prova.

Às fls., a defesa insistiu na expedição de ofício à massa falida da VASP e Transbrasil S. A, o que foi afastado pela decisão de fls..

Ata de audiência realizada às fls., ocasião em que, dando prosseguimento à instrução, foram interrogados os réus, que se utilizaram do direito constitucional ao silêncio.

Intimadas as partes para apresentar alegações finais, o MPF requereu a condenação dos réus, nos moldes da inicial acusatória, afirmando estar devidamente comprovada a materialidade e autoria do crime.

Às fls., a defesa de DONA FLORINDA apresentou alegações finais, reiterando as preliminares de inépcia da denúncia; ausência de justa causa para a acusação; arquivamento implícito em razão de não ter sido denunciada nos autos da ação penal nº 0123456789.1999 e incompetência absoluta do Juízo Federal, devido à natureza jurídica privada do COFEN no ano de 2000. Argúi, ainda, as preliminares de cerceamento de defesa pelo indeferimento da expedição de ofício à massa falida da VASP e de prejudicialidade do julgamento da ação

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penal nº 0123456789.1999 em relação ao presente feito. No mérito, sustentou que a acusada DONA FLORINDA, apesar de constar do contrato social, não participava da administração da empresa CHAVES VIAGENS E TURISMO, auxiliando esporadicamente o marido na realização de serviços bancários. Neste ponto, argumentou que não se pode condenar a esposa pelo simples fato de efetuar descontos de cheques da conta corrente de seu marido ou da empresa por ele dirigida, sem qualquer elemento capaz de demonstrar sua ciência sobre a alegada origem ilícita desses valores. Sustentou a ausência de provas acerca do dolo da acusada, bem como de que os valores sacados pela acusada tivessem origem exclusivamente em pagamentos feitos pelo COFEN. Com relação aos saques, sustentou que eram comuns à atividade-fim da empresa, ante a necessidade de pagamento em espécie a operadoras de turismo, a fim de obter um desconto maior.

Por sua vez, a defesa de PROFESSOR GIRAFALAES apresentou alegações finais às fls.. Preliminarmente, arguiu a existência de cerceamento de defesa, ante a supressão de prova defensiva consistente na expedição de ofício à massa falida da VASP e a prejudicialidade do julgamento da ação penal nº 0123456789.1999, a qual apura os chamados crimes antecedentes relacionados na denúncia; bem como reiterou as preliminares aduzidas quando da resposta à acusação, quais sejam, o equívoco na distribuição do feito por dependência ao processo nº 0123456789.1999, inépcia da denúncia, falta de justa causa à acusação e incompetência absoluta do Juízo Federal. No mérito, sustentou a ausência de provas no sentido de demonstrar a origem ilícita do dinheiro movimentado pela CHAVES VIAGENS E TURISMO e pelo acusado, não tendo o Parquet logrado provar que as contas pessoais do acusado eram alimentadas exclusivamente por recursos do COFEN. Sustentou, outrossim, a impossibilidade de configuração do crime de lavagem de dinheiro por operações simples de saques realizados em conta corrente de sua titularidade. Por fim, argumentou que a acusação não atenta para o fato de que os saques realizados se limitavam a R$ 9.900,00 (nove mil novecentos reais), sendo incorreto o somatório procedido pelo MPF para totalizar o valor supostamente ocultado. Pugnou, assim, pela absolvição do réu.

Os autos vieram conclusos para sentença.

É o relatório. Passo à decisão

(Proferir sentença, dispensado o relatório)

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 08/04/2017: [email protected]

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