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CEE/RO - Educação para a Diversidade

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Educação Escolar Indígena: Licenciatura em

Educação Básica Intercultural

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Licenciatura em Educação Básica Intercultural

“Aprendi pouco na escola, aprendi mais ouvindo,aprendi através do diálogo. Foi muito difícil pramim aprender como trabalhar com meus alunos, pragente fazer flecha a gente vai observando o outroe não é na primeira vez que a gente vai fazer bema flecha, só na segunda ou terceira vez que ela vaisair bem. Aprendi muito com o Pajé também. Issoé importante para nossos alunos: aprender com ospais, colegas e a oralidade é o grande método deaprendizagem”.

(Professor Indígena Arara)

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Projeto: construção coletiva - experiênciacom o Projeto Açaí (SEDUC/RO);

Levou em conta várias experiênciasbrasileiras - Curso “3o grau Indígena” -UNEMAT;

- Curso “Licenciatura Intercultural” – UFRR

- UFG, UFMG e UEMS.

Curso aberto, possibilidades de ajustes após aformação da 1ª turma, (corpo docente ediscente deverão ampliá-lo, aperfeiçoá-locada vez mais).


• O Projeto de Licenciatura em Educação Básica Intercultural considerou os valores contidos no Parecer CNE/CEB Nº 14/1999, Resolução CNE/CEB Nº 3/1999, fundamentalmente o Parecer CNE/CP Nº 10/2002;

• Meta 17 do Plano Nacional de Educação, anexo da Lei 10.172/2001.

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Rondônia Um Estado pluricultural e multilingüístico:

+ de 7.000 indígenas 54 sociedades indígenas

23 línguas 19 Terras Indígenas: 20,15% da área do estado

(SEDAM, 2002).

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LEGENDA:

CONVENÇÕES:

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01 - T.I KAXARARI02 - T.I KARITIANA03 - T.I KARIPUNAS04 - T.I IGARAPÉ RIBEIRÃO05 - T.I IGARAPÉ LAJE06 - T.I RIO NEGRO OCAIA07 - T.I PACAAS NOVOS08 - T.I SAGARANA09 - T.I RIO GUAPORÉ10 - T.I URU-EU-WAU-WAU11 - T.I RIO BRANCO12 - T.I MASSACO13 - T.I KWAZA14 - T.I RIO MEQUENS15 - T.I TUBARÃO LATUNDÊ16 - T.I ARIPUANÃ

17 - T.I ROSEVELTT

18 - T.I SETE DE SETEMBRO19 - T.I IGARAPÉ LURDES

11º

13º

66ºWGr 64º 62º 60º

13º

11º

09S

60º62º64º66ºWGR

09S

AMAZONAS

ACRE

MATO GROSSO

AMAZONAS

BOLÍVIA

VILHENA

COLORADO

DO OESTE

CABIXI

CEREJEIRAS

CORUMBIARA

PIMENTEIRAS DO OESTE

CHUPINGUAIA

ESPIGÃO DÒESTE

CACOAL

PRIMAVERA DE

RONDÔNIA

PIMENTA BUENO

S. FELIPE

DÒESTE

PARECIS

ROLIM DE

MOURA

ALTO

ALEGRE DOS

PARECIS

MINISTRO

ANDREAZA

PRESIDENTE

MÉDICI

CASTANHEIRAS

ALTA FLORESTA

D` OESTE

NOVO HORIZ.

DO OESTEN. BRASILÂNDIA

DÒESTE

URUPÁ

ALVORADA D` OESTE

SÃO MIGUEL

DO GUAPORÉSERINGUEIRAS

MIRANTE

DA SERRA

JI-PARANÁ

TEIXEIRÓPOLIS

VALE DO

PARAISO

THEOBROMA

JARUCACAULÂNDIA

ARIQUEMES

MONTE

NEGRO

CAMPO NOVO

DE RONDÔNIA

BURITIS

NOVA MAMORÉ

GUAJARA MIRIM

PORTO VELHO

ITAPUÃ DÒESTE

CUJUBIM

ALTO PARAISORIO CRESPO

MACHADINHO D` OESTE

VALE DO ANARI

COSTA MARQUES

SÃO FRANCISCO

DO GUAPORÉ

GOVERNADOR

JORGE TEIXEIRA

NOVA UNIÃO

OURO PRETO

DO OESTE

Sta LUZIA

CANDEIAS DO JAMARI

BOLÍVIA

MAPA DE TERRAS INDÍGENAS

GOVERNO DE RONDÔNIA

Fonte: SEDAM, 2003.

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Contexto

Ji-Paraná: 116 mil habitantes (2ª maiorcidade de Rondônia.

Relatos indígenas: estas terras constituíamos antigos territórios de perambulação dospovos tupi, ao longo do Rio Machado.

Início do século XX: conflitos entreindígenas e outros grupos (nordestinos,seringalistas/ seringueiros, antes dapassagem do Marechal Rondon).

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Contexto

Ji-Paraná: sito na região central deRondônia, polariza cerca de 25 municípios,várias etnias indígenas: Arara, Gavião,Suruí, Cinta Larga e oito etnias da TerraIndígena Rio Branco.

“Rio das Machadinhas” - em suas margensocorria o polimento de machados feitos apartir de fragmentos de pedras.

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Curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural:

A Universidade Federal de Rondônia, contemplouem sua pauta formativa, após homologado oParecer CNE/CP Nº10/2002, curso com perfil ecaracterísticas relacionadas à demanda daspopulações da Amazônia: especificamente povosindígenas.

Gestão UNIR: por uma universidade amazônida!

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Objetivo geral

Formar e habilitar professores/as indígenasem Licenciatura Intercultural para lecionarnas escolas de Ensino Fundamental e Médio,com vistas a atender a demanda dascomunidades indígenas.

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A UNIR por meio do DCHS/UNIR/Ji-Paraná,apresentou:

Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural com quatro habilitações:

1. Educação Escolar Intercultural no EnsinoFundamental e Gestão Escolar;

2. Ciências da Linguagem Intercultural;

3. Ciências da Natureza e da MatemáticaIntercultural;

4. Ciências da Sociedade Intercultural.

+ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado completando a formação do discente;

Carga horária total do curso: 4.200h.

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Matriz Curricular: 02 ciclos: perspectivaintegrada a partir de Temas Referenciais/TemasContextuais

3 primeiros anos: Ciclo de Formação Básica -atuação nos anos iniciais do ensino fundamental;

2 anos finais: Ciclo de Formação Específica -de acordo com uma ênfase escolhida peloacadêmico.

Duração do Curso: 5 anos (10 semestres)

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Temas referenciais: Interculturalidade

Áreas do Conhecimento: exemplo, Ciências daLinguagem Intercultural

Temas Contextuais: exemplo, Oralidade e Escrita

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Objetivos específicos

Propiciar a formação de professores indígenas do Estado deRondônia e vizinhos próximos, tendo em vista as demandas desuas comunidades e a autonomia de seu povo;

Construir, em conjunto com os professores indígenas,ferramentas práticas para que estes possam ser agentesativos na defesa dos seus direitos, no que se refere aosterritórios, aos conhecimentos e às atividades sociais,políticas e culturais;

Contribuir com a inserção dos professores indígenas nacomunidade científica favorecendo a esses docentes a leiturado conhecimento de forma transdisciplinar e intercultural;

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Promover debates teóricos e políticos que contribuampara a construção de propostas curriculares querespeitem os projetos das comunidades indígenas;

Criar condições de produção de materiais didáticos(etno), que contemplem os conhecimentos produzidospelos indígenas;(desafio);

Propiciar condições para o desenvolvimento de projetosde sustentabilidade econômica e de políticas devalorização, revitalização, manutenção das línguas eculturas indígenas.

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Desenvolver atividades de pesquisa eextensão;

Garantir que o processo de ensino-aprendizagem integre as atividadesdesenvolvidas entre a Universidade, asescolas e as comunidades indígenas, a partirde uma metodologia multipresencial(atividades pedagógicas na universidade enas aldeias);

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O PERFIL DO/A PROFESSOR/A INDIGENA

Capacidade de refletir criticamente sobre acomplexidade da vida social indígena e nãoindígena;

Exercer funções de Magistério nas Escolasde Ensino Fundamental e Médio, bem como,cargos de gestão no âmbito da educação

Condições de operar com teorias, conceitose métodos próprios da Educação EscolarIndígena e não Indígena;

ACESSO

Vestibular direcionado:

Nº vagas:50 (ano);

Edições: 2009,2010,2011;

+ bolsa incentivo.

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REGULARIDADE DO CURSO

Resolução nº 198/CONSEA, de 18 de novembro de 2.008.

O Presidente do Conselho Superior Acadêmico (CONSEA), da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), no uso de suas atribuições e considerando:

Deliberação na 89ª sessão da Câmara de Graduação de 29.10.2008;

R E S O L V E ad referendum do Plenário:

HOMOLOGADA NA 45ª SESSÃO, EM 12.12.2008

Art. 1º - Aprovar os Projetos Políticos Pedagógicos dos Cursos de Graduação abaixo relacionados:

[...]

23118.001886/2008-52 / 873/CGR /Licenciatura em Educação Básica Intercultural.

[...]

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CONCLUSÃO“Não se trata de ensinar antropologia nem ensinar“cultura indígena” para índios, mas de construir umarelação pedagógica dialógica (e dialética), na qualprofessores e “assessores” sejam parceiros de umareflexão existencial, filosófica e política profunda. Por isso,o que se precisa aqui não é de uma antropologia degabinete universitário e de teorizações a partir de algunsmeses de pesquisa de campo; trata-se, sim, de umaantropologia aplicada, da qual se exige mais do que “bomconhecimento” das sociedades interagentes: é preciso umprofundo conhecimento delas e uma atitude pedagógica epolítica apropriada.”

Wilmar da Rocha D’Angelis

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Educação para a diversidade

Interculturalidade

Mais que reconhecer e respeitar diferenças, é enfrentar as tensões

decorrentes das relações entre diferentes na perspectiva do

aprender juntos!

Uma homenagem a T. I Raposa Serra do Sol

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Fundamentação Legal

1 -Constituição Federal/1988: novo marco jurídicona relação com os povos indígenas.

Ruptura: visão integracionista/Emergência da diversidade cultural.

Art. 210 - O ensino fundamental regular será ministradoem língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenastambém a utilização de suas línguas maternas eprocessos próprios de aprendizagem.[...]

(BRASIL, 1988)

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LDB 9.394/1996:

Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com acolaboração das agências federais de fomento àcultura e de assistência aos índios, desenvolveráprogramas integrados de ensino e pesquisa, paraoferta de educação escolar bilíngüe eintercultural aos povos indígenas, com osseguintes objetivos:

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LDB 9.394/1996:

I - proporcionar aos índios, suas comunidades epovos, a recuperação de suas memóriashistóricas; a reafirmação de suas identidadesétnicas; a valorização de suas línguas e ciências;

II - garantir aos índios, suas comunidades epovos, o acesso às informações, conhecimentostécnicos e científicos da sociedade nacional edemais sociedades indígenas e não-índias.

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Diretrizes Curriculares Nacionais/Parecer 14Resolução nº. 03/CEB/CNE/1999,estabelece...

[...] no âmbito da educação básica, a estrutura e ofuncionamento das Escolas Indígenas, reconhecendo-lhesa condição de escolas com normas e ordenamentojurídico próprios, e fixando as diretrizes curriculares doensino intercultural e bilíngüe, visando à valorização plenadas culturas dos povos indígenas e à afirmação emanutenção de sua diversidade étnica.

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Plano Nacional de EducaçãoLei nº. 10.172/2001

16. Estabelecer e assegurar a qualidade de programascontínuos de formação sistemática do professoradoindígena, especialmente no que diz respeito aosconhecimentos relativos aos processos escolares deensino-aprendizagem, à alfabetização, à construçãocoletiva de conhecimentos na escola e à valorização dopatrimônio cultural da população atendida.

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Plano Nacional de EducaçãoLei nº. 10.172/2001

17. Formular, em dois anos, um plano para a implementaçãode programas especiais para a formação de professoresindígenas em nível superior, através da colaboração dasuniversidades e de instituições de nível equivalente. [...].(grifo nosso).

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Princípio da autonomia universitária (art. 53 da LDB- Nº 9394/96) e (art. 43 da mesma Lei - finalidadesda Educação Superior)

Convenção 169/OIT (Organização Internacional doTrabalho):

Povos Indígenas: direito a uma educação em todosos níveis em pé de igualdade com a comunidadenacional;

(Decreto Presidencial, nº 5.051, de 19/04/2005).

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BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília: MEC, 1998.__________. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena - Parecer CEB/CNE n° 14, de 14/09/1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários àprática educativa. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

GADOTTI, Moacyr. Educação básica e diversidade cultural. SãoPaulo: Pontes, 1994.

LOPES DA SILVA, Aracy; FERREIRA, Mariana Kawall (org.).Práticas pedagógicas na escola indígena. São Paulo: Fapesp, Global,Mari, 2001.

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