c.e.d.c.c setembro - 2014
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Boletim n.º 9 SETEMBRO - 2014
As Vidas de Joanna de Ângelis
Passados 66 anos do seu regresso à Pátria Espiritual, retornou, agora na
cidade de Salvador na Bahia, em 1761, como Joanna Angélica, filha de
uma abastada família. Aos 21 anos de idade ingressou no Convento da
Lapa, como franciscana, com o nome de Sóror Joanna Angélica de Jesus,
fazendo profissão de Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora
da Conceição. Foi irmã, escrivã e vigária, quando, e, 1815, tornou-se Aba
... dessa e, no dia 20 de fevereiro de 1822, defendendo corajosamente o
Convento, a casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali
moravam, foi assassinada por soldados que lutavam contra a
Independência do Brasil.
Nos planos divinos, já havia uma programação para esta sua vida no
Brasil, desde antes, quando reencarnara no México como Sóror Juana Inés
de La Cruz. Daí, sua facilidade extrema para aprender português. É que,
nas terras brasileiras, estavam reencarnados, e reencarnariam brevemente,
Espíritos ligados a ela, almas comprometidas com a Lei Divina, que
faziam parte de sua família espiritual e aos quais desejava auxiliar.
Dentre esses afeiçoados a Joanna de Ângelis, destacamos Amélia
Rodrigues, educadora, poetisa, romancista, dramaturga, oradora e contista
que viveu no fim do século passado ao início deste.
Biografia Joanna de Ângelis, Espiritismogi. - Joana Angélica de Jesus
PERDOA AGORA
Não te detenhas. Torna à presença do companheiro que te feriu
e perdoa, ajudando-o a recuperar-se.
Reflete e ampara-o.
Quantas dores e quantas perturbações lhe vergastaram a alma,
antes que a palavra dele se erguesse para ofender-te ou antes
que o braço se lhe armasse pela incompreensão e desferisse
contra ti o golpe deprimente?
Guarda a calma e auxilia sem cessar. Mais tarde, é possível que não possas, por tua
vez, suportar o assalto da ira e reclamarás igualmente o bálsamo da alheia
compreensão.
Retorna ao lar ou à luta que talvez hajas deixado, e espalha, de novo,
a bênção do amor com todos os corações que jazem
envenenados pelo fel da crueldade ou pela peçonha da calúnia.
Não hesites, porém.
Perdoa agora, enquanto a oportunidade da reaproximação te oferece aos bons
desejos porque, provavelmente, amanhã, o ensejo luminoso terá passado e não
encontrarás, ao redor de ti, senão a cinza do arrependimento e o choro amargo de
improdutiva lamentação.
Emmanuel
CAMINHOS RETOS
“E ele lhes disse: Lançai a rede para a banda direita do barco e
achareis.” — (João, capítulo 21, versículo 6.)
A vida deveria constituir, por parte de todos nós, rigorosa observância dos
sagrados interesses de Deus.
Frequentemente, porém, a criatura busca sobrepor-se aos desígnios
divinos.
Estabelece-se, então, o desequilíbrio, porque ninguém enganará a Divina
Lei. E o homem sofre, compulsoriamente, na tarefa de reparação.
Alguns companheiros desesperam-se no bom combate pela perfeição
própria e lançam-se num verdadeiro inferno de sombras interiores. Queixam-se do
destino, acusam a sabedoria criadora, gesticulam nos abismos da maldade,
esquecendo o capricho e a imprevidência que os fizeram cair.
Jesus, no entanto, há quase vinte séculos, exclamou:
“Lançai a rede para a banda direita do barco e achareis.”
Figuradamente, o espírito humano é um “pescador” dos valores evolutivos, na
escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o “barco”. Em cada novo
dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. Estaremos lançando a
nossa “rede” para a “banda direita”?
Fundam-se nossos pensamentos e atos sobre a verdadeira justiça?
Convém consultar a vida interior, em esforço diário, porque o Cristo, nesse
ensinamento, recomendava, de modo geral, aos seus discípulos: “Dedicai vossa
atenção aos caminhos retos e achareis o necessário.”
Extraído do livro: Caminho, verdade e vida, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de
Emmanuel.
AUTO AFIRMAÇÃO
As raízes da auto-afirmação do indivíduo encontram-se na sua infância,
quando os movimentos automáticos do corpo são substituídos pelas
palavras, particularmente quando é usada a negativa. Ao recusar qualquer
coisa, mediante gestos, a criança demonstra que ainda não se instalaram os
pródromos da sua identidade. No entanto, a recusa verbal, peremptória, a
qualquer coisa, mesmo aquelas que são agradáveis, denotam que está
sendo elaborada a auto-afirmação, que decorre da capacidade de escolha
daquilo que interessa, ou simplesmente se trata de uma forma utilizada
para chamar a atenção para a sua existência, para a sua realidade.
Trata-se de um senso de identificação infantil, sem dúvida, no qual a
criança, ainda incapaz de discernir e entender, procura conseguir o espaço
que lhe pertence, dessa maneira informando que já existe, que solicita e
merece reconhecimento por parte das demais pessoas que a cercam.
Quando a criança concorda, afirmando a aceitação de algo, age apenas
mecanicamente e por instinto, enquanto que se utilizando da negativa,
também denominada conceito do não, dá início à descoberta do senso de si
mesma, do seu Self, passando, a partir desse momento, a exteriorizá-lo,
afirmando o NÃO, mesmo quando sem necessidade de fazê-lo. E a sua
maneira de auto-identificação que, não raro, parece estranho aos adultos
menos conhecedores dos mecanismos da mente infantil.
Quando ocorre a inibição da negativa — o que é muito comum — esse
fenômeno dará surgimento a alguém que, no futuro, não saberá exatamente
o que deseja da vida, experimentando uma existência sem objetivo, que o
leva a ser indiferente a quaisquer resultados, e, por cuja razão, evita
expressar-se negativamente, deixando-se arrastar indiferente aos
acontecimentos, assim desvelando o estado íntimo de inibição, de timidez
e de recusa de si mesmo. Com o tempo essa situação se agrava, levando-o
a um estado de amorfia psicológica.
Contatos: E-mail: [email protected]/Facebook: Centro Espírita Deus Cristo e Caridade EDITOR – Gildineide Marinho/REDATOR: Carlos Alves
O Self, por sua vez, se estrutura e se fixa através do sentimento, e quando
este se encontra confuso, sem delineamento, a auto-afirmação se
enfraquece e a capacidade de dizer NÃO perde a sua força, o seu sentido.
A auto-afirmação se expressa especialmente no desejo de algo, mediante
duas atitudes que, paradoxalmente se opõem: o que se deseja e o que se
rejeita.
Em um desenvolvimento saudável da personalidade, sabe-se o que se quer
e como consegui-lo, o que se torna decorrência inevitável da capacidade
de escolha. Quando tal não ocorre, há surgimento de uma expressão
esquizóide, na qual o paciente foge para atitudes de submissão receosa e
de revolta interior. Silencia e afasta-se do grupo social que passa a ser
visto com hostilidade, por haver-se negado a penetrá-lo, alegando, no
entanto, que foi barrado... A sua óptica distorcida da realidade, trabalha
em favor de mecanismos de transferência de culpa e de responsabilidade.
Mediante essa conduta, o enfermo se nega a liberação dos conflitos,
mantendo-se em atitude cerrada, por falta do senso de auto-afirmação. O
seu é o conceito falso de que não é bem-vindo ao grupo que ele acredita
não o aceitar, quando, em verdade, é ele quem o evita e se afasta do
mesmo.
À medida que vão sendo liberados os sentimentos perturbadores e
negativos que se encontram em repressão, os desejos de afetividade, de
expressão, de harmonia, manifestam-se, direcionando-o para valiosas
conquistas.
Com o desenvolvimento da capacidade de julgar valores, surgem as
oportunidades de auto-afirmação, face à necessidade de escolhas
acertadas, a fim de atender aos desejos de progresso, de crescimento ético-
moral e de realização interior.
Por meio de exercícios mentais, nos quais se encontrem presentes as
aspirações elevadas e de enobrecimento, bem como através de movimentos
respiratórios e físicos outros, para liberar o corpo da couraça dos conflitos
que o tornam rígido, a auto-afirmação se fixa, propiciando um bom
relaxamento, que se faz compatível com o bem-estar que se deseja.
Com o desenvolvimento intelecto-moral da criança, passando pela
adolescência e firmando os propósitos de autoconquista, mais bem
delineadas surgem as linhas de segurança da personalidade que enfrenta os
desafios com tranqüilidade e esperanças renovadas.
Nesse particular, a vontade desempenha importante papel, trabalhando em
favor de conquistas incessantes, que contribuem para o amadurecimento
psicológico, característica vigorosa da saúde mental e moral.
Em cada vitória alcançada através da vontade que se faz firme cada vez
mais, o ser encontra estímulos para novos combates, ascendendo
interiormente e afirmando-se como conquistador que se não contenta em
estacionar nos primeiros patamares defrontados durante a escalada de
ascensão. Desejando as alturas, não interrompe a marcha, prosseguindo
impertérrito no rumo das cumeadas.
Esta é a finalidade precípua do desenvolvimento emocional, estabelecendo
diretrizes que definam a realidade do ser, que se afirma mediante esforço
próprio. Em tal cometimento, não podem ficar esquecidos o contributo dos
pais, da família, da sociedade, e as possibilidades inatas, que remanescem
do seu passado espiritual.
Estando, na Terra, o Espírito, para aprender, reparar e evoluir, nele
permanecem as matrizes da conduta anterior, facultando-lhe possibilidades
de triunfo ou impondo-lhe naturais empecilhos que lhe cumpre superar.
Quando a auto-afirmação não se estabelece, apresentando indivíduos
psicologicamente dissociados da própria realidade, tem-se a medida dos
seus compromissos anteriores fracassados e da concessão que a Vida lhe
propicia por segunda vez para regularizá-los.
Cumpre, portanto, ao psicoterapeuta, o desenvolvimento de uma visão
profunda do Self, de forma especial, em relação ao ser eterno que transita
no corpo em marcha evolutiva.
Somente assim, se poderá entender racionalmente o porquê de
determinados indivíduos iniciarem a auto-afirmação nos primeiros meses
da infância, enquanto outros já se apresentam fanados, incapazes de lutar
em favor da sua realidade, no meio onde passará a experienciar a vida.
A sociedade marcha inexoravelmente para a compreensão do Espírito
eterno que o homem é, do seu processo paulatino de evolução através dos
renascimentos, herdeiro de si mesmo, que transfere de uma para outra
etapa as realizações efetuadas, felizes ou equivocadas, qual aluno que
soma experiências educacionais, promovendo-se ou retendo-se na
repetição das lições não gravadas, com vistas à conclusão do curso.
A Terra assume sua condição de escola que é, trabalhando os educandos
que nela se encontram e propiciando-lhes iguais oportunidades de
evolução e de paz. Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Amor, Imbatível Amor.
Autor: Joanna de Ângelis (espírito)
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