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Teleaula 02

Tema 2 - Tcnicas de Anlise de Investimentos Tema 3 - Efeitos da Inflao na anlise de investimentos

Prof Msc. Rozana Carvalho Pereira

O conceito de Anlise de Investimentos pode ser considerado como um conjunto de tcnicas que permitem a comparao entre os resultados de tomada de decises referentes a alternativas diferentes de forma cientfica. Um estudo de anlise de investimentos compreende: a. um investimento a ser realizado; b. enumerao de alternativas viveis; c. anlise de cada alternativa; d. comparao das alternativas; e. escolha da melhor alternativa

Notao de fluxo de caixa

O fluxo de caixa pode ser resumido, assim, em entradas e sadas de caixa, em determinadas datas de tempo. Sendo: Fluxo de caixa positivo: seta para cima Fluxo de caixa negativo: seta para baixo O tempo representado por uma reta com indicaes das datas

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Projetos nicos e projetos concorrentes: Os projetos de investimentos podem ser basicamente de duas modalidades diferentes. a) Projetos nicos: a deciso a ser tomada se o projeto tem viabilidade. b) Projetos concorrentes: so projetos ara os quais h alternativas, de modo que uma alternativa inviabiliza a outra. Nesse sentido so concorrentes.

Tcnicas de Anlise de Investimentos: Existem diversas tcnicas de anlise de investimentos, das mais simples s mais sofisticadas, porm, destacam-se trs principais: -Perodo de retorno (payback). -Valor Presente Lquido(VPL) -Taxa Interna de Retorno (TIR)

Perodo de Retorno (payback) Ele mede o tempo necessrio para que a somatria das parcelas anuais seja igual ao investimento inicial. Este mtodo bastante utilizado pelos empresrios para determinar a atratividade de um investimento. Considerando que o maior objetivo de um projeto o lucro e no o tempo de recuperao do capital investido, este mtodo ignora qualquer ocorrncia alm do perodo final em que o capital foi recuperado. Assim mesmo, ele pode fornecer informaes de interesse, principalmente quando o futuro altamente incerto, e o interesse em recuperar o investimento inicial o mais rpido possvel, mas este mtodo deve ser usado somente para fornecer informaes adicionais.

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PaybackA melhor forma de calcular o payback constituir uma tabela com o valor do investimento inicial, os perodos, o fluxo de caixa da cada perodo e o valor acumulado dos fluxos de caixa. No momento em que o valor dos fluxos de caixa atingir o valor do investimento inicial, atingiuse o payback.ProjetoA Inves&mentoinicial Ano 1 2 3 4 5 (500.000) Entradasdecaixa 100.000 200.000 200.000 200.000 300.000 Acumulado (500.000) Acumulado 100.000 300.000 500.000 700.000 1.000.000

Critrios de deciso com o payback Projeto nico: deve-se definir um tempo mximo aceitvel de payback. Definido esse tempo, se o projeto tiver um payback inferior ao mximo aceitvel, aceita-se o projeto, seno rejeita-se. Projetos concorrentes: com dois ou mais projetos que so excludentes, deve-se escolher apenas o melhor, ou seja, o que tem menor payback tendo por tanto o retorno mais rpido.

Uma empresa de bebidas deseja construir uma nova fbrica de refrigerantes, que pode ser do guaran(projeto A) ou de soda limonada(projeto B). Os projetos so excludentes. Qual deve ser o projeto escolhido?

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ProjetoA Inves&mentoinicial Ano 1 2 3 4 5 (7.000.000) Entradasdecaixa 3.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 2.500.000

Acumulado

Acumulado 3.000.0007.000.000 10.000.000 12.000.000 14..000.000 ProjetoA Acumulado (6.000.000) Acumulado 1.500.000 3.000.000 4.500.000 6.000.000 8.000.000

(7.000.000)

Inves&mentoinicial Ano 1 2 3 410

(6.000.000) Entradasdecaixa 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 2.000.000

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Crticas ao payback:

1) No .leva em conta o valor do dinheiro no tempo:No compara o investimento realizado com possveis ganhos em outros investimentos, tais como aplicaes financeiras. 2) No considera os riscos de cada projeto, que podem ser muito diferentes: considera que todos os investimentos possuem o mesmo risco. 3) No considera os fluxos de caixa aps o perodo de payback:l Analise o investimento at ser recuperado. Essa postura pode levar a graves erros, conforme exemplo a seguir:

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ProjetoA Inves&mentoinicial Ano 1 2 3 4 5 (6.000.000) Entradasdecaixa 3.000.000 3.000.000 500.000 500.000 500.000

Acumulado

(6.000.000) Acumulado 3.000.000 6.000.000 6.500.000 7.000.000 7.500.000 ProjetoB Acumulado (6.000.000) Acumulado 2.000.000 4.000.000 6.000.000 9.000.000 15.000.000

Inves&mentoinicial Ano 1 2 3 412

(6.000.000) Entradasdecaixa 2.000.000 2.000.000 2.000.000 3.000.000 6.000.000

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O payback pode continuar a ser utilizado, porm apenas como uma primeira estimativa do investimento, sendo necessrias anlises adicionais por mtodos mais robustos, como o VPL ou a TIR.

Em conjunto com essas tcnicas.

Valor Presente Lquido

Faz necessrio construir o fluxo de caixa do projeto, sendo os principais componentes: -Investimento inicial e investimentos adicionais; Fluxos de caixa positivos ou negativos de retorno; Valar residual do investimento, se houver. Aps a montagem do fluxo de caixa, adota-se uma taxa de desconto, tambm conhecida como Taxa Mnima de Atratividade(TMA) para trazer o fluxo de caixa a valor presente.

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A Taxa Mnima de Atratividade (TMA) Deve representar o retorno mnimo exigido, em porcentagem, para o investidor concordar em realizar o projeto. J que esses recursos poderiam ser utilizados em outros investimentos. Taxa de retorno da aplicao financeira: supe que o custo de oportunidade seja o de deixar os recursos aplicados em investimento de baixo risco (renda fixa) Taxa de captao de emprstimos: supe que a empresa no possua recursos para investir e, assim, ser obrigada a captar um emprstimo.

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Exemplo: O projeto do investimento A apresenta as seguintes estimativas de fluxo de caixa anual para sua vida til: 350mil 200mil0 1 2 3 4 5

300mil

300mil

300mil

800 mil

TMA = 20% ao ano

Na HP12C:

F fin 800.000 CHS G CF0 200.000 G CFJ 1 G NJ 300.000 G CFJ 3 G NJ 350.000 G CFJ 1 G NJ 20 I F NPV = 33.944,19 ( O projeto foi capaz de recuperar o investimento inicial de 800.000, alm de proporcionar um retorno de 20% ao ano (TMA), oferecendo ainda um retorno adicional de R$ 33.944,19. Deve-se aceitar o projeto, pois permite um retorno superior ao mnimo exigido(TMA)

Taxa Interna de retorno(TIR)

A Taxa Interna de Retorno (TIR), em ingls IRR (Internal Rate of Return), a taxa necessria para igualar o valor de um investimento (valor presente) com os seus respectivos retornos futuros ou saldos de caixa. . Utilizando uma calculadora financeira, encontramos para o projeto P uma Taxa Interna de Retorno de 15% ao ano. Esse projeto ser atrativo se a empresa tiver uma TMA menor do que 15% ao ano. A soluo dessa equao pode ser obtida pelo processo iterativo, ou seja "tentativa e erro", ou diretamente com o uso de calculadoras eletrnicas ou planilhas de clculo.

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Exemplo: Oprojetodeinves&mentoKpodeser sinte&zadonouxodecaixaaseguir:ATMA doprojetofoies&madaem15%aoano.

Exemplo: 52mil20mil 0 1 2 3 4 5 32mil 19mil 15mil

100 mil

Tema 3: Efeitos da Inflao na anlise de investimentos

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"Acreditar que a experincia ou a intuio resolvem todos os problemas na empresa, no mais justificado do que sustentar, ao contrrio, que qualquer problema possa ser resolvido por mtodos cientficos. A anlise e o estudo em profundidade dos mecanismos tornam menos incerta a tomada de, decises, ou, pelo menos, removem muitas hesitaes dos dirigente nesse processo;" K. PENNYCUICK.

Inflao Pode ser definida de forma simples, como aumento generalizado de preos, que provoca a reduo do poder aquisitivo da moeda e depreciao dos valores dos ativos. Pode-se dizer que com a mesma quantidade de unidades monetrias passa-se a comprar menor quantidade de produtos e servios. Quando ocorre o contrrio, esse fenmeno chama-se deflao. Algumas conseqncias da inflao: -problema com distribuio de renda - alterao na relao entre salrio - consumo - poupana

Ou seja: A Inflao descreve o aumento persistente e generalizado no valor dos preos. E a Deflao a diminuio geral do nvel dos preos

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A inflao medida pelos chamados ndices de preos, que so a mdia ponderada dos preos de uma cesta de bens escolhidos, em determinado perodo nas principais capitais do Brasil. Basicamente:IGP e IPC -ndices Gerais de Preo (IGP): Primeira observao - 1944.Fundao Getlio Vargas -registram as variaes de preos de matrias-primas agropecurias e industriais, de produtos intermedirios e de bens e servios finais. Apresentam-se em trs verses: -ndice Geral de Preos - 10 (IGP-10) ndice Geral de Preos do Mercado (IGP-M) ndice Geral de Preos Disponibilidade Interna (IGP-DI). A diferena entre eles est no perodo de coleta das informaes para clculo do ndice.

Os preos coletados em cada perodo so comparados aos levantados nos 30 dias imediatamente anteriores: O IGP-10 mede a evoluo de preos no perodo compreendido entre os dias 11 do ms anterior e 10 do ms de referncia. A srie do IGP-10 teve incio em 1993. O IGP-M coletado entre os dias 21 do ms anterior e 20 do ms de referncia. Sua srie comea em 1989. O IGP-DI coletado entre o primeiro e o ltimo dia do ms de referncia. A srie histrica retroage a 1944. O IGP-M, diferentemente das demais verses, conta com um sistema de apuraes prvias divulgadas antes do fechamento mensal. Essas prvias apresentam resultados parciais do ndice com base na coleta realizada em perodos de dez dias

PerodosdeColetadePreos MsAnterior MsdeReferncia

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10

20

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IGP10 IGPM IGPDI

Fonte: http://portalibre.fgv.br/main.jsp? lumChannelId=402880811D8E34B9011D92B6160B0D7D

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O IGP a mdia aritmtica ponderada de trs outros ndices de preos. So eles: ndice de Preos ao Produtor Amplo (IPA), ndice de Preos ao Consumidor (IPC), ndice Nacional de Custo da Construo (INCC). Os pesos de cada um dos ndices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais resultando na seguinte distribuio: 60% para o IPA, 30% para o IPC, 10% para o INCC.

Abrangncia Setorial: Indstria, Construo Civil, Agricultura, Comrcio Varejista e Servios prestados s famlias

O ndice de Preos ao Consumidor (IPC) mede a variao de preos de um conjunto fixo de bens e servios componentes de despesas habituais de famlias com nvel de renda situado entre 1 e 33 salrios mnimos mensais. Sua pesquisa de preos se desenvolve diariamente, cobrindo sete das principais capitais do pas: So Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Braslia. O clculo do IPC realizado com base nas despesas de consumo obtidas atravs da Pesquisa de Oramentos Familiares (POF) realizada no binio (2002/2003) pelo IBRE/FGV. Com as informaes do levantamento foram construdas as estruturas de ponderao que expressam, em termos percentuais, a importncia monetria dos bens e servios componentes da amostra do IPC.

Com base na POF construiu-se a composio final das verses do ndice de Preos ao Consumidor. Os bens e servios que integram a amostra foram classificados em sete grupos ou classes de despesa, 25 subgrupos, 87 itens e 456 subitens. As sete classes de despesa so: Alimentao, Habitao, Vesturio, Sade e Cuidados Pessoais, Educao, Leitura e Recreao, Transportes e Despesas Diversas.

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Principais usos:ndice referncia para avaliao do poder de compra do consumidor. Abrangncia Geogrfica:So Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Braslia. Abrangncia Setorial:Alimentao, Habitao, Vesturio, Sade e Cuidados Pessoais, Educao, Leitura e Recreao, Transportes e Despesas Diversas. Perodo de Coleta:A coleta de preos realizada diariamente para alimentar o sistema de apurao de sete verses do IPC. IPC Dirio, IPC-S, IPC-10, IPC-M, IPC-DI, IPC-3i e IPC-C1. Periodicidade:A famlia de ndices de P r i m e i r a Preos ao Consumidor, da FGV conta com observao:1947. mltiplas periodicidades: mensal, trimestral, quadrissemanal e diria*.

O que causa a inflao? So vrios os fatores que causam inflao. Um dos mais importantes a (a) aproximao entre oferta e demanda agregada. Em outras palavras, quando o consumo interno de um pas fica muito perto de sua capacidade produtiva, os empresrios podem ter incentivo para aumentar os preos. Outro processo muito comum o (b) choque de oferta, que se d quando algum imprevisto causa queda brusca no volume de produo de determinado bem. Trata-se de ocorrncia relativamente comum no setor agrcola, pois, no raro, lavouras so afetadas por problemas climticos. Contudo, tais declnios acentuados de produo tendem a ter efeito limitado sobre os ndices gerais de preo, haja vista que o clculo de sua variao d-se sobre uma cesta muito grande de produtos.

H outros fatores, no menos relevantes, que influenciam o comportamento da inflao. Um deles (c) a variao cambial. Uma eventual elevao sbita da cotao do dlar ante o real, como a que se viu em 1999, tem como efeito automtico o encarecimento dos chamados produtos tradables, isto , aqueles comercializveis tanto interna quanto externamente que esses bens e servios, justamente por essa caracterstica, so cotados na moeda americana. Ainda no campo externo, um (d) fenmeno inflacionrio que atinja diversos pases tende a contaminar os preos domsticos. o que se viu antes da crise financeira americana de 2008, quando as cotaes das commodities agrcolas, minerais e energticas subiam com vigor na esteira da pujante demanda internacional.

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Por fim, (e) a inflao passada tambm pode alimentar reajustes de preos no presente. Este processo, que atualmente se d em nvel muito menor que o verificado no perodo de hiperinflao, chamado de indexao. A boa notcia que este efeito restringe-se hoje aos chamados preos administrados - aqueles regulados por contratos que determinam a recomposio da inflao passada por meio de um ndice de preo. Este o caso de muitos servios pblicos, cadernetas de poupana e aluguis.

Como combater a inflao? No Brasil, o principal instrumento para combater a inflao a poltica de juros, cuja taxa bsica (a Selic) fixada pelo Banco Central. Ao aument-la, o BC eleva o custo do dinheiro, tornando mais caro o crdito para o consumo e para expandir a capacidade produtiva. Com menos pessoas e empresas consumindo bens e servios, os preos tendem a cair. A reduo dos gastos pblicos tambm poderia contribuir para o combate da inflao. A explicao que o Estado, assim como as famlias e o setor privado, um importante demandante de tudo o que se produz na economia. S que, ao contrrio dos outros dois, o setor pblico pouco reage alta dos juros e dificulta o trabalho do BC de controlar a elevao dos preos.http://veja.abril.com.br/perguntasrespostas/inflacao.shtml

O que a inflao crnica? PLT pg. 69

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Taxa Nominal e Taxa real A taxa nominal de juros usada para demonstrar os efeitos da inflao no perodo analisado, tendo por base os fundos financeiros (emprstimos). Por exemplo, vamos supor que um emprstimo no valor de R$ 5 000,00 seja pago ao final de seis meses com o valor monetrio de R$ 7 000,00. O clculo da taxa nominal de juros ser feita da seguinte forma: juros pagos / valor nominal do emprstimo.

Juros 7 000 5 000 = 2 000 Taxa nominal de juros 2 000 / 5 000 = 0,4 40%Portanto, a taxa nominal de juros de um emprstimo de R$ 5 000,00 que teve como quitao o valor de R$ 7 000, teve uma taxa nominal de juros de 40%.

A taxa real expurga o efeito da inflao. Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros que, elas podem ser inclusive, negativas! Numa operao financeira com taxas pr-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano com $150.000,00. Sendo a inflao durante o perodo do emprstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal e real deste emprstimo. Teremos que a taxa nominal ser igual a: in = (150.000 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = 0,25 = 25% Portanto in = 25% Como a taxa de inflao no perodo igual a j = 10% = 0,10, substituindo na frmula temos: (1 + in) = (1+r). (1 + j) (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10) 1,25 = (1 + r).1,10 1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364 Portanto, r = 1,1364 1 = 0,1364 = 13,64%

Se a taxa de inflao no perodo fosse igual a 30%, teramos para a taxa real de juros: (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30) 1,25 = (1 + r).1,30 1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615 Portanto, r = 0,9615 1 = -,0385 = -3,85% e,

Analisando... A taxa de juros

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Consideraes Para a anlise de investimento considerar a inflao em um pas primordial, pois atravs deste pode-se calcular a viabilidade. O entendimento dos ndices que podem ser considerados e da taxa nominal e real propicia maior tranqilidade no processo de deciso

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OBRIGADO!

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