causas e perfil de idosos hospitalizados em pelotas/rs, brasil

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Mestrado em Enfermagem Dissertação Fratura de fêmur: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil Fernanda dos Santos Pelotas, 2012

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Page 1: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Mestrado em Enfermagem

Dissertação

Fratura de fêmur: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

Fernanda dos Santos

Pelotas, 2012

Page 2: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

2

FERNANDA DOS SANTOS

FRATURA DE FÊMUR: CAUSAS E PERFIL DE IDOSOS HOSPITALIZADOS EM

PELOTAS/RS, BRASIL

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Enfermagem (Linha de

Pesquisa: Prática de Atenção em

Enfermagem e Saúde) da Faculdade de

Enfermagem da Universidade Federal de

Pelotas, como requisito parcial à obtenção

do título de Mestre em Ciências área de

concentração: Práticas Sociais em

Enfermagem e Saúde.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Celmira Lange

Pelotas, 2012

Page 3: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

S237f Santos, Fernanda dos

Fratura do fêmur: causas e perfil de idosos hospitalizados em

Pelotas/RS, Brasil / Fernanda dos Santos; orientadora Celmira Lange. -

Pelotas, 2012.

116 f.

Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Faculdade de

Enfermagem, Universidade Federal de Pelotas, 2012.

1. Enfermagem. 2. Fratura de fêmur. 3. Envelhecimento.

4. Hospitalização. 5. Queda. I. Lange, Celmira, orient. II. Título.

CDD: 610.73

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Catalogação na Fonte: Aline Herbstrith Batista CRB 10/ 1737

Biblioteca Campus Porto - UFPel

Page 4: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

3

Folha de Aprovação

Autora: Fernanda dos Santos

Título: Fratura de fêmur: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS,

Brasil

Dissertação apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em

Enfermagem da Universidade Federal

de Pelotas, para obtenção do título de

Mestre em Ciências área de

concentração: Práticas Sociais em

Enfermagem e Saúde.

Aprovada em: 21 de dezembro de 2012

Banca examinadora

_______________________________

Prof.ª Dr.ª Celmira Lange

Presidente da Banca

FEn/UFPel

___________________________ ___________________________

Prof.ª Dr.ª Elaine Thumé Prof.o Dr.o José Luiz Pozo Raymundo

Membro Titular Membro Titular

FEn/UFPel FAMED/UFPel

_________________________________ ____________________________

Prof.ª Dr.ª Maria Elena Echevarría-Guanilo Prof.ª Dr.ª Rosani Manfrin Muniz

Membro Suplente Membro Suplente

FEn/UFPel FEn/UFPel

Page 5: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

4

Dedicatória

Dedico este trabalho às pessoas que me amam e torcem por mim.

Page 6: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

5

Resumo

SANTOS, Fernanda dos. Fratura de fêmur: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil. 2012. 115f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

A fratura de fêmur está entre as lesões traumáticas mais comuns na população de idosos, apresenta uma alta taxa de mortalidade no primeiro ano pós-fratura, causa perda da capacidade funcional, deixando cerca da metade dos idosos incapazes de deambular e um quarto necessita de cuidado domiciliar prolongado. O objetivo geral da pesquisa foi descrever as causas da fratura de fêmur e o perfil de idosos com diagnóstico de fratura de fêmur, hospitalizados pelo SUS na cidade de Pelotas/RS, Brasil. Optou-se por um estudo transversal e descritivo com idosos que tiveram fratura de fêmur e se internaram no Hospital Santa Casa de Pelotas, no período de fevereiro a agosto de 2012. As variáveis foram: dados socioeconômicos, demográficos, relacionados à saúde/doença, além do Miniexame do Estado Mental (MEEM). Foram entrevistados 50 idosos, destes, 39 mulheres e 11 homens. Os idosos fraturados, em sua maioria, eram da cor branca, aposentados, viúvos, sabiam ler e escrever, e residiam com alguém. A morbidade prevalente foi a HAS, com 56% da amostra; a maioria relatou fazer uso contínuo de medicamentos e não realizar atividade física. O mecanismo do trauma predominante foi a queda ocorrida dentro do domicílio do idoso, e 78% dos idosos referiram dificuldade para caminhar antes da fratura. Em relação ao rastreamento de sinais de demência, teve-se que 84% dos idosos com fratura de fêmur apresentavam déficit cognitivo. Por meio dos resultados apresentados nesta pesquisa, e pelo processo de envelhecimento da população vivenciado no Brasil e na cidade do estudo, se fazem pertinentes campanhas de prevenção às quedas entre os idosos, com consequente promoção da melhora da qualidade de vida desta população.

Palavras-Chave: Idoso. Fratura de fêmur. Hospitalização. Envelhecimento. Queda.

Page 7: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

6

Abstract

SANTOS, Fernanda dos. Femur fracture: causes and profile of hospitalized elderly in Pelotas/RS, Brazil. 2012. 115f. Dissertação (Mestrado) – Programa de

Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. Femur fracture is among the most common traumatic injuries in the elderly population, it presents a high mortality rate in the first year after fracture, it causes loss of functional capacity, resulting in about half of the elderly being unable to walk and in a quarter the need of extended care at home. The main objective of this research was to describe the causes of femur fractures and the profile of older adults with a diagnosis of femur fracture, hospitalized by SUS in the city of Pelotas / RS, Brazil. We opted for a cross-sectional descriptive study with elderly people who had femur fractures and were hospitalized in the Santa Casa de Pelotas Hospital, from February to August 2012. The variables were: Socioeconomic, demographic, and related to health / illness, besides the Mini Mental State Examination (MMSE). We interviewed 50 individuals, 39 women and 11 men. From the elderly fractured, mostly were white, retired, widowed, could read and write, and living with someone. Morbidity was prevalent hypertension with 56% of the sample, the majority reported continuous use of drugs and physical inactivity. The predominant mechanism of injury was falls occurred in the home of the elderly, and 78% of the elderly reported difficulty in walking before fracture. Regarding the tracking signs of dementia, 84% of elderly patients with femur fractures had cognitive impairment. Through the results presented in this research, and the aging of the population living in Brazil and in the city of study, it is relevant falls prevention campaigns among the elderly, with consequent promotion of improvement in the quality of life in this population. Keywords: Elderly. Femur fracture. Hospitalization. Aging. Fall.

Page 8: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

7

Sumário

Apresentação ............................................................................................................. 9

I Projeto de Pesquisa .............................................................................................. 10

1 Introdução ............................................................................................................. 15

2 Revisão de Literatura ........................................................................................... 18

2.1 Estratégias de busca......................................................................................... 18

2.2 Transição Demográfica e Epidemiológica ...................................................... 21

2.3 Políticas Públicas voltadas para o Envelhecimento Populacional ............... 31

3 Justificativa ........................................................................................................... 38

4 Objetivos ............................................................................................................... 39

4.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 39

4.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 39

5 Hipóteses .............................................................................................................. 40

6 Métodos ................................................................................................................. 41

6.1 Delineamento ..................................................................................................... 41

6.2 Local do Estudo................................................................................................. 41

6.3 População alvo .................................................................................................. 41

6.4 Critérios de inclusão ......................................................................................... 42

6.5 Critérios de exclusão ........................................................................................ 42

6.6 Variáveis ............................................................................................................. 42

6.7 Princípios Éticos ............................................................................................... 45

6.8 Logística ............................................................................................................. 45

6.8.1 Coleta de dados .............................................................................................. 45

6.8.2 Instrumento de Pesquisa ............................................................................... 47

6.9 Construção do Banco de Dados e Análise ..................................................... 47

6.10 Divulgação dos Resultados ............................................................................ 48

7 Recursos Utilizados na Pesquisa ....................................................................... 49

7.1 Recursos Humanos ........................................................................................... 49

7.2 Plano de Despesas ............................................................................................ 49

Page 9: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

8

8 Cronograma .......................................................................................................... 50

Referências .............................................................................................................. 51

II Relatório do Trabalho de Campo ........................................................................ 56

1 Introdução ............................................................................................................. 57

2 Elaboração do Instrumento ................................................................................. 58

2.1 Questionário ...................................................................................................... 58

2.2 Manual ................................................................................................................ 59

3 Amostragem ......................................................................................................... 60

4 Seleção e capacitação da equipe ........................................................................ 60

4.1 Equipe técnica do projeto ................................................................................. 60

5 Logística anterior ao trabalho de campo .......................................................... 61

6 Coleta de dados .................................................................................................... 61

7 Controle de qualidade .......................................................................................... 62

8 Elaboração do banco de dados e digitação ....................................................... 62

9 Análise dos dados ................................................................................................ 62

APÊNDICES ............................................................................................................. 64

ANEXO...................................................................................................................... 99

III Artigo com os principais resultados da pesquisa .......................................... 101

Page 10: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

9

Apresentação

O presente trabalho foi construído como requisito para a obtenção do título

de Mestre em Ciências do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEn)

da Faculdade de Enfermagem (FEn) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Esse programa tem como área de concentração Práticas Sociais em Enfermagem e

Saúde. O estudo foi desenvolvido na linha de pesquisa 1 – Práticas de Atenção em

Enfermagem e Saúde.

O mestrado teve seu início em março de 2010 e seu término em dezembro

de 2012. Esta dissertação de mestrado é composta das seguintes partes:

I Projeto de Pesquisa: qualificado no mês de dezembro de 2011. Esta versão

congrega as modificações sugeridas pela banca examinadora na qualificação.

II Relatório do trabalho de campo: descreve a logística do trabalho de campo,

desde a formação e capacitação da equipe para a coleta dos dados até a análise e

segurança dos dados.

III Artigo com os principais resultados da pesquisa: Características de idosos

com fratura de fêmur da cidade de Pelotas/RS, Brasil. Será submetido à publicação

após aprovação pela banca examinadora e incorporação das sugestões.

Page 11: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

10

I Projeto de Pesquisa

Page 12: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

11

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Mestrado em Enfermagem

Projeto de Dissertação

Fratura de fêmur: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

Fernanda dos Santos

Pelotas, 2011

Page 13: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

12

FERNANDA DOS SANTOS

FRATURA DE FÊMUR: CAUSAS E PERFIL DE IDOSOS HOSPITALIZADOS EM

PELOTAS/RS, BRASIL

Projeto de Dissertação apresentado ao

Programa de Pós-Graduação em

Enfermagem (Linha de Pesquisa: Prática

de Atenção em Enfermagem e Saúde) da

Faculdade de Enfermagem da

Universidade Federal de Pelotas, como

requisito parcial à obtenção do título de

Mestre em Ciências área de concentração:

Práticas Sociais em Enfermagem e Saúde.

Orientadora: Profa. Dra. Celmira Lange

Pelotas, 2011

Page 14: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

13

Lista de Figuras Figura 1 Panorama de estudos sobre fratura de fêmur em idosos.....................19

Figura 2 Pirâmides etárias do Município de Pelotas, do Estado do Rio Grande

do Sul e do Brasil. IBGE, ...............................................................24

Figura 3 Variáveis de exposição investigadas nos idosos com fratura de fêmur

hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil. .................................................42

Figura 4 Plano de Despesas...............................................................................49

Figura 5 Cronograma de desenvolvimento do projeto de pesquisa....................50

Page 15: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

14

Lista de Siglas e Abreviaturas

10a Classificação Internacional de Doenças CID 10

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES

Descritores em Ciências da Saúde DeCS

Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCNT

Doenças Infecciosas e Parasitárias DIP

Estratégia de Saúde da Família ESF

Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS

Ministério da Educação ME

Miniexame do Estado Mental MEEM

Medical Subject Headings MeSH

Ministério da Saúde MS

Núcleo de Condições Crônicas e suas Interfaces NUCCRIN

Organização das Nações Unidas ONU

Organização Mundial da Saúde OMS

Organização Pan-Americana de Saúde OPAS

Política Estadual da Pessoa Idosa PEPI

Programa Nacional da Pessoa Idosa PNPI

Programa Nacional de Saúde da Pessoa Idosa PNSPI

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem PPGEn

Programa de Saúde da Família PSF

Public Medical PubMed

Scientific Eletronic Library Online SciELO

Sistema de Informações Hospitalares SIH

Sistema Único de Saúde SUS

Universidade Federal de Pelotas UFPel

Universidade de São Paulo USP

Page 16: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

15

1 Introdução

A maior parte da população idosa é constituída de pessoas saudáveis com

autonomia nas atividades da vida diária. No entanto, com o aumento da expectativa

de vida no Brasil e no mundo, aumenta também a incidência e prevalência das

doenças crônicas não transmissíveis e acidentes. Esse perfil de adoecimento leva a

processos de perda progressiva da autonomia e da independência (VERAS, 2009).

Exemplos desses processos são as síndromes demenciais, os déficits visuais,

cognitivos e auditivos, a instabilidade postural, quedas e outras situações, que

podem ser a causa, entre outras, da fratura de fêmur, agravo que acomete de

maneira drástica a vida dos idosos.

A fratura de fêmur está entre as lesões traumáticas mais comuns na

população de idosos brasileiros, apresenta uma alta taxa de mortalidade no primeiro

ano pós-fratura, causa perda da capacidade funcional, deixando cerca da metade

dos idosos incapazes de deambular e um quarto necessita de cuidado domiciliar

prolongado (MUNIZ et al., 2007). Em estudo realizado no Hospital de Clínicas da

Universidade Federal do Triângulo Mineiro, no período de dezembro de 2005 a maio

de 2006, com 68 pacientes com diagnóstico de fratura de fêmur, teve-se um total de

25 mortes em um ano após a fratura, e média de internação de 8,12 dias (ROCHA,

AZER, NASCIMENTO, 2008). De acordo com esse estudo percebe-se que a

mortalidade da fratura de fêmur um ano após o trauma é alta, e também a

hospitalização é uma consequência grave, que influencia negativamente a qualidade

de vida do idoso, no que se refere ao tempo de internação e provável necessidade

de acompanhante após a alta.

Para Fréz (2003), com o avanço das quedas e suas consequências ocorre um

aumento na necessidade de intervenções hospitalares, e, entre os idosos, essas

intervenções tornam-se mais longas, elevando à debilidade desses pacientes.

Pesquisadores identificaram, em estudo realizado na cidade de Marília/SP, o custo

direto de um episódio agudo com hospitalização para tratamento de fratura de fêmur

como sendo de US$ 5.500, sem mencionar se o tratamento foi no sistema público ou

privado (MUNIZ et al., 2007).

Page 17: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

16

A principal etiologia desse tipo de fratura são as quedas da própria altura, da

cadeira, entre outras, que em indivíduos acima dos 60 anos são tão frequentes que

há muito tempo são aceitas como efeitos “naturais” do envelhecimento. Tal

observação repousa no fato de que pelo menos 30% dos idosos no Brasil sofrem um

episódio de queda por ano, sendo que as mulheres têm uma frequência de quedas

um pouco mais elevada do que os homens da mesma faixa etária (SIQUEIRA, 2007;

PEREIRA et al., 2001).

Ribeiro et al. (2008) definem queda como um evento acidental que tem como

desfecho a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação

à sua posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil e apoio no solo.

E as fraturas estão entre as implicações mais comuns dentre os idosos que sofreram

queda (FABRICÍO, RODRIGUES, COSTA JÚNIOR, 2004; GAWRYSZEWSKI,

MELLO-JORGE, KOIZUMI, 2004; BARBOSA, NASCIMENTO; 2001).

Em consonância com os elevados gastos que o sistema de saúde tem com os

idosos internados por fratura de fêmur, e por esse trauma afetar de maneira negativa

a vida do idoso, com diminuição da capacidade funcional e morte, o Ministério da

Saúde propôs, para o biênio 2010 e 2011, várias metas em prol da saúde do idoso.

Entre elas, destaca-se aqui a redução das internações por fratura de fêmur nesta

população (BRASIL, 2009).

O Brasil, desde o início do milênio, vem vivenciando grandes mudanças na

idade populacional, e já é considerado um país de velhos. Sua população de idosos

teve um aumento de quase 700% em menos de 50 anos, demandando, dessa

forma, programas específicos e recursos públicos para dar a essa parcela da

sociedade melhores condições de vida, já que, com a velhice, ocorre uma exigência

maior de cuidados, medicação contínua e exames médicos periódicos (VERAS,

2009).

Envelhecer se define como um processo natural que caracteriza uma etapa

da vida do homem e dá-se por meio de mudanças físicas, psicológicas e sociais que

acometem de maneira particular cada indivíduo (MENDES et al., 2005). Segundo a

Organização Mundial da Saúde, para países em desenvolvimento são consideradas

idosas pessoas com 65 anos ou mais de idade. No Brasil, são considerados como

idosos os habitantes de 60 anos ou mais de idade (OMS, 2005).

O envelhecimento populacional é uma conquista de toda a sociedade, é um

grande triunfo da humanidade. Mas o processo de envelhecer, tanto no sentido

individual como no sentido populacional, em um país em desenvolvimento, é um

Page 18: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

17

trabalho bastante árduo. Esta alteração no perfil populacional causa elevação nas

demandas sociais e econômicas em todo o mundo no transcorrer do século XXI.

Nesse contexto, necessita-se de um maior empenho das autoridades para lidar com

estas demandas (VERAS, 2009).

Frente ao exposto, definiu-se como questão norteadora do estudo:

Quais são as principais causas de fratura de fêmur e o perfil de idosos

hospitalizados por meio do SUS com diagnóstico médico de fratura de fêmur na

cidade de Pelotas/RS, Brasil?

Page 19: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

18

2 Revisão de Literatura

A revisão de literatura consta de trabalhos científicos sobre idoso com fratura

de fêmur, políticas públicas para a população idosa no Brasil, transição demográfica

e epidemiológica, temáticas de interesse para esta pesquisa.

2.1 Estratégias de busca

As estratégias de busca utilizadas para realizar parte da revisão de literatura

foram a consulta em bases de dados eletrônicas e leitura de dissertações e teses,

entre outros. Mapearam-se estudos nacionais e internacionais referentes às

temáticas deste trabalho, publicados entre 2001 a 2011, no Brasil e/ou exterior.

A busca dos artigos foi realizada por meio do levantamento das produções

científicas nas bases eletrônicas de dados da Literatura Latino-Americana e do

Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), da Public Medical (PubMed) e no portal de

revistas on-line Scientific Eletronic Library Online (SciELO).

Os descritores utilizados para realização das buscas, previamente

consultados nos dicionários MeSH (Medical Subject Headings) e DeCS (Descritores

em Ciências da Saúde) foram: aged, fracture, femur. Os limites de busca foram as

línguas portuguesa, espanhola e inglesa, e o ano de publicação dos artigos.

Após levantamento dos estudos, foram identificadas as duplicatas de

resumos, excluídas as referências de artigos sem resumo disponível e aqueles que

não estavam especificamente relacionados ao tema de interesse. Selecionaram-se

178 artigos e, após leitura de seus títulos, restaram 136 artigos, dos quais, após

leitura dos resumos, ficaram 48 artigos que foram lidos na íntegra. A amostra final foi

de oito artigos que abordavam o perfil dos idosos com fratura de fêmur, conforme se

pode visualizar na Figura 2. Os demais 40 artigos tratavam de assuntos cirúrgicos

sobre a fratura de fêmur. Os critérios de inclusão para a seleção dos artigos foram:

línguas inglesa, portuguesa e espanhola, publicados nos últimos 10 anos, abordar a

temática “perfil do idoso com fratura de fêmur”; e como critérios de exclusão: artigos

que não abordassem a temática proposta. Na sequência, apresenta-se o resultado

Page 20: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

19

dessas buscas, além de revisões de outros trabalhos não selecionados na busca

mencionada acima.

O quadro abaixo mostra os artigos encontrados na literatura com os

descritores selecionados para o estudo, em que se tem o autor ou autores do artigo,

o ano de publicação, o título, o local de desenvolvimento da pesquisa, qual o

delineamento utilizado, quem compôs a amostra e o seu tamanho, e também as

principais contribuições do estudo para a população em geral.

AUTOR/ANO/TÍTULO LOCAL DELINEAMENTO AMOSTRA PRINCIPAIS

CONTRIBUIÇÕES

CARVALHO e COUTINHO,

2002

Demência como fator de

risco para fraturas graves

em idosos.

Brasil

Caso-controle

404 idosos

divididos

em 139

casos e

265

controles.

Os controles (não tinha

demência) mostraram-

se mais autônomos, no

que se refere às

atividades da vida

diária; os dados do

estudo confirmam que

a presença de

demência contribui

para o aumento no

risco de queda seguida

de fratura grave entre

idosos.

DZUPA V. et al. 2002

Mortality in patients with

proximal femoral fractures

during the first year after

the injury.

Reino

Unido

Descritivo

244

pacientes

No período de um ano

após a lesão, 85

pacientes morreram,

sendo 56 mulheres e

29 homens.

COUTINHO e SILVA, 2002

Uso de medicamentos

como fator de risco para

fratura grave decorrente de

queda em idosos.

Brasil

Caso-controle

484 idosos

divididos

em 169

casos e

315

Dentre os 169 casos

de fratura decorrente

de queda, 131 (77,5%)

eram do sexo feminino;

¼ de todos os que

caíram referiram ter

tropeçado em algo;

idosos que faziam uso

de bloqueadores de

canal de cálcio

Page 21: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

20

controles. apresentaram um risco

de fratura grave em

cerca de 96%.

FABRICIO; RODRIGUES;

COSTA-JUNIOR, 2004

Causas e conseqüências

de quedas de idosos

atendidos em hospital

público.

Brasil

Descritivo

50 idosos

A maioria das quedas

ocorreu entre os idosos

do sexo feminino, com

idade média de 76

anos, no próprio lar do

idoso. As causas foram

principalmente

relacionadas ao

ambiente físico (54%),

acarretando sérias

consequências aos

idosos, sendo as

fraturas as mais

frequentes (64%). A

queda teve grande

impacto na vida do

idoso no que se refere

às atividades da vida

diária.

SAKAKI et al., 2004

Estudo da Mortalidade na

fratura do Fêmur Proximal

em idosos.

Brasil

Estudo de

Revisão

Total de 25

artigos:

24.062

pacientes

com 60

anos ou

mais de

idade.

Os fatores associados

com a mortalidade

foram idade avançada,

presença de doenças

associadas, deficiência

cognitiva importante e

sexo masculino.

CUNHA e VEADO, 2006

Fratura da extremidade

proximal do fêmur em

Brasil

Estudo de Coorte

190

Um terço da amostra

apresentava algum

grau de dependência

funcional um ano pós-

fratura; 80% faziam

uso de uma ou mais

drogas potencialmente

Page 22: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

21 idosos: independência

funcional e mortalidade em

um ano.

pacientes causadoras de quedas

em idosos; o tempo

médio decorrido entre

a fratura e a cirurgia foi

4,1 dias; a mortalidade

em um ano foi de 25%.

MUNIZ et al., 2007

Caracterização dos idosos

com fratura de fêmur

proximal atendidos em

hospital escola público.

Brasil

Estudo

Prospectivo

89

prontuários

Em relação ao sexo,

55 (61,80%) eram do

sexo feminino; o

mecanismo de fratura

predominante foi a

queda da própria

altura; o tratamento

instituído em 79

(88,76%) dos

pacientes foi a

intervenção cirúrgica.

ROCHA; AZER;

NASCIMENTO, 2008

Evolução funcional nas

fraturas da extremidade

proximal do fêmur.

Brasil

Estudo

Prospectivo

68

pacientes

com

diagnóstico

de fratura

do fêmur.

O mecanismo do

trauma prevalente foi a

queda da própria

altura; o tratamento

cirúrgico foi instituído

em 39 pacientes e o

conservador em

quatro; foram

registrados 25 óbitos

no primeiro ano após a

fratura.

Figura 1 – Panorama dos estudos nacionais e internacionais envolvendo idosos com fratura de fêmur

(FONTE: AUTORA)

2.2 Transição Demográfica e Epidemiológica

O ser humano sonha em viver muitos anos e esse desejo vem se tornando

realidade desde a segunda metade do século XX, com a modificação do perfil da

população mundial, proporcionando a uma grande parcela da sociedade o aumento

da expectativa de vida. No entanto, chegar à terceira idade é uma tarefa bastante

árdua, principalmente para países em desenvolvimento, que envelheceram antes de

Page 23: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

22

ficarem ricos. Contudo, um envelhecimento bem-sucedido deve ser a meta a ser

alcançada pela sociedade (VERAS, 2009).

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o número de pessoas

com mais de 60 anos corresponde a mais de 12% da população mundial, sendo que

um em cada 10 habitantes do planeta já tem mais de 60 anos (ONU, 2005). E este

fenômeno denominado envelhecimento populacional está sendo experimentado

tanto por países ricos como pobres. Porém, a forma como este processo se dá em

cada país está relacionada ao grau de desenvolvimento do mesmo. Os países da

Europa e América do Norte, China e Japão já convivem há muito tempo com uma

elevada população de idosos, processo este que se deu de forma lenta, permitindo

uma organização na estrutura do país para atender esta faixa etária cada vez mais

crescente.

Em contrapartida, países como o México e o Brasil tiveram o envelhecimento

populacional de maneira rápida, necessitando urgentemente de políticas coerentes

para lidar com as consequências sociais, econômicas e de saúde do envelhecimento

populacional (GARRIDO, MENEZES, 2002). Processo este que se iniciou na década

de 60, acarretando uma grande explosão demográfica.

O envelhecimento populacional, que se define como uma mudança na

estrutura etária da população, se deu graças a diversos fatores, como avanços

científicos que se refletem na saúde, com a descoberta e inserção de novas técnicas

diagnósticas e terapêuticas, melhorias na infraestrutura das cidades, com o avanço

da urbanização e a ampliação da rede de saneamento, melhores condições

socioeconômicas e a redução da taxa de natalidade que ocorreu nas últimas

décadas (PERERIA, 2002).

Paralelamente a esses avanços, a partir de 1960 ocorreu uma transformação

na estrutura etária no Brasil em que houve um declínio significativo da mortalidade,

sendo compensada pelo efeito contrário de uma leve queda da fecundidade,

permanecendo, assim, constante a estrutura etária da população (COSTA et al.,

2003). Em 2000, o nível da fecundidade encontrava-se bem próximo daquele de

reposição, ou seja, o que produz crescimento nulo da população em longo prazo.

Como resultado, a população brasileira entrou em um sustentado processo de

desestabilização de sua estrutura etária, com estreitamento continuado da base da

pirâmide e, consequentemente, envelhecimento da população (CARVALHO,

GARCIA, 2003). Lebrão (2009) define essas mudanças com o nome de transição

Page 24: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

23

demográfica, que significa a passagem de um regime demográfico de alta natalidade

e alta mortalidade para outro com baixa natalidade e baixa mortalidade.

No cenário brasileiro, este envelhecimento da população ocorreu de forma

acelerada, passando de um cenário de mortalidade próprio de uma população

jovem, para um quadro de enfermidades complexas e onerosas, como doenças

crônicas. Essa alteração demográfica gerou grandes desafios para o governo, para

a sociedade civil e para os próprios idosos, que têm a necessidade de identificar o

seu lugar nesta sociedade em constante transformação (VERAS, 2009).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma população é

dita envelhecida quando a proporção de idosos alcança 7% com tendência a

aumentar (COSTA, PORTO e SOARES, 2003). Sob este aspecto, o censo 2010

retrata que o Brasil apresenta 9,5% da sua população total idosa (IBGE, 2010), com

tendência a crescer 16 vezes até 2025, passando a representar 12,9% da população

total, ficando em sexto lugar no ranking mundial no que se refere à população de

idosos (OMS, 2005). E, à medida que o país envelhece, também ocorre um aumento

na expectativa de vida da população; conforme dados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística, em 2010 a esperança média de vida ao nascer, no Brasil,

era de 73,1 anos, havendo diferença entre os sexos: 77 anos para as mulheres e

69,4 para os homens. A maior expectativa é no Sul, onde a média é de 74,7 anos,

sendo 71,4 anos para os homens e 78,2 anos para as mulheres (IBGE, 2009b). A

expectativa média no Rio Grande do Sul (RS) é uma das mais altas no país,

perdendo apenas para o Distrito Federal e para Santa Catarina. Para Veras (2009)

este aumento na expectativa de vida se deve principalmente ao avanço da medicina

e da qualidade de vida da população.

De acordo com o censo 2010, o Município de Pelotas possui 15,3% de seus

328.275 mil habitantes na faixa etária de 60 anos ou mais, estando acima da média

do Estado do Rio Grande do Sul, que apresenta uma taxa de 12,2%, e do Brasil

(IBGE, 2010; SES- RSb, 2010). Tal fato pode ser também visualizado na Figura 1,

que mostra as pirâmides de Pelotas, do RS e do Brasil, em que se pode perceber

que a pirâmide da cidade de Pelotas tem um estreitamento da sua base e um

aumento na largura da sua ponta, o que caracteriza uma população mais

envelhecida.

Page 25: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

24

Figura 2- Pirâmides Etárias do Município de Pelotas, do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil.

IBGE, 2010

De acordo com o último censo, o Estado do Rio Grande do Sul tem 359.835

indivíduos idosos, enquanto que a cidade de Pelotas possui 49.764, sendo, em sua

maioria, do sexo feminino (IBGE, 2010).

Concomitantes a essas mudanças demográficas, ocorrem outras mudanças

no comportamento da mortalidade e morbidade da população que deram origem ao

conceito de transição epidemiológica. A teoria da transição epidemiológica está

focada na complexa mudança nos padrões de saúde e doença e nas interações

entre esses padrões e seus determinantes e consequências, os quais dizem respeito

à redução da mortalidade por doenças infecciosas e aumento das doenças crônicas

não transmissíveis (OMRAM, 1971).

O autor supracitado descreveu o processo da transição epidemiológica em

cinco estágios sucessivos:

Estágio 1 – definido como a “idade das pestilências e fome”: neste período, a

expectativa de vida oscilava entre 20-40 anos; tinha-se elevados níveis de

mortalidade e fecundidade, com predomínio das doenças infectocontagiosas e

parasitárias, problemas da saúde reprodutiva e desnutrição.

Estágio 2 – “idade da regressão das pandemias”: a expectativa de vida

aumentou para cerca de 50 anos. Período caracterizado pelo desaparecimento das

Page 26: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

25

pandemias, melhoria das condições sociais e de saúde da população. Mortalidade

em declínio, acompanhada do declínio da fecundidade.

Estágio 3 – “Idade das doenças degenerativas e doenças causadas pelo

homem”: a expectativa de vida ao nascer alcança as sete décadas; nesta fase,

ocorre uma baixa na mortalidade e fecundidade. As principais causas de morte para

a população são as chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), tais

como doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, neoplasias e também os

agravos causados pelo homem, as causas externas.

Estágio 4 – Período do decaimento da mortalidade por doenças

cardiovasculares, envelhecimento populacional, alterações no estilo de vida,

emergência e reemergência de doenças controladas.

Estágio 5 – Período da longevidade paradoxal, aparecimento de doenças

enigmáticas e o desenvolvimento de tecnologias para a sobrevivência, pois os novos

aumentos na proporção de idosos não dependerão mais do declínio da fecundidade,

mas, sim, da redução da mortalidade após os 60 anos.

Percebe-se que a realidade brasileira vai ao encontro das análises seminais

de Omram, ou seja, vive-se em uma situação onde as doenças degenerativas e as

doenças da modernidade ainda são as principais responsáveis pelos óbitos, e

estando-se longe de controlá-las (JÚNIOR, 2004).

Essa transição epidemiológica modifica gradualmente o perfil de saúde da

população brasileira, ao invés de se ter processos agudos que se resolvem

rapidamente por meio da cura ou do óbito, as DCNTs passam a predominar e, com

elas, mais incapacidades e maiores gastos com saúde (VERAS, 2009). Esse

processo caracteriza-se pela diminuição da mortalidade por doenças transmissíveis,

infecciosas e parasitárias, para um aumento da mortalidade por DCNTs e causas

externas, com deslocamento da carga de morbimortalidade dos grupos mais jovens

para os mais idosos (COSTA, PORTO, SOARES, 2003). Ainda, resultados desta

dinâmica de mudança no perfil de saúde/doença fazem com que se passe de um

regime de alta mortalidade por afecções agudas, para um de alta morbidade, ou

seja, doenças crônicas que perduram por vários anos e exigem acompanhamento

constante e cuidados permanentes (VERAS, 2009).

As causas externas (acidentes e violências) resultaram em 13.383 mortes de

indivíduos com idade de 60 anos ou mais no Brasil no ano de 2000, com uma

representatividade de 11,4% do total de mortes por essas causas, que devem ser

objeto de preocupação entre os profissionais da área da saúde. Tal dado repousa no

Page 27: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

26

fato de que a faixa etária dos idosos brasileiros é a maior entre a população total,

logo essa parcela da sociedade tem maior representação proporcional na

mortalidade violenta do que a população geral (GAWRYSZEWSKI, MELLO-JORGE,

KOIZUMI, 2004).

Um dos aspectos que pode contribuir para essa maior mortalidade é a

aumentada vulnerabilidade fisiológica dos idosos, que ocorre devido a uma

combinação de fatores que incluem dificuldades nos campos da percepção e

equilíbrio, declínio no sistema musculoesquelético, diminuição da capacidade visual,

entre outras.

Em se tratando das causas externas, as internações costumam ser longas,

podendo gerar incapacidade funcional transitória ou permanente (BIAZIN,

RODRIGUES, 2009; LEBRÃO, 2007). Assim, modifica-se o perfil de saúde da

população: ao invés de processos agudos com rápida resolutividade, através da

cura ou do óbito, tornam-se predominantes as doenças crônicas e suas

complicações, que importam em décadas de utilização dos serviços de saúde. São

exemplos as sequelas do acidente vascular cerebral e fraturas após quedas, as

limitações provocadas pela insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva

crônica e câncer, as amputações e cegueira provocadas pelo diabetes e a

dependência determinada pela demência de Alzheimer (VERAS, 2003).

E, na população idosa, estes eventos supracitados são mais significativos,

visto que a idade avançada deixa os idosos mais fragilizados física e mentalmente,

muito frequentemente dependentes e, portanto, mais vulneráveis a vários tipos de

acidentes e violências (MATHIAS, JORGE, 2006). Frente ao progressivo aumento do

percentual de idosos na população brasileira, o envelhecimento populacional em

curso sugere que a ocorrência desses agravos deve aumentar no país, assim como

no mundo.

Ao se falar das causas externas entre a população de idosos, ganham um

destaque as quedas, que estão inclusas no Capítulo XX – Causas Externas de

morbidade e de mortalidade descrita como Queda – (W00-W19), de acordo com o

CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados com a Saúde).

A queda é definida como um evento não esperado ou deslocamento não

intencional do corpo, que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo

para um nível mais baixo em relação à posição inicial, com incapacidade de

correção em tempo hábil (BUKSMAN et al., 2008). É um evento causador,

Page 28: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

27

frequentemente, de lesões, constituindo a principal causa de morte acidental em

pessoas com idade acima de 65 anos (FABRICIO, RODRIGUES, COSTA JUNIOR,

2004).

Pessoas de todas as idades apresentam risco de sofrer quedas, porém para

os idosos elas possuem um significado muito relevante, tendo em vista as

consequências biopsicosociais que acarretam (JAHANA, DIOGO, 2007). Em estudo

realizado com 88 idosos vítimas de causas externas, com idade igual ou superior a

60 anos, submetidos à internacão em hospital de urgência/emergência do Município

de Campina Grande/PB, no período de um ano (2006-2007), verificou-se que a

queda foi o agente etiológico predominante, correspondendo a 55,7% do total

(PINTO, 2008).

No ano de 2005, ocorreram 61.368 hospitalizacões por queda de pessoas

com 60 anos ou mais de idade, de ambos os sexos, representando um total de 2,8%

de todas as internacões de idosos no Brasil; cerca de 2,5% dos idosos que sofrem

queda passam a requerer hospitalização. Esses dados se referem a quedas mais

graves e que exigiram cuidados hospitalares mais intensos, porém, uma grande

parcela desses eventos não leva o idoso a procurar os servicos de saúde por não

apresentarem sequelas tão graves como uma fratura ou algum outro tipo de lesão

(RIBEIRO et al., 2008). De acordo com o MS, cerca de 30% das pessoas idosas

sofrem quedas a cada ano, e essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com

mais de 80 anos. O sexo feminino é o mais acometido por este agravo conforme

estudos sobre o tema (PINTO, 2008; SIQUEIRA, 2007; LANGE, 2005).

Lange (2005) realizou um estudo descritivo e seccional no período de 2001 a

2002, que teve por objetivo descrever os acidentes domésticos ocorridos com idosos

portadores do diagnóstico de demência, relacionando-os às suas condições de vida.

Participaram desse estudo 110 idosos demenciados, residentes na zona urbana de

Ribeirão Preto/SP, atendidos em um ambulatório terciário de um hospital público. O

acidente doméstico prevalente foi a queda, com 58,20%. No que se refere aos

fatores de risco associados ao evento, foram relatados 63,6% de fatores intrínsecos

(alteração de equilíbrio, dificuldade para caminhar, fraqueza muscular), enquanto

que os extrínsecos (piso escorregadio e/ou com desnível, banheiro sem barras)

atingiram 36,4%.

Siqueira et al. (2007) realizam um estudo transversal com amostra composta

por 4003 idosos (65 anos ou mais), no ano de 2005, com o objetivo de analisar a

prevalência de quedas em idosos e a influência de variáveis a elas associadas.

Page 29: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

28

Como resultados, encontraram que as mulheres sofreram mais quedas, e a

prevalência de quedas associou-se com idade avançada, sedentarismo,

autopercepção de saúde como sendo ruim e maior número de medicações referidas

para uso contínuo.

Ao relacionar o sexo com o evento queda, verifica-se que o sexo feminino

tende a cair mais que o sexo oposto até os 75 anos de idade, e a partir dessa idade

as frequências se igualam (BRASIL, 2005). Para Fréz (2003), a prevalência de

fratura de fêmur nas idosas pode ser elucidada pela maior ocorrência de doenças

crônicas, maior exposição às atividades domésticas e por apresentarem uma

quantidade menor de massa magra e de força muscular, quando comparadas com o

sexo masculino na mesma idade. Além disso, esta maior ocorrência de fratura de

fêmur no sexo feminino pode estar atrelada à feminização da velhice, que é

mostrada em vários estudos sobre o tema (MUNIZ et al., 2007; LEBRÃO,

LAURENTI, 2005) e à osteoporose, doença que é caracterizada pela redução da

força óssea. Os fatores que aumentam o risco de a mulher apresentar osteoporose

são: idade pós-menopausa, raça caucasiana ou asiática, baixo peso, baixo índice

corporal, menopausa precoce, menarca tardia, sedentarismo, história prévia de

fratura após os cinquenta anos, história familiar de osteoporose, entre outros

(ARAÚJO, OLIVEIRA, BRACCO, 2005).

As quedas podem ter efeitos diretos e/ou indiretos na saúde das pessoas;

diretamente, podem ser a causa das fraturas e lesões, e indiretamente podem

originar o medo de cair, possível diminuição da independência, eventos que podem

favorecer a depressão, bem como a modificação de hábitos de vida (JAHANA e

DIOGO, 2007). Dentre esses danos, os mais comuns e graves que acometem o

idoso são as fraturas com 64%, e o trauma do fêmur ocorre com maior frequência

(62%), seguido pelo trauma de rádio (12%) e de clavícula (6%), conforme pesquisa

realizada (Fabrício, Rodrigues, Costa-Júnior, 2004) com idosos que sofreram queda.

Para Rocha, Azer e Nascimento (2008) a fratura de fêmur está associada a

uma considerável incapacidade funcional, dor aos mínimos movimentos, diminuição

da independência, da qualidade de vida e, principalmente[,] a uma redução na

expectativa de vida do idoso, acarretando grandes implicações no bem-estar físico,

psíquico e social (CUNHA, VEADO, 2006). São uma importante causa de

morbimortalidade, perda funcional e custos, e sua incidência aumenta com a idade

(SAKAKI et al., 2004). Esses fatos ocasionam um grande tempo dispensado para

cuidados diretos ao idoso e prolongado período de internação. Dessa forma, o idoso

Page 30: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

29

acometido por este trauma reduz sua mobilidade e pode permanecer acamado,

imóvel no leito, o que pode acarretar inúmeros problemas, como úlceras por

pressão, problemas respiratórios, urinários, e até a morte (JAHANA, DIOGO, 2007).

Cunha e Veado (2006) realizaram uma pesquisa com 190 pacientes idosos

internados com diagnóstico de fratura de fêmur na enfermaria ortopédica do Hospital

dos Servidores do Estado de Minas Gerais, com o objetivo de detectar o grau de

independência funcional e a taxa de mortalidade ao longo de um ano pós-fratura.

Foram seguidos, até um ano pós-fratura, 153 pacientes. Um terço da amostra

apresentava algum grau de dependência funcional um ano após a fratura, e a

mortalidade em um ano foi de 25%.

A fratura de fêmur em idosos ocorre com maior frequência devido à queda,

que é um evento multifatorial com fatores intrínsecos e extrínsecos relacionados. Os

fatores intrínsecos dizem respeito às alterações fisiológicas próprias do

envelhecimento, bem como às afecções comuns nesta idade, como: diminuição da

acuidade visual com embaralhamento da visão periférica; diminuição do tempo de

resposta visual e da adaptação às alterações de luminosidade; diminuição da

acuidade auditiva com a consequente diminuição de pistas sobre o meio ambiente;

distúrbios vestibulares que levam à diminuição da estabilidade postural; distúrbios

proprioceptivos com alteração da percepção da posição do corpo estática e

dinâmica; aumento do tempo de reação à situações de perigo; diminuição da

sensibilidade de barorreceptores a estímulos hipotensivos e hipertensivos,

acarretando na diminuição do reflexo do aumento da frequência cardíaca, da

regulação da pressão arterial; diminuição da força muscular, das fibras de contração

rápida, atuantes no controle postural; e degenerações articulares que limitam a

amplitude de movimentos (JAHANA, DIOGO, 2007).

Dentre os fatores intrínsecos temos também as causas patológicas que

podem levar o idoso a sofrer quedas, como: doenças degenerativas das

articulações; fraqueza muscular ou déficits sensoriais de um recente ou remoto

acidente vascular cerebral; hipotrofia muscular devido à falta de condicionamento

físico; dor; Diabetes Mellitus; outras afecções que causam neuropatias periféricas;

problemas nos pés, como joanetes, calos, doenças nas unhas, deformidades nas

articulações, que causam dor e alteração no andar; as demências e os estados

confusionais; e a depressão (ISHIZUKA, 2003).

Para Fabrício, Rodrigues e Costa-Junior (2004), o uso de certos fármacos

também pode favorecer a ocorrência de quedas, principalmente pelos efeitos

Page 31: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

30

indesejáveis que podem provocar. Por exemplo, os benzodiazepínicos elevam o

risco de quedas devido à sua atividade sedativa e bloqueadora alfa-adrenérgica, o

que resulta em alterações psicomotoras e hipotensão postural, respectivamente. Os

diuréticos, através de suas funções fisiológicas no corpo, causam hipotensão

ortostática e arritmias; e os antipsicóticos aumentam em quase cinco vezes o risco

de quedas.

Outras drogas, como o álcool, também podem resultar na instabilidade

postural e equilíbrio, e, por consequência, na queda (PITON, 2004; JENSEN et al.,

2002). Outro fator de risco intrínseco para a ocorrência de quedas é o consumo de

quatro ou mais medicamentos diariamente, que, quando associados, podem levar a

um maior risco de quedas em idosos, devido ao fato de haver forte interação entre

as drogas, ou, ainda, que o tratamento com polifármacos se traduza em uma

condição de saúde precária (FABRICIO, RODRIGUES, COSTA-JUNIOR, 2004).

Hamra, Ribeiro e Miguel (2007) realizaram estudo tipo caso-controle, com o

objetivo de verificar se o uso de medicamentos, em pacientes acima de 60 anos,

pode ser considerado um fator de risco para fratura por queda. A casuística

constituiu de 205 pacientes internados, dos quais 71,10% eram do sexo feminino

(grupo caso). O resultado foi que 72,50% dos pacientes que sofreram queda faziam

uso de medicamento e, consequentemente, o uso prévio de fármacos às quedas

que provocaram fraturas foi considerado estatisticamente significante, quando

comparado ao grupo-controle.

Tinetti (2003) realizou um estudo de coorte com idosos que sofreram queda.

Apenas 8% dos idosos não apresentavam fatores de risco para quedas, mas 78%

apresentavam quatro ou mais fatores de risco, os quais incluem fatores intrínsecos e

extrínsecos.

Outro fator condicionante ou fator de risco intrínseco para ocorrer queda em

idosos é o baixo desempenho no Teste Miniexame do Estado Mental (MEEM), que é

um teste criado para avaliação de sinais de demência por Folstein, Folstein e

McHugh (1975), e provavelmente, o instrumento mais utilizado mundialmente,

possuindo versões em diversas línguas e países, inclusive para o Brasil.

No Brasil, Bertolucci et al. (1994) validaram o MEEM para a língua portuguesa

e observaram que o escore total dependia do nível educacional do indivíduo. Os

pontos de cortes sugeridos por eles foram: de 13, para analfabetos; 18, para

escolaridade baixa/média; e 26, para alta escolaridade. Observam-se nos estudos

de Folstein; Folstein; McHugh (1975) e de Bertolucci et al. (1994) pontos de cortes

Page 32: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

31

diferentes em pontuação e nível de escolaridade. Como a população brasileira tem

uma escolaridade bastante diversificada e o grau de escolaridade da maioria das

pessoas idosas é baixo, os níveis de corte estratificados diminuirão as falhas no

diagnóstico, porque o fator mais importante na determinação do desempenho no

MEEM é o nível educacional, também referido por Brucki et al. (2003).

Na população de idosos a capacidade funcional também tem influência na

ocorrência de quedas, pois, quanto maior a dificuldade em realizar atividades

básicas do dia a dia, maior o risco de sofrer queda, tendo como conceito a

manutenção plena das habilidades físicas e mentais, prosseguindo com uma vida

independente e autônoma (PEREIRA et al., 2001). Porém alguns eventos cotidianos,

juntos ou separadamente, podem comprometer a capacidade funcional do indivíduo,

como as doenças incapacitantes, distúrbios mentais, falência econômica, acidentes,

a perda de um ente querido, originando no idoso a incapacidade funcional. Através

da declaração indicativa de dificuldade, ou de necessidade de ajuda, em tarefas

básicas de cuidados pessoais e em tarefas mais complexas, frequentemente, a

incapacidade funcional é avaliada (PARAHYBA, VERAS, 2008).

Para finalizar, tem-se os fatores extrínsecos, que são aqueles relacionados ao

ambiente onde vivem as pessoas idosas e sendo os responsáveis pela maior

ocorrência das quedas nesse grupo populacional. Destacam-se aqui a iluminação

inadequada, superfície escorregadia, os tapetes soltos e não aderentes ou com

dobras, os degraus altos ou estreitos, os objetos no caminho, a ausência de

corrimãos em corredores e banheiros, as prateleiras excessivamente baixas ou altas

demais, as roupas e calçados inadequados, os maus-tratos e a via pública mal

conservada (ISHIZUKA, 2003).

2.3 Políticas Públicas voltadas para o Envelhecimento Populacional

De acordo com Veras (2009), o acelerado processo de transição demográfica

e epidemiológica que vem ocorrendo no país nas últimas décadas traz consigo uma

série de questões cruciais para gestores e pesquisadores. Mudanças que

repercutem para a sociedade como um todo, especialmente num contexto de

acentuada desigualdade social, pobreza e fragilidade das instituições. Nesse

sentido, várias políticas públicas voltadas para os idosos brasileiros ou que os

incluem têm surgido, com objetivo de promover um envelhecimento ativo.

Page 33: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

32

O direito universal e integral à saúde foi conquistado pela sociedade na

Constituição de 1988 e reafirmado com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS),

por meio das Leis Orgânicas da Saúde (8080/90 e 8142/90). As políticas públicas de

saúde têm o objetivo de assegurar atenção a toda a população, por meio de ações

de promoção, proteção e recuperação da saúde, e garantindo integralidade da

atenção, indo ao encontro das diferentes realidades e necessidades de saúde da

população e dos indivíduos.

Com o envelhecimento populacional, realidade brasileira e mundial, vem a

preocupação com esta faixa etária que necessita de atenção, de iniciativas

específicas, que há alguns anos atrás não eram tão necessárias. E as políticas de

saúde vêm a contribuir para que mais pessoas alcancem idades avançadas com o

melhor estado de saúde possível, sendo o envelhecimento ativo e saudável o

principal objetivo. Se considerarmos a saúde de forma ampliada, torna-se

necessária alguma mudança no contexto atual em direção à produção de um

ambiente social e cultural mais favorável para a população idosa (BRASIL, 2006).

Por volta do ano de 1960, o Brasil iniciou seus primeiros passos rumo ao

envelhecimento populacional. Passos que foram rápidos em um país que não estava

preparado para atender à população de idosos, que cresceu e continua crescendo.

Foi preciso passar algumas décadas para o governo brasileiro mostrar-se

preocupado com a dinâmica do envelhecimento populacional e, em 1995, foi criada

a Comissão Nacional de População e Desenvolvimento, com o objetivo de estudar e

mapear as alterações da pirâmide populacional e outras modificações no quadro

demográfico do país (BRASIL, 2009). Naquele momento, o governo brasileiro

demonstrou, embora de forma incipiente, interesse no estudo do envelhecimento

populacional, entre outros desafios demográficos.

No ano de 1999 a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a Década do

Osso e da Articulação (Bone and Joint Decade, 2000-2010), com um dos objetivos

primários de reduzir em 25% do esperado o aumento das fraturas osteoporóticas,

que dobraram de número na década anterior. Nesse mesmo ano, a ONU instituiu o

dia 10 de outubro como o Dia Nacional e Internacional do Idoso (ONU, 2005).

A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) criou, em 1999,

no Ano Internacional do Idoso, o Projeto Casa Segura, buscando sugerir medidas

simples e de baixo custo nas residências da população idosa, a fim de evitar quedas

e traumas no ambiente doméstico. Outros projetos como “Movimento é Vida” e

“Vivendo a Melhor Idade” também foram lançados (SBOT, 2008).

Page 34: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

33

Nesse contexto, após a criação do Programa de Saúde da Família (PSF),

atual Estratégia de Saúde da Família (ESF), pelo Ministério da Saúde, no ano de

1994, com o intuito de reorganizar a prática assistencial, o Brasil organiza-se,

concomitante à regulamentação do SUS, para responder às crescentes demandas

da sua população que envelhece. E, nesse mesmo ano, é promulgada a Política

Nacional do Idoso, através da Lei n0 8.842/94 e Decreto n0 1.948/96, que asseguram

direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia,

integração e participação efetiva na sociedade, entre outros serviços (BRASIL,

2006).

No Brasil, em 1999 é criada a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI), a

qual é anunciada pela Portaria Ministerial n0 1.395 (BRASIL, 2003), assumindo que o

principal problema que pode afetar o idoso é a perda de sua capacidade funcional,

isto é, a perda das habilidades físicas e mentais necessárias para a realização de

atividades básicas e instrumentais da vida diária.

Tendo como base as condições de gestão e a divisão de responsabilidades

definida pela Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), em 2002 foi

proposta a organização e implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde

do Idoso (Portaria n0 702/SAS/MS, de 2002). Nesse momento, foram criadas normas

para cadastramento de Centros de Referência em Atenção à Saúde do Idoso

(Portaria n0 249/SAS/MS, de 2002) visando a operacionalização das redes (MS,

2006).

O rápido e intenso envelhecimento da população brasileira repercutiu na área

da saúde, em relação à necessidade de (re)organizar os modelos assistenciais, pois

o sistema da saúde brasileiro tradicionalmente não tinha considerado o

envelhecimento populacional como uma de suas prioridades. O marco teórico desta

abordagem multidimensional na OMS foi a adoção do documento “Envelhecimento

ativo: uma política de saúde”, em 2002. Esse texto apresenta os principais desafios

a serem enfrentados no mundo relacionados ao envelhecimento da população, e

destacam os determinantes da participação, saúde e segurança como pilares para o

envelhecimento ativo.

O termo “ativo” é utilizado por ser mais abrangente do que “saudável” e “bem-

sucedido”, ao reconhecer que, além dos cuidados com a saúde, outros fatores

afetam o modo como os indivíduos e populações envelhecem. Esse documento

enfatiza a necessidade de os idosos deixarem de ser passivos no processo do

Page 35: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

34

envelhecimento e ressalta a necessidade da participação contínua destes em todos

os aspectos da vida – social, econômico, cultural e espiritual (BRASIL, 2005).

Os idosos são potenciais consumidores de serviços de saúde e assistência,

necessitam de ações específicas para terem qualidade de vida nos anos adicionais

que inúmeros fatores econômicos, médicos, tecnológicos propiciaram. Com o intuito

de defender os interesses dos idosos, é criado o Estatuto do Idoso, no ano de 2003,

que amplia a resposta do Estado e da sociedade às necessidades da população

idosa, porém, não traz consigo meios para financiar as ações propostas (BRASIL,

2005).

Em 2005, o MS definiu a Agenda de Compromisso pela Saúde, a qual agrega

três eixos: o Pacto em Defesa do SUS, o Pacto em Defesa da Vida e o Pacto de

Gestão. O Pacto em Defesa da Vida traz como uma de suas prioridades a atenção à

saúde do idoso (BRASIL, 2005).

Em virtude da vigência do Estatuto do Idoso, da ampliação do Programa de

Saúde da Família para Estratégia de Saúde da Família, que revelou a presença de

idosos e famílias frágeis e em situação de grande vulnerabilidade social, e da

inserção, ainda que incipiente, das Redes Estaduais de Assistência à Saúde do

Idoso, tornou-se imperiosa a readequação da Política Nacional de Saúde da Pessoa

Idosa (PNSPI) (BRASIL, 2006).

A PNSPI, Portaria GM nº. 2.528, de 19 de outubro de 2006, define que a

atenção à saúde do idoso terá como porta de entrada a Atenção Básica/Saúde da

Família. Como definido, a Política Nacional de Atenção Básica, regulamentada pela

Portaria GM nº 648, de 28 de março de 2006, caracteriza-se por desenvolver um

conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a

promoção e a proteção à saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o

tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.

Ainda, em 2006, foi publicado, através da Portaria n0 399/GM, o documento

das Diretrizes do Pacto pela Saúde, que contempla o Pacto pela Vida. Nesse

documento, a Saúde do Idoso aparece como uma das seis prioridades pactuadas

entre as três esferas de governo, sendo apresentada uma série de ações que visam

à implementação de algumas das diretrizes da Política Nacional de Atenção à Saúde

do Idoso (BRASIL, 2006).

Essa política tem como finalidade primordial recuperar, manter e promover a

autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas

e individuais de saúde para esse fim, sempre em consonância com os princípios e

Page 36: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

35

diretrizes do Sistema Único de Saúde. Isso significa que, pela primeira vez na

história das políticas públicas no Brasil, a preocupação com a saúde da população

idosa brasileira é explicitada.

A PNSPI tem como diretrizes a promoção do envelhecimento ativo e

saudável; atenção integral, voltada para a saúde da pessoa idosa; estímulo às ações

intersetoriais, visando à integralidade da atenção; provimento de recursos capazes

de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; estimulo à

participação e fortalecimento do controle social; formação e educação permanente

dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde para pessoa idosa; divulgação

e informação sobre a PNSPI para profissionais de saúde, gestores e usuários do

SUS; promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção

à saúde da pessoa idosa; e apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas

(BRASIL, 2006).

Com o objetivo de avaliar a qualidade e aprimorar a atenção de saúde à

pessoa idosa, a PNSPI apoia o desenvolvimento de estudos e pesquisas na área do

envelhecimento populacional, visando uma série de finalidades em prol da qualidade

de vida da população que mais cresce mundialmente (BRASIL, 2006). Thumé et al.

(2010), ao realizarem um estudo transversal de base populacional, mostraram que

os achados do trabalho sugerem a operacionalização da assistência no domicílio

como adequada, reforçando como prioritários os fatores descritos na PNSPI.

Seguindo esta linha sobre as políticas públicas voltadas para a terceira idade,

o Ministério da Saúde (2006) criou o Manual de Estrutura Física, onde objetivou uma

atenção humanizada com orientação, acompanhamento e apoio domiciliar, com

respeito às culturas locais, às diversidades do envelhecer e à diminuição das

barreiras arquitetônicas, de forma a facilitar o acesso do idoso. Este tipo de

intervenção se faz importante, pois são medidas de apoio que promovem opções

saudáveis, atos que são cogentes em todos os estágios da vida e influenciarão o

envelhecimento ativo (BRASIL, 2006).

O ano de 2006 é marcado por uma série de ações voltadas para o

envelhecimento populacional e, em relação ao setor de educação, é apenas nesse

ano que o governo brasileiro amplia a sua percepção de que a produção acadêmica

sobre esse tema caminha em ritmo aquém da urgência das necessidades

apresentadas pela evolução do ambiente demográfico. O Ministério da Educação

constituiu, assim, uma Comissão Especial no âmbito da Secretaria de Ensino

Superior (Sesu/MEC), com o intuito de acompanhar e incentivar a produção

Page 37: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

36

cientifica sobre envelhecimento populacional, elaborar diretrizes e propor políticas de

formação de profissionais aptos para tratar da questão.

Com grande êxito, para o biênio 2010 e 2011, a atenção à saúde do idoso

apareceu em primeiro lugar, apresentando como meta a redução das internações

por fratura de fêmur entre essa população (BRASIL, 2009). Em nível estadual, no

Estado do Rio Grande do Sul, recentemente foi elaborada a Política Estadual da

Pessoa Idosa do RS (PEPI), cujo objetivo geral é garantir a atenção integral à saúde

das pessoas com 60 anos e mais, promovendo a manutenção da capacidade

funcional, autonomia e a inserção na família e na comunidade, promovendo o

envelhecimento ativo e saudável no estado.

Cabe ressaltar que, dentro das propostas do Pacto Pela Vida, de acordo com

a meta de redução do número de internações por fratura de fêmur em pessoas

idosas, foram criadas Oficinas Estaduais de Prevenção da Osteoporose, Quedas e

Fraturas em Pessoas Idosas, com o objetivo de propor diretrizes a serem aplicadas

nos estados e municípios, para melhor orientar profissionais e pacientes em relação

à osteoporose / quedas (BRASIL, 2010).

A abordagem dessas oficinas inclui o diagnóstico, a prevenção e o tratamento

da osteoporose; conceitos básicos em saúde do idoso e envelhecimento;

identificação de riscos de quedas, intrínsecos e extrínsecos; a avaliação do nível de

funcionalidade da pessoa idosa, além da identificação de idosos que vivem

sozinhos, sem familiares ou uma rede de apoio (BRASIL, 2010).

Para Veras (2009), a organização do sistema brasileiro em prol de uma

eficiente atenção à população idosa afigura-se como um dos principais desafios que

o setor saúde tem que enfrentar o mais breve possível. Os fatos e as evidências

apontam urgência de mudanças no cuidado à população idosa, porém, nem sempre

a teoria e a prática caminham juntas.

Com o intuito de promover um envelhecimento ativo, inúmeras

iniciativas devem ser criadas de forma interdisciplinar e intersetorial, com ênfase

aqui para as fraturas de fêmur, que desencadeiam para o Ministério da Saúde, a

cada ano, gastos crescentes com tratamentos para esse agravo na população idosa,

sendo também causa relevante de morbimortalidade entre essa população. As

quedas são a principal causa desses tipos de fraturas, e se fazem necessárias

promissoras ações, como construção de ambientes livres de barreiras arquitetônicas

e adequados às futuras gerações, sempre buscando qualidade de vida para os

idosos (THUMÉ et al., 2010).

Page 38: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

37

Percebe-se que as diretrizes convergem para a manutenção do

envelhecimento ativo e da autonomia e independência, sendo estes importantes

dispositivos legais e normativos para os idosos.

Page 39: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

38

3 Justificativa Em virtude dos dados mostrados na literatura sobre idosos com fratura de

fêmur e diante de todas as consequências negativas deste agravo, estudar as

causas e o perfil desta população se faz necessário para delinear programas de

intervenção em prol da saúde do idoso, a fim de melhorar a qualidade de vida da

faixa etária que mais cresce no país e no mundo atualmente. E, por ser a queda a

principal causa desse tipo de fratura, torna-se cogente como objeto de estudo a

atual proposta, visando a prevenção da mesma, no sentido de amenizar suas

consequências entre a população idosa, como incapacidade funcional, dependência

e morte.

São muitos os estudos com dados primários acerca do perfil dos idosos

acometidos por fratura de fêmur no Brasil (MUNIZ et al., 2007; CUNHA, VEADO,

2006; CARVALHO, COUTINHO, 2002). Porém, existe uma lacuna destes no Rio

Grande do Sul e, notoriamente, na cidade de Pelotas, que tem cerca de 15,5% de

sua população com idade de 60 anos ou mais, acima da média do Estado do Rio

Grande do Sul, que apresenta uma taxa de 12,2%, e do Brasil, em que 9,5% estão

na faixa etária de 60 anos ou mais (IBGE, 2009b; SES- RSb, 2010).

Este projeto também se fundamenta nas políticas públicas da pessoa idosa

do Ministério da Saúde, como a Política Nacional do Idoso (BRASIL, 1994), Estatuto

do Idoso (BRASIL, 2003), Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (BRASIL,

2006), a Política Estadual da Pessoa Idosa (BRASIL, 2010) e o Pacto pela Vida

2010/2011. Tais diretrizes assinalam para um novo olhar para essa parcela

populacional, tendo em vista a promoção da saúde, prevenção de agravos,

envelhecimento ativo e conservação da autonomia e independência. E pode auxiliar

na capacitação de recursos humanos.

Page 40: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

39

4 Objetivos

4.1 Objetivo Geral

Descrever as causas e o perfil de idosos hospitalizados por meio do SUS com

diagnóstico de fratura de fêmur na cidade de Pelotas/RS.

4.2 Objetivos Específicos

Identificar as características demográficas e socioeconômicas de idosos

hospitalizados por fratura de fêmur.

Averiguar as causas da fratura do fêmur entre os idosos.

Identificar o desempenho cognitivo de idosos com fratura de fêmur por meio

do Teste do Miniexame do Estado Mental (MEEM).

Verificar as doenças pré-existentes nos idosos com fratura de fêmur.

Page 41: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

40

5 Hipóteses

A maior proporção de idosos internados com diagnóstico de fratura de fêmur

identificados no presente estudo será constituída por: mulheres que sofreram queda

no domicílio; solteiras ou viúvas; vivendo sozinhas; presença de morbidades; uso de

quatro ou mais medicações diferentes; baixo desempenho na função cognitiva.

Page 42: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

41

6 Métodos

6.1 Delineamento

Tendo o presente estudo o objetivo de descrever as causas da fratura de

fêmur e o perfil de idosos internados por meio do SUS, com diagnóstico médico de

fratura de fêmur, em Pelotas/RS, entende-se que a abordagem metodológica mais

adequada seja a pesquisa quantitativa de caráter descritivo.

6.2 Local do Estudo

O estudo foi desenvolvido no Hospital Santa Casa de Pelotas. Essa

instituição, como o maior hospital geral da região, atende o município sede, zona

urbana e rural, com uma população de 328.275 habitantes (IBGE, 2010), sendo a

instituição de referência para pacientes com diagnóstico traumatológico atendidos

por meio do SUS, inclusive pacientes idosos.

O serviço de traumatologia do hospital atende a população de Pelotas e está

contractualizado com a Secretaria Municipal de Saúde, tendo uma cobertura 100%

SUS. Possui atendimento vinte e quatro horas clínico e cirúrgico todos os dias da

semana. É o serviço que recebe a demanda local dos idosos com fratura para

atendimento por meio do SUS.

6.3 População alvo

A população que compôs a pesquisa consistiu em idosos internados pelo

SUS com diagnóstico médico de fratura de fêmur, no hospital do estudo.

Page 43: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

42

6.4 Critérios de inclusão

Indivíduos com 60 anos ou mais de idade internados há mais de 24 horas nas

unidades hospitalares do SUS, cuja causa principal de internação tenha sido fratura

do fêmur, de fevereiro a agosto de 2012.

6.5 Critérios de exclusão

Foram excluídos do estudo os idosos sem condições de responder ao

questionário e sem acompanhante que convivesse com o idoso e conhecesse as

circunstâncias da fratura de fêmur.

6.6 Variáveis

Variáveis relacionadas ao idoso

Variável Mensuração Definição Tipo de Variável

Variáveis demográficas

Sexo Observado pela entrevistadora

Masculino Feminino

Categórica Dicotômica

Idade Referida pelo entrevistado

Data de nascimento Numérica Contínua

Cor da pele ou raça Referida pelo entrevistado

Branca, preta, amarela, parda ou indígena

Categórica nominal

Estado civil Referido pelo entrevistado

Solteiro Casado/com companheiro Separado ou desquitado Divorciado Viúvo Outro

Categórica nominal

Com quem mora Referida pelo entrevistado

Só Com companheiro(a), sem filhos Com companheiro(a) e filhos Com filho(a)(s) Com outros parentes Com outros não parentes Instituição de Longa Permanência

Categórica nominal

Município em que reside

Referida pelo entrevistado

Pelotas Outra

Categórica dicotômica

Procedência Referida pelo entrevistado

Zona Rural (campanha) Zona Urbana (cidade)

Categórica dicotômica

Variáveis Socioeconômicas

Sabe ler e escrever Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Frequentou a escola Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Page 44: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

43

Anos completos de estudo

Referida pelo entrevistado

Anos Numérica contínua

Renda Mensal Referida pelo entrevistado

Em salário mínimo vigente do estado

Numérica contínua

Aposentado Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Idade que se aposentou

Referida pelo entrevistado

Anos Numérica contínua

Trabalha Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Recebeu no último mês por este trabalho

Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Maior fonte de renda Referida pelo entrevistado

Emprego Renda familiar Renda do cônjuge/companheiro Aposentadoria Benefício Aluguéis de imóveis

Categórica politômica

Pessoas que dependem da renda mensal do idoso

Referida pelo entrevistado

Numérica contínua

Casa onde mora Referida pelo entrevistado

Própria Alugada De um parente ou amigo Asilo ou casa geriátrica

Categórica politômica

Mora sozinho Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Costuma ficar sozinho durante o dia (dia e noite)

Referida pelo entrevistado

Nunca ou raramente Sim, cerca de uma hora Sim, um período de tempo Sim, somente durante o dia Sim, somente durante a noite Sim, fica todo o tempo sozinho

Categórica politômica

Tem filhos Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Variáveis sobre a situação de saúde/comorbidades

Remédios diferentes que tomava por dia antes da internação

Referido pelo entrevistado

Números

Numérica contínua

Algum médico disse que o senhor(a) tem problema de coração/açúcar alto no sangue ou diabetes/pressão alta/reumatismo ou problema nas juntas/problema de memória/problema de nervos/problema de visão/problema de audição/derrame ou AVC

Referido pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Toma remédios para isso

Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Tinha dificuldade para caminhar antes da fratura

Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Tinha medo de cair antes da fratura

Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Page 45: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

44

Tinha incontinência urinária antes da fratura

Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Tinha incontinência fecal antes da fratura

Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Realizava algum tipo de atividade física antes da fratura

Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Variáveis sobre a fratura de fêmur

Como se quebrou Referida pelo entrevistado

Acidente de trânsito Queda Violência/Agressão Outro?

Categórica politômica

Horário ocorreu Referida pelo entrevistado

Manhã Tarde Noite

Categórica politômica

Teve outras fraturas Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Como aconteceu o acidente de trânsito

Referida pelo entrevistado

Atropelamento Moto Carro Bicicleta Outro

Categórica politômica

Em que local ocorreu a queda

Referida pelo entrevistado

Em casa Em via pública No serviço Outro

Categórica politômica

Já sofreu queda anteriormente

Referida pelo entrevistado

Sim Não

Categórica dicotômica

Quem causou esta violência/agressão

Referida pelo entrevistado

Familiar e/ou cuidador Assalto Outro

Categórica politômica

Em qual local ocorreu esta violência/agressão

Referida pelo entrevistado

Em casa Em via pública No serviço Outro

Categórica politômica

Figura 3 – Variáveis de exposição investigadas nos idosos com fratura de fêmur hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil. 2012

Page 46: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

45

6.7 Princípios Éticos

O projeto foi encaminhado para a instituição solicitando o desenvolvimento da

pesquisa (Apêndice A). De posse do documento com autorização do hospital, o

projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética do Hospital Santa Casa de Pelotas

(Apêndice B). É importante destacar que a proposta do estudo envolveu

exclusivamente a realização de entrevistas com questões fechadas, não estava

incluído nenhum tipo de coleta de material biológico ou experimento com seres

humanos.

Seguindo os princípios da Resolução do Conselho Nacional de Saúde n°

196/96, foram apresentados aos idosos os objetivos do estudo. Na concordância em

participar do mesmo, foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Apêndice C) em duas vias, para serem assinadas, sendo que a primeira via ficou

com o entrevistado, e a segunda, com a pesquisadora. Os idosos tiveram a

liberdade de desistir em qualquer momento da pesquisa. Foi aplicado aos

participantes da pesquisa um questionário com 115 questões fechadas (Apêndice

D).

Os dados coletados na pesquisa serão armazenados conforme

operacionalização da Resolução 196/96, artigo IX.21, e após cinco anos serão

extinguidos.

6.8 Logística

6.8.1 Coleta de dados

O trabalho de campo para a coleta dos dados foi realizado por uma equipe de

cinco entrevistadoras, quatro alunas da Faculdade de Enfermagem e uma

enfermeira, sob coordenação da mestranda responsável pela pesquisa.

A equipe passou por uma capacitação, com o objetivo de padronizar a coleta

de dados, a qual ocorreu no primeiro semestre de 2012. Esse processo se deu em

duas etapas. Na primeira aconteceram a leitura e esclarecimentos do instrumento e

do manual de instruções para a coleta de dados. Após esse trabalho, foi realizada a

1 Manter em arquivo, sob guarda do pesquisador, por cinco anos, os dados da pesquisa, contendo fichas individuais e todos os demais documentos recomendados pelo Conselho de Ética e Pesquisa.

Page 47: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

46

segunda etapa, que se deu com a aplicação de um teste piloto com cinco idosos

hospitalizados por fratura de fêmur na Santa Casa de Pelotas, para análise final do

instrumento e avaliação do desempenho de cada entrevistadora, sendo que estes

dados não farão parte do estudo. O teste piloto foi realizado com a finalidade de

estimar o tempo gasto por entrevista, a qualidade e condução da mesma, bem como

para identificar as dificuldades encontradas pelas entrevistadoras. Passada essa

etapa, todas as entrevistadoras estavam aptas para iniciar a coleta de dados.

Para a coleta dos dados foi obrigatório que as entrevistadoras estivessem

devidamente munidas com crachá de identificação, avental branco, e pasta com os

seguintes materiais: instrumentos de coleta de dados (Apêndice D), manual do

instrumento (Apêndice E), prancheta, folha em branco, lápis, borracha, relógio de

pulso, almofada com tinta para impressão digital e Termo de Consentimento. De

posse desses itens, se deslocaram ao setor de traumatologia do hospital no horário

das 18 horas, todos os dias da semana, para dessa forma terem acesso a todos os

idosos que se internaram com o diagnóstico de fratura de fêmur nas últimas 24

horas.

Após a identificação da unidade hospitalar em que o idoso com diagnóstico de

fratura de fêmur estava internado, a entrevistadora se dirigiu até o local para

convidá-lo a participar da pesquisa. As entrevistas ocorreram após 24 horas de

internação do idoso, com o intuito de encontrar o paciente acomodado e estabilizado

no leito e sem dor. Procurou-se, durante a entrevista, preservar a privacidade do

idoso, por meio do uso de biombos.

Caso no momento da entrevista o idoso estivesse sem condições de

responder a todo o questionário e o acompanhante presente não conhecesse as

circunstâncias da fratura nem a vida do idoso, era então marcado outro horário em

que estivesse presente alguém que tivesse conhecimento sobre o paciente. Esse

ato era realizado em até cinco tentativas pelas entrevistadoras.

Cabe salientar também que o Teste Miniexame do Estado Mental foi aplicado

a todos os idosos, independentemente das condições em que estes se

encontravam.

A cada dois dias as entrevistadoras devolveram os questionários preenchidos

e codificados, os quais foram contabilizados, e passaram por uma crítica de

preenchimento e consistência inicial. Aqueles instrumentos em que porventura

fossem detectadas inconsistências foram discutidos com as entrevistadoras para

esclarecimento e, se necessário, houve retorno ao campo para elucidar dúvidas.

Page 48: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

47

Após essa revisão pelas autoras da pesquisa, o questionário estava pronto para ser

digitado no banco de dados.

Com o intuito de garantir a qualidade das informações realizou-se o controle

de qualidade, que foi feito através de reentrevista com 10% dos participantes,

quando foram repetidas algumas perguntas-chave do questionário, como idade,

anos completos de estudo e circunstâncias da fratura. Outras formas utilizadas para

assegurar a qualidade das informações foram o treinamento das entrevistadoras, a

elaboração do questionário padronizado e pré-testado, a elaboração de um criterioso

manual de instruções, revisões da codificação do questionário, supervisão do

trabalho de campo e a dupla digitação no banco de dados.

6.8.2 Instrumento de Pesquisa

Para a realização desta pesquisa utilizou-se um questionário composto por

115 questões abertas e fechadas descrito abaixo:

1. Instrumento de coleta de dados: Foi organizado em blocos para contemplar

todos os objetivos do estudo; fizeram parte deste instrumento questões

demográficas, socioeconômicas, de situação de saúde e circunstâncias da

fratura de fêmur.

2. Teste do Miniexame do Estado Mental (MEEM): A aplicação deste teste

fornece informações sobre diferentes parâmetros cognitivos, contendo

questões agrupadas em sete categorias, cada uma delas planejada com o

objetivo de avaliar "funções" cognitivas específicas por meio de pontuação,

cujo escore pode variar de zero (0) até 30 pontos. O teste é simples e pode

ser aplicado em poucos minutos, proporcionando boa consistência interna e

confiabilidade.

6.9 Construção do Banco de Dados e Análise

Os dados coletados foram digitados no Software Epi Info (versão 6.04), sob

forma de dupla entrada, para análise da consistência interna. Após, foi realizada a

estatística descritiva com a distribuição de proporções, médias, desvios,

empregando-se o programa computacional STATA 10.0.

Page 49: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

48

6.10 Divulgação dos Resultados

Os resultados desta pesquisa serão divulgados na apresentação da

dissertação, sob forma de artigo, na conclusão do Mestrado Acadêmico em

Enfermagem, bem como em eventos, assim como transformados em artigos

científicos e encaminhados a periódicos indexados da área da enfermagem e áreas

afins. Ainda, procurar-se-á devolver os resultados à instituição envolvida com a

coleta de dados, ao município sede do estudo e à população idosa da região.

Page 50: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

49

7 Recursos Utilizados na Pesquisa

7.1 Recursos Humanos - professor de português, tradutor de inglês e espanhol e

estatístico.

7.2 Plano de Despesas

Material Quantidade Custo Unitário (R$) Custo Total (R$) Lápis 20 01,00 20,00

Caneta 05 02,00 10,00

Borracha 20 00,50 10,00

Apontador 05 01,00 05,00

Prancheta 05 02,40 12,00

Envelope 05 01,20 06,00

Papel Ofício 5000 00,05 250,00

Impressão 1000 00,20 200,00

Revisão de

Português

02 150,00 300,00

Encadernação 6 13,00 78,00

Capa Brochura 05 20,00 100,00

Notebook 01 2.000,00 2.000,00

Xérox 5300 00,10 530,00

Pen-drive 01 25,00 25,00

Almofada

carimbo

01 20,00 20,00

Seguro para

entrevistadores

05 30,00 150,00

Transporte

urbano

400 2,55 1.020,00

Total 4 916,00*

*Obs: Os recursos materiais utilizados para a realização desta pesquisa foram custeados pela autora. Figura 4 – Recursos materiais utilizados no desenvolvimento da pesquisa

Page 51: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

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8 Cronograma

No quadro a seguir está a descrição do planejamento das atividades durante todo o

processo de desenvolvimento e execução do projeto.

Ano/Semestre

Etapas

2011 2011 2012 2012

1º Semestre 2º Semestre 1º Semestre 2º Semestre

Revisão Sistemática X

Revisão bibliográfica X X X

Elaboração do projeto X

Encaminhamento para o Comitê de Ética

X

Qualificação do projeto X

Coleta de dados* X X

Digitação dos questionários X

Análise dos dados X

Redação de manuscritos (artigos)

X X X

Elaboração do relatório de campo

X

Organização do volume da dissertação

X X

Sustentação da dissertação X

Encaminhamento de artigo

para revista

X

* A coleta dos dados se iniciou somente após aprovação do Projeto pelo Comitê de Ética.

Figura 5 – Cronograma de desenvolvimento da pesquisa

Page 52: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

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Referências

ARAÚJO, D.V., OLIVEIRA, J.H.A. de, BRACCO, O.L. Custo da fratura osteoporótica de fêmur no Sistema Suplementar de Saúde Brasileiro. Arq Bras Endocrinol Metab vol 49 n0 6 Dezembro de 2005.

BERTOLUCCI, P. H. F. et al. Mini-exame do estado mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arq. Neuro-psiquiatr., v. 52, p.1-7, 1994. BIAZIN D. T.; RODRIGUES, R. A. P. Perfil dos idosos que sofreram trauma em

londrina Paraná. Rev Escola de Enfermagem da USP (Paraná), v.43, n.3, p.602-

608, 2009.

BIAZIN, D.T. Avaliacao da capacidade funcional pós trauma em idosos. Tese de

Doutorado. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São

Paulo. 2006.

BRASIL. Lei Nº 8.842, de 4 de Janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o conselho nacional do idoso e da outras providências. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2528%20aprova%20a%20politica%20nacional%20de%20saude%20da%20pessoa%20idosa.pdf>. Acesso em: 10 Fev. 2009. __________Ministério da Saúde. Portaria nº 2669 de 09 de novembro de 2009. Estabelece as prioridades, objetivos, metas e indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde, nas dimensões pela Vida e de Gestão e as orientações, prazos e diretrizes de seu processo de pactuação para o biênio 2010-2011. [Disponível em: <http://www.saude.am.gov.br/docs/pacto/Portaria.pdf>. Acesso em Out. 2011.

__________Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Área Técnica Saúde do Idoso. – Brasília, 2010. [Disponível em: http://www.saude.gov.br]. Acesso em Set. 2011. __________Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília (DF): MS; 2006. [Disponível em: http://www.saude.gov.br]. Acesso em Set. 2011. __________Lei Nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. [Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso.pdf>]. Acesso em: 20 Ago. 2011.

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II Relatório do Trabalho de Campo

Page 58: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

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1 Introdução

Este relatório descreve as atividades desenvolvidas durante a execução de

todas as etapas da pesquisa do mestrado intitulada: “Fratura de fêmur: causas e

perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil”, desenvolvida de fevereiro a

agosto de 2012. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do

Hospital Santa Casa de Pelotas, sob o número 175/2011. O objetivo geral do

projeto foi: Descrever as causas e o perfil de idosos internados por meio do SUS

com diagnóstico de fratura de fêmur em Pelotas/RS, Brasil.

A amostra da pesquisa envolveu todos os idosos, com 60 anos ou mais, que

se internaram nas unidades hospitalares do Hospital Santa Casa de Pelotas, pelo

SUS, com diagnóstico de fratura de fêmur, no período de fevereiro a agosto de

2012. Optou-se por utilizar a abordagem epidemiológica transversal, com a

aplicação de questionário estruturado a cada idoso.

Anteriormente ao trabalho de campo da pesquisa, teve-se a elaboração do

questionário e manual de orientação para coleta de dados. Foi uma tarefa árdua que

perdurou por um mês e contou com a ajuda das acadêmicas de enfermagem da

Faculdade de Enfermagem (FEn) da UFPel e da orientadora da pesquisa, quando

foram incluídas as sugestões da banca examinadora que ocorreram no momento da

Qualificação do Projeto.

Nesse período ocorreram várias reuniões semanais com o intuito de organizar

o questionário da pesquisa de acordo com os objetivos propostos do estudo. No

manual de orientações para aplicação do questionário constam as informações

necessárias para orientar e sanar as dúvidas das entrevistadoras no momento da

aplicação do instrumento de coleta de dados. Esta fase de elaboração do

instrumento de pesquisa e seu manual foi apresentada pela equipe entrevistadora

como uma das etapas fundamentais da realização do projeto de mestrado. Ter um

manual de pesquisa bem estruturado e com informações consistentes garantiu

entrevistas uniformes e, além disso, aliado a uma adequada capacitação da equipe

entrevistadora foram itens que contribuíram para uma coleta de dados organizada.

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58

O trabalho de campo da pesquisa teve início em fevereiro de 2012 e foi

encerrado em agosto do mesmo ano. Compete salientar que todo o processo do

trabalho de campo foi desenvolvido a partir do esforço conjunto de quatro

acadêmicas de enfermagem da FEn, uma enfermeira especialista em

urgência/emergência do trauma, a orientadora da pesquisa e a autora responsável.

Destacam-se também o esforço e compreensão das equipes de enfermagem das

unidades hospitalares onde ocorreram as entrevistas, das recepcionistas do setor de

internação e traumatologia do Hospital Santa Casa de Pelotas, que foram

fundamentais para um melhor desenvolvimento da pesquisa.

2 Elaboração do Instrumento

Para esta investigação foram elaborados um instrumento de pesquisa e um

manual contendo instrução minuciosa sobre cada questão do questionário, que se

propuseram a responder a todos os objetivos do estudo, com o intuito de descrever

as causas e o perfil dos idosos com fratura de fêmur.

2.1 Questionário

Com os objetivos da pesquisa quase concluídos iniciou-se a construção do

questionário do estudo, que ocorreu de agosto de 2011 a fevereiro de 2012, período

em que o instrumento foi construído e reconstruído diversas vezes, com o objetivo

de aprimorá-lo. Procurou-se, nesta etapa, consultar questionários já existentes de

pesquisas disponíveis, que abordassem o tema proposto neste estudo, e a leitura

destes foi fundamental para elaboração do instrumento. Utilizaram-se algumas

questões do estudo “Assistência Domiciliar a Idosos: desempenho dos serviços de

atenção básica”, PPG em Epidemiologia da UFPel, autorizado pela autora da

pesquisa.

O projeto de pesquisa foi submetido à banca examinadora de qualificação no

mês de dezembro de 2011, sendo depois incorporadas as sugestões consideradas

pertinentes para o objetivo do estudo e encaminhado por e-mail para toda a equipe

de entrevistadoras, com o objetivo de que todas lessem e auxiliassem na

identificação de inconsistências. Posteriormente ocorreu a primeira reunião com a

equipe do trabalho de campo, em que foi realizada uma capacitação com os

prováveis entrevistadores, momento em que foi argumentado sobre as possíveis

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59

dúvidas e sugestões. Em seguida a pesquisadora responsável se incumbiu de

organizar o questionário para realizar o teste piloto.

Fazer um teste piloto é de grande valia durante a realização de qualquer

pesquisa, pois permite visualizar durante as entrevistas dúvidas e falhas. Portanto

foram impressos seis questionários para a concretização do teste, sendo um para

cada entrevistadora. De posse do questionário, a equipe se deslocou até o setor de

internação do local do estudo e verificou o leito e unidade hospitalar em que se

encontrava um idoso com diagnóstico de fratura de fêmur. Encontraram-se sete

idosos internados, sendo que apenas seis foram entrevistados. Esta etapa ocorreu

na primeira semana do mês de fevereiro de 2012.

Posterior a essa fase ocorreu uma nova reunião, a qual teve o objetivo de

captar manifestações das entrevistadoras acerca da realização das entrevistas e

apontamento de dúvidas que emergiram. Foi um momento muito produtivo, pois

ouvir o que cada integrante da equipe tinha para explicitar sobre o questionário e

sua aplicação com o idoso permitiu para a orientadora e mestranda uma nova

reconstrução do instrumento, e enfim seu fechamento. É importante salientar que as

entrevistas do teste piloto não fizeram parte da amostra final da pesquisa.

A versão final do questionário da pesquisa foi composta por seis blocos, os

quais, no conjunto, atenderam os objetivos do estudo, com um total de 115 questões

fechadas e algumas abertas, que poderiam ser respondidas pelo idoso ou, caso este

não apresentasse condições cognitivas e físicas de fazê-lo, poderiam então ser

respondidas pelo cuidador/familiar que conhecesse o idoso e as circunstâncias da

fratura de fêmur. Porém, cabe ressaltar que as questões da escala do MEEM só

foram respondidas pelo próprio idoso. Também se colocou na primeira parte do

questionário a identificação da entrevistadora, como o seu nome e número, bem

como o número do instrumento e o horário de início da entrevista.

2.2 Manual

Paralelamente ao desenvolvimento do questionário teve-se a construção do

seu manual, que continha instruções para as coletadoras e que também serviria de

suporte para os digitadores. No manual constavam os códigos das coletadoras, as

explicações para cada questão do instrumento, definições, e suas respectivas

codificações. Além disso, contemplou orientações acerca da abordagem correta

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60

para cada questão e sobre o preenchimento das mesmas, com vistas a elucidar

quaisquer dúvidas.

3 Amostragem

A amostra da pesquisa foi composta por idosos com fratura de fêmur que se

internaram nas unidades hospitalares do SUS no Hospital Santa Casa de Pelotas,

no período de fevereiro a agosto de 2012, totalizando 50 sujeitos entrevistados.

4 Seleção e capacitação da equipe

A seleção do grupo ocorreu entre acadêmicos de enfermagem e a

disponibilização da orientadora da pesquisa de suas bolsistas para atuarem no

estudo. Também participou a enfermeira da traumatologia do local do estudo.

Com o intuito de uniformizar as entrevistas foi realizada a capacitação das

entrevistadoras, que se iniciou com a distribuição de artigos e capítulos de livros

sobre pesquisa quantitativa pela mestranda responsável pela pesquisa.

Nesse momento do trabalho foi apresentado o campo de coleta, abordou-se a

logística do estudo, apresentou-se o instrumento e o manual e programou-se o teste

piloto. Ocorreram no total quatro reuniões com a equipe, no intuito de uniformizar as

entrevistas. No último dia de encontro foi realizado feedback que consistiu em

ajustes finais, retirada de dúvidas, distribuição dos materiais. Depois da capacitação

permaneceram cinco coletadoras.

Foi realizado previamente um seguro de saúde para cada entrevistadora para

terem acesso à instituição do estudo.

4.1 Equipe técnica do projeto

Para a realização da pesquisa estiveram envolvidas uma coordenadora

docente, a mestranda responsável pela pesquisa do Programa de Pós-Graduação

em Enfermagem da FEn/UFPel, quatro acadêmicas de enfermagem da FEn/UFPel,

sendo três bolsistas de iniciação científica, e uma enfermeira, selecionadas e

capacitadas previamente, e uma epidemiologista para o suporte estatístico.

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61

5 Logística anterior ao trabalho de campo

Com a intenção de facilitar o trabalho de campo das coletadoras e da

supervisora, foi realizado contato prévio com as secretárias do setor de internação e

da traumatologia da instituição do estudo, nos diversos turnos. Nesse encontro

procurou-se explicar os objetivos, logística, e solicitar o apoio durante o

desenvolvimento do trabalho.

Buscou-se contato também com a equipe de enfermagem de cada turno das

unidades hospitalares envolvidas no estudo, para organizar os espaços de trabalho

e falar sobre a pesquisa, requerendo apoio no trabalho de campo.

6 Coleta de dados

Para a realização das entrevistas foi distribuída às coletadoras uma pasta que

continha: crachá de identificação, envelope com uma carta de apresentação com

informações pertinentes, prancheta, lápis, borracha, caneta, apontador, folhas de

papel ofício, manual do questionário, e uma folha plastificada com a frase: FECHE

OS OLHOS, para a aplicação do Teste Miniexame do Estado Mental.

A coleta dos dados foi realizada por cinco entrevistadoras previamente

capacitadas. As entrevistas ocorreram à beira do leito do paciente, com preservação

da privacidade, por meio do uso de biombos, após 24 horas da sua internação na

instituição do estudo.

Para melhor organização da realização das entrevistas, foi criada uma

agenda, com os dias em que cada entrevistadora iria a campo, ficando delimitado o

período de 15 dias para cada uma. Posteriormente a próxima coletadora da lista

assumia as entrevistas, e assim consecutivamente. Também ficou estipulado que as

entrevistadoras iriam todos os dias ao setor de internação para terem acesso aos

idosos que se internaram com diagnóstico de fratura de fêmur.

Foram realizadas reuniões semanais com a supervisora de campo e a

orientadora, com a finalidade de manter o diálogo contínuo entre o grupo, avaliar o

andamento do trabalho de campo, identificar necessidades, sanar dúvidas e manter

a equipe motivada para a pesquisa. E a cada semana era realizado um encontro

com a equipe para entrega dos questionários prontos pela coletadora em atuação,

bem como conversas sobre o trabalho de campo. Foi confeccionado, também, um

caderno para registro e passagem de plantão entre as coletadoras. O caderno teve

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suas páginas numeradas, e era preenchido obrigatoriamente no final de cada

entrevista, com o nome do idoso entrevistado, data e hora da entrevista, nome e

assinatura da entrevistadora, dados das perdas (motivo) e das recusas, lista de

presença das coletadoras para controle e elaboração dos certificados, e uma parte

foi designada para observações, ou seja, mais um canal de comunicação para

coletadoras e supervisores.

Durante todo o período de coleta dos dados houve a supervisão no campo

pela mestranda. Cabe salientar que as coletadoras receberam apoio dos

funcionários da instituição, para a identificação dos sujeitos.

A mestranda realizava a conferência dos questionários. E após a realização

de aproximadamente 50% das entrevistas realizou-se a codificação das questões

abertas e posteriormente, a digitação dos dados no programa Epi Info 6.04.

7 Controle de qualidade

O controle de qualidade foi realizado no mês de setembro, após o término da

coleta de dados, a partir da aplicação do questionário reduzido, através de ligações

telefônicas a 10% da população do estudo. O questionário foi formulado com

questões-chave para identificar possíveis inconsistências, e foi aplicado por uma

acadêmica de enfermagem capacitada, porém, que não havia coletado dados.

8 Elaboração do banco de dados e digitação

O banco de dados foi elaborado no programa Epi Info 6.04 pela pesquisadora

responsável. Os dados foram digitados duas vezes em bancos independentes no

mesmo programa, a fim de identificar possíveis inconsistências. A digitação foi feita

pela mestranda responsável pela pesquisa e por uma acadêmica de enfermagem, e

após a digitação realizou-se o validate para verificar inconsistências, as quais foram

solucionadas.

9 Análise dos dados

Posteriormente à digitação e limpeza dos dados no Epi Info 6.04, os dados

foram transferidos através do programa STATA Transfer para o programa de análise

STATA 10.0, no qual as variáveis e seus valores foram rotulados. Realizou-se a

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63

estatística descritiva através de frequências simples das variáveis selecionadas para

o estudo.

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APÊNDICES

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65 APÊNDICE A – Autorização para o desenvolvimento da Pesquisa

Universidade Federal de Pelotas

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Mestrado em Enfermagem

Autores:

Profª Enfª Drª Celmira Lange (pesquisadora responsável)

Contato: (53) 3278 6476; e-mail: [email protected]

Enfª Fernanda dos Santos (mestranda)

Contato: (53) 8111-7208; e-mail: [email protected]

Pelotas, 20 de dezembro de 2011.

Sr (a).

Diretor (a) do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Pelotas

Venho respeitosamente, por meio desta, solicitar sua autorização para o

desenvolvimento da pesquisa intitulada: Internação por fratura de fêmur: causas e

perfil de idosos hospitalizados em Pelotas, RS. Sou aluna do Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem, Mestrado em Enfermagem, da Universidade Federal

de Pelotas, devidamente matriculada e tendo como orientadora a Profª Drª Celmira

Lange. A pesquisa tem por objetivo: Conhecer as causas e o perfil dos idosos

internados em um hospital da região sul do Rio Grande do Sul por fratura do fêmur.

A coleta de dados será realizada através de uma entrevista com questões

fechadas aplicada aos idosos internados com diagnóstico de fratura de fêmur ou na

impossibilidade destes as questões podem ser respondidas pelo familiar ou

acompanhante que conheçam as circunstâncias da fratura e convive com o idoso. A

coleta de dados está prevista para ser realizada nos meses de fevereiro, março,

abril, maio, junho, julho e agosto de 2012, após a aprovação do Comitê de Ética em

Pesquisa.

Terei o compromisso de preservar os sujeitos envolvidos no estudo, assim

como a instituição, respeitando todos os aspectos éticos.

Na certeza de contar com seu apoio, desde já agradeço, colocando-me ao

seu dispor para quaisquer esclarecimentos.

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66

___________________________ ____________________________ Enfª Mda Fernanda dos Santos Profª Enfª Drª Celmira Lange De acordo:_______________________________ Data:_____________________ Carimbo:

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APÊNDICE B – Carta ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa Casa

de Pelotas

Universidade Federal de Pelotas

Programa de Pós Graduação Mestrado em Enfermagem

Autores:

Profª Enfª Drª Celmira Lange (pesquisadora responsável)

Contato: (53) 3278 6476; e-mail: [email protected]

Enfª Fernanda dos Santos

Contato: (53) 8111-7208; e-mail: [email protected]

Pelotas,___ de _____________ de 2011.

Profª Simone Coelho Amestoy

Presidente do Comitê de Ética em Pesquisa

Ao cumprimentá-la cordialmente, eu aluna do Programa de Pós Graduação

Mestrado em Enfermagem, da Faculdade de Enfermagem, da Universidade Federal

de Pelotas, venho respeitosamente, por meio desta, solicitar o vosso parecer para o

desenvolvimento da pesquisa intitulada Internação por fratura de fêmur: causas e

perfil de idosos hospitalizados em Pelotas, RS. Este tem a orientação da Profª

Drª Celmira Lange, sendo requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em

Enfermagem e cujo objetivo é Conhecer o perfil dos idosos internados em um

hospital da Região Sul do Rio Grande do Sul por fratura do fêmur.

Colocarei a vossa disposição o trabalho e seus anexos. Terei o

compromisso de preservar os sujeitos envolvidos no estudo, assim como a

instituição, respeitando os aspectos éticos.

Page 69: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

68

Na certeza de contar com seu apoio, coloco-me a disposição para outros

esclarecimentos.

Agradeço antecipadamente,

_____________________ ________ ______________________

Enfª Fernanda dos Santos Profª Enfª Drª Celmira Lange

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69 APÊNDICE C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Resolução 196/96 do Ministério da Saúde)

Universidade Federal de Pelotas

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Mestrado em Enfermagem

Prezado (a) Senhor (a),

Gostaria de convidá-lo(a) para participar da pesquisa intitulada Internação

por fratura de fêmur: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas, RS.

Esta pesquisa tem por objetivo: Conhecer as causas e o perfil de idosos

internados em um hospital da Região Sul do RS por fratura do fêmur.

Pelo presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, declaro que fui

informado (a), de forma clara e detalhada, dos objetivos do estudo. Fui igualmente

informado da justificativa e da metodologia de trabalho, que a coleta de dados se

dará por meio de entrevistas utilizando-se de um instrumento com questões

fechadas e que não está incluído nenhum tipo de coleta de material biológico, ou

experimento com seres humanos; da garantia de requerer resposta a qualquer

pergunta ou dúvida acerca do estudo; que poderei retirar meu consentimento de

participação neste estudo em qualquer momento e da garantia do anonimato e livre

acesso aos dados.

Este documento está em conformidade com a resolução 196/96 conforme os

princípios da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

Ciente e concordando com as informações acima descritas, aceito participar

do estudo, autorizo e assino o consentimento.

LOCAL/DATA:________________________________________________________

ASSINATURA DO PARTICIPANTE:_______________________________________

IMPRESSÃO DIGITAL:

RG DO PARTICIPANTE:_______________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL:_________________________

OBS.: Qualquer dúvida em relação à pesquisa entrar em contato com:

Universidade Federal de Pelotas – Programa de Pós Graduação em Enfermagem.

Page 71: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

70

Mestranda: Enfª. Fernanda dos Santos. Avenida JK de Oliveira, 1962

Centro. Pelotas-RS CEP: 96080-000

Telefone: (53)8111-7208 e-mail: [email protected]

Page 72: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

71 Apêndice D – Questionário da pesquisa

Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Enfermagem

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem Núcleo de Condições Crônicas e suas Interfaces

Fratura de fêmur: causas e perfil dos idosos hospitalizados em Pelotas/RS.

Questionário – Idosos de 60 anos ou mais de idade

IDENTIFICAÇÃO

Número do questionário: __ __ __ nquest __ __ __

Número do(a) entrevistador(a): __ __ nent __ __

Nome do(a) entrevistador(a):

Data da entrevista: __ __ /__ __/ 2012

Horário de início da entrevista: __ __: __ __ hs

INICIAR A ENTREVISTA

01. A entrevista foi realizada com o próprio idoso? (NÃO FAZER ESTA PERGUNTA)

(0) Não

(1) Sim – PULE PARA A QUESTÃO 6

entrev __

Qual o nome do entrevistado?

__________________________________________________________________

02. O(a) Sr(a) é familiar deste idoso?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 4

(1) Sim (8) NSA

famid __

03. Qual o seu grau de parentesco com este idoso?

(1) Esposo (a) – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO

(2) Filho (a) – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO

(3) Irmão (a) – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO

(4) Pai/Mãe – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO

(5) Sobrinho (a) – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO

(6) Outro Qual?___________________________ – PASSE PARA O PROXIMO BLOCO

(8) NSA

parent __

04. Qual a sua relação com o idoso?

(1) Cuidador

(2) Outro Qual?_________________________ - PULE PARA A QUESTÃO 6 (8) NSA

relid __

05. Há quanto tempo você é cuidador deste idoso? __ __ __ meses

(888) NSA

cuido __ __ __

Page 73: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

72 AGORA VAMOS FALAR SOBRE AS QUESTÕES SÓCIODEMOGRÁFICAS E ECONÔMICAS DO IDOSO

06. Qual a sua idade? __ __ __ (anos completos) idade __ __ __

07. Qual é o seu nome?

08. Qual seu endereço?

09. Qual o seu telefone/contato?

1) Nome : ________________________________ Fone: ____________________________

2) Nome: ________________________________ Fone: ____________________________

3) Nome: _________________________________ Fone: ____________________________

10. Qual a sua data de nascimento? _ _ /_ _/ _ _ _ _ dn __ __

__ __ __ __ __ __

11. Sexo (OBSERVADO PELO ENTREVISTADOR)

(0) Masculino (1) Feminino

sex __

12. Qual a sua cor da pele ou raça? (AUTO-REFERIDA PELO ENTREVISTADO –

CITE AS OPÇÕES )

(1) Branca (2) Preta (3) Parda (4) Amarela (5) Indígena

corpel __

13. Com quem o(a) Sr(a) mora?(CITE AS OPÇÕES)

(1) Só

(2) Com companheiro(a), sem filhos

(3) Com companheiro(a) e filhos

(4) Com filho(a)(s)

(5) Com outros parentes

(6) Com outros não parentes

(7) Em instituição de Longa Permanência (ILP)

mora __

14. Em qual município o(a) Sr(a) reside?

UF:

munres __ __

15. Onde o(a) Sr(a) mora? (CITE AS OPÇÕES)

(1) Zona Rural (campanha) (2) Zona Urbana (cidade)

proced __

16. O(a) Sr(a) sabe ler e escrever?

(0) Não (1) Sim (3) Só assina

leresc __

17. O(a) Sr(a) freqüentou a escola?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 19

(1) Sim (9) IGN

freqesc __

18. Quantos anos completos e aprovados de estudo o(a) Sr(a) tem? __ __ anos

(88) NSA (99) IGN

anosc __ __

19. O(a) Sr(a) é aposentado(a)?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 21

(1) Sim

apos __

20. Com qual idade o(a) Sr(a) se aposentou? __ __ anos

(88) NSA (99) IGN

idapos __ __

21. O(a) Sr(a) trabalha?

Page 74: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

73

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 24

(1) Sim

trabr __

22. O(a) Sr(a) recebeu no último mês por este trabalho?

(0) Não (1) Sim (8) NSA

rece __

23. O (a) Sr. (a) pode descrever o seu trabalho?

(8) NSA

trab1 __ __

trab2 __ __

24. Qual a sua maior fonte renda? (CITE AS OPÇÕES)

(1) emprego (7) outro – Qual? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(2) renda familiar

(3) renda do cônjuge/companheiro

(4) benefício (ex: pensão, auxílio doença)

(5) aposentadoria

(6) aluguel de imóveis

rendm __

25. Quantas pessoas dependem da sua renda mensal incluindo o (a) senhor (a)? __ __

pessoas

depend __ __

26. Qual a sua situação conjugal atual?

(1) Casado(a) ou mora com companheiro(a)

(2) Solteiro(a) ou sem companheiro(a) – PULE PARA QUESTÃO 28

(3) Separado(a) – PULE PARA QUESTÃO 28

(4) Viúvo(a) – PULE PARA QUESTÃO 28

sitconj __

27. Qual a idade de seu(sua) esposo(a)/companheiro(a)?__ __ __ (anos completos)

(888) NSA

(999) IGN

idespa __ __ __

28. A casa onde o(a) Sr(a) mora é (CITE AS OPÇÕES):

(0) Própria

(1) Alugada

(3) De um parente ou de um amigo Qual?____________________________

(4) Asilo ou casa geriátrica – PULE PARA A QUESTÃO 33

casamor __

29. O(a) Sr(a) mora sozinho(a)?

(0) Não

(1) Sim - PULE PARA A QUESTÃO 33

(8) NSA (9) IGN

morsoz __

30. Além do(a) Sr(a), quantas pessoas moram nesta casa?_ _ _ pessoas

(888) NSA

qtsmor __ __ __

31. Qual a relação de parentesco destas pessoas com o(a) Sr.(a)?

Esposo(a) / companheiro(a) (0) Não (1) Sim (8) NSA

Pai (0) Não (1) Sim (8) NSA

Mãe (0) Não (1) Sim (8) NSA

Neto(a)s (0) Não (1) Sim (8) NSA

espmo __

paimo __

maemo __

netomo __

Page 75: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

74

Sogro/Sogra (0) Não (1) Sim (8) NSA

Filho(s)/filha(s) (0) Não (1) Sim (8) NSA

Irmão(s)/irmã(s) (0) Não (1) Sim (8) NSA

Outros familiares (0) Não (1) Sim (8) NSA

Empregado(s) (0) Não (1) Sim (8) NSA

Outros:______________________________________________________________

sogmo __

filhomo __

irmor __

outmo __

empmo __

oumo __

32. Quantos trabalham? __ __ pessoas

(88) NSA

traba __ __

33. O(a) Sr(a) costuma ficar sozinho(a) durante o dia (dia e noite)?

(0) Nunca ou raramente

(1) Sim, cerca de uma hora

(2) Sim, um período de tempo – ex: toda manhã, toda tarde

(3) Sim, somente durante o dia

(4) Sim, somente durante a noite

(5) Sim, fica todo tempo sozinho (9) IGN

ficarsozi __

34. O(a) Sr(a) tem ou teve filhos (inclui filhos adotivos)?

(0) Não – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO

(1) Sim

filho __

35. Se SIM, quantos?__ __ filhos

(88) NSA

filqt __ __

A SEGUIR VOU LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE SUA SITUAÇÃO DE SAÚDE ATUAL

36. Quantos remédios diferentes o(a) Sr(a) tomava por dia antes da internação?__ __

remédios

(99) IGN

remdif __ __

37. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema no coração?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 39

(1) Sim (9) IGN

mdcor __

38. O(a) Sr(a) toma remédios para isso?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

remcor __

39. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem açúcar alto no sangue ou diabetes?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 41

(1) Sim (9) IGN

mdiab __

40. O(a) Sr(a) toma remédios para isso?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

remdiab __

41. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem Pressão Alta?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 43

(1) Sim (9) IGN

mhas __

42. O(a) Sr(a) toma remédios para isso?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

rehas __

Page 76: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

75

43. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de reumatismo ou nas “juntas”?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 45

(1) Sim (9) IGN

mreum __

44. O(a) Sr(a) toma remédios para isso?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

remreu __

45. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de memória?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 47

(1) Sim (9) IGN

mmem __

46. O (a) Sr (a) toma remédios para isso?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

remmem __

47. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de nervos?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 49

(1) Sim (9) IGN

mnerv __

48. O (a) Sr (a) toma remédios para isso?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

remner __

49. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de visão?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 51

(1) Sim (9) IGN

mvis __

50. O(a) Sr(a) usa óculos ou lente de contato?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

usaoc __

51. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de audição?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 53

(1) Sim (9) IGN

maud __

52. O(a) Sr(a) faz uso de aparelho auditivo?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

usaap __

53. O(a) Sr(a) tinha dificuldade para caminhar antes da fratura de fêmur?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

difcam __

54. O(a) Sr(a) tinha medo de cair antes da fratura de fêmur?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

mecai __

55. Algum médico disse que o(a) Sr(a) teve derrame ou AVC?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

mavc __

56. O(a) Sr(a) tinha problema de perder um pouco de urina e se molhar

acidentalmente (não dava tempo de chegar ao banheiro, ou quando estava dormindo;

ou quando tossia ou espirrava, ou fazia força) antes de ocorrer a fratura de fêmur?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

incurin __

57. O(a) Sr(a) tinha problema de perder um pouco de fezes e se sujar acidentalmente

(não

dava tempo de chegar ao banheiro, ou quando estava dormindo; ou quando tossia ou

espirrava, ou fazia força) antes de ocorrer a fratura de fêmur?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

incfecal __

58. O(a) Sr(a) realizava algum tipo de atividade física antes da fratura de fêmur? atvfs __

Page 77: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

76

(0) Não (1) Sim (9) IGN

A SEGUIR VOU LHE FAZER PERGUNTAS SOBRE A ACESSIBILIDADE DA CIDADE ONDE O(A) SR(A)

MORA <MORADIA, TRANSPORTE, PRÉDIOS PÚBLICOS>

59. O(a) Sr(a) tem tapetes onde mora?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 61

(1) Sim (9) IGN

actap __

60. O tapete é aderente ao piso ou antiderrapante?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

adere __

61. O(a) Sr(a) tem escada onde mora?

(0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 63

(1) Sim (9) IGN

acesca __

62. A escada possui corrimão?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

escad __

63. O(a) Sr(a) tem barras de apoio no banheiro onde mora?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

acbapo __

64. O(a) Sr(a) tem prateleiras baixas onde possa alcançar os utensílios onde mora, sem

precisar subir em algo?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

acprat __

65. Durante a noite onde o(a) Sr(a) mora mantém-se uma luz acesa?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

acluza __

66. O(a) Sr(a) tem chave de luz próximo à sua cama onde o(a) Sr(a) mora?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

acluzc __

67. O que o(a) Sr(a) costuma calçar habitualmente em casa?

(1) Pantufa (2) Chinelo

(3) Sandália/sapato aberto (4) Sapato fechado

(5) Descalço (9) IGN

accc __

68. O que o(a) Sr(a) costuma calçar habitualmente para sair de casa?

(1) Pantufa (2) Chinelo

(3) Sandália/sapato aberto (4) Sapato fechado

(5) Descalço (9) IGN

accs __

69. Quantos cômodos têm a casa onde o(a) Sr(a) mora?__ __ cômodos

(88) NSA (99) IGN

accom __ __

70. Onde o(a) Sr(a) mora possui um dormitório somente para o(a) Sr(a)?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

acdor __

71. Que tipo de transporte o(a) Sr(a) utiliza habitualmente quando sai?

(1) Carro particular (2) Ônibus (3) Táxi (4) Moto (5) Bicicleta

(6) Charrete (9) ING

actran __

72. Qual a sua principal dificuldade no transporte público?

(8) NSA

Page 78: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

77

73. Os prédios públicos (prefeitura, Unidades Básicas de Saúde, entre outros)

apresentam rampas de acesso para cadeirantes e\ou pessoas com dificuldade de

locomoção e/ou escadas com corrimão?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

acramp __

74. Como o(a) Sr(a) se sente em relação à acessibilidade na cidade onde mora?

(1) Satisfeito (2) Muito Satisfeito (3) Pouco Satisfeito

(4) Insatisfeito (5) Muito Insatisfeito (8) NSA (9) IGN

Por quê?

acsent __

AGORA VAMOS FALAR SOBRE COMO O SENHOR SE QUEBROU

< FRATURA DE FÊMUR >

75. Como foi que o(a) Sr(a) se quebrou?

(1) Acidente de trânsito – RESPONDA AS QUESTÕES 76, 77 E 78 E PASSE PARA O

PRÓXIMO BLOCO

(2) Queda – RESPONDA AS QUESTÕES 76, 77, E PULE PARA A QUESTÃO 79

(3) Violência/Agressão – RESPONDA AS QUESTÕES 76, 77, E PULE PARA A QUESTÃO

84 (4) Se outro, qual? _________________________________________

frat __

76. Qual horário ocorreu o(a) <substituir com a causa da fratura de fêmur referida pelo idoso

>?

(1) Manhã (2) Tarde (3) Noite

(9) IGN

frhor __

77. O(a) Sr(a) teve outras fraturas/quebradura decorrentes do(a) <substituir com a causa da

fratura de fêmur referida pelo idoso>?

(0) Não (1) Sim (9) IGN

froutr __

78. Como aconteceu o ACIDENTE DE TRÂNSITO?

(1) Atropelamento (2) Moto (3) Carro (4) Bicicleta

(5) Se outro, qual?__________________________________ (8) NSA (9) IGN

fractr __

79. Em que local o(a) Sr(a) estava quando ocorreu a QUEDA?

(1) Em casa (2) Em via pública (3) No serviço

(4) Se outro, qual?__________________________________ (8) NSA (9) IGN

frqloc __

80. O(a) Sr(a) já havia sofrido alguma outra QUEDA anteriormente?

(0) Não – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO

(1) Sim (8) NSA (9) IGN

frqant __

81. A QUEDA que o(a) Sr(a) sofreu antes desta ocorreu há quanto tempo?__ __ __ meses

(888) NSA (999) IGN

frqa __ __ __

82. Em decorrência da QUEDA anterior o(a) Sr(a) necessitou de internação hospitalar?

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN

frqaih __

83. Em decorrência da QUEDA anterior o(a) Sr(a) ficou com alguma limitação?

(0) Não – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO

frqal __

frqual1 __

Page 79: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

78

(1) Sim, qual?_________________________________________________

(8) NSA (9) IGN

frqual2 __

frqual3 __

84. Quem causou esta VIOLÊNCIA/AGRESSÃO no(a) Sr(a)?

(1) Familiar e/ou cuidador

(2) Assalto

(3) Outro, qual?__________________________________________

(8) NSA (9) IGN

frviag __

85. Em qual local ocorreu esta VIOLÊNCIA/AGRESSÃO?

(1) Em casa (2) Em via pública (3) No serviço

(4) Se outro, qual?_______________________________________________

(8) NSA (9) IGN

frviagloc __

AGORA GOSTARIA DE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE A SUA MEMÓRIA E RACIOCÍNIO, NÃO

HÁ RESPOSTAS CERTAS OU ERRADAS E ALGUMAS PERGUNTAS PODEM PARECER SEM SENTIDO, MAS EU GOSTARIA QUE O(A) SR(A) PRESTASSE ATENÇÃO E RESPONDESSE TODAS AS PERGUNTAS DA

MELHOR FORMA POSSÍVEL. <MEEM>

86. Qual é <leia as alternativas> em que estamos?

O dia da semana:__________________________

O dia do mês:_____________________________

O mês:___________________________________

O ano:___________________________________

A hora aproximada:_____:_____

Cada resposta CERTA vale 1 PONTO.

dias __

diam __

mês __

ano __

hora __

87. Qual é <leia as alternativas> onde estamos?

A cidade ( ) Pelotas ( ) Outra/Não sabe

O bairro:______________________ ( ) Outro/Não sabe

O estado ( ) RS ( ) Outro/Não sabe

O país ( ) Brasil ( ) Outro/Não sabe

O local do hospital ( ) Enfermaria, quarto ( ) Outro/Não sabe

cidade __

bairro __

estado __

pais __

lochos __

88. Eu vou lhe dizer o nome de três objetos: CARRO, VASO, TIJOLO. O(a) Sr(a) poderia

repetir para mim?

( ) carro ( ) outro/não sabe

( ) vaso ( ) outro/não sabe

( ) tijolo ( ) outro/não sabe

carro __

vaso __

tijolo __

REPITA AS RESPOSTAS ATÉ O INDIVÍDUO APRENDER AS TRÊS PALAVRAS

(5 TENTATIVAS)

89. Agora eu vou lhe pedir para fazer algumas contas. Quanto é:

1. 100-7: __________

2. 93-7: ___________

3. 86-7: ___________

4. 79-7: ___________

conta __

Page 80: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

79

5. 72-7: ___________

90. O(a) Sr(a) poderia me dizer o nome dos 3 objetos que eu lhe disse antes?

( ) carro ( ) outro/não sabe

( ) vaso ( ) outro/não sabe

( ) tijolo ( ) outro/não sabe

carro1 __

vaso1 __

tijolo1 __

91. Como é o nome destes objetos? <MOSTRAR>

Um lápis (padrão): ( ) lápis ( ) outro

Um relógio de pulso: ( ) relógio ( ) outro

lápis __

relo __

92. Eu vou lhe dizer uma frase: “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ”.

O(a) Sr(a) poderia repetir?

( ) repetiu ( ) não repetiu

repet __

93. Eu gostaria que o(a) Sr(a) fizesse de acordo com as seguintes instruções: Pegue

este papel com a mão direita, dobre ao meio com as duas mãos e solte o papel no

chão. PRIMEIRO LEIA AS 3 INSTRUÇÕES E SOMENTE

DEPOIS O(A) ENTREVISTADOR(A) DEVE

REALIZÁ-LAS.

Pegue este papel com a mão direita ( ) cumpriu ( ) não cumpriu

Dobre ao meio com as duas mãos ( ) cumpriu ( ) não cumpriu

Solte o papel no chão ( ) cumpriu ( ) não cumpriu

etapa1 __

etapa2 __

etapa3 __

94. Eu vou lhe mostrar uma frase escrita. O(a) Sr(a) vai olhar e sem falar nada, vai fazer o

que diz a frase. Se usar óculos, por favor, coloque, pois ficará mais fácil.

MOSTRAR A FRASE NA CARTELA “FECHE OS OLHOS”

( ) realizou tarefa ( ) não realizou tarefa/outro

lei __

95. O(a) Sr(a) poderia escrever uma frase de sua escolha, qualquer frase:

ORIENTAR O ENTREVISTADO A ESCREVER NA FOLHA EM BRANCO

( ) realizou tarefa ( ) não realizou tarefa/outro

frase __

96. E para terminar esta parte, eu gostaria que o(a) Sr(a) copiasse esse desenho:

MOSTRAR O DESENHO NA CARTELA E ORIENTAR PARA COPIAR NA FOLHA EM

BRANCO

( ) realizou tarefa ( ) não realizou tarefa/outro

praxia __

total __

A SEGUIR VOU LHE FAZER PERGUNTAS SOBRE ALGUMAS ATIVIDADES DO SEU DIA A DIA E

GOSTARIA QUE O(A) SR(A) ME RESPONDESSE DE ACORDO COM AS ALTERNATIVAS QUE EU VOU LHE DAR < ATENÇÃO: QUESTÕES ANTERIORES À FRATURA DE FÊMUR>

97. Quando o(a) Sr(a) ia tomar seu banho:

(2) Não recebia ajuda (entrava e saia do banheiro sozinho)

Page 81: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

80

(1) Recebia ajuda no banho apenas para uma parte do corpo (costas ou pernas, por

exemplo)

(0) Recebia ajuda no banho em mais de uma parte do corpo

ibanh __

98. Quando o(a) Sr(a) ia se vestir:

(2) Não recebia ajuda

(1) Pegava as roupas e se vestia sem ajuda (exceto para amarrar os sapatos)

(0) Recebia ajuda para pegar as roupas ou para vestir-se (ou permanece parcial ou

totalmente despido)

ivest __

99. Quando o(a) Sr(a) precisava usar o banheiro para as suas necessidades:

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda para ir ao banheiro

(0) Não ia ao banheiro para urinar ou evacuar

itoal __

100. Para passar da cama para uma cadeira, o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda

(0) Não saia da cama

icad __

101. Para fazer xixi ou cocô, o(a) Sr(a):

(2) Tinha controle sobre as funções de urinar e evacuar

(1) Tinha “acidentes” ocasionais

(0) Não conseguia controlar o xixi ou cocô e usava fralda ou sonda

icxc __

102. Para se alimentar (para comer):

(2) Alimentava-se sem ajuda

(1) Alimentava-se sem ajuda, exceto para cortar carne ou passar manteiga no pão

(0) Recebia ajuda para se alimentar ou era alimentado(a) por sonda

ialim __

103. Para usar o telefone o(a) Sr(a):

(2) Não tinha qualquer dificuldade

(1) Podia fazer com dificuldade

(0) Não conseguia usar sozinho(a)

itelef __

104. Para ir a lugares distantes, usando ônibus ou táxi, o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia ir sozinho(a)

isair __

105. Para fazer suas compras, o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia fazer sozinho(a)

icomp __

106. Para preparar as suas refeições, o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia preparar sozinho(a)

icomi __

107. Para arrumar sua casa, o(a) Sr(a):

Page 82: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

81

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia arrumar sozinho(a)

ilimp __

108. Para lidar com objetos pequenos como, por exemplo, uma chave, ou fazer

pequenos reparos ou trabalhos manuais domésticos o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia fazer sozinho(a)

iopeq __

109. Para tomar remédios na dose e horários certos o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia fazer sozinho(a)

irem __

110. Para cuidar do seu dinheiro, o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia cuidar sozinho(a)

idinb __

111. Para caminhar a distância de uma quadra, o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia andar sozinho(a)

icquad __

112. Para subir um lance de escada, o(a) Sr(a):

(2) Não recebia ajuda

(1) Recebia ajuda parcial

(0) Não conseguia subir sozinho(a)

ilance __

SE O IDOSO(A) RESPONDEU QUE PRECISAVA AJUDA PARCIAL OU GRANDE AJUDA NAS QUESTÕES

ACIMA,

APLIQUE ATÉ A QUESTÃO 115. SE NÃO, ENCERRE A ENTREVISTA

113. De quem o(a) Sr(a) recebia ajuda na maioria das tarefas que precisava?

(1) Companheiro(a); esposo(a) – SE NÃO TEM COMPANHEIRO, NÃO LER ESTA OPÇÃO!

(2) Filho(a) – SE NÃO TEM FILHOS, NÃO LER ESTA OPÇÃO!

(3) Vizinho(a)

(4) Amigos

(5) Acompanhante pago – APLIQUE QUESTÃO 114 E 115

(6) Acompanhante não pago – PULE PARA A QUESTÃO 115

(7) Se outro, qual?_______________________________________________________

(8) NSA

recaju __

114. Se pagava, quanto o(a) Sr(a) pagava por mês?

R$ __ __ __ __,__ __ (reais) (888888) NSA (999999) IGN

pagme

_ _ _ _,_ _

115. Quanto tempo (em horas) o(a) Sr(a) recebia de ajuda durante o dia (dia e noite)?

__ __ horas (00) menos de 1 hora (88) NSA (99) IGN

teajhd __ __

Page 83: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

82

Horário do término da entrevista: __ __:__ __hs

ENCERRE O QUESTIONÁRIO E AGRADEÇA A COLABORAÇÃOO instrumento utilizou questões

do estudo “Assistência Domiciliar a Idosos: desempenho dos serviços de atenção

básica”, PPG em Epidemiologia da UFPel.

Page 84: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

83 Apêndice E – Manual do Instrumento de Pesquisa

Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Enfermagem

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem Núcleo de Condições Crônicas e suas Interfaces

Fratura de fêmur: causas e perfil dos idosos hospitalizados em Pelotas, RS.

Manual do Questionário – Idosos de 60 anos ou mais de idade

ATENÇÃO

Você deverá entrevistar pacientes IDOSOS com idade igual ou superior a 60 anos. Você deverá entrevistar TODOS OS IDOSOS com 60 anos ou mais, internados por fratura de fêmur no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Pelotas. Caso o idoso apresente problemas de comunicação você deverá entrevistar o FAMILIAR/CUIDADOR que convivesse com o idoso e conheça as circunstâncias da fratura de fêmur. Antes de iniciar a entrevista, verifique se o idoso apresenta condições cognitivas de manter um diálogo para responder ao questionário, caso contrário você deve questionar o acompanhante, para saber se o mesmo tem conhecimento sobre a vida diária do idoso e sobre as circunstâncias da fratura de fêmur. Apresente-se, fale o porquê você está ali, e pergunte se o(a) idoso(a) deseja participar, dizendo-lhe da importância da sua participação, explicando o objetivo do estudo. Caso o idoso não tenha condições de responder ao questionário, bem como o seu acompanhante, perguntar qual o dia e horário que terá um acompanhante que conviva com o idoso e conheça as circunstâncias da fratura de fêmur. Realizar até cinco tentativas com o mesmo idoso. Importante anotar o número de tentativas com hora e data NO CADERNO. Desejando participar do estudo, o idoso ou acompanhate deverá assinar o consentimento livre e esclarecido. Não se esqueça de colocar o nome do idoso no TCLE. Este questionário apresenta 115 questões, entre perguntas abertas e fechadas, procure tentar responder corretamente todas, evitando ao máximo utilizar a opção (9) IGNORADO(A), pois esta será valida ao término do estudo como resposta perdida. Ao iniciar uma entrevista, tente concluí-la sem interrupções. Preencha o questionário a LÁPIS. PREENCHA O QUESTIONÁRIO COM LETRA LEGÍVEL. Não faça codificação durante a entrevista. Os números para a codificação devem ser de uso padrão: Em caso de dúvida, anote tudo no questionário e procure o supervisor de campo.

Porte sempre o crachá de identificação e o jaleco.

IDENTIFICAÇÃO

Número do questionário: __ __ __ TODO QUESTIONÁRIO TERÁ UM NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO com três dígitos iniciando em 001, seguindo em seqüência.

nquest __ __ __

Número do(a) entrevistador(a): __ __ O entrevistador deve colocar o seu número neste campo.

nent __ __

Nome do(a) entrevistador(a): O entrevistador deve colocar o seu nome neste campo.

Data da entrevista: __ __ /__ __/ 2012 Anotar a data da entrevista.

Horário de início da entrevista: __ __: __ __ hs Anotar o horário de início da entrevista. Hora do início da entrevista deve ser escrita no modo 24 horas, exemplo: 03:15 horas da tarde, deve ser codificada como 15:15 horas. Código dos entrevistadores: 01 – FERNANDA DOS SANTOS 02 – LETÍCIA PILOTTO CASAGRANDA

Page 85: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

84

03 – LUISA CAROLINE BRESSLER 04 – MARIA JOSÉ SANTOS DE OLIVEIRA 05 – MELISE DOS SANTOS TEIXEIRA 06 – JULIANA

INICIAR A ENTREVISTA

01. A entrevista foi realizada com o próprio idoso? Não fazer esta pergunta. Se SIM pule para a questão 6.

entrev __

Qual o nome do entrevistado? __________________________________________________________________ O objetivo desta questão é saber o nome do entrevistado, quando este não for o idoso.

02. O(a) Sr(a) é familiar deste idoso? Se Não pule para a questão 4. O objetivo desta questão é saber se o acompanhante do idoso no momento da entrevista é um familiar do mesmo.

famid __

03. Qual o seu grau de parentesco com este idoso? (1) Esposo (a) (2) Filho (a) (3) Irmão (a) (4) Pai/Mãe (5) Sobrinho (a) (6) Outro Qual?_ _ _ _ _ _ _ (8) NSA Cite as opções para o acompanhante e pergunte qual o seu grau de parentesco com o(a) idoso(a), sem esquecer-se de assinalar a alternativa correspondente, caso ele cite outro anote com letra LEGÍVEL tudo que o respondente referir.

parent __

04. Qual a sua relação com o idoso? (1) Cuidador (2) Outro Qual?_________________________ - PULE PARA A QUESTÃO 6 (8) NSA O objetivo desta questão é saber qual a relação que o acompanhante do idoso tem com ele. Considere cuidador aquela pessoa que participa da vida do idoso, ajudando-o a realizar as atividades da vida diária.

relid __

05. Há quanto tempo você é cuidador deste idoso? __ __ __ meses O objetivo desta questão é saber quanto tempo o cuidador está presente na vida deste idoso. (888) NSA

cuidmes __ __ __

AGORA VAMOS FALAR SOBRE AS QUESTÕES SÓCIODEMOGRÁFICAS E ECONÔMICAS DO IDOSO

06. Qual a sua idade? __ __ __ (anos completos) O objetivo desta questão é saber a idade do idoso(a).

idade __ __ __

07. Qual é o seu nome? Deve ser preenchido por extenso, com letra legível. Deve- se explicar ao idoso(a) ou familiar que o nome é apenas para controle de qualidade e que seu sigilo/anonimato será assegurado.

08. Qual seu endereço? Deve ser escrito o endereço do(a) entrevistado(a) com letra legível, incluindo o nome do bairro - é importante que este dado seja o mais preciso possível.

09. Qual o seu telefone/contato? 1) Nome : ________________________________ Fone: ____________________________ 2) Nome: ________________________________ Fone: ____________________________ 3) Nome: _________________________________ Fone: ____________________________ Preencha com o número de telefone e/ou celular para recados, especificando o código da área. Preencha também, se possível, o número de telefone de três pessoas de referência do(a) idoso(a), caso necessite encontrá-lo.

10. Qual a sua data de nascimento? _ _ /_ _/ _ _ _ _ Registre a data de nascimento do(a) idoso(a) com dia, mês e ano utilizando os 4 dígitos, da seguinte forma: 15/04/1950.

dn __ __ __ __ __ __ __ __

11. Sexo (OBSERVADO PELO ENTREVISTADOR) (0) Masculino (1) Feminino O(a) entrevistador(a) deve registrar o sexo do(a) entrevistado(a) com base em sua observação.

sex __

12. Cor da pele ou raça do entrevistado (AUTO-REFERIDA PELO ENTREVISTADO) (1) Branca (2) Preta (3) Parda (4) Amarela (5) Indígena Assinalar o que for referido pelo(a) idoso(a), sem questionamentos. O que nos interessa é a cor ou raça como referida pelo entrevistado.

corpel __

13. Com quem o(a) Sr(a) mora?(CITE AS OPÇÕES) (1) Só (2) Com companheiro(a), sem filhos (3) Com companheiro(a) e filhos

Page 86: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

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(4) Com filho(a)(s) (5) Com outros parentes (6) Com outros não parentes (7) Em instituição de Longa Permanência (ILP) O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso mora sozinho(a) ou com outras pessoas. Cite as opções para o entrevistado(a), e ANOTE com letra legível tudo que ele referir.

mora __

14. Em qual município o(a) Sr(a) reside? UF: Registrar com letra legível o município e a unidade de federação da residência do(a) idoso(a).

munres __ __

15. Onde o(a) Sr(a) mora atualmente? (CITE AS OPÇÕES) (1) Zona Rural (campanha) (2) Zona Urbana (cidade) Faça a pergunta e cite as opções. Perguntar se ele vem da zona rural (campo ou campanha) ou da zona urbana (cidade).

proced __ __

16. O(a) Sr(a) sabe ler e escrever? (0) Não (1) Sim (2) Só assina Perguntar se sabe ler e escrever. No caso de resposta NÃO, perguntar se assina o nome, se este for o caso, anotar a opção 2.

leresc __

17. O(a) Sr(a) freqüentou a escola? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 19 (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) aprendeu a ler e escrever na escola, ou em outro local principalmente o domicílio.

freqesc __

18. Quantos anos completos e aprovados de estudo o(a) Sr(a) tem? __ __ anos (88) NSA (99) IGN

Deverá apenas ser anotado o número de anos completos (com aprovação) de estudos. Caso o entrevistador não forneça este dado de forma direta, use o espaço para anotações para escrever a resposta por extenso, deixando para CALCULAR E CODIFICAR DEPOIS. Você deverá basear seu cálculo, de acordo com a tabela abaixo: CODIFICAÇÃO DOS ANOS COMPLETOS DE ESTUDO Primeiro grau completo ou Ensino Fundamental= 8 anos de estudo Segundo grau completo ou Ensino Médio= 11 anos de estudo Terceiro grau completo (superior completo)= 15 anos de estudo Primário completo= 5 anos de estudo Ginasial completo= 8 anos de estudo Científico completo= 11 anos de estudo Primeiro livro ou Mobral (alfabetização)= 1 ano de estudo Segundo livro= 2 anos de estudo Terceiro livro= 3 anos de estudo Quarto Livro= 4 anos de estudo

anosc __ __

19. O(a) Sr(a) é aposentado(a)? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 21 (1) Sim (9) IGN Perguntar se o(a) idoso(a) está aposentado(a), neste caso o que nos interessa é se ele(a) recebe aposentadoria pelo INSS. No caso dele(a) responder NÃO, pular para a questão 21.

apos __

20. Com qual idade o(a) Sr(a) se aposentou? __ __ anos (88) NSA (99) IGN Perguntar a idade do(a) idoso(a) quando ele(a) se aposentou.

idapos __ __

21. O(a) Sr(a) trabalha? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 24 (1) Sim O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) realiza alguma atividade.

trabr __

22. O(a) Sr(a) recebeu no último mês por este trabalho? (0) Não (1) Sim (8) NSA O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) recebeu dinheiro por este trabalho no último mês.

rece __

23. O (a) Sr. (a) pode descrever o seu trabalho? (8) NSA O objetivo desta questão é saber qual atividade ocupacional o(a) idoso(a) realizou.

trab1 __ __ trab2 __ __

24. Qual a sua maior fonte renda? (CITE AS OPÇÕES) (1) emprego (7) outro – Qual? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (2) renda familiar

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(3) renda do cônjuge/companheiro (4) benefício (ex: pensão, auxílio doença) (5) aposentadoria (6) aluguel de imóveis O objetivo desta questão é saber qual a maior fonte de renda do(a) idoso(a): (1) Emprego: marque esta opção se o(a) idoso(a) referir que sua maior fonte de renda é o seu trabalho. (2) Renda familiar: marque esta opção se o idoso referir que sua maior fonte de renda é o salário do(s) filho(s), neto(s), pais. (3) Renda do cônjuge/companheiro: marque esta opção se o(a) idoso(a) referir que sua maior fonte de renda é a do seu marido ou esposa. (4) Benefício: marque esta opção se o(a) idoso(a) referir que sua maior fonte de renda é pensão ou auxílio doença. (5) Aposentadoria: marque esta opção se o(a) idoso(a) referir que sua maior fonte de renda é a aposentadoria. (6) Aluguel de imóveis: marque esta opção se o(a) idoso(a) referir que sua maior fonte de renda é aluguel de casa(s), apartamento(s), loja(s).

rendm __ __

25. Quantas pessoas dependem da sua renda mensal incluindo o (a) senhor (a)? __ __ pessoas Faça a pergunta e registre o número de pessoas que dependem da renda do(a) idoso(a), incluído-o.

depren __

26. Qual a sua situação conjugal atual? (1) Casado(a) ou mora com companheiro(a) (2) Solteiro(a) ou sem companheiro(a) – PULE PARA QUESTÃO 29 (3) Separado(a) – PULE PARA QUESTÃO 29 (4) Viúvo(a) – PULE PARA QUESTÃO 29 Aqui queremos saber a situação conjugal atual do(a) idoso(a), independente se tem companheiro(a) ou não.

sitconj __

27. Qual a idade de seu(sua) esposo(a)/companheiro(a)?__ __ __ (anos completos) (888) NSA (999) IGN Perguntar a idade do(a) esposo(a) ou companheiro(a) em anos completos.

idespa __ __ __

28. A casa onde o(a) Sr(a) mora é: (0) Própria (1) Alugada (3) De um parente ou de um amigo. Qual?____________________________ (4) Asilo ou casa geriátrica – PULE PARA A QUESTÃO 33 Ao perguntar, ler as opções e no caso de ser um parente ou amigo, lembrar de anotar qual parente ou amigo.

casamor __

29. O(a) Sr(a) mora sozinho(a)? (0) Não (1) Sim - PULE PARA A QUESTÃO 33 (9) IGN Investigar se no domicílio mora mais alguém além do(a) idoso(a).

morsoz __

30. Além do(a) Sr(a), quantas pessoas moram nesta casa?_ _ _ pessoas (888) NSA Anotar quantas pessoas além do(a) idoso(a) moram na residência, por exemplo, se for mais de 1 pessoa, anotar 001.

qtsmor __ __ __

31. Qual a relação de parentesco destas pessoas com o(a) Sr.(a)? Esposo(a) / companheiro(a) (0) Não (1) Sim (8) NSA Pai (0) Não (1) Sim (8) NSA Mãe (0) Não (1) Sim (8) NSA Neto(a)s (0) Não (1) Sim (8) NSA Sogro/Sogra (0) Não (1) Sim (8) NSA Filho(s)/filha(s) (0) Não (1) Sim (8) NSA Irmão(s)/irmã(s) (0) Não (1) Sim (8) NSA Outros familiares (0) Não (1) Sim (8) NSA Empregado(s) (0) Não (1) Sim (8) NSA Outros:______________________________________________________________ Perguntar e marcar todas as opções de relações de parentesco que o(a) idoso(a) referir.

espmo __ paimo __ maemo __ netomo __ sogmo __ filhomo __ irmor __ outmo __ empmo __ oumo __

32. Quantos trabalham? __ __ pessoas (88) NSA O objetivo desta questão é saber quantos moradores do domicílio trabalham.

traba __ __

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33. O(a) Sr(a) costuma ficar sozinho(a) durante o dia (dia e noite)? (0) Nunca ou raramente (1) Sim, cerca de uma hora (2) Sim, um período de tempo – ex: toda manhã, toda tarde (3) Sim, somente durante o dia (4) Sim, somente durante a noite (5) Sim, fica todo tempo sozinho Explorar se durante o dia ou a noite o(a) idoso(a) permanece sozinho(a), no caso da resposta ser SIM, explorar por quanto tempo ele(a) permanece sozinho(a).

depend __ __

34. O(a) Sr(a) tem ou teve filhos (inclui filhos adotivos)? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 36 (1) Sim Perguntar se o(a) idoso(a) teve filhos, independente de estarem vivos ou não.

filho __ __

35. Se SIM, quantos?__ __ filhos (88) NSA O objetivo desta questão é saber quantos filhos o(a) idoso(a) tem ou teve.

filqt __ __

A SEGUIR VOU LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE SUA SITUAÇÃO DE SAÚDE ATUAL

36. Quantos remédios diferentes o(a) Sr(a) tomava por dia antes da internação?__ __ remédios O objetivo desta questão é saber quantos remédios (quantidade) o idoso tomava por dia antes da internação.

remdif __

37. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema no coração? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 39 (1) Sim (9) IGN Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem

problema no coração marque a opção 0 “Não”; se referir que algum medico falou que tem

problema no coração marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque

a opção 9 “IGN”. Se a pessoa referir que tinha problema no coração, está fazendo

tratamento e vem se mantendo normal, marque a opção 1 “Sim”. Considerar nesta questão,

doenças cardiovasculares ou do coração como Angina estável e instável, Infarto Agudo do Miocárdio, Insuficiência Cardíaca Congestiva, Arritmias cardíacas, Endocardites, insuficiência em válvulas cardíacas e aneurismas aórticos.

mdcor __

38. O(a) Sr(a) toma remédios para isso? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o idoso está tomando medicação para doenças do coração.

remcor __

39. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem açúcar alto no sangue ou diabetes? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 41 (1) Sim (9) IGN Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem

diabetes marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que tem diabetes

marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”. Se

a pessoa referir que tinha diabetes, está fazendo tratamento e o açúcar vem se mantendo

normal, marque a opção 1 “Sim”.

mdiab __

40. O(a) Sr(a) toma remédios para isso? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) está tomando medicação para diabetes.

remdiab __

41. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem Pressão Alta? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 43 (1) Sim (9) IGN Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem

pressão alta marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que tem pressão

alta marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9

“IGN”.

mhas __

42. O (a) Sr (a) toma remédios para isso? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) toma medicação para controlar a hipertensão.

rehas __

43. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de reumatismo ou nas “juntas”? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 45 (1) Sim (9) IGN Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem

mreum __

Page 89: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

88

reumatismo, artrite ou artrose marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou

que teve marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9

“IGN”. Considere também nesta questão artrite, artrose, osteoporose.

44. O (a) Sr (a) toma remédios para isso? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) toma medicação para controlar o reumatismo ou problema nas “juntas”.

remreu __

45. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de memória? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 47 (1) Sim (9) IGN Se a pessoa referir que não tem problema de memória marque a opção 0 “Não”, Se referir que tem problema de memória marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”. Considere como problemas de memória as demências, escleroses, esquecimentos.

mmem __

46. O (a) Sr (a) toma remédios para isso? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) toma medicação para controlar o problema de memória.

remmem __

47. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de nervos? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 49 (1) Sim (9) IGN Se a pessoa referir que não tem problema nervos marque a opção 0 “Não”. Se referir que tem problema de nervos marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”. Considere nesta questão as doenças mentais como Esquizofrenia, Transtorno Bipolar.

mnerv __

48. O (a) Sr (a) toma remédios para isso? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) toma medicação para controlar o problema de nervos.

remner __

49. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de visão? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 51 (1) Sim (9) IGN Se a pessoa referir que não tem problema de visão marque a opção 0 “Não”. Se referir que tem problema de visão, marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”.

mvis __

50. O (a) Sr (a) usa óculos ou lente de contato? O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) realiza algum tratamento para o problema de visão.

usaoc __

51. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema de audição? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 53 (1) Sim (9) IGN Se a pessoa referir que não tem problema de audição marque a opção 0 “Não”. Se referir que tem problema de audição, marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”.

maud __

52. O (a) Sr (a) faz uso de aparelho auditivo? (0) Não (1) Sim (8) NSA O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) realiza algum tratamento para o problema de audição.

usaap __

53. O (a) Sr(a) tinha dificuldade para caminhar antes da fratura de fêmur? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) apresentava alguma dificuldade para caminhar antes da fratura de fêmur .

difcam __

54. O senhor tinha medo de cair antes da fratura de fêmur? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) apresentava medo de cair antes de ocorrer a

fratura de fêmur.

mecai __

55. Algum médico disse que o(a) Sr(a) teve derrame ou AVC? (0) Não

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(1) Sim (9) IGN Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que teve derrame ou AVC marque a

opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que teve derrame marque a opção 1

“Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”.

mavc __

56. O(a) Sr(a) tinha problema de perder um pouco de urina e se molhar acidentalmente (não dava tempo de chegar ao banheiro, ou quando estava dormindo; ou quando tossia ou espirrava, ou fazia força)? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) apresentava incontinência urinária, que se define como o ato não autocontrolado de urinar.

incurin __

57. O(a) Sr(a) tinha problema de perder um pouco de fezes e se sujar acidentalmente (não dava tempo de chegar ao banheiro, ou quando estava dormindo; ou quando tossia ou espirrava, ou fazia força)? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) apresentava incontinência fecal, que se define como o ato não autocontrolado de defecar.

incfecal __

58. O(a) Sr(a) realizava algum tipo de atividade física antes da fratura de fêmur? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) realizava algum tipo de atividade física antes de ocorrer a fratura de fêmur. Considere aqui como sendo atividade física: caminhar, correr, nadar, musculação, exercícios aeróbicos como danças, andar de bicicleta.

atvfs __

A SEGUIR VOU LHE FAZER PERGUNTAS SOBRE A ACESSIBILIDADE DA CIDADE ONDE O(A) SR(A)

MORRA <MORADIA, TRANSPORTE, PRÉDIOS PÚBLICOS>

59. O(a) Sr(a) tem tapetes onde mora? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 61 (1) Sim (9) IGN Objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) tem tapetes em sua casa. O uso de tapetes pode ser um fator de risco à ocorrência de queda.

actap __

60. O tapete é aderente ao piso ou antiderrapante? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Objetivo desta questão é saber se o tapete oferece segurança para o(a) idoso(a).

adere __

61. O(a) Sr(a) tem escada onde mora? (0) Não – PULE PARA A QUESTÃO 63 (1) Sim (9) IGN Considerar escada dois ou mais degraus.

acesca __

62. A escada possui corrimão? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Objetivo é saber se há segurança no acesso e\ou autonomia nas dependências do lar.

escad __

63. O(a) Sr(a) tem barras de apoio no banheiro onde mora? (0) Não (1) Sim (9) IGN Objetivo desta questão é saber se o local oferece segurança ao(a) idoso(a) ou se está adaptada para atender as necessidades do(a) idoso(a) oferecendo autonomia.

acbapo __

64. O(a) Sr(a) tem prateleiras baixas onde possa alcançar os utensílios onde morra, sem precisar subir em algo? (0) Não (1) Sim (9) IGN Objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) se expõe à fatores de risco para queda (subir em um banco) ou se requer ajuda de alguém para alcançar algo.

acprat __

65. Durante a noite onde o(a) Sr(a) mora mantém-se uma luz acesa? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) tem facilidade de acesso durante a noite dentro da moradia.

acnluz __

66. O(a) Sr(a) tem chave de luz próximo à sua cama onde o(a) Sr(a) mora? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o dormitório está adaptado ao(a) idoso(a), se oferece segurança, proporcionando autonomia.

acchluz __

67. O que o(a) Sr(a) costuma calçar habitualmente em casa?

Page 91: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

90

(1) Pantufa (2) Chinelo (3) Sandália/sapato aberto (4) Sapato fechado (5) Descalço (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o calçado de uso habitual está auxiliando ou dificultando a locomoção do(a) idoso(a) e se oferece segurança ao mesmo. Considere: (1) Pantufa: considere pantufa aquele calçado totalmente fechado preso ao pé com lã no seu interior. (2) Chinelo: considere chinelo aquele calçado aberto, com ou sem lã no seu interior, com tiras ou não, não preso ao pé. (3) Sandália: considere sandália aquele calçado aberto preso ao pé. (4) Sapato fechado: considere aquele sapato totalmente fechado, como tênis, moleca, bota. (5) Descalço: considere quando o(a) idoso(a) referir que não usa nada nos pés.

acccas __

68. O que o(a) Sr(a) costuma calçar habitualmente para sair de casa? (1) Pantufa (2) Chinelo (3) Sandália/sapato aberto (4) Sapato fechado (5) Descalço (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o calçado de uso habitual para o(a) idoso(a) sair de casa, está auxiliando ou dificultando a locomoção e se oferece segurança ao mesmo. Considere: (1) Pantufa: considere pantufa aquele calçado totalmente fechado preso ao pé com lã no seu interior. (2) Chinelo: considere chinelo aquele calçado aberto, com ou sem lã no seu interior, com tiras ou não, não preso ao pé. (3) Sandália: considere sandália aquele calçado aberto preso ao pé. (4) Sapato fechado: considere aquele sapato totalmente fechado, como tênis, moleca, bota. (5) Descalço: considere quando o(a) idoso(a) referir que não usa nada nos pés.

accsai __

69. Quantos cômodos têm a casa onde o(a) Sr(a) mora?_ _ cômodos (9) IGN O objetivo desta questão é saber se a casa onde o(a) idoso(a) mora é ampla, com vários cômodos, e se oferece conforto ao(a) idoso(a).

accom __ __

70. Onde o(a) Sr(a) mora possui um dormitório somente para o(a) Sr(a)? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) tem privacidade, segurança no local onde morra.

acdor __

71. Que tipo de transporte o(a) Sr(a) utiliza habitualmente quando sai? (1) Carro particular (2) Ônibus (3) Táxi (4) Moto (5) Bicicleta (6) Charrete (9) ING Objetivo desta questão é saber qual o meio de transporte utilizado pelo(a) idoso(a). Considere: (1) Carro particular: considere carro particular sendo geralmente conduzido pelo idoso/familiar/outros. (2) Ônibus: considere ônibus qualquer tipo de transporte coletivo de uso comum à população. (3) Táxi: considere táxi o carro de aluguel, que deve-se dispor de algum valor financeiro para seu uso. (4) Moto: considere moto o transporte com duas rodas motorizada, motocicleta. (5) Bicicleta: considere como sendo o transporte com duas rodas não motorizado. (6) Charrete: considere como sendo o transporte de tração animal.

actran __

72. Qual a sua principal dificuldade no transporte público? (8) NSA O objetivo desta questão é saber se o transporte público interurbano ou não, permite que os(as) idosos(as) se desloquem à locais-chave, como hospitais, centros de saúde, parques públicos, shopping centers, bancos, centros de convivência de idosos(as), entre outros.

73. Os prédios públicos (prefeitura, Unidades Básicas de Saúde, entre outros) apresentam rampas de acesso para cadeirantes e\ou pessoas com dificuldade de locomoção e/ou escadas com corrimão? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Objetivo desta questão é saber se há facilidade ou dificuldade de acesso para os(as) idosos(as) aos locais públicos. Considere locais públicos como sendo os bancos, hospitais, Unidade Básicas de Saúde, prefeitura, biblioteca, supermercado, entre outros.

acramp __

74. Como o(a) Sr(a) se sente em relação à acessibilidade na cidade onde mora? (1) Satisfeito (2) Muito Satisfeito (3) Pouco Satisfeito (4) Insatisfeito (5) Muito Insatisfeito (8) NSA (9) IGN Por quê?

acsent __

Page 92: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

91

Objetivo é saber se o espaço onde ele vive e transita está adaptado para as suas necessidades. Considere acessibilidade como sendo a condição para utilização com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação por uma pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, no caso o idoso.

AGORA VAMOS FALAR SOBRE COMO O SENHOR SE QUEBROU

< FRATURA DE FÊMUR >

75. Como foi que o(a) Sr(a) se quebrou? (2) Acidente de trânsito (3) Queda – RESPONDA AS QUESTÕES 76, 77, E PULE PARA A QUESTÃO 79 (4) Violência/Agressão – RESPONDA AS QUESTÕES 76, 77, E PULE PARA A QUESTÃO 84 (5) Se outro, qual? _________________________________________ O objetivo desta questão é saber como foi que o(a) idoso(a) se quebrou. (0) Acidente de Trânsito: marque esta opção se o idoso referir tais acidentes: atropelamento, carro X moto, carro, moto, bicicleta, (1) Queda: marque esta opção se o idoso tiver caído da própria altura, caído de algo (banco, mesa, cama), caído da escada. (2) Violência/Agressão: marque esta opção se o idoso tiver sido vítima de algum tipo de agressão, como ter sido empurrado e caiu, agredido.

frat __

76. Qual horário ocorreu o(a) <substituir com a causa da fratura de fêmur referida pelo idoso >? (1) Manhã (2) Tarde (3) Noite (9) IGN O objetivo desta questão é saber qual o horário que o idoso se quebrou. Anote a opção referida pelo (a) entrevistado (a). (1) Manhã: marque esta opção se o horário ficar entre 06 h e 12:59h. (2) Tarde: marque esta opção se o horário ficar entre 13 h e 18:59h. (3) Noite: marque esta opção se o horário ficar entre 19 h e 05:59h. (9) IGN: marque esta opção se o idoso ou acompanhante não saiba informar.

frhor __

77. O(a) Sr(a) teve outras fraturas/quebradura decorrentes do(a) <substituir com a causa da fratura de fêmur referida pelo idoso>? (0) Não (1) Sim (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o idoso teve outra fratura decorrente da causa da fratura de fêmur. Anote a opção referida pelo (a) entrevistado (a).

froutr __

78. Como aconteceu o ACIDENTE DE TRÂNSITO? (1) Atropelamento (2) Moto (3) Carro (4) Bicicleta (5) Se outro, qual?__________________________________ (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber como foi que ocorreu o acidente de trânsito. Anote a opção referida pelo (a) entrevistado (a). Se ele(a) referir outro anote.

fractr __

79. Em que local o(a) Sr(a) estava quando ocorreu a QUEDA? (1) Em casa (2) Em via pública (3) No serviço (4) Se outro, qual?__________________________________ (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber onde o idoso sofreu a fratura de fêmur. Anote a opção referida pelo (a) entrevistado (a). (1) Em casa: marque esta opção se a queda tiver ocorrido: dentro da casa, ao redor da casa (horta, pátio). (2) Em via pública: marque esta opção se a queda tiver ocorrido: na calçada da rua, na rua. (3) No serviço: marque esta opção se a queda tiver ocorrido: no seu local de trabalho. (9) IGN: caso o idoso ou acompanhante não saiba informar o local da queda.

frqloc __

80. O(a) Sr(a) já havia sofrido alguma outra QUEDA anteriormente? (0) NÃO – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO (1) SIM (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) já havia sofrido uma queda anteriormente. Anote a opção referida pelo(a) entrevistado(a).

frqant __

81. A QUEDA que o(a) Sr(a) sofreu antes desta ocorreu há quanto tempo?_ _ _ meses (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber quanto tempo faz que o(a) idoso(a) sofreu a outra queda. Anote a opção referida pelo(a) entrevistado(a). Atenção: Codificar em meses.

frqant __ __ __

82. Em decorrência da QUEDA anterior o(a) Sr(a) necessitou de internação hospitalar? frqath __

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92

(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se o(a) idoso(a) necessitou de internação hospitalar devido à queda anterior. Anote a opção referida pelo(a) entrevistado(a).

83. Em decorrência da QUEDA anterior o(a) Sr(a) ficou com alguma limitação? (0) Não – PASSE PARA O PRÓXIMO BLOCO (1) Sim, qual?_________________________________________________ (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber se a queda anterior deixou alguma seqüela. Como seqüela considere qualquer limitação física que o(a) idoso(a) referir, como incapacidade de deambular, incapacidade de realizar atividades básicas da vida diária (tomar banho, alimentar-se, escovar os dentes). Anote a opção referida pelo(a) entrevistado(a).

frqal __ frqual1 __ frqual2 __ frqual3 __

84. Quem causou esta VIOLÊNCIA/AGRESSÃO no(a) Sr(a)? (1) Familiar e/ou cuidador (2) Assalto (3) Outro, qual?__________________________ (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber quem foi que causou a violência/agressão no(a) idoso(a). Anote a opção referida pelo (a) entrevistado (a).

frviag __

85. Em qual local ocorreu esta VIOLÊNCIA/AGRESSÃO? (1) Em casa (2) Em via pública (3) No serviço (4) Se outro, qual?_______________________________________________ (8) NSA (9) IGN O objetivo desta questão é saber em que local o(a) idoso(a) estava quando ocorreu a violência/agressão. Anote a opção referida pelo (a) entrevistado (a). (1) Em casa: marque esta opção se a queda tiver ocorrido: dentro de casa, ao redor da casa (horta, pátio). (2) Em via pública: marque esta opção se a queda tiver ocorrido: na calçada da rua, em locais de uso público. (3) No serviço: marque esta opção se a queda tiver ocorrido: no seu local de trabalho.

frval __

AGORA GOSTARIA DE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE A SUA MEMÓRIA E RACIOCÍNIO, NÃO

HÁ RESPOSTAS CERTAS OU ERRADAS E ALGUMAS PERGUNTAS PODEM PARECER SEM SENTIDO, MAS EU GOSTARIA QUE O(A) SR(A) PRESTASSE ATENÇÃO E RESPONDESSE TODAS AS PERGUNTAS DA

MELHOR FORMA POSSÍVEL. <MEEM>

86. Qual é <leia as alternativas> em que estamos? O dia da semana:__________________________ O dia do mês:_____________________________ O mês:___________________________________ O ano:___________________________________ A hora aproximada:_____:_____

Pergunte “QUAL É O DIA DA SEMANA EM QUE ESTAMOS?”; anote a resposta; siga

perguntando os demais itens e anotando as respostas nos espaços correspondentes. Em

relação à hora aproximada, se o entrevistado responder que não sabe, diga “MAIS OU

MENOS, QUE HORAS O(A) SR(A) ACHA QUE É AGORA?”. Anote a resposta. Se o

entrevistado, automaticamente, olhar para o relógio, não faca nenhum comentário e anote a resposta. Caso o entrevistado apresente algum déficit auditivo, fale em tom de voz mais alto que o habitual e registre esta observação.Considerar uma hora a mais e uma hora a menos.

dias __ diam __ mês __ ano __ hora __

87. Qual é <leia as alternativas> onde estamos? A cidade ( ) Pelotas ( ) Outra/Não sabe O bairro:______________________ ( ) Outro/Não sabe O estado ( ) RS ( ) Outro/Não sabe O país ( ) Brasil ( ) Outro/Não sabe O local do hospital ( ) Enfermaria, quarto ( ) Outro/Não sabe

Pergunte “QUAL É A CIDADE ONDE ESTAMOS?”; anote a resposta; siga perguntando os

demais itens e anotando as respostas nos espaços correspondentes.

cidade __ bairro __ estado __ pais __ lochos __

88. Eu vou lhe dizer o nome de três objetos: CARRO, VASO, TIJOLO. O(a) Sr(a) poderia repetir para mim? ( ) carro ( ) outro/não sabe ( ) vaso ( ) outro/não sabe ( ) tijolo ( ) outro/não sabe

carro __ vaso __ tijolo __

Page 94: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

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Leia a pergunta “EU VOU LHE DIZER O NOME DE TRÊS OBJETOS: CARRO, VASO, TIJOLO. O SR(A) PODERIA REPETIR PRA MIM? PAUSADAMENTE diga as palavras

CARRO, VASO, TIJOLO e então pergunte: “O(A) SR(A) PODERIA REPETIR PARA MIM?”.

Se o entrevistado começar a repetição logo após você ter dito a primeira palavra, diga “POR

FAVOR, ESPERE EU TERMINAR E REPITA DEPOIS, TUDO BEM?”. Anotar a primeira

resposta, independente da ordem em que as palavras forem repetidas. Se o entrevistado não conseguir repetir as três palavras corretamente, repita a questão até que ele memorize as três palavras. Anote abaixo da pergunta o número de tentativas para memorização (no Maximo 5). Se mesmo após 5 tentativas o entrevistado não memorizou as três palavras, independente da ordem, anote: 5 tentativas sem sucesso.

REPITA AS RESPOSTAS ATÉ O INDIVÍDUO APRENDER AS TRÊS PALAVRAS

(5 TENTATIVAS)

89. Agora eu vou lhe pedir para fazer algumas contas. Quanto é: 1. 100-7: __________ 2. 93-7: ___________ 3. 86-7: ___________ 4. 79-7: ___________ 5. 72-7: ___________

Diga “AGORA VAMOS FAZER ALGUMAS CONTAS” e pergunte QUANTO É 100 – 7; anote

a resposta no espaço correspondente. Prossiga com as outras subtrações da mesma forma.

Caso o entrevistado demonstre resistência com justificativas do tipo “nunca fui bom em

matemática; não sei fazer contas; a cabeça não esta mais ajudando...” reforce que é muito

importante ele responder todas as perguntas e que você não está lá para julgar se as respostas

estão certas ou não. Diga algo como: ”POR FAVOR, FAÇA UM ESFORÇO, POIS ISSO É

MUITO IMPORTANTE PARA NOSSA PESQUISA”. Não é permitido que ele(a) faça contas no

papel.

conta __

90. O(a) Sr(a) poderia me dizer o nome dos 3 objetos que eu lhe disse antes? ( ) carro ( ) outro/não sabe ( ) vaso ( ) outro/não sabe ( ) tijolo ( ) outro/não sabe Apenas faça a leitura da pergunta. Se o entrevistado disser imediatamente que não lembra,

diga “EM UMA PERGUNTA ANTERIOR EU LHE DISSE O NOME DE TRÊS OBJETOS, ESTÁ LEMBRADO? ENTÃO, EU GOSTARIA QUE O(A) SR(A) TENTASSE SE LEMBRAR O

NOME DESSES OBJETOS”. Marque as repostas, independente da ordem.

carro1 __ vaso1 __ tijolo1 __

91. Como é o nome destes objetos? <MOSTRAR> Um lápis (padrão): ( ) lápis ( ) outro Um relógio de pulso: ( ) relógio ( ) outro

Leia a pergunta “COMO É O NOME DESTES OBJETOS?” e mostre um lápis e um relógio

de pulso simples, “com cara de relógio”.

lápis __ relo __

92. Eu vou lhe dizer uma frase: “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ”. O(a) Sr(a) poderia repetir? ( ) repetiu ( ) não repetiu

Leia a pergunta “EU VOU DIZER UMA FRASE” e leia a frase: “NEM AQUI, NEM ALI, NEM

LÁ” pausadamente. Solicite ao entrevistado que repita. A repetição deve ser exatamente na

mesma ordem.

repet __

93. Eu gostaria que o(a) Sr(a) fizesse de acordo com as seguintes instruções: PRIMEIRO LEIA AS 3 INSTRUÇÕES E SOMENTE DEPOIS O(A) ENTREVISTADO(A) DEVE REALIZÁ-LAS. Pegue este papel com a mão direita ( ) cumpriu ( ) não cumpriu Dobre ao meio com as duas mãos ( ) cumpriu ( ) não cumpriu Solte o papel no chão ( ) cumpriu ( ) não cumpriu Pegue uma folha em branco e, com ela em suas mãos, leia a pergunta EU GOSTARIA QUE O(A) SR(A) FIZESSE DE ACORDO COM AS SEGUINTES INSTRUÇÕES: O(A) SR(A) VAI

PEGAR ESTE PAPEL COM SUA MÃO DIREITA – se neste momento o entrevistado fizer

qualquer gesto para pegar a folha, peça que ele espere o final das instruções (POR FAVOR, ESPERE UM POUCO), DOBRAR AO MEIO COM AS DUAS MÃOS E SOLTE O PAPEL NO

CHÃO. Depois de ler a instrução, colocar o papel sobre sua prancheta e diga “O(A) SR(A)

PODE PEGAR A FOLHA AGORA”. Observe a execução das tarefas e anote com um X as

respostas. Se ele não acertar alguma das ordens, não invalida as demais.

etapa1 __ etapa2 __ etapa3 __

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94. Eu vou lhe mostrar uma frase escrita. O(a) Sr(a) vai olhar e sem falar nada, vai fazer o que diz a frase. Se usar óculos, por favor, coloque, pois ficará mais fácil.

MOSTRAR A FRASE NA CARTELA “FECHE OS OLHOS” ( ) realizou tarefa ( ) não realizou tarefa/outro Deve ser aplicada à todos os entrevistados, independente da escolaridade, ou seja, inclusive para aqueles analfabetos. O entrevistado pode pegar o papel na mão e aproximar ou afastar da face o quanto desejar. Observe se ele(a) executa a tarefa ou não. Se o entrevistado não conseguir executar a tarefa devido a algum déficit visual, registre nas observações. No máximo repetir até três vezes.

lei __

95. O(a) Sr(a) poderia escrever uma frase de sua escolha, qualquer frase: ORIENTAR O ENTREVISTADO A ESCREVER NA FOLHA BRANCA

( ) realizou tarefa ( ) não realizou tarefa/outro Somente deverá ser aplicada à pessoas que sabem escrever (perguntar antes). Diga

“AGORA EU GOSTARIA QUE O(A) SR(A) ESCREVESSE UMA FRASE DE SUA ESCOLHA,

UMA FRASE QUALQUER”. Ofereça seu lápis e indique o local do questionário em que a

frase deve ser escrita. Se necessário, explicar que NÃO IMPORTA O TIPO DE FRASE, SE VAI ESTAR CERTO OU NÃO, NEM SE LETRA DELE(A) É BONITA OU FEIA; CASO O ENTREVISTADO RESISTA, INSISTA UM POUCO, EXPLIQUE NOVAMENTE QUE É IMPORTANTE PARA A PESQUISA QUE ELE TENTE RESPONDER À TODAS AS

PERGUNTAS. Evite dizer “Pode escrever qualquer coisa”, pois muitos entendem que pode

ser uma palavra. Se necessário, oriente o entrevistado dizendo uma “FRASE QUE COMECE

COM EU, POR EXEMPLO”. No Maximo repetir até três vezes.

frase __

96. E para terminar esta parte, eu gostaria que o(a) Sr(a) copiasse esse desenho: MOSTRAR O DESENHO E ORIENTAR PARA COPIAR NA FOLHA BRANCA

( ) realizou tarefa ( ) não realizou tarefa/outro Aplicada inclusive para analfabetos. Mostrar o desenho, oferecer o lápis e orientá-lo à copiar o mesmo ao lado. Se necessário, tranqüilize-o dizendo que NÃO IMPORTA SE VAI FICAR TORTO, TREMIDO, BONITO OU FEIO. O IMPORTANTE É TENTAR COPIAR O DESENHO DA MELHOR FORMA POSSÍVEL. No máximo repetir até três vezes.

praxia __

total __

A SEGUIR VOU LHE FAZER PERGUNTAS SOBRE ALGUMAS ATIVIDADES DO SEU DIA A DIA E

GOSTARIA QUE O(A) SR(A) ME RESPONDESSE DE ACORDO COM AS ALTERNATIVAS QUE EU VOU LHE DAR < ATENÇÃO: QUESTÕES ANTERIORES À FRATURA DE FÊMUR>

Ler o enunciado de forma clara, em voz alta e pausadamente.

INSTRUÇÕES PARA AS PERGUNTAS 97 à 115 Seguir criteriosamente a formulação de cada uma das perguntas, lendo as perguntas e cada uma das opções de resposta, de forma clara, em voz alta e pausadamente, sem interferir ou auxiliar o(a) entrevistado(a) nas respostas. Marcar a alternativa referida pelo(a) entrevistado(o). Para cada uma das perguntas, peço que o(a) Sr(a) responda se fazia a atividade sozinho, se fazia com a ajuda de alguém ou se não conseguia fazer a atividade. Nos casos em que o questionário for respondido por algum responsável ou cuidador, as perguntas seguintes devem ser feitas utilizando o nome do idoso. Lembre-se que o questionário poderá ser respondido por algum responsável ou cuidador(a) nos casos em que o idoso não tenha condições de responder as perguntas.

97. Quando o(a) Sr(a) ia tomar seu banho: (2) Não recebia ajuda (entrava e saia do banheiro sozinho) (1) Recebia ajuda no banho apenas para uma parte do corpo (costas ou pernas, por exemplo) (0) Recebia ajuda no banho em mais de uma parte do corpo Banho: a avaliação é realizada em relação ao uso do chuveiro, da banheira e ao ato de esfregar-se em qualquer uma dessas situações.

ibanho __

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(2) Não recebia ajuda: entrava e saia do banheiro sozinho, tinha total autonomia para tomar seu banho. (1) Recebia ajuda apenas para uma parte do corpo: no caso do idoso precisar de ajuda apenas para lavar uma parte do corpo, por exemplo, ensaboar as costas ou as pernas. (0) Recebia grande ajuda ou não conseguia tomar banho: esta opção deve ser marcada nos casos em que o idoso precisava de ajuda para mais de uma parte do corpo ou ainda quando ele não conseguia tomar banho por estar acamado (sem se levantar da cama).

98. Quando o(a) Sr(a) ia se vestir: (2) Não recebia ajuda (1) Pegava as roupas e se vestia sem ajuda (exceto para amarrar os sapatos) (0) Recebia ajuda para pegar as roupas ou para vestir-se (ou permanece parcial ou totalmente despido) Vestir: considera-se o ato de pegar as roupas no armário e o de vestir a roupa. Como roupas são compreendidas as roupas íntimas, externas, fechos e cintos. (2) Não recebia ajuda: marque esta opção nos casos em que o(a) idoso(a) relatar total autonomia para se vestir. (1) Recebia ajuda parcial: marque esta opção quando o(a) idoso(a) relatar que necessitava de ajuda apenas para amarrar os sapatos. (0) Recebia grande ajuda ou não conseguia se vestir: marque esta opção nos casos em que o idoso receber qualquer outro tipo de ajuda ou quando ele(a) não conseguia se vestir.

ivestir __

99. Quando o(a) Sr(a) precisava usar o banheiro para as suas necessidades: (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda para ir ao banheiro (0) Não ia ao banheiro para urinar ou evacuar

Banheiro: a função “ir ao banheiro” compreende o ato de ir ao banheiro para excreções,

higienizar-se e arrumar as próprias roupas. Não considerar ajuda o corrimão da casa, a bengala, o andador ou qualquer outro objeto de apoio usado pelo(a) idoso(a). (2) Não recebia ajuda: marque esta opção nos casos em que o(a) idoso(a) relatar total autonomia para ir até o banheiro. (1) Recebia ajuda parcial: marque esta opção quando o(a) idoso(a) relatar que necessita de ajuda de alguém para ir até o banheiro, seja de braço, ou mesmo para empurrar uma cadeira de rodas. Outras opções de resposta que se enquadram nesta categoria são necessidade de

ajuda para “se limpar” ou para se vestir após fazer xixi e/ou cocô.

(0) Recebia grande ajuda ou não ia ao banheiro: marque esta opção nos casos em que o idoso

não conseguia ir ao banheiro ou precisava de ajuda para ir ao banheiro, “se limpar” e se

vestir após fazer xixi e/ou cocô.

itoalet __

100. Para passar da cama para uma cadeira, o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda (0) Não saia da cama

Transferência: a função “transferência” é avaliada pelo movimento desempenhado pelo

idoso para sair da cama e sentar-se em uma cadeira e vice-versa. O uso de equipamento ou suporte mecânico não altera a classificação de independência para a função. (2) Não recebia ajuda: marque esta opção nos casos em que o(a) idoso(a) relatar total autonomia para deitar e levantar da cama. (1) Recebia ajuda: marque esta opção quando o(a) idoso(a) relatar que necessita de ajuda de alguém para sentar ou levantar da cadeira ou sentar ou levantar da cama. (0) Caso o(a) idoso(a) não saia da cama, esta opção também deve ser assinalada.

icadeir __

101. Tinha controle para fazer xixi ou cocô, o(a) Sr(a): (2) Tinha controle sobre as funções de urinar e evacuar (1) Tinha “acidentes” ocasionais (0) Não conseguia controlar o xixi ou cocô e usava fralda ou sonda

Continência: “continência” refere-se ao ato inteiramente autocontrolado de urinar ou

defecar. (2) Tinha controle: marque esta opção nos casos em que o(a) idoso(a) relatar ter controle total sobre as funções de fazer xixi e cocô. (1) Tinha “acidentes” ocasionais: pode ser compreendido como algo eventual, que acontece de vez em quando. Caso o idoso relatar que usa medicamentos como diuréticos e que algumas vezes ocorrem problemas por causa disso ou que ele(a) não consegue controlar por causa do remédio que causa a incontinência. Outra possível resposta que se inclui nesta categoria de

iconxc __

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resposta e a ocorrência de seguidos episódios de diarréia sem controle das fezes. (0) Não conseguia controlar o xixi ou fazer cocô: marque esta opção quando o(a) idoso(a) relatar que não conseguia segurar o xixi e/ou cocô muitas vezes ou quando ele(a) usava fraldas pela grande freqüência de descontrole do xixi e/ou cocô.

102. Para se alimentar (para comer) o(a) Sr(a): (2) Alimentava-se sem ajuda (1) Alimenta-se sem ajuda, exceto para cortar carne ou passar manteiga no pão (0) Recebe ajuda para se alimentar ou é alimentado(a) por sonda Alimentação: relaciona-se ao ato de dirigir a comida do prato (ou similar) à boca. O ato de cortar os alimentos e prepará-los está excluído da avaliação. (2) Alimentava-se sem ajuda: total autonomia para comer. Não devem ser consideradas nesta pergunta a ajuda para o preparo da comida. (1) Recebia ajuda parcial: quando o(a) idoso(a) relatar que necessitava de ajuda de alguém para passar manteiga no pão ou cortar a carne ou algum outro alimento do seu prato. (0) Recebia ajuda ou era alimentado por sonda: marque esta opção nos casos em que o idoso não conseguir segurar o garfo para colocar a comida na boca ou quando ele for alimentado por uma sonda.

iali __

103. Para usar o telefone o(a) Sr(a): (2) Não tinha qualquer dificuldade (1) Podia fazer com dificuldade (0) Não conseguia usar sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia usar o telefone sozinho(a), desconsidere o telefone celular. Caso o idoso relate não lembrar o número do telefone, pergunte se ele tendo o número com auxílio de uma agenda ou de alguma pessoa lhe informando, ele consegue discar os dígitos e fazer ligações. Nos casos em que não exista telefone no domicílio, pergunte se o(a) idoso(a) consegue fazer uma ligação de um telefone de algum vizinho ou parente ou mesmo de

um telefone público (“orelhão”).

(2) Não tinha qualquer dificuldade: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que conseguia fazer as ligações telefônicas. (1) Podia fazer com dificuldade: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisava de ajuda de alguém para discar alguns números para a ligação, ou quando conseguia atender o telefone. (0) Não conseguia usar sozinho: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não conseguia ou não sabia usar o telefone comum.

itelef __

104. Para ir a lugares distantes, usando ônibus ou táxi, o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia ir sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia utilizar sozinho(a) algum meio de transporte para o seu deslocamento e se conseguia se deslocar de modo independente usando algum desses meios de transportes. A seguir, são colocados alguns exemplos de possíveis respostas: (2) Não recebia ajuda. (1) Recebia ajuda: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que necessitava ajuda de alguém para pegar um táxi ou ônibus. (0) Não conseguia: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) afirme que não conseguia usar esses meios de transporte sozinho.

isair __

105. Para fazer suas comprar, o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia fazer sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia fazer compras sozinho(a) em locais públicos, como vendas,supermercados, lojas de roupas, etc. Não nos interessa saber se ele não consegue carregar sacolas, por exemplo. (2) Não recebia ajuda: se o(a) idoso(a) conseguia fazer compras de forma autônoma. (1) Recebia ajuda parcial: no caso do(a) idoso(a) relatar precisar da companhia de alguém para fazer compras. (0) Não conseguia: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) forma completamente incapaz de sair para fazer compras.

icompr __

106. Para preparar as suas refeições, o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia preparar sozinho(a)

icomid __

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O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia fazer sozinho(a) sua própria comida. Caso ele(a) relate que possui empregada, diarista, faxineira ou outra pessoa que faça o serviço por ele(a),

repita a pergunta da seguinte forma. “Pense em um dia de feriado ou no final de semana. Se

for necessário, conseguia preparar sua própria comida sozinho?”.

(2) Não recebia ajuda: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que conseguia preparar sua comida sozinho (a). (1) Recebia ajuda parcial: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisava de alguém para lhe ajudar à preparar sua comida. (0) Não conseguia preparar sozinho: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não conseguia fazer a comida, pois nunca fez esta tarefa.

107. Para arrumar sua casa, o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia arrumar sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia arrumar sozinho(a) sua casa, apartamento ou local onde vive. Caso ele(a) relate que possui empregada, diarista, faxineira ou outra pessoa

que faça o serviço por ele(a), repita a pergunta da seguinte forma. “Pense em um dia de

feriado ou no final de semana. Se for necessário, consegue arrumar a casa sozinho?” Após ler

todas as alternativas, marque a resposta do(a) entrevistado(a). (2) Não recebia ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) tenha alguma empregada que faça o serviço, mas quando necessário, o(a) idoso(a) relate ter capacidade de fazer a tarefa. (1) Recebia ajuda parcial: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não

conseguia fazer todo o serviço ou não conseguia fazer o serviço “pesado” de arrumar a

casa. (0) Não conseguia: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não conseguia arrumar a casa ou não saber limpar a casa, pois nunca fez esta tarefa.

ilimp __

108. Para lidar com objetos pequenos como, por exemplo, uma chave, ou fazer pequenos reparos ou trabalhos manuais domésticos o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia fazer sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia lidar com pequenos objetos. (2) Não recebia ajuda: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que manuseava a chave ou fazia trabalhos manuais sozinho. (1) Recebia ajuda parcial: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisava que alguém lhe ajude. (0) Não conseguia fazer sozinho: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não conseguia manusear pequenos objetos.

iobjp __

109. Para tomar remédios na dose e horários certos o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia fazer sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia tomar os remédios na dose e nos horários certos.

Caso ele(a) relate que não tomava remédios, repita a pergunta da seguinte forma. “Se for

necessário, o(a) Sr(a) consegue tomar seus remédios na dose e horários certos?”

(2) Não recebia ajuda: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que tomava

sozinho seus remédios, mesmo usando uma “caixinha” com os dias da semana.

(1) Recebia ajuda parcial: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisava que alguém lhe lembre de tomar os seus remédios. (0) Não conseguia tomar sozinho: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não conseguia tomar seus remédios sem alguma pessoa lhe der na boca a medicação.

iremed __

110. Para cuidar do seu dinheiro, o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia cuidar sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia cuidar do seu dinheiro sozinho(a). (2) Não recebia ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que cuidava sozinho(a) do seu dinheiro. (1) Recebia ajuda parcial: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) precisava de ajuda de alguém para cuidar do seu dinheiro, como ir ao banco, fazer depósitos ou verificar o

idinhe __

Page 99: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

98

ENCERRE O QUESTIONÁRIO E AGRADEÇA A COLABORAÇÃO

O instrumento utilizou questões do estudo “Assistência Domiciliar a Idosos: desempenho dos serviços de

atenção básica”, PPG em Epidemiologia da UFPel.

extrato do banco. (0) Não conseguia: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não conseguia cuidar do seu dinheiro.

111. Para caminhar a distância de uma quadra, o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia andar sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia caminhar, no mínimo uma quadra, pode ser usando bengala, andador,... (2) Não recebia ajuda: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que conseguia caminhar uma quadra sem ajuda. (1) Recebia ajuda parcial: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisava de alguém para lhe acompanhar. (0) Não conseguia andar sozinho: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não conseguia, mesmo com a ajuda de equipamentos.

icqua __

112. Para subir um lance de escada, o(a) Sr(a): (2) Não recebia ajuda (1) Recebia ajuda parcial (0) Não conseguia subir sozinho(a) O objetivo é saber se o(a) idoso(a) conseguia subir um lance de escada. Considerar escadarias e não escada para serviços domésticos. Caso ele(a) relate que não tem escada em casa,

pergunte: “Se for necessário, o(a) Sr.(a) conseguia subir escada?”.

(2) Não recebia ajuda: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relatar que conseguia sem ajuda. (1) Recebia ajuda parcial: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisava que alguém lhe ajude. (0) Não conseguia subir sozinho: marque esta opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não conseguia subir um lance de escada.

ilance __

SE O IDOSO(A) RESPONDEU QUE PRECISAVA AJUDA PARCIAL OU GRANDE AJUDA NAS QUESTÕES ACIMA,

APLIQUE A QUESTÃO 115. SE NÃO, ENCERRE A ENTREVISTA

113. De quem o(a) Sr(a) recebia ajuda na maioria das tarefas que precisava? (1) Companheiro(a); esposo(a) – SE NÃO TEM COMPANHEIRO, NÃO LER ESTA OPÇÃO! (2) Filho(a) – SE NÃO TEM FILHOS, NÃO LER ESTA OPÇÃO! (3) Vizinho(a) (4) Amigos (5) Acompanhante pago – APLIQUE QUESTÃO 114 E 115 (6) Acompanhante não pago – APLIQUE A QUESTÃO 115 (7) Se outro, qual?_______________________________________________________ Ler cada uma das opções de ajuda e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).

recaju __

114. Se pagava, quanto o(a) Sr(a) pagava por mês? R$ __ __ __ __,__ __ (reais) (888888) NSA (999999) IGN Informar o total, em reais, do quanto gastava por mês com o acompanhante.

pagme __ __ __ __,__ __

115. Quanto tempo (em horas) o(a) Sr(a) recebia de ajuda durante o dia (dia e noite)? __ __ (horas) (00) menos de 1 hora (88) NSA (99) IGN Anotar o número de horas que recebia de ajuda durante um dia, incluindo o período noturno.

teajhd __ __

Horário do término da entrevista: __ __:__ __hs

Page 100: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

99

ANEXO

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100 Anexo 1 - Folha de Aprovação do Comitê de Ética

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101

III Artigo com os principais resultados da pesquisa

Page 103: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

102

Caracterização dos idosos com fratura de fêmur da cidade de Pelotas/RS,

Brasil 1

Characterization of elderly with femur fracture in the city of Pelotas/RS, Brazil

Caracterización de los ancianos con fractura de fémur de la ciudad de

Pelotas/RS, Brasil

Fernanda dos Santos2, Celmira Lange

3, Elaine Thumé

4, José Luiz Pozo Raymundo

5, Rosani Manfrin Muniz

6, Maria Elena

Echevarría-Guanilo7

_________________________________ 1

Artigo extraído da dissertação de mestrado “Fratura de Fêmur: causas e perfil de idosos internados em Pelotas, RS,Brasil” de

autoria de Fernanda dos Santos, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de

Pelotas, Pelotas-RS, 2012.

2 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas. Membro do

Núcleo de Condições Crônicas e suas Interfaces – NUCCRIN. E-mail: [email protected]

3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente adjunta da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas.

Pesquisadora do Núcleo de Condições Crônicas e suas Interfaces – NUCCRIN. E-mail: [email protected]

4 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente adjunta da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas.

E-mail: [email protected]

5 Médico traumatologista, ortopedista e fisiatra. Doutor em Traumatologia.

6 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente adjunta da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas.

Pesquisadora do Núcleo de Condições Crônicas e suas Interfaces – NUCCRIN. E-mail: [email protected]

7 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente adjunta da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas.

Pesquisadora do Núcleo de Condições Crônicas e suas Interfaces – NUCCRIN. E-mail: [email protected]

Page 104: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

103

RESUMO: Objetivo foi descrever as causas e o perfil de idosos com diagnóstico de fratura de fêmur, hospitalizados pelo SUS na cidade de Pelotas/RS, Brasil. Estudo transversal e descritivo. As variáveis foram: dados socioeconômicos, demográficos, relacionados à saúde/doença e Miniexame do Estado Mental (MEEM). Foram entrevistados 50 idosos, 39 mulheres e 11 homens. Os idosos fraturados, em sua maioria, eram de pele branca, aposentados, viúvos, sabiam ler e escrever. A morbidade prevalente foi hipertensão (56%); a maioria relatou fazer uso contínuo de medicamentos, não realizar atividade física e dificuldade para caminhar antes da fratura. A etiologia predominante foi a queda domiciliar. Sobre o rastreamento de sinais de demência por meio do MEEM, 84% apresentavam déficit cognitivo. Percebe-se que a queda está muito presente na vida dos idosos, acarretando em menos anos com qualidade de vida, logo tal agravo deve ser tratado como um problema de saúde pública. Descritores: Fratura de fêmur. Idoso. Hospitalização. Queda. Envelhecimento. ABSTRACT: The aim of this study was to describe the causes and profile of elderly with a diagnosis of femur fracture, hospitalized by SUS in the city of Pelotas / RS, Brazil. It is a transversal and descriptive study. The variables were: Socioeconomic, demographic, and related to health /illness and Mini Mental State Examination (MMSE). We interviewed 50 individuals, 39 women and 11 men. The elderly fractured were, mostly, white, retired, widowed, could read and write. The prevalent morbidity was hypertension (56%), the majority reported continuous use of medications, physical inactivity and difficulty in walking before fracture. The predominant etiology was household fall. In terms of tracking signs of dementia by MMSE, 84% had cognitive impairment. It is noticed that falls are frequently present in the life of the elderly, resulting in less years with quality of life, therefore this problem should be treated as a public health problem. Descriptors: Femur fracture. Elderly. Hospitalization. Fall. Aging. RESUMEN:El Objetivo fue describir las causas y el perfil de los ancianos con diagnóstico de fractura de fémur, hospitalizados por el SUS en la ciudad de Pelotas/RS, Brasil. Estudio transversal y descriptivo. Las variables fueron: datos socioeconómicos, demográficos, relacionados a la salud/enfermedad y Mini examen del Estado Mental (MEEM). Fueron entrevistados 50 ancianos, 39 mujeres y 11 hombres. Los ancianos fracturados, en su mayoría, eran de piel blanca, jubilados, viudos, sabían leer y escribir. La morbilidad prevalente fue hipertensión (56%); la mayoría relató hacer uso continuo de medicamentos, no realizar actividades física y dificultad para caminar antes de la fractura. La etiología predominante fue la caída domiciliar. Sobre el rastreo de señales de demencia por medio del MEEM, 84% presentaban déficit cognitivo. Se percibe que las caídas están muy presentes en la vida de los ancianos, resultando en menos años con calidad de vida, luego, tal agravio debe ser tratado como un problema de salud pública.

Descriptores: Fractura de fémur. Anciano. Hospitalización. Caídas. Envejecimiento.

Page 105: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

104

Introdução

A fratura de fêmur está entre as lesões traumáticas mais comuns na

população de idosos, apresenta uma alta taxa de mortalidade no primeiro ano pós-

fratura, causa perda da capacidade funcional, deixando cerca da metade dos idosos

incapazes de deambular e um quarto necessita de cuidado domiciliar prolongado(1).

Em estudo realizado com 68 pacientes internados com diagnóstico de fratura

de fêmur, teve-se um total de 25 mortes em um ano após a fratura, e média de

internação de 8,12 dias(2). Observou-se que a mortalidade relacionada à fratura de

fêmur um ano após o trauma é alta, e a hospitalização influencia negativamente na

qualidade de vida do idoso, no que se refere ao tempo de internação e provável

necessidade de acompanhante após a alta.

Outro fator de destaque é o impacto econômico das fraturas de fêmur sobre o

sistema de saúde público, pois, a cada ano, o Ministério da Saúde (MS) tem gastos

crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas; no ano de 2008 foram

gastos R$ 58,6 milhões, valor que tende a aumentar cada vez mais com o aumento

da expectativa de vida dos brasileiros(3).

Em consonância com o MS e o processo de envelhecimento populacional em

curso, esta pesquisa voltou-se para a vida dos idosos que sofreram trauma,

especificamente, para aqueles que apresentaram fratura de fêmur. A mesma foi

desenvolvida no Município de Pelotas, o qual possui 15,3% de pessoas na faixa

etária de 60 anos ou mais, sendo esse percentual maior que o do estado e o do

país(4).

O conhecimento do perfil destes idosos permitirá que se invista em prevenção

dos fatores predisponentes desse tipo de fratura, que interfere negativamente na

vida de um idoso. Além disso, realizar pesquisas com ênfase na saúde dos idosos

se faz pertinente, pois, com o envelhecimento populacional, estudar essa faixa etária

pode representar uma forma de melhorar sua qualidade de vida.

Frente ao exposto, o objetivo do presente estudo foi descrever as causas da

fratura de fêmur e o perfil de idosos com diagnóstico de fratura de fêmur,

hospitalizados pelo SUS na cidade de Pelotas/RS, Brasil.

Page 106: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

105

Metodologia

O presente trabalho é um estudo transversal descritivo das causas e o perfil

de idosos de 60 anos ou mais internados por meio do SUS devido a fratura de

fêmur, na cidade de Pelotas/RS, Brasil. O local do estudo foi um hospital geral,

escolhido por ser a única instituição que atende todos os pacientes traumatológicos

por meio do SUS nessa cidade.

Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais, com um

questionário padronizado e pré-testado com questões fechadas no período de

fevereiro a agosto de 2012, após a realização de um estudo-piloto. Os critérios de

inclusão no estudo foram: ser idoso e estar internado há mais de 24 horas nas

unidades hospitalares do SUS da instituição do estudo, tendo como principal causa

de internação a fratura do fêmur. Idosos sem condições cognitivas e físicas de

responder ao questionário e sem acompanhante que convivesse com o idoso e

conhecesse as circunstâncias da fratura de fêmur foram excluídos do estudo.

As variáveis de exposição investigadas foram: sexo, idade (organizada por

faixa etária de 65 a 74, 75 a 84, e 85 anos ou mais), cor da pele autorreferida

coletada de acordo com as categorias usadas pelo IBGE e posteriormente

dicotomizadas, saber ler e escrever, ser aposentado, ter ou não filhos, estado

conjugal. Já as variáveis relacionadas à situação atual de saúde foram o uso de

diferentes medicações antes da fratura de fêmur, presença de morbidades, medo de

cair antes da fratura, dificuldade de caminhar antes da fratura e a prática de

atividade física.

O idoso foi questionado sobre as circunstâncias da fratura de fêmur. Para

avaliação do estado cognitivo dos pacientes aplicou-se o Teste do Miniexame do

Estado Mental (MEEM), que fornece informações sobre diferentes parâmetros

cognitivos, contendo questões agrupadas. Esse teste examina orientação temporal e

espacial, memória de curto prazo e evocação, cálculo, praxia, e habilidades de

linguagem e visoespaciais, pode ser usado tanto como teste de rastreio para perda

cognitiva ou como avaliação cognitiva de beira de leito. Não pode ser empregado

para diagnosticar demência. O MEEM proposto por Folstein, Folstein & Mchugh

(1975)(5), validado no Brasil por Bertolucci et al. (1994)(6), foi aplicado com o objetivo

de determinar o nível cognitivo dos idosos. Nesta pesquisa o ponto de corte utilizado

na análise foi 22/23, com sensibilidade=75,6% e especificidade=71,1%(7).

Page 107: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

106

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa

Casa de Pelotas sob o número de CEP 175/2011. Todos os participantes assinaram

o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias, ficando uma

via com os mesmos e a outra com a entrevistadora.

Os dados coletados foram digitados no Software Epi Info (versão 6.04), sob

forma de dupla entrada, para análise da consistência interna. Após, foi realizada a

estatística descritiva empregando-se o programa STATA, versão 10.0.

Resultados

Foi localizado um total de 50 idosos com 60 anos ou mais, que se internaram

no local da pesquisa no período de fevereiro a agosto de 2012. As perdas e recusas

foram zero nesta pesquisa. Uma amostra de 50 idosos respondeu ao instrumento de

coleta de dados. A maior parte das entrevistas foram com o próprio idoso (74%); dos

26% restantes, 84% foram respondidos por um familiar; nove, pelo filho; e dois,

pelo(a) esposo(a); e dois questionários, pelo cuidador do idoso. Todos os idosos

participantes responderam ao Teste do MEEM.

Majoritariamente a população do estudo foi feminina (78%), aposentada, de

raça branca, sabia ler e escrever, morava em residência própria e na zona urbana.

Apenas um idoso trabalhava, e sua profissão era motorista de caminhão. A faixa

etária predominante foi entre 75 e 84 anos, dos quais 42% dos idosos tinham idade

média de 79,6 anos, em que o idoso de menor idade tinha 65 anos, variando de 65 a

99 anos (TAB. 1).

Do total de entrevistados, 90% tiveram ou tinham filhos, incluindo filhos

adotivos, e o número de filhos por idoso variou de um a 12, sendo que 77,78% dos

idosos tinham três filhos ou mais.

Sobre a variável idade, teve-se que o sexo feminino apresentou maior

proporção na faixa etária dos 75 a 84 anos (46,15%) e o sexo masculino predominou

na faixa etária dos 85 anos ou mais (45,45%).

Do total, 35 idosos referiram nunca ou raramente ficarem sozinhos em casa, e

apenas 12%, ficar sozinho o tempo todo. Da população estudada 46% contribuíam

no sustento de outro familiar.

Page 108: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

107 Tabela 1. Descrição da amostra de idosos com fratura de fêmur conforme variáveis demográficas e

socioeconômicas, Pelotas/RS, 2012 (n=50)

Variável n = 50 %

Sexo

Masculino 11 22

Feminino 39 78

Idade

65 - 74 anos 17 34

75 – 84 anos 21 42

85 anos ou mais 12 24

Cor da pele

Branca 46 92

Outras 4 8

Estado conjugal

Casado 12 24

Solteiro/Separado 8 16

Viúvo 30 60

Sabe ler e escrever

Sim 38 76

Não/só assina 12 24

Mora sozinho

Sim 9 18

Não 41 82

Aposentado

Sim 45 90

Não 5 10

Tem ou teve filhos

Sim 45 90

Não 5 10

Em relação ao diagnóstico médico referido de morbidades entre os idosos,

56% relataram ser hipertensos, e apenas dois idosos não apresentavam patologia

prévia. Dos idosos que relataram ter Hipertenção Arterial Sistêmica (56%) e Diabete

Mellitus (18%), 100% destes faziam controle da doença por meio de uso contínuo de

medicações, porém, dos 52% que relataram ter problema cardíaco, 11,54% não o

realizavam (FIG. 1).

Page 109: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

108

Figura 1 - Patologias prévias nos idosos com fratura de fêmur. Pelotas/RS, Brasil, 2012. (n=48)

Referiram problema de visão 80% dos indivíduos, sendo que

aproximadamente 82% faziam uso de óculos ou lente de contato. Sobre problemas

de audição, 41 idosos referiram não tê-los, e dos que apresentavam essa deficiência

apenas dois faziam uso de aparelho auditivo. Quanto à utilização de medicações,

96% disseram fazer uso e 56% faziam uso contínuo de um a quatro medicamentos

diferentes ao dia antes da ocorrência da fratura de fêmur.

Ao serem questionados sobre o medo de cair, antes da fratura de fêmur, 76%

dos idosos referiram senti-lo, e 78% da amostra já apresentavam dificuldade para

caminhar. A queda foi o principal motivo (96%) da ocorrência de fratura de fêmur

entre os idosos, apenas dois idosos foram vítimas de acidente de trânsito, um por

atropelamento, e o outro por colisão de carro. Entre os idosos que relataram ter

sofrido queda, 82% mencionaram terem caído em algum ambiente próximo ao seu

domicílio e 6% caíram em via pública. Dois idosos sofreram queda durante a

internação clínica devido a outro problema de saúde que não a fratura de fêmur.

Page 110: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

109

Figura 2 – Fluxograma das características dos idosos com fratura de fêmur. Pelotas/RS, Brasil, 2012

Entre a amostra de idosos que sofreram queda, mais da metade relatou

experiência anteriores com queda, e 50% desses idosos tinham caído havia menos

de um ano. Destes, apenas cinco idosos necessitaram de internação hospitalar

devido à queda anterior. Quando questionados acerca da presença de alguma

limitação devido à queda anterior, de um total de nove idosos, cinco referiram ter

ficado com dificuldade para deambular, e o restante relatou medo de cair, e dor aos

mínimos esforços.

Dos 50 idosos entrevistados, apenas quatro tiveram outro trauma associado à

fratura de fêmur. Ao pontuar sobre o período do dia (dia/noite) em que o idoso sofreu

a fratura, 44% foi no turno da manhã, que variou das 06:00 às 12:59 horas; em

segundo lugar o turno da tarde (34%), sendo das 12:59 às 18:59; e em último lugar a

noite com 22%, que variou das 19:00 às 05:59.

A realização de atividade física foi referida por apenas 15 idosos do estudo,

em que as práticas físicas mais citadas foram: caminhada, dança e hidroginástica.

Sobre a presença de incontinências, 50% dos idosos apresentavam incontinência

urinária, e 8%, incontinência fecal.

Mais de 50% dos idosos do estudo apresentaram dificuldade visual, uso de

mais de quatro medicamentos por dia, ou seja, polifarmácia, eram do sexo feminino,

tinham medo de cair e dificuldade para deambular, baixo desempenho no MEEM, e

não realizavam atividade física, fatores que associados ou não são desencadeantes

de quedas entre a população de idosos (FIG. 3). Em relação ao rastreamento de

Page 111: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

110

sinais de demência por meio do Teste do MEEM, teve-se que 84% dos idosos

fraturados apresentaram déficit cognitivo, sendo o ponto de corte 22/23, de acordo

com Lourenço e Veras (2006). Ou seja, do mínimo (0) até 22 pontos teve-se 16%

dos idosos, e de 23 até o máximo (30) teve-se 84% dos idosos.

Figura 3 – Fatores predisponentes para quedas referidos e apresentados pelos idosos com fratura de

fêmur. Pelotas/RS, Brasil, 2012 (n=50)

Discussão dos resultados

Nesta pesquisa houve o predomínio das mulheres com um total de 78%.

Esses dados estão coerentes com estudos nacionais, como o de Fernandes et al.

(2011), em que a amostra do estudo foi constituída de 82 pacientes com fratura de

fêmur, sendo 81,7% pertencentes ao sexo feminino. Outros autores também

encontraram em suas pesquisas uma prevalência maior de idosas com fratura de

fêmur em relação ao sexo oposto(1-2-8).

A maior ocorrência de fratura de fêmur no sexo feminino pode estar atrelada à

sua maior longevidade, à feminização da velhice, que é sugerida em vários estudos

sobre o tema(1-9), e à osteoporose, doença que é caracterizada pela redução da

força óssea. Os fatores que aumentam o risco da mulher apresentar osteoporose

são: idade pós-menopausa, raça caucasiana ou asiática, baixo peso, baixo índice

corporal, menopausa precoce, menarca tardia, sedentarismo, história prévia de

fratura após os 50 anos, história familiar de osteoporose, entre outros(10). Além disso,

a mulher, geralmente, está mais exposta aos fatores ambientais que causam a

Page 112: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

111

fratura de fêmur por realizar trabalhos domésticos, no lar, onde se tem muitos

obstáculos que podem originar a queda. E também a cidade de Pelotas, município

do estudo, possui 49.764 idosos, sendo, em sua maioria, pertencentes ao sexo

feminino (60,30%)(11).

A idade dos pacientes com diagnóstico de fratura de fêmur variou de 65 a 99

anos (M: 79,6 anos). Dados semelhantes foram encontrados em estudo realizado

com 82 idosos, em que a idade média foi de 76,96 (DP: 9,62)(12). Em outro estudo

desenvolvido na cidade de São Paulo, a idade cronológica média dos pacientes

participantes do estudo foi de 81,25(13).

A maior porcentagem de idosos nesta pesquisa ficou na faixa etária entre 75

a 84 anos, com 42%. Muniz e colaboradores(1) verificaram maior incidência de

fraturas em idosos na faixa etária de 80 a 89 anos. Quando analisados os dados de

faixa etária por sexo na pesquisa atual, teve-se que as idosas de 75 a 84 anos

(46,15%) se fraturaram mais do que os homens (27,27%) na mesma faixa etária. Os

homens com 85 anos ou mais (45,45%) apresentaram maior ocorrência de fratura

dentro da sua faixa etária.

Nesta pesquisa, 46 idosos eram da raça branca (92%), dados concordantes

com estudo retrospectivo de 89 prontuários de pacientes acima de 60 anos com

diagnóstico de fratura de fêmur(1). Dos idosos do estudo, apenas 19,15% referiram

morar sozinhos, sendo semelhante a pesquisa realizada no Município do Rio de

Janeiro, em que 20,8% dos idosos moravam sozinhos(14).

No presente estudo apenas 15 idosos realizavam atividade física, em que as

mais citadas foram: caminhada, dança e hidroginástica. É preconizado na literatura

que a realização de atividade física pode atenuar as perdas ósseas e musculares e

reduzir o risco de fratura em até 60%. Além disso, a atividade física aprimora a

qualidade de vida, reduz o risco de quedas e promove o aumento da força muscular,

do condicionamento aeróbico e da flexibilidade do equilíbrio(15).

Em consonância com outro estudo realizado com idosos com diagnóstico de

fratura de fêmur, este também mostrou que traumas pequenos e não intencionais,

como as quedas que ocorrem em função da senescência ou de fatores extrínsecos,

são importantes causas de fratura de fêmur(2). O evento queda é comum em

qualquer idade, porém na velhice ele tem uma repercussão mais intensa, pois

acarreta medos, traumas e consequentemente diminuição da capacidade funcional

entre os idosos, com piora na qualidade de vida.

Page 113: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

112

O grande número de idosos que sofreram queda no domicílio encontrado

entre os idosos com fratura de fêmur na cidade de Pelotas é consistente com os

achados encontrados na literatura nacional. Um estudo realizado no Município do

Rio de Janeiro mostrou que a maioria das quedas ocorreu na residência do idoso

(59,5%)(14). Outros estudos também revelaram que o ambiente domiciliar é o local

onde mais ocorre queda entre os idosos(16-17).

Dentre os 96% da amostra que apresentaram fratura de fêmur por queda,

58% destes já haviam caído anteriormente, sendo 50% em menos de um ano atrás.

Dados que diferem da pesquisa realizada com idosos que sofreram queda, no

Município de Campinas (SP), em que 76,7% da amostra relataram não ter sofrido

queda anterior(17). O medo de cair, que entre os idosos do presente estudo foi

encontrado em alta proporção (76%), é destacado por Ribeiro e colaboradores(14).

Na presente pesquisa a maioria dos idosos relatou medo de cair, dificuldade

para deambular, déficit visual, polifarmácia, pertenciam ao sexo feminino e tiveram

baixo desempenho no MEEM, fatores que podem desencadear a queda. Um estudo

de delineamento transversal realizado com 436 idosos também mostrou dados

concordantes com a atual pesquisa(18). O Projeto Diretrizes, realizado pela

Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina com o tema: Quedas

em Idosos (Prevenção), apontou os principais fatores de risco para quedas em

idosos(19), tais como os relatados pelos idosos com fratura de fêmur desta pesquisa.

As quedas apresentam diversos impactos na vida de um idoso, que vão desde

traumas graves como as fraturas, e destaca-se aqui a do fêmur, a traumas leves

como o medo de cair, gerando pior qualidade de vida. O evento queda pode ser

causado por fatores ambientais e características próprias do envelhecimento, que

aliados aumentam o risco de o idoso sofrer este agravo.

Quanto à utilização de medicamentos pelos idosos, 56% faziam uso contínuo

de um a quatro medicamentos diferentes antes da internação por fratura. Em estudo

transversal realizado com idosos institucionalizados, 90,2% disseram fazer uso, e

58,7 faziam uso contínuo de cinco ou mais remédios(18). O número de pacientes

idosos que dependem de algum tipo de remédio para controle de doenças crônicas

e/ou para melhora da qualidade de vida de maneira geral cresce a cada dia.

As doenças prevalentes nos idosos com fratura de fêmur, no presente estudo,

foram a Hipertenção Arterial Sistêmica (56%), doenças do coração (52%), e em

terceiro lugar as doenças reumatológicas/ortopédicas (48%). Em estudo transversal

com idosos com fratura de fêmur, as doenças reumatológicas/ortopédicas (100%)

Page 114: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

113

ficaram em primeiro lugar, seguidas das doenças do coração (85,7%) e endócrino-

metabólicas (42,9%)(16).

Sobre o rastreamento de demência por meio do teste MEEM, 84% dos idosos

tiveram baixo desempenho, de acordo com o ponto de corte estabelecido por

Lourenço e Veras (2006)(7). Esse teste foi desenvolvido para ser uma avaliação

clínica prática de mudança do estado cognitivo em pacientes idosos. Esta alta

porcentagem de idosos com baixo desempenho no MEEM, ou seja, com presença

de algum déficit cognitivo, pode estar associada à espera de tratamento definitivo, e

essa dificuldade pode ser decorrente da falta de leitos para pacientes

traumatológicos no hospital do estudo. Desencadeando, dessa forma, um tempo

maior de permanência dos pacientes aguardando no serviço de urgência e

emergência da cidade. Logo, esta espera por leito pode ter influenciado no

desempenho cognitivo dos idosos com fratura de fêmur.

Os dados do estudo apontam que as mulheres, a cor branca, idade entre 75-

84 anos, ser aposentado, apresentar déficit cognitivo e sofrer queda são fatores de

risco para fratura de fêmur entre os idosos. Por meio dos dados apresentados,

percebe-se que as quedas estão presentes na vida dos idosos, e determinam

complicações que alteram negativamente a qualidade de vida desses indivíduos.

Sua ocorrência pode ser evitada com medidas apropriadas, identificando-se causas

e desenvolvendo-se técnicas para reduzir sua ocorrência.

Entender os problemas de saúde do idoso permite nortear as políticas

públicas a serem adotadas para essa população. Dessa forma, os dados

apresentados nesta pesquisa contribuem para entender a magnitude do tema fratura

de fêmur, mostrando quem é o idoso acometido por este trauma, onde ele vive,

como ele se traumatizou, entre outros dados. Proporcionando assim o auxílio a

gestores e profissionais da saúde na realização de um dimensionamento adequado

das ações a serem implantadas de acordo com a realidade da cidade de Pelotas.

Com base nos dados apresentados, e devido à cidade do estudo estar com a

população de idosos acima da média nacional e do estado em relação à população

de idosos, fazem-se necessárias medidas de intervenção por parte dos profissionais

de saúde e órgãos públicos, com o intuito de promover um envelhecimento

saudável. Existe a necessidade de uma abordagem específica voltada à prevenção

da fratura de fêmur, no sentido de garantir uma boa qualidade de vida ao grupo

populacional que mais cresce atualmente.

Page 115: causas e perfil de idosos hospitalizados em Pelotas/RS, Brasil

114

Este estudo tenta contribuir para o alerta sobre a importância das quedas

como problema de saúde pública, e vai ao encontro das diretrizes estabelecidas pelo

Pacto pela Saúde (2010/2011), que estimula discussões e estudos na área da

geriatria e gerontologia, com ênfase na redução das internações por fratura de

fêmur.

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