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aqui, prática e teoria se encontram Formação de Escritores coordenação: Márcia Fortunato e Roberto Taddei lato sensu seja o escritor que você quer ser

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Apresentação dos núcleos de Ficção, Não Ficção e Poesia da pós-Graduação em Formação de Escritores do Instituto Vera Cruz. Veja também a oferta de disciplinas programadas para o biênio 2016-2017, conheça o corpo docente, e outras informações sobre o processo seletivo e o curso. Mais informações em http://www.veracruz.edu.br.

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Page 1: Catálogo pós-graduação em Formação de Escritores 2016 - Instituto Vera Cruz

aqui, prática e teoria se encontram

Formação deEscritores

coordenação: Márcia Fortunato e Roberto Taddei

lato sensu

sejao escritorque vocêquer ser

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Formação de Escritores

O primeiro programa de criação literária do Brasil com dois anos de duração e quatro opções de formação: ficção, não ficção, poesia e professores de criação literária.

Formação de Escritores é um curso de pós-graduação lato sensu com duração de dois anos e tem por objetivo formar escritores de literatura e professores de criação literária.

O programa é constituído por disciplinas de caráter essencialmente prático. Cada núcleo ou concentração se distingue das demais por um conjunto de disciplinas específicas.

Além dessas, a grade contempla disciplinas comuns optativas. O total de disciplinas a ser cursado em cada núcleo é de 10 + 4 Oficinas Avançadas (destinadas à preparação do trabalho final do curso).

Nas oficinas avançadas os alunos recebem comentários críticos aprofundados dos colegas e dos professores. Além disso, encontram-se regularmente em reuniões individuais com os professores para acompanhamento.

Os alunos poderão também escolher entre disciplinas optativas a partir de uma oferta comum que varia a cada ano ou procurar uma dupla diplomação, aproveitando os créditos comuns já cursados.

O trabalho de formação do curso é uma obra literária, seja ela um romance, um livro de poemas, uma coletânea de contos ou crônicas, uma biografia, artigos, ensaios e reportagens, entre outras opções.

A banca de conclusão é formada por professores e escritores, convidados a avaliar o trabalho do aluno e estimular o diálogo crítico e consciente com o autor que inicia sua carreira literária.

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Formação de Escritores

programa ficção 2016-2017

Ficção

O escritor de ficção explora o universo das narrativas, produzindo romances, novelas, contos. Reinventa a verdade em busca de seu sentido.

Duração: 2 anos

Carga horária: 378h

Horário de funcionamento: 2 aulas de 3h por

semana, preferencialmente às segundas e

quintas-feiras, das 19h às 22h

Local: R. Baumann, 73, Vila Leopoldina,

São Paulo (SP)

Disciplinas: 10, sendo: 5 específicas e

5 optativas

Orientação do trabalho final: 4 oficinas

avançadas

Ser autor de ficção significa escrever narrativas curtas ou longas, desenhando universos ficcionais que produzem efeitos de sentido para o leitor e com ele dialogam. Essa comunicação deve ser mediada por um texto que traduza o projeto do autor. É nesse aspecto que o curso atua, auxiliando os escritores na descoberta de um estilo próprio, engajado em um projeto literário pessoal. Essa perspectiva autoral é fundamental no curso como um todo.

Como perseguimos esse objetivo?

Os escritores exercitam com intensidade a leitura de literatura com o propósito de perceber a arquitetu-ra das obras, como elas dialogam com outras obras e projetos estéticos que se justificam em contextos artísticos mais amplos, e como seus autores lançam mão de recursos literários para dar acabamento aos seus textos.

Os escritores escrevem o tempo todo, seus textos são lidos por professores experientes – e também escri-tores ou editores – e pelos colegas, num troca que se intensifica de modo planejado ao longo do curso. Essa produção não se dá a esmo, mas em oficinas estruturadas para desenvolver procedimentos de escrita diversos, como a concepção de um romance ou novela e planejamento de sua arquitetura, a escrita sintética de um conto mínimo, a posição do narrador e sua relação com os personagens, a perspectiva da narração, entre outros aspectos da construção de uma obra literária.

A somatória dessas experiências vividas resultam em um trabalho final. Os escritores planejam um ro-mance, uma novela, ou uma coletânea de histórias. Durante o segundo ano do curso, desenvolvem esse projeto e submetem sua escrita à apreciação durante as Oficinas Avançadas. Esse acompanhamento é feito de modo peculiar: um grupo de cerca de 15 escritores, supervisionados por um professor, discute os próprios trabalhos em reuniões semanais.

Nele, os escritores apreciam os textos apresentados pelos colegas, que os submetem em rodízio, de modo que no intervalo entre uma e outra apresentação, o escritor pode dar continuidade à sua produção, dando forma ao seu projeto, decidindo sua continuidade e refletindo sobre os comentários e sugestões feitos por seu grupo de trabalho.

As Oficinas Avançadas duram todo o segundo ano do curso. Quando pronta a primeira versão, esse roman-ce, novela ou coletânea de histórias curtas é submeti-do a uma dupla de professores para leitura e conside-rações finais.

De modo geral é assim que o núcleo de Ficção aconte-ce. As disciplinas e professores apresentados a seguir podem dar uma ideia mais precisa das possibilidades que os escritores encontram para explorar suas habi-lidades e encontrar sua voz de autor

ESPECÍFICAS

1. Ser autor: processos de criação

A oficina tem o objetivo de refletir sobre como se constitui a figura do autor na prática da produção de textos para com-preender como se dá a criação de textos literários. Também procura promover exer-cícios de criação e de leitura crítica com o propósito de orientar e trabalhar a relação escritor-leitor e busca compreender o tex-to como objeto da crítica. Ao tratar dessa temática, a disciplina prepara os estudan-tes para processos produtivos de criação e leitura crítica, já que esses dois movimen-tos estarão em jogo durante todo o curso, especialmente nas Oficinas Avançadas.

2. Ficção I: introdução à criação literária

Como o livro se inscreve no mundo atu-al? De que maneira a produção contem-porânea dialoga com a tradição literária ocidental? Por meio de exercícios de criação, a oficina promoverá uma refle-xão sobre a escrita contemporânea e os estilos como marcas de autoria, refletirá sobre a pertinência dos gêneros literários e suas tênues fronteiras, e procurará en-tender os movimentos que conectam a obra literária ao mundo físico e cultural. A escrita, ademais, será vislumbrada em conexão com seu elo fundamental: o leitor.

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3. Ficção II: prosa curta

O objetivo desta oficina é desenvolver habilidades dos estudantes para a leitura e a composição de contos e textos ficcionais curtos. Para isso, discutem-se aspectos fundamentais da composição das narrati-vas como enredo, personagens, descrições e diálogos e, por meio da leitura crítica, promove-se a discussão sobre os alcances e as possibilidades dos gêneros breves.

4. Ficção III: prosa longa

Tendo os alunos estudado anteriormente questões relacionadas à composição de ficção em formato breve, a oficina preten-de demonstrar quais os preparos necessá-rios para a composição de obras de fôlego e o que isso pede do escritor em termos de conhecimento e domínio de aspectos fun-damentais da composição, como enredo, personagens, descrições, tempo, diálogos, foco narrativo e ponto de vista. Novelas e romances contemporâneos serão lidos e discutidos em sala.

5. Ficção IV: prosa longa

Nessa oficina, os alunos trabalham a cria-ção de projetos de novela ou romance e apresentam trechos do trabalho produzido em formato de oficina. Serão discutidas estratégias para o planejamento e a escrita dos projetos apresentados.

4. Crônica: gênero livre

A crônica é um gênero híbrido que pede uma abordagem abrangente. Na oficina será traçado um panorama histórico da crônica, com foco na produção nacional. Também será feita uma reflexão sobre sua evolução, procurando diferenciá-la de ou-tros gêneros como o conto, a reportagem e a canção popular. Questões de linguagem, tom e estilo receberão atenção especial. Os alunos serão estimulados a produzir crônicas, que serão analisadas e discutidas em classe.

5. Crítica de arte

A oficina apresenta um panorama das relações entre a literatura e outras áreas como a fotografia, o cinema, a pintura, o jornalismo e a crítica (literária e de arte). A partir de momentos históricos do encon-tro entre a literatura e as artes, sobretudo nos séculos XIX e XX, nas aulas discute-se a produção literária e crítica de escritores e artistas que estabeleceram intersecção entre essas áreas e mantiveram diálogo entre teoria e investigação artística, ficção e não ficção, literatura e crítica. Os alunos serão estimulados a praticar textos literá-rios, de não ficção e de crítica, inspirados nos diálogos artísticos vistos nas aulas. 6. Dramaturgia: o texto no palco

Nessa oficina o aluno será convidado a es-crever uma pequena cena teatral, ou uma peça curta. Para isso, serão discutidos os fundamentos da linguagem teatral (perso-nagem, diálogo, tom, voz, contexto), a es-trutura de uma peça e os gêneros teatrais, bem como analisadas diversas produções, antigas e contemporâneas.

OPTATIVAS oferecidas de acordo com o número de alunos inscritos

1. O escritor como professor

O objetivo é orientar os estudantes a ocupar o lugar de docentes no desen-volvimento de projetos de oficinas de criação literária. Para fundamentar essa prática, discutem-se métodos e procedi-mentos didáticos que podem esclarecer como planejar e desenvolver atividades docentes, como conduzir a interação com os alunos e avaliar suas produções.

2. Poesia para prosadores

Muitos escritores de ficção e não ficção começaram escrevendo poesia. Alguns deles jamais abandonaram o gênero, outros o incorporaram em seus livros, seja no ritmo, na intensidade da lin-guagem, ou mesmo na composição de obras híbridas. Nessa oficina, alunos dos cursos de ficção e não ficção são convi-dados a trabalhar as formas tradicionais da poesia, o ritmo, o metro, as figuras de linguagem e as repetições, bem como a refletir sobre os alcances da poesia e dos poemas em prosa na produção contem-porânea.

3. Literatura para crianças e jovens

Essa oficina destina-se à criação de tex-tos relativos à chamada literatura infantil e juvenil e destaca alguns componentes específicos desse gênero e tipo de pro-dução, com respaldo teórico em estudos sobre o universo das crianças e jovens, no sentido de nortear e apontar cami-nhos para a criação literária individual e reforçar o conhecimento e o domínio da singularidade da literatura de um modo geral.

7. Tradução literária

Trata-se de uma oficina de introdução à tradução literária que procura estimular os estudantes à sua prática e explorar os recursos que enriquecem a escrita autoral e os processos de revisão de texto. Os alunos desenvolverão proje-tos de tradução e trabalharão os textos traduzidos em oficinas com leituras semanais da produção realizada por eles, além de ensaios que tratam da tradução sobre diferentes perspectivas. O curso é voltado para alunos com algum conheci-mento de uma língua estrangeira.

8. Elementos para o ensaio pessoal

O objetivo dessa oficina é desenvolver, a partir de aulas aplicadas e exercícios, a prática da escrita de ensaios pessoais acerca de temas diversos, especialmente os relacionados ao exercício da autoria, para a formação de autores reflexivos com fundamentação teórica e recursos de estilo.

9. O escritor como crítico literário

Essa oficina pretende desenvolver a prática da escrita de textos críticos e dissertativos acerca de obras literárias, a partir de aulas aplicadas e exercícios, para a formação de autores críticos com fundamentação teórica e recursos de estilo.

10. Livro ilustrado: escrever para imagens

O objetivo da oficina é entender e exer-citar o mecanismo de escrita e leitura do livro ilustrado. Este objeto nasceu editorialmente no século XIX dentro do universo infantil, mas hoje vem crista-lizando-se como um gênero particular, não definido por faixa etária. Ao lado de um pequeno panorama dessas obras no

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Brasil e no mundo pretende-se estimular os escritores a produzir textos pensando em sua relação com a imagem buscando um conteúdo onde a narrativa é criada na relação entre as duas.

11. Escritos Híbridos

A oficina pretende introduzir os autores e as questões de fronteira entre a litera-tura, a filosofia, a psicanálise e a mística. Leremos textos onde o caráter híbrido e indecidível fica patente, em autores como Gombrowicz, Musil, Cioran, Sloterdijk, Dostoiévski e Nietzsche. Os alunos serão convidados a produzir textos autorais a partir das discussões em sala.

12. Do fato à ficção

No ensaio “A arte como procedimento”, Victor Chklóvski propõe que compreen-damos a arte como um deslocamento da percepção. Para ele, há, no dia-a-dia, uma automatização das nossas ações e, aliado a isso, uma automatização no reconhe-cimento dos objetos. A arte em geral, e a literatura em particular, seria aquela capaz de produzir um estranhamento nesta percepção, isto é, criar um distanciamento entre o objeto e sua percepção corriqueira. Neste curso, iluminados pelas observações de Chklóvski, aproximadas a de outros autores, como Roland Barthes, buscaremos examinar certos aspectos que fazem de um texto um texto literário. Nossa ideia é tra-balhar na fronteira entre o fato e a ficção, a realidade e a literatura. 13. Da palavra escrita à imagem em movimento

A habilidade do cinema em emular, trans-figurar e fabricar realidades tem encantado plateias ao longo do último século. Mas como isso se traduz em discurso? Essa disciplina busca introduzir os alunos aos

fundamentos da narrativa cinematográ-fica e estender a discussão para a frágil fronteira entre fato e invenção. Como se estrutura um filme de ficção? E um documentário? Até que ponto é possível separar os dois? Os alunos serão esti-mulados a refletir sobre esses temas e produzirão um tratamento de roteiro de curta-metragem.

OFICINAS AVANÇADAS

Oficina Avançada de Criação Literária I, II, III e IV

Arquitetadas para dar suporte ao es-tudante para a realização do trabalho mais importante do curso, o trabalho de conclusão de curso (TCC), essas oficinas também desenvolvem o exercício profis-sional, estimulando a prática da escrita e a autonomia para proceder à pesquisa, ao planejamento, à revisão, à avaliação e à reescrita de seus textos. Durante essas oficinas, os múltiplos olhares, dos colegas e do professor, promovem uma crítica atenta aos textos apresenta-dos, respeitando princípios e propostas manifestados no projeto de cada au-tor. Baseado no modelo de Oficinas de Escrita de Iowa, esse exercício possibilita ao estudante aprender, na prática, como aliar conteúdo e forma para ajustar seus textos aos gêneros, às suas intenções e valores estéticos que fundamentam seu projeto.

Outras: as disciplinas específicas de um núcleo podem ser oferecidas como op-tativas para outro núcleo.

Formação de Escritores

Não ficção

O escritor de não ficção conta histórias reais sem abster-se de sua subjetividade. Usa recursos literários para tornar sua obra plena de sentido.

Duração: 2 anos

Carga horária: 378h

Horário de funcionamento: 2 aulas de 3h por

semana, preferencialmente às quartas e

quintas-feiras, das 19h às 22h

Local: R. Baumann, 73, Vila Leopoldina,

São Paulo (SP)

Disciplinas: 10, sendo: 5 específicas e 5

optativas

Orientação do trabalho final: : 4 oficinas

avançadas

Escrever sobre um acontecimento, contar a vida de alguém, colocar em palavras a própria vida, refletir sobre o que vemos e vivemos são matérias que ocu-pam um escritor de não ficção. Como o próprio nome sugere, esses textos tratam de fatos, histórias, fenô-menos reais, observados e, por isso, ao ler um livro de memórias, uma biografia, uma reportagem, um ensaio, um perfil, o leitor está ciente de que aquele conteúdo foi de fato observado, acontecido na vida real, ao contrário de uma história contada em uma novela, um romance ou um conto.

Um texto não ficcional não está tão longe da literatura como podemos supor. Basta pensar que em qualquer relato de fato acontecido há sempre o ponto de vista de quem o conta. Há o modo como se conta. E o sub-jetivo, nesses casos, pode ser tão ou mais importante que o fato objetivo. É o caso do ensaio pessoal, em que a tese que o autor defende, a reflexão que ele en-saia, é marcada por seu ponto de vista, e sua lingua-gem tão estilizada como em uma peça ficcional.Outros textos dão menos margem à subjetividade. Dependem de pesquisa, de apuração dos fatos, do estabelecimento da verdade, como o perfil e a biogra-fia. Mas essa condição de verdade não impede o texto literariamente trabalhado, onde o ponto de vista do narrador, por exemplo, pode importar tanto quanto em um romance.

É com uma miríade de questões como essas que trabalha o núcleo de Não Ficção da pós Formação de Escritores. No Brasil há ainda relativamente poucos escritores dedicando-se à produção sistemática desse tipo de texto. O mercado, no entanto, é grande e está aquecido, com demandas das mais diversas, desde biografias encomendadas a livros-reportagem sobre assuntos relevantes no Brasil e no mundo, de geopolí-tica a ciência aplicada, de sociologia a empreendedo-rismo.

Como formamos esses escritores? Os pressupostos são os mesmos adotados para formar os escritores de ficção: leitura intensa, escrita constante, profis-

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sionais experientes nos gêneros de texto abordados, e estímulo à troca entre professores e escritores em formação.

A somatória dessas experiências vividas resultam em um trabalho final: os alunos planejam um livro de memórias, biografia, uma coletânea de ensaios ou de perfis, um livro reportagem. Durante o segundo ano do curso desenvolvem esse projeto e submetem sua escrita à apreciação durante as Oficinas Avançadas. Esse acompanhamento é feito de modo bastante pe-culiar: um grupo de cerca de 15 escritores, supervisio-nados por um professor, discute os próprios trabalhos em reuniões semanais. Os alunos apreciam os textos apresentados pelos colegas, que os submetem em rodízio, de modo que no intervalo entre uma e outra apresentação o escritor pode dar continuidade à sua produção, dando forma ao seu projeto, decidindo sua continuidade e refletindo sobre os comentários e sugestões feitos pelo grupo.

As Oficinas Avançadas duram todo o segundo ano do curso. Quando pronta a primeira versão, esse trabalho é submetido a uma dupla de professores para leitura e considerações finais.

As disciplinas e professores apresentados a seguir po-dem dar uma ideia mais precisa das possibilidades que os escritores encontram para explorar suas habilida-des e encontrar sua voz autoral.

programa não ficção 2016-2017ESPECÍFICAS

1. A escrita literária de não ficção

O objetivo é discutir teorias a respeito da arte e da literatura. Apontar, caracterizar e discutir elementos constituintes e recursos do discurso literário. Discutir a relação en-tre ficção e não ficção. Levantar aspectos da criação literária. Propor a existência de certos patamares construtivos como bases para a criação e o desenvolvimento de discursos literários. Discutir a questão da neutralidade do discurso e o envolvimento do ponto de vista de quem narra na cons-trução do universo não ficcional.

2. Não ficção I: o factual e o literário

Como o fato e a literatura convergem no texto de não ficção? O que chamamos de jornalismo literário? Quais as técnicas comuns à ficção que são utilizadas no jornalismo? Nessa disciplina, trabalham--se técnicas de reportagem, entrevista, pesquisa de informação e levantamento de dados, atividades corriqueiras no jornalismo, que podem ajudar o escritor no planejamento de textos e projetos literários de maior fôlego.

3. Não ficção II: breves relatos de vida

O perfil literário é uma das formas jornalís-ticas mais valorizadas, presentes em revis-tas e jornais de diferentes matizes, além de ser a forma preferida de inúmeros escrito-res, presente também em contos, poemas e romances. Para escrevê-lo, é preciso que o autor se utilize de técnicas de entrevis-ta e pesquisa a fim de se aproximar não apenas da figura pública do personagem perfilado, mas também de sua essência.

4. Não ficção III: Biografia

Nesta oficina o objetivo é refletir sobre o gênero biográfico, suas especificidades, seus desafios, como se dá a recepção de leitores e crítica, bem como o debate ético e estético que o envolve. Promover exercí-cios para a leitura crítica dos mais variados títulos, de modo que se compreendam as escolhas de biógrafos e a permanência (ou não) de suas obras. Preparar os estudantes para decidir sobre o personagem a biogra-far, abordagem, extensão e texto. Exercitar a elaboração de projetos biográficos em todas as etapas.

4. Não Ficção IV: Memória, o eu na não ficção

A oficina pretende introduzir as questões relativas à memória, à experiência e ao testemunho, bem como as várias modali-dades da escrita de si, dentre elas a auto-biografia e o diário. De um lado, apresenta e busca compreender o que já foi feito por alguns escritores implicados nessa direção, de outro, acompanha e comenta a escrita nascida nos alunos ao longo das aulas.

OPTATIVASoferecidas de acordo com o número de alunos inscritos

1. O escritor como professor

O objetivo é orientar os estudantes a ocupar o lugar de docentes no desen-volvimento de projetos de oficinas de criação literária. Para fundamentar essa prática, discutem-se métodos e procedi-mentos didáticos que podem esclarecer como planejar e desenvolver atividades docentes, como conduzir a interação com os alunos e avaliar suas produções

2. Poesia para prosadores

Muitos escritores de ficção e não ficção começaram escrevendo poesia. Alguns deles jamais abandonaram o gênero, outros o incorporaram em seus livros, seja no ritmo, na intensidade da lin-guagem, ou mesmo na composição de obras híbridas. Nessa oficina, alunos dos cursos de ficção e não ficção são convi-dados a trabalhar as formas tradicionais da poesia, o ritmo, o metro, as figuras de linguagem e as repetições, bem como a refletir sobre os alcances da poesia e dos poemas em prosa na produção contem-porânea.

3. Literatura para crianças e jovens

Essa oficina destina-se à criação de tex-tos relativos à chamada literatura infantil e juvenil e destaca alguns componentes específicos desse gênero e tipo de pro-dução, com respaldo teórico em estudos sobre o universo das crianças e jovens, no sentido de nortear e apontar cami-nhos para a criação literária individual e reforçar o conhecimento e o domínio da singularidade da literatura de um modo geral.

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4. Crônica: gênero livre

A crônica é um gênero híbrido que pede uma abordagem abrangente. Na oficina será traçado um panorama histórico da crônica, com foco na produção nacional. Também será feita uma reflexão sobre sua evolução, procurando diferenciá-la de ou-tros gêneros como o conto, a reportagem e a canção popular. Questões de linguagem, tom e estilo receberão atenção especial. Os alunos serão estimulados a produzir crônicas, que serão analisadas e discutidas em classe.. 5. Crítica de arte

A oficina apresenta um panorama das relações entre a literatura e outras áreas como a fotografia, o cinema, a pintura, o jornalismo e a crítica (literária e de arte). A partir de momentos históricos do encon-tro entre a literatura e as artes, sobretudo nos séculos XIX e XX, nas aulas discute-se a produção literária e crítica de escritores e artistas que estabeleceram intersecção entre essas áreas e mantiveram diálogo entre teoria e investigação artística, ficção e não ficção, literatura e crítica. Os alunos serão estimulados a praticar textos literá-rios, de não ficção e de crítica, inspirados nos diálogos artísticos vistos nas aulas.

6. Dramaturgia: o texto no palco

Nessa oficina o aluno será convidado a es-crever uma pequena cena teatral, ou uma peça curta. Para isso, serão discutidos os fundamentos da linguagem teatral (perso-nagem, diálogo, tom, voz, contexto), a es-trutura de uma peça e os gêneros teatrais, bem como analisadas diversas produções, antigas e contemporâneas.

um pequeno panorama dessas obras no Brasil e no mundo pretende-se estimular os escritores a produzir textos pensando em sua relação com a imagem buscando um conteúdo onde a narrativa é criada na relação entre as duas.

11. Escritos Híbridos

A oficina pretende introduzir os autores e as questões de fronteira entre a litera-tura, a filosofia, a psicanálise e a mística. Leremos textos onde o caráter híbrido e indecidível fica patente, em autores como Gombrowicz, Musil, Cioran, Sloterdijk, Dostoiévski e Nietzsche. Os alunos serão convidados a produzir textos autorais a partir das discussões em sala.

12. Do fato à ficção

No ensaio “A arte como procedimento”, Victor Chklóvski propõe que compreen-damos a arte como um deslocamento da percepção. Para ele, há, no dia-a-dia, uma automatização das nossas ações e, aliado a isso, uma automatização no reconhe-cimento dos objetos. A arte em geral, e a literatura em particular, seria aquela capaz de produzir um estranhamento nesta percepção, isto é, criar um distanciamento entre o objeto e sua percepção corriqueira. Neste curso, iluminados pelas observações de Chklóvski, aproximadas a de outros autores, como Roland Barthes, buscaremos examinar certos aspectos que fazem de um texto um texto literário. Nossa ideia é tra-balhar na fronteira entre o fato e a ficção, a realidade e a literatura.

13. Da palavra escrita à imagem em movimento

A habilidade do cinema em emular, trans-figurar e fabricar realidades tem encantado plateias ao longo do último século. Mas como isso se traduz em discurso? Essa

7. Tradução literária

Trata-se de uma oficina de introdução à tradução literária que procura estimular os estudantes à sua prática e explorar os recursos que enriquecem a escrita autoral e os processos de revisão de texto. Os alunos desenvolverão proje-tos de tradução e trabalharão os textos traduzidos em oficinas com leituras semanais da produção realizada por eles, além de ensaios que tratam da tradução sobre diferentes perspectivas. O curso é voltado para alunos com algum conheci-mento de uma língua estrangeira.

8. Elementos para o ensaio pessoal

O objetivo dessa oficina é desenvolver, a partir de aulas aplicadas e exercícios, a prática da escrita de ensaios pessoais acerca de temas diversos, especialmente os relacionados ao exercício da autoria, para a formação de autores reflexivos com fundamentação teórica e recursos de estilo.

9. O escritor como crítico literário

Essa oficina pretende desenvolver a prática da escrita de textos críticos e dissertativos acerca de obras literárias, a partir de aulas aplicadas e exercícios, para a formação de autores críticos com fundamentação teórica e recursos de estilo.

10. Livro ilustrado: escrever para imagens

O objetivo da oficina é entender e exer-citar o mecanismo de escrita e leitura do livro ilustrado. Este objeto nasceu editorialmente no século XIX dentro do universo infantil, mas hoje vem crista-lizando-se como um gênero particular, não definido por faixa etária. Ao lado de

disciplina busca introduzir os alunos aos fundamentos da narrativa cinematográ-fica e estender a discussão para a frágil fronteira entre fato e invenção. Como se estrutura um filme de ficção? E um documentário? Até que ponto é possível separar os dois? Os alunos serão esti-mulados a refletir sobre esses temas e produzirão um tratamento de roteiro de curta-metragem.

Outras: as disciplinas específicas de um núcleo podem ser oferecidas como op-tativas para outro núcleo.

OFICINAS AVANÇADAS

Oficina Avançada de Criação Literária I, II, III e IV

Arquitetadas para dar suporte ao es-tudante para a realização do trabalho mais importante do curso, o trabalho de conclusão de curso (TCC), essas oficinas também desenvolvem o exercício profis-sional, estimulando a prática da escrita e a autonomia para proceder à pesquisa, ao planejamento, à revisão, à avaliação e à reescrita de seus textos. Durante essas oficinas, os múltiplos olhares, dos colegas e do professor, promovem uma crítica atenta aos textos apresenta-dos, respeitando princípios e propostas manifestados no projeto de cada au-tor. Baseado no modelo de Oficinas de Escrita de Iowa, esse exercício possibilita ao estudante aprender, na prática, como aliar conteúdo e forma para ajustar seus textos aos gêneros, às suas intenções e valores estéticos que fundamentam seu projeto.

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Formação de Escritores

programa poesia 2016-2017

Poesia

Escrever poesia é experimentar o poder da palavra nos seus atributos mais singulares. É dizer o mundo em pausas, ritmos, sons e imagens.

Duração: 2 anos

Carga horária: 378h

Horário de funcionamento: 2 aulas de 3h por

semana, preferencialmente às terças e

quintas-feiras, das 19h às 22h

Local: R. Baumann, 73, Vila Leopoldina,

São Paulo (SP)

Disciplinas: 10, sendo: 5 específicas, e 5

optativas

Orientação do trabalho final: 4 oficinas

avançadas

Escolher a palavra certa, tecer cada verso à procura de ritmo, buscar a imagem exata para que o leitor a conecte com outras que já possui, compor um poema. Essa é uma criação que requer um escritor atento às palavras, aos efeitos de sentido que podem provocar, preocupado em tensionar os limites da linguagem. Poderíamos dizer que os poetas convivem tão estrei-tamente com as palavras que acabam por adquirir conhecimento profundo da língua. Auxiliar o escritor a definir-se como esse poeta é o propósito desse curso.

O que um escritor precisa saber para escrever poesia? Entendemos que ter um projeto literário é essencial para um escritor criar mais que poemas, uma obra. Porque, se o poema pode ser breve, a obra é duradou-ra e justifica a atividade do poeta.

Entendemos também que construir um repertório de leituras permite ao poeta dividir com outrosescritores o universo da Poesia, dialogar com outras estéticas, reconhecer-se outro. Por isso, é preciso ler com afinco.

É claro que nada disso teria significado, não fosse o exercício incessante da escrita. Escrever, escrever, escrever. Sempre em busca da forma precisa, da so-noridade e ritmo ideais, da melhor imagem.

Durante o curso, os escritores escrevem o tempo todo, seus textos são lidos por professores e escrito-res experientes, e pelos colegas de curso, numa troca que se intensifica de modo planejado. Essa produção não se dá a esmo, mas em oficinas estruturadas para desenvolver procedimentos de escrita diversos.

A somatória dessas experiências vividas resultam em um trabalho final de curso. Os escritores planejam um livro de poemas. Durante o segundo ano do curso desenvolvem esse projeto e submetem sua escrita à apreciação durante as Oficinas Avançadas. Esse acompanhamento é feito de modo bastante peculiar: cerca de 15 escritores reunidos em grupo, supervisio-

nados por um professor, discutem os próprios traba-lhos em reuniões semanais. Os alunos apreciam os textos apresentados pelos colegas, que os submetem em rodízio, de modo que no intervalo entre uma e outra apresentação, o escritor pode dar continuidade à sua produção, dando forma ao seu projeto, deci-dindo sua continuidade e refletindo sobre os comen-tários e sugestões feitos pelo seu grupo de trabalho. As Oficinas Avançadas duram todo o segundo ano do curso. Quando pronta uma primeira versão, esse livro é submetido a uma dupla de professores para leitura e considerações finais.

De modo geral é assim que o núcleo de POESIA acon-tece. As disciplinas e professores apresentados a seguir podem dar uma ideia mais precisa das possi-bilidades que os escritores encontram para explorar suas habilidades e encontrar sua voz de autor.

ESPECÍFICAS

1. Poesia contemporânea e o contemporâneo

Por meio de uma breve retrospectiva his-tórica da lírica brasileira ao longo do século XX – do modernismo dos anos 1920 à poe-sia marginal dos anos 1970, passando pelas vanguardas construtivas dos anos 1950 –, essa disciplina almeja identificar e avaliar as principais vertentes da poesia recente, refletindo sobre os impasses inerentes à assimilação do legado moderno e sobre os desafios de formalização da experiência histórica presente.

2. Poesia I

Essa oficina pretende colocar o estudan-te em contato com temas específicos do trabalho poético: a construção do verso, a formação da voz, a concisão, as formas fixas, o verso livre, o ritmo, as figuras de linguagem, o correlato objeti-vo e os manifestos literários dos alunos, com estímulo à produção de textos e à leitura de poemas em sala. O estudante será orientado em experimentações que terão como fim a apropriação da pa-lavra como matéria-prima e elemento constitutivo de um texto que costuma ser expressão de limites em constante transformação.

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3. Poesia II

Por meio de leitura e comentários de poe-mas de autores de várias nacionalidades, épocas e estilos, essa oficina tem por obje-tivo trabalhar com algumas possibilidades poéticas deslocando o olhar e o eu lírico para as coisas que nos rodeiam no cotidia-no. Esses exercícios buscam aprofundar, a partir desse descolamento, a reflexão sobre a nossa própria experiência no mundo.

4. Poesia III

Nessa oficina o estudante trabalhará com os modos de construção e de deslocamen-to do sujeito lírico poético e com as dife-rentes formas de incorporação de vozes à poesia, a partir de algumas noções-guia, tais como diálogo, autorretrato, monólogo dramático, série, pontos de vista e proso-popeia. Trataremos também da “escrita não criativa” e analisaremos como alguns procedimentos, a exemplo da colagem, operam no processo de escrita.

5. Poesia IV

Nessa oficina os alunos discutirão o projeto de um livro de poesia, as peculiaridades de projetos de poetas ao longo da história, as implicações do formato, e serão estimula-dos a produzir um projeto para ser traba-lhado ao longo do segundo ano do curso, nas Oficinas Avançadas.

4. Crônica: gênero livre

A crônica é um gênero híbrido que pede uma abordagem abrangente. Na oficina será traçado um panorama histórico da crônica, com foco na produção nacional. Também será feita uma reflexão sobre sua evolução, procurando diferenciá-la de ou-tros gêneros como o conto, a reportagem e a canção popular. Questões de linguagem, tom e estilo receberão atenção especial. Os alunos serão estimulados a produzir crônicas, que serão analisadas e discutidas em classe.

5. Crítica de arte

A oficina apresenta um panorama das relações entre a literatura e outras áreas como a fotografia, o cinema, a pintura, o jornalismo e a crítica (literária e de arte). A partir de momentos históricos do encon-tro entre a literatura e as artes, sobretudo nos séculos XIX e XX, nas aulas discute-se a produção literária e crítica de escritores e artistas que estabeleceram intersecção entre essas áreas e mantiveram diálogo entre teoria e investigação artística, ficção e não ficção, literatura e crítica. Os alunos serão estimulados a praticar textos literá-rios, de não ficção e de crítica, inspirados nos diálogos artísticos vistos nas aulas.

6. Dramaturgia: o texto no palco

Nessa oficina o aluno será convidado a es-crever uma pequena cena teatral, ou uma peça curta. Para isso, serão discutidos os fundamentos da linguagem teatral (perso-nagem, diálogo, tom, voz, contexto), a es-trutura de uma peça e os gêneros teatrais, bem como analisadas diversas produções, antigas e contemporâneas.

7. Tradução literária

Trata-se de uma oficina de introdução à tradução literária que procura estimular os estudantes à sua prática e explorar os

OPTATIVAS oferecidas de acordo com o número de alunos inscritos

1. O escritor como professor

O objetivo é orientar os estudantes a ocupar o lugar de docentes no desen-volvimento de projetos de oficinas de criação literária. Para fundamentar essa prática, discutem-se métodos e procedi-mentos didáticos que podem esclarecer como planejar e desenvolver atividades docentes, como conduzir a interação com os alunos e avaliar suas produções.

2. Poesia para prosadores

Muitos escritores de ficção e não ficção começaram escrevendo poesia. Alguns deles jamais abandonaram o gênero, outros o incorporaram em seus livros, seja no ritmo, na intensidade da lin-guagem, ou mesmo na composição de obras híbridas. Nessa oficina, alunos dos cursos de ficção e não ficção são convi-dados a trabalhar as formas tradicionais da poesia, o ritmo, o metro, as figuras de linguagem e as repetições, bem como a refletir sobre os alcances da poesia e dos poemas em prosa na produção contem-porânea.

3. Literatura para crianças e jovens

Essa oficina destina-se à criação de tex-tos relativos à chamada literatura infantil e juvenil e destaca alguns componentes específicos desse gênero e tipo de pro-dução, com respaldo teórico em estudos sobre o universo das crianças e jovens, no sentido de nortear e apontar cami-nhos para a criação literária individual e reforçar o conhecimento e o domínio da singularidade da literatura de um modo geral.

recursos que enriquecem a escrita au-toral e os processos de revisão de texto. Os alunos desenvolverão projetos de tradução e trabalharão os textos tradu-zidos em oficinas com leituras semanais da produção realizada por eles, além de ensaios que tratam da tradução sobre diferentes perspectivas. O curso é volta-do para alunos com algum conhecimen-to de uma língua estrangeira.

8. Elementos para o ensaio pessoal

O objetivo dessa oficina é desenvolver, a partir de aulas aplicadas e exercícios, a prática da escrita de ensaios pessoais acerca de temas diversos, especialmente os relacionados ao exercício da autoria, para a formação de autores reflexivos com fundamentação teórica e recursos de estilo.

9. O escritor como crítico literário

Essa oficina pretende desenvolver a prática da escrita de textos críticos e dissertativos acerca de obras literárias, a partir de aulas aplicadas e exercícios, para a formação de autores críticos com fundamentação teórica e recursos de estilo.

10. Livro ilustrado: escrever para imagens

O objetivo da oficina é entender e exer-citar o mecanismo de escrita e leitura do livro ilustrado. Este objeto nasceu editorialmente no século XIX dentro do universo infantil, mas hoje vem crista-lizando-se como um gênero particular, não definido por faixa etária. Ao lado de um pequeno panorama dessas obras no Brasil e no mundo pretende-se estimular os escritores a produzir textos pensando em sua relação com a imagem buscando um conteúdo onde a narrativa é criada na relação entre as duas.

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11. Escritos Híbridos

A oficina pretende introduzir os autores e as questões de fronteira entre a litera-tura, a filosofia, a psicanálise e a mística. Leremos textos onde o caráter híbrido e indecidível fica patente, em autores como Gombrowicz, Musil, Cioran, Sloterdijk, Dostoiévski e Nietzsche. Os alunos serão convidados a produzir textos autorais a partir das discussões em sala.

12. Do fato à ficção

No ensaio “A arte como procedimento”, Victor Chklóvski propõe que compreen-damos a arte como um deslocamento da percepção. Para ele, há, no dia-a-dia, uma automatização das nossas ações e, aliado a isso, uma automatização no reconhe-cimento dos objetos. A arte em geral, e a literatura em particular, seria aquela capaz de produzir um estranhamento nesta percepção, isto é, criar um distanciamento entre o objeto e sua percepção corriqueira. Neste curso, iluminados pelas observações de Chklóvski, aproximadas a de outros autores, como Roland Barthes, buscaremos examinar certos aspectos que fazem de um texto um texto literário. Nossa ideia é tra-balhar na fronteira entre o fato e a ficção, a realidade e a literatura.

13. Da palavra escrita à imagem em movimento

A habilidade do cinema em emular, trans-figurar e fabricar realidades tem encantado plateias ao longo do último século. Mas como isso se traduz em discurso? Essa disciplina busca introduzir os alunos aos fundamentos da narrativa cinematográfica e estender a discussão para a frágil frontei-ra entre fato e invenção. Como se estrutura um filme de ficção? E um documentário?

Até que ponto é possível separar os dois? Os alunos serão estimulados a refletir sobre esses temas e produzirão um tra-tamento de roteiro de curta-metragem.

Outras: as disciplinas específicas de um núcleo podem ser oferecidas como op-tativas para outro núcleo.

OFICINAS AVANÇADAS

Oficina Avançada de Criação Literária I, II, III e IV

Arquitetadas para dar suporte ao es-tudante para a realização do trabalho mais importante do curso, o trabalho de conclusão de curso (TCC), essas oficinas também desenvolvem o exercício profis-sional, estimulando a prática da escrita e a autonomia para proceder à pesquisa, ao planejamento, à revisão, à avaliação e à reescrita de seus textos. Durante essas oficinas, os múltiplos olhares, dos colegas e do professor, promovem uma crítica atenta aos textos apresenta-dos, respeitando princípios e propostas manifestados no projeto de cada au-tor. Baseado no modelo de Oficinas de Escrita de Iowa, esse exercício possibilita ao estudante aprender, na prática, como aliar conteúdo e forma para ajustar seus textos aos gêneros, às suas intenções e valores estéticos que fundamentam seu projeto.

Formação de Escritores

EquipeO corpo docente da pós-graduação em formação de escritores é formado por especialistas em criação literária e escritores experientes e premiados.

Márcia Fortunato Coordenadora

Licenciada em Letras, Doutora na área de Linguagem e Educação pela Faculdade de Educação da USP com a tese “Autoria e Aprendizagem da Escrita”. Trabalho docente e de pesquisa voltado para o aperfeiçoamento da leitura e escrita de estudantes do Ensino Superior. Experiência com formação de professores em disciplinas que abordam os Procedimentos de Autoria, as Metodologias de Ensino da Escrita e o Texto, nas modalidades oral e escrita, sob a perspectiva da Teoria Literária, da Análise do Discurso e da Linguística Textual.

Roberto Taddei Coordenador

Mestre em Escrita Criativa pela Columbia University, de Nova York, onde também cursou o programa Writer as a Teacher. É escritor e jornalista. Autor dos romances Existe e está aqui e então acaba (Dobra, 2014) e Terminália (Prumo, 2013). Escreve resenhas e críticas para o Guia de Lançamentos do jornal Folha de S. Paulo. Ministrou cursos de criação literária para estudantes de graduação e pós-graduação em Nova York (Columbia University) e em São Paulo (AIC, Sesc, e B_arco). Colaborou com os jornais O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde e Diário do Comércio e foi editor-chefe do portal estadão.com.br.

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revistas, nacionais e do exterior. Foi cola-borador das revistas Cult, Jandira e Cacto. Como editor, publicou obras de Hilda Hilst, Roberto Piva, Glauco Mattoso, Ana Maria Machado e Moacyr Scliar, entre outros.

Fabrício CorsalettiFormado em Letras pela USP. Em 2007 publicou, pela Companhia das Letras, o vo-lume Estudos para o seu corpo, que reúne seus quatro primeiros livros de poesia: Mo-vediço (Labortexto, 2001), O sobrevivente (Hedra, 2003) e os então inéditos História das demolições e Estudos para o seu corpo. Também é autor dos contos de King Kong e cervejas (Companhia das Letras, 2008), da novela Golpe de ar (Editora 34, 2009), dos poemas de Esquimó (Companhia das Letras, 2010, prêmio Bravo!) e de Quadras paulistanas (Companhia das Letras, 2013), das crônicas de Ela me dá capim e eu zurro (Editora 34, 2014), além dos livros infantis Zoo (Hedra, 2005), Zoo zureta (Companhia das Letras, 2010) e Zoo zoado (Companhia das Letras, 2014). Desde 2010 é colunis-ta da revista sãopaulo, do jornal Folha de S.Paulo.

Heitor FerrazÉ jornalista e mestre em Literatura Bra-sileira pela Universidade de São Paulo, onde defendeu a dissertação “O rito das calçadas: aspectos da poesia de Francisco Alvim”. Publicou, entre outros, os livros de poesia Coisas imediatas (1996-2004) e Um a menos, ambos publicados pela Editora 7 Letras. Atualmente é professor de Jor-nalismo Cultural e Jornalismo Literário na Faculdade Cásper Líbero.

Bruno ZeniEscritor e Doutor em Letras pela USP. De-senvolve pesquisa sobre a literatura ur-bana, a ficção em São Paulo e o escritor João Antônio. É autor do romance Corpo a corpo com o concreto (Azougue Edi-torial, 2009), dos poemas em prosa de O fluxo silencioso das máquinas (Ateliê Editorial, 2002) e do livro-reportagem Sobrevivente André du Rap (Labortexto Editorial, 2002), este último em parceria com José André de Araújo. Como crítico literário, colabora com o Guia de Livros da Folha de São Paulo. Atualmente é editor-assistente da editora Três Estrelas (Publifolha).

Chico MattosoMestre em Escrita Dramática pela Northwestern University (EUA), onde também atuou como professor; formado em Letras pela USP. Escritor, tradutor e roteirista, foi editor da revista literária Ácaro e é co-autor de Cabras – Cader-no de Viagem e Parati para mim. Seu primeiro romance, Longe de Ramiro, foi finalista do prêmio Jabuti. É também autor de Nunca vai embora. Foi eleito pela revista inglesa Granta um dos vinte “melhores jovens escritores brasileiros”.

Fábio WeintraubPoeta, crítico e editor. Formado em Psicologia pela USP, doutorou-se em Teoria Literária e Literatura Comparada pela mesma universidade. Publicou as antologias poéticas Sistema de Erros (1996), livro ganhador do prêmio Nas-cente (Abril/USP) em 1994; Novo En-dereço (2002), prêmio Cidade de Juiz de Fora em 2002 e, no ano seguinte, prêmio espacial Casa de las Américas/ Embaixada do Brasil em Havana, e Baque (2007), obra escrita sob os auspícios de uma bolsa de incentivo à criação literária do Governo do Estado de São Paulo. Tem poemas publicados em diversos jornais e

Jayme Loureiro Graduado em História pela USP, mes-tre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (com dissertação sobre Machado de Assis) e doutor em Literatura Brasi-leira pela USP (com tese sobre “A idade do serrote”, autobiografia de Murilo Mendes). Durante muitos anos atuou no mercado livreiro. Autor de dois livros in-fantis: Peçoinhas (2011) e Sob as ordens do Major Costinha (2013).

Jorge Miguel MarinhoJorge Miguel Marinho é professor de Literatura Brasileira, mestre pela USP, coordenador de oficinas de criação literária, dramaturgo, roteirista, ator, pesquisador de componentes lúdicos na crítica literária com os livros Nem tudo que é sólido desmancha no ar – ensaios de peso e A convite das palavras – mo-tivações para ler, escrever e criar, autor de livros de ficção literária, entre eles, Te dou a lua amanhã – uma biofantasia de Mário de Andrade e Lis no peito – um livro que pede perdão, premiados com o Jabuti.

José Carlos SouzaMestre em Crítica Genética pelo Progra-ma de Língua e Literatura Francesa da USP, atua como professor de Língua Por-tuguesa e Produção de texto. Realiza pe-riodicamente oficinas de criação literária na Secretaria Estadual de Cultura e SESC. Autor de livros de poemas como Adeptos & Relapsos e Fragmentos da Bala, adap-tou para teatro o romance São Bernardo de Graciliano Ramos e atualmente vem se dedicando a pesquisas sobre a gênese da criação literária.

Josélia AguiarDoutoranda e mestre em História pela USP. Mestre e jornalista especializada em livros, atuou em jornais diários, revistas culturais e blogs. Lançou Jorge Amado – uma bio-grafia, a primeira biografia do autor baiano em meio século. Trabalhou na Folha de São Paulo, onde foi repórter, redatora, colu-nista de livros e correspondente baseada em Londres para toda a Europa. Editou EntreLivros, revista de livros e literatura. Contribui com reportagens e resenhas para revistas e suplementos de todo país.

Juliano Garcia PessanhaDoutorando em Filosofia na USP, mestre em Psicologia pela PUC-SP. Escritor e ensaís-ta, publicou a trilogia Sabedoria do nunca, Ignorância do sempre, Certeza do agora, além de Instabilidade perpétua, reedita-dos pela Cosac Naify em 2015 e agrupados no volume Testemunho Transiente. Sua obra transita por diferentes gêneros como aforismo, poesia em prosa, conto, ensaio filosófico, auto e heterotanatografia, em estreito diálogo com a literatura, a filo-sofia e a psicanálise. Vencedor do prêmio Nascente, promovido pela Abril e USP, nas categorias poesia e ficção.

Maria José NóbregaLicenciada em Língua e Literatura Verná-culas pela PUC/SP, Mestre em Filologia e Língua Portuguesa pela USP. Atua há mais de 15 anos como assessora em programas de formação continuada junto ao MEC, à Secretaria Estadual de Educação de São Paulo e a diversas secretarias municipais de educação do país. Atualmente assesso-ra a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, o programa Leitores em Rede da Editora Moderna e as revistas Carta na Escola e Carta Fundamental da Editora Confiança.

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2015), com textos do blog “Lugares onde eu não estou” (www.escritosgeograficos.blogspot.com). Seus textos foram tradu-zidos para o espanhol, inglês, francês e alemão. Traduziu, entre outros autores, Clarice Lispector, Adolfo Bioy Casares e Tamara Kamenszain. É editora da revista Grumo (www.salagrumo.org) e da coleção Entrecríticas (editora Rocco).

Ricardo AzevedoDoutor em Letras pela USP, pesquisador na área de cultura popular bacharel em Comunicação Visual pela Faculdade de Artes Plásticas da FAAP. Escritor e ilustra-dor, é autor de vários livros para crianças e jovens. Ganhou cinco vezes o prêmio Jabuti com os livros Alguma coisa, Maria Gomes, Dezenove poemas desengonçados, A outra enciclopédia canina e Fragosas Brenhas do Mataréu, o APCA e outros. Tem livros publicados na Alemanha, Portugal, Méxi-co, França e Holanda. Professor convidado em cursos de especialização em Arte-E-ducação e Literatura, tem dado palestras e escrito artigos, publicados em livros e revistas, abordando problemas do uso da literatura de ficção na escola.

Sergio Vilas-Boas Jornalista, escritor e professor de Repor-tagem (graduação e pós-graduação) na Faculdade Cásper Líbero, São Paulo. Há 12 anos dá cursos e workshops sobre Jorna-lismo Literário pelo Brasil. Tem mestrado e doutorado pela ECA/USP com pesquisas sobre narrações biográficas. Autor de uma dezena de livros, entre eles Perfis: o Mundo dos Outros / 22 Personagens e um Ensaio (coletânea) e Biografismo (obra teórica decorrente de seu doutorado). Prêmio Jabuti 1998 com o Os Estrangeiros do Trem N. Em 2015 lançou o romance A Superfície

Sobre Nós (Amarilys Editora). Foi editor e repórter em vários jornais. Presta consul-toria para empresas e pessoas interessadas em reconstruir suas memórias. Membro da International Association of Literary Jour-nalism Studies (IALJS).

Tiago Novaes Escritor e tradutor, publicou o livro de contos Subitamente: agora (7Letras) e os romances Os amantes da fronteira (Dobra), Estado Vegetativo (Callis) e Documentário (Funarte), que acompanha o longa-metra-gem Herança, dirigido e editado pelo autor. Em 2013, organizou a antologia Tertúlia: o autor como leitor (Sesc Edições), elaborado a partir dos encontros realizados no Sesc--SP. Foi finalista dos prêmios São Paulo de Literatura em 2008 (Estado Vegetativo) e Jabuti em 2014 (Tertúlia), e obteve bolsas de estímulo da Secretaria da Cultura de São Paulo e Fundação Nacional das Artes (Funarte). Traduziu mais de uma dúzia de livros em ficção e não-ficção. Publicou artigos como correspondente internacional para a Folha de São Paulo, Estadão e BBC- Brasil. Atualmente, conclui doutorado em Psicologia pela USP.

Veronica Stigger Escritora, crítica de arte e professora universitária. Possui doutorado em Teoria e Crítica de Arte pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado pela Uni-versità degli Studi di Roma “La Sapienza”, pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e pelo Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. É coordenadora do curso de Criação Literária da Academia Internacional de Cinema e professora das Pós-Gradua-ções em História da Arte e em Fotografia da Fundação Armando Álvares Penteado

(FAAP). Entre seus livros publicados, estão Os anões (São Paulo: Cosac Naify, 2010), Delírio de Damasco (Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2012) e Opisanie świata (São Paulo: Cosac Naify: 2013; Prêmio Machado de Assis, Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Autor Estreante, Prêmio Açoria-nos para Narrativa Longa).

Marília GarciaDoutora em Literatura Comparada (UFF) e mestre em Literatura Brasileira (UERJ), tendo desenvolvido pesquisas nas áreas de poesia contemporânea, brasileira e francesa, e em teoria da tradução. É autora dos livros Um teste de resisto-res (7letras, 2014), Engano geográfico (7letras, 2012) e 20 poemas para o seu walkman (Cosac Naify, 2007). Trabalhou durante mais de dez anos no mercado editorial e ministrou oficinas de escrita na Escola de Letras da UNIRIO. Atual-mente, trabalha com tradução.

Noemi JaffeDoutora em Literatura Brasileira pela USP, com tese sobre a poesia de Antonio Cicero. Escritora, professora de literatura há cerca de 30 anos e crítica literária da Ilustrada (Folha de S.Paulo) e do Valor Econômico. Professora na Casa do Sa-ber - SP. Finalista dos Prêmios Portugal Telecom e Zaffari & Bourbon. Autora dos livros Todas as coisas pequenas (Hedra, 2005), Quando nada está acontecendo (Martins Fontes, 2011), A Verdadeira His-tória do Alfabeto (Cia. das Letras, 2012), O que os cegos estão sonhando? (Ed. 34, 2012), e Írisz: as orquídeas (Cia das Letras, 2015).

Paloma VidalEscritora, tradutora e professora de Te-oria Literária na Universidade Federal de São Paulo. Publicou os livros de contos A duas mãos (7Letras, 2003) e Mais ao sul (Língua Geral, 2008); os roman-ces Algum lugar (7Letras, 2009) e Mar azul (Rocco, 2012); as peças Três peças (Dobra, 2014); e os ensaios A história em seus restos: literatura e exílio no Cone Sul (Annablume, 2004) e Escrever de fora: viagem e experiência na narrativa argentina contemporânea (Lumme Edi-tor, 2011). Sua publicação mais recente são os livros Durante e Dois (7Letras,

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Formação de Escritores

Outros eventosAo longo do ano, encontros com escritores, tradutores, e especialistas sobre livros, autores, projetos e questões relacionadas à criação literária

Panorama da Literatura

Encontros mensais com críticos, escritores e acadê-micos que discutem obras fundamentais da literatura mundial. A Divina Comédia, Dom Quixote, As Mil e Uma Noites, Ilíada, Odisseia, Eneida, As Metamorfoses, Em Busca do Tempo Perdido, e O Estrangeiro são al-gumas das obras já tratadas nesta série de eventos do curso. Os panoramas da literatura são essenciais para a formação dos escritores na pós-graduação. É um espaço para o debate aprofundado e a promoção de relações entre literaturas de tempos e espaços distin-tos àqueles do autor brasileiro contemporâneo.

Diálogos Literários

Ao longo do ano, promovemos debates públicos com autores brasileiros e estrangeiros, editores e agentes literários, no campus do Vera Cruz ou em livrarias e bibliotecas de São Paulo. É nesses diálogos que os jovens autores se aproximam de seus pares e esta-belecem relações críticas e de identificação com a produção contemporânea. Nos últimos anos tivemos a participação de escritores como Luiz Ruffato, Beatriz Bracher, Michel Laub, e Sally Gardner.

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Formação de Escritores

Processo seletivo

As inscrições para o processo seletivo dos núcleos de Ficção, Poesia e Não ficção acontecem no final de cada ano, entre outubro e dezembro.

Para se inscrever é preciso enviar um ou mais textos literários (publicado ou inédito), de acordo com as opções de núcleo de estudo, e uma carta de intenções onde o candidato explica por que quer fazer o curso.

É necessário ter uma graduação completa.

As novas turmas iniciam as aulas na primeira sema-na de fevereiro do ano seguinte, com dois encontros semanais, sempre entre as 19h e 22h.

A Pós-Graduação Formação de Escritores possui também um núcleo de formação de Professores de Criação Literária, cujo processo seletivo se realiza em junho-julho de cada ano.

As informações completas sobre o processo seletivo podem ser obtidas no site:

veracruz.edu.br/instituto/processoseletivoou pelo telefone (11) 3838 5992 e e-mail: [email protected]

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Desde sua fundação, em 1963, o trabalho do Vera Cruz se orienta pelo compromisso com a Educação entendida como um espaço de transfor-mação do ser humano.

Procuramos formar cidadãos capazes de responder às necessidades de seu tempo e construir o futuro ao transmitir o conhecimento construído ao longo das gerações e ao ajudar o aluno na construção de narrativas que dão sentido ao conhecimento e significado ao presente.Instituto Vera Cruz

extensão | graduação | pós-graduação

Rua Baumann, 73 Vila Leopoldina perto da estação Imperatriz Leopoldina da CPTM

(11) 3838 5992

[email protected] institutoveracruz.oficial instveracruz

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