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Catálogo da Mostra CineBH 2009 - Mostra de Cinema de Belo Horizonte

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para além das montanhas

elo Horizonte no centro nacional do cinema, no cenário do bairro Santa Tereza – símbolo de uma vida cultural intensa que se transforma e ganha alma no convivio com a sétima arte.

Chancelada como evento oficial do Ano da França no Brasil, a Mostra CineBH integra o programa nacional Cinema sem Fronteiras e chega a sua terceira edição maior e mais convic-ta do seu papel – representar um novo diálogo entre as forças constituintes de uma cinematográfica em intercâmbio com o mundo. Contextualiza o mercado audiovisual e, nesta edição, coloca em evidência a coprodução internacional em filmes, debates e homenagem.

A Mostra CineBH 2009 exibe 76 filmes, sendo 23 longas, 7 mé-dias e 46 curta duração, divididos em 43 sessões ao longo dos seis dias de programação oferecida gratuitamente ao público.

Pela primeira vez, internacionaliza sua programação trazendo a Belo Horizonte filmes inéditos no Brasil, que tiveram grande repercussão em festivais como Cannes, Berlim, Veneza, Lo-carno e Toronto, além de pré-estreias brasileiras e seminários com a presença de convidados internacionais.

A Mostra CineBH se propõe a discutir também o papel da França como principal coprodutora de diversas cinematogra-fias pelo mundo, ao mesmo tempo que discute questões cru-

MosTrA CineBH 2009quer AmPlifiCAr PergunTAS,ComPArTilHAr leiTurAS, refinAr o enTendimenTo,lAnçAr novAS ideiAS,ConTexTuAlizAr o merCAdo AudioviSuAl,diAlogAr Com ouTroS PAíSeS,queSTionAr oS dilemAS CrôniCoS do CirCuiTo ComerCiAlrefleTir e enTender o CinemA que Se fez e que Se fAz. e AjudAr A TATeAr Com mAiS firmezA Tudo que virá.

em Belo HorizonTe,o enConTro Pelo CinemA AConTeCe.A formAção CriA PoSSiBilidAdeS de ATuAção no merCAdo,A reflexão ProvoCA mudAnçAS, AvAnçA, regiSTrA reSulTAdoS.A exiBição deixA mArCAS, inovA e AmPliA viSõeS.

apresentação

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ciais que colocam em primeiro plano a necessidade de reaber-tura de espaços de exibição, tanto para a formação de novos públicos como para alternativa viável para o atual problema de distribuição do cinema brasileiro no País.

Presta homenagens a o2 Filmes, apresentando a vitalidade do seu trabalho em coproduções que ganharam o mundo, o reco-nhecimento da crítica e do público.

em mais uma edição da Mostra CineBH, a universo Produção reafirma seu compromisso com o País, com minas, com Belo Horizonte e com a comunidade de Santa Tereza levando a cul-tura para perto do povo – hoje mais que um evento, um instru-mento que se faz necessário ao nosso fazer cinematográfico, à nossa condição humana que quer ter acesso a uma progra-mação cultural de qualidade.

Além das exibições de filmes em pré-estreias nacionais e in-ternacionais, retrospectivas, oficinas, seminário, debates, ci-ne-escola, mostrinha de cinema, o evento reúne também ou-tras manifestações da arte – exposição, cortejo, lançamento de livros e atrações musicais, reconhecendo a cultura como instrumento de transformação social e construção da cidada-nia.

A programação cultural gratuita, abrangente e de vanguarda acontece na Vila do Cinema instalada no tradicional bairro de Santa Tereza com três espaços de projeções – o Cine-Tenda (400 lugares), o Cine-Praça (1.500 lugares) e o precioso Cine santa Tereza, prédio arquitetônico e urbanístico expressivo da história cultural e do cinema em Belo Horizonte, fundado em 1944 e desativado desde 1980. foi reerguido pela Universo Pro-dução para ser a sede e o coração da Mostra CineBH e, mes-

mo entreaberto provisoriamente, já insinua a importância da sua destinação para o audiovisual. inserida na vida e no cotidiano da comunidade de Santa Tere-za, a Mostra CineBH assume as comemorações dos 111 anos do bairro e promove, em parceria com a Associação Comuni-tária, ações que apresentam as personalidades e o cenário de muitas histórias.

Agradecemos à Prefeitura de Belo Horizonte, aos Comissaria-dos Brasileiro e francês, ministérios da Cultura e das rela-ções exteriores no Brasil e na frança, ao Comitê mineiro do Ano da frança no Brasil, às empresas patrocinadoras, às lide-ranças políticas e comunitárias e aos parceiros que, sensibi-lizados e comprometidos com ações scioculturais-turísticas, somaram esforços na viabilização da 3ª CineBH – testemunha das dificuldades e cúmplice da busca de soluções, do conhe-cimento e descobertas.

À dedicada e incansável equipe de trabalho e a todas as pes-soas que acreditaram na proposta – diretores, atores, produto-res, técnicos, lideranças, imprensa; enfim, todos – nossa gra-tidão.

Sejam bem-vindos à moldura de novos e longos traços e per-mitam-se que um espetáculo de imagens e sons desvenda no-vos mundos diante dos seus olhos.

raquel hallakquintino VargasFernanda hallakDiretores Da Universo ProDUção

CoorDenaDores Do Cinema sem Fronteiras – mostra CineBH

apresentação

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elo Horizonte é, definitivamente, a cidade onde a cultura ganha vida. Hoje, a capital mineira tem or-gulho de sediar grandes eventos culturais, como o festival internacional de Teatro (fiT), o festival de Arte negra (fAn), o festival internacional de

quadrinhos (fiq), o encontro de literatura. Além da interna-cionalização da cultura, a cidade vem desenvolvendo proje-tos, programas e ações que garantem o acesso democrático aos bens culturais, o incentivo e a proteção do patrimônio cul-tural. Cerca de 900 mil pessoas frequentam os espaços da Pre-feitura, e as atividades descentralizadas, realizadas em locais públicos, têm promovido a inclusão e contribuído para um pro-cesso de formação de público.

Hoje a cultura é uma das prioridades do nosso programa de governo e foi contemplada no Planejamento estratégico para 2030 como um dos projetos sustentadores – o rede BH Cultu-ral. isso porque acreditamos que a cultura pode ser um ca-minho para a transformação de uma sociedade, através da inclusão social, da geração de oportunidades de trabalho e negócios e do fortalecimento da identidade dos cidadãos com sua cidade.

A realização da mostra CineBH é mais uma prova da vitalidade e das oportunidades de criação e produção cultural que Belo Horizonte oferece. e o evento é mais um destes momentos má-gicos que a cidade irá viver. Todos sabemos da importância do cinema como manifestação estética, registro da história da humanidade e que conquistou os povos de todos os continen-tes. Se a cultura pode ser um caminho para a transformação de uma sociedade, o cinema se destaca como ferramenta nes-ta transformação.

A mostra CineBH concretiza a possibilidade de acesso da po-pulação à cultura, ao utilizar um espaço tradicional e histori-camente cultural de nossa cidade, que é a praça duque de Caxias, no bairro Santa Tereza. Belo Horizonte recebe, de bra-ços abertos, mais esta edição da mostra CineBH. A cada fil-me exibido, a cada oficina ou seminário realizado, não se esta-rá abrindo apenas um espaço para debates e reflexões sobre esta arte, mas, principalmente, construindo dentro de cada um o espaço que nos permite ter a consciência de que somos agentes transformadores da realidade que vivemos.

marcio araujo lacerdaPreFeito De Belo Horizonte

apresentação

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cinema é uma atividade que passa a criar uma dinâmica própria, sendo um pequeno investi-mento, porém um grande ativo para o País, con-solidando um dos mais importantes passos cul-turais brasileiros.

em Belo Horizonte, assim como em outras capitais, a cine-matografia é pouco conhecida, mas a largada para a grande construção, com perfil industrial, já foi dada e esse é o princi-pal esforço neste momento.

Com a mostra CineBH, mais uma oportunidade é aberta para paisagens de interesses de vários campos da produção inde-pendente e o mercado do audiovisual.

A importância da CineBH concentra-se no que vem da própria multiplicidade de sentidos deste conceito e da imensa gama de possibilidades que a cidade de Belo Horizonte oferece à re-flexão e à ação sobre as conexões e formatos de intercâmbio e cooperação.

nosso conselho a todos, moradores e visitantes da capital mi-neira, é que aproveitem, ao máximo, esta agradável, criativa e lúdica temporada.

júlio piresDiretor-PresiDente Da BelotUr

apresentação

os últimos anos, desde o início da retomada da produção cinematográfica em nosso País, multi-plicou-se o número de eventos – festivais, mos-tras, semanas – espalhados ao longo do mapa brasileiro, cujo objetivo, além de apresentar o

trabalho de nossos cineastas, é reforçar os laços com o públi-co e incentivar a formação de novas plateias. Ao mesmo tem-po, nesse período, consolidou-se, cada vez mais, a parceria entre a Petrobras e o cinema brasileiro. A mostra CineBH, na sua terceira edição, é um bom exemplo disso.

em 2009, a mostra CineBH exibirá 77 filmes em seis dias de programação oferecida gratuitamente ao público. Haverá ain-da a promoção de debates com cineastas, críticos, produtores e pesquisadores, onde, a partir dos filmes exibidos, serão dis-cutidas características e desafios da coprodução internacio-nal. o evento enfoca o contexto do mercado audiovisual brasi-leiro em intercâmbio com o mundo e discute questões cruciais que colocam em primeiro plano a necessidade de reabertura de espaços de exibição, tanto para a formação de novos públi-cos como para alternativa viável para o atual problema de dis-tribuição do cinema brasileiro no Brasil.

A Petrobras, maior empresa brasileira e maior patrocinadora das artes e da cultura em nosso País, como nas outras edi-ções, está presente nesta edição da mostra CineBH. Ao patro-cinar o evento, reforçamos a aliança da marca Petrobras ao cinema brasileiro, cumprindo com os propósitos e as diretrizes de nossa política cultural.

nosso compromisso – convém reiterar – não se limita a apoiar a produção de filmes. Alcança também o apoio à distribuição e à exibição, ou seja, incentiva que o trabalho de nossos cineas-tas chegue ao público e que esse público seja cada vez maior. PetroBras

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011 Temática

012 Coprodução internacional

016 entrevista Manoel rangel

026 Acordos de Coprodução

042 Ano da França no Brasl

051 Homenagem

entrevista o2 Filmes

065 seminário

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166 Ficha Técnica

077 Longas e Médias

152 Programação

101 Curtas

121 Mostrinha de Cinema

129 oficinas e Cine-escola

139 Arte

165 Agradecimentos

162 Depoimentos CineBH

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o Brasil em diálogo com o mundopor leonardo mecchi

ivemos em tempos globalizados. Tempos de recursos globalizados, talentos globalizados e problemas globalizados. nesse cenário, as coproduções internacionais surgem cada vez mais como uma alternativa – tanto para países

como a frança, que detêm quase metade de seu mercado ci-nematográfico, como o Brasil, que ocupa apenas 10% – para, de maneira apenas aparentemente contraditória, reforçar ci-nematografias nacionais nesse cenário global, buscando via-bilizá-las em uma realidade em que a produção de um único país monopoliza nada menos que 85% do mercado mundial. Al-ternativa na busca por recursos para financiar uma atividade a cada dia mais onerosa, alternativa para distribuir os filmes a um mercado mais amplo que o local, alternativa para fomentar o intercâmbio de culturas, tecnologias e profissionais.

os benefícios da coprodução internacional vão além do finan-ciamento mais imediato de produções nacionais que, de ou-tra forma, não conseguiriam captar recursos para sua realiza-ção. A coprodução tem a capacidade de aproximar culturas, não apenas através da obra pronta, mas também no comparti-lhamento de experiências e conhecimento entre os profissio-nais de diferentes nacionalidades, envolvidos em sua realiza-ção. Confrontam-se visões diferentes de mundo e de cinema, estimulam-se debates sobre culturas e modos de produção, fomentam-se novos cinemas: multinacionais, transnacionais, pan-nacionais.

não se pode negar, entretanto, os benefícios econômicos dire-tos da coprodução internacional. Se não há dados oficiais do montante de recursos trazidos para projetos brasileiros atra-vés dessa modalidade de produção, é fato que ela é vista cada vez mais por nossos produtores como uma alternativa viável e saudável para o financiamento de seus projetos: se nos sete primeiros anos da chamada “retomada” do cinema brasilei-ro foram realizadas apenas 15 coproduções internacionais (to-das, à exceção de uma, em parceria com Portugal), nos sete anos seguintes esse número pulou para 48 coproduções, rea-lizadas com 18 países diferentes.

Para além do financiamento da produção propriamente dita, se considerarmos que mesmo na europa (uma das regiões mais abertas à diversidade das cinematografias regionais) a produ-ção do resto do mundo – descontando-se os filmes europeus e hollywoodianos – é relegada a apenas 2% de participação nas salas de cinema, os benefícios da coprodução internacio-nal podem ser estendidos também à distribuição e à inserção internacional desses filmes, uma vez que eles são considera-dos como obras nacionais também no país de coprodução – e por isso aptos a utilizar fundos ou cotas de proteção à produ-ção local.

isso fica claro quando observamos que 54% dos títulos da América latina lançados na europa são coproduções com pa-íses europeus, e que esses filmes obtêm, na média, o dobro de

coproduçãointernacional

temática

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público de um filme 100% latino-americano. não é à toa que, das dez maiores bilheterias brasileiras dos últimos anos no mercado europeu, oito são de filmes realizados em coprodu-ção internacional.

Apesar de todas essas evidências, o Brasil ainda engatinha nesse novo cenário de recursos (humanos, técnicos e finan-ceiros) globalizados, mesmo quando comparado a países vi-zinhos como a Argentina, que desde 2000 já realizou mais de 270 coproduções internacionais. entretanto, iniciativas gover-namentais e de uma nova geração de produtores que não se acomodam sob a tutela do estado e seus recursos incentiva-dos (e que, por isso mesmo, parecem mais capacitados a tra-balhar nessa nova configuração do audiovisual contemporâ-neo) demonstram o reconhecimento – tardio, mas inexorável – de que esse é um dos principais caminhos a serem trilhados pelo cinema brasileiro atual.

Parafraseando nosso presidente da república, se o Brasil ga-nhou definitivamente sua cidadania internacional com a elei-ção do rio para sede das olimpíadas de 2016, nossa cidada-nia no campo da coprodução se deu alguns meses antes, com a realização pela o2 filmes (não à toa a homenageada desta edição da mostra CineBH) de Ensaio Sobre a Cegueira, uma coprodução de uS$ 25 milhões entre Brasil, Canadá e japão, distribuída para mais de 40 países. e as consequências já co-meçam a surgir: apenas este ano estão em andamento no Bra-

sil, em diversos estágios de realização, 37 projetos de copro-dução internacional, mais do que a soma de tudo o que foi realizado nos últimos quatro anos.

Ciente da importância de se fomentar e discutir esses novos modelos de produção, a mostra CineBH 2009 se propõe, por-tanto, a ser um espaço amplo e diverso de debate sobre as oportunidades e desafios que a coprodução internacional im-põe aos produtores e cineastas brasileiros, colocando esse modelo em evidência e discussão por meio da exibição de fil-mes e da realização de seminários e debates sobre o assunto. esperamos, dessa forma, poder contribuir positivamente para a aceleração de um processo que, acreditamos, é fundamen-tal e inadiável para o amadurecimento e a profissionalização de nossa produção.

leonardo mecchiProDUtor, CrítiCo De Cinema e ColaBoraDorDa temátiCa ConCeitUal Da mostra CineBH

CoProDUção internaCionaltemática

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oprodução é um termo abrangente que pode ser aplicado a qualquer forma de colaboração finan-ceira, criativa ou técnica envolvida na realização de uma obra audiovisual. existem várias configu-rações de coprodução audiovisual entre os seto-

res público e privado de um país, ou entre um ou mais países, em função da forma de participação e acordos contratuais en-tre as partes, mas todos podem ser classificados em duas ca-tegorias: coprodução entre partes privadas ou coprodução uti-lizando um tratado bilateral ou multilateral assinado entre os governos dos países participantes. um filme qualificado por um tratado de coprodução recebe duas ou mais “nacionalidades” nos respectivos territórios, e passa, assim, a estar credenciado aos incentivos fiscais na-cionais e a outras formas de apoio governamental voltados para a promoção da produção, distribuição e/ou exibição ci-nematográfica. uma coprodução apenas entre partes privadas obedece estritamente às cláusulas dos contratos e pode ofe-recer mais flexibilidade em negociação e menos burocracia que uma coprodução dentro de um marco de um tratado, em-bora sem gozar de benefícios fiscais outorgados a filmes na-cionais de cada país.

os acordos de coprodução internacionais e os incentivos fis-cais nacionais operam como duas ferramentas essenciais

para a concretização dos objetivos políticos para o desenvol-vimento de uma indústria audiovisual sustentável, além de pro-mover a diversidade cultural e a educação audiovisual. os tra-tados possibilitam a produção da maioria dos filmes voltados para o público internacional e são componentes significativos e crescentes na criação de políticas regulatórias audiovisu-ais pelos governos. os incentivos fiscais e os subsídios para a produção cinematográfica e televisiva estão previstos nas normas para o comércio internacional da organização mun-dial do Comércio – omC (gATT), e rapidamente assumiram um papel essencial no estímulo da produção, assim como da dis-tribuição e exibição, de conteúdo audiovisual no ambiente di-gital globalizado de hoje. no lugar das políticas de proteção dos mercados domésticos através de restrições e barreiras contra importações, no fi-nal do século xx começa a surgir uma série de legislações na América latina para promover a produção audiovisual através da atração de capital externo. A lógica dessas políticas con-duz o setor audiovisual, tanto cinema como televisão, a com-petir diretamente nos mercados locais e internacionais, além de promover a circulação internacional de bens e serviços do setor audiovisual. embora a cultura e a identidade nacio-nal permaneçam como fatores significativos na confecção da nova legislação audiovisual, os antigos modelos protecionis-tas de desenvolvimento das políticas culturais não mais predo-

estratégiasde coprodução

temática

estratégias de coprodução internacional para o desenVolVimentodo audioVisual no Brasilpor steve solot

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minam. de fato, esta mudança nasce da percepção da impor-tância estratégica de ter acesso aos mercados globais. A política de promoção de coproduções internacionais figu-ra como componente integral da política de desenvolvimen-to de uma indústria audiovisual nacional, que por sua vez é um dos elementos da estratégia de desenvolvimento econô-mico da maioria dos países. mesmo antes da Segunda guerra mundial, vários países, e principalmente os euA, perceberam o valor da indústria audiovisual como instrumento de influên-cia cultural e crescimento econômico, e não apenas como for-ma de entretenimento.

de fato, as indústrias criativas como um todo, e o setor de en-tretenimento em particular, são hoje considerados um “motor” de geração de emprego, tributação, crescimento econômico, e até exportações de bens e serviços, com efeitos multiplica-dores positivos na economia nacional. Como parte dessa tendência mundial de coprodução e distri-buição de filmes nacionais, os produtores estrangeiros, espe-cialmente dos estados unidos, também tiram proveito dos me-canismos de incentivos fiscais e de coprodução, e participam do crescente acesso ao financiamento audiovisual, o que con-tribui para a expansão da indústria audiovisual em vários paí-ses da América latina.

o Brasil tem abraçado a tendência de coprodução internacio-nal através de vários mecanismos como o Programa Cinema do Brasil, uma parceria entre a Apex e o ministério da Cultura, com apoio do itamaraty e da Ancine. esta iniciativa permitiu a participação de produtores brasileiros em mais de 20 festi-vais e 20 encontros de negócios em países como Alemanha, Canadá, frança, itália e Argentina. no entanto, o Programa tem praticamente ignorado o potencial para coprodução com o cinema independente dos euA e os produtores hispânicos, que poderia ser articulado através de entidades representati-vas como ifTA, ifP e nalip. steVe solotPresiDente Da rio Film CommissionPresiDente Do latin ameriCan training Center – latC, PresiDente Do Comitê De ProPrieDaDe inteleCtUal, Câmara Do ComérCio ameriCana – rio e ex-viCe-Pre-siDente sênior na amériCa latina Da motion PiCtUre assoCiation (mPa).

estratégias De CoProDUção temática

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entreVista manoel rangelpor daniel caetano

anoel rangel é, desde 2006, diretor-presi-dente da Ancine – Agência nacional do Ci-nema, órgão oficial de fomento, regulação e fiscalização do setor audiovisual no Bra-sil, e durante seu mandato tem apoiado e

fomentado cada vez mais a realização de coproduções inter-nacionais no País. nascido em Brasília em 1971, formou-se ci-neasta pela universidade de São Paulo em 1999. foi presiden-te da Associação Brasileira de documentaristas de São Paulo, entre 1999 e 2001, e da Comissão estadual de Cinema da Se-cretaria de estado da Cultura, entre 2001 e 2002. A partir daí seguiu carreira em cargos oficiais públicos, foi assessor es-pecial do ministério da Cultura, entre 2004 e 2005, e secretário do Audiovisual Substituto no mesmo período, quando coorde-nou o grupo de trabalho sobre regulação e reorganização ins-titucional da atividade cinematográfica e audiovisual no Brasil. em maio de 2005, foi nomeado membro da diretoria Colegiada da Ancine e, no final de 2006, foi nomeado diretor-presidente, com mandato até 2009.

CineBH – As coproduções internacionais realizadas pelo Bra-sil estão em uma curva ascendente. Alguns acordos foram reativados e alguns novos acordos foram realizados recen-temente. estão sendo realizados filmes em coprodução com vários países da América Latina e ainda com Portugal, Cana-dá e outros. Como está sendo pensada essa questão da copro-dução com outros países?

Manoel rangel – nossa política aqui na Ancine tem dois bra-ços muito claros: o principal é a expansão do mercado inter-no, fazer nosso mercado deixar de ser um mercado pequeno para ser um mercado médio, e o nosso objetivo é ter, ao fim e

ao cabo, um mercado grande, compatível com o tamanho da economia brasileira no mundo, com o tamanho da população e com o projeto de Brasil que o país constrói junto. uma outra perna importante dessa política é a internacionalização dessa produção brasileira. nesse movimento, nós tivemos ao longo dos últimos anos um conjunto de medidas para viabilizar um número maior de coproduções internacionais. Para nossa sa-tisfação, houve resposta dos nossos produtores e aumentou significativamente o número de coproduções que o Brasil tem feito. nós saltamos de um patamar por volta de 11 filmes em 2004 para um número em torno de 27 no ano de 2008. Portan-to, é um crescimento expressivo de coproduções articuladas. Para isso, nós fizemos a renovação de acordos de coprodução com a frança e a Alemanha – já firmados e em operação –, re-novamos o acordo de coprodução com a itália, firmamos um acordo de coprodução com a índia. Participamos das altera-ções no acordo iberoamericano de coprodução, que envolve 18 países em um mesmo regime de coprodução e que mantém um programa de coprodução, o ibermedia. nós temos também uma política de realização de encontros de coprodução: fize-mos ano passado dois encontros de coprodução do merco-sul, encontros de coprodução com a galícia, com a espanha, fizemos alguns encontros de coprodução com o Canadá, com a frança, com a Alemanha. Temos uma política constante de aproximação. o Brasil mantém os programas Cinema no Bra-sil, Brazilian Tv Producers e filme Brasil, todos os três apoia-dos pelo governo, através da Apex, agência de exportação do governo brasileiro, e do ministério da Cultura. Programas ge-ridos por produtores, em parceria com o estado. e esses pro-gramas atuam no sentido de estimular a coprodução de obras audiovisuais e de filmes em uma perspectiva de trocas cultu-rais, de ampliar o horizonte da criação artística, mas também

entrevistatemática

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de ampliar as condições de financiamento e de obtenção de mercado dessas obras. essa é uma política permanente, para a qual se mobilizam esforços múltiplos: da Apex, do itamaraty (que criou uma divisão do audiovisual no ano de 2005, dando um passo a mais na estruturação da política internacional), da Secretaria do Audiovisual, da Agência nacional de Cinema e dos produtores organizados em torno das associações de pro-moção internacional.

CineBH – Como está a regulação específica do uso de recur-sos em coproduções? existe a preocupação com a possibi-lidade de produtores internacionais quererem viabilizar pro-jetos que já possuem uma origem financeira bastante sólida, mas que aproveitam para canibalizar recursos que são de in-centivo? são, afinal, distorções que podem ocorrer.

Manoel – eu não conheço casos desse tipo que tenham acon-tecido. A agência é muito atenta à observância dos princípios legais para essa matéria e os projetos que têm sido feitos são todos projetos de coprodução. Aqueles que receberam au-torização para recursos públicos brasileiros são projetos de coprodução real, com envolvimento real, com direitos patri-moniais preservados, com todas as características de uma co-produção que é benigna para o nosso País. A maneira como a gente faz isso é com acompanhamento e controle. o que é a coprodução? A coprodução não é você arranjar dinheiro de outros para fazer um filme brasileiro. A coprodução é você construir projetos que sejam mobilizações de talentos artísti-cos e técnicos de dois países para realizar obras que podem, em alguns casos, ter uma temática fortemente brasileira, e terá em outros casos uma temática fortemente de um tercei-ro país. essa possibilidade tem que estar presente, o caminho

da coprodução é um caminho de mão dupla, ele não compor-ta um raciocínio utilitarista do tipo “vem a nós e não vai ao outro”. o outro país, o outro produtor, o outro mercado tam-bém tem que ter ganhos nesse processo da coprodução. Até o presente momento nós não temos casos que distorçam isso. e aquilo que se aventurou, tentando se apresentar com esse viés, nós não aprovamos aqui na Ancine. nós não aprovamos, esse é um recado que nós temos reiterado para nossos produ-tores. nós procuramos dissuadir os produtores brasileiros até mesmo de apresentar propostas dessa natureza aqui dentro. isso não significa dizer que esse risco não exista. o risco exis-te, sempre. Hoje a gente já detecta isso, na medida em que o Brasil cada vez mais for reconhecido como um polo de copro-dução, coisa que o Brasil no passado nunca foi, não porque o Brasil não tivesse capacidade para ser, mas porque nossos produtores ensimesmaram-se.

CineBH – Mas muitos filmes foram produzidos em regime de coprodução em décadas anteriores.

Manoel – mas não foi a tônica, é isso que estou dizendo. A tô-nica do nosso processo nunca foi o processo de coprodução. o horizonte sempre foi um horizonte de diálogo com o mercado brasileiro, com o horizonte brasileiro, com o dinheiro brasilei-ro. o que nós estamos procurando é mudar essa perspectiva. em um cenário onde a gente se internacionaliza mais, é natural que você vá ter que aprimorar as defesas desse processo de coprodução. isso pode significar que a gente tenha que, den-tro de algum tempo, adotar métodos como o método francês ou o canadense, que é um rígido sistema de pontuações em que aquele projeto que não cumpre um determinado conjunto de exigências que ali estão não se habilita para receber inves-

entrevistatemática

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timentos públicos naquela operação de coprodução. uma pon-tuação que leva em conta desde o idioma a chefes de equipe, elenco principal, elenco secundário. leva em conta a quan-tidade de capital investido, os direitos de exploração comer-cial e direitos patrimoniais derivados. ou seja, é possível que a gente tenha que caminhar em algum momento para um sis-tema de pontuação mais rígido, que faça um crivo ainda mais rigoroso do que a gente tem feito até agora. neste momento, nós não temos necessidade desse tipo de norma porque o que se apresenta diante de nós é facilmente mapeável e nós não temos tido distorções, mas a agência está atenta aos vários elementos que podem surgir nesse percurso de internaciona-lização que o Brasil atravessa.

CineBH – Há perspectivas de novos acordos em andamento?

Manoel – nós temos um acordo de coprodução em fase de conversa e diálogo com israel e vamos ter conversas este ano ainda com a Suécia. não está em vista um acordo de coprodu-ção, mas está em vista um processo de cooperação com a Su-écia. Assim como nós não temos um acordo com o reino uni-do, mas temos um processo de cooperação com o reino unido que, inclusive, resultou numa coprodução bastante bem-suce-dida, Jean Charles.

CineBH – Falando em Jean Charles, este ano nós temos al-guns filmes que conseguiram obter excelentes números de bi-lheteria, mas novamente existem dezenas de filmes patinando para conseguir distribuição. Como estão os planos para con-seguir ampliar o mercado para o filme médio, para conseguir disseminar esses filmes atualmente?

Manoel – o mercado este ano tem sido, de fato, excepcional. nós tivemos já quatro filmes brasileiros que fizeram mais de um milhão de espectadores. um com mais de dois milhões de

espectadores e um, com um número absolutamente extraordi-nário, fez mais de seis milhões de espectadores. mas também tivemos pelo menos outros três filmes que fizeram bons núme-ros, números de filmes médios: O Menino da Porteira, que fez cerca de 650 mil espectadores, O Grilo Feliz e os Insetos Gi-gantes, que fez cerca de 300 mil espectadores, e Jean Charles, que também fez 300 mil espectadores. nós temos, portanto, um mercado funcionando de maneira extraordinária este ano. Ano passado, para a gente ter um elemento de comparação, nós tivemos um filme que fez mais de um milhão de espectadores e tivemos cerca de 14 filmes que fizeram cerca de 500 mil es-pectadores. Portanto, é uma situação mais equilibrada a des-te ano, mais positiva, puxando o mercado inteiro. o que ocorre no Brasil, mas também em todo o resto do mundo, na partici-pação de mercado na espanha, na Argentina, no méxico, na frança, é que há uma situação curiosa, em que existem extre-mos operando. Há um conjunto de filmes que têm um resultado muito expressivo e há uma grande quantidade de filmes com resultado absolutamente inexpressivo de público nas salas de cinema. ou seja, é como se tivesse naufragado o chamado fil-me médio, que é aquela miragem que os produtores de cine-ma e os distribuidores passaram anos no Brasil dizendo que era onde residia um mercado estável. na realidade isso afun-dou, ou seja, o cinema americano tem esse filme, mas os ci-nemas nacionais não têm tido esse tipo de perfil na ocupação de seus mercados. daí eu afirmo, em relação ao nosso mer-cado, que esse ano é um ano interessante, porque nós con-seguimos ter filmes muito expressivos e temos tido filmes de desempenho médio importantes. mas continuamos tendo um conjunto de filmes com dificuldade na ocupação do mercado, isso é fato. Para lidar com isso, temos mantido um programa que estimula as distribuidoras a trabalharem também com es-ses filmes pequenos. o Prêmio Adicional de renda, na maneira como contabiliza o resultado das distribuidoras, valoriza aque-las que trabalham com mais títulos, com títulos pequenos. Por-

entrevistatemática

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que soma sem fazer nenhum tipo de deflação, nenhum tipo de valorização dos grandes lançamentos, pelo contrário, há uma correção de equilíbrio em favor dos filmes que têm uma menor participação. e também no caso do edital que a Petrobras faz em diálogo com a Ancine, onde somente as distribuidoras bra-sileiras podem se apresentar. e são elas, em geral, que estão trabalhando com a carteira desses filmes. em geral, nós cria-mos uma condição que favorece a colocação desses filmes no mercado. A existência de filmes que não chegam às salas de cinema é algo absolutamente normal em mercados bem es-truturados. em geral se produz mais do que a quantidade de filmes que vão estrear nas salas. Porque é próprio do merca-do que a sala de exibição se transforme num lugar que tem um filtro para se chegar. no Brasil, a gente até tem uma situ-ação bastante positiva, quase todos chegam. de cerca de 100 filmes que nós temos feito por ano, nós temos estreado 80. É uma situação mais interessante que a realidade de outros pa-íses, mas isso não significa que a gente não se preocupe com a situação daqueles filmes que aspiravam estar no mercado de salas e que por uma razão ou outra têm muita dificuldade de estar nesse mercado. ocorre que, na maneira como o mer-cado está organizado no Brasil, onde a decisão de realizar um filme é uma decisão autônoma de um produtor; onde o estado não discute se aquele filme pode ou não ser feito, mas ape-nas verifica se há capacidade de produzi-lo e se são atendidas certas regras; onde o filme nasce para ser produzido sem ne-nhum tipo de compromisso firmado com terceiros agentes que sejam importantes no processo de fazê-lo chegar ao público em qualquer janela que seja; a probabilidade de ter filmes que têm muita dificuldade de se colocar no mercado, em qualquer nicho de mercado possível, é muito maior. Porque você tem pouco diálogo sobre que público se quer atingir, com qual faixa da sociedade se quer dialogar, qual é a proporcionalidade do orçamento em relação aos resultados que se pode obter com aquele filme. São todas reflexões importantes também a serem

feitas, além do esforço criador de pensar o que o cineasta quer dizer, com quem ele quer falar.

CineBH – nesse caso, está se falando de um mercado comer-cial. Também é preciso disseminar os filmes que claramente não têm capacidade de obter rentabilidade no esquema co-mercial, mas que mal ou bem é preciso ser dado o direito aos cidadãos para os verem e saberem se gostam ou não.

Manoel – veja bem, quando eu falei do mercado, eu não estou discutindo o mercado do ponto de vista dos filmes mais rentá-veis ou dos filmes que se comunicam com toda a sociedade. eu estou falando do mercado como mercado amplo, e o mer-cado brasileiro tem uma riqueza em relação ao de outros pa-íses que é o fato dele ser bastante diversificado. eu tenho um mercado sim para filmes de alto valor estético, tenho mercado sim para filmes difíceis, de reflexão, tem mercado para isso no Brasil. em geral esse mercado está restrito aos grandes cen-tros urbanos, às grandes metrópoles, mas a pergunta é: esses filmes aspiram ir além desses grandes centros, dessas gran-des metrópoles? foram feitos aspirando ir além? essas são perguntas que o diretor e o produtor dos filmes deveriam fazer ao seu produto quando lá atrás tiveram uma ideia. o valor es-tético, cada um atribui o seu, mas se a gente não quiser transi-tar para o território do completo relativismo, eu tenho que con-siderar que há mecanismos que o próprio setor produziu, que a sociedade produziu, de avaliação dos filmes. festivais, por exemplo. júris, crítica especializada, artigos em jornais e re-vistas, universidades, teses, estudos, ou seja, nós vivemos em sociedade. Há muito dinheiro envolvido na produção de um fil-me, esse dinheiro é todo público, ou ao menos majoritariamen-te público. Se são públicos, majoritariamente, é preciso haver critérios que a sociedade estabelece para fazer acompanha-mento e validação dessas coisas. o que eu estou querendo di-zer é o seguinte: eu não encaro o mercado como um mercado

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para poucos, eu encaro o mercado como um mercado onde há espaço para todos os filmes. mas os filmes devem guardar uma proporcionalidade entre orçamento e sua capacidade de obter colocação no mercado. Sem essa proporcionalidade ne-nhum mercado se sustenta.

CineBH – Ao mesmo tempo que a Ancine tem que ser parcei-ra dos agentes de mercado, criando condições para que as coisas se deem na melhor maneira possível nesse mercado comercial, ela também não tem que, nesse sentido de plane-jamento de longo prazo, ser complementar com atividades de disseminação de filmes?

manoel – o papel da Ancine dentro da política pública de cine-ma e audiovisual é a estruturação do mercado. É a regulação e fiscalização do mercado. o papel da Secretaria do Audiovisu-al refere-se a tudo aquilo que é extramercado, a operação de inovação e cultura audiovisual. no escopo da Ancine, o nosso olhar não é um olhar estreito, é nisso que eu insisto. eu não as-sumo essa leitura, que eu sei que é de alguns, de que o merca-do é apenas o filme de um milhão, um milhão e meio, de cinco milhões de espectadores. eu acho que o Brasil tem mercado, tem circuito exibidor, tem televisão interessada e tem distribui-dor de dvd interessado em filmes que no mercado de salas não vão falar com mais do que 50, 100 mil pessoas. o que mui-tas vezes ocorre é que não há proporcionalidade no processo da produção da obra e na perspectiva de retorno que aquela obra pode dar. Segundo, muitas vezes ocorre que o produtor não consegue encontrar o distribuidor que saiba trabalhar o filme dele e saiba fazer o filme dele circular e encontrar o pú-blico que ele precisa encontrar. esse é um trabalho específico, é um trabalho de programação, de saber colocar esses filmes no mercado.

CineBH – e existem projetos para fazer com que esse tipo de relação se dê?

Manoel – A gente tem travado debates com as empresas nes-se sentido, a gente acolhe todas essas empresas no mecanis-mo do Prêmio Adicional de renda, na perspectiva do edital de produção da Petrobras, que acolhe essas empresas e trava esse debate com o setor. mas essa operação é uma operação entre produtor e distribuidor, não é o estado que vai substituir o produtor, o distribuidor, o exibidor, a televisão e o distribuidor de dvd nesse diálogo. esse é um esforço que cada um tem que se incumbir de sua parte. Se não a gente está pensando o es-tado de uma maneira completamente paternalista, onde, além dele dar o dinheiro, ele diz como é que o cara vai fazer para conseguir encontrar o público com o qual ele quer dialogar, ele vai achar um distribuidor que entre com esse produtor, ele vai ter que achar o lugar onde esse filme vai ser exibido. não é a visão que a gente tem do papel do estado na estruturação do mercado. mas há todo um outro universo, que é o universo da difusão, da reflexão, da circulação dessas obras, com o qual o governo federal tem tido intenso diálogo e produzido políticas para dialogar com isso. o governo federal montou a Progra-madora Brasil, estruturou os Cine mais Cultura, tem dado in-tenso apoio aos movimentos de cineclube, aos festivais. Todos eles têm apoio do governo federal, seja através da lei roua-net ou de mecanismos do fundo nacional de Cultura. Portanto, o estado assumiu sua parcela de responsabilidade com esse outro universo que está posto aqui. e tem outra questão com a qual estamos trabalhando, que é a expansão do mercado in-terno. Há um esforço nosso de expandir o mercado de salas de cinema. Hoje nós estamos trabalhando na estruturação de um programa de expansão de um parque exibidor que permi-ta ao Brasil sair de suas 2.300 salas para um patamar de no mínimo 3.000 salas. e nós acreditamos que há mercado para isso. Há viabilidade para isso e estamos trabalhando com a in-dução disso em relação à classe C, às periferias das grandes cidades, às cidades médias do interior do País, às cidades mé-dias sem sala de cinema. estamos indo em busca da demanda não atendida. Temos dito aos produtores, aos distribuidores e

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foto: tânia rêgo

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atuado no Congresso para que se aprove o Pl 29 e se institua uma cota de produção independente de filmes brasileiros nos diversos canais de televisão por assinatura, porque isso induz a demanda. Porque isso gerará mercado para os filmes e para a produção independente de televisão. Portanto, há uma atua-ção no sentido de expansão do mercado que, quando ocorre, favorece o conjunto dos filmes produzidos no Brasil. mesmo aqueles filmes que têm como ponto de partida um desafio de renovação estética, de linguagem ou de reflexão. nós enten-demos que uma cinematografia se faz de bons filmes. Bons fil-mes com capacidade de reflexão e bons filmes com capacida-de de comunicação com o público.

CineBH – A Ancine, quando foi criada no Governo Fernando Henrique, teve durante seu processo de criação um rebuliço e a regulação da área de televisão ficou de fora. e no Gover-no Lula, quando houve nova tentativa de inserir a área da TV dentro da jurisdição da Ancine, isso novamente não aconte-ceu. recentemente foi publicado um estudo mostrando qual a porcentagem de filmes brasileiros que são exibidos nas TVs aberta e por assinatura. É um percentual que chega a ser risí-vel, é constrangedor. existem projetos para atuar nesse senti-do ou isso continua congelado?

Manoel – entre as iniciativas que os governos fernando Hen-rique e lula tomaram em relação à matéria, eu diria que o ele-mento positivo é que as duas principais forças políticas do País tiveram convergências de entendimento sobre a neces-sidade de uma política conjunta para o cinema e o audiovisu-al. ou seja, que lide com a perspectiva do mercado audiovisual como um todo: cinema, televisão, televisão por assinatura, no-vas mídias, dvd. esse é um elemento extremamente positivo. entre o debate ocorrido no governo fernando Henrique e o de-bate ocorrido durante o governo lula, a diferença fundamen-tal é que da época do governo fernando Henrique tudo que nós conhecemos são os bastidores, porque esse debate nunca

veio a público, nunca houve a apresentação de uma proposta e o enfrentamento público para tentar construir na sociedade uma maioria favorável a esse ponto de vista. no governo lula esse debate veio a público e houve um esforço de disputa na sociedade por esses pontos de vista. num dado momento, se percebeu que aquele caminho não havia reunido maioria. Por-tanto, o presidente lula optou por dizer: segue-se uma parte das medidas, que são medidas de desenvolvimento e estímulo para o setor, e vamos continuar debatendo mais com o Con-gresso nacional e a sociedade brasileira as medidas no cam-po regulatório. essas medidas de desenvolvimento vêm sendo implantadas. em 2006, o governo aprovou no Congresso nacio-nal a lei 11.437, que criou o fundo Setorial do Audiovisual, e o Artigo 3º-A, que é um mecanismo que viabiliza a parceria com as televisões e reforça a parceria com as programadoras na-cionais e internacionais. isso fez com que a Ancine começas-se a operar um forte esforço de indução da parceria entre a televisão e a produção independente e de parceria entre a te-levisão e o cinema brasileiro. A gente vai vendo gradativamen-te os resultados. não ocorre na velocidade que gostaríamos, mas digamos que ocorrem deslocamentos no sentido de ha-ver mais parcerias entre televisão e a produção independen-te e de haver mais presença de filmes brasileiros na televisão. Como você disse, o que nós constatamos é que essa presença é baixíssima, mas se você montar uma curva no tempo des-sa presença, eu posso dizer que nos últimos três anos é uma curva ascendente. Portanto, esse é um caminho de estímulo à parceria. Ao mesmo tempo, não desapareceu o debate regula-tório. o principal debate que discute a presença da produção independente na televisão é o debate sobre o Pl 29 no Con-gresso nacional, que disciplina a televisão por assinatura no Brasil. nesse debate, claramente, todas as comissões de de-putados que já tiveram oportunidade de deliberar sobre o Pl 29 optaram por incluir no substitutivo da lei a cota para a produ-ção independente brasileira, para filmes brasileiros, nos diver-sos canais de televisão por assinatura. isso é uma conquista,

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é a evolução daquele debate travado lá atrás, é a continuidade de um esforço no sentido da criação de um mercado vigoroso para o cinema na televisão e para a produção independente na televisão brasileira.

CineBH – Com relação ao mercado de DVDs, a disseminação dos filmes brasileiros recentes está encontrando dificuldade de entrar no mercado de DVD, que está em crise sobretudo pe-los downloads de internet. Como você vê essa questão?

Manoel – o mercado de dvd continua ativo, distribuindo tí-tulos brasileiros, mas eles estão em crise. eles vivem uma si-tuação que é uma mudança brutal de uma realidade que foi uma era de ouro para o mercado de dvd para uma realidade de dificuldades. o que é essa realidade de dificuldades? dimi-nuiu a margem de ganho, diminuiu o número de unidades ven-didas. mas há todo um esforço feito no sentido de manutenção desse mercado. o Brasil ainda tem cerca de 6.000 locadoras funcionando. nós tínhamos 10.000 locadoras, hoje nós temos 6.000. eu cito o número porque se não a gente entra no reino do apocalipse, e é sempre bom observar as coisas tal como elas se dão. É expressiva a queda de 10.000 para 6.000? É mui-to expressiva. mas é muito expressivo você ter 6.000 locadoras funcionando neste mercado. É expressivo o fato de que esse mercado já não fatura três vezes mais que o mercado de salas de cinema? É expressiva essa queda, mas esse mercado con-tinua faturando duas vezes mais que o mercado de salas de ci-nema no País. esse é um mercado que está vivendo uma fase em que é pressionado pela modernização tecnológica e pela própria pirataria. Para a pirataria, há todo um conjunto de es-forços do governo federal em torno do Conselho nacional de Combate à Pirataria e a Ancine se soma nesses esforços. Para as questões da modernização tecnológica, o que há é uma re-adequação do mercado, que vai também explorar novas pos-sibilidades. Possibilidade do vídeo por demanda, por exemplo, junto com a possibilidade do mercado de dvd. o que vai acon-

tecer não é uma substituição, mas uma convivência. Há um ou-tro movimento, que é a entrada do Blu-ray, que abre um novo processo de revitalização, uma nova possibilidade de um ciclo de expansão. e nisso a gente vai tendo uma realidade mais di-fícil para esse mercado, mas ele também tem energias para se renovar e continuar funcionando.

CineBH – Com relação a um assunto mais espinhoso: temos uma lei em vigor, que você conhece bem, que é a chamada de Lei do Curta. ela causa pruridos em alguns agentes do merca-do, mas ela está em vigor. Como a Ancine se relaciona hoje com essa lei?

Manoel – A Ancine não tem competência para disciplinar a lei do Curta, porque a legislação que criou a Ancine não nos deu competências para tal. A lei do Curta é, na verdade, alguns artigos de uma lei que foi revogada na sua parte principal. ela entra dentro de um limbo jurídico, são leis que acabam tendo a força de terem sido derrogadas, embora não tenham sido re-vogadas. Por isso a expressão que eu só fui conhecer quando tive que me defrontar com o tema aqui na Ancine, que é esse conceito de derrogar, que é uma lei que não foi revogada efe-tivamente, mas que foi esvaziada em suas questões principais, que davam corpo à lei. Alguns dispositivos sobrevivem, mas sobrevivem sem atribuição de responsável, sem atribuição de penalidades, ou seja, sem circunstâncias no entorno que via-bilizem sua aplicação. então a Ancine não tem competência para lidar com a matéria. A Ancine, quando foi consultada so-bre o tema, reportou o tema ao ministério da Cultura e ao go-verno federal, que era quem tinha competência para estabe-lecer qual seria a resposta e o encaminhamento possível para lidar com a lei do Curta. A questão não se coloca para nós sob um ângulo de sim ou não, a favor ou contra, é viável ou não é viável, se tem a ver com a realidade do mercado neste mo-mento ou não. nos importa pouco a opinião dos agentes eco-nômicos que são contra, como também não nos impressiona

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a opinião dos que são favoráveis. A gente lida aqui todo dia com agentes econômicos que são a favor e agentes econô-micos que são contra. Com coisas que têm efeitos positivos e negativos. isso não é uma dificuldade para a agência, estamos acostumados a lidar com isso, mas é preciso estar dentro do universo de ações de competência da Ancine, o que não é o caso aqui.

CineBH – Com relações às exibições de filmes em tecnologia digital, existe uma grande diferença de qualidade, de nível tec-nológico, na exibição desses filmes em salas comerciais. isso causa uma diferença de padrão de qualidade brutal, por vários motivos. Há uma tentativa ou preocupação de padronização de qualidade para os espectadores?

manoel – nós temos uma preocupação em manter o padrão de qualidade nas salas de cinema. Há todo um esforço que a Cine-mateca Brasileira, a ABC e o CTAv desenvolvem no sentido de uma padronização de qualidade das salas em todos os quesitos. o Brasil tem hoje dois padrões digitais em operação: o padrão da rain e o padrão da uCi. esses dois padrões cumprem uma função importante. o padrão rain tem viabilizado a circulação de determinados filmes, de determinados lançamentos, em um número maior de salas de cinema. ele cumpre um papel impor-tante dentro do mercado. o padrão uCi corresponde a uma mo-dernização do circuito comercial mais estruturado. ele tem uma qualidade de projeção superior ao do padrão rain, porque pro-jeta com 2K, enquanto a rain está projetando com 1,3K. em ge-ral, a qualidade de projeção tanto da rain quanto da uCi é uma qualidade boa, satisfatória. Satisfatória para o espectador co-mum. não estou falando do cinéfilo que estudou fotografia e que está preocupado em encontrar os grãos do filme ou aquela plás-tica da película, que tem um gosto especial. Toda vez que se vai ver uma determinada situação, é preciso fazer uma análise de custo/benefício dentro de determinada medida. o governo pre-cisa sempre pensar no custo/benefício de toda medida que vai

ser adotada. Se eu levo ao pé da letra esse raciocínio, deveria haver uma coibição, por parte do governo, da existência de sa-las num padrão que não fosse o 4K, que é um padrão superior à película, mas isso geraria um outro tipo de problema.

CineBH – Mas o caso é que não há por parte dos exibidores nem mesmo a divulgação para o consumidor, para o público, das informações sobre a qualidade da projeção.

Manoel – em geral, há sim. As empresas, em sua maior parte, passaram a divulgar que a projeção é em digital. quando você faz a opção por ir a um cinema determinado, você tem em mente mais ou menos em que cinema você está indo, que tipo de pol-trona você vai encontrar, que tipo de projetor, que tipo de am-biente, que tipo de som. e você faz uma opção calculando uma série de fatores: o filme que você quer ver, o quanto você quer ver, em que condições você está disposto a ver etc. nós temos padrões que estão estabelecidos pela ABC, pelo CTAv, pela Ci-nemateca, que são observados pelas salas de cinema em geral. É injustificável, é verdade, um filme que seja exibido em condi-ções inadequadas. É um serviço prestado contra a própria sala, contra o próprio distribuidor, é prestado contra o próprio filme, contra o próprio negócio. em geral, essas salas fecham, perdem capacidade de circulação por conta disso, cai a frequência. o mercado disciplina essas coisas. mas não há justificativa, pen-sando no custo/benefício, para você banir projetores digitais. e não é verdadeiro que projetores como os da rain – trabalhan-do com esse fator de contraste, de densidade, de lúmens – não tenham projeções de alto padrão sendo feitas com ela. Há. o que eu posso dizer é que há cinemas em que eu não vou assis-tir a filmes.

entrevista ConCeDiDa Pelo presidente da ancine, manoel rangel, ao CrítiCo daniel caetano, a PeDi-Do Da organização Da mostra cineBh, 24 set. 2009.

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ara ter sua nacionalidade brasileira reconheci-da pela Ancine, uma coprodução deve atender às exigências dos acordos de coprodução firma-dos entre os dois (ou mais) países envolvidos na produção. Caso não exista acordo de coprodu-

ção entre os países, a produtora brasileira deve deter um mí-nimo de 40% dos direitos patrimoniais do filme e sua produção deve contar com pelo menos 2/3 de artistas e técnicos brasi-leiros ou residentes no País.

o Brasil possui atualmente nove acordos de coprodução bila-teral vigentes, três acordos multilaterais e dois protocolos de cooperação entre a Ancine e órgãos reguladores do audiovi-sual em outros países, que fomentam a realização de coprodu-ções entre o Brasil e os países cossignatários.

Abaixo segue um resumo desses instrumentos.

acordos Bilaterais

ArgenTinAdata de assinatura – 18/04/1988.Participação das partes – mínimo de 30% e máximo de 80%.

documentação exigida para reconhecimento de coprodução:documento comprobatório de que a propriedade dos di-1. reitos autorais para a adaptação cinematográfica foi le-galmente adquirida.descrição pormenorizada.2. Contrato de coprodução, estipulado sob reserva de apro-3.

vação por parte das autoridades competentes dos dois países. o referido contrato deverá especificar, em folha anexa:

título do filme;a. nome do autor do argumento e do adaptador, se o ar-b. gumento for extraído de obra literária;nome do diretor;c. montante dos custos;d. montante das contribuições dos coprodutores;e. distribuição dos lucros e dos mercados;f. compromisso dos produtores de participar nos even-g. tuais aumentos ou do beneficiar-se das eventuais economias no tocante ao custo do filme, proporcio-nalmente às respectivas contribuições;uma cláusula do contrato deve prever que a conces-h. são dos benefícios do Acordo não obriga as autori-dades competentes dos dois países a outorgarem a permissão para exibição pública;outra cláusula deve especificar as condições do re-i. gulamento financeiro entre as partes: - no caso de que as autoridades competentes não autorizem a exibição pública do filme em um ou outro dos países, ou no exterior; - no caso de que os depósitos das contribuições financeiras não tenham sido efetua-das de acordo com o previsto pelo Acordo;indicação do período previsto, em princípio, para o j. início da filmagem da película.

Plano de financiamento e o orçamento das despesas.4. lista dos elementos técnicos e artísticos, com a indica-5. ção da nacionalidade e dos papéis atribuídos aos atores.

acordosde coprodução

temática

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vi. Plano de trabalho, com a indicação analítica da fil-6. magem de interiores e exteriores, os lugares e os países onde se efetuarão as filmagens;vii. roteiro do filme, que deverá ser entregue às auto-7. ridades antes do início da filmagem da película. As res-pectivas autoridades poderão, ademais, solicitar todos os documentos e indicações complementares que conside-rarem necessárias.

AlemAnHAdata de assinatura – 17/02/2005.Participação das partes – mínimo de 20% e máximo de 80%.

documentação exigida para reconhecimento de coprodução:apresentação de um contrato entre as partes sobre a coprodu-ção cinematográfica, que deverá:

prever que um coprodutor somente poderá ceder os be-1. nefícios que a legislação de seu país reservar a seus na-cionais;regulamentar entre os coprodutores a atribuição de to-2. dos os direitos de propriedade intelectual decorrentes da realização do filme de coprodução e conter os entendi-mentos entre os coprodutores com relação ao exercício de direitos de acesso a obras e uso de obras protegidas pelo direito autoral, gerados quando da realização do fil-me de coprodução;estabelecer as garantias financeiras de cada coprodutor 3. em relação às despesas decorrentes: -da preparação de um projeto de coprodução ao qual seja recusado pelas

autoridades competentes a aprovação como filme de co-produção; -da realização de um filme que, embora tenha sido aprovado, não preenche os requisitos para a referi-da aprovação; -da realização de um filme de coprodução cuja exibição pública em um dos países coprodutores não foi aprovada;conter os entendimentos entre os coprodutores relativos 4. à divisão das receitas para exploração do filme de copro-dução, inclusive aquelas decorrentes dos mercados de exportação;estabelecer os prazos dentro dos quais as respectivas 5. contribuições dos coprodutores do filme devem estar in-tegralizadas;especificar se o filme de coprodução será exibido em fes-6. tivais cinematográficos como filme nacional do coprodu-tor majoritário ou como filme nacional de todos os copro-dutores;especificar todas as demais condições de aprovação que 7. as autoridades competentes acordarem conjuntamente.

CAnAdádata de assinatura – 27/01/1995.Participação das partes – mínimo de 20% e máximo de 80%.

documentação exigida para reconhecimento de coprodução:roteiro final.1. Prova documental de que os direitos autorais da coprodu-2. ção foram legalmente adquiridos.Cópia do contrato de coprodução assinado pelos dois co-3. produtores; os contratos incluirão:

aCorDos De CoProDUção temática

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Título da coprodução.a. nome do autor do roteiro ou do adaptador, se origi-b. nário de fonte literária.nome do diretor (uma cláusula prevendo a substi-c. tuição do mesmo é permitida em caso de necessi-dade).Custo total.d. Plano de financiamento.e. Cláusula sobre divisão de rendas, mercados, mídia, f. ou uma combinação dos mesmos.Cláusula que estabeleça as partes respectivas de g. cada coprodutor em relação a despesas adicionais ou a custos menores que os previstos; tais partes deverão, em princípio, ser proporcionais às respec-tivas contribuições, no entanto, a do produtor mino-ritário em qualquer despesa adicional poderá ser li-mitada a uma baixa porcentagem ou a uma quantia fixa, desde que respeitada a proporção mínima do Acordo.Cláusula que reconheça que a fruição dos benefí-h. cios proporcionados pelo Acordo não constitui com-promisso de que as autoridades governamentais de qualquer uma das partes contratantes concederão licença para a exibição pública da coprodução.Cláusula que preveja medidas a serem adotadas i. quando: a) após exaustivo exame do caso, as autori-dades competentes em qualquer uma das partes re-cusem a concessão dos benefícios solicitados; b) as autoridades competentes proíbam a exibição da co-produção em seu território ou sua exportação para um terceiro país; c) qualquer um dos coprodutores venha a descumprir suas obrigações.Período previsto para o início das filmagens.j.

Cláusula que estipule que o coprodutor majoritário k. obtenha uma apólice de seguro que cubra pelo me-nos “todos os riscos de produção” e “todos os ris-cos de produção dos negativos de imagem e fitas de som originais”.Cláusula que regule a divisão da propriedade dos l. direitos autorais em base que seja proporcional às respectivas contribuições dos coprodutores.

Contrato de distribuição, caso já esteja assinado;3. lista do pessoal técnico e de criação, indicando suas na-4. cionalidades e, em caso de atores, os papéis que desem-penharão;Cronograma de produção;5. orçamento detalhado, especificando as despesas a se-6. rem feitas por cada coprodutor;Sinopse.7.

CHiledata de assinatura – 25/03/1996.Participação das partes – mínimo de 20% e máximo de 80%.

documentação exigida para reconhecimento de coprodução:documento referente à aquisição dos direitos de autor 1. para utilização da obra.roteiro detalhado e roteiro técnico de sequências que o 2. diretor considerar relevantes.lista de pessoal técnico e artístico de ambos os países;3. orçamento, plano de financiamento detalhado, plano de 4. exploração comercial e acordos de distribuição que te-nham sido formulados.Plano de trabalho da obra.5. Contrato de coprodução concluído entre os coprodutores.6.

aCorDos De CoProDUção temática

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Todo outro requisito que cada parte contratante estabele-7. ça para suas produções exclusivamente nacionais.

eSPAnHAdata de assinatura – 02/12/1963.Participação das partes – mínimo de 40% e máximo de 60%.

documentação exigida para reconhecimento de coprodução:não definida pelo acordo.

frAnçAdata de assinatura – 08/03/1969.Participação das partes – mínimo de 20% e máximo de 80% (percentuais

atualizados em emenda datada de 12/07/2007).documentação exigida para reconhecimento de coprodução:

Argumento detalhado,1. documento concernente à cessão dos direitos de autor.2. Contrato de coprodução passado entre as sociedades 3. coprodutoras.orçamento e plano de financiamento detalhado.4. relação dos elementos técnicos e artísticos dos dois pa-5. íses.Plano de trabalho do filme.6.

iTáliAdata de assinatura – 09/11/1970.Participação das partes – mínimo de 30% e máximo de 70%.

documentação exigida para reconhecimento de coprodução:roteiro com os diálogos do filme;1. documento que comprove ter sido legalmente adquiridos 2.

a propriedade dos direitos de autor a adaptação cinema-tográfica ou, na sua falta, uma opção válida;Contrato de coprodução (um exemplar assinado e rubri-3. cado e três cópias conformes), concluído com reserva de aprovação de parte das autoridades competentes dos dois países. Tal documento deve indicar com precisão:

título do filme;a. nome do autor de enredo ou do adaptador, se tratar b. de enredo extraído de obra literária;nome do diretor (admite-se uma cláusula de ressal-c. va para a sua substituição);montante do orçamento;d. montante das contribuições dos coprodutores;e. repartição da receita e dos membros;f. compromisso dos coprodutores de participar de g. eventuais despesas excedentes ou de beneficiar-se de economia sobre o custo do filme, proporcional-mente às respectivas contribuições;uma cláusula do contrato deve prever que a admissão h. às vantagens do Acordo não obrigue as autoridades competentes dos dois países a liberar a projeção em público. outra cláusula deve definir, em consequên-cia, as condições do ajuste financeiro entre os con-tratantes, no caso de não concederem as autoridades competentes de um outro país, após exame de todos os documentos, a admissão solicitada. uma cláusula análoga deve igualmente ser prevista para o caso de não autorizarem as autoridades competentes a pro-jeção do filme em um outro dos dois países ou a sua exportação. uma cláusula especial deve prever tam-bém o regulamento das relações entre os coproduto-res, no caso de não serem as contribuições financei-ras conforme as exigências do Acordo;

aCorDos De CoProDUção temática

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período previsto, em princípio, para início da filma-i. gem;

Plano de financiamento.4. relação dos elementos técnicos e artísticos com indica-5. ções de sua nacionalidade e dos papéis atribuídos aos atores.Plano de execução.6.

PorTugAldata de assinatura – 03/02/1981.Participação das partes – mínimo de 20% e máximo de 80%.

documentação exigida para reconhecimento de coprodução:orçamento.1. Proporção de cada um dos coprodutores.2. Previsão do equipamento técnico.3. divisão dos mercados combinados.4. Contrato assinado entre as partes coprodutoras para a 5. realização do projeto.Todos os dados necessários para o estudo e avaliação do 6. projeto, os quais serão oportunamente definidos.

venezuelAdata de assinatura – 17/05/1988.Participação das partes – mínimo de 30% e máximo de 70%.documentação exigida para reconheci-

mento de coprodução:documentos que certifiquem a propriedade legal, por par-1. te dos coprodutores, dos direitos do autor sobre a obra a realizar, seja esta uma história origina ou uma adapta-ção;

roteiro detalhado com os diálogos do filme;2. Contrato de coprodução (um exemplar firmado e rubrica-3. do em três vias, que devem ser registradas ante as auto-ridades competentes de ambos os países). Tal contrato deverá precisar no seu anexo:

título do filme; a. nome do autor do argumento e do adaptador, se se b. tratar de argumento baseado em obra literária; nome do diretor; c. custos totais; d. soma das contribuições totais de cada coprodutor; e. repartição de bilheterias e de mercados; f. indicação de data-limite para o início da rodagem do g. filme.

Plano de execução financeira e o orçamento dos gastos.4. ficha técnica e artística completa e nacionalidade dos 5. participantes.Plano de trabalho, com indicação dos países onde serão 6. efetuadas as rodagens de cada seqüência.

acordos multilaterais

Convênio de inTegrAção CinemATográfiCA iBero-AmeriCAnAdata de assinatura – 11/11/1989.Signatários – Argentina, Brasil, Colômbia, Bolívia, Cuba, espa-nha, méxico, nicarágua, Panamá, Peru, república dominica-na, venezuelaestabelece que as partes signatárias se comprometem a:

Apoiar iniciativas, através da cinematografia, para o de-1.

aCorDos De CoProDUção temática

Page 33: Catálogo - Mostra CineBH 2009

033

senvolvimento cultural dos povos da região.Harmonizar as políticas cinematográficas e audiovisuais 2. das partes.resolver os problemas de produção, distribuição e exibi-3. ção da cinematografia da região.Preservar e promover o produto cinematográfico das par-4. tes.Ampliar o mercado para o produto cinematográfico, em 5. qualquer de suas formas de difusão, mediante a adoção, em cada um dos países da região, de normas que contri-buam para o seu desenvolvimento e para a constituição de um mercado comum cinematográfico latino-america-no.Adotar as medidas necessárias para facilitar a entrada, 6. permanência e circulação de cidadãos dos países mem-bros encarregados do exercício de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos do Convênio.Adotar as medidas necessárias para facilitar a importa-7. ção temporária dos bens provenientes dos estados mem-bros e destinados ao cumprimento dos objetivos do Con-vênio.estimular a assinatura de Acordo de Cooperação e Co-8. produção no âmbito do Convênio.Procurar estabelecer ou aperfeiçoar sistemas e mecanis-9. mos de financiamento e desenvolvimento da atividade ci-nematográfica nacional.impulsionar a criação em suas cinematecas de seções 10. dedicadas a cada um dos estados membros.Procurar incluir em seu ordenamento legal normas que 11. favoreçam a atividade cinematográfica.Considerar a possibilidade de criar um fundo financeiro 12. multilateral de desenvolvimento da atividade cinemato-gráfica.

estimular a participação conjunta de instituições repre-13. sentativas de produtores e distribuidores de filmes nacio-nais nos principais eventos do mercado audiovisual in-ternacional.Promover a presença da cinematografia dos estados 14. membros nos canais de difusão audiovisual existentes ou por criar-se em cada um deles.intercambiar documentação e informações que contribu-15. am para o desenvolvimento de suas cinematografias.Proteger e defender os direitos autorais, em conformida-16. de com as leis internas de cada um dos estados mem-bros.

ACordo PArA CriAção do merCAdo Comum CinemATo-gráfiCodata de assinatura – 03/09/1998.Signatários – Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, equador, mé-xico, nicarágua, Panamá, Peru, república dominicana, vene-zuela.estabelece que:

o mercado Comum Cinematográfico latino-Americano 1. terá por objetivo criar para as obras cinematográficas certificadas como nacionais pelos estados signatários do Acordo um sistema multilateral de participação nos es-paços nacionais de exibição de obras cinematográficas, com a finalidade de ampliar as possibilidades de mercado e de preservar os laços de unidade cultural entre os po-vos ibero-americanos e do Caribe.Cada estado membro do Acordo terá direito a que quatro 2. obras cinematográficas nacionais suas de duração não inferior a setenta minutos concorram anualmente nos mercados nacionais dos demais estados membros do

aCorDos De CoProDUção temática

Page 34: Catálogo - Mostra CineBH 2009

034

mercado Comum Cinematográfico latino-Americano. As obras cinematográficas participantes do mercado Co-3. mum Cinematográfico latino-Americano serão conside-radas como obra cinematográfica nacional em cada es-tado membro para fins de sua distribuição e exibição por qualquer meio, e, em conseqüência, usufruirão de todos benefícios e direitos conferidos a obras cinematográficas nacionais pela legislação de cada estado membro no que diz respeito a espaços para exibição, quotas de exibição, quotas de distribuição e demais prerrogativas, excetua-dos os incentivos financeiros governamentais.

ACordo lATino-AmeriCAno de CoProdução CinemATo-gráfiCAdata de assinatura – 11/11/1989.Signatários – Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, equador, mé-xico, nicarágua, Panamá, Peru, república dominicana, vene-zuela.Participação das partes – mínimo de 20% e máximo de 80%.documentação exigida para reconhecimento de coprodução:

documentação que certifique a propriedade legal, por 1. parte dos coprodutores, dos direitos de autor da obra que desejam realizar, quer se trate de uma história original ou de adaptação.roteiro cinematográfico.2. Contrato de coprodução, o qual deverá especificar:3.

título do projeto;a. nomes dos roteiristas, suas nacionalidades e resi-b. dências;nome do diretor, sua nacionalidade e residência;c. nomes dos protagonistas, suas nacionalidades e re-d. sidências;

orçamento detalhado, na moeda determinada pelos e. coprodutores;montante, as características e a origem das contri-f. buições de cada coprodutor;distribuição das receitas e a repartição dos merca-g. dos;indicação da data provável para o início da filmagem h. da obra cinematográfica e para seu término.

protocolos de cooperação

ProToColo luSo-BrASileiro de CoProdução CinemA-TográfiCAdata de assinatura – 17/07/2007.Participação das partes – mínimo de 20% e máximo de 80%.o protocolo estabelece que:

As partes signatárias comprometem-se a cofinanciar, 1. anualmente, quatro filmes, dos quais pelo menos dois são majoritariamente brasileiros e dois majoritariamente por-tugueses.A realização ou direção e a produção destes filmes de-2. vem ser asseguradas por realizadores ou diretores e pro-dutores portugueses e brasileiros, do seguinte modo:

dois filmes cujo realizador seja português, de inicia-a. tiva e responsabilidade de produtor português, de-tentor da participação financeira majoritária;dois filmes cujo diretor seja brasileiro, de iniciativa e b. responsabilidade de produtor brasileiro detentor da participação financeira majoritária.

Por filme, entendem-se longas-metragens de ficção, ani-3. mação e documentários cinematográficos;os recursos financeiros do cofinanciamento serão atribu-4.

aCorDos De CoProDUção temática

Page 35: Catálogo - Mostra CineBH 2009

035

ídos por cada país aos coprodutores minoritários de cada projeto ou seja, para os filmes de realizadores portugue-ses a Ancine atribuirá o financiamento estabelecido ao abrigo do Protocolo ao coprodutor minoritário brasileiro; e, para os filmes de realizadores brasileiros, o iCA atri-buirá o financiamento estabelecido ao abrigo do presente Protocolo ao coprodutor minoritário português.

ProToColo de CooPerAção Com o ConSórCio Audiovi-SuAl dA gAlíCiAdata de assinatura – 21/09/2007.Participação das partes – mínimo de 20% e máximo de 80%.o protocolo estabelece que:

o Consorcio e a Ancine consideram de seu interesse atu-1. ar na produção de filmes por ambas as partes, assegu-rando a direção e a produção, tanto galega quanto bra-sileira.Para a execução do presente Protocolo, ambas as par-2. tes incluirão nos seus respectivos orçamentos os com-promissos financeiros que serão estabelecidos no con-vênio de colaboração que será assinado, assim como nos regulamentos e instrumentos próprios de cada uma das entidades, nos quais serão fixados conjuntamente os li-mites do apoio financeiro a ser atribuído a cada ano, cor-respondente ao valor máximo a atribuir por projeto nas coproduções minoritárias.As partes signatárias do Protocolo comprometem-se 3. a cofinanciar, anualmente, pelo menos dois filmes, dos quais um será majoritariamente brasileiro e outro majori-tariamente galego, garantindo a participação de diretores e produtores dos dois territórios.

PesqUisa: leonardo mecchiFonte: anCine

aCorDos De CoProDUção temática

Page 36: Catálogo - Mostra CineBH 2009

036

projeto produtora brasileira diretor países coprodutoresacordo

internacioalparticipação

brasilano etapa de

produção

O JudeuLira empresas de arte CêniCas/

tatu FiLmes/a&B prOduçõesJOm tOB azuLay BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL maJOritáriO 1995 FinaLizadO

BOCage, O triunFO dO amOrCinema dO séCuLO XXi prOduções

artístiCasdJaLma Batista BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL minOritáriO 1997 FinaLizadO

amOr e Cia. Quimera FiLmesHeLvéCiO rattOn BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL maJOritáriO 1998 FinaLizadO

estOrvOsky LigHt Cinema

ruy guerra BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL maJOritáriO 1998 FinaLizadO

riO dO OurO sky LigHt CinemapauLO rOCHa BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL minOritáriO 1998 FinaLizadO

Hans staden LapFiLmeLuís aLBertO pereira BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL maJOritáriO 1999 FinaLizadO

JaimevídeO FiLmes prOduções

antôniO pedrO vasCOnCeLOs

BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL minOritáriO 1999 FinaLizadO

maLQuimera FiLmes

aLBertO seiXas santOs BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL minOritáriO 1999 FinaLizadO

Brava gente BrasiLeira taiga FiLmesLúCia murat BrasiL/pOrtugaL LatinO-ameriCanO maJOritáriO 2000 FinaLizadO

memórias póstumas BrasiL FiLmes/FundaçãO padre anCHieta andré kLOtzeL BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL maJOritáriO 2000 FinaLizadO

paLavra e utOpia pLateau prOduções manueL de OLiveira BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL minOritáriO 2000 FinaLizadO

Quase nada mOrena FiLmessérgiO resende BrasiL/méXiCO LatinO-ameriCanO maJOritáriO 2000 FinaLizadO

tentaçãO sky LigHt Cinema/FOrpLay videO JOaQuim LeitãO BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL minOritáriO 2000 FinaLizadO

desmundO aF prOduçõesaLain FresnOt BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL maJOritáriO 2001 FinaLizadO

O Xangô de Baker street sky LigHt Cinema/tiBet FiLmes migueL Faria Jr. BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL maJOritáriO 2001 FinaLizadO

a seLvasky LigHt Cinema

LeOnardO eduardO vieira BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL minOritáriO 2002 FinaLizadO

garrinCHa, estreLa sOLitária Fam prOduçõesmiLtOn aLenCar BrasiL/CHiLe LatinO-ameriCanO maJOritáriO 2002 FinaLizadO

rua seis, sem númerO Oeste FiLmes BrasiLeirOs JOãO Batista de andrade BrasiL/CHiLe LatinO-ameriCanO maJOritáriO 2002 FinaLizadO

uma vida em segredO raiz prOduções CinematOgráFiCas suzana amaraL BrasiL/CHiLe LatinO-ameriCanO maJOritáriO 2002 FinaLizadO

de passagem raiz prOduções CinematOgráFiCas riCardO eLias BrasiL/CHiLe LatinO-ameriCanO maJOritáriO 2003 FinaLizadO

dOis perdidOs numa nOite

suJa COevOs FiLmes

JOse JOFFiLy BrasiL/CHiLe LatinO-ameriCanO maJOritáriO 2003 FinaLizadO

O vestidO vitória prOduções CinematOgráFiCas pauLO tHiagO BrasiL/CHiLe LatinO-ameriCanO maJOritáriO 2003 FinaLizadO

tudO istO é FadO vídeO FiLmes prOduções Luís gaLvãO teLes BrasiL/pOrtugaL pOrtugaL minOritáriO 2003 FinaLizadO

diáriO de um nOvO mundO LinHa de prOduçãO/aCOrde COmuniCaçãO pauLO nasCimentOBrasiL/pOrtugaL/argentina

pOrtugaL/LatinO-ameriCanO

maJOritáriO 2004 FinaLizadO

longas realizados desde 1995

temática

Page 37: Catálogo - Mostra CineBH 2009

037

projeto produtora brasileira diretor países coprodutoresacordo

internacioalparticipação

brasilano etapa de

produção

ExtrEmo Sul m. SchmiEdt ProduçõESmonica SchmiEdt E

SylvEStrE camPEBraSil/chilE latino-amEricano igualitária 2004 Finalizado

o diaBo a Quatro ravina ProduçõES E comunicaçõES alicE dE andradE BraSil/Portugal Portugal majoritário 2004 Finalizado

o vEnEno da madrugada lagoa cultural E ESPortiva ruy guErraBraSil/Portugal/argEntina

Portugal/latino-amEricano

majoritário 2004 Finalizado

PErigoSa oBSESSão morEna FilmESraul rodriguEz PEila BraSil/argEntina argEntina minoritário 2004 Finalizado

QuaSE doiS irmãoS taiga FilmESlucia murat BraSil/chilE/França latino-amEricano majoritário 2004 Finalizado

vida dE mEnina radiantE FilmEShElEna SolBErg BraSil/chilE latino-amEricano majoritário 2004 Finalizado

achadoS E PErdidoS coEvoS FilmESjoSé joFFily BraSil/chilE latino-amEricano majoritário 2005 Finalizado

oS dozE traBalhoS PolithEma FilmESricardo EliaS BraSil/chilE latino-amEricano majoritário 2005 Finalizado

taPEtE vErmElho laPFilmE ProduçõES cinEmatográFicaS/

coSta do caStElo FilmESluiz alBErto PErEira BraSil/Portugal/méxico latino-amEricano majoritário 2005 Finalizado

tiro no EScuro Studio FilmEShElvécio ratton BraSil/Portugal Portugal minoritário 2005 Finalizado

a ilha doS EScravoS ProdiFilmE/mPcFranciSco manSo

BraSil/Portugal/ESPanha/moçamBiQuE

Portugal/latino-amEricano

minoritário 2006 Finalizado

a outra margEm PlatEau ProduçõES luíS FEliPE rocha BraSil/Portugal Portugal minoritário 2006 Finalizado

BatiSmo dE SanguE QuimEra FilmEShElvécio ratton BraSil/Portugal Portugal majoritário 2006 Finalizado

é ProiBido ProiBir El dESiErto FilmES/antonioli&amado

ProduçõES artíSticaSjorgE duran BraSil/chilE latino-amEricano majoritário 2006 Finalizado

a ilha da mortE m margarita hErnandEz PaScual WolnEy olivEira BraSil/cuBa/ESPanha latino-amEricano majoritário 2006 Finalizado

mulhErES do BraSil E.h. FilmESmaria martino BraSil/argEntina latino-amEricano majoritário 2006 Finalizado

o céu dE SuEly vídEo FilmES ProduçõES Karim aïnouzBraSil/Portugal/França/

alEmanhaPortugal majoritário 2006 Finalizado

Solo dioS SaBE dEzEnovE Som E imagEnS carloS Bolado BraSil/méxico latino-amEricano igualitária 2006 Finalizado

SonhoS E dESEjoS FilmES do EQuadormarcElo Santiago BraSil/Portugal latino-amEricano majoritário 2006 Finalizado

viúva rica SoltEira não Fica PlatEau marKEtingjoSé FonSEca E coSta BraSil/Portugal

Portugal/latino-amEricano

minoritário 2006 Finalizado

caFé dE loS maEStroS vídEo FilmES ProduçõES miguEl luiS Kohan BraSil/argEntina argEntina minoritário 2007 Finalizado

31 minutoS total EntErtainmEntPEdro PEirano E álvaro

diazBraSil/chilE

chilE/latino-amEricano

minoritário 2007 Finalizado

call girl lagoa cultural E ESPortiva antonio PEdro vaSconcEloS

BraSil/PortugalPortugal/latino-amEricano

minoritário 2007 Finalizado

dot.comvídEo FilmES ProduçõES luíS galvão tElES BraSil/Portugal Portugal minoritário 2007 Finalizado

longas realizaDos DesDe 1995temática

Page 38: Catálogo - Mostra CineBH 2009

038

projeto produtora brasileira diretor países coprodutoresacordo

internacioalparticipação

brasilano

etapa de produção

Estômago CitizEnCranE ProduçõEs artístiCas marCos JorgE Brasil/itália itália igualitária 2007 Finalizado

maré - nossa História dE

amortaiga FilmEs

luCia murat Brasil/uruguai/França latino-amEriCano maJoritário 2007 Finalizado

o BanHEiro do PaPa o2 FilmEsCésar CHarlonE E

EnriquE FErnándEzBrasil/uruguai latino-amEriCano minoritário 2007 Finalizado

o mistério da Estrada dE

sintrarPJ ProdutorEs assoCiados ltda. JorgE Paixão da Costa Brasil/Portugal

Portugal/latino-amEriCano

minoritário 2007 Finalizado

o Passado HB FilmEsHECtor BaBEnCo Brasil/argEntina argEntina igualitária 2007 Finalizado

ondE andará dulCE VEiga? star FilmEsguilHErmE dE almEida

PradoBrasil/CHilE latino-amEriCano maJoritário 2007 Finalizado

À margEm do lixo Casa azul ProduçõEs EValdo moCarzEl Brasil/Portugal latino-amEriCano maJoritário 2008 Finalizado

CidadE dE PlástiCo gullanE FilmEsYu lik Wai Brasil/Hong-kong sEm aCordo maJoritário 2008 Finalizado

a FEsta da mEnina morta BananEira FilmEsmatHEus naCHtErgaElE

Brasil/Portugal/argEntina

latino-amEriCano maJoritário 2008 Finalizado

Ensaio soBrE a CEguEira o2 FilmEsFErnando mEirEllEs Brasil/Canadá/JaPão Canadá igualitária 2008 Finalizado

inFânCia rouBada rPJ ProdutorEs assoCiados Bruno BarrEto Brasil/França França maJoritário 2008 Finalizado

Falsa loura dEzEnoVE som E imagEns Carlos rEiCHEnBaCH Brasil/Portugal latino-amEriCano maJoritário 2008 Finalizado

BirdWatCHErs gullanE FilmEsmarCo BECCHis Brasil/itália itália minoritário 2008 Finalizado

no mEu lugar VídEo FilmEs ProduçõEs Eduardo ValEntE Brasil/Portugal Portugal maJoritário 2009 Finalizado

daWson - ilHa 10 VPC CinEmaVídEomiguEl littin Brasil/CHilE/EsPanHa CHilE minoritário 2009 Finalizado

olHos azuis CoEVos FilmEsJosé JoFFilY Brasil/argEntina latino-amEriCano maJoritário 2009 Finalizado

BudaPEstEnExus CinEma E VídEo WaltEr CarValHo Brasil/Portugal/Hungria Portugal maJoritário 2009 Finalizado

Carmomagia FilmEs ProduçõEs ltda murilo Pasta Brasil/EsPanHa sEm aCordo minoritário 2009 Finalizado

JEan CHarlEs Já FilmEsHEnriquE goldman Brasil/inglatErra sEm aCordo minoritário 2009 Finalizado

a guErra dos VizinHos xr2 CinEVidEo ltda.ruBEns xaViEr Brasil/Portugal latino-amEriCano maJoritário não ConCluído Em PrEParação

a PrimEira missa CrYstal CinEmatográFiCa ana Carolina soarEs Brasil/PortugalPortugal/latino-amEriCano

maJoritário não ConCluído Em CaPtação

antEs da noitE olHar imagináriotoni VEnturi Brasil/argEntina latino-amEriCano maJoritário não ConCluído Em CaPtação

dEsEnCuEntro VídEo FilmEs ProduçõEs PaBlo traPEro Brasil/argEntina latino-amEriCano minoritário não ConCluído Em CaPtação

dorEs, amorEs E assEmElHados

Panda FilmEs/VErEda ComuniCação E

artE

riCardo Pinto E silVa Brasil/Portugal Portugal maJoritário não ConCluído Em FilmagEm

EntrE a dor E o nada mPC & assoCiadosalBErto graça Brasil/Portugal/EsPanHa

Portugal/latino-amEriCano

maJoritário não ConCluído Em PrEParação

EPoxYCEntral dE ProduçõEs riCardo akErsHtEin Brasil/argEntina/EsPanHa argEntina maJoritário não ConCluído Em CaPtação

gringos do rio tamBEllini FilmEsJonatHan nossitEr Brasil/França França maJoritário não ConCluído Em FilmagEm

longas realizaDos DesDe 1995temática

Page 39: Catálogo - Mostra CineBH 2009

039

projeto produtora brasileira diretor países coprodutoresacordo

internacioalparticipação

brasilano

etapa de produção

Histórias de amor duram

apenas 90 minutostipos e tempos produções paulo Halm Brasil/argentina latino-americano majoritário não concluído em finalização

tamarindo dHarma filmes e produções indranil cHakravarty Brasil/índia sem acordo igualitária não concluído em captação

viva o povo Brasileiro fantasias luminosas andré luiz oliveira Brasil/portugalportugal/latino-americano

majoritário não concluído em captação

a velHa dos fundos panda filmespaBlo jose meza

Brasil/portugal/argentina

argentina minoritário não concluído em finalização

américadezenove som e imagem joão nuno pinto Brasil/portugal portugal minoritário não concluído em preparação

Que culpa tem o tomate? tv zero cinema

jorge nieto, josué

mendez, marcos montoya, paola vieira,

alejo Hoijman, carolina

navas, alejandra

szeplaki

Brasil/argentina/espanHa/colômBia/peru/

Bolívia/venezuelalatino-americano igualitária não concluído em preparação

amor e História studio uno produções artísticas aurelio grimaldi Brasil/itália sem acordo minoritário não concluído em finalização

entre os dedos plateau marketing tiago guedes e frederico

serra Brasil/portugal

portugal/latino-americano

minoritário não concluído em finalização

federalBsB cinema produções erik de castro Brasil/colômBia/Hungria latino-americano majoritário não concluído em finalização

Histórias de alce oswaldo caldeira produções oswaldo caldeira Brasil/portugalportugal/latino-americano

majoritário não concluído em finalização

insôniapanda filmes

Beto souza Brasil/argentina latino-americano majoritário não concluído em finalização

milHo meios de produção e comunicação josé BaraHona Brasil/portugal

portugal/latino-americano

minoritário não concluído em finalização

naturezas mortas ccfBr produções audiovisuais leonel vieira Brasil/portugalportugal/latino-americano

minoritário não concluído em finalização

simão BotelHoplateau marketing e produções

culturaismário Barroso Brasil/portugal latino-americano minoritário não concluído em finalização

um rio Bras filmes

jose carlos de oliveira Brasil/portugal latino-americano minoritário não concluído em finalização

a despedida panda filmespaulo nascimento Brasil/uruguai latino-americano minoritário não concluído em finalização

caleucHe, o cHamado do mar dezenove som e imagens jorge olguín Brasil/cHile cHile minoritário não concluído em captação

rosa morena ginga eleven produções a definir Brasil/dinamarca sem acordo igualitária não concluído em captação

lixo extraordinário o2 filmesjoão jardim Brasil/inglaterra sem acordo minoritário não concluído em captação

a coleção invisível santa luzia filmesBernard david attal Brasil/eua sem acordo majoritário não concluído em captação

repúBlica di mininus cinematográfica superfilmes flora gomes Brasil/portugal portugal n/d não concluído em captação

lopeconspiração filmes

andrucHa waddington Brasil/espanHa espanHa minoritário não concluído em captação

pesquisa leonardo mecchi | fonte de pesquisa: ancine

longas realizaDos DesDe 1995temática

Page 40: Catálogo - Mostra CineBH 2009

040

ano qtd.participação brasileira

majoritária igualitária minoritária

1995 1 1

1996 -

1997 11

1998 3 21

1999 3 12

2000 5 32

2001 2 2

2002 4 31

2003 4 31

2004 8 5 1 2

2005 4 31

2006 10 6 1 3

2007 11 2 2 7

2008 7 5 1 1

2009 4 22

total 67 38 5 24

em produção qtd.participação brasileira

majoritária igualitária minoritária

Em captação* 13 5 2 5

Em prEparação 5 3 1 1

Em filmagEm 2 11

Em finalização 13 58

total em produção 33 14 3 15

*1 Projeto com participação não disponivel.

coprodução ano a ano temática

pesquisa leonardo mecchi | Fonte de Pesquisa: ancine

Page 41: Catálogo - Mostra CineBH 2009

041

Coproduções entre países produzidas em produção total %

Portugal28 12 40 40%

Chile13 2 15 15%

argentina3 5 8 8%

França2 1 3 3%

itália2 1 3 3%

Portugal/argentina3 3 3%

Canadá1 1 2 2%

esPanha1 1 2 2%

inglaterra1 1 2 2%

MéxiCo2 2 2%

uruguai1 1 2 2%

argentina/esPanha/ColôMbia/Peru/bolívia/venezuela 1 1 1%

argentina/esPanha1 1 1%

argentina/eua1 1 1%

argentina/Portugal1 1 1%

Canadá/JaPão1 1 1%

Chile/França1 1 1%

Cuba/esPanha1 1 1%

dinaMarCa1 1 1%

eua1 1 1%

França/uruguai1 1 1%

hong-Kong1 1 1%

hungria/ColôMbia1 1 1%

hungria/Portugal1 1 1%

índia1 1 1%

Portugal/esPanha1 1 1%

Portugal/esPanha/MoçaMbique 1 1 1%

Portugal/França/aleManha 1 1 1%

Portugal/MéxiCo1 1 1%

total67 33 100 100%

temáticacoprodução por país

pesquisa leonardo mecchi | Fonte de Pesquisa: ancine

Page 42: Catálogo - Mostra CineBH 2009

042

Somente 8,7% dos municípios brasileiros possuem salas de •cinema.

São apenas 2.045 salas de cinema para uma população de •188 milhões de pessoas.

o número de municípios brasileiros que possuem sala de ci-•nema caiu 4,3% entre 2005 e 2006.

o Brasil tem uma sala de cinema para cada 85 mil habitan-•tes. A Argentina tem uma sala para cada 35 mil habitantes, e os euA, uma sala para cada 8 mil habitantes.

rio de janeiro é o estado com maior percentual de municí-•pios com salas de cinema (41,3%), enquanto o maranhão é o último colocado, com apenas 1,4% dos municípios dota-dos de uma sala de exibição.

os filmes produzidos ou coproduzidos pelo Brasil represen-•tam apenas 11% do total exibido no País.

Anualmente o Brasil vende mais de 93 milhões de ingressos •de cinema, 90% para produções internacionais.

entre 1995 e 2002, apenas 19 filmes brasileiros foram rea-•lizados em coprodução internacional. de 2003 a 2007, em pouco mais da metade do tempo, esse número pulou para 37 projetos.

em 2008, havia 36 projetos de coprodução em andamento, •sendo 14 em captação, 5 em preparação, 1 em filmagem e 16 em finalização.

57% das coproduções internacionais realizadas pelo Brasil •são viabilizadas através do acordo multilateral latino-ameri-cano. em segundo lugar está o acordo bilateral com Portu-gal, responsável por 27% dos filmes feitos em coprodução internacional, seguido do acordo bilateral com a Argentina, que responde por 5% dos projetos em coprodução.

o único acordo de coprodução firmado pelo Brasil que con-•templa também produções para Tv é com a Alemanha.

o acordo de coprodução mais antigo ainda em vigência •no Brasil é com a espanha, datado de dezembro de 1963. o mais novo é com a índia, aprovado pelo Congresso nacio-nal no último dia 23 de agosto.

dos 10 filmes brasileiros com maior bilheteria na europa, 8 •foram realizados com coprodução internacional.

de 2000 a 2008, a Argentina realizou mais de 270 coprodu-•ções internacionais. dessas, apenas 10 foram com o Brasil.

mais da metade dos filmes latino-americanos que obtive-•ram distribuição na europa entre 2002 e 2006 eram coprodu-ções com países europeus.

curiosidadessobre o mercado audioVisual e a coprodução

temática

Page 43: Catálogo - Mostra CineBH 2009

043

na europa, a bilheteria de um filme latino-americano reali-•zado em coprodução com um país europeu é, na média, o dobro da bilheteria de um filme realizado sem coprodução.

Orfeu Negro• (1959) é talvez a mais famosa coprodução Bra-sil-frança. o filme recebeu a Palma de ouro no festival de Cannes, melhor direção no festival de Berlim e o oscar de melhor filme estrangeiro. no ano seguinte, Albert Camus, diretor do filme, voltou ao Brasil para realizar os Bandeiran-tes, uma coprodução Brasil-frança-itália.

em 1978, jece valadão produziu • A Deusa Negra, uma rara c-produção entre Brasil e nigéria.

A Fábula• , uma coprodução entre Brasil e Suécia, utilizava crianças de uma favela carioca como atores no filme. quan-do da estreia do filme na Suécia, em 1965, quatro dessas crianças foram apresentar o filme com o diretor, mas duas não retornaram – foram adotadas por famílias locais.

Natal da Portela• (1988) foi uma coprodução Brasil-frança bastante tumultuada, tendo inclusive os negativos “seques-trados” pelo produtor francês, que alegava pendências fi-nanceiras da ordem de uS$ 100 mil por parte do produtor brasileiro.

Rio-Leningrado, Sem Fronteiras• (1988) foi a primeira copro-dução Brasil-rússia, tendo sido assistido por mais de 200 milhões de espectadores, ao ser exibido em cadeia nacio-nal na então união Soviética. o filme é dirigido por valery naumov e Carlos ribeiro Prestes, filho de luiz Carlos Pres-tes.

O Testamento do Senhor Nepumoceno• (1996) é o primeiro trabalho cinematográfico realizado ao abrigo do tratado de cooperação artística entre Portugal e Brasil e foi rodado in-teiramente nas ilhas de Cabo verde.

Estômago• , uma coprodução Brasil-itália, conseguiu distri-buição em mais de 20 países, graças às facilidades da na-cionalidade europeia do filme, além de ter sido lançado com mais cópias na Holanda do que no Brasil.

Ensaio Sobre a Cegueira• foi o primeiro longa-metragem de ficção produzido dentro do acordo de coprodução entra Brasil e Canadá, que foi firmado em 1995.

CUriosiDaDestemática

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2009ANO DA fRANÇA

NO BRASIL

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ma das prioridades do Ano da frança no Bra-sil, que acontece de 21 de abril a 15 de novem-bro de 2009, é mostrar uma frança moderna, aberta e diversificada, através de projetos desenvolvidos em colaboração entre institui-

ções brasileiras e francesas. mais de 600 eventos, em todos os campos, foram assim chancelados e são apresentados ao público brasileiro durante este ano excepcional.

no campo audiovisual, este Ano da frança possibilitou maior difusão das obras cinematográficas francesas e um a aproxi-mação das instituições e dos profissionais. entre os 50 proje-tos audiovisuais desenvolvidos no âmbito do Ano da frança, temos que destacar o Panorama unifrance do cinema francês, os 1ºs encontros de Coprodução Cinematográfica frança-Bra-sil, as retrospectivas de Chris marker, marguerite duras, ja-cques Tati, jean rouch, jean-luc godard, entre outros cine-astas, mas também, em outro setor, a presença da frança na nova novela da globo – Viver a Vida.

A mostra CineBH quis associar-se este ano à festa da cultura francesa, como foi anteriormente, com grande êxito, a mostra de Cinema de Tiradentes e a mostra de Cinema de ouro Pre-to. o festival, que faz parte do calendário oficial deste Ano da frança no Brasil, desejou criar um diálogo entre franceses e brasileiros nos padrões de financiamento do audiovisual em cada país e na coprodução como meio de abrir-se aos merca-dos internacionais.

em 2008, na frança, as coproduções internacionais represen-tam 26% dos filmes de iniciativa francesa e 95 filmes foram co-produzidos pela frança em 2008. Aliás, a mostra CineBH exibi-rá vários exemplos desses filmes.

recentemente o Brasil assinou vários acordos de coprodução e deseja também desenvolver laços com o mercado interna-cional. Portanto, é um momento oportuno para refletir juntos sobre essas questões.

esperamos que com a mostra CineBH o público do festival possa descobrir ou redescobrir nossa cinematografia e estrei-tar mais ainda os laços existentes entre a frança e o Brasil no setor do audiovisual, sendo atualmente o Brasil, para a fran-ça, um mercado de exportação importante, cerca de 40 filmes franceses chegando todo ano às telas brasileiras.

antoine pouillieuteemBaixaDor Da França no Brasil

ano Da França no Brasiltemática

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frança está entre os países do mundo que mais incentivam e protegem o cinema. A entidade governamental voltada para o setor é o Centre national de la Cinematographie (CnC), órgão público administrativo ligado ao ministério da

Cultura e da Comunicação. o CnC possui recursos próprios e independe do orçamento do ministério. em 2005, por exemplo, seu orçamento foi de € 521 milhões, provenientes de três fon-tes principais: taxação sobre o faturamento das Tvs (respon-sável por quase 80% da arrecadação), taxação sobre o home-video e taxação sobre os ingressos de cinema. Assim como outras áreas da cultura francesa, a regulamen-tação do audiovisual no país é baseada no princípio da exce-ção cultural. ele determina que produtos considerados como bens culturais não devem se submeter às regras do livre co-mércio, obedecendo a uma legislação específica. Por isso, o audiovisual possui um conjunto sólido de medidas de estímulo e proteção. A legislação francesa de cinema começou a ser elaborada em 1946, logo após a Segunda guerra mundial, e vem sendo alterada desde então, conforme as necessidades do mercado e as novidades tecnológicas. A frança é o mais forte mercado cinematográfico da europa e um dos poucos do mundo que gera uma renda anual próxi-ma a uS$ 1 bilhão. São produzidos cerca de 200 longas-me-tragens por ano, muitos deles coproduzidos pela televisão. A parceria entre cinema e Tv é determinada por lei e forma um sistema complexo que, apesar de estar em crise atualmente,

foi considerado como um modelo para outros países durante muitos anos.

devido à forte tradição cinematográfica e à filosofia da “ex-ceção cultural”, o market share do filme francês tem oscilado entre 30% e 40% nos últimos cinco anos, o maior índice de toda a europa e um dos maiores do mundo. em 2001, o market share do filme francês atingiu o recorde de 41%, graças, principal-mente, ao sucesso de O Fabuloso Destino de Amélie Poulin. A frança também é um dos países que mais lança filmes: em tor-no de 500 títulos chegam ao mercado por ano. Toda a administração dos recursos e regulamentação do setor audiovisual é centralizada pelo CnC, que baseia suas medidas em uma série de pesquisas realizadas para compreender os hábitos e desejos do público. o governo incentiva o cinema nas áreas de produção (incluindo preparação de roteiros e desenvolvimento de projetos), distri-buição e exibição. Há também uma detalhada regulamentação sobre o funcionamento dessas mesmas áreas, especialmente sobre a televisão. A maior parte dos apoios concedidos pelo CnC é de caráter automático, dependendo dos resultados ob-tidos por cada produtor, distribuidor ou exibidor. A principal fonte de recursos para a produção vem das ver-bas da Tv aberta e por assinatura. em 2003, por exemplo, € 109 milhões, ou 31% do total dos recursos investidos na reali-zação de filmes, vieram dos canais da Tv aberta. quase 70%

mercado audiovisualna frança

ano Da França no Brasil . temática

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dos investimentos das Tvs abertas são feitos pelo sistema de pré-compra dos direitos de exibição. o restante é por meio de acordos de coprodução. Além disso, o principal canal pago da frança, o Canal

Plus, é obrigado a investir anualmente 20% de seu faturamen-to em pré-compras de produções cinematográficas, dos quais 12% devem ser destinados à compra de filmes europeus (9% obrigatoriamente de filmes franceses, e 3% de outros países da europa). os outros 8% podem ser usados na pré-compra de filmes de outras nacionalidades, inclusive norte-americanos. Além dos recursos do CnC, a produção cinematográfica fran-cesa conta ainda com diversos incentivos fiscais federais e regionais, como isenção de impostos e créditos fiscais, e fun-dos de investimento como os Soficas, sociedades de investi-mento destinadas a coletar recursos para produções audio-visuais, com regulamentação específica e tratamento fiscal diferenciado.

em outubro de 2005, uma mudança na diretoria do CnC mexeu com as instituições do cinema francês. veronique Cayla, ex-diretora geral do festival de Cannes, assumiu a direção geral do CnC. Também em outubro o mercado francês se mobilizou quando da vitória quase unânime da ratificação da Convenção Sobre a Proteção e Promoção da diversidade das expressões Culturais, na unesco.

Principais formas de fomento:o CnC disponibiliza vários concursos anuais que contemplam todos os setores do cinema. Para a produção:os incentivos podem ser de duas modalidades: a automática, que se baseia no resultado de filmes anteriores de uma mes-ma companhia ou produtor, e a seletiva, que é basicamente o incentivo via concurso público.

Apoio automático: - o fundo de referência é voltado para produtores que já te-nham produzido pelo menos um longa-metragem de sucesso. o valor do incentivo é calculado com base na bilheteria, ven-das em homevideo e venda para a televisão do filme-referên-cia. esse recurso é automaticamente depositado numa conta administrada pelo CnC e precisa ser investido pelo produtor em um novo longa-metragem, num prazo de cinco anos. - o produtor também pode optar por um fundo de adiantamento de receitas que será reembolsado, em todo ou em parte, quan-do o filme iniciar sua carreira comercial. o percentual do re-embolso é estabelecido em comum acordo entre as partes, an-tes da liberação dos recursos, e costuma ser calculado a partir de um sistema de pontuação aplicado aos filmes anteriores do mesmo produtor. o CnC destina cerca de € 20 milhões por ano ao fundo de adiantamento de receitas.

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Apoio seletivo: esse apoio é dividido em duas categorias e pode variar de € 300 mil a € 1 milhão por filme. o apoio está divido em duas ca-tegorias: uma para filmes de diretores que estejam realizando seu primeiro ou segundo longa-metragem, e outra para direto-res já confirmados. - o fundo para o desenvolvimento de roteiros de longa-metra-gem é distribuído por meio de concursos anuais, voltados para roteiros de profissionais iniciantes ou para roteiristas profis-sionais, em obras originais ou adaptações. Há concursos que premiam o projeto e outros que funcionam como forma de adiantamento de recursos ao produtor, e que, no caso, serão reembolsados quando for iniciada a produção do filme.

- existem também formas de incentivo à aquisição de equi-pamentos de nova tecnologia e para a composição de trilhas sonoras. - o CnC também promove concursos anuais para financiar a produção de curtas-metragens. obs: A frança também oferece diversas formas de financia-mento de coproduções com países estrangeiros, como, por exemplo, o fonds Sud, voltado para cinematografias de países em desenvolvimento, e que pode contemplar inclusive produ-ções brasileiras. Para a distribuição:o apoio à distribuição contempla longas-metragens de produ-ção ou coprodução francesa também pela modalidade auto-mática ou seletiva.

Apoio automático:os filmes de longa-metragem franceses ou de coprodução francesa, uma vez acertado o acordo de produção, podem se tornar geradores de apoio financeiro automático, benefician-do a empresa de distribuição, sob certas condições previstas no contrato. os valores depositados na conta do distribuidor são inversamente proporcionais à receita do filme em salas de cinema e destinados a serem reinvestidos na produção e/ou distribuição de uma nova obra cinematográfica. Para que um filme possa gerar essa receita adicional, é necessário que o distribuidor se comprometa com o filme ainda em seu estágio de produção ou montagem.

Apoio seletivo:o apoio sletivo é destinado às distribuidoras selecionadas pelo CnC que tenham uma atuação regular no mercado e possuam qualidade artística reconhecida. esse apoio pode beneficiar a cartela anual de lançamentos desta distribuidora, beneficiar filme a filme, ou ainda beneficiar suas despesas estruturais. Para a exibição:A taxa sobre as receitas geradas pela bilheteria dos cinemas gera um fundo de recursos em benefício dos exibidores, que será destinado à modernização e à construção de salas. o cál-culo do montante de retorno da taxa ao qual cada exibidor terá direito é feito a partir de um coeficiente calculado sobre o nú-mero de salas de cada cinema. Destaques da regulamentação do CnC Algumas das principais obrigações dos canais de TV são:Cota de exibição: do número total de filmes exibidos por ano para cada canal de televisão (da Tv aberta ou fechada), 60%

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devem ser obras europeias, e desses, 40% precisam ser filmes falados em francês. nesse aspecto, a frança é o país que se-gue de forma mais próxima as diretrizes do Conselho do Audio-visual europeu, que recomenda às emissoras abertas o esfor-ço para a difusão de 50% de filmes produzidos no continente. número máximo de longas exibidos: os canais de televi-são abertos estão autorizados a exibir anualmente 192 obras de longa-metragem, das quais 104 entre o horário de 20h30 e 22h30. restrições de exibição: os canais abertos não podem exibir filmes de longa-metragem nas noites de quartas e quintas e aos sábado (o dia inteiro). no domingo, só podem exibir filmes a partir de 20h30. Às quartas e quintas, exceções são feitas para os filmes considerados de “cineclube”, que podem ser exibidos a partir de 22h30. obs: quarta-feira é o dia de lançamento de filmes nos cinemas da frança. Janela: os canais abertos precisam respeitar a janela de três anos (reduzida a dois anos em casos de coprodução), contada a partir da data de expedição do visto de exploração do filme. Para a exibição de filmes em canais de Tv paga, a janela é de um ano, com algumas variações de horários e itens específi-cos para a programação do Canal Plus. Publicidade: A legislação que regulamenta o setor da comuni-cação do país é rigorosa quanto à veiculação, pela Tv aberta, de comerciais de produtos culturais. A lei proíbe a exibição de anúncios de cinema, livros ou lojas de grande distribuição (hi-

permercados etc). A publicidade de filmes é permitida apenas em canais temáticos da Tv paga.

obrigações de coprodução: os canais de Tv aberta devem de-dicar ao menos 3,2% de sua receita do ano anterior ao desen-volvimento da produção cinematográfica, dos quais 2,5% para obras faladas em francês, e 0,5% para produções europeias. em sua programação global, cada emissora precisa dedicar 75% da grade a produções audiovisuais independentes. Controle de receitas: o controle de cinema é realizado pelo CnC, sob o sistema de bilhete padronizado. Todo exibidor pre-cisa ter seu cinema registrado no CnC, e é esse mesmo órgão que repassa a parte da arrecadação que cabe ao distribuidor. Construção de multiplex: na exibição, existe uma atenção es-pecial às regras para a construção de multiplex, com medidas que pretendem evitar o fechamento de salas principalmente de exibidores independentes e do circuito de arte. os exibi-dores que quiserem erguer ou transformar outros espaços em complexos cinematográficos com mais de 800 poltronas devem apresentar um estudo que será analisado por uma comissão especial chamada Comission départamentale d’equipement Cinématographique (CdeC). A comissão levará em conta di-versos aspectos, incluindo a demanda da região por cinemas desse tipo, a “densidade” de salas de cinema nessa região e o efeito potencial do projeto sobre a frequência aos cinemas, levando em conta o equilíbrio sustentável e a diversidade de oferta de cada região, entre outros itens.

Fonte De PesqUisa: dataBase mundo Filme B.

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comparativo 2007

Brasil França relação França x Brasil

PoPulação 182.989.611 64.473.140 -65%

Público (milhões) 89,3 177,5 +99%

Público filme nacional (milhões) 10,3 64,8 +529%

Público filme estrangeiro (milhões) 79 112,7 +43%

market share filme nacional 11,5% 36,5% +217%

salas 2.120 5.398 +155%

salas digitais 23 69 +200%

habitantes Por sala 86.316 11.944 -86%

ingressos Per caPita 0,5 2,8 +460%

filmes lançados 338 573 +70%

lançamentos nacionais 82 262 +220%

lançamentos estrangeiros 254 311 +22%

renda (milhões) r$ 712,6 usd 401,6 eur 1.050 usd 1.445 +260%

renda filme nacional (milhões) r$ 79,1 usd 46,7 eur 383,3 usd 527,5 +1030%

renda filme estrangeiro (milhões) r$ 633,5 usd 354,9 eur 667 usd 917,5 +159%

Preço médio do ingresso r$ 7,98 usd 4,53 eur 5,95 usd 8,14 +80%

comparativobrasil x frança

temática

pesquisa leonardo mecchi | Fonte de Pesquisa: filme B

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entrevistahomenagem

homenagem

entreVista o2 FilmesFernando meirelles, andrea Barata ribeiro e paulo morellipor leonardo mechi e ana d’angelo

endo como sócios-fundadores os diretores Fernan-do Meirelles e Paulo Morelli e a produtora Andrea Barata ribeiro, a o2 Filmes, homenageada desta edição da Mostra CineBH, iniciou suas atividades em 1991, trabalhando então exclusivamente no mer-cado publicitário. A produção de longas começou

em 1999, com Domésticas, o Filme, com direção de fernando meirelles e nando olival. o segundo longa-metragem produzido pela o2 filmes já foi uma coprodução e tornou-se um paradigma incontornável do cinema brasileiro: Cidade de Deus, também de fernando meirelles, visto por mais de 3,3 milhões de espectado-res no Brasil, acumulando mais de 40 prêmios nacionais e inter-nacionais, com passagens por Cannes e pelo oscar.

em 2003 produz Viva Voz, de Paulo morelli, e coproduziu Contra Todos. em 2005, uma nova coprodução, desta vez com os euA: o documentário Ginga. em 2007, lança nos cinemas dois novos longas: Não Por Acaso, dirigido por Philippe Barcinski, e Cida-de dos Homens, dirigido por Paulo morelli a partir das quatro temporadas da série de mesmo nome, que fora ao ar pela rede globo. em 2008, estabelece um novo patamar nas coproduções internacionais no Brasil com o longa Ensaio Sobre a Cegueira, dirigido por fernando meirelles. o filme é uma coprodução en-tre Brasil, Canadá e japão, com orçamento estimado em uS$ 25 milhões. no mesmo ano, lança O Banheiro do Papa, dirigido por César Charlone e enrique fernández, outra coprodução, desta

vez entre Brasil, uruguai e frança. A mais nova produção para o cinema da o2, em coprodução com a universal Studios e finan-ciado pela europacorp, é o longa À Deriva, dirigido por Heitor dhalia, que estreou no último festival de Cannes.

A o2 realizou também diversas séries para Tv, das quais se des-tacam Cidade dos Homens, exibida por quatro temporadas se-guidas na Tv globo, Filhos do Carnaval, que estreou em março de 2006 na grade da HBo, as duas temporadas da série Antonia e Som e Fúria, recentemente veiculada na globo.

CineBH – Gostaria de começar pelo histórico de cada um até chegar ao audiovisual, porque Fernando e Paulo são formados em Arquitetura e Andrea em Comunicação social, com espe-cialização em Publicidade, certo? Como chegaram ao audiovi-sual e como se encontraram?

Fernando Meirelles – eu e Paulo estávamos na fAu (faculdade de Arquitetura e urbanismo da uSP), quando começamos a fa-zer desenho animado, porque arquitetura e desenho eram coi-sas muito próximas, e depois passamos para o vídeo. fizemos uns primeiros filminhos de animação na uSP ainda, alguns em Super 8. Aí começamos a nos interessar por filmes. no tercei-ro ou quarto ano da fAu a gente resolveu abandonar mesmo a ideia de sermos arquitetos e abrimos uma produtora, que foi a olhar eletrônico. A Andrea veio trabalhar com a gente uns cin-

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co ou seis anos depois. quando ela entrou deu um gás, a pro-dutora começou a fazer mais trabalhos, e a gente pensou: se essa mulher for embora a gente afunda [risos]. foi aí que virou nossa sócia.

CineBH – Quando vocês criaram a olhar eletrônico, na década de 80, o foco era mais a produção para TV?

Paulo Morelli – era vídeo, vídeo independente. A gente fazia até lançamento de remédio, coisas para ganhar um dinheirinho. morávamos todos juntos, numa casa com vários amigos. usá-vamos o vídeo para sobreviver, pois vimos que essa seria nossa profissão. Com isso entramos na Tv, quando o (apresentador de Tv e jornalista) goulart de Andrade nos ofereceu um programa.

Andrea Barata ribeiro – eles foram pioneiros nessa questão da Tv independente, porque se hoje é pequeno o espaço para essa produção, imagine naquela época. não existia nenhum. Saíram oito páginas na revista Veja, era algo realmente inovador o que estava acontecendo.

Fernando – era inovador, mas era burro do ponto de vista empre-sarial. era um negócio novo, não havia mercado. não existiam televisões que comprassem produção independente, era preci-so criar um mercado.

Andrea – mas acho que vocês não viam com esse olhar na épo-ca, da questão empresarial. Pensavam em fazer uma coisa que desse prazer, não pensavam em mercado. o que existia na épo-ca como possibilidade de negócios era publicidade, pois não existia produção independente, não existia cinema. foi a época em que se abriu um buraco no cinema brasileiro. ou você traba-lhava em televisão, nas emissoras que existiam na época, ou se fazia publicidade. eu entrei nessa época em que eles estavam começando a trilhar o caminho da publicidade.

Fernando – fazíamos uns vídeos institucionais muito chatos, mas na publicidade se trabalhava menos, se ganhava mais e tinha menos aborrecimento.

Paulo – e podíamos nos aproximar das câmeras de cinema. Saía do vídeo e nos aproximava do cinema, que era o objetivo. no fundo, a gente queria chegar ao cinema. Sempre foi essa a ideia, mas naquela época era um sonho distante.

CineBH – e vocês fundaram a o2 em 1991, bem quando o Collor decretou o fim da embrafilme e o cinema brasileiro entrou em crise.

Fernando – mesmo a olhar, na década de 80. Se você pegar a produção de cinema na época, tinha cinco ou seis filmes sen-do feitos por ano. eu tinha alguns amigos da eCA (escola de Comunicação e Artes da uSP) fazendo cinema e os coitados ficavam sete ou oito anos pra terminar um filme e, quando lan-çavam, os filmes eram ruins, porque não tinha dinheiro para mixar, não tinha dinheiro para nada. Pensamos então que não queríamos ficar nessa fila de seis anos para fazer um filminho. Televisão pelo menos a gente fazia toda semana.

CineBH – e a Andrea chegou nessa transição da olhar para a o2?

Paulo – entrou na olhar, mas nessa época em que começamos a fazer publicidade, parando um pouco de fazer a Tv semanal. Andrea – entrei na área de publicidade. nessa época eles es-tavam entrando fundo na publicidade. mas foi ótimo, deu uma quilometragem de set, uma experiência, conhecimento de câ-meras, lentes, atores. virou um grande berço depois que o ci-nema voltou. Tinha um preconceito com a publicidade, mas deu uma grande bagagem para todo mundo.

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CineBH – Mas mesmo com a o2 vocês continuaram a traba-lhar para TV e começaram a produzir alguns curtas.

Paulo – Continuamos, dava muita prática, mas a gente queria chegar ao longa. A Tv era o caminho, fez parte.

Fernando – A gente apoiava muito curta de amigo, fazendo dentro da o2. uns 20 curtas passaram aqui, oito eram da o2 e uns 12 de amigos.

Andrea – foi aí que vieram as leis, a famosa retomada do cine-ma, depois dessa leva de curtas. foi muito bacana. nessa épo-ca de curtas a gente aproveitava os cenários da publicidade. Sobrava um cenário e pensávamos: “puxa, está incrível, va-mos fazer um curta”. escrevia num dia, no dia seguinte o fer-nando estava no set, aproveitando a luz. Começamos a ganhar prêmios em festivais. Começamos com capricho de imagem, de tratamento.

CineBH – Daí veio Domésticas, em 2001, que era um filme de superbaixo orçamento.

Andrea – foram r$ 600 mil.

Fernando – eu havia prometido para mim mesmo que faria um longa antes dos 40, eu já tinha mais de 40 na verdade. e estava muito ligado em qualquer ideia que eu lia no jornal. fui assistir à peça num dia, no dia seguinte levei a equipe inteira. foi mui-to rápido. entre assistir à peça e o filme estar rodando foram quatro meses. A ideia inicial era fazer um filme de r$ 80 mil, estouramos um pouco o orçamento [risos]. foi depois de uma campanha que fiz para publicidade, onde montamos quatro ou cinco cozinhas no estúdio. já tínhamos as cozinhas, havia a peça da renata melo e cada doméstica usaria uma cozinha.

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então, de fato, usamos os cenários, mas depois o filme cres-ceu, como tudo na vida.

CineBH – e como foi para você, Andrea, vindo da publicida-de, produzir esse primeiro longa com um orçamento de r$ 600 mil? Porque são realidades bem diferentes, o cinema e a pu-blicidade.

Andrea – foi minha primeira experiência com cinema realmen-te. estava todo mundo a fim de fazer. Acho que todo mundo en-trou na história, era todo mundo da casa, na realidade. era um desejo de todo mundo ali fazer, sem pensar tanto na grana.

Fernando – mas havia outra motivação interessante em Do-mésticas. eu já estava escrevendo Cidade de Deus, tinha com-prado os direitos e estava escrevendo com o Bráulio (manto-vani, roteirista do filme), mas nunca tinha feito um longa. então a parte de som, de finalização, não sabia nada disso. A ideia de fazer um longa pequenininho enquanto estava escrevendo o roteiro foi bom pra isso, aprender a fazer essa parte que eu não nunca tinha feito na vida. então, na verdade, eu comecei o Cidade e fizemos Domésticas no meio. quando foi lançado Do-mésticas, eu estava no set filmando Cidade de Deus.

CineBH – Como foi o impacto de Cidade de Deus para a produ-tora? Porque foi a 02 dando a cara para o mundo, com todo o reconhecimento internacional.

Andrea – A sensação que eu tenho é que foi um divisor de águas. Botou a produtora no mapa do mundo.

Fernando – isso no cinema. Porque em publicidade não afetou nada, era a maior produtora de publicidade no Brasil e conti-nuou sendo.

Andrea – É verdade, chegou quase a atrapalhar nesse senti-do. na época, os publicitários ficaram com ciúmes que a gen-te estava fazendo cinema. os publicitários diziam que a gente era cineasta e os cineastas diziam que éramos publicitários. era engraçado isso. Hoje mudou, é ótimo que você pode pular de uma mídia pra outra, mas eu tenho essa sensação de que foi um divisor de águas no cinema, botou a produtora e o Bra-sil também em evidência. eu acho que o filme puxou o Brasil todo.

Fernando – mas a empresa como um todo não afetou muito. o faturamento da empresa continuou o mesmo, porque o ne-gócio da produtora era publicidade. Agora está mais dividido, mas na época 95% era publicidade. mas a gente percebeu que podia fazer cinema, viver de cinema, expandir, acreditar no ci-nema. CineBH – Como se deu o financiamento do filme? Há a história que vocês bancaram praticamente tudo. o orçamento foi de Us$ 3,3 milhões, é isso?

Fernando – quando a gente ia começar a fazer o filme ha-via uma venda meio garantida da miramax, que conseguimos através da videofilmes (produtora de Walter e joão moreira Salles). eu comecei a ensaiar, banquei o ensaio, montei uma oficina no rio de janeiro com dinheiro meu, pessoal, não era nem da produtora. quando chegou o momento da miramax entrar com o dinheiro pra começarmos a filmar, eles pularam fora. Cidade de Deus estava dentro um pacote negociado com eles, juntamente com Madame Satã (de Karim Aïnouz) e um filme grande do Walter Salles, chamado A Redenção da Vir-gem, que seria feito na itália, com Benicio del Toro e juliette Binoche. uma produção grande, de uS$ 35 milhões. Às véspe-ras da filmagem o Benicio del Toro quebrou o dedo e teve que

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adiar a Redenção da Virgem. o Walter não estava muito a fim de fazer esse filme e aproveitou isso para cair fora, e com isso acabou o pacote. então, porque o Benício del Toro quebrou o dedo, a gente perdeu nosso financiamento [risos]. mas quando disseram isso, eu já estava com tudo pronto, ensaiando com os meninos, figurino pronto, meio cenário montado. já tinha co-locado um bom dinheiro ali e pensei: “agora já estamos aqui, faltando três semanas pra filmar, então vamos em frente”. As-sinava chequinho toda semana.

Andrea – e nesse meio tempo eu tentando captar dinheiro. mas para filme de favela, com atores desconhecidos, com tra-ficante?! Éramos quase tocados pra fora com vassoura. mas na hora que o filme ficou pronto, começou uma briga de foice, todo mundo queria o filme. foi bacana também, apesar de a gente não ter sabido aproveitar na época, pois não tínhamos muita experiência. fizemos péssimos negócios. nunca perde-mos, mas nunca ganhamos.

CineBH – entre os filmes programados para a homenagem à o2 na Mostra está Ginga, uma coprodução com os eUA. Qual a origem desse projeto, que veio logo depois de Cidade de Deus?

Andrea – veio dessa tendência da publicidade patrocinar con-teúdo. A nike, nessa época, tinha como tema de suas campa-nhas a ginga. o Brasil estava em evidência, então eles que-riam fazer alguma coisa sobre a ginga do futebol brasileiro. foi aí que procuraram o fernando para ser o produtor do projeto, para promover essa coisa da publicidade com o conteúdo. fa-zer um documentário sobre a paixão do futebol, a ginga, que é uma junção muito bacana.

CineBH – em seguida tivemos, em 2006, Antonia, e em 2007, Ci-dade dos Homens, dois projetos que trazem novamente aquela

relação com a TV sobre a qual estávamos conversando. são filmes que se desmembraram depois em séries de TV. Como se deu essa reaproximação com a TV e o que a diferencia da época da olhar?

Paulo – Acho que houve um enorme avanço, se pegarmos dos anos 80 para cá. Passaram-se 20 anos e a mudança é total, en-tre fazer uma produção caseira que passava num canal de Tv e agora fazer produtos de peso, que são vistos por milhares de pes-soas. isso mostra um arco imenso que a produção independen-te percorreu. Acho muito bacana fazer Tv, porque no fundo faze-mos cinema na Tv. estamos mudando a sua cara, aproximando-a do cinema e levando a linguagem cinematográfica para dentro da Tv. e eu acho que eles estão ávidos por isso e querendo mais produtos.

CineBH – Mas o que ocasionou essa mudança de paradigma para a TV? Porque no Brasil a TV nunca quis trabalhar com produção independente. na França é por lei, em qualquer outro país é por lei. Trata-se, afinal de contas, de uma concessão pública. Mas aqui nunca houve essa prática, então mudou alguma coisa?

Andrea – Ao contrário do Paulo, eu não acho que a Tv tenha gran-de interesse na produção independente. Acho que o interesse é pequeno. o que ajudou e impulsionou foram as leis. mesmo nós, que apresentamos um padrão de qualidade lá em cima, produzí-amos antes de Som e Fúria três horas de conteúdo para a globo por ano. É muito pouco!

Paulo – É pouco, mas a audiência é muito boa e dá prestígio para eles.

Andrea – dá prestígio, mas precisa abrir mais esse mercado. Há uma brecha minúscula, é verdade, pois se comparado há 20 anos não havia nenhuma, mas é minúscula.

entrevista Homenagem homenagem

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Fernando – e com a globo foi um pouco um acaso. Sou mui-to amigo do guel (Arraes), tinha feito Comédia da Vida Priva-da e tal. eu estava ensaiando Cidade de Deus no rio quando encontrei o guel. ele precisava fazer uma série de especiais para o final de ano e perguntou se eu não queria fazer um. eu falei que estava no meio do ensaio com aqueles meninos e que se ele deixasse eu fazer alguma coisa com eles eu topava. foi aí que fizemos Palace 2, com toda a equipe do filme, no meio dos ensaios. A globo ficou com medo de colocar no ar, não fez chamada, entrou no dia 22 de dezembro e teve uma audiência inesperada, muito mais que os outros. no dia seguinte, eles propuseram para nós uma série com os dois atores. eu falei que não podia, pois estava fazendo um longa, mas que quando acabasse poderíamos conversar. esqueci disso depois, mas quando Cidade de Deus foi para Cannes, eles ligaram cobran-do a promessa. fizemos os quatro primeiros episódios (da sé-rie Cidade dos Homens), a audiência foi boa e pediram para continuarmos. o Paulo começou a tocar e ficamos mais três anos seguidos. mas era assim, em cima do resultado. no quar-to ano, a gente falou chega. mas foi assim porque foi dando certo, não foi um plano estratégico.

CineBH – A Andrea citou a questão da legislação. Vocês acham que a legislação ajudou então? esse é um caminho para viabilizar a produção independente na TV?

Andrea – É, porque como você disse aqui é o único país em que a televisão é vertical. não me lembro de outro lugar as-sim, em que a produção da Tv seja vertical. então, já que não tem lei, que obrigue a comprar, ao menos há as leis de incen-tivo. quer incentivo melhor que renúncia fiscal para produzir? Aí começou a haver o interesse de todo mundo. os produtores responderam muito bem, você vê as séries feitas para a HBo

entrevista Homenagem homenagem

foto: tânia rêgo

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pela gente, pelos gullane, pela Conspiração, são todos altíssi-mo padrão de produção, então acho que a produção respon-deu à altura. Perdeu-se o medo da produção brasileira. Porque na época de Domésticas fui a várias sessões para ver o filme com o público e lembro-me que num desses cinemas de shop-ping, quando pedi um ingresso para Domésticas, a mulher me alertou que era filme nacional. eu falei que tudo bem, que eu queria assim mesmo, e ela insistiu: “a gente não devolve o di-nheiro do ingresso”.

CineBH – Voltando um pouco da TV para o cinema, em 2007 vocês fazem Banheiro do Papa, que também é uma coprodu-ção e está na programação da Mostra. Uruguai, Brasil, Fran-ça. Como foi costurar essa coprodução de Banheiro do Papa?

Andrea – A gente não conseguiu captar nada aqui no Brasil. o que conseguimos foi triangular o fonds Sud (fundo de finan-ciamento francês), porque precisava ter uma produtora brasi-leira e a nossa contribuição acabou sendo através desse fun-do e da venda internacional, pois o filme vendeu bastante bem fora. A gente costurou essa venda internacional, até porque a produtora uruguaia não tinha experiência com isso, a entrada em Cannes, mas não conseguimos captar dinheiro no Brasil.

CineBH – Mas por que vocês acham que não conseguiram captar dinheiro no Brasil?

Fernando – É um filme falado em espanhol, filmado no uru-guai...

Andrea – edital nós perdemos todos. e não conseguimos pegar dinheiro de lei, mas acabamos conseguindo entrar com outro tipo de contribuição. mas o diretor vivia no Brasil há mais de

três anos, havia o acordo de coprodução. É o caso de Blind-ness (Ensaio Sobre a Cegueira), que apesar de ser falado em inglês é legalmente um filme brasileiro, feito como uma copro-dução.

CineBH – Blindness, assim como Cidade de Deus, é outra grande quebra de paradigma para o cinema brasileiro, em ter-mos da estrutura que foi montada em torno dessa coprodução. Filmagens em diversos países, atores hollywoodianos, orça-mento de Us$ 25 milhões e a questão de se conseguir captar dinheiro aqui para um filme dessa proporção.

Andrea – o orçamento aprovado na Ancine foi de uS$ 25 mi-lhões e captamos r$ 7 milhões aqui. nós captamos r$ 7 mi-lhões aqui, mas gastamos r$ 13 milhões. isso acho importante destacar, porque trouxemos recurso para o País. foi superba-cana. Brasil e Canadá têm um acordo bilateral de coprodução e pudemos trazer o japão através de uma triangulação com o Canadá. o japão já estava no pacote antes de a gente chegar. eles usaram as leis de incentivo lá, nós usamos as leis de in-centivo aqui. e o japão trouxe boa parte do orçamento, mistu-rou com um pouco de pré-venda e foi assim que a gente con-seguiu financiar.

CineBH – Vocês possuem uma estrutura enorme de vocês aqui que facilita muito, mas o Brasil está pronto para receber pro-jetos desse porte? Vocês encontraram muita dificuldade, em termos de infraestrutura, legislação?

Andrea – não teve nenhuma dificuldade com a Ancine, ao con-trário, a Ancine ajudou muito a fechar essa coprodução, por-que a gente teve que amarrar algumas pontinhas soltas no Ca-nadá. A Ancine jogou completamente a favor da coprodução,

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fizeram toda a parte de negociação na esfera política, com a Ancine de lá.

Fernando – São Paulo não tem uma film Commission, então tive que fazer reuniões com a CeT (Companhia de engenharia de Tráfego de São Paulo) e, por incrível que pareça, eles fica-ram completamente abertos ao projeto. fecharam ruas, fecha-ram áreas grandes da cidade. o prefeito topou, disse que ia nos ajudar, pois era uma propaganda para a cidade também, dava visibilidade. liberaram tudo, nas datas que a gente queria, teve um apoio grande.

CineBH – Que impacto Blindness teve nos negócios da o2?

Fernando – Temos recebido muitas consultas para fazer copro-dução internacional. eles viram que a gente pode fazer isso aqui no Brasil. não fechamos nada, mas a gente recebe muito convi-te. Tem aqui na casa rolando umas cinco ou seis propostas para fazermos coprodução, com Alemanha, espanha, inglaterra.

Andrea – É que também não é o nosso foco. A o2 é uma produto-ra de diretores também, a prioridade nossa aqui é fazer o projeto dos nossos diretores.

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Fernando – e tem também a questão de que está difícil finan-ciar filmes lá fora e eles sabem que o Brasil tem dinheiro in-centivado. então eles vêm sempre com o papo: “vocês são muito bons, São Paulo é uma cidade linda, clima maravilhoso, queremos muito”, e fazem a proposta deles entrarem com 1/3 do orçamento e nós com 2/3.

Andrea – mas não estamos dispensando. os projetos interes-santes estão em análise, não dispensamos fazer uma coprodu-ção. outro dia tivemos aqui um produtor português muito ba-cana, que tem também um acordo já amarrado na espanha. ele veio com 2/3 do orçamento, pra gente financiar 1/3 aqui. enfim, tem bons negócios.

Fernando – estamos numa coprodução com um filme chama-do Catalunya, com Kevin Spacey e rachel Weisz, dirigido pelo Hugh Hudson, que fez Carruagens de Fogo. eles estão na Ar-gentina e no uruguai, vendo locações. eles vão rodar prova-velmente na Argentina e vão finalizar aqui na o2.

CineBH – Quais são as principais dificuldades encontradas na hora de se fazer uma coprodução internacional? Qual filme realizado dessa forma trouxe mais ganhos em termos de ex-periência nesse processo?

Andrea – A principal dificuldade é você não conhecer muito bem as pessoas que estão do outro lado. É quase como um ca-samento, você vai conviver com aquela pessoa pelos próximos quatro, cinco anos, intensamente, e de repente aos seis meses descobre que é um mala sem alça ou não cumpre seu lado da coprodução. Tem que ser muito amarrado, gostar do projeto, ter referências.

Fernando – Acho que o Blindness foi o que nos trouxe mais aprendizados. nós aqui nunca tínhamos lidado com orçamento

de uS$ 25 milhões. isso vem com todas as normas de cinema da indústria norte-americana. foi um grande aprendizado para nós, que tivemos que aprender uma série de coisas, foi muito bacana. nem sei se o Brasil já tinha feito uma produção desse tamanho. Acho que Blindness foi a maior.

CineBH – A o2 é estruturada de uma maneira inovadora para o mercado brasileiro. Vocês possuem uma série de divisões aqui dentro da própria o2, como publicidade, cinema, a o2 Di-gital, a o2 internacional. Como surgiram e funcionam essas diversas divisões dentro da o2?

Paulo – elas são bolhas que vão crescendo. em princípio, a ideia é que cada divisão tenha uma vida própria, mas o que acontece de fato é que a publicidade gera o negócio e acaba sustentando as outras áreas. o cinema nasceu sob o guarda-chuva da publicidade, mas hoje em dia ele já é independen-te. mesma coisa com a digital, que ainda vive com orçamen-tos muito pequenos e por isso damos suporte para ela poder crescer. no fundo, a publicidade dá esse grande guarda-chuva para tudo poder crescer.

Andrea – o internacional e a pós-produção são departamen-tos que andam sozinhos. mas a ideia é que cada área ande sozinha, se sustente e temos um coordenador para cada área, com essa política de dar muito espaço para as pessoas atua-rem, trazerem soluções, acho que isso cria essa coisa da o2 em que todo mundo se sente muito à vontade.

CineBH – A o2 internacional é algo inovador e que chama a atenção.

Andrea – A o2 internacional, nós montamos quando o dólar estava favorável, estávamos todos interessados em tornar o Brasil um polo de produção. daí montamos o departamento

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internacional, que ia buscar fazer esse trabalho de production service. fizemos muitos comerciais assim, dois longas – o do Stallone (Os Mercenários, em finalização) e Journey to the End of the Night (2006). A gente não tem nada a ver com o conteúdo, é só uma prestação de serviço mesmo. mas o dólar hoje em dia já não está mais tão interessante, então meio que agregamos o departamento internacional dentro da estrutura do nacional. É a vantagem de se ter uma estrutura orgânica. daqui a pouco, se a situação estiver favorável novamente, monta-se de novo.

Fernando – Começa a crescer um determinado setor e cria-se uma estrutura para administrar aquilo, mas se de repente o se-tor encolhe, a gente enxuga e absorve a equipe. o tempo intei-ro a produtora faz assim. Pós-produção é um exemplo recente, que está cada vez mais forte. A gente percebe isso e começa a fomentar.

CineBH – o que vocês pensam da o2 daqui pra frente? Quais os objetivos?

Fernando – eu penso só em produtos, qualidade de produtos. fa-zer coisas interessantes que eu goste de ver, de assistir. Apare-cem muitas pessoas com propostas de projetos incríveis, onde vamos ganhar milhões, mas a gente não faz. Se for só para ga-nhar dinheiro a gente não faz. Claro que ganhar dinheiro é uma motivação, mas nunca é a motivação única. Se não tiver uma coisa interessante... Às vezes você dá uma desviada e entra num negócio por oportunidade, mas eu sempre me arrependo.

entrevista ConCeDiDa Pelos sóCios-FUnDaDores Da 02 Filmes ao CrítiCo leonardo mecchi e à jornalista ana cristina d’angelo, a PeDiDo Da organização Da mostra cineBh.

sp, 10 set. 2009.

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m sua terceira edição, a Mostra CineBH 2009 faz conexão entre a produção independente e o mer-cado audiovisual mundial, discutindo as impli-cações, vantagens e dificuldades do formato de coprodução internacional, bem como as opções

de intercâmbio, cooperação e formação proporcionadas por essas parcerias. dentro desse contexto, e sendo um evento chancelado pelo comissariado do Ano da França no Brasil, a CineBH convida a França para dialogar, através de exibições de filmes e participação de convidados franceses nos debates do seminário.

seminário

3º seminário do cinema brasileiro:

idealizada para contextualizar o mercado audiovisual do Bra-sil em intercâmbio com o mundo, a mostra CineBH, que nesta edição coloca em evidência a coprodução internacional, visa, com a realização de seminários e mesas de debate, um histó-rico das coproduções no Brasil e as oportunidades e desafios dessa nova modalidade de produção para os produtores e ci-neastas brasileiros.

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perspectivas de linguagens e mercado

coprodução: caminhos e critérios

Como se dá a coprodução entre Brasil e frança? quais os ca-minhos, critérios e acordos para viabilizar essas parcerias? que tipo de projetos interessa aos produtores franceses e bra-sileiros?

ConviDaDos Andrea Barata riBeiro• , produtora, sócia da o2 filmes, ho-menageada do evento – SP Christophe GoUGeon• , produtor do longa independência - françaeva KinH• , coordenadora do programa Cinema em dévelo-ppement/festival de Toulouse – françasebastián PUenZo• , produtor e fotógrafo do longa o menino Peixe – Argentinarachel MonTeiro• , consultora internacional do programa Cinema do Brasil - SP

mediAdor: Leonardo MeCCHi – produtor e crítico de cinema – SP

destino: Brasil

o Brasil como cenário para coproduções internacionais. Como atrair produções estrangeiras para filmarem no Brasil? qual o papel das film Commissions?

ConviDaDos Carolina GonTiJo• , diretora executiva da minas film Com-mission – mgelisa ToLoMeLLi• , produtora eH! filmes – rjGabriel LACerDA• , produtor gullane filmes – SPsérgio sá LeiTÃo• , presidente da riofilme

mediAdor: steve soLoT, presidente da lATC e da rio film Commission – rj

Programação

seminário

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a tV como aliada

Como a Tv pode atuar no fomento e na difusão da produção cinematográfica, fortalecendo dessa forma toda a cadeia au-diovisual?

ConviDaDos Bruno DeLoYe• , diretor da rede Ciné cinéma Club, Clanic e faniz – grupo Canal Plus – françaCadu roDriGUes• , diretor executivo da globo filmes – rjGabriel PrioLLi• , coordenador do núcleo de Conteúdo e qualidade da Tv Cultura – SP octávio Penna PierAnTi• , coordenador geral de Tv e Plata-formas digitais da Secretaria do Audiovisual/ministério da CulturaPaulo MenDonÇA• , diretor geral do Canal Brasil – rj

MeDiADor• : Pedro orTiZ, diretor Tv uSP – SP

o mercado audioVisual e as polÍticas púBlicas para o setor na França e no Brasil

um panorama do mercado audiovisual nos dois países, em especial para os filmes independentes e de baixo orçamen-to, e as políticas públicas de financiamento e proteção para essa produção. quais produções têm atraído o grande público e como coabitar a produção independente em harmonia com essa produção de grande público?

ConviDaDos Brigitte VeYne• , adida audiovisual da embaixada da frança no Brasil – rjJoël AUGros• , professor da université Paris 8 – frança Manoel rAnGeL• , diretor-presidente da Ancine – rjsilvio DA-rin• , Secretário de Audiovisual do ministério da Cultura – df

MeDiADorA• : Alessandra MeLeiro, professora e pesquisa-dora uSP – SP

Programação

seminário

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dos direitos de autor, do departamento de formação profissio-nal e dos projetos europeios. nesse contexto, trabalhou entre 2001 e 2008 como lider de programa europeios (Cultura 2000, media e euromed Audiovisuel) para projetos de formação dos profissionais dos audiovisual europeio e mediterraneo. Criou um centro de formação para autores, gestores e tecnicos da cultura, com oficinas em toda espanha. desde fevereiro de 2008, é adida audiovisual da embaixada francesa no Brasil.

Bruno deloyenascido em 1963, graduou-se em Audiovisual e Telecomuni-cações, com especialização em gestão de Televisão e Teleco-municações na universidade Paris-dauphine. iniciou a carrei-ra como diretor adjunto de desenvolvimento da région Cable, entre 1989 e 1995, onde criou o primeiro canal pay-per-view da frança, em 1991. Transfere-se para o grupo mCm-euromusi-que para criar o canal muzzik, primeiro canal de Tv europeu dedicado à música clássica e ao jazz, onde ocupa a função de diretor de programação. em 2000, ingressa no grupo Canal Plus, onde ocupa sucessivamente as funções de diretor do ca-nal Cinéclassic na frança, itália e espanha, antes de criar a rede Ciné cinéma Club, Classic e famiz, em setembro de 2002. em seguida, assume a direção dos três canais da rede Ciné cinéma Club dedicados ao cinema de autor; do Classic, dedi-cado a obras clássicas; e do famiz. É atualmente membro da Comissão do Patrimônio Cinematográfico do CnC. foi júri de diversos festivais, entre eles o festival do filme Brasileiro de Paris.

cadu rodrigues48 anos, dois filhos, formado em Tecnologia de informação pela PuC-rj, com mBA em Administração de varejo pelo Coppe-ad/rj, mBA de Planejamento estratégico pela Babson Colle-ge, Boston, euA, e iAg máster de marketing na PuC-rj; atuou

alessandra meleiroPós-doutora pela university of london (media and film Stu-dies) e pesquisadora associada do Cebrap, onde coordena o Centro de Análise do Cinema e do Audiovisual (www.cenaci-ne.com.br). doutora em Cinema e Políticas Culturais pela eCA/uSP. Autora do livro O novo cinema iraniano: uma opção pela intervenção social e organizadora das coleções Cinema no mundo: indústria, Política e mercado, e A indústria Cinema-tográfica Brasileira (no prelo). Presidente do instituto inicia-tiva Cultural.

andrea Barata riBeiroAo lado de fernando meirelles e Paulo morelli, sócia funda-dora da o2 filmes, indicada como uma das cinco produtoras de maior impacto do mundo pela publicação Variety. Andrea foi responsável pela produção de vários longas para o cine-ma, como do premiado Cidade de Deus, Não por Acaso, Cida-de dos Homens, Domésticas, Antonia e El Banõ del Papa. entre as produções mais recentes, Andrea Barata assinou a copro-dução internacional Ensaio sobre a Cegueira, o último longa dirigido por fernando meirelles, em 2007, e À Deriva, de Hei-tor dhalia, em 2008. Para Tv aberta, produziu as séries Cidade dos Homens, Antonia e Som & Fúria, a adaptação brasileira da série canadense Slings and Arrows, todas para a rede globo. e para a HBo produziu Filhos do Carnaval, série indicada ao emmy international de melhor série de ficção, que tem sua se-gunda temporada prevista para estrear em outubro deste ano.

Brigitte VeyneBrigitte veyne estudou na ecole Superieure de Commerce de Paris. Trabalhou muitos anos em Paris como consultora de pro-jetos culturais e audiovisuais nas empresas: Arthur Andersen, Bossard Consultants, ABCd ingéniérie Culturelle. logo foi res-ponsavel na fundacion Autor da entidade espanhola de gestão

seminário

currículosseminário

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como executivo de Ti em empresas como a Tv globo, Coca-Co-la, mesbla e Banco Chase manhattan. desde 2002 ocupa a dire-ção executiva da globo filmes, onde participou da produção e do lançamento de mais de 60 filmes até o momento, incluindo os principais sucessos de público da retomada do cinema brasilei-ro – 2 Filhos de Francisco, Carandiru, Se Eu Fosse Você, Cidade de Deus, Lisbela, Cazuza, Olga, Os Normais, Meu Nome Não É Johnny, Se Eu Fosse Você 2, Divã e Os Normais 2.

carolina gontijoformada em jornalismo pelo Centro universitário de Belo Ho-rizonte, com habilitação em Cinema de Animação pela ufmg. especialização one Year Advanced filmmaking – new York film Academy / King’s College, em londres. Participou de di-versas produções mineiras e atualmente responde pela di-retoria executiva da minas film Commission, estrutura de fa-cilitação às produções cinematográficas e audiovisuais no estado de minas gerais.

elisa tolomellielisa Tolomelli tem formação publicitária e trabalha em cinema há mais de 15 anos. durante esse período acumulou experi-ência em várias etapas da produção cinematográfica: roteiro, direção, Produção, distribuição e exibição

eva morsch kihngraduada em literatura moderna pela universidade de mon-treal, no Canadá, com mestrado em literatura e Cinema pela universidade Toulouse le mirail, na frança. É coordenadora dos encontros profissionais “Cinema en Construction”, “Ciné-ma en développement” e “Cinéma Sans frontière”, do festival rencontres Cinémas d’Amérique latine de Toulouse.

gabriel lacerdaformado em Administração de empresas e Pós graduado em finanças, gabriel lacerda trabalhou durante 6 anos como di-retor da holding de investimentos Partcon. no mesmo período foi diretor da Construtel, empresa do ramo de telecomunica-ções. em 2008, tornou-se sócio da gullane filmes ocupando o cargo de diretor financeiro. É produtor de diversos longas e séries de Tv.

gabriel priolliÉ jornalista, professor, apresentador e diretor de televisão. graduado pela escola de Comunicações e Artes, da univer-sidade de São Paulo. Atualmente, é coordenador de conteúdo e qualidade da fundação Padre Anchieta-Tv Cultura de São Paulo e presidente de honra da ABTu – Associação Brasilei-ra de Televisão universitária. foi membro do Conselho de Co-municação Social do Congresso nacional, do Conselho Supe-rior do Cinema (ministério da Cultura) e do Comitê Consultivo do Sistema Brasileiro de Tv digital (ministério das Comunica-ções). foi apresentador do programa diário Opinião Brasil, na Tv Cultura de São Paulo, onde também dirigiu o programa vi-trine. foi apresentador do programa semanal imprensa na Tv, no Canal 21 de São Paulo. foi colunista, repórter e crítico de televisão na Folha de S.Paulo.

joel augrosProfessor da université Paris 8. realizou doutorado em Ciên-cias econômicas, em que examina o desenvolvimento multi-mídia da indústria cinematográfica mundial. Seguiu esse eixo de pesquisa ao trabalhar sobre o cinema hollywoodiano. mais tarde, estendeu a pesquisa às indústrias cinematográficas no mundo, tentando mostrar por meio de quais modalidades elas se opõem a Hollywood ou colaboram com ela. É membro do

CUrríCUlos ConviDaDosseminário

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regulação e reorganização institucional da atividade cinema-tográfica e audiovisual no Brasil. foi nomeado membro da di-retoria Colegiada da Agência nacional do Cinema (Ancine) em 2005. foi nomeado diretor-presidente da autarquia em de-zembro de 2006 e reconduzido ao cargo em maio de 2009, com mandato até 20 de maio de 2013.

octavio penna pierantidoutorando em Administração pela escola Brasileira de Admi-nistração Pública e de empresas da fundação getúlio vargas – ebape/fgv, mestre em Administração Pública pela mesma instituição (2005) e graduado em Comunicação Social/jorna-lismo pela universidade federal do rio de janeiro (2003). Co-ordenador geral de Tv e Plataformas digitais da Secretaria do Audiovisual do ministério da Cultura (SAv/minC). especialis-ta em regulação de serviços de telecomunicações concursa-do da Agência nacional de Telecomunicações (Anatel), onde atuou, também, como relator, vice-relator e participante de questões, programas e iniciativas especiais das Comissões Brasileiras de Comunicações (CBCs). Pesquisador do Progra-ma de estudos em Administração Brasileira (Abras) da ebape/fgv e do laboratório de estudos em Comunicação, Tecnologia e educação Cidadã (lecotec) da faac/unesp. Autor/organiza-dor de três livros: Democracia e regulação dos meios de co-municação de massa; Políticas públicas para imprensa e ra-diodifusão e Estado e gestão pública.

paulo mendonçaAdministrador de empresas com especialização em informá-tica e longa experiência no mercado financeiro e de capitais. Paulo roberto mendonça dirige desde fevereiro de 2004, o Canal Brasil S/A, canal de televisão por assinatura, constitu-ído através de uma associação entre a globosat e um grupo dos principais cineastas brasileiros, do qual faz parte. o Canal

grupo de Pesquisa sobre a economia do Cinema e do Audio-visual e do grupo de pesquisa internacional europe-Hollywood network.

leonardo mecchiÉ crítico de cinema e produtor. editor da Revista Cinética [www.revistacinetica.com.br], foi selecionado em 2007 para o Berli-nale Talent Campus, programa anual do festival internacional de Cinema de Berlim. Como produtor, atua no desenvolvimen-to e na produção de projetos de curtas e longas-metragens – entre eles À Margem do Lixo e Quebradeiras, de evaldo mo-carzel; Rosa e Benjamin, de Cléber eduardo e ilana feldman; e Onde Andará Dulce Veiga?, de guilherme de Almeida Prado – além de mostras e festivais dedicados ao cinema brasileiro, como o festival de Cinema e meio Ambiente de guararema, já em sua 3ª edição, o i festival de Cinema de Paranapiaca-ba e as mostras Eu é um Outro – O Autor e o Objeto no Docu-mentário Brasileiro Recente (Caixa Cultural-rj, 2008), Vivendo e Morrendo em São Paulo (CCSP-SP, 2008), Baseado em Caso Real (CCBB-Brasília, 2009) e Órfãos da Embrafilme (CCBB-Bra-sília, 2009). idealizou e produziu também o ciclo de debates em mídia eletrônica estéticas da Biopolítica – Audiovisual, Política e Novas Tecnologias, contemplado pelo minC através do pro-grama Cultura e Pensamento. É colaborador das mostras de Cinema de Tiradentes, ouro Preto e Belo Horizonte.

manoel rangelnasceu em Brasília. É cineasta, formado pela universidade de São Paulo (1999), onde cursou o mestrado em Comunica-ção e estética do Audiovisual. foi presidente da Comissão es-tadual de Cinema da Secretaria de estado da Cultura de São Paulo (2001-2002). foi assessor especial do ministro da Cultu-ra gilberto gil (2004-2005) e secretário do Audiovisual Substi-tuto (2004-2005), quando coordenou o grupo de trabalho sobre

CUrríCUlos ConviDaDosseminário

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Brasil é distribuído pelas principais operadoras do país. É ro-teirista, compositor e foi membro do 1° Conselho Superior de Cinema da AnCine - Agencia nacional de Cinema.

pedro ortizjornalista formado pela escola de Comunicações e Artes da uSP (1990), documentarista e diretor de Tv. mestre (1997) e dou-tor (2005) em integração da América latina – área de Comu-nicação e Cultura, pela universidade de São Paulo (ProlAm-uSP). diretor geral da Tv uSP e do Canal universitário de São Paulo (Cnu). diretor financeiro da ABTu – Associação Brasilei-ra de Televisão universitária. Pesquisador-doutor associado ao leer – laboratório de estudos sobre etnicidade, racismo e dis-criminação (deptº. de História – fflCH/uSP). Professor de Tele-jornalismo (3º e 4º anos) do Curso de jornalismo da faculdade Cásper líbero (SP). Pesquisador do CiP – Centro interdiscipli-nar de Pesquisas da faculdade Cásper líbero (SP), com pes-quisa sobre a Tv Pública no Brasil. orientador de TCCs (traba-lhos de conclusão de curso) e iniciação científica. integrante do grupo de pesquisa jornalismo, Comunicação e epistemologia da Compreensão, do Programa de Pós-graduação da faculda-de Cásper líbero. integrante do grupo de pesquisa Cinema, Au-diovisual e educação, que reúne pesquisadores da ufmg, uesb, uff, ufrj, ufrB, PuC-rj, uSP e Cásper líbero. Coordenador do módulo Amazônia do Projeto repórter do futuro, curso de com-plementação para estudantes de jornalismo. de 1989 a 2000, foi correspondente na América latina da agência-cooperativa de jornalistas Acopi, de Buenos Aires, realizando coberturas e re-portagens especiais no Brasil, Argentina, Chile, uruguai, Peru e méxico para jornais, revistas e emissoras de rádio desses pa-íses. Trabalhou para Folha de S. Paulo, Gazeta Mercantil e Tv Bandeirantes, além de produtoras independentes de Tv e docu-mentários, no Brasil e no exterior.

rachel monteiroCursou Comunicações e História na universidade de São Pau-lo (uSP), institut des Hautes Études, marc ferro (Paris, frança) e Cinema direct com jean rouch, na Sorbonne, em Paris. foi curadora na Cinemateca francesa de uma série de panoramas e mostras de autores do cinema brasileiro, em Paris, durante os anos de 1982 a 1985. dirigiu documentários realizados para a mendes jr. do Brasil, e produzidos na europa, entre 1981 e 1983. responsável pelo setor cultural da embrafilme, em Paris, em 1984. na volta ao Brasil, assinou a direção de cerca de 270 filmes publicitários para as agências Salles – dmBB, dm-9, Adag, Almap, guimarães e Associados, norton, entre 1986 e 1995. roteirista de obras audiovisuais para a fundação rober-to marinho, Tv dos Trabalhadores, a fundação Crocevia (itá-lia) e Senac. desde de 2006 é consultora internacional do Pro-grama Cinema do Brasil, um programa de internacionalização do cinema brasileiro, que tem como parceiros a Apex – Brasil, SAv-minc, Ancine e ministério de relações exteriores.

sérgio sá leitãoformado em jornalismo na escola de Comunicação da ufrj, com pós-graduação em Políticas Públicas e marketing, Sérgio Sá leitão tem 42 anos e mora no rio. É diretor-presidente da riofilme – distribuidora de filmes S/A. foi diretor da Agência nacional do Cinema (Ancine), diretor da distribuidora vereda filmes e assessor da Presidência do BndeS, onde coordenou a criação do departamento de economia da Cultura e do Pro-grama de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual. entre 2003 e 2006, foi chefe de gabinete do ministro da Cultura e secretá-rio de Políticas Culturais do ministério da Cultura. Coordenou os programas Copa da Cultura, música do Brasil, CulturaPrev e economia da Cultura, entre outros. foi um dos responsáveis pela formulação do Programa Brasileiro de Cinema e Audiovi-

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sual; e membro do Conselho Petrobras Cultural. foi ainda vice-presidente da Comissão interamericana de Cultura (CiC-oeA), assessor da diretoria da Clear Channel entertainment do Brasil e editor na folha de S.Paulo e no jornal do Brasil, além de crí-tico de cinema em várias publicações e diretor de redação no Jornal dos Sports e na revista Volleyball. dirigiu vários curtas, documentários, clipes e comerciais, como We Belong (2002) e A Balada do Mar Salgado (ed motta, 2002). foi membro do júri do Claro Curtas (2008 e 2009) e do Celucine (2009), entre ou-tros festivais.

silvio da-rinÉ documentarista e técnico de som. realizou mais de uma de-zena de filmes e vídeos, vários deles premiados em festivais brasileiros e internacionais, como os longas Hercules 56 e igreja da libertação; telefilmes como Brasil Anos 60 e Brasil Anos 80; e os curtas nossa América, Príncipe do fogo e fê-nix. gravou o som de mais de 150 filmes, entre eles os longas quase dois irmãos, onde Anda você, viva voz, Separações, , Amores Possíveis, mauá e Pequeno dicionário Amoroso. Tem ministrado cursos e oficinas nas áreas de som para cinema e documentário. em 2004, publicou o livro espelho Partido: Tradi-ção e Transformação do documentário, versão revista de sua dissertação de mestrado em Comunicação na ufrj.

steve solotPresidente da latin American Training Center – lATC (Centro latino-Americano de Treinamento e Assessoria Audiovisual), sediada no rio de janeiro, uma firma de treinamento e con-sultoria regional, voltada para a nova geração de cineastas na América latina, que oferece serviços completos de consulto-ria para projetos audiovisuais. Assumiu no último mês a pre-sidência da rio film Commission. Antes de fundar a lATC, foi

vice-presidente sênior da motion Picture Association (mPA) para a América latina em 1995, responsável pela supervisão e gestão de todas as operações da mPA em todos os territó-rios da região em diversos setores, incluindo: cinema, entre-tenimento doméstico, Tv aberta, Tv por assinatura, proteção dos direitos de propriedade intelectual em ambientes digitais. Antes de ingressar na mPA, atuou como gerente e economis-ta na filial do rio de janeiro do Banco de Boston, e consultor e professor no Centro de estudos do Comércio exterior (fun-cex), e no Centro de estudos Conjuntos de integração econô-mica para a América latina (eciel), ambos no rio de janeiro. Atualmente, desempenha funções como membro da Comissão fulbright do Brasil, representando os estados unidos, e presi-dente do Comitê de Propriedade intelectual da Câmara de Co-mércio Americana do rio de janeiro. Sr. Solot é palestrante frequente em seminários e encontros nacionais e multilaterais focados na indústria audiovisual, propriedade intelectual, con-teúdo e tecnologia para o entretenimento digital.

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latco latin American Training Center (Centro latino-Americano de Treinamento e Assessoria Audiovisual), sediado no rio de ja-neiro, é um centro regional de consultoria audiovisual funda-do por Steve Solot, ex-vice-presidente para América latina da mPA (motion Picture Association). o lATC oferece serviços completos de consultoria para projetos audiovisuais e também organiza oficinas e cursos técnicos sobre produção e distribui-ção audiovisual. o lATC é afiliado à Associação internacional de escolas de Cinema e Televisão – CileCT, e mantém convê-nios com a entidad de gestión de derechos de los Producto-res Audiovisuales de españa – egedA, a independent feature Project – ifP, a fundación para la investigación del Audiovisual – fiA, a independent film & Television Alliance – ifTA , e a na-tional Association of latino independent Producers–nAliP.www.latamtrainingcenter.com cesnik, quintino & salinas adVogadoso escritório Cesnik, quintino & Salinas Advogados é especiali-zado em consultoria a negócios e ações voltadas às áreas do entretenimento, da cultura, esporte e terceiro setor. Criado há mais de dez anos por profissionais integrados ao cenário cul-tural brasileiro, o escritório conquistou destacada posição e expertise no mercado de entretenimento, com atuação junto a importantes clientes de diversos segmentos, em especial na área musical, audiovisual, de artes cênicas, das artes plásti-cas, publicitária, realizando, inclusive, assessoria à iniciativa privada para investimentos em entretenimento, cultura e ter-ceiro setor. www.cqs.adv.br

egeda A egedA - entidad de gestión de derechos de los Producto-res Audiovisuales é a entidade de gestão que representa e de-fende os interesses dos produtores audiovisuais, derivados dos direitos que a lei da Propriedade intelectual reconhece e protege. A egedA, cuja atuação é sem fins lucrativos, man-tém importantes relações com as associações de produtores dos diferentes países da comunidade ibero-americana, e tem promovido a constituição de diferentes entidades de gestão na América latina para a administração coletiva dos direitos de propriedade intelectual dos produtores audiovisuais. www.egeda.es

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longas coprodução

este seu terceiro ano, a mostra CineBH incorpo-ra pela primeira vez títulos internacionais à sua programação, algo que aconteceu com enorme naturalidade pela escolha da temática da copro-dução como foco principal da mostra. A circuns-

tância revelou-se duplamente feliz, uma vez que este também foi um ano voltado para comemorações várias do Ano da fran-ça no Brasil, e a frança é inegavelmente um dos polos princi-pais de apoio ao financiamento do cinema no mundo, espe-cialmente o cinema de autor. estas foram, portanto, as duas vertentes seguidas na nossa escolha dos títulos exibidos, que farão um diálogo direto com as discussões nas mesas do semi-nário e permitem entrever um rico panorama das possibilida-des abertas para o cinema através de sua internacionalização e do contato com a televisão.

em todos estes sentidos, é extremamente feliz a possibilidade de abrirmos a programação voltada especificamente para este tema com a exibição de Nova York Eu Te Amo, o segundo filme da série idealizada pelo produtor francês emmanuel Benbihy, cujo primeiro volume (Paris Eu Te Amo) estreou com sucesso em Cannes, e passou pelos cinemas brasileiros. neste novo filme, diretores de vários países (frança, japão, China, índia e, claro, estados unidos) criam histórias passadas em nova York, numa mistura de olhares que serve de metáfora bastante forte para a situação atual do cinema de autor e sua necessidade de internacionalização. vale lembrar ainda que o próximo destino desta série será o rio de janeiro, cuja produção em conjunto com a riofilme já foi iniciada pela produtora francesa de Be-

nhiby, anunciando nomes como fernando meirelles e josé Pa-dilha como alguns dos diretores associados ao projeto.

o papel central da frança na relação com o cinema de au-tor pelo mundo estará exemplificado ainda na programação por filmes que demonstram quão variado é o destino desses apoios. Tanto o brasileiro Os Famosos e os Duendes da Mor-te, como o argentino El Niño Pez e o filipino Independencia só puderam ser completados, em grande parte, pelas parcerias internacionais que estabeleceram. no caso dos três filmes, a frança entrou como coprodutora através do programa fonds Sud Cinéma, que se volta justamente para os filmes realiza-dos pelos chamados “países do Hemisfério Sul”. El Niño Pez contou ainda com um coprodutor espanhol, algo bastante co-mum no cinema argentino recente, enquanto Independencia é fruto de uma colaboração multinacional que soma ao apoio francês o trabalho com fundos de financiamento holandeses e alemães.

Independencia exemplifica ainda um outro tipo de coprodução importantíssimo para o presente e o futuro do cinema, que é o trabalho conjunto entre as redes de Tv e os produtores inde-pendentes. no caso do filme filipino, a rede Arte da frança é coprodutora desse trabalho do jovem cineasta raya martin, cujo talento inegável permitiu que ele tivesse a honra de ter não apenas um, mas dois filmes no festival de Cannes deste ano (o outro chamava-se Manila). no Brasil, o trabalho com a Tv tem sido ainda incipiente, para além da relação com a globo filmes. neste sentido, é muito importante a exibição de

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longas

Dzi Croquettes, filme que nasce ligado ao Canal Brasil, após o enorme e surpreendente sucesso do ano passado nos festivais (inclusive na CineBH) e no circuito do primeiro longa produzido pelo Canal, Loki – Arnaldo Baptista.

finalmente, um tema importantíssimo no contexto da interna-cionalização crescente das produções é a presença de olha-res estrangeiros no Brasil. neste sentido, nossa programação tem a verdadeira honra de poder exibir uma cópia de Orfeu Ne-gro, uma das primeiras coproduções brasileiras, dirigida pelo francês marcel Camus e ganhadora do oscar de melhor filme estrangeiro. o filme continua até hoje uma das mais marcantes apropriações do território brasileiro (no caso, o rio de janeiro) para hospedar um olhar de cineasta estrangeiro que dialoga diretamente com a cultura e as questões inerentes ao País.

Cinquenta anos depois do filme de Camus, a CineBH tem o pra-zer de apresentar a primeira sessão brasileira de Plastic City, uma coprodução entre Brasil, China, Hong Kong e japão fil-mada em São Paulo pelo importante cineasta e diretor de fo-tografia chinês Yu lik-Wai, e que competiu pelo leão de ouro em veneza no ano passado. Para além de confirmar um traba-lho internacional empreendido pela gullane filmes (cujo Ter-ra Vermelha, dirigido pelo ítalo-argentino marco Bechis já foi lançado no circuito brasileiro), Plastic City também tem a par-ticularidade de trazer personagens estrangeiros para o Bra-sil. isso é algo que veremos ainda em Dead in the Water, fil-me realizado pelo brasileiro gustavo lipsztein através de uma rara coprodução entre Brasil e estados unidos, idealizada pela

produtora brasileira elisa Tolomelli e que tem no elenco os jo-vens dominique Swain e Henry Thomas, como norte-america-nos que enfrentam problemas neste filme de gênero filmado em Angra dos reis.

Temos certeza de que o painel traçado por esses oito longas, em conjunto com aqueles exibidos dentro da homenagem à o2 filmes, permitirão que muitos caminhos e possibilidades sejam pensados para o cinema brasileiro (mas não só), a partir das trocas inerentes ao processo de coprodução.

eduardo ValenteCineasta e CrítiCo De Cinema

seleção De Filmes

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direção: Fernando Meirelles Codireção: Kátia Lund do romance de Paulo Lins roteiro: Bráulio Mantovani Cinematografia: César Charlone, ABC montagem: Daniel rezende direção de Arte: Tulé Peake Produção: Andrea Barata ribeiro e Maurício Andrade ramos Coprodutores: Walter salles, Donald K. ranvaud, Daniel Filho, Hank Levine, Marc Beauchamps, Vincent Maraval, Juliette renaud Produção executiva: elisa Tolomelli, Bel Belinck música original: Antônio Pinto e ed Côrtes desenho de Som: Zeta Audio por Martin Hernández Som direto: guilherme Ayrosa, Paulo ricardo nunes figurino: Bia salgado e inês salgado desenho de maquiagem: Anna van steen Colorista: sergio Pasqualino efeitos visuais: renato Batata 1º Assistente de direção: Lamartine Ferreira oficina de Atores: nós do Cinema e Guti Fraga Preparação de Atores: Fátima Toledo uma realização o2 Filmes e VideoFilmes Coprodução: Globo Filmes, Lumière e Wild Bunch elenco: Alexandre rodrigues, Leandro Firmino, Phelipe Haagensen, Jonathan Haagensen, Douglas silva, roberta rodrigues, Daniel Zettel, Matheus nachtergaele

O principal personagem do filme Cidade de Deus não é uma pessoa.

O verdadeiro protagonista é o lugar. Cidade de Deus é uma favela

que surgiu nos anos 60 e se tornou um dos lugares mais perigosos

do Rio de Janeiro no começo dos anos 80. Para contar a estória

deste lugar, o filme narra a vida de diversos personagens, todos vis-

tos sob o ponto de vista do narrador, Buscapé – um menino pobre,

negro, muito sensível e bastante amedrontado com a ideia de se

tornar um bandido; mas também inteligente suficientemente para

se resignar com trabalhos quase escravos.

CIDADE DE DEUSFicção, cor, 35mm, 130 min, rj, 2002

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Baseado no livro de José saramago direção: Fernando Meirelles roteiro: Don Mckellar Cinematografia: César Charlone, ABC desenho de Produção: Tule Peake figurino: renée April montagem: Daniel rezende música original: Marco Antonio Guimarães/UAKTi Produtores executivos: Gail egan simon, Channing Williams, Tom Yoda, Akira ishi e Victor Loewy Coprodução: Bel Berlinck e sari Friedland Produzido por Andrea Barata ribeiro e sonoko sakai elenco: Julianne Moore, Gael García Bernal, Mark ruffalo, Danny Glover, Adrien Brody, Alice Braga

Uma adaptação de Ensaio sobre a cegueira, romance de José

Saramago, Blindness conta a história de uma súbita e devastadora

epidemia, a cegueira branca, que acaba por destruir a sociedade,

colocando seus personagens, e também os espectadores deste

longa-metragem, cara a cara com os valores mais básicos de nossa

civilização. Na luta pela sobrevivência, a cegueira fará enxergar a

essência de nossa humanidade.

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRAtítulo original: BLINDNESSFicção, cor, 35mm, 121 min, canadá/Brasil/japão, 2008

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longas homenagem

longas

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direção: Hank Levine, Marcelo Machado e Tocha Alves roteiro: Hank Levine, Marcelo Machado e Tocha Alves, com a colaboração de Fernando Meirelles Produtores: Fernando Meirelles e Hank Levine Produção: o2 Filmes e nike direção de fotografia: raul Fernandez montagem: Lessandro sócrates, Márcio Canella e oswaldo sant’Ana

O grande segredo do domínio brasileiro no futebol é a ginga de

seus jogadores. Uma habilidade de corpo que os torna capazes de

driblar, passar a bola e marcar o gol como se o adversário não ex-

istisse. Mas ginga não se aprende. É algo mítico, inerente ao Bra-

sil. Ginga é um jeito de não se levar nada muito a sério, usar bem

os pés, o calcanhar e as coxas durante o jogo e fora dele. Vários

brasileiros, de diferentes níveis sociais e de várias partes do País,

relatam, no documentário, a sua paixão e sua habilidade no futebol

e a importância do gingado em suas vidas.

GINGAdoc, cor, 35mm, 81 min, Brasil/eua, 2005

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direção: César Charlone e enrique Fernández Produzido por: elena roux roteiro: enrique Fernández e César Charlone Coprodutores: Andrea Barata ribeiro, Bel Berlinck, Fernando Meirelles e serge Catoire Produtores executivos: sandino saravia Vinay e Claudia Büschel fotografia: César Charlone, ABC Som: Daniel Marquez música: Luciano supervielle e Gabriel Casacuberta direção de Arte: ines olmedo figurino: Alejandra rosasco maquiagem: Claudia Gonzalez montagem: Gustavo Giani direção de Produção: Mirtha Molina elenco: César Troncoso, Virginia Méndez, Mario silva, Henry de Leon, Jose Arce, nelson Lence, rosário dos santos, Alex silva, Baltasar Burgos e Carlos Lerena

Estamos no ano de 1988 e o Papa João Paulo II visitará a cidade de

Melo, no Uruguai. Calcula-se que 50.000 pessoas virão para ver o

Papa. Os habitantes mais humildes acreditam que, se venderem co-

mida e bebida a esta multidão, poderão ficar ricos. A não ser Beto,

que decide construir um banheiro em frente a sua casa.

O BANHEIRO DO PAPAtítulo original: EL BAÑO DEL PAPAFicção, cor, 35mm, 97 min, Brasil/uruguai, 2008

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o mar por testemunhatítulo original: DEAD IN THE WATERFicção, cor, 35mm, eua/Brasil, 90 min, 2002

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direção e roteiro: Gustavo Lipsztein diretor de fotografia: Marcelo Durst direção de Arte: Alexandre Meyer figurino: Kika Lopes Som direto: Heron Alencar maquiagem: Luís Carmargo montagem: Kurt Bullinger e José Pulido Trilha Sonora: Heitor Pereira Consultora musical: Michelle Kuznetsky Produção executiva: elisa Tolomelli Produção: nuts e Lloyd e eh! Filmes Coprodução: Georg Lipsztein, Gustavo Lipsztein, elisa Tolomellio, evan Astrowsky e Jay so. elenco: Henry Thomas, Dominique swain, scott Bairstow, sebastian de Vicente, José Wilker, renata Fronzi e Lavínia Vlasak

O Mar por Testemunha é um filme sobre os valores de uma geração

contado em forma de triller. Dois casais saem para um passeio de

barco. A cada volta, o barco fica mais claustrofóbico. Seus instintos

de sobrevivência fazem com que pensem no que é necessário para

resolver seus problemas individuais. Nesse processo, a verdadeira

personalidade de cada um vem à tona, fechando o ciclo dessa tragé-

dia em que jovens abastados tornam-se vítimas do próprio egoísmo.

longaslongas coprodução

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direção e roteiro: Lucía Puenzo fotografia: rodrigo Pulpeiro Arte: Mercedes Alfonsin figurino: Julio suárez Som: Fernando soldevila montagem: Hugo Primero música: Andrés Goldstein, Daniel Tarrab, Laura Zisman Assistente de direção: Fabiana Tiscornia diretora de Produção: Paula Zyngierman Produtores executivos: Fernando sirianni e Miguel Morales Produtores Associados: Marin Karmitz, nathnnaël Karmitz e Charles Gillibert Produtores: Luis Puenzo e José Maria Morales elenco: inés efron, emme, Mariela Vitale, Pep Munné, Arnaldo André, Carlos Bardem, Diego Velázquez, sandra Guida, Julián salas, Paloma, Contreras, Darío Velenzuela, Jerônimo Perassolo, sergio Lapegüe e Vando Vilamil

Lala, uma adolescente que vive num dos bairros mais ricos de

Buenos Aires, está apaixonada por Guayi, a empregada paraguaia

de 20 anos que trabalha na sua casa. Sonham em viver juntas no

Paraguai, às margens do lago Ypoá. O assassinato do pai de Lala

apressa seus planos. Este é o ponto de partida que apressa a fuga

na rota que une o norte de Buenos Aires com o Paraguai. Enquanto

Lala espera sua amante em Ypoá, reconstruindo seu passado (o

mistério de sua gravidez e a lenda de um menino peixe que guia os

afogados até o fundo do lago), Guayi é presa numa instituição para

menores. Ela também esconde um crime em seu passado.

o menino peixetítulo original: EL NIÑO PEZFicção, cor, 35mm, 96 min, 2009, argentina/ espanha/França

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orfeu negroFicção, cor, 35mm, 107 min, Brasil/França/itália, 1959

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direção: Marcel Camus roteiro: Marcel Camus, Vinícius de Moraes e Jacques Viot elenco: Breno Mello, Marpessa Dawn, Marcel Camus, Fausto Guerzoni, Lourdes de oliveira, Léa Garcia, Ademar Da silva, Alexandro Constantino, Waldemar De souza, Jorge Dos santos, Aurino Cassiano, Maria Alice, Ana Amélia, elizeth Cardoso, Arlete Costa

Baseado na peça de Vinícius de Morais, o filme de Marcel Camus foi

premiado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e com a Palma

de Ouro em Cannes. A ação se passa durante o carnaval carioca, no

fim da década de 1950, e mantém a estrutura do mito grego. Orfeu

(Breno Mello) apaixona-se por Eurídice (Marpessa Dawn), uma jovem

recém-chegada do interior. O interesse do rapaz desperta ciúmes em

Mira (Lourdes de Oliveira).

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direção: Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes, shunji iwai, Wen Jiang, shekhar Kapur, Joshua Marston, Mira nair, natalie Portman, Brett ratner e Andrei Zvyagintsev. elenco: Bradley Cooper, shia LaBeouf, natalie Portman, orlando Bloom, John Hurt, Christina ricci, ethan Hawke, robin Wright Penn, ethan Hawke, Andy Garcia, Chris Cooper, Blake Lively, Justin Bartha, rachel Bilsonm, Hayden Christensen, Drea de Matteo, Julie Christie e mais...

Na cidade que nunca dorme, ninguém nunca para de sonhar por

amor. Esses sonhos ganham vida em Nova York, Eu te Amo – uma

colaboração entre alguns dos mais instigantes artistas internacio-

nais das telas da atualidade e um elenco internacional de estrelas

que, juntos, criam uma visão caleidoscópica das espontâneas, sur-

preendentes e excitantes relações humanas que definem o ritmo da

cidade. Encontros sexies, engraçados, marcantes e surpreendent-

es surgem pelas paisagens de Manhattan – de Tribeca, passando

pelo Central Park, até o Harlem – criando uma história de amor tão

diversa e interligada quanto o próprio tecido nova-iorquino.

nova york,eu te amotítulo original: NEW YORK, I LOVE YOUFicção, cor, 35mm, 110 min, 2009, França/eua

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plastic cityFicção, cor, 35mm, 118 min, Brasil/china/hong kong/japão, 2008

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direção: Yu Likwai roteiro: Yu Likwai, Fernando Bonassi e Liu Fendou direção de fotografia: Lai Yiu Fai desenho de luz: Wong Chi Ming direção de Arte: Cassio Amarante Consultor visual: Cássio Vasconcellos direção de Produção: André Montenegro e rodrigo Castellar Magoo música: Yoshihiro Hanno e instituto montagem: Wenders Li e André Finotti efeitos especiais: sinai Mountain Produção executiva: Tom Cheung, rui Pires e sônia Hamburger Produtores Associados: Manuela Mandler, Patrick siaretta e Paulo ribeiro Co-Produtores: François da silva, Jaqueline Liu, Fumiko osaka Produtores: Fabiano Gullane, Caio Gullane, Chow Keung, Jia Zhang-Ke, Yuji sadai, siuming Tsui, Débora iavanov e Gabriel Lacerda Produção: Gullane Filmes e Xstream Pictures Co- Produção: Bitters end, sundream Motion Pictures e Paris Filmes Produção Associada: ArTe France, Media Factory inC., ozone network Co., Teleimage elenco: odagiri Joe, Anthony Wong, Huang Yi, Tainá Müller, Chen Chao Jung, Phellipe Haagensen, Antônio Petrin, Milhem Cortaz, Alexandre Borges, Cláudio Jaborandy

Ambientado no tradicional bairro da Liberdade no centro de São

Paulo, Plastic City tem como protagonista a imensa comunidade

oriental que se estabeleceu na cidade ao longo dos anos, buscando

uma terra de oportunidades e um lugar para novos negócios – legais

ou ilegais. Yuda é um poderoso imigrante chinês que prosperou na

ilegalidade, Kirin, seu filho adotivo, é um jovem impetuoso que vive em

conflito com as decisões de seu pai. Juntos, eles comandam a máfia

da pirataria no Brasil. Mas um império conquistado ao longo de anos

pode desmoronar em um passo em falso. Pai e filho passam a limpo

as histórias da vida e se vêem diante de um acerto de contas.

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direção: raya Martinroteiro: raya Martin e ramon sarmientoelenco: Alessandra de rossi, Tetchie Agbayani e sid Lucero e Mika Aguilos

Início do século 20 Filipinas. Os sons de guerra: sinal da chegada

dos americanos. Uma mãe e filho fogem para as montanhas, espe-

rando por uma vida tranqüila. Um dia, o filho descobre uma mulher

ferida no meio da floresta, e decide levá-la para casa. Passar dos

anos. Homem, mulher e criança viver em isolamento do caos cres-

cente em todo o país. Mas uma tempestade em breve ameaça a sua

existência, e as tropas americanas se aproximam.

independênciatítulo original: INDÉPENDANCEFicção, p&B, França/Filipinas/holanda/alemanha, 77 min, 2009

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longas coprodução longas

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om grande parte da programação voltada para a temática principal da coprodução e a homena-gem à o2 filmes dentro deste panorama, além das seis sessões de curtas-metragens, optamos por usar a grade disponível para o cinema bra-

sileiro contemporâneo a partir de duas aproximações distintas e complementares.

Por um lado, há uma programação voltada para a pré-estreia em minas gerais de alguns filmes de maior apelo com o públi-co. neste sentido, para a programação da Praça, por exemplo, num movimento que tem se revelado constante na produção nacional recente, as escolhas recaíram sobre dois documen-tários: Mamonas pra Sempre, o Doc e Só Dez Por Cento é Men-tira. Ambos se inserem na parte da produção brasileira que tem dialogado com nomes de peso em outras manifestações artísticas (no primeiro caso, o grupo musical mamonas As-sassinas; no segundo, o poeta manoel de Barros), procurando estabelecer um diálogo entre o cinema e esses outros faze-res artísticos. em ambos os casos, o resultado são filmes com enorme potencial de comunicação popular e inegáveis quali-dades cinematográficas.

já no Cine Santa Tereza, o espectador poderá assistir ao mais recente filme de um dos mais relevantes nomes do cinema brasileiro ainda em atividade, domingos oliveira. Sempre rea-lizador de um cinema altamente comunicativo, domingos radi-caliza neste seu novo trabalho o diálogo com a outra arte que mais exercitou na vida, o teatro, adaptando uma peça sua de

enorme sucesso, Todo Mundo Tem Problemas Sexuais. Para além da origem do texto, o filme de domingos incorpora na sua própria estrutura a relação com o teatro como um dos seus te-mas principais. não deixa de ser curioso, neste sentido, notar que o Cine Santa Tereza exibe também um outro filme brasilei-ro que tem origem no teatro: o documentário Dzi Croquettes, que retrata um dos mais importantes grupos da história das artes cênicas nacionais. mesmo inserido na temática da co-produção, a exibição deste filme também configura uma pré-estreia nacional.

já o Cine Tenda exibirá, além dos curtas, alguns filmes com menos oportunidades de futura exibição em circuito comer-cial. Boa parte disso se deve a nossa opção pela exibição dos médias-metragens, ainda hoje um formato que possui poucos espaços abertos para sua difusão. mas há também espaço para um longa como Dia dos Pais, de julia murat e leonardo Bittencourt, filme feito de maneira absolutamente independen-te, sem qualquer financiamento, lidando com questões onde o íntimo espaço dos realizadores se mistura com a paisagem onde eles decidem se embrenhar. É um filme de enorme deli-cadeza, que transpõe para a tela um olhar que se encontra e tenta desvendar uma realidade brasileira pouco conhecida.

já na grade de médias, exibiremos dois trabalhos que se in-serem na recente corrente do documentário voltado para os pequenos temas e as questões cotidianas. em Amor Como Destino, os realizadores maria Stella mendes ribeiro e josé Américo ribeiro se voltam para o tema dos casamentos e sua

longas e médiascontemporâneos

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longas

durabilidade, falando dos desafios e delícias de se manter uma relação amorosa ao longo dos anos. É um filme voltado para a intimidade e para os espaços internos das casas. Amplian-do os espaços para a cidade, Paulo leão coloca em pauta, através da pergunta que dá título a Por Que Você Veio Mo-rar Aqui?, outra questão de foro absolutamente íntimo. Ambos os filmes constroem narrativas através de uma coletividade de impressões sobre temas comuns, cujas respostas serão sem-pre incomuns, pois pessoais e intransferíveis.

de outra ordem são as questões levantadas pelos filmes que exibimos em conjunto em uma outra sessão, formada por Nin-guém Segura o Brasil e Memórias Finais da República de Far-das. Temos aqui duas investigações bem diferentes sobre o imaginário brasileiro durante o período da ditadura militar. no caso do primeiro, este imaginário surge em estado bruto, pois os realizadores optam por não fazer qualquer intervenção so-bre o material publicitário do período que eles pesquisaram. Trata-se de uma aposta, radical, na capacidade deste material falar muito por si mesmo. já o segundo trabalho é um exemplar produto de uma pesquisa quase investigativa sobre os ester-tores do regime ditatorial no País, que consegue revelar uma série de fatos e impressões bastante relevantes sobre aquele momento. em conjunto, acreditamos que esses dois trabalhos ganhem ainda mais força.

finalmente, temos o prazer de exibir dois médias e um curta que têm origem num mesmo projeto: A Dança do Pensamento, Transversais e De Volta ao Quarto 666 têm diferentes diretores,

mas são realizados através de uma mesma série, idealizada pela produtora gaúcha v2. neles, os realizadores se aprovei-tam da presença na capital gaúcha de vários nomes essen-ciais da produção artística e de pensamento pelo mundo para colocar em pauta uma série de questões que se tornam tanto o tema de entrevistas como o motivador para a autoria dos dife-rentes cineastas que realizam os trabalhos. Aqui, a arte revela seu poder transcendental tanto nas palavras proferidas quan-to na forma dos filmes, num conjunto bastante significativo de intervenções.

eduardo ValenteCineasta e CrítiCo De Cinema

seleção De Filmes

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dia dos paisdoc, cor, digital, 72 min, rj, 2008

direção e roteiro: Júlia Murat e Leo Bittencourt fotografia: Leo Bittencourt montagem: Julia Murat Trilha Sonora: Maria Muricy edição de Som: Júlia Murat e Leo Bittencourt empresa Produtora: Taiga Filmes

O documentário Dia dos Pais é uma viagem por quatro pequenas

cidades da antiga região do café, que hoje está abandonada. A im-

portância histórica e econômica do passado transparece indireta-

mente pela memória da linha do trem e de suas antigas fazendas, em

contraste com o presente e o cotidiano pobre enfocados no filme.

Seguindo viagem chegamos a Bananal, cidade de origem da família de

Júlia. A busca por conhecer as cidades do Vale hoje se mistura com

a busca pela identidade de sua família, dividida após a derrocada do

seu velho avô, Moacir.

dzi croquettesdoc, cor, digital, 110 min, rj, 2009

direção, roteiro e fotografia: Tatiana issa e raphael Alvarez montagem: raphael Alvarez elenco: Liza Minnelli, ron Lewis, Gilberto Gil, nelson Motta, Marília Pêra, ney Matogrosso, Betty Faria, José Possi neto, Miéle, Aderbal Freire Filho, Jorge Fernando, César Camargo Mariano, elke Maravilha, Cláudia raia, Miguel Falabella, Pedro Cardoso, norma Bengell, Claudio Tovar, Ciro Barcelos, Bayard Tonelli, rogério de Poly e Benedito Lacerda.

O documentário resgata a trajetória do grupo que se tornou símbolo da

contracultura ao confrontar a ditadura usando a ironia e a inteligên-

cia. Os espetáculos revolucionaram os palcos com homens de barba

e pernas cabeludas, que contrastavam com sapatos de salto alto e

roupas femininas. O grupo se tornou um enorme mito na cena teatral

brasileira e parisiense nos anos 70.

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longaslongascontemporâneo

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mamonas pra sempre, o docdoc, cor, digital, 85 min, sp, 2009

direção e Produção: Cláudio Kahns direção de entrevistas: Luna Alkalay e Dagomir Marquezi fotografia e Som direto: Johnny Torres e João Pavese Pesquisa e roteiro: Diana Zatz Mussi Coordenação de Produção (entrevistas): Bia Carvalho Coordenação (finalização): Bruna Callegari e Patrícia souza Lima edição: Anna Penteado, Bruna Callegari, Diana Zatz Mussi, Felipe igarashi, rafael B

O documentário narra a história da banda que em menos de dez me-

ses saiu do anonimato para ser um dos maiores fenômenos da música

brasileira. Repleto de material inédito guardado até hoje pela famílias,

o filme resgata a trajetória do grupo, os desafios vencidos e sua as-

censão. Irreverentes, inteligentes, sarcásticos, mas, acima de tudo,

extremamente criativos, os Mamonas viraram o País de cabeça para

baixo enquanto divertiam e uniam as famílias brasileiras.

os Famosos e os duendes da morteFicção, cor, 35mm, 101 min, Brasil/França, 2009

diretor: esmir Filho roteiro baseado no livro de ismael Cannepele roteiro: esmir Filho e isamael Cannepele Produtores: sara silveira e Maria ionescu diretora de Produção: Lili Bandeira Casting: Patrícia Faria diretor de Arte: Marcelo escañuela figurino: Andréa simonetti diretor de fotografia: Mauro Pinheiro Técnico de Som: Geraldo ribeiro editor de Som/ mixing: Martin Grignaschi editora: Caroline Leone finalizador: Gustavo ribeiro Trilha Sonora: nelo Johann elenco: ismael Caneppele, Tuane eggers, Henrique Larré, samuel reginatto e Aurea Baptista

Um garoto de 16 anos, fã de Bob Dylan, acessa o mundo através da

Internet, enquanto vê seus dias passarem em uma pequena cidade

alemã no interior do Rio Grande do Sul. A chegada de figuras miste-

riosas na cidade traz lembranças do passado e o leva para um mundo

além da realidade.

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longas contemporâneo longas

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sÓ dez por cento é mentiradoc, cor, digital, 76 min, rj, 2008

direção e roteiro: Pedro Cezar Produção: Pedro Cezar, Kátia Adler e Marcio Paes fotografia: stefan Hess montagem: Julio Adler e Pedro Cezar música: Marcos Kuzka Cunha empresa Produtora: Artezanato eletrônico

Documentário sobre a vida e obra do poeta sul-matogrossense Ma-

noel de Barros. Alternando sequências de entrevistas com o escritor,

versos de sua obra e depoimentos de conhecedores de sua literatura,

o filme traça um painel revelador da linguagem do autor considerado

o poeta mais original em língua portuguesa. Com 91 anos, cerca de 20

livros publicados e vivendo atualmente em Campo Grande, Manoel de

Barros é consagrado por diversos prêmios literários e é o mais ven-

dido escritor brasileiro.

todo mundo tem proBlemas seXuaisFicção, cor, digital, 82 min, rj, 2008

direção: Domingos oliveira direção de Arte: ronald Teixeira roteiro: Domingos oliveira fotografia: Luiz Paulo nenen montagem: Jordana Berg edição de Som: Bernardo Gebara Som direto: Pedro Moreira Trilha Sonora: Bernardo Gebara e Domingos oliveira figurino: Kika Lopes Produção: renata Paschoal Produtoras: 4004 Produções e Teatro ilustre elenco: Pedro Cardoso, Cláudia Abreu, Priscilla rozenbaum, orã Figueiredo, Paloma riani, ricardo Kosovski

O filme conta 5 histórias altamente maliciosas: 1 Impotência. Uma mulher

apaixonada descobre no bolso de seu parceiro uma cartela de estimu-

lante sexual. 2 Perversão. Casal viveu anos um casamento convencional

e por causa de uma circunstância inesperada não podem mais viver sem

outros parceiros 3 Desejo. Casal se conhece pela internet e tem encontros

tórridos por 3 meses no escuro, até que uma geladeira se abre e lança

luz sobre verdades ocultas. 4 Sedução. Farmacêutico precisa seduzir sua

colega de trabalho. 5 Preferências sexuais. Homem descobre, mesmo

amando e desejando uma mulher, o desejo por outro homem096

longas contemporâneo longas

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a dança do pensamentodoc, digital, cor, 54 min, rs, 2008

direção, roteiro, direção de Arte, Cenografia e figurino: Marta Biavaschi fotografia: Vinícius nora Produção executiva: Letícia de Cássia e Davi de oliveira Pinheiro montagem: Alfredo Barros e Thais Vieira Trilha Sonora: Marcelo Fornazier edição de Som: Leo Bracht empresa Produtora: V2 cinema

O cosmo, o homem e a cidade. Desde os mitos de criação do mundo

até a subjetividade das narrativas contemporâneas, buscamos esta-

belecer um diálogo entre nós e o universo.

transVersaisdoc, digital, cor, 54 min, rs, 2008

direção e roteiro: Guilherme Castro Produção executiva: Letícia de Cássia e Davi de oliveira Pinheiro fotografia: eduardo Amorim direção de Arte: Gilka Vargas e iara noemi montagem: Alfredo Barros e Bruno Carvalho Trilha Sonora: richard serraria edição de Som: Leandro Lefa empresa Produtora: V2 Cinema

Grandes pensadores falam sobre os maiores temas da humanidade. A

cidade é o cenário surpreendente e movimentado, é o ambiente forte

onde guerras, fundamentalismo, mercados, democracia, terrorismo, fé

e política se misturam ao dia a dia de pessoas comuns.

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médiasmédiascontemporâneo

Page 99: Catálogo - Mostra CineBH 2009

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médias contemporâneo médias

ninguém segura o Brasildoc, digital, cor, 30 min, rj, 2009

direção e roteiro: Alfeu França Produção e Assistência de direção: renata Fazzio montagem: Bernardo Brik Pesquisa: Alfeu França e renata Fazzio empresa Produtora: imagenax Produtora Associada: Abbas Filmes

Brasil. Década de 1970. O despertar de um gigante. Os militares no

poder e a propaganda oficial como arma para divulgar o progresso e

forjar o cidadão para o Brasil de amanhã – “o país do futuro”.

por que VocÊ Veio morar aqui?doc, digital, cor, 51 min, mg, 2008

direção, roteiro, montagem e Trilha Sonora: Paulo Leão Produção executiva: Gracy Laport edição de Som: João Gabriel empresa Produtora: olhar Filmes

Este documentário tenta mostrar um pequeno painel dos motivos,

desejos e necessidades que levam as pessoas a se mudarem de ci-

dade, estado ou país em que nasceram e se estabelecerem em novos

lugares. A resposta à pergunta “por que você veio morar aqui” é dada

através de 20 entrevistas realizadas em diversas cidades de Minas

Gerais, entre os anos de 2006 e 2008.

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memÓrias Finais da repúBlica de Fardasdoc, digital, cor, 37 min, dF, 2008

direção e roteiro: Gabriel F. Marinho montagem: Gabriel Catta Preta Trilha Sonora: nemo de souza edição de Som: César Ferreira Produção executiva: Carolina Villa Lobos direção de Produção: Leandro Borges e Maurício neves fotografia: Andressa Anholete, André Gomes e emília silberstein direção de Produção: Leandro Borges e Mauricio neves empresa Produtora: Totó Filmes

Quase 25 anos depois da maior campanha cívica que o Brasil já

presenciou, os habitantes do Distrito Federal contam suas versões e

percepções do movimento que lutava por eleições diretas para presi-

dente. Aqui, homens e mulheres, a maioria desconhecidos, contam as

histórias de quem não subiu nos palcos dos grandes showmícios.

amor como destinodoc, digital, cor, 30 min, mg, 2009

direção: Maria stella Mendes ribeiro e José Américo ribeiro Produção executiva: Maria stella Mendes ribeiro fotografia: sérgio Vilaça e Jussara Vitória montagem: sérgo Vilaça e José Américo ribeiro Trilha Sonora: Arthur Andrés e regina Machado edição de Som: Jussara Vitória empresa Produtora: BH Filmesderua Produção Ltda.

O documentário discute a relação de casais com muitos anos de casa-

dos.

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médias contemporâneo médias

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médias

a gruta – Filme-jogosuspense/terror interativo, ficção, digital, cor, até 45 min, dF, 2009

direção e roteiro: Filipe Gontijo Produção: Tamara Habka Co-produção e fotografia: Érico Cazarré Assistente de direção: santiago Dellape Trilha sonora e edição de som: Patrick De Jongh direção de arte: nadine souza maquiagem: Mura Martins Continuista: rafael Lobo Som direto: Jorge Pennington e Márcio Miranda ilustrações: Fabiano o silva elenco: Carlos Henrique, Poliana Pieratti, André Deca e Dadinho, o porco-ator.

O suspense interativo conta a história de um jovem casal que decide

passar uns dias na fazenda da família da garota, onde mora o caseiro

Tião. A harmonia acaba quando eles encontram um filhote de porco

na gruta da fazenda. Na sessão, o público terá controles remotos in-

dividuais para interferir no destino dos protagonistas. Serão mais de

30 momentos de interatividade e 11 finais possíveis para a história. E o

espectador pode escolher, já no começo do filme, sob a perspectiva de

qual personagem quer assistir ao filme. 0101

sessão especialfilme-jogo

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conceber uma sessão de filmes a partir de um universo consideravelmente maior deles é sem-pre e essencialmente um desafio que, com o passar dos anos e a adição constante de uma série de questões conceituais e práticas, vem

se tornando cada vez maior e, podemos dizer, instigante. do-cumentário? ficção? experimental? Película, digital, Hd, ce-lular? Como lidar com tantos filmes, de tantos lugares e com combinações estéticas, materiais e orçamentárias tão diver-sificadas?

Seria o caso de aceitar essa tal diversidade como suposta-mente impositiva de um relativismo que impossibilita a demar-cação de uma linha, de uma postura frente ao que se vê ou, pelo contrário, seria o caso de assumir este desafio e jamais abrir mão da afirmação do que se considera fundamental? o que aqui se tenta, pois, é uma forma de conciliação, uma cons-trução que não renegue a diversidade e o que ela traz consigo de democracia e liberdade, mas que não abdique da proposi-ção de um recorte, um olhar ou, quem sabe, uma primeira afir-mação dentro de um diálogo não apenas possível, como dese-jável, com o espectador.

Assim sendo, há alguns eixos fundamentais na seleção, cuja recorrência e força expressiva nos pareceu eloquente o su-ficiente para assim pensá-los e apresentá-los ao público. um deles, por exemplo, diz respeito à utilização do gênero cinema-tográfico menos como mero pastiche, acomodação ou cele-bração ingênua, mas como matriz internalizada e possibilidade de potência a partir do domínio de sua carpintaria fundamen-tal. Também bastante forte é a presença de filmes lidando com o universo da adolescência, cuja abordagem parece transitar entre o mais seco dos realismos e uma fantasia marcadamen-te sombria. Podemos perceber neste movimento ecos de uma nova geração que começa a filmar cada vez mais nova, graças à maior disponibilidade dos meios digitais, e também ao gran-de número de cursos de cinema espalhados hoje pelo País.

Ainda, nota-se a presença forte de uma série de elementos e procedimentos modernos que aqui ganham forma, tom e colo-rações contemporâneas, em filmes preocupados em explorar a relação da câmera com o corpo e o espaço (em suas diver-sas possibilidades), as possibilidades de expressão a partir do diálogo com o próprio meio (metalinguagem) e, por fim, as fer-ramentas técnicas e possibilidades expressivas do cinema a

curtas

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serviço do universo mais particular e íntimo do realizador: esse “eu” fragmentado pelo mundo e/ou pela linguagem, esse gesto paradoxal de interiorização máxima através de algo que é, em si mesmo, um ato de exteriorização – a realização de um filme para sua posterior exibição pública.

Por fim, no que diz respeito à localização das produções sele-cionadas, ao mesmo tempo que cabe dizer que, ainda que este não tenha sido critério observado em primeira análise, quando visto a posteriori, não deixa de ser dado relevante e sintomáti-co de alguns dos movimentos e estados do audiovisual brasi-leiro. fica aberto, portanto, mais esse campo de diálogo a par-tir do trabalho curatorial proposto.

que o prazer da descoberta, das provocações, estímulos e afe-tos seja tão intenso para o espectador quanto o foi para nós na garimpagem dos filmes e posterior montagem destas sessões.

eduardo ValenteCineasta e CrítiCo De Cinema

raFael ciccariniCrítiCo De Cinema

seleção De CUrtas

curtas

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série 1curtas

medo do escuroficção, digital, 7’42”, dF, 2008

Direção: Cauê Brandão

Família tenta viver em meio às consequências de um ato de violência

O ElétricO jardim da EscuridãOexperimental, digital, 10’, mG, 2009

Direção: Mariana Campos

Vídeo documental feito com imagens caseiras sobre o sentimento de

rejeição e perda do amor dos outros

o vampiro do meio diaficção, digital, 19’, rJ, 2008

Direção: Anita Rocha da Silveira

No verão mais quente de sua vida, adolescente descobre o prazer em

meio a ônibus, balões, Darth Vader e leis de Newton.

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duas fitasficção, digital, 11’, sP, 2009

Direção: Lucas Camargo de Barros e Felipe MiguelProdutoraireção: FAAP

Hugo, um menino de 12 anos, pega emprestado duas fitas de video-

game de um colega e vai levá-las de volta após a morte do garoto.

não me deixe em casaficção, 35mm, 18’, Pe, 2009

Direção: Daniel AragãoProdutora: REC Produtores Associados

Quem ama se isola das crueldades da vida.

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série 1

curtas

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série 2curtas

filme de sábadoficção, digital, 17’, mG, 2009

Direção: Gabriel Martins

Em uma manhã de sábado, André teve uma ideia...

kinetoscópio mané cocóficção, digital, 9’20”, ce, 2008

Direção: Firmino HolandaProdutora: Iluminura Filmes

Celebração da chegada do cinema em Fortaleza, em 1897, com os

aparelhos de Edisone dos Lumière. O comerciante Mané Cocó exibe

as primeiras cenas de uma bailarina no seu kinetoscópio.

afluentisficção, digital, 18’05”, RJ, 2008

Direção: Rodrigo Savastano e Ram PaceProdutora: Caxanga Audiovisual e Laprospectiva Video

E eu, rio abaixo, rio afora, rio adentro – o rio.

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Quando o vento sobraficção, 35MM, 16’, Ce, 2008

Direção: Petrus CariryProdutora: Iluminura Filmes

Um homem em crise e um velho filme super-8 com imagens da sua

infância. Um catador de papel e seu filho andam pelas ruas em busca

da sobrevivência. O filme traça uma trajetória poética entre a imper-

manência das coisas e a memória afetiva.

a maçã de boteroficção, 35mm, 15’, SP, 2008

Direção: Mariana Dias Weis e Moira Toledo

25 de dezembro. Bunny Banana sai pela cidade à caça de um papai

noel para seu filho. O menino persegue a mãe pela cidade. A jornada

toma rumos extraordinários...

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série 2 curtas

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darluzficção, digital, 15’, SP, 2009

Direção: Leandro Goddinho

Dei José, dei Antônio, dei Maria. Dei, daria e dou. Não posso criar.

o desgosto dá mais lenha pra pensarficção, digital, 15’, sp, 2008

Direção: Felipe Altenfelder SilvaProdutora: UFSCar

É sob os olhos amedrontados de uma família que enxergamos uma re-

volução social de grandes proporções. O medo de mudanças é capaz

de trazer à tona sentimentos obscuros, capazes de os levar ao colapso

da sanidade e do convívio.

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diante da leificção, digital, 20’10”, Ce, 2008

Direção: Alyson Lacerda

Inspirado em conto homônimo de Franz Kafka. Um camponês chega ao

prédio da lei em busca de justiça. No prédio, acaba se deparando com

a burocracia da lei em um labirinto de corredores escuros e vazios.

série 3 curtas

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homem provisórioficção, 35mm, 17’, mG, 2009

Direção: Gibi CardosoProdutora: Olho de Peixe Cinema e Vídeo

Homem obcecado pelo passado. Parece que tudo que ele viveu não

justifica estar vivo. Quase sempre se refugia em locais onde a vida

está em extinção.

Quarto de esperaficção, 35MM, 13’, rs, 2009

Direção: Bruno Carboni e Davi Pretto

Um jovem usando uma máscara de gás transita em uma cidade vazia

e cinzenta.

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série 3curtas

foto: alexandre baxter

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o teu sorrisoficção, digital, 19’, rJ, 2009

Direção: Pedro Freire

Rodrigo e Suzana estão namorando há poucas semanas. Ele tem 72

anos, ela tem 60, e estão completamente apaixonados. Juntos, pas-

sam os dias grudados, na cama, namorando, batendo papo, comendo

e rindo.

phirodoc, digital, 12’, Sp, 2008

Direção: Gregório Graziosi

A presença da ausência.

Rezadoc, digital, 12’, eS, 2008

Direção: Alunos da rede pública municipal de Divino de São LourençoProdutora: Patuleia Filmes e Produções

No município de Divino São Lourenço, benzedores falam de suas ori-

gens, seus fundamentos e sua importância dentro da comunidade lo-

cal.

série 4curtas

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Page 113: Catálogo - Mostra CineBH 2009

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Silêncio e SombraSanimação, 35mm, 8’33”, Pr, 2008

Direção: Murilo HauserProdutora: Amazing Graphics do Brasil

Quem cavalga tão tarde pela noite e pelo vento?

tempo de cinzasexperimental, digital, 6’04”, pR, 2008

Direção: Arnaldo BelottoProdutora: Destilaria do Audiovisual

Duas mulheres seguem o dia limpando o túmulo de sua família.

a arquitetura do corpodoc, 35MM, 21’, MG, 2008

Direção: Marcos PimentelProdutora: Tempero Filmes do Brasil

Os bailarinos e suas formas. Suas dores. Seus sonhos...

série 4

curtas

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perto de casadoc/experimental, digital, 9’30”, MG, 2009

Direção: Sérgio BorgesProdutora: TEIA

Um passeio entre irmãos e o pai, da casa para o mundo.

a casa do cel. messiasdoc, digital, 10’15”, mG, 2008

Direção: Rodrigo Maia

Uma desconhecida casa histórica em São João del-Rei é pela primeira

vez documentada. Um convite inesperado surge e revela a decadên-

cia de um sítio de um dos coronéis mais ricos e poderosos da região.

Inocente e revelador.

Fronteiraexperimental, digital, 5’, Pr, 2008

Direção: Arthur TuotoProdutora: Zerkalo Filmes

Um ônibus atravessa uma fronteira.

Minha tia, Meu priModoc, digital, 9’10”, rJ, 2008

Direção: Douglas Soares

Minha tia-avó sempre me intrigou. Não sei o real motivo que a con-

siderei uma ótima personagem. Talvez seja porque, numa conversa,

ela disse que gostaria de ser uma atriz de cinema. Um filme sobre as

relações afetivas e as alternativas para não se sentir sozinho.

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série 5curtas

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jarro de peixesexperimental, digital, 10’, Ce, 2008

Direção: Salomão SantanaProdutora: PeixeFlor

Estou indo embora para sempre. Quero que guardem de mim algumas

lembranças. Espero não ter passado em suas vidas sem ter deixado

qualquer tipo de recordação.

biografia da mudançaexperimental, digital, 6’50”, mg, 2008

Direção: Alexandre Carvalho

Trajetória da família em seu espaço e ritmo paralelos aos valores e

conceitos políticos e sociais de essência e aparência.

alto astralficção, digital, 11’, CE, 2009

Direção: Hugo Pierot e Gláucia BarbosaProdutora: Imerso Filmes

No azul do céu descansa meu corpo inerte.

minha avó comemora aniversário comsuas amigas de hidroginásticaficção, digital, 16’, mg, 2009

Direção: Leonardo Amaral

Filme sobre avó.

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série 5 curtas

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o anão que virou giganteanimação, digital, 10’, rJ, 2008

Direção: MarãoProdutora: Marão Filmes

A improvável, todavia autêntica, história do anão que virou gigante.

amanda & monickdoc, digital, 18’50”, PB, 2008

Direção: André da Costa PintoProdutora: Medonho Produções/UEPB

O documentario aborda a vida de travestis do Cariri paraibano, mos-

trando que o que vale em qualquer relacionamento é a felicidade.

a tal guerreiradoc, digital, 14’, SP, 2008

Direção: Marcelo CaetanoProdutora: Paleo TV

Um sound system no cemitério. Go-go boys nos atabaques. Uma tele-

visão no terreiro. Um filme sobre o sagrado e o profano nas incorpora-

ções do mito Clara Nunes.

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o filme mais violento do mundoficção, 35mm, 16’, mG, 2009

Direção: Gilberto ScarpaProdutora: Ateliê 22, Abuzza Filmes e Kinosfera Filmes

Raimundo, produtor de cinema fracassado, pede ajuda financeira ao amigo

e produtor de sucesso J.C. para realizar seu próximo projeto. J.C. condiciona

o apoio à mudança de estilo do produtor que terá que fazer uma filme visan-

do o grande público.Um fato inesperado ameaça a conclusão do filme.

C.J.K.doc, digital, 15’, MG, 2008

Direção: Eliza Gazzinelli e Ana Paula GazzinelliProdutora: Olhar XXI

C.J.K. apresenta ao público o polêmico conjunto habitacional popu-

larmente conhecido como JK – monumento da arquitetura moderna

idealizado por Juscelino Kubitschek, Joaquim Rolla e Oscar Niemeyer

na década de 50, em Belo Horizonte.

de volta ao quarto 666ficção, digital, 15’, rS, 2008

Direção: Gustavo SpolidoroProdutora: V2 Cinema

Qual o futuro do cinema? Em 1982, em Cannes, Wim Wenders convidou

diversos cineastas a responderem esta pergunta. Vinte e seis anos de-

pois, a pergunta continua a mesma, mas Wenders está do outro lado

da câmera

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série 6curtas

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cine concertoo grivo e cao guimarães

Cine-Concerto é uma apresentação do trabalho visual do cineasta e artista plástico Cao guima-rães com show do duo experimental o grivo. o espetáculo multissensorial, com duração de 50 minutos, é formado pela exibição de filmes de

Cao, com a trilha sonora executada ao vivo pelo o grivo, com-posto por nelson Soares e marcos moreira. As improvisações são realizadas em instrumentos e máquinas sonoras construí-das pela própria dupla com objetos como latas velhas e copos de cristal.

eXiBição dos Filmes:

WorD/WorLD, de Cao Guimarães e rivane neuenschwanderP&B, 8’, Brasil, 2001

nAnoFoBiA, de Cao Guimarãescor, 3’, Brasil, 2003

sin Peso, de Cao Guimarãescor, 7’, Brasil/méxico, 2006

AULA De AnAToMiA, de Cao Guimarãescor, 5’, Brasil, 2003

PeioTe, de Cao Guimarãescor, 4’, Brasil/méxico, 2007

soPro, de Cao Guimarães e rivane neuenschwanderP&B, 5’30”, Brasil, 2000

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eduardo Valenteeduardo valente formou-se em cinema pela uff (niterói/rj). Seu curta de formatura, Um Sol Alaranjado, recebeu em 2002, de um júri presidido por martin Scorsese, o Primeiro Prêmio da Cinéfondation, competição de filmes de escola do festi-val de Cannes. Seus dois curtas seguintes, Castanho (2003) e o Monstro (2005) também foram exibidos no festival de Can-nes, em diferentes seções. No Meu Lugar é a sua estréia em longas-metragens. Além de realizador, ele é editor da revis-ta de crítica de cinema Cinética (www.revistacinetica.com.br); curador e organizador de mostras e festivais de cinema; e dá cursos e oficinas de crítica, roteiro, direção e linguagem de cinema.

raFael ciccarini Professor e crítico de cinema. mestre em Artes visuais – Cine-ma pela ufmg, graduado em História pela ufmg. Professor de História do Cinema Brasileiro na Pós-graduação do ieC/PuC-minas e de História do Cinema, Cinema Brasileiro e Crítica Ci-nematográfica da escola livre de Cinema – mg. É também edi-tor da revista eletrônica Filmes Polvo.

leonardo mecchiÉ crítico de cinema e produtor. editor da Revista Cinética [www.revistacinetica.com.br], foi selecionado em 2007 para o Berli-nale Talent Campus, programa anual do festival internacional de Cinema de Berlim. Como produtor, atua no desenvolvimen-to e na produção de projetos de curtas e longas-metragens – entre eles À Margem do Lixo e Quebradeiras, de evaldo mo-carzel; Rosa e Benjamin, de Cléber eduardo e ilana feldman; e Onde Andará Dulce Veiga?, de guilherme de Almeida Prado – além de mostras e festivais dedicados ao cinema brasileiro, como o festival de Cinema e meio Ambiente de guararema, já em sua 3ª edição, o i festival de Cinema de Paranapiaca-ba e as mostras Eu é um Outro – O Autor e o Objeto no Docu-mentário Brasileiro Recente (Caixa Cultural-rj, 2008), Vivendo e Morrendo em São Paulo (CCSP-SP, 2008), Baseado em Caso Real (CCBB-Brasília, 2009) e Órfãos da Embrafilme (CCBB-Bra-sília, 2009). idealizou e produziu também o ciclo de debates em mídia eletrônica estéticas da Biopolítica – Audiovisual, Política e novas Tecnologias, contemplado pelo minC através do pro-grama Cultura e Pensamento. É colaborador das mostras de Cinema de Tiradentes, ouro Preto e Belo Horizonte.

comissão de seleção

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mostrinha de cinema

radicional nos eventos da universo Produção, a Mostrinha de Cinema também faz parte da pro-gramação da Mostra CineBH que dedicada ao pú-blico infantil e à família – também entra na onda do Ano da frança no Brasil, com a exibição da

animação francesa O Rei e o Pássaro, de Paul grimault, que dividirá com O Guerreiro Didi e a Ninja Lili e Turma da Mônica em uma Aventura no Tempo a atenção das crianças e a sessão do documentário Palavra (En)cantada, de Helena Solberg pre-tende reunir toda a família com muita poesia.

luz, CâmerA e Ação!CinemA PArA A novA gerAção.CinemA PArA TodA fAmíliA.

no eSCurinHo do CinemA,imAgenS em movimenToCom muiTo Humor e AnimAção.

nA PlATÉiA,A exPeCTATivA, A euforiA e emoçãoo PúBiCo dá SenTido ÀS ProduçõeS.

nA TelA,oS PerSonAgenS, o Cenário, A nArrAção e fAnTASiA, ingredienTeS que Se reúnem e dão BrilHo À imAginAção.

A moSTrinHA APreSenTA quATro longAS e CinCo CurTASque em CinCo SeSSõeS de CinemA oCuPAm AS TelAS do Cine SAnTA TerezA.Tudo iSTo Com A PreSençA dA TurmA do PiPoCAAPreSenTAndo oS novoS PerSonAgenSo lAnTerninHA, A BAleirA,A flor e o duduque vão inTerAgir e diverTir.

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direção: Marcus Figueiredo direção de Ação: DAni HU Produzido por Diler Trindade Produtores Associados: Paulo Aragão Produtor executivo: Telmo Maia Produtor delegado: Geraldo silva de Carvalho direção de fotografia: Cézar Moraes, A.B.C. direção de Arte: Paulo Flaksman Cenografia: Ana schlee figurino: Maria Diaz música: Torcuato Mariano Som direto: José Moreau Louzeiro e Alaerson nono Coelho edição de Som: Maria Muricy e José Moreau Louzeiro mixagem: Cláudio Valdetaro montagem: João Paulo Carvalho, natara ney, Fernando Vicor e sergio Marini Produção de elenco: Cibele santa Cruz direção de Produção: Mariângela Furtado História original: renato Aragão roteiro: renato Aragão, Marcus Figueiredo e Guto Franco elenco: renato Aragão, Livian Aragão, Vanessa Loes, Marcelo novaes, Cadu Fávero, Daniele suzuki, Werner schunemann, João Vitor silva, rafael ritto, Luan Assimos e rodrigo Hilbert

No início do século XX, Lili é a filha de um jovem oficial europeu con-

vocado para a guerra. Um Mestre oriental é o responsável pela educa-

ção dela, principalmente na milenar arte que deu origem aos ninjas. O

Mestre recebe uma carta comunicando o desaparecimento do pai de

Lili na frente de batalha. Ele, então, manda Lili de volta para a Europa

para ser criada por sua única parenta viva, Morgana, sua milionária

tia materna. O Mestre resolve enviar um guardião para a menina e

conta com um voluntário para a missão: Didi. Entretanto, o trapalhão

tem uma forma peculiar de utilizar seu treinamento ninja, o que não

raramente resulta em confusões.

longas

mostrinha de cinema

o guerreiro didie a ninja liliFicção, cor, 35mm, 110 min, 2009, RJ

foto: lívia taranto aragão e estevam avelar

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direção: Maurício de sousa Codireção: André Passos, Clewerson saremba e rodrigo Gava Produtor: Diler Trindade Coprodutor: Wilson Borges Produtores Associados: Mônica s. e souza e Bruno Bluwol Produtor executivo: Telmo Maia Produtor delegado: Geraldo silva de Carvalho roteiro: Didi oliveira, emerson Bernardo de Abreu e Flavio de souza Argumento e roteiro: Airon Barreto de Lacerda, Marcelo Barreto de Lacerda e Elizabeth Mendes Bentacour Sena música: Marcio Araujo e Danilo Adriano direção de Animação: Zé Brandão direção de Arte: silvio ribeiro montagem: João Paulo Carvalho e rafael Gomes Story Boards: rodrigo Martins “soldado” designer de Cenários e Ambientes: Mauro souza Animação 3d: ivan Kisil e Wesclei Barbosa Composição e efeitos: Jansen raveira, Gabriel rocha e Leonardo Mateus gerente de Produção: Felipe Tavares Pinto Supervisão de Projeto: Gil Josquin mixagem: edgardo rapetti, Wild Veiga e Cláudio Valdetaro edição de Som: edgardo rapetti Produzido por Maurício de sousa Produções, Diler & Associados, Miravista e Labo Cine distribuição: Buena Vista international elenco: (vozes): Marli Borbeletto, Angélica santos, Paulo Cavalcante, elza Gonçalves, sibele Toledo, Maurício de sousa, Bianca rinaldi

Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali estão de volta no filme mais emo-

cionante e engraçado de suas vidas! Nossos heróis precisam viajar

numa máquina do tempo para recuperar os “Quatro elementos da

Natureza” e salvar o mundo do congelamento total. Muita aventura

e confusão esperam a turminha nessa jornada. Seja enfrentando os

perigos da pré-história com o Piteco, ou ajudando o Papa-Capim a sal-

var a floresta, seja lutando com o Astronauta contra piratas do futuro

ou até mesmo encontrando suas versões baby no passado. O filme

vem recheado de efeitos especiais e músicas superanimadas.

longas mostrinha de cinema

a turma da mônica em uma aventura no tempoAnimação, cor, 35mm, 80 min, RJ, 2006

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longas mostrinha de cinema

O rei e O pássarOTítulo Original: Lo Roi et L’OiseauAnimação, cor, 35mm, 80 min, RJ, 2006

direção: Paul Grimault roteiro: Paul Grimault, Jacques Prévert, Hans Christian Andersen elenco (vozes): Jean Martin (o pássaro) ,Pascal Mazzotti (o rei), raymond Bussières (o chefe da polícia), Agnès Viala (o pastor), renaud Marx (o limpador de chaminé), Hubert Deschamps (o juiz), Philippe Derrez (o elevador), Albert Médina (o gladiador), Claude Piéplu (o prefeito)

No mundo dos desenhos animados, há um reino encantado chamado

Taquicardia. Nele, o rei é muito vaidoso, caprichoso, um tanto quanto

cruel e, mesmo tendo uma péssima pontaria, adora cometer a cruel-

dade de caçar passarinhos. Como todo rei, esse também tem um ban-

do de súditos falsos que vivem bajulando-o e fazendo de tudo para que

as vontades de Sua Ignorante Majestade sejam cumpridas em todos

os detalhes. Mas, durante uma enigmática noite, deliciosamente, as

estátuas e os personagens dos retratos do Rei ganham vida e se diver-

tem pelo castelo e pelo mundo à sua volta.

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fancedoc, digital, 15’, Sc, 2008

Direção: Flávio Chiarini Pereira

Fance, em latim, é Fala. Infância significa não-fala. Este vídeo tenta

desconstruir um pouco este conceito, mostrando que criança tem o

que falar; por isto é centrado no universo que cada uma constrói, sem

preocupação com qualquer vir-a-ser .

jardim das coresanimação, digital, 7’40”, mG, 2008

Direção: Guilherme ReisProdutora: Postura Digital, Ordem Primeira dos Adoradores de PI e Escola de Belas Artes da UFMG

Uma brincadeira de lápis e papel.

a garrafa do diaboficção, digital, 15’, SP, 2008

Direção: Fernando CoimbraProdutora: Cabra Filmes

Alfredinho tem 13 anos e uma infeliz missão: entrar na casa do velho

doido Manuelzinho e roubar a garrafa que tem dentro um diabo preso.

curtasmostrinha de cinema

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O meninO quadradinhOficção, digital, 15’, Pr, 2008

Direção: Diego LopesProdutora: Oger Sepol Produções

O Menino Quadradinho é baseado na obra homônima de Ziraldo. O filme

conta as aventuras de um garoto que vivia dentro de um gibi. Um dia ele

acorda e não existem mais quadrinhos a sua volta. Passa aos poucos a

se relacionar com as palavras, com as quais nunca tivera contato.

a festa que caiu do céuficção, digital, 13’, RJ, 2008

Direção: Karen AkermanProdutora: Cineclube Pela Madrugada

Rosa quer participar da festa que está acontecendo na sala da casa,

mas sua mãe não deixa. Quando a gata da menina escapa do quarto,

Rosa resolve segui-la, indo parar numa festa em que os convidados

são bem diferentes.

curtasmostrinha de cinema

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análise crÍtica da linguagemcinematográFica(seleção do Juri Jovem para atuar na 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes)instrutor: Cleber eduardo – SPPeríodo: 16 a 18 de outubroHorário: 9h30 às 13h30Carga Horária: 12hnº de vagas: 35 / faixa etária: de 18 a 25 anos

interpretação para cinema instrutor: Sérgio Penna – SPPeríodo: 17 a 20 de outubroHorário: 14 às 18hCarga Horária: 16hnº de vagas: 25 / faixa etária: acima de 18 anos

mostra CineBH 2009 promove em sua progra-mação cinco oficinas de cinema oferecidas gratuitamente ao público com oferta de 200 va-gas. A teoria e a prática na sétima arte, a capa-citação de produtores, a linguagem cinemato-

gráfica dirigida aos educadores formais e informais, a análise crítica e formação da nova geração do cinema brasileiro dão a tônica dos conteúdos programáticos que são vivenciados pe-los alunos.

Contribuir para a formação de mão de obra especializada, fo-mentar a indústria cinematográfica, difundir a produção audio-visual nas escolas e entender o cinema como instrumento sem fronteiras são propostas que a mostra CineBH leva até ao pú-blico em geral, de forma democrática e participativa, através de oficinas e atividades que impulsionam o mercado audiovi-sual e unem as linguagens educação e cultura.

Oficinasfo

to: le

onar

do l

ara

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realização em curta documentalinstrutor: luiz Carlos lacerda – rjPeríodo: 16 a 20 de outubroHorário: 10 às 13h e de 15 às 18hCarga Horária: 28hnº de vagas: 35 / faixa etária: acima de 18 anos

introdução à linguagem cinematográFicainstrutor: Bete Bullara – Cineduc– rjPeríodo: 17 e 18 de outubroHorário: 9h30 às 13h30Carga Horária: 8hnº de vagas: 35 / faixa etária: acima de 18 anos

capacitação para produtores audioVisuaisParceria: lATC – latin American Training Center(Centro latinoamericano de Treinamento e Assessoria Audio-visual)Cesnick quintino & Salinas Advogado instrutores: Steve Solot – rj | fábio Cesnik – SP melissa moreira - SPPeríodo: 16 e 17 de outubroHorário: 10 às 13hCarga Horária: 6hnº de vagas: 80 / faixa etária: acima de 18 anos

clÍnica de consultoria audioVisual(seleção de projetos de longas para consultoria de audiovi-sual)Parceria: Centro lationamericano de Treinamento e Assesso-ria Audiovisual e Cesnik, quintino & Salinas Advogadosinstrutores: Steve Solot – rj | fábio Cesnik – SP melissa moreira - SPPeríodo: 16 e 17 de outubroHorário: 15 às 17h30Carga Horária: 5hnº de vagas: 10 / faixa etária: acima de 18 anos

Programação

oficinas

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sérgio penna (sp) Sergio Penna é preparador de atores para cinema e televisão, diretor de espetáculos teatrais, curtas em vídeo e programas radiofônicos, além de professor convidado da direção de Ato-res do departamento de Cinema, rádio e Televisão da eCA/uSP; da escuela internacional de Cine y Tv (Cuba) e da Aca-demia internacional de Cinema-SP. em cinema, realizou a pre-paração de elenco dos filmes Bicho de Sete Cabeças, Chega de Saudade e As Melhores Coisas do Mundo (inédito), de laís Bodansky; Carandiru, de Hector Babenco (filme e série para a Tv); Batismo de Sangue, de Helvécio ratton; Contra Todos e Quanto Dura o Amor? (inédito), de roberto moreira; Não Por Acaso, de Phillippe Barcinski; Antonia (filme e série para a Tv), de Tata Amaral; Acquária, de flavia moraes; Sonhos de Peixe, de Kirill mikhanovsky (produção euA/Brasil); Bellini e o Demô-nio (inédito), de marcelo galvão; O Homem Mau Dorme Bem (inédito), de geraldo moraes; Bróder (inédito), de jeferson de; Historias de Amor Duram Apenas 90 Minutos (inédito), de Pau-lo Halm; Lula, o Filho do Brasil (inédito), de fabio Barreto; entre outros. Sergio Penna também preparou o ator rodrigo Santoro para os filmes Che (competição oficial de Cannes 2008), de Ste-ven Soderbergh; La Leonera (representante argentino do os-car 2009), de Pablo Trapero; e I Love You Philip Morris (inédito), de glenn ficarra e john requa. Atualmente está trabalhando no filme O Doce Veneno do Escorpião – Bruna Surfistinha, de marcus Baldini. na Tv, preparou os atores das séries Caran-diru - Outras Histórias (direção Hector Babenco, Walter Car-valho e roberto gervitz) e Antonia (direção de luciano moura, Tata Amaral, roberto moreira, fabrizia Pinto, gisele Barroco, Paola Siqueira e dainara Toffoli), ambos para a Tv globo; além dos programas Ilha Rá-Tim-Bum e Galera, produzidos pela Tv Cultura de São Paulo. nas áreas de vídeo e rádio, sempre em parceria com a rádio e Tv Cultura-SP dirigiu os curtas Ulisses - O Herói Seduzido e O Rapto de Perséfone; alem dos progra-mas radiofônicos Glossolalias – A Loucura Fala, EmMiMesma-

do, Diário de Bordo - Fragmentos de Uma Viagem Sonora e Multidown - Um Poema Musical.

cleBer eduardo (sp) Cléber eduardo é editor da Revista Cinética (revistacinetica.com), professor de Teoria do Cinema no Centro de graduação Senac e mestrando em Análise da Produção midiática na eCA-uSP. Atuou como curador da mostra de Tiradentes nas útimas três edições. Também foi curador de mostras no rio e em Bra-sília sobre documentários e filmes baseados em casos reais no contexto do cinema brasileiro. É diretor, roteirista e monta-dor dos curtas Almas Passantes e Rosa e Benjamin.

luiz carlos lacerda (rj) roteirista e diretor de cerca de 20 documentários de curta e média-metragem sobre personagens da nossa cultura, como lúcio Cardoso; nelson Pereira dos Santos; joão da Baiana; donga; Pixinguinha; Cecilia meireles; Walmir Ayala; oduval-do viana filho; Alex viany; joão Tinoco; Paulo vilaça; Antonio Parreiras; zé Tarcísio; Alair gomes; quirino Campofiorito etc. e dos longas de ficção Mãos Vazias; O Princípio do Prazer; Leila Diniz; For All e Viva Sapato! Professor da escola internacional de Cinema de Cuba; da universidade estácio de Sá e do Polo do Pensamento Contemporâneo; ministra frequentemente ofi-cinas nas mostras de Tiradentes, ouro Preto, mostra CineBH, vitória e goiânia.

Bete Bullara (rj) formada em Cinema pela universidade federal fluminense, jornalista e fotógrafa. faz parte da equipe do Cineduc desde 1975, onde participa de cursos e oficinas para professores, crianças e adolescentes, mesas-redondas e palestras no Bra-sil e no exterior, além do preparo de material didático, tanto teórico como de exercícios. A partir de 1974 trabalhou como repórter fotográfica, tendo atuado para jornais e revistas de

currículos instrutores oficinas

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circulação nacional, além de empresas como Petrobras. Para a embrafilme, formou agentes culturais para a área de Cine-ma em vários estados; para a funarte, criou núcleos de cine-clubismo em universidades federais. Trabalhou em todos os municípios do rio de janeiro, exibindo cinema na praça e em escolas municipais e estaduais. durante oito anos, foi profes-sora de Cinema no curso de educação Artística da faculdade do Centro educacional de niterói. Teve experiências também como roteirista, produtora e assistente de direção na Tv edu-cativa, como produtora e assistente de direção em curtas-me-tragens e vídeos. Coautora do livro Cinema: uma janela mági-ca, junto com marialva monteiro.

steVe solot (rj)Presidente da latin American Training Center – lATC (Centro latino-Americano de Treinamento e Assessoria Audiovisual), sediada no rio de janeiro, uma firma de treinamento e con-sultoria regional, voltada para a nova geração de cineastas na América latina, que oferece serviços completos de consulto-ria para projetos audiovisuais. Assumiu no último mês a pre-sidência da rio film Commission. Antes de fundar a lATC, foi vice-presidente sênior da motion Picture Association (mPA) para a América latina em 1995, responsável pela supervisão e gestão de todas as operações da mPA em todos os territó-rios da região em diversos setores, incluindo: cinema, entre-tenimento doméstico, Tv aberta, Tv por assinatura, proteção dos direitos de propriedade intelectual em ambientes digitais. Antes de ingressar na mPA, atuou como gerente e economis-ta na filial do rio de janeiro do Banco de Boston, e consultor e professor no Centro de estudos do Comércio exterior (fun-cex), e no Centro de estudos Conjuntos de integração econô-mica para a América latina (eciel), ambos no rio de janeiro. Atualmente, desempenha funções como membro da Comissão fulbright do Brasil, representando os estados unidos, e presi-dente do Comitê de Propriedade intelectual da Câmara de Co-

mércio Americana do rio de janeiro. Sr. Solot é palestrante frequente em seminários e encontros nacionais e multilaterais focados na indústria audiovisual, propriedade intelectual, con-teúdo e tecnologia para o entretenimento digital.

FáBio de sá cesnik (sp)Advogado, sócio do escritório Cesnik, quintino e Salinas, es-pecializado em cultura, audiovisual, esportes e terceiro setor. É bacharel em direito e Ciências jurídicas pela faculdade de direito do largo de São francisco - uSP e membro do instituto dos Advogados de São Paulo. Autor dos livros Guia de incen-tivo à cultura, na 2ª edição, pela editora manole; Projetos cul-turais, na 5ª edição, pela editora escrituras, e Globalização da cultura, pela editora manole. É autor do capítulo brasileiro do livro Incentivos fiscais para a produção e a coprodução au-diovisual na Ibero-América, Canadá e Estados Unidos, edita-do pela lATC.

melissa de mendonça moreira (sp)Bacharel em direito pela universidade Paulista – unip. Advo-gada inscrita na oAB-SP, militante na área do entretenimento e do direito público. Sócia da Cesnik, quintino e Salinas Advo-gados, responsável pela área de incentivos fiscais. Palestran-te e conferencista em eventos e autora de artigos publicados em diversos veículos. Professora do curso de direito do entre-tenimento, da universidade estadual do rio de janeiro – uerj e Audiovisual Business, do instituto europeu di design.

currículos instrutores oficinas

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cinema e educaçãocinema é uma aula de educaçãoo cinema como instrumento de construção da cidadaniao cinema como Ferramenta multidisciplinar educadores e estudantes têm programação garantida na mostra cineBh 2009oFicinas, seminário, sessÕes cine-escola e cine-deBates

A escola vai ao Cinema oferece, gratuitamente, atividades que unem as linguagens educação e cultura e visam conscientizar, envolver, estimular e oportunizar o acesso da comunidade es-colar à produção, formação e reflexão do universo audiovisual – importante ferramenta pedagógica e instrumento de cons-trução da cidadania.

Abordagem de elementos estéticos e temáticos de filmes •exercícios de leitura coletiva da arte cinematográfica •Comentários temáticos e troca de conhecimento de lingua-•gens de cinema Aplicação de técnicas de estimulação de debates e exibi-•ção de filmes

sessÕes cine-escoladurante a mostra CineBH planejamos a exibição quatro lon-gas-metragens com temáticas e abordagens diferenciadas que pretende beneficiar mais de 3.000 alunos da rede pública de ensino que participam gratuitamente da programação

cine-deBatesApós a exibição dos fillmes, educadores e estudantes partici-param dos cine-debates sob orientação dos profissionais do Cineduc. o objetivo é estimular comentários temáticos e troca de conhecimento de linguagens de cinema, abordando os ele-mentos estéticos e temáticos de filme.

sessão cine-escola

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entre os muros da escolatítulo original: entre les mursdoc, 35mm, 128 min, 2009, cor, França

direção: Laurent Cantet roteiro: Laurent Cantet, robin Campillo, François Bégaudeau (baseado no livro de François Bégaudeau) fotografia: Pierre Milon, Catherine Pujol, Georgi Lazarevski montagem: robin Campillo, stéphanie Léger Produção: Caroline Benjo, Carole scotta, Barbara Letellier, simon Arnal distribuição: imovision elenco: François Bégaudeau, nassim Amrabt, Laura Baquela, Cherif Bounaïdja rachedi, Juliette Demaille, Dalla Doucoure, Arthur Fogel e Damien Gomes

François e os demais amigos professores se preparam para enfrentar

mais um novo ano letivo. Tudo seria normal se a escola não estive em

um bairro cheio de conflitos. Os mestres têm boas intenções e desejo

para oferecer uma boa educação aos seus alunos, mas por causa das

diferenças culturais - microcosmo da França contemporânea - es-

ses jovens podem acabar com todo o entusiasmo. François quer sur-

preender os jovens ensinando o sentido da ética, mas eles não pare-

cem dispostos a aceitar os métodos propostos.

houVe uma Vez dois VerÕesFicção, 35mm, 75 min, 2002, cor, rs

direção: Jorge Furtado Produção executiva: nora Goulart e Luciana Tomasi roteiro: Jorge Furtado direção de fotografia: Alex sernambi direção de Arte: Fiapo Barth música: Leo Henkin Planejamento de Produção: Ana Luiza Azevedo direção de Produção: Marco Baioto e Débora Peters montagem: Giba Assis Brasil Assistente de direção: Alfredo Barros uma Produção da Casa de Cinema de Porto Alegre elenco: André Artehce, Ana Maira Mainieri, Pedro Furtado, Júlia Barth, Victória Mazzini

Chico, adolescente em férias na “maior e pior praia do mundo”, en-

contra Roza num fliperama e se apaixona. Transam na primeira noite,

mas ela some. Ao lado de seu amigo Juca, Chico procura Roza pela

praia, em vão. Só mais tarde, já de volta a Porto Alegre e às aulas de

química orgânica, é que ele vai reencontrá-la. Chico quer conversar

sobre “aquela noite”, mas Roza conta que está grávida. Até o próximo

verão, ela ainda vai entrar e sair muitas vezes da vida dele.

137

longas sessão cine escola

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o grilo Feliz e os insetos gigantesanimação, cor, 35mm, 84 min, sp, 2008

direção: Walbercy ribas e rafael ribas Produção executiva: Juliana ribas música: ruriá Duprat roteiro: Walbercy ribasdireção de Animação: rafael ribas direção de Arte e fotografia: rafael ribas Produção: start Anima distribuição: Fox Filme do Brasil

O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes é uma nova história do inspirado

grilo azul que já havia encantado as famílias no primeiro filme. Agora,

Grilo Feliz quer gravar um CD, mesmo desejo de um divertido grupo de

rap formado por sapos, porém ambos se deparam com a vilã Trambika,

que pirateia suas músicas, e acaba por unir sapos e insetos numa ine-

sperada aventura.

o rei e o pássarotítulo original: le roi et l’oiseauanimação, cor, 35mm, 80 min, rj, 2006

direção: Paul Grimault roteiro: Paul Grimault, Jacques Prévert, Hans Christian Andersen elenco (vozes): Jean Martin (o pássaro) ,Pascal Mazzotti (o rei), raymond Bussières (o chefe da polícia), Agnès Viala (o pastor), renaud Marx (o limpador de chaminé), Hubert Deschamps (o juiz), Philippe Derrez (o elevador), Albert Médina (o gladiador), Claude Piéplu (o prefeito)

No mundo dos desenhos animados, há um reino encantado chamado

Taquicardia. Nele, o rei é muito vaidoso, caprichoso, um tanto quanto

cruel e, mesmo tendo uma péssima pontaria, adora cometer a cruel-

dade de caçar passarinhos. Como todo rei, esse também tem um ban-

do de súditos falsos que vivem bajulando-o e fazendo de tudo para que

as vontades de Sua Ignorante Majestade sejam cumpridas em todos

os detalhes. Mas, durante uma enigmática noite, deliciosamente, as

estátuas e os personagens dos retratos do Rei ganham vida e se diver-

tem pelo castelo e pelo mundo à sua volta.138

longas sessão cine-escola

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palaVra (en)cantadadoc, cor, digital, 86 min, 2009, cor, rj

um filme de: Helena solberg e Marcio Debellian direção: Helena solberg Produtor: David Meyer roteiro: Diana Vasconcellos, Helena solberg, Marcio Debellian Argumento e Coprodutor: Marcio Debellian montagem: Diana Vasconcellos Produtor executivo: David Meyer Coordenador de Pesquisa: Júlio Diniz Pesquisadores: Frederico Coelho, Heloísa Tapajós diretores de fotografia: Pedro Farkas A.B.C. e Luís Abramos Câmeras: André Luiz de Luiz e stefan Kolumban Hess

Palavra (En)Cantada é um documentário que percorre uma viagem na

história do cancioneiro brasileiro com um olhar especial para a rela-

ção entre poesia e música. Dos poetas provençais ao rap, do carnaval

de rua aos poetas do morro, da bossa-nova ao tropicalismo, o filme

passeia pela música brasileira até os dias de hoje, costurando depoi-

mentos de grandes nomes da nossa cultura, performances musicais e

surpreendente pesquisa de imagens.

sessão faMÍLIa coM poesIa

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estética, filosofia, pintura, escultura, museu, literatura,civilização, artesanato

religião, teatro, circo, cinema, música, técnica, percepção, emoção, ideias

cultura, obra, artista, estilo, literatura, fotografia, internet, dança, televisão

criatividade, vontade, sentimento, beleza, artes plásticas, história, fenômeno

subjetivo, coletivo, movimento, civilização, pintura, escultura, livros, artes

plásticas, conhecimento, processo, habilidade, beleza, criação, inspiração

estética, filosofia, pintura, escultura, museu, literatura,civilização, artesanato

religião, teatro, circo, cinema, música, técnica, percepção, emoção, ideias

cultura, obra, artista, estilo, literatura, fotografia, internet, dança, televisão

criatividade, vontade, sentimento, beleza, artes plásticas, história, fenômeno

subjetivo, coletivo, movimento, civilização, pintura, escultura, livros, artes

plásticas, conhecimento, as manifestações da arte, a transformação, a construção.

estética, filosofia, tudo só faz sentido diante de um dos sentidos do ser humano.

estética, , pintura, escultura, museu, literatura,civilização, artesanato

religião,teatro, circo, cinema, música, técnica, percepção, emoção, ideias

cultura, obra, artista, estilo, literatura, fotografia, internet, dança,televisão

criatividade, vontade, sentimento, beleza, artes plásticas, história, fenômeno

subjetivo, coletivo, movimento, civilização, pintura, escultura, livros, artes

plásticas, conhecimento, processo, habilidade, beleza, criação, inspiração

estética, filosofia, pintura, escultura, museu, literatura,civilização, artesanato

religião, teatro, circo, cinema, música, técnica, percepção, emoção, ideias

cultura, obra, artista, estilo, literatura, fotografia, internet, dança,televisão

criatividade, vontade, sentimento, beleza, artes plásticas, história, fenômeno

subjetivo, coletivo, movimento, civilização, pintura,escultura, livros, artes

plásticas, conhecimento, processo, habilidade, beleza, criação, inspiração

estética, filosofia, pintura, escultura, museu, literatura,civilização,artesan

ato religião, teatro, circo, cinema, música, técnica percepção,emoção,ideias

cultura, obra, artista, estilo, literatura, fotografia, internet, dança,televisão

criatividade, vontade, sentimento, beleza, artes plásticas, história,fenômeno

subjetivo, coletivo, movimento, civilização, pintura, escultura,livros,artes

artista, estilo, plásticas, conhecimento, estética, , pintura, escultura, museu

literatura,civilização, artesanato religião, teatro, circo, cinema, música

técnica, percepção, emoção, ideias cultura, obra, artista, estilo, literatura

fotografia, internet, dança, televisão criatividade, vontade, sentimento, beleza

artes plásticas, história, fenômeno subjetivo, coletivo, movimento, civilização,

pintura, escultura, livros, artes plásticas, conhecimento, processo, habilidade,

beleza, criação, inspiração

arte

exposição

o CineMA no Cenário De sAnTA TereZA

Painéis fotográficos ocuparão o arco central da Praça duque

de Caxias. A exposição apresenta a temática da mostra CineBH

2009 em contraponto com o cenário do tradicional bairro Santa

Tereza que em 2009 comemora 111 anos.

Page 143: Catálogo - Mostra CineBH 2009

143

lançamento de livros

inCenTiVos FisCAis PArA A ProDUÇÃo e A

CoProDUÇÃo AUDioVisUAL nA iBero-AMÉ-

riCA, CAnADá e esTADos UniDos

Coordenado por steve solot

editado por eGeDA – enti-

dad de gestión de derechos

de los Productores Audiovi-

sualesLATC – latin American Trai-

ning Center (Centro latinoa-

mericano de Treinamento e

Assessoria Audiovisual)

o livro oferece uma fonte

única de consulta, obriga-

tória para produtores, le-

gisladores de políticas au-

diovisuais, investidores,

advogados, agências e institutos de cinema, estudantes e pro-

fissionais da indústria cinematográfica em geral.

os FAMosos e os DUenDes DA MorTe

Autor: ismael Caneppele

editado: Fina Flor

obra que inspirou e foi

adaptado para o filme diri-

gido pelo cineasta esmir fi-

lho com produção da deze-

nove.

Um livro que é um filme. Um

filme que é um livro. Esmir

Filho, cineasta, e Ismael Ca-

neppele, escritor, se unem à

editora Finaflor para lança-

mento inédito.

o projeto propõe um diálogo

entre a obra de arte impres-

sa e o seu público-alvo – que pode transformá-la e ressignifi-

cá-la a cada edição. os leitores transformam-se em autores da

obra, agregando experiências pessoais, o que os transforma

em seguidores. o resultado dessa rede de colaboradores traz

um livro-objeto sempre diferente, como um baú de memórias.

arte

Page 144: Catálogo - Mostra CineBH 2009

144

arte

cortejo um animado passeio circense e musical pela Praça duque de

Caxias vai contagiar o público e comemorar os 111 anos do

bairro de Santa Tereza. grupos artísticos e musicais, artistas e

convidados estarão reunidos para apresentar uma mistura de

ritmos e sonoridades com a alegria da arte circense.

PArTiCiPAÇões

Trupe Circo – Palhaços, malabares, equilibrismo, mágica,

Bonecos e música

Palhaço Popó

Palhaço Polika

Palhaças Socorro e Conselhos

mágico rubadel

rafarafa malabares e equilibrismo

Cia. Circunstância

Cia. el individuo

PArTiCiPAÇões esPeCiAis:

Bloco Caricato inocentes de santa Tereza

em 1973, o Bloco Caricato tem seu primeiro desfile oficial no

Carnaval de Belo Horizonte, e desde então soma-se cinco ve-

zes campeão. os inocentes integram hoje a escola de Samba

unidos de Santa Tereza, e em paralelo desenvolvem na região

um trabalho envolvendo crianças e jovens em situações de

vulnerabilidade social.

Alto Batuque Vera Cruz – Grupo de Percussão

fundado em 2005, é uma atividade de arte-educação com for-

mação em música, expressão corporal e percussão. Trabalha

com ritmos populares e criação de novos ritmos com identi-

dade própria. desenvolve hábitos e atitudes saudáveis contri-

buindo para a formação dos atendidos, em turnos alternativos

ao da escola. o grupo conta com 55 jovens, de ambos os sexos,

na faixa de 10 a 20 anos.

foto: netun lima

Page 145: Catálogo - Mostra CineBH 2009

145

arte

intervenção circense

TrUPe CirCo

A Trupe Circo é formada por artistas circenses de várias moda-

lidades, entre elas o palhaço, o malabarista, o mágico, o equi-

librista e o bonequeiro. Todos artistas têm formação profissio-

nal e experiência, o que garante a qualidade da Trupe.

na mostra Cine BH, a Trupe Circo recepcionará o público da

mostrinha, dando as boas vindas ao evento e proporcionando

momentos de descontração, diversão e magia antes de cada

sessão. As palhaçadas, brincadeiras, jogos lúdicos e interati-

vidade, ficam por conta de:

Participações:

Palhaço Popó

Palhaço Potássio e seus malabarismos

Palhaço Polika

Palhaços Custódio e Curisco

Palhaças Pororoca, Socorro e Conselhos

mágico rubadel

rafarafa malabares e equilibrismo

Cia. Circunstância

Cia. el individuofotos: netun lima e divulgação (palhaço popó)

Page 146: Catálogo - Mostra CineBH 2009

146

DJ MôniCAmônica é jornalista, dj, programadora

musical da oi fm SP e da rádio educativa

ufmg. escreve no blog de moda Ameixa

japonesa. já tocou no velvet Club, A

obra, Bar estabelecimento e em eventos

de moda em BH.

DJ roGerMooreA música dos anos 70 no repertório de um

dos djs mais badalados da noite mineira

inaugura a progrmação de shows do

evento, revisitando sucessos nacionais e

internacionais da década

DJ ZUBreUjornalista, produtor, radialista e dj

– discoteca desde que começou a

pesquisar música para para rádio: Santê

fm, inconfidência e oi fm. inicialmente,

o foco foi a música brasileira, mas em

seguida assimilou rock e eletrônica nos

sets. desde de 2008, entrou de cabeça

nos mashups. já se apresentou no fit,

Cabaré Circense, mp5, A obra, velvet

Club, estabelecimento e usiminas Belas

Artes.

artedjs

Page 147: Catálogo - Mostra CineBH 2009

147

arteperformance

companhia suspensa

o trabalho da Companhia Suspensa teve início no núcleo de

pesquisa “Sem os Pés no Chão”, criado em 1999, a fim de

explorar possiblidades de movimentação aérea circence. A

Companhia desenvolve projetos de pesquisa que incluem

diálogos com outros artistas , cursos e oficinas direcionados

à estudantes, artistas e interessados em práticas corporais e

de criação; além do trabalho de construção de intervenções,

performances e espetáculos que envolvem questionamentos

pertinentes ao mundo atual.

foto

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exan

dre

cava

lcan

ti

Page 148: Catálogo - Mostra CineBH 2009

148

espaço de produção, divulgação e informação.

uma série de programas da TV Conecta – Prodabel

são produzidos no local e disponibilizados na internet

e a equipe da Belotur apresenta os roteiros e atra-

ções turísticas de Belo Horizonte.

lounge

Page 149: Catálogo - Mostra CineBH 2009

149

tv mostra

FATos. reGisTros. inForMAÇões. enTreVisTAs.

Tudo que acontece nos bastidores da mostra você pode

acompanhar diariamente pela Tv mostra durante a

programação do evento.

um série de programas jornalisticos são produzidos e editados

do local do evento e exibidos antes das sessões de cinema,

mantendo o público informado das principais noticias e

acontecimentos.

A Tv mostra pode ser assistida também no site oficial do

evento: www.cinebh.com.br/canalcinebh

foto

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a

Page 150: Catálogo - Mostra CineBH 2009

150

foto

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Page 151: Catálogo - Mostra CineBH 2009

151

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Page 152: Catálogo - Mostra CineBH 2009

152

A Universo Produção idealiza e executa três importantes mostras anuais diferenciadas e complementares, formando um amplo programa nacional de audiovisual em Minas Gerais – o Cinema Sem Fronteiras – que exibe e discute a produção contemporânea do cinema brasileiro, sua história, patrimônio, linguagens, estéticas e formas de inserção no mercado audiovisual.

HORIZONTES QUE SE ENCONTRAM.

(31) 3282-2366www.universoproducao.com.br

CINEMA CONTEMPORÂNEO23 a 30 de janeiro de 2010

CINEMA PATRIMÔNIO17 a 22 de junho de 2010

CINEMA NO MERCADO21 a 26 de outubro de 2010

Page 153: Catálogo - Mostra CineBH 2009

153

A Universo Produção idealiza e executa três importantes mostras anuais diferenciadas e complementares, formando um amplo programa nacional de audiovisual em Minas Gerais – o Cinema Sem Fronteiras – que exibe e discute a produção contemporânea do cinema brasileiro, sua história, patrimônio, linguagens, estéticas e formas de inserção no mercado audiovisual.

HORIZONTES QUE SE ENCONTRAM.

(31) 3282-2366www.universoproducao.com.br

CINEMA CONTEMPORÂNEO23 a 30 de janeiro de 2010

CINEMA PATRIMÔNIO17 a 22 de junho de 2010

CINEMA NO MERCADO21 a 26 de outubro de 2010

Page 154: Catálogo - Mostra CineBH 2009

154

outubrosexta-Feira

20h30

14h30 às

17h30

17h

18h30

ABerTUrA oFiCiAL loCAl: Cine SAnTA TerezA

HomenAgem À o2 filmeS

filme de ABerTurA

ensAio soBre A CeGUeirAficção, cor, 35mm, 121 min, canadá/Brasil/jaPão, 2008

direção: Fernando Meirelles

Elenco: julianne moore, Gael García Bernal, mark ruffalo, danny

Glover, adrien Brody, alice Braga

*rEcomEndado Para maiorEs dE 16 anos

seMinário loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

1º DeBATe

Tema: CoProdução: CAminHoS e CriTÉrioS

como se dá a coprodução entre Brasil e frança? Quais os caminhos

para se viabilizar essas parcerias? Que tipo de projetos interessam

aos produtores franceses e brasileiros?

convidados:

- Andrea Barata riBeiro, produtora, sócia-fundadora o2 filmes -

sP, homenageada desta edição - sP

- Christophe GoUGeon, produtor do longa independência - frança

- eva KinH, coordenadora do programa cinema en développement/

festival de Toulouse - frança

- sebastián PUenZo, produtor e fotográfo do longa o menino

Peixe, argentina

- rachel MonTeiro, consultora internacional do programa

cinema do Brasil - sP

mediador - Leonardo MeCCHi, produtor e crítico de cinema - sP

LAnÇAMenTo De LiVroloCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

inCenTivoS fiSCAiS PArA A Produção e A CoProdução

AudioviSuAl nA iBero-AmÉriCA, CAnAdá e eSTAdoS

unidoS

coordenado por steve solot

Editado por egeda

LATC – Latin American Training Center

centro latinoamericano de Treinamento e assessoria audiovisual

LonGA CoProdução | filme HomenAgem

loCAl: Cine SAnTA TerezA

CiDADe De DeUsficção, cor, 35mm, 130 min, Brasil/frança, 2002

direção: Fernando Meirelles

Elenco: alexandre rodrigues, leandro firmino, Phelipe

Haagensen, jonathan Haagensen, douglas silva, roberta

rodrigues, daniel Zaettel, matheus nachtergaele

*rEcomEndado Para maiorEs dE 16 anos

CUrTAs SÉrie 1

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

MeDo Do esCUro, de Cauê Brandão

ficção, diGiTal, 17 min, df, 2008

outubroqUinta-Feira

programação

154

Page 155: Catálogo - Mostra CineBH 2009

155

19h30

20h

21h

22h

23h

10h

o VAMPiro Do Meio DiA, de Anita rocha da silveira

ficção, diGiTal, 19 min, rj, 2008

o eLÉTriCo JArDiM DA esCUriDÃo, de Mariana Campos

ExPErimEnTal, diGiTal, 10 min, mG, 2009

DUAs FiTAs, de Lucas Camargo de Barros e Felipe Miguel

ficção, diGiTal, 11 min, sP, 2009

nÃo Me DeiXe eM CAsA, de Daniel Aragão

ficção, 35mm, 18 min, PE, 2009

LonGA CoProdução | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine SAnTA TerezA

noVA YorK, eU Te AMoTíTulo oriGinal: NEW YORK, I LOVE YOU

ficção, cor, 35mm, 110 min, 2009, frança/Eua

direção: Mira nair, Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes,

shekhar Kapur, shunji iwai, Joshua Marston, natalie

Portman, Brett ratner, Wen Jiang

*rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

LonGA ConTemPorâneo | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

DiA Dos PAisdoc, cor, diGiTal, 72 min, rj, 2008

direção: Julia Murat e Leo Bittencourt

LonGA CoProdução | filme HomenAgem

loCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

o BAnHeiro Do PAPAficção, cor, 35mm, 90 min, uruGuai/Brasil/frança 2007

direção: César Charlone e enrique Fernández

Elenco: césar Troncoso, Virginia méndez, mario silva, Henry de

leon, jose arce, nelson lence, rosário dos santos, alex silva,

Baltasar Burgos e carlos lerena

LonGA CoProdução | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine SAnTA TerezA

os FAMosos e os DUenDes DA MorTeficção, cor, 35mm, 101 min, Brasil/frança 2009

direção: esmir Filho

Elenco: ismael caneppele, Tuane Eggers, Henrique larré, samuel

reginatto e aurea Baptista

*rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

LAnÇAMenTo De LiVroloCAl: Cine SAnTA TerezA

livro: oS fAmoSoS e oS duendeS dA morTe

oBrA QUe insPiroU e Foi ADAPTADA PArA o FiLMe

autor: ismael Caneppele

Editora: Fina Flor

ArTe Cine-enConTro

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

Cine-BAr-CAfÉ

ao som da dj mônica

ArTeloCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

inTerVenÇÃo CirCensePalHaços, malaBarEs, EQuiliBrismo, máGica

Grupo: Trupe Circo

outubrosáBaDo

arte

155

Page 156: Catálogo - Mostra CineBH 2009

156

11h

14h

14h30

15h às 17h30

15h30

16h

LonGA moSTrinHA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

o GUerreiro DiDi e A ninJA LiLificção, cor, 35mm, 102 min, rj, 2008

direção: Marcus Figueiredo

Elenco: renato aragão, livian aragão, Vanessa loes, marcelo

novaes, cadu favero, daniele suzuki, Werner schunemann, joão

Vitor silva, rafael ritto, luan assimos e rodrigo Hilbert.

ArTeloCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

inTerVenÇÃo CirCense

PalHaços, malaBarEs, EQuiliBrismo, máGica

Grupo: Trupe Circo

CUrTAs SÉrie moSTrinHA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

CurTAS PArA novA gerAção

FAnCe, de Flávio Chiarini Pereira

doc, diGiTal, 15 min, sc, 2008

JArDiM DAs Cores, de Guilherme reis

animação, diGiTal, 7min40, mG, 2008

A GArrAFA Do DiABo, de Fernando Coimbra

ficção, diGiTal, 15 min, sP, 2008

o Menino QUADrADinHo, de Diego Lopes

ficção, diGiTal, 15 min, Pr, 2008

A FesTA QUe CAiU Do CÉU, de Karen Akerman

ficção, diGiTal, 13 min, rj, 2008

seMinárioloCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

2º DeBATe

Tema: deSTino: BrASil

o Brasil como cenário para coproduções internacionais. como atrair

produções estrangeiras para filmarem no Brasil? Qual o papel das

film commissions?

convidados:

- Carolina GonTiJo, diretora Executiva da minas film commission - mG

- elisa ToLoMeLLi, produtora EH! filmes - rj

- Gabriel LACerDA, produtor Gullane filmes - sP

- sergio sá LeiTÃo, presidente da riofilme - rs

mediador – steve soLoT, Presidente do laTc e Presidente da rio

film comission - rj

ArTeloCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

inTerVenÇÃo CirCense

PalHaços, malaBarEs, EQuiliBrismo, máGica

Grupo: Trupe Circo

LonGA moSTrinHA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

o rei e o PássAroTíTulo oriGinal: LE ROI ET L’OISEAU

animação, cor, 1980, 87 min, frança

direção: Paul Grimault

programação

156

Page 157: Catálogo - Mostra CineBH 2009

157

17h30

18h30

19h30

20h

21h

22h

LonGA CoProdução | reTroSPeCTivA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

orFeU neGroficção, cor, 35mm, 107 min, Brasil/frança/iTália, 1959

direção: Marcel Camus

Elenco: Breno mello, marpessa dawn, marcel camus

*rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

CUrTAs SÉrie 2

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

FiLMe De sáBADo, de Gabriel Martins

ficção, diGiTal, 17 min34, mG, 2009

AFLUenTis, de rodrigo savastano e ram Pace

ficção, diGiTal, 15 min, rj, 2008

KineTosCóPio MAnÉ CoCó, de Firmino Holanda

ficção, diGiTal, 9 min, cE, 2008

QUAnDo o VenTo soPrA, de Petrus Cariry

ficção, diGiTal, 16 min, cE, 2008

A MAÇÃ De BoTero, de Mariana Dias Weis e Moira Toledo

ficção, 35mm, 15 min, sP, 2008

LonGA CoProdução | reTroSPeCTivA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

o MAr Por TesTeMUnHATíTulo oriGinal: DEAD IN THE WATER

ficção, cor, 35mm, 90 min, Eua/Brasil, 2002

direção: Gustavo Lipsztein

Elenco: Henry Thomas, dominique swain, scott Bairstow,

sebastian de Vicente, josé Wilker, renata fronzi e lavínia Vlasak

*rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

CUrTAs SÉrie 3

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

DArLUZ, de Leandro Goddinho

ficção, diGiTal, 15 min, sP, 2009

o DesGosTo Dá MAis LenHA PrA PensAr, de Felipe

Altenfelder silva

ficção, diGiTal, 15 min, sP, 2008

DiAnTe DA Lei, de Alyson Lacerda

ficção, diGiTal, 20 min, cE, 2008

QUArTo De esPerA, de Bruno Carboni e Davi Pretto

ficção, 35mm, 13 min, rs, 2009

HoMeM ProVisório, de Gibi Cardoso

ficção, 35mm, 17 min, mG, 2009

LonGA CoProdução | filme HomenAgem

loCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

GinGAdoc, cor, 35mm, 79 min, Brasil/Eua, 2005

direção: Tocha Alves, Hank Levine, Marcelo Machado

LonGA CoProdução | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine SAnTA TerezA

PLAsTiC CiTYficção, cor, 35mm, 118 min, Brasil/cHina/HonG KonG/jaPão, 2008

direção: Yu Likwai

Elenco: odagiri joe, anthony Wong, Huang Yi, Tainá müller, chen

chao jung, Phellipe Haagensen, antônio Petrin, milhem cortaz,

alexandre Borges, cláudio jaborandy

*rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

programação

157

Page 158: Catálogo - Mostra CineBH 2009

158

23h30

0h30

10h

11h

12h30

15h às 17h30

sessÃo esPeCiAL filme jogo | eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

A GrUTA – FiLMe-JoGoficção, diGiTal, 45 min, rj, 2008

direção: Filipe Gontijo

na sessão do filme-jogo a Gruta, o público terá controles-

remotos individuais para interferir no destino dos protagonistas.

serão mais de 30 momentos de interatividade e 11 finais

possíveis para a história. E o espectador pode escolher, já no

começo do filme, na perspectiva de qual personagem quer assistir

ao filme.

*rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

ArTe Cine-enConTro

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

Cine-BAr-CAfÉ

ao som do dj Zubreu

ArTeloCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

inTerVenÇÃo CirCense

PalHaços, malaBarEs, EQuiliBrismo, máGina

Grupo: Trupe Circo

LonGA moSTrinHA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

TUrMA DA MôniCA eM UMA AVenTUrA no TeMPoanimação, cor, 35mm, 80 min, rj, 2006

direção: Maurício de sousa

Elenco: (Vozes) marli Borbeletto, angélica santos, Paulo

cavalcante, Elza Gonçalves, sibele Toledo, maurício de sousa,

Bianca rinaldi.

ArTe inTervenção ArTíSTiCA

loCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

TruPe CirCo e múSiCA

PalHaços, malaBarEs, EQuiliBrismo, máGica, BonEcos E música

HomEnaGEm ao Bairro sanTa TErEZa

Participações

Palhaço Popó, Palhaço Polika, Palhaças socorro e Conselhos

Mágico rubadel

rafarafa Malabares e equilibrismo

Cia. Circunstância

Cia. el individuo

Participações especiais:

Bloco dos inocentes

Alto Vera Cruz Batuque

Colégio santa Tereza

seMinárioloCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

3º DeBATe

Tema: A Tv Como AliAdA

como a TV pode atuar no fomento e difusão da produção

cinematográfica, fortalecendo dessa forma toda a cadeia audiovisual.

outubroDomingo

programação

158

Page 159: Catálogo - Mostra CineBH 2009

159

16h

18h

19h

19h30

21h

convidados:

- Bruno DeLoYe, diretor da rede cinécinéma club, clanic e faniz -

Grupo canal Plus - frança

- Cadu roDriGUes, diretor executivo da Globo filmes - rj

- Gabriel PrioLLi, coordenador do núcleo de conteúdo e Qualidade

da TV cultura - sP

- octavio Penna PierAnTi, coordenador de TV e Plataformas

digitais da secretaria do audiovisual - df

- Paulo MenDonÇA, diretor geral do canal Brasil - rj

mediador – Pedro orTiZ, diretor TV usP - sP

LonGA SeSSão fAmíliA Com PoeSiA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

PALAVrA (en)CAnTADAdoc, cor, diGiTal, 86 min, rj, 2009

direção: Helena solberg

CUrTAs SÉrie 4

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

o TeU sorriso, de Pedro Freire

ficção, diGiTal, 19 min, rj, 2009

PHiro, de Gregório Graziosi

doc, diGiTal, 12 min, sP, 2008

reZA, dos alunos da rede pública municipal de Divino de são

Lourenço

doc, diGiTal, 12 min, Es, 2008

TeMPo De CinZAs, de Arnaldo Belotto

ExPErimEnTal, diGiTal, 6 min, Pr, 2008

siLênCio e soMBrAs, de Murilo Hauser

animação, 35mm, 8min33, Pr, 2008

LonGA CoProdução | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine SAnTA TerezA

inDePenDenCiATíTulo oriGinal: INDéPENDANCE

ficção, 35mm, P&B, 77 min, frança/filiPinas/Holanda/alEmanHa, 2009

direção: raya Martin

Elenco: alessandra de rossi, Tetchie agbayani, sid lucero

e mika aquilas

* rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

MÉDiAs ConTemPorâneo | eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

AMor CoMo DesTinodoc, cor, diGiTal, 30 min, mG, 2009

direção: Maria stella Mendes ribeiro e José Américo ribeiro

Por QUe VoCê Veio MorAr AQUi?doc, cor, diGiTal, 51 min, mG, 2008

direção: Paulo Leão

LonGA ConTemPorâneo | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

MAMonAs PrA seMPre, o DoCdoc, cor, diGiTal, 100 min, sP, 2009

direção: Cláudio Kahns

programação

159

Page 160: Catálogo - Mostra CineBH 2009

160

21h30

23h

8h

8h

13h30

14h30 às

17h30

LonGA CoProdução | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine SAnTA TerezA

DZi CroQUeTTesdoc, cor, diGiTal, 110 min, rj, 2009

direção: Tatiana issa e raphael Alvarez

Elenco: liza minnelli, ron lewis, marília Pêra, ney matogrosso,

norma Bengell, miguel falabella, cláudia raia, Gilberto Gil,

nelson motta, josé Possi neto, Betty faria, miéle, Pedro

cardoso, aderbal freire filho, Elke maravilha, jorge fernando,

maria Zilda, césar

* rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

ArTe Cine-enConTro

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

Cine-BAr-CAfÉ

ao som da dj mônica

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

o GriLo FeLiZ e os inseTos GiGAnTesanimação, cor, 35mm, 84 min, sP, 2008

direção: Walbercy ribas e rafael ribas

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

enTre os MUros DA esCoLATíTulo oriGinal: ENTRE LES MURS

doc, cor, 35mm, 128 min, frança, 2009

direção: Laurent Cantet

Elenco: françois Bégaudeau, nassim amrabt, laura Baquela,

cherif Bounaïdja rachedi, juliette demaille, dalla doucoure

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

enTre os MUros DA esCoLATíTulo oriGinal: ENTRE LES MURS

doc, cor, 35mm, 128 min, frança, 2009

direção: Laurent Cantet

Elenco: françois Bégaudeau, nassim amrabt, laura Baquela,

cherif Bounaïdja rachedi, juliette demaille, dalla doucoure

seMinárioloCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

4º DeBATe

Tema: o merCAdo AudioviSuAl e AS PolíTiCAS PúBliCAS

PArA o SeTor no BrASil e nA frAnçA

um panorama do mercado audiovisual nos dois países, em especial

para os filmes independentes e de baixo orçamento, e as políticas

públicas de financiamento e proteção para essa produção. Quais

produções têm atraído o grande público e como coabitar a produção

independente em harmonia com essa produção de grande público?

convidados:

- Brigitte VeYne, adida audiovisual da Embaixada da frança no

Brasil - rj

- Joël AUGros, Professor da université Paris 8, frança

- Manoel rAnGeL, diretor-Presidente da ancine - rj

- silvio DA-rin, secretário do audiovisual do ministério da cultura

- df

mediadora – Alessandra MeLeiro, pesquisadora e escritora - sP

outubrosegUnDa-Feira

programação

160

Page 161: Catálogo - Mostra CineBH 2009

161

18h30

19h

20h

21h

22h

CUrTAs SÉrie 5

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

PerTo De CAsA, de sérgio Borges

doc, diGiTal, 9 min, mG, 2009

FronTeirA, de Arthur Tuoto

ExPErimEnTal, diGiTal, 5 min, Pr, 2008

A CAsA De CeL. MessiAs, de rodrigo Maia

doc, diGiTal, 10 min, mG, 2008

MinHA TiA, MeU PriMo, de Douglas soares

doc, diGiTal, 9 min, rj, 2008

JArro De PeiXes, de salomão santana

ExPErimEnTal, diGiTal, 10 min, cE, 2008

ALTo AsTrAL, de Hugo Pierot e Gláucia Barbosa

ficção, diGiTal, 11 min, cE, 2009

BioGrAFiA DA MUDAnÇA, de Alexandre Carvalho

ExPErimEnTal, diGiTal, 6min50, mG, 2008

MinHA AVó CoMeMorA AniVersário CoM sUAs AMiGAs De HiDroGinásTiCA, de Leonardo Amaral

ficção, diGiTal, 16 min, mG, 2009

LonGA CoProdução | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine SAnTA TerezA

o Menino PeiXeTíTulo oriGinal: EL NINO PEZ

ficção, cor, 35mm, 96 min, 2009, arGEnTina/EsPanHa/frança

direção e roteiro: Lucía Puenzo

Elenco: inés Efron, Emme, mariela Vitale, Pep munné, arnaldo

andré, carlos Bardem, diego Velázquez, sandra Guida, julián

salas, Paloma, contreras, darío Velenzuela, jerônimo Perassolo,

sergio lapegüe e Vando Vilamil

* rEcomEndado Para maiorEs dE 14 anos

MÉDiAs ConTemPorâneo | eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

MeMóriAs FinAis DA rePÚBLiCA De FArDAsdoc, cor, diGiTal, 37 min, df, 2008

direção: Gabriel F. Marinho

ninGUÉM seGUrA o BrAsiLdoc, cor, diGiTal, 30 min, rj, 2009

direção: Alfeu França

LonGA ConTemPorâneo | PrÉ-eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

só DeZ Por CenTo É MenTirAdoc, cor, diGiTal, 76 min, rj, 2008

direção: Pedro Cezar

sessÃo esPeCiAL eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine SAnTA TerezA

Cine-ConCerTo

o GriVo e CAo GUiMArÃes cine-concerto é uma apresentação do trabalho visual do cineasta e

artista plástico cao Guimarães com show do duo experimental o Grivo.

o espetáculo multisensorial, com duração de 50 minutos, é formado

pela exibição de filmes de cao, com a trilha sonora executada ao

vivo pelo o Grivo, composto por nelson soares e marcos moreira. as

improvisações são realizadas em instrumentos e máquinas sonoras

construídas pela própria dupla com objetos como latas velhas e copos

de cristal.

Exibição dos filmes:

WorD/WorLD, de Cao Guimarães e rivane neuenschwander

P&B, 8’, Brasil, 2001

nAnoFoBiA, de Cao Guimarães

cor, 3’, Brasil, 2003

programação

161

Page 162: Catálogo - Mostra CineBH 2009

162

23h

8h

10h

10h

13h30

13h30

15h

sin Peso, de Cao Guimarães

cor, 7’, Brasil/méxico, 2006

AULA De AnAToMiA, de Cao Guimarães

cor, 5’, Brasil, 2003

PeioTe, de Cao Guimarães

cor, 4’, Brasil/méxico, 2007

soPro, de Cao Guimarães e rivane neuenschwander

P&B, 5’30”, Brasil, 2000

ArTe Cine-enConTro

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

Cine BAr CAfÉ

ao som do dj Zubreu

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

o rei e o PássAroTíTulo oriGinal: LE ROI ET L’OISEAU

animação, cor, 1980, 87 min, frança

direção: Paul Grimault

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

o GriLo FeLiZ e os inseTos GiGAnTesanimação, cor, 35mm, 84 min, sP, 2008

direção: Walbercy ribas e rafael ribas

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

HoUVe UMA VeZ Dois Verões5 min, 2003, cor, Brasil

direção: Jorge Furtado

Elenco: andré arteche, ana maria mainieri, Pedro furtado,

Victória mazzini, marcelo aquino, janaína Kraemer motta, Yuri

ferreira, antônio carlos falcão

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

enTre os MUros DA esCoLATíTulo oriGinal: ENTRE LES MURS

doc, cor, 35mm, 128 min, frança, 2009

direção: Laurent Cantet

Elenco: françois Bégaudeau, nassim amrabt, laura Baquela,

cherif Bounaïdja rachedi, juliette demaille, dalla doucoure

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

o GriLo FeLiZ e os inseTos GiGAnTesanimação, cor, 35mm, 84 min, sP, 2008

direção: Walbercy ribas e rafael ribas

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

o GriLo FeLiZ e os inseTos GiGAnTesanimação, cor, 35mm, 84 min, sP, 2008

direção: Walbercy ribas e rafael ribas

outubroterça-Feira

programação

162

Page 163: Catálogo - Mostra CineBH 2009

163

15h45

18h

19h

20h

20h30

21h30

LonGA SeSSão Cine-eSColA

loCAl: Cine TendA

o rei e o PássAroTíTulo oriGinal: LE ROI ET L’OISEAU

animação, cor, 1980, 87 min, frança

direção: Paul Grimault

*AS SESSõES CINE-ESCOLA SãO DIRECIONADAS ÀS

ESCOLAS PREVIAMENTE INSCRITAS NO PROGRAMA

MÉDiA ConTemPorâneo | eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine-TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

A DAnÇA Do PensAMenTodoc, cor, diGiTal, 54 min, rs, 2008

direção: Marta Biavaschi

CUrTA e MÉDiA ConTemPorâneo | eSTreiA nACionAl

loCAl: Cine TendA (PrAçA duque de CAxiAS)

De VoLTA Ao QUArTo 666ficção, cor, diGiTal, 15 min, rs, 2008

direção: Gustavo spolidoro

TrAnsVersAis doc, cor, diGiTal, 54 min, rs, 2008

direção: Guilherme Castro

sessÃo esPeCiAL SAnTA TerezA em feSTA

loCAl: Cine SAnTA TerezA

ComemorAção doS 111 AnoS do BAirro SAnTA TerezA

Parceria: Associação Comunitária do bairro de santa Tereza

Universo Produção

Apresentação da história do tradicional bairro santa Tereza

em imagens e homenagens

lançamento do livreto “Personalidades do bairro santa Tereza”

fotos: Luis Góes

- exibição do curta produzido durante o evento pelos alunos da

oficina em Curta Documental

- exibição TV Mostra – fatos e acontecimentos Mostra CineBH 2009

CUrTAs SÉrie 6

loCAl: Cine-PrAçA (PrAçA duque de CAxiAS)

o AnÃo QUe ViroU GiGAnTe, de Marão

animação, diGiTal, 10 min, rj, 2008

AMAnDA & MoniCK, de André da Costa Pinto

doc, diGiTal, 18min50, PB, 2008

A TAL GUerreirA, de Marcelo Caetano

doc, diGiTal, 14 min, sP, 2008

C.J.K, de elisa Gazzinelli e Ana Paula Gazzinellli

doc, diGiTal, 15 in, mG, 2008

o FiLMe MAis VioLenTo Do MUnDo, de Gilberto scarpa

ficção, 35mm, 16 min, mG, 2009

FiLMe De enCerrAMenTo ConTemPorâneo

loCAl: Cine SAnTA TerezA

PrÉ-eSTreiA nACionAl

ToDo MUnDo TeM ProBLeMAs seXUAisficção, cor, diGiTal, 80 min, rj, 2008

direção: Domingos oliveira

Elenco: Pedro cardoso, cláudia abreu, Priscilla rozenbaum,

orã figueiredo,Paloma riani, ricardo Kosovski

programação

163

Page 164: Catálogo - Mostra CineBH 2009

164

“É um prazer, uma honra ser homenageada pela Universo Pro-dução. Eu gosto muito da Raquel, Fernanda e Quintino, porque a gente é parecido nessa coisa da labuta, de arrombar a porta para fazer acontecer. Desde o Festival de Tiradentes eu acom-panho o trabalho deles e respeito e admiro muito.”sara silveira, produtora e homenageada da mostra - SP

“Esse resgate do cinema de bairro é muito importante. Os fes-tivais cumprem um pouco esse papel de levar espaços de exi-bição onde o cinema de bairro morreu. Além disso, acho que os festivais da Universo Produção têm essa característica de unir exibição e debate, as ideias em torno do fazer cinema. A Mostra de Tiradentes foi muito importante para as pessoas perceberem que nosso filme Conceição não era um filme para poucos, abriu um caminho para o filme.” André sampaio, cineasta - rj

“Foi com muita satisfação que participei da reunião da exe-cutiva da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, proporcionada pela Universo Produção, como parte da progra-mação da Mostra CineBH. O encontro foi muito produtivo e ao final das discussões conseguimos redigir um texto com suges-tões para a definição do estatuto da ABPA. Esperamos rece-ber contribuições, sugestões e críticas dos demais membros para que em Tiradentes, no encontro que ocorrerá em janeiro de 2009, possamos definir o estatuto da ABPA. Registramos o nosso agradecimento à Universo Produção por criar, desde a Mostra CineOP, em junho passado, o espaço para as discus-sões sobre preservação audiovisual, e esperamos poder con-tinuar contando com esse fundamental apoio.”Albertina Malta, fundação joaquim nabuco - Pe

“O mais encantador da CineBH (para além de sua própria concepção como revitalizador do espaço de exibição que é o Cine Santa Tereza) é sentir o calor do público, o interesse constante e crescente, a vontade de ver e entender o que se projeta na tela. Seja em filmes mais esteticamente ousados ou nos de linguagem tradicional, a sensação é de que os especta-dores nivelam tudo da mesma forma e renovam sempre mais a vontade de estar ali participando daquele ritual de construção e reconstrução de imagens. É curioso pensar isso a partir de uma mostra cuja programação é formada apenas de cinema brasileiro, justamente num ano em que o cinema brasileiro vai bastante mal das pernas. O que sei e percebo é que um evento como a Motra CineBH não apenas forma plateias e as insere num universo audiovisual muito estimulante, mas também as coloca em contato com o que de mais instigante vem sendo feito no nosso País.”Marcelo Miranda, jornalista do jornal O Tempo e crítico do site Filmes Polvo - mg “Eu acho que o mais interessante da CineBH é aproximar o público da produção do cinema, através dos debates, das ses-sões gratuitas e do contato direto que se tem com a equipe de produção e elenco dos filmes. Assistir a um filme a quatro filei-ras de distância do Selton Mello é mais que exemplo disso.”Luíza Glória, estudante de Comunicação Social - mg

“A Mostra CineBH tem se consolidado como um importante espaço de discussão e troca de saberes entre pessoas que se propõem pensar, de uma forma menos conformada, a reali-dade cinematográfica brasileira. Refletindo, debatendo e com isso, crescendo. E para crescer é necessário que se tenha

depoimentos cinebh

Page 165: Catálogo - Mostra CineBH 2009

165

atenção e cuidados contínuos. Ter sido realizado no âmbito da Mostra o desdobramento das discussões acerca da criação da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual – ABPA, continuando um esforço iniciado na CineOP, em junho, é uma ação que deve ser aplaudida. Os acervos audiovisuais de todo o País também agradecem!”Daniela Giovana siqueira, pesquisadora e conservadora do CrAv - mg

“O papel do festival é pensar essas formas diferentes de pro-duzir e distribuir o audiovisual, reinventando a forma de fazer cinema contra a fetichização de valores colocados em outros espaços.”rodrigo Minelli, cineasta e professor ufmg

“O problema dos festivais é que cada vez mais querem catego-rizar seu filme como qualquer indústria; ao mesmo tempo, em muitos deles você tem contato com obras que jamais teria, que revolucionam sua vontade de fazer cinema. Para a obra é ma-ravilhoso participar de festivais onde estão curadores e direto-res do mundo inteiro, vira uma vitrine para o seu filme.”Cao Guimarães, cineasta - mg

“Fomentar o cinema independente do cinema brasileiro foi uma escolha muito feliz para a Mostra CineBH. A qualidade da programação também valorizou o evento e o que os mineiros devem esperar é a próxima edição, com muita ansiedade.”Débora Lucas, aluna da oficina Análise da linguagem Cinema-tográfica - mg

“Gostei demais da iniciativa da Mostra convidar as escolas para as sessões de cinema. Poucos alunos têm a oportunida-

de de ir ao cinema e posso assegurar que os alunos amaram estar aqui. O cinema faz parte da educação e abre novos ca-minhos, amplia a visão das pessoas. O cinema também é uma forma de aprendizado o inclui o currículo de artes.”Gorete Checon, educadora Colégio Tiradentes - mg

“A Mostra de Cinema é importante na medida em que possibi-lita o acesso e o encontro de uma dupla diversidade: a do ci-nema em seus mais variados suportes e debates e a do público que circula pela Praça Santa Tereza entre crianças, estudan-tes, avós e amantes. Oportunidade dupla para o contato entre essas pessoas diversas e filmes diversos.”nísio Teixeira, jornalista e professor universitário - mg

“Eu acho os festivais da Universo muito bacanas. Dizem que as pessoas não vão ao cinema, mas os festivais mostram o con-trário. Vemos sessões lotadas sempre. Temos que nos pergun-tar por que essas pessoas depois não vão ao cinema?”eduardo Cerqueira, usina digital - mg

“Achei maravilhoso esse cinema de bairro reaberto. Ele tem que continuar a ser cinema, não pode ser outra coisa. Vamos criar um espaço de debate, uma campanha em prol desse ci-nema no MovieMobz. Fiquei encantado com a sessão de Loki no Cine Santa Tereza. Eu adoro BH, adoro Minas.” Marco Aurélio Marcondes, moviemobz - rj

“Eu acho muito bom esse debate sobre distribuição, sem re-cursos para exibir o processo fica muito complicado. A exibi-ção de 3Efes aqui foi muito legal, o público compareceu, per-guntou sobre as atuações, foi bem interessante.”Paulo souza, produtor da Casa de Cinema de Porto Alegre - rS

depoimentos

Page 166: Catálogo - Mostra CineBH 2009

166

“BH tem uma posição estratégica no mercado de cinema do Brasil em termos de produção. Temos que equacionar a ques-tão da exibição, dos ingressos. Buscar incentivar o público a ir ao cinema.”Paulo sérgio de Almeida, filme B - rj “Os festivais da Universo têm vários méritos: a formação de público, o espaço de exibição e ainda os debates sobre os pro-blemas, desafios que temos de enfrentar.” André sturm, produtor e diretor - SP “Gostei muito do cinema montado no meio da praça. Isso é muito lúdico, faz com que o cinema integre as pessoas, sem falar que tudo é gratuito. Sem falar que gostei muito da minha sessão, da reação do público que é muito diverso, de todas as idades, justamente pelo fato do cinema ser na praça. Isso é muito bom para o diretor, ter na plateia a presença de vários tipos de pessoas.”emílio Domingos. diretor do curta Pretinho Babylon - SP “Foi incrível a sessão de ontem. O cinema estava lotado e a plateia aplaudiu bem o filme no final, por muito tempo. Adorei a temática da Mostra, que traz a reflexão de um tema funda-mental, a produção independente. Só de saber que a Universo está à frente do evento, tenho a certeza que o evento tende a ficar cada vez melhor.”André saddy, produtor executivo de loki – Arnaldo Baptista - rj

“Os festivais são janela de escape para curtas-metragens. Pri-meiro passamos no bairro, no cineclube, mas somente os fes-tivais vão levar os curtas para o mundo, vão criando caminho, estrada.”Cavi Borges, cineasta e produtor - rj “Eu vim o ano passado e volto agora. Este cinema já foi tanta coisa, boate, fábrica, mas ele tem que ser é cinema mesmo, devia estar aberto há mais tempo e sempre, sem fechar.”Flávia Alcântara, moradora de Santa Tereza - mg

depoimentos

Page 167: Catálogo - Mostra CineBH 2009

167

Adriana AlmeidaAgostinho nevesAlcione ComoniamAlfredo manevyAmílcar martinsângela gutierrezAssociação Comunitária do bairro de Santa TerezaBeloturBrigitte veyneCatherine faudryChristine verasCinemateca da embaixada da françaComitê mineiro – Ano da frança no BrasilComissariados francês e Brasileiro – frança.br 2009denise Hallakdeputado federal josé fernandodeputado federal reginaldo lopesescola Santa Terezafernando riosfundação municipal de Culturagrabriella limaguilherme CarvalhoHeleny Hallak d’Angelo

jacinto Amaraljafete Abrahãojoão Bosco d’Angelojosé Amaro (zinho)josé geraldo Araújo (lalado)josé luiz gattás Hallakjosé Samueljúlio Piresleonardo mecchiluís eguinoamarcelo mattemário Assadministério da CulturaPadre eliasParóquia de Santa Tereza e Santa TerezinhaPaulo mouraPaulo ramosPrefeito márcio lacerdaSimão lacerdaSylvie debsTúlio vanuccivaladão

agradecimentos

Page 168: Catálogo - Mostra CineBH 2009

168

idealização e realizaçãouniverso Produção

Coordenação Geralraquel Hallak d’Angelo

Coordenação Adjunta e Técnicaquintino vargas

Coordenação Ajunta e Logísticafernanda Hallak d’Angelo

Produção executivamônica d’Angelo Braga

Produção – secretaria, oficinas e sessão Cine-escolaroberta gulhelmelli

Colaborador Temática, Homenagem e seminárioleonardo mecchi

seleção de Longas e Médias eduardo valente

seleção de Curtaseduardo valenterafael Ciccarini

Colaborador – Ano da França no Brasilleonardo mecchi

Agente Administrativo- FinanceiroCássia melo

Logística – Passagem Aéreajuliana Braga

Logística – Tráfego de FilmesCristiana Brandãorômulo moreira

Assistentes de ProduçãoAndréa Cardoso de rezendedébora lucasjúnia HaddadKika Haddadneuza Teixeira dos reisrebeca de Paularômulo moreirarosane félix

Agentes de ApoioWelbert Thiagojavier galindodaniane reis

Assessoria de imprensauniverso ProduçãoAna d’AngeloAriane lemosleonardo mecchi

Cerimonialruby Cardosoletícia Amaral

ficha técnica

Page 169: Catálogo - Mostra CineBH 2009

169

ApresentadoresAndré magalhãesluiz Carlos gomesraquel Pedras

Comemoração 111 anos de santa Tereza Assistente de Produção – Perla HortaColaborador – Paulo ramosParceria: Associação Comunitária do Bairro de Santa TerezaPresidente: ibiraci josé do Carmo (Bira)vice-Presidente: luiz góes Apoio: universo Produção

Fotografialeonardo laranetun limavictor SchwannerAssistente – felipe ivaniscka

Projeção PelículaAlltech Comércio e manutenção de equipamentosjosé luiz Almeida

Projeção DigitalAlltech Comércio e manutenção de equipamentosrain

sonorização e iluminaçãoSom melhor

TransporteBanana veloz – disk van

Passagens AéreasTerra viagens e Turismo

identidade Visual e PublicidadeAgência ) dez

WebsiteArquitetura e Programação – feira moddernadesign – Agência ) dez

Projeto CenográficoConcepção – dois ArquiteturaProgramação visual – Agência ) dez

Produção GráficaAgência ) dezHolograma design gráfico

VT e Vinheta TV Mostra CineBH 2009Criação e direção – Agência ) dezAnimação e montagem – lucas Souza

VT HomenagemCanal Brasil

Abertura Concepção e Produção – universo Produção e imago vídeovídeo – imago vídeo

TV MostraTrade Comunicação

intervenções artísticas Paulo Sérgio Pires Cavalcanti (Popó)

Cine encontro Bar Caféjosé luiz da Silveirajoão Paulo

Page 170: Catálogo - Mostra CineBH 2009

170

Ano da França no Brasil (21 de abril a 15 de novembro) é organizado: no Brasil pelo Comissariado geral brasileiro, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores, na França pelo Comissariado geral francês, pelo Ministério das Relações exteriores e européias, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação e por Culturesfrance

Embaixada da Françano Brasil

Paróquia de Santa Terezae Santa Terezinha

Vicariato de Comunicação daArquidiocese de Belo Horizonte

Ano da França no Brasil (21 de abril a 15 de novembro) é organizado: no Brasil pelo Comissariado geral brasileiro, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores, na França pelo Comissariado geral francês, pelo Ministério das Relações exteriores e européias, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação e por Culturesfrance

Embaixada da Françano Brasil

Paróquia de Santa Terezae Santa Terezinha

Vicariato de Comunicação daArquidiocese de Belo Horizonte

Ano da França no Brasil (21 de abril a 15 de novembro) é organizado: no Brasil pelo Comissariado geral brasileiro, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores, na França pelo Comissariado geral francês, pelo Ministério das Relações exteriores e européias, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação e por Culturesfrance

Embaixada da Françano Brasil

Paróquia de Santa Terezae Santa Terezinha

Vicariato de Comunicação daArquidiocese de Belo Horizonte

Ano da França no Brasil (21 de abril a 15 de novembro) é organizado: no Brasil pelo Comissariado geral brasileiro, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores, na França pelo Comissariado geral francês, pelo Ministério das Relações exteriores e européias, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação e por Culturesfrance

Embaixada da Françano Brasil

Paróquia de Santa Terezae Santa Terezinha

Vicariato de Comunicação daArquidiocese de Belo Horizonte

Ano da França no Brasil (21 de abril a 15 de novembro) é organizado: no Brasil pelo Comissariado geral brasileiro, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores, na França pelo Comissariado geral francês, pelo Ministério das Relações exteriores e européias, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação e por Culturesfrance

Embaixada da Françano Brasil

Paróquia de Santa Terezae Santa Terezinha

Vicariato de Comunicação daArquidiocese de Belo Horizonte

ruA PirAPeTingA, 567 – SerrA – Belo HorizonTe/mg – CeP 30220-150(31) 3282-2366 – WWW.univerSoProduCAo.Com.Br

Page 171: Catálogo - Mostra CineBH 2009

171

Page 172: Catálogo - Mostra CineBH 2009

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