casoteca direito gv – produÇÃo de casos 2011 · 2014-09-09 · instituição de arbitragem e de...

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CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011 1 PROJETO CASOTECA – DIREITO GV 1 MG-050: ARBITRAGEM EM PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS 2 Coordenação: Leandro Rigueira Rennó Lima Coautores: Tatiana de Oliveira Gonçalves e Sabrina Colares Nogueira ANEXO II - ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE ARBITRAGEM E SEUS ANEXOS SUMÁRIO ANEXO 2.1 – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE ARBITRAGEM ................................. 3 ANEXO 2.2 – REGULAMENTO DE ARBITRAGEM DA CAMARB .................................. 10 ANEXO 2.3 - SOLICITAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ARBITRAGEM ............................... 24 ANEXO 2.4 - NOTIFICAÇÃO ENVIADA PELA SECRETARIA GERAL DA CAMARB À PARTE REQUERIDA SOBRE A SOLICITAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ARBITRAGEM . 26 ANEXO 2.5 – MODELO DE QUESTIONÁRIO ................................................................ 28 ANEXO 2.6 – MODELO DE DECLARAÇÃO DE NÃO IMPEDIMENTO ........................... 30 ANEXO 2.7 – QUESTIONÁRIO ESPECÍFICO PARA O CASO ....................................... 31 ANEXO 2.8 – NOTIFICAÇÃO DA CAMARB ACERCA DA IMPUGNAÇÃO DO ÁRBITRO ........................................................................................................................................ 34 1 Este caso foi produzido no ano de 2011 por Leandro Rigueira Rennó Lima, doutor em Direito pela Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines, Tatiana de Oliveira Gonçalves, mestre em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos, e Sabrina Colares Nogueira, bacharel em Direito pelo Centro Universitário Newton Paiva, com a colaboração de Bernardo Cabral, estudante do curso de Direito da UFMG; Bráulio Pedercini de Castro, estudante de Direito da PUC Minas; Fernanda de Castro Pereira, estudante de Direito da PUC Minas; Pedro Martini, estudante do curso de Direito da UFMG; Pedro Silveira Campos Soares, bacharel em Direito pela PUC Minas, e integra a terceira rodada de casos da Casoteca DIREITO GV. O projeto da Casoteca tem três objetivos: (i) fornecer um acervo de casos didáticos sobre direito e política pública na América Latina; (ii) estimular a produção contínua de novos casos por meio do financiamento de pesquisa empírica; (iii) provocar o debate sobre a aplicação do “método do caso” como uma proposta inovadora de ensino. Os casos consistem em relatos de situações-problema reais, produzidas a partir de investigação empírica e voltadas para o ensino. Evidentemente, não comportam uma única solução correta. A Casoteca permite uso aberto e gratuito de seu conteúdo, que é protegido por uma licença Creative Commons (Atribuição-Uso Não- Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil). A licença pode ser acessada através do link: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/. 2 A redação deste caso foi inspirada nas atividades da Comissão Organizadora da I Competição Brasileira de Arbitragem – Petrônio Muniz, organizada pela CAMARB – Câmara de Arbitragem Empresarial – Brasil (CAMARB) em 2010, bem como pela grande repercussão do caso da Parceria Público Privada da Rodovia MG – 050, tanto no estado de Minas Gerais como em todo o Brasil.

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CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

1

PROJETO CASOTECA – DIREITO GV 1

MG-050: ARBITRAGEM EM PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS 2

Coordenação: Leandro Rigueira Rennó Lima

Coautores: Tatiana de Oliveira Gonçalves e Sabrina Colares Nogueira

ANEXO II -

ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE ARBITRAGEM E SEUS ANEXOS

SUMÁRIO

ANEXO 2.1 – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE ARBITRAGEM ................................. 3

ANEXO 2.2 – REGULAMENTO DE ARBITRAGEM DA CAMARB .................................. 10

ANEXO 2.3 - SOLICITAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ARBITRAGEM ............................... 24

ANEXO 2.4 - NOTIFICAÇÃO ENVIADA PELA SECRETARIA GERAL DA CAMARB À PARTE REQUERIDA SOBRE A SOLICITAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ARBITRAGEM . 26

ANEXO 2.5 – MODELO DE QUESTIONÁRIO ................................................................ 28

ANEXO 2.6 – MODELO DE DECLARAÇÃO DE NÃO IMPEDIMENTO ........................... 30

ANEXO 2.7 – QUESTIONÁRIO ESPECÍFICO PARA O CASO ....................................... 31

ANEXO 2.8 – NOTIFICAÇÃO DA CAMARB ACERCA DA IMPUGNAÇÃO DO ÁRBITRO ........................................................................................................................................ 34

1 Este caso foi produzido no ano de 2011 por Leandro Rigueira Rennó Lima, doutor em Direito pela Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines, Tatiana de Oliveira Gonçalves, mestre em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos, e Sabrina Colares Nogueira, bacharel em Direito pelo Centro Universitário Newton Paiva, com a colaboração de Bernardo Cabral, estudante do curso de Direito da UFMG; Bráulio Pedercini de Castro, estudante de Direito da PUC Minas; Fernanda de Castro Pereira, estudante de Direito da PUC Minas; Pedro Martini, estudante do curso de Direito da UFMG; Pedro Silveira Campos Soares, bacharel em Direito pela PUC Minas, e integra a terceira rodada de casos da Casoteca DIREITO GV. O projeto da Casoteca tem três objetivos: (i) fornecer um acervo de casos didáticos sobre direito e política pública na América Latina; (ii) estimular a produção contínua de novos casos por meio do financiamento de pesquisa empírica; (iii) provocar o debate sobre a aplicação do “método do caso” como uma proposta inovadora de ensino. Os casos consistem em relatos de situações-problema reais, produzidas a partir de investigação empírica e voltadas para o ensino. Evidentemente, não comportam uma única solução correta. A Casoteca permite uso aberto e gratuito de seu conteúdo, que é protegido por uma licença Creative Commons (Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil). A licença pode ser acessada através do link: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/. 2 A redação deste caso foi inspirada nas atividades da Comissão Organizadora da I Competição Brasileira de Arbitragem – Petrônio Muniz, organizada pela CAMARB – Câmara de Arbitragem Empresarial – Brasil (CAMARB) em 2010, bem como pela grande repercussão do caso da Parceria Público Privada da Rodovia MG – 050, tanto no estado de Minas Gerais como em todo o Brasil.

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ANEXO 2.9 – EMAIL RESPOSTA DO ÁRBITRO ............................................................ 35

ANEXO 2.10 – NOTIFICAÇÃO DA CAMARB ACERCA DA RESPOSTA DO ÁRBITRO . 36

ANEXO 2.11 - DELIBERAÇÃO DA DIRETORIA ............................................................. 37

ANEXO 2.12 - TERMO DE ARBITRAGEM ..................................................................... 41

ANEXO 2.13 – FLUXOGRAMA DO PROCEDIMENTO DE ARBITRAGEM ..................... 46

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ANEXO 2.1 – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE ARBITRAGEM

I – INTRODUÇÃO

O caso da MG-050 está ainda em discussão no Poder Judiciário, perante o qual foi

proposta uma ação de instituição da arbitragem, com base no artigo 7º, da Lei nº

9.307/96. Essa medida tornou-se necessária em virtude da inserção de uma cláusula

vazia no contrato em estudo, o que, diante da ausência de acordo das partes envolvidas

quanto à instauração do procedimento arbitral, não lhes deixou outra solução.

Além da possibilidade de promover debates sobre os temas envolvidos no caso, um dos

principais e mais interessantes métodos para trabalhar essas questões junto ao corpo

discente e que possibilitará um maior aprofundamento dos conhecimentos por parte dos

alunos e do próprio professor é a simulação de um procedimento arbitral. A proposta é

que o professor atue exercendo o papel da Secretaria Geral de uma Câmara de

Arbitragem, enquanto os alunos poderão ocupar as posições de partes e árbitros no

procedimento.

Tendo em vista tratar-se de um caso mineiro e, além disso, segundo informações obtidas

junto aos representantes das partes envolvidas no caso, sugerimos a indicação da

Câmara de Arbitragem Empresarial - Brasil (CAMARB) como instituição administradora

do procedimento, com a aplicação do seu Regulamento de Arbitragem (Anexo 2.2 ).

Todos os modelos de intimações, documentos e demais correspondências que poderão

se mostrar necessárias para o desenvolvimento da arbitragem estão anexados a este

Roteiro.

Para melhor compreensão da estrutura do procedimento arbitral, o roteiro segue a divisão

clássica da arbitragem em 3 (três) etapas: pré-arbitral, arbitral e pós-arbitral.

II - FASE PRÉ-ARBITRAL

Para se dar início ao procedimento arbitral é necessário enviar a Solicitação de Instituição

de Arbitragem (Anexo 2.3 ) para a CAMARB. A Solicitação de Arbitragem é preenchida

pela parte interessada em instaurar a Arbitragem e conterá: (i) nome, endereço e

qualificação completa das partes envolvidas e de seu advogado, se houver; (ii) cópia

integral do instrumento que contenha a convenção de arbitragem; (iii) breve síntese do

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objeto do litígio; (iv) súmula das pretensões; e (v) o valor estimado da demanda.

A Secretaria da CAMARB enviará ao requerido (Anexo 2.4 ) cópia da Solicitação de

instituição de arbitragem e de seus anexos, notificando-o para, no prazo de 15 (quinze)

dias contado de seu recebimento, manifestar-se sobre a Solicitação de instituição de

arbitragem e eventual interesse em reconvir. Havendo interesse em reconvir, a

manifestação do requerido deverá conter também: (i) breve síntese dos fatos que deram

origem à reconvenção; (ii) súmula das pretensões; e (iii) valor estimado da demanda

reconvencional.

*Sugestão: os alunos poderão elaborar essas peças, conforme a Narrativa do

Caso e o Regulamento de Arbitragem da CAMARB.

Logo após a manifestação da Requerida, a CAMARB intimará as partes para, no prazo

de 10 (dez) dias, indicar árbitro para atuar no procedimento. Indicados os árbitros pelas

partes, a CAMARB enviará a carta-convite com a declaração de não-impedimento

(Anexo 2.6 ) e os questionários que deverão ser preenchidos pelos árbitros (Anexo 2.5 ).

Após o encaminhamento pelos árbitros da manifestação de disponibilidade,

acompanhada da declaração de não impedimento e independência, as partes serão

intimadas pela Secretaria Geral da CAMARB, sendo-lhes concedido o prazo de 5 (cinco)

dias para oferecer, fundamentadamente, eventual impugnação dos árbitros.

*Sugestão: o Anexo 2.7 contém um questionário com informações que

poderão ensejar a apresentação de impugnação do árbitro pelos alunos.

É uma forma de incentivá-los a analisar as causas de impedimento e

suspeição dos árbitros.

Apresentada a impugnação do árbitro pelas partes, o árbitro será intimado pela

Secretaria Geral da CAMARB para que se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias (Anexo

2.8).

*Sugestão: seria interessante que o árbitro apresentasse defesa,

alegando que os fatos por ele revelados não afetam sua imparcialidade

(Anexo 2.9 ). Os alunos que estão representando as partes (Requerente

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e Requerido) receberão esse documento e deverão se manifestar

(Anexo 2.10 ).

Após as manifestações, a Diretoria da CAMARB (papel a ser exercido pelo professor)

decidirá a impugnação do árbitro (Anexo 2.11 ) e dará prosseguimento à arbitragem.

Caso o árbitro seja declarado impedido, novo direito à indicação será concedido à parte

que o indicou.

Superadas essas questões, os árbitros nomeados pelas partes indicarão em conjunto o

terceiro árbitro, que funcionará como presidente do Tribunal Arbitral.

III - FASE ARBITRAL

Após a constituição do Tribunal Arbitral, deverá ser designado o dia da primeira

audiência, ocasião em que será assinado o Termo de Arbitragem (Anexo 2.12 ).

*Sugestão: seria interessante que o professor reservasse uma aula

para fazer a simulação dessa audiência com os alunos atuando como

árbitros, partes e advogados.

O Termo de Arbitragem é um instrumento jurídico, utilizado pela maioria das instituições

que administram procedimentos arbitrais, para iniciar e traçar as diretrizes de uma

arbitragem. É assinado pelas partes e pelos árbitros na primeira audiência designada.

Normalmente, no Termo de Arbitragem constam os seguintes dados: (i) a identificação

das partes, de seus advogados e dos árbitros; (ii) a matéria objeto da arbitragem, com as

especificações dos pleitos das partes, sendo esse item de extrema relevância, pois

delimita a jurisdição do(s) árbitro(s); (iii) as regras aplicáveis ao procedimento, de

conformidade com o Regulamento de Arbitragem do órgão arbitral escolhido pelas partes

na convenção de arbitragem; (iv) o local da arbitragem; (v) as normas aplicáveis ao

julgamento, podendo as partes autorizar expressamente os árbitros a utilizar os critérios

da equidade ao julgar; (vi) o prazo para o proferimento da sentença arbitral; (vii) o idioma;

(viii) a forma de divisão das despesas da arbitragem e dos honorários dos árbitros; (ix) a

tentativa de conciliação entre as partes, em observância ao artigo 21, parágrafo 4º, da Lei

de Arbitragem (Lei 9.307/96); (x) restando frustrada a tentativa de conciliação, os prazos

para apresentação de peças processuais e documentos. Os prazos e a ordem das etapas

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processuais do Regulamento de Arbitragem da instituição podem ser mantidos ou

alterados, por solicitação das partes ou sugestão dos árbitros3, desde que não haja

prejuízo para o bom andamento da arbitragem.

A recusa de qualquer das partes em assinar o Termo de Arbitragem não inviabiliza o

procedimento arbitral. O Termo é apenas um instrumento organizador, utilizado pelas

instituições arbitrais para iniciar determinada arbitragem.

Na audiência de assinatura do Termo de Arbitragem, o Tribunal Arbitral promoverá,

inicialmente, tentativa de conciliação das partes. Frustrada a conciliação, o requerido, se

houver manifestado interesse em reconvir, disporá, bem como o requerente, do prazo

comum de 15 (quinze) dias, a contar da data do Termo de Arbitragem, para que

apresente(m) suas alegações iniciais e indique(m) as provas que pretenda(m) produzir.

As alegações iniciais deverão conter os pedidos e suas especificações. Após a

apresentação das alegações iniciais, nenhuma das partes poderá formular novos

pedidos, aditar ou modificar os pedidos existentes ou desistir de qualquer dos pedidos

sem anuência da outra parte e do Tribunal Arbitral.

*Sugestão: seria interessante solicitar aos alunos que, em grupos

separados em Requerente e Requerido, elaborem as alegações iniciais

para cada parte.

Em seguida, será aberto ao requerido e ao requerente, no caso de reconvenção, o prazo

comum de 15 (quinze) dias para apresentação da impugnação às alegações iniciais da

outra parte, oportunidade em que deverá indicar as provas que pretenda produzir.

*Sugestão: Se o professor julgar interessante ou necessário, também

seria interessante solicitar aos alunos que, em grupos separados em

Requerente e Requerido, elaborem as impugnações para cada parte.

3 “A flexibilidade que torna a arbitragem tão atraente reside no método de solucionar a controvérsia. Enquanto os juízes estão atrelados às teias do processo, com previsões mais ou menos rígidas, segundo o sistema de cada país, os árbitros têm maior liberdade para flexibilizar formas, formulas, e atos do procedimento, tudo com o objetivo de facilitar a apuração dos fatos e a aplicação do direito. Este arejamento e esta liberdade são essenciais para quem pretenda resolver com rapidez e eficiência um dado litígio, sendo realçadas tais qualidades quando a disputa for travada nas vastas planícies do comércio internacional” (CARMONA, Carlos Alberto. Flexibilização do Procedimento Arbitral. Revista Brasileira de Arbitragem. São Paulo, n. 24, p. 21, Outubro-Dezembro, 2009.

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Encerrado o prazo para impugnação, o Tribunal Arbitral deliberará sobre a produção de

provas. Caberá ao Tribunal Arbitral dispor sobre a necessidade de prova pericial para a

instrução da arbitragem. Nessa hipótese, o Tribunal Arbitral disporá sobre a apresentação

de quesitos pelas partes, a nomeação de perito, o pagamento dos honorários periciais,

admissão de assistentes técnicos, apresentação do laudo pericial e de seus

esclarecimentos.

Caso entenda necessária audiência de instrução, o Tribunal Arbitral designará dia, hora e

local para sua realização. A audiência será instalada pelo presidente do Tribunal Arbitral,

com a presença dos demais árbitros e do secretário do procedimento.

*Sugestão: seria interessante o professor reservar uma aula para fazer

a simulação dessa audiência com os alunos atuando como árbitros,

secretário arbitral, partes e advogados.

Instalada a audiência, serão produzidas as provas orais, iniciando-se pelos

esclarecimentos do perito, se for o caso, seguindo-se pelo depoimento pessoal das

partes e, logo após, pela inquirição de testemunhas arroladas.

Entendendo não serem necessárias novas provas, o Tribunal Arbitral declarará encerrada

a instrução. De acordo com o Regulamento de Arbitragem da CAMARB, concluída a

produção das provas, as partes disporão do prazo comum de 15 (quinze) dias para

apresentarem suas alegações finais, se outro não for fixado pelo Tribunal Arbitral.

*Sugestão: Da mesma forma, seria interessante solicitar aos alunos

que, em grupos separados em Requerente e Requerido, elaborem as

alegações finais para cada parte. Na realidade, a produção de todas

essas peças possibilita aos alunos evoluírem, junto com o andamento

do procedimento e dos debates, suas linhas de raciocínio e de defesa

dos diferentes pontos de vista do caso.

O Tribunal Arbitral proferirá sentença no prazo de até 60 (sessenta) dias contado do

término do prazo para as alegações finais das partes, salvo se outro prazo houver sido

fixado no Termo de Arbitragem.

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A sentença e demais decisões serão deliberadas em conferência, por maioria, cabendo

um voto a cada árbitro, inclusive ao presidente do Tribunal Arbitral. Se não houver acordo

majoritário, prevalecerá o voto do presidente do Tribunal Arbitral.

A sentença será reduzida a escrito pelo Tribunal Arbitral e será assinada por todos os

árbitros, sendo, todavia, suficiente para sua eficácia a assinatura da maioria, caso algum

deles se recuse ou não possa firmá-lo.

A sentença arbitral conterá: a) o relatório, com o nome das partes e resumo do litígio; b)

os fundamentos da decisão, em que serão analisadas as questões de fato e de direito,

com menção expressa, quando for o caso, de ter sido proferida por equidade; c) o

dispositivo, em que os árbitros resolverão todas as questões submetidas e fixarão o

prazo para cumprimento, se for o caso; d) a data e o lugar em que foi proferida.

A sentença conterá, também, a fixação das custas e despesas da arbitragem, de

conformidade com a Tabela da CAMARB, incluindo a Taxa de Administração e

Honorários de Árbitros, bem como a responsabilidade de cada parte no pagamento

dessas parcelas, respeitados os limites estabelecidos na convenção de arbitragem ou no

Termo de Arbitragem, conforme o caso.

Proferida a sentença pelo Tribunal Arbitral, as partes receberão as vias originais da

decisão.

*Sugestão: seria interessante o professor solicitar aos alunos que

elaborem o texto da sentença arbitral.

Na hipótese de erro material, omissão, obscuridade, dúvida ou contradição da sentença

arbitral, as partes terão o prazo de cinco dias, contado da data de recebimento da

sentença, para formular pedidos de esclarecimentos. E os árbitros terão 10 (dez) dias

para proferir decisão.

*Sugestão: seria interessante o professor solicitar aos alunos que

elaborem o pedido de esclarecimentos.

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*Sugestão: seria interessante o professor analisar previamente o

Regulamento de Arbitragem da CAMARB e fazer as alterações dos

prazos de acordo com o seu interesse e disponibilidade.

IV - FASE PÓS-ARBITRAL

Com o proferimento da sentença arbitral, esgota-se a jurisdição arbitral, devendo a parte

não vitoriosa cumprir a decisão. Poderá, ainda, ser ajuizada no Poder Judiciário ação

para anular a sentença arbitral, se configurada alguma das hipóteses previstas no art. 32,

da Lei nº 9.307/96.

V – CONCLUSÃO

O presente roteiro apresenta o procedimento arbitral completo do seu início, com a

apresentação da Solicitação de Arbitragem, até o seu final, com a Sentença Arbitral e

eventual Pedido de Esclarecimentos (Anexo 2.13 ). Caberá ao professor avaliar o tempo

disponível e o seu interesse em realizar todo o procedimento junto com os alunos ou

apenas parte dele. Essa escolha dependerá das competências e habilidades que o

docente pretende desenvolver com o corpo discente em sua disciplina.

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ANEXO 2.2 – REGULAMENTO DE ARBITRAGEM DA CAMARB

I INTRODUÇÃO

1.1 A CAMARB - CÂMARA DE ARBITRAGEM EMPRESARIAL - BRASIL, doravante

designada abreviadamente CAMARB, tem por objeto a administração de procedimentos

arbitrais e outras formas extrajudiciais de solução de controvérsias. Sua atuação

institucional não envolve qualquer ato jurisdicional, cuja competência é exclusiva do(s)

árbitro(s) nomeado(s) nos termos deste Regulamento.

1.2 O Regulamento de Arbitragem da CAMARB, abreviadamente designado

"Regulamento", aplicar-se-á sempre que a convenção de arbitragem estipular a adoção

das regras de arbitragem da CAMARB ou da Câmara de Arbitragem de Minas Gerais,

anterior denominação da CAMARB.

1.3 Salvo disposição em contrário, será aplicado o Regulamento em vigor na data da

Solicitação de Arbitragem.

1.4 Para os efeitos deste Regulamento:

(i) a expressão Tribunal Arbitral será utilizada para designar indiferentemente

árbitro único ou tribunal arbitral;

(ii) os termos requerente e requerido aplicam-se indiferentemente a um ou mais

requerentes ou requeridos.

II DAS INTIMAÇÕES, MANIFESTAÇÕES E PRAZOS

2.1 Todas as peças processuais e documentos apresentados pelas partes devem ser

entregues à Secretaria Geral da CAMARB em número suficiente de vias para serem

encaminhadas aos árbitros e às demais partes, devendo os originais ficar arquivados nos

autos do processo arbitral.

2.2 A Secretaria Geral da CAMARB remeterá às partes, por meio de intimações, as

comunicações por ela emitidas, as cópias das manifestações das partes e as decisões

proferidas pelo Tribunal Arbitral.

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2.3 Os prazos regimentais e aqueles fixados pelo Tribunal Arbitral terão início no dia útil

subsequente à data de entrega da intimação enviada pela Secretaria Geral da CAMARB.

Os prazos são contínuos, não tendo seu curso suspenso nos dias em que não haja

expediente na CAMARB. Vencendo-se o prazo em dia em que não haja expediente na

CAMARB, o prazo ficará prorrogado para o primeiro dia útil seguinte.

2.4 Todas as intimações serão consideradas devidamente realizadas desde que tenham

sido entregues no endereço indicado no Termo de Arbitragem ou outro

subsequentemente informado pela respectiva parte. Caso não haja assinatura no Termo

de Arbitragem, a parte será considerada intimada pela entrega da comunicação da

Secretaria Geral da CAMARB no endereço em que tiver sido realizada a primeira

intimação da parte.

2.5 As partes, com anuência do Tribunal Arbitral, poderão modificar os prazos previstos

neste Regulamento.

III DA SOLICITAÇÃO DE ARBITRAGEM

3.1 Aquele que desejar dirimir litígio relativo a direitos patrimoniais disponíveis sob a

administração da CAMARB deverá comunicar sua intenção à Secretaria Geral desta

entidade, indicando:

(i) nome, endereço e qualificação completa das partes envolvidas e de seu

advogado, se houver;

(ii) cópia integral do instrumento que contenha a convenção de arbitragem;

(iii) breve síntese do objeto do litígio;

(iv) súmula das pretensões;

(v) valor estimado da demanda.

3.2 Ao requerer a instituição do procedimento arbitral, o requerente deverá efetuar o

depósito, não reembolsável, da Taxa de Registro para fazer face às despesas iniciais até

a celebração do Termo de Arbitragem.

3.3 Caso os requisitos dos artigos 2.1, 3.1 e 3.2 não sejam cumpridos, a Secretaria Geral

estabelecerá prazo para o cumprimento. Não havendo cumprimento das exigências

dentro do prazo concedido, a arbitragem será arquivada, sem prejuízo de nova

solicitação.

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3.4 A Secretaria da CAMARB enviará ao requerido, no endereço informado pelo

requerente, cópia da Solicitação de Arbitragem e de seus anexos, bem como um

exemplar deste Regulamento e a relação dos nomes que integram sua Lista de Árbitros,

notificando-o para, no prazo de 15 (quinze) dias contado de seu recebimento, manifestar-

se sobre a solicitação de instituição da arbitragem e eventual interesse em reconvir.

3.5 Se o requerido não for encontrado, o requerente deverá fornecer novo endereço à

Secretaria da CAMARB ou promover a notificação judicial do requerido a respeito do

procedimento arbitral.

3.6 Havendo interesse em reconvir, a manifestação do requerido deverá conter também:

(i) breve síntese dos fatos que deram origem à reconvenção;

(ii) súmula das pretensões;

(iii) valor estimado da demanda reconvencional.

3.7 Quando uma parte apresentar Solicitação de Arbitragem quanto à relação jurídica que

seja objeto de procedimento arbitral instaurado entre as mesmas partes ou, ainda,

quando for comum, entre as demandas, o objeto ou a causa de pedir, competirá ao

Tribunal Arbitral da arbitragem já instituída decidir acerca de eventual conexão entre as

demandas.

3.8 Caberá à Diretoria decidir, antes de constituído o Tribunal Arbitral, as questões

relacionadas à existência, validade, eficácia e escopo da convenção de arbitragem, bem

como sobre conexão de demandas, devendo o Tribunal Arbitral, após constituído, decidir

sobre sua jurisdição, confirmando ou modificando a decisão da Diretoria.

3.9 Se, mediante a celebração de convenção de arbitragem válida, uma das partes se

recusar ou se abstiver de participar da arbitragem, esta deverá prosseguir, não impedindo

que o Tribunal Arbitral profira a sentença, devendo a parte ausente ser comunicada, via

postal, de todos os atos do procedimento, ficando aberta a possibilidade para que

intervenha a qualquer tempo. Caso a parte altere seu endereço sem comunicar à

Secretaria da CAMARB, esta suspenderá o envio de intimações até que a parte informe

seu novo endereço.

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IV DOS ÁRBITROS

4.1 Poderão ser nomeados árbitros tanto os integrantes da Lista de Árbitros da CAMARB

como outros que dela não façam parte, desde que sejam pessoas capazes e de

confiança das partes, devendo o presidente do Tribunal Arbitral ser preferencialmente

escolhido entre os nomes que integram a Lista de Árbitros.

4.2 A(s) pessoa(s) nomeada(s) para atuar como árbitro(s) subscreverá(ão) termo

declarando, sob as penas da lei, não estar(em) incurso(s) nas hipóteses de impedimento

ou suspeição, devendo informar qualquer circunstância que possa ocasionar dúvida

justificável quanto à sua imparcialidade ou independência, em relação às partes ou à

controvérsia submetida à sua apreciação, bem como declarar por escrito que possui(em)

a competência técnica e a disponibilidade necessárias para conduzir a arbitragem dentro

do prazo estipulado.

4.3 Qualquer das partes poderá impugnar o árbitro que:

a) for parte no litígio;

b) tiver intervindo no litígio como mandatário, consultor ou parecerista de

qualquer das partes, mediador, testemunha ou perito;

c) for cônjuge ou parente até terceiro grau de qualquer das partes ou de seu

procurador;

d) participar de órgão de direção ou administração de pessoa jurídica que seja

parte no litígio ou participe de seu capital;

e) for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seu procurador;

f) for por qualquer outra forma interessado, direta ou indiretamente, no

julgamento da causa em favor de qualquer das partes;

g) não tenha independência, imparcialidade para conduzir a arbitragem ou julgar o

litígio.

4.4 Ocorrendo qualquer das hipóteses referidas no item anterior, compete ao árbitro

informar tal fato imediatamente à Secretaria da CAMARB, às partes e aos demais

árbitros. O árbitro poderá, por uma das razões referidas no item precedente, recusar sua

nomeação ou apresentar renúncia, mesmo quando tenha sido indicado por consenso das

partes.

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V DA NOMEAÇÃO DE ÁRBITROS

5.1 A Secretaria Geral da CAMARB solicitará às partes que nomeiem, no prazo de 10

(dez) dias, árbitro(s) para atuar(em) no procedimento arbitral.

5.2 Quando as partes optarem pela nomeação de árbitro único, deverá este ser indicado

por consenso. Caso não cheguem a consenso dentro do prazo fixado no item 5.1, aplicar-

se-á o disposto no item 5.10.

5.3 Salvo convenção em contrário, caso as partes optem pela constituição de Tribunal

Arbitral com 3 (três) membros, caberá a cada uma delas a nomeação de um árbitro no

prazo fixado no item 5.1. No prazo de 10 (dez) dias após a manifestação de

disponibilidade, não impedimento e independência dos árbitros indicados, estes indicarão

em conjunto o terceiro árbitro, que funcionará como presidente do Tribunal Arbitral. Não

sendo alcançado o consenso entre os árbitros indicados pelas partes, a indicação do

árbitro presidente caberá à Diretoria da CAMARB.

5.4 Quando as partes não houverem definido, na convenção de arbitragem, o número de

árbitros que atuarão no procedimento arbitral ou não chegarem a consenso a este

respeito, caberá à Diretoria da CAMARB definir se haverá nomeação de árbitro único ou

de três árbitros, considerando-se a natureza do litígio, devendo a indicação se dar na

forma deste Regulamento.

5.5 Uma vez indicado(s) o(s) árbitro(s), a Secretaria Geral da CAMARB solicitará a

este(s) que, no prazo de 10 (dez) dias, manifeste(m)-se nos termos do item 4.2.

5.6 Após o recebimento da manifestação de disponibilidade, acompanhada da declaração

de não impedimento e independência, pela Secretaria Geral da CAMARB, as partes

serão intimadas, sendo-lhes concedido o prazo de 5 (cinco) dias para oferecer,

fundamentadamente, eventual impugnação dos árbitros.

5.7 Em caso de impugnação do(s) árbitro(s), o(s) mesmo(s) será(ão) intimado(s) pela

Secretaria Geral da CAMARB para que se manifeste(m) no prazo de 5 (cinco) dias, do

que será concedida vista às partes por igual prazo.

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15

5.8 Competirá à Diretoria da CAMARB decidir sobre a impugnação do árbitro,

suspendendo-se o processo até a prolação da respectiva decisão.

5.9 Se algum árbitro nomeado vier a falecer, for declarado impedido ou suspeito ou ficar

impossibilitado para o exercício da função, o substituto será nomeado na forma e prazo

aplicáveis à nomeação do árbitro a ser substituído.

5.10 Se qualquer das partes - tendo celebrado convenção de arbitragem que eleja o

Regulamento de Arbitragem da CAMARB ou após concordar com a instauração da

arbitragem - deixar de indicar árbitro nos prazos previstos no Regulamento, a Diretoria da

CAMARB designará o árbitro não indicado por uma das partes ou árbitro único para a

solução do litígio dentre os nomes que integrarem sua Lista de Árbitros.

5.11 Quando mais de uma parte for requerente ou requerida e a controvérsia for

submetida a três árbitros, o requerente ou os múltiplos requerentes deverão indicar um

árbitro, enquanto o requerido ou os múltiplos requeridos deverão indicar outro árbitro.

5.12 Na ausência de consenso para a indicação de árbitro pelos múltiplos requerentes ou

pelos múltiplos requeridos, no prazo fixado neste Regulamento, a Diretoria da CAMARB

nomeará os três integrantes do Tribunal Arbitral, indicando quem exercerá a presidência.

VI DO TERMO DE ARBITRAGEM

6.1 Após a nomeação do(s) árbitro(s), a Secretaria Geral da CAMARB elaborará a minuta

do Termo de Arbitragem, no qual conterá:

a) nome, profissão, estado civil e domicílio das partes e de seus advogados, se

houver;

b) nome, profissão e domicílio do(s) árbitro(s) indicado(s) pelas partes;

c) a matéria que será objeto da arbitragem e súmula das pretensões;

d) local onde será proferida a sentença arbitral;

e) a autorização para que o(s) árbitro(s) julgue(m) por equidade, se assim for

convencionado pelas partes;

f) o prazo para apresentação da sentença arbitral;

g) o idioma em que será conduzido o procedimento arbitral;

h) a determinação da forma de pagamento dos honorários do(s) árbitro(s) e da taxa de

administração, bem como a declaração de responsabilidade pelo respectivo

pagamento e pelas despesas da arbitragem;

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

16

i) a assinatura de 2 (duas) testemunhas.

6.2 As partes e o Tribunal Arbitral deverão firmar o Termo de Arbitragem em audiência

especialmente designada para tal finalidade, ocasião em que serão efetuados o

pagamento da Taxa de Administração e o depósito dos honorários do Tribunal Arbitral,

nos termos deste Regulamento.

6.3 A arbitragem será considerada instituída e iniciada a jurisdição arbitral com a

aceitação do(s) árbitro(s), mediante a assinatura do Termo de Arbitragem.

6.4 Os efeitos da instituição da arbitragem retroagirão à data do protocolo na CAMARB

da Solicitação de Arbitragem.

VII DOS PROCURADORES

7.1 As partes poderão se fazer representar por advogados munidos de poderes

necessários para agir em nome do representado em todos os atos relativos ao

procedimento arbitral.

7.2 Todas as comunicações, notificações ou intimações dos atos processuais serão feitas

à parte ou, se houver procurador por ela nomeado, exclusivamente a este, por carta, fac-

símile, telegrama, correio eletrônico ou qualquer outra forma de comunicação escrita

dirigida ao endereço fornecido pela(s) parte(s) à Secretaria Geral.

VIII DO PROCEDIMENTO

8.1 Na audiência de assinatura do Termo de Arbitragem, o Tribunal Arbitral promoverá,

inicialmente, tentativa de conciliação das partes.

8.2 Frustrada a conciliação, o requerido, se houver manifestado interesse em reconvir,

disporá, bem como o requerente, do prazo comum de 15 (quinze) dias, a contar da data

do Termo de Arbitragem, para que apresente(m) suas alegações iniciais e indique(m) as

provas que pretenda(m) produzir.

8.3 As alegações iniciais deverão conter os pedidos e suas especificações. Após a

apresentação das alegações iniciais, nenhuma das partes poderá formular novos

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

17

pedidos, aditar ou modificar os pedidos existentes ou desistir de qualquer dos pedidos

sem anuência da(s) outra(s) parte(s) e do Tribunal Arbitral.

8.4 Em seguida, será aberto ao requerido e ao requerente, no caso de reconvenção, o

prazo comum de 15 (quinze) dias para apresentação da impugnação às alegações

iniciais da outra parte, oportunidade em que deverá indicar as provas que pretenda

produzir.

8.5 Encerrado o prazo para impugnação, o Tribunal Arbitral deliberará sobre a produção

de provas. Entendendo não serem necessárias novas provas, o Tribunal Arbitral

declarará encerrada a instrução e concederá às partes o prazo comum de 15 (quinze)

dias para que ofereçam suas alegações finais.

8.6 Se o Tribunal Arbitral considerar necessária, para seu convencimento, diligência fora

da sede da arbitragem, o presidente do Tribunal Arbitral determinará dia, hora e local de

realização da diligência, disto dando conhecimento às partes para que estas possam

acompanhá-la, se assim o desejarem.

8.7 Caberá ao Tribunal Arbitral dispor sobre a necessidade de prova pericial para a

instrução da arbitragem. Nessa hipótese, o Tribunal Arbitral disporá sobre a apresentação

de quesitos pelas partes, a nomeação de perito, o pagamento dos honorários periciais,

admissão de assistentes técnicos, apresentação do laudo pericial e de seus

esclarecimentos.

8.8 Em relação ao perito, aplicar-se-á o disposto nos itens 4.2, 4.3, 4.4 deste

Regulamento, cabendo ao Tribunal Arbitral decidir sobre eventual impugnação ao perito.

8.9 Caso entenda necessária audiência de instrução, o Tribunal Arbitral designará dia,

hora e local para sua realização.

8.10 A audiência será instalada pelo presidente do Tribunal Arbitral, com a presença dos

demais árbitros e do secretário do procedimento.

8.11 Instalada a audiência, serão produzidas as provas orais, iniciando-se pelos

esclarecimentos do perito, se for o caso, seguindo-se pelo depoimento pessoal das

partes e, logo após, pela inquirição de testemunhas arroladas.

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

18

8.12 Recusando-se qualquer testemunha a comparecer à audiência ou escusando-se de

depor sem motivo legal, poderá o presidente do Tribunal Arbitral, a pedido de qualquer

das partes ou de ofício, requerer à autoridade judiciária as medidas adequadas para a

tomada do depoimento da testemunha faltosa.

8.13 O secretário do procedimento providenciará, a pedido de qualquer das partes, cópia

dos depoimentos tomados em audiência, bem como serviços de intérpretes ou

tradutores, cabendo à parte que o solicitar arcar com os respectivos custos que deverão

ser adiantados à CAMARB.

8.14 As audiências serão realizadas ainda que qualquer das partes, regularmente

intimada, a elas não comparecer.

8.15 O adiamento da audiência somente será concedido por motivo relevante, a critério

do presidente do Tribunal Arbitral, o qual designará, de imediato, nova data para sua

realização.

8.16 Concluída a produção das provas, as partes disporão do prazo comum de 15

(quinze) dias para apresentarem suas alegações finais, se outro não for fixado pelo

Tribunal Arbitral.

8.17 Eventual nulidade de ato realizado no procedimento arbitral deverá ser alegada na

primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos.

IX DAS MEDIDAS DE URGÊNCIA

9.1 O Tribunal Arbitral, mediante requerimento de qualquer das partes ou quando julgar

apropriado, poderá, por decisão devidamente fundamentada, determinar medidas de

urgência, cautelares ou antecipatórias de mérito.

9.2 Enquanto não instalado o Tribunal Arbitral, as partes poderão requerer medidas

cautelares ou antecipatórias de mérito à autoridade judicial competente. Neste caso, a

parte deverá, imediatamente, dar ciência do pedido à CAMARB. O Tribunal Arbitral, tão

logo constituído, poderá reapreciar o pedido da parte, ratificando ou modificando, no todo

ou em parte, a medida deferida pela autoridade judicial.

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

19

9.3 Na hipótese de não cumprimento de qualquer ordem do Tribunal Arbitral e havendo

necessidade de medida coercitiva, a parte interessada ou o Tribunal Arbitral requererá

sua execução ao órgão competente do Poder Judiciário.

9.4 O requerimento efetuado por uma das partes a uma autoridade judicial para obter

medidas cautelares ou antecipatórias de mérito, antes de constituído o Tribunal Arbitral,

não será considerado renúncia à convenção de arbitragem, tampouco excluirá a

competência do Tribunal Arbitral para reapreciá-la.

X SENTENÇA ARBITRAL

10.1 O Tribunal Arbitral proferirá sentença no prazo de até 60 (sessenta) dias contado do

término do prazo para as alegações finais das partes, salvo se outro prazo houver sido

fixado no Termo de Arbitragem.

10.2 A sentença e demais decisões serão deliberadas em conferência, por maioria,

cabendo um voto a cada árbitro, inclusive ao presidente do Tribunal Arbitral. Se não

houver acordo majoritário, prevalecerá o voto do presidente do Tribunal Arbitral.

10.3 O Tribunal Arbitral poderá deliberar em qualquer lugar que julgar apropriado, sendo

que a sentença será proferida na sede da CAMARB, salvo se as partes tiverem disposto

diversamente.

10.4 A sentença será reduzida a escrito pelo Tribunal Arbitral e será assinada por todos

os árbitros, sendo, todavia, suficiente para sua eficácia a assinatura da maioria, caso

algum deles se recuse ou não possa firmá-lo.

10.5 A sentença arbitral conterá:

a) o relatório, com o nome das partes e resumo do litígio;

b) os fundamentos da decisão, em que serão analisadas as questões de fato e de

direito, com menção expressa, quando for o caso, de ter sido proferida por

equidade;

c) o dispositivo, em que o(s) árbitro(s) resolverá(ão) todas as questões

submetidas e fixará(ão) o prazo para cumprimento, se for o caso;

d) a data e o lugar em que foi proferida.

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

20

10.6 A sentença conterá, também, a fixação das custas e despesas da arbitragem, de

conformidade com a Tabela da CAMARB, incluindo a Taxa de Administração e

Honorários de Árbitros, bem como a responsabilidade de cada parte no pagamento

dessas parcelas, respeitados os limites estabelecidos na convenção de arbitragem ou no

Termo de Arbitragem, conforme o caso.

10.7 Proferida a sentença pelo Tribunal Arbitral e encaminhada à Secretaria Geral da

CAMARB no prazo previsto no item 10.1, a Secretaria Geral encaminhará a cada uma

das partes, no prazo de 5 (cinco) dias, uma via original, com comprovação de

recebimento. A Secretaria Geral manterá em seus arquivos cópia de inteiro teor da

sentença, junto a uma via dos autos, devidamente autenticada pelo presidente do

Tribunal Arbitral.

10.8 Na hipótese de erro material, omissão, obscuridade, dúvida ou contradição da

sentença arbitral, as partes terão o prazo de cinco dias, contado da data de recebimento

da sentença, para formular pedidos de esclarecimentos.

10.9 O Tribunal Arbitral poderá proferir sentença parcial antes da decisão final da

arbitragem.

XI DA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO, HONORÁRIOS DE ÁRBITRO E DEMAIS

DESPESAS

11.1 A Diretoria da CAMARB elaborará a Tabela da Taxa de Administração e Honorários

de Árbitros a ser aplicada nos procedimentos arbitrais por ela administrados.

11.2 A Taxa de Administração e os honorários de árbitro(s) serão fixados de acordo com

o valor econômico do litígio. Em caso de reconvenção, será devida nova Taxa de

Administração e os honorários de árbitro(s) serão calculados em função do valor da

reconvenção.

11.3 As despesas relativas a correio, fotocópias, ligações interurbanas, locação de

equipamentos e local para a realização de audiência, caso esta não ocorra na sede da

CAMARB, bem como despesas de honorários e deslocamento de peritos, tradutores e

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

21

árbitros não estão incluídas na Taxa de Administração, podendo a Secretaria da

CAMARB solicitar às partes depósito caução para fazer frente a tais despesas.

11.4 Os honorários do(s) árbitro(s) serão fixados em cada caso pela Diretoria,

imediatamente após a indicação dos membros do Tribunal Arbitral, de acordo com os

parâmetros estabelecidos na referida Tabela. Entretanto, poderá a Diretoria, atendendo a

circunstâncias excepcionais, propor honorários fora dos limites estabelecidos na Tabela,

sujeitos à aceitação do(s) árbitro(s).

11.5 Os honorários do árbitro presidente do Tribunal Arbitral serão 15% (quinze por

cento) superiores aos honorários fixados pela Diretoria para cada um dos demais

árbitros.

11.6 No ato de celebração do Termo de Arbitragem, o(s) requerente(s) depositará(ão)

metade do total da Taxa de Administração e dos Honorários de Árbitros, enquanto o(s)

requerido(s) depositará(ão) a outra metade do total da Taxa de Administração e dos

Honorários de Árbitros, segundo os critérios definidos neste Regulamento, salvo decisão

diversa do Tribunal Arbitral.

11.7 Caso haja acordo entre as partes, após a assinatura do Termo de Arbitragem e

antes da apresentação das alegações iniciais, o(s) árbitro(s) receberá(ão) apenas 50%

(cinquenta por cento) do total dos honorários, sendo o restante devolvido às partes.

11.8 No caso do não pagamento, por qualquer das partes, da Taxa de Administração

e/ou dos Honorários de Árbitros, no tempo e nos valores estipulados, poderá a outra

parte adiantar o respectivo valor de modo a permitir a realização da arbitragem,

procedendo-se ao acerto das contas ao final do procedimento arbitral, conforme decidir a

sentença arbitral. Caso não haja o adiantamento integral da Taxa de Administração e/ou

dos honorários no prazo de 15 (quinze) dias, a arbitragem será suspensa, podendo ser

retomada após a efetivação do referido pagamento. Na hipótese de haver reconvenção,

esse item aplicar-se-á separadamente aos pleitos do(s) requerente(s) e àqueles do(s)

requerido(s).

11.9 Se, no curso da arbitragem, verificar-se que o valor econômico de litígio informado

pelas partes é inferior ao valor econômico real apurado com base nos elementos

produzidos durante o procedimento, a Secretaria Geral da CAMARB ou o(s) árbitro(s)

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

22

procederão à respectiva correção, devendo as partes, se for o caso, complementar o

valor inicialmente depositado a título de Taxa de Administração e Honorários de Árbitros,

no prazo de 15 (quinze), a contar do recebimento da intimação que lhe(s) for feita.

11.10 Na hipótese de não pagamento do referido complemento, a arbitragem será

suspensa, nos moldes do item 11.8.

11.11 A suspensão por não pagamento não poderá ser superior a 90 (noventa) dias,

findos os quais a arbitragem será considerada encerrada para todos os fins de direito. Os

valores referentes à Taxa de Administração e aos Honorários de Árbitros até então pagos

serão revertidos em favor da CAMARB e dos árbitros, respectivamente.

11.12 As despesas incorridas para a prática de atos no procedimento arbitral serão

arcadas pela parte que requerer a respectiva providência ou por ambas as partes se a

providência for de iniciativa do Tribunal Arbitral ou estiver prevista neste Regulamento. A

Secretaria Geral da CAMARB poderá solicitar das partes adiantamento de valor suficiente

para fazer face às despesas previstas para o processo, em valor a ser estipulado de

acordo com o caso específico, valor este que estará sujeito à prestação de contas. A

responsabilidade final pelas despesas com a arbitragem será fixada na sentença arbitral,

nos termos do item 10.5 deste Regulamento.

11.13 Não será cobrado das partes qualquer valor adicional no caso de o Tribunal Arbitral

ser solicitado a corrigir qualquer erro material da sentença arbitral, a esclarecer alguma

obscuridade, dúvida ou contradição na mesma ou, ainda, a se pronunciar sobre ponto

omitido a respeito do qual deveria manifestar-se na decisão.

XII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

12.1 O procedimento arbitral será rigorosamente sigiloso, sendo vedado à CAMARB, aos

árbitros e às próprias partes divulgar quaisquer informações a que tenham acesso em

decorrência de seu ofício ou de sua participação no processo, sem o consentimento de

todas as partes, ressalvados os casos em que haja obrigação legal de publicidade.

12.2 Na ausência da fixação, pelas partes, na cláusula compromissória, do local da

arbitragem, este será o da sede da CAMARB.

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

23

12.3 Inexistindo acordo entre as partes, o Tribunal Arbitral determinará o idioma ou os

idiomas do procedimento arbitral, levando-se em consideração todas as circunstâncias

relevantes, inclusive o idioma do contrato.

12.4 Caberá ao Tribunal Arbitral interpretar e aplicar o presente Regulamento em tudo o

que disser respeito à sua competência, a seus deveres e suas prerrogativas.

12.5 Toda controvérsia entre os árbitros concernente à interpretação ou aplicação deste

Regulamento será resolvida pelo presidente do Tribunal Arbitral, cuja decisão a respeito

será definitiva.

12.6 Os casos omissos serão regidos pela Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, e

pelos tratados e convenções sobre arbitragem que tiverem aplicação no território

brasileiro. À falta de estipulação em tais instrumentos, os casos omissos serão resolvidos

por deliberação do Tribunal Arbitral constituído ou pela Diretoria da CAMARB, caso esse

ainda não tenha sido constituído.

12.7 O presente Regulamento, registrado no Cartório de Registro de Títulos e

Documentos de Belo Horizonte, Minas Gerais, somente poderá ser alterado por

deliberação da Diretoria da CAMARB.

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ANEXO 2.3 - SOLICITAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ARBITRAGE M

I – Solicitante:

Nome: CONCESSIONÁRIA DA RODOVIA MG 050 S.A.

(CONCESSIONÁRIA)

Qualificação: Inscrita no CNPJ/MF sob o nº 08.822.767/0001-08

Endereço: Com sede na Rua Eldorado, nº 59, Bairro Santa Clara, CEP 30.120-

846, Divinópolis, MG

Fone: XX XXXXXXX Fax: XX XXXXXXX E-mail: XXXXX

II - Parte Contrária:

Nome: ESTADO DE MINAS GERA IS, através da Secretaria de Estado de

Transportes e Obras Públicas;

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MINAS

GERAIS – CODEMIG;

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DE MINAS

GERAIS – DER-MG

Qualificação: ESTADO DE MINAS GERA IS, através da Secretaria de Estado de

Transportes e Obras Públicas, CNPJ nº 18.715.581/0001-03;

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MINAS

GERAIS – CODEMIG, inscrita no CNPJ sob o nº 19.791.581/0001-55;

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DE MINAS

GERAIS – DER-MG, inscrita no CNPJ n.º 17.309.790/0001-94

Endereço: ESTADO DE MINAS GERA IS, através da Secretaria de Estado de

Transportes e Obras Públicas, com sede na Rua Manaus, nº 467,

Bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte;

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MINAS

GERAIS – CODEMIG, com sede em Belo Horizonte, Estado de Minas

Gerais, na Rua Aimorés, nº1.697, Bairro de Lourdes, CEP 30.140-071;

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DE MINAS

GERAIS – DER-MG, com sede em Belo Horizonte, Estado de Minas

Gerais, na Av. dos Andradas, n.º 1.120

Fone: XX XXXXXXX Fax: XX XXXXXXX E-mail: XXXXX

III - Objeto do Litígio:

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

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Descumprimento dos prazos contratuais definidos em edital e consolidados em

instrumento particular por parte da CODEMIG e DER – MG, no que tange à

implementação das intervenções obrigatórias previstas, notadamente as ITV’s de n. 1-

8, 11, 12, 13, 81, 130 e 176.

IV - Valor Estimado do litígio: R$ XXX.XXX.XXX,XX

V - Documentos Anexados: Contrato MG 050; Edital MG 050; (...)

Solicito à Câmara de Arbitragem Empresarial – Brasil (CAMARB) que, em nome

da solicitante, seja manifestada à Parte Contrária, identificada no quadro II deste

instrumento, a intenção de dar início à arbitragem, a fim de dirimir o litígio descrito no

quadro III, de conformidade com o Estatuto e Regulamento desta câmara de arbitragem e

nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.

Declaro-me ciente de que o valor fixado para fazer face às despesas iniciais do

procedimento arbitral até a celebração do Termo de Arbitragem, no valor de R$ 2.500,00

(dois mil e quinhentos reais) não está sujeito a reembolso.

Declaro-me, ainda, ciente da Tabela de Taxas de Administração e Honorários dos

Árbitros da CAMARB, bem como das normas contidas no Estatuto Social e no

Regulamento de Arbitragem da entidade.

02 de Janeiro de 2011

_______________________________

(Assinatura do Solicitante)

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ANEXO 2.4 - NOTIFICAÇÃO ENVIADA PELA SECRETARIA GER AL DA CAMARB À

PARTE REQUERIDA SOBRE A SOLICITAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ARBITRAGEM

Belo Horizonte, 19 de Janeiro de 2011.

À ______________

REF.: PROCEDIMENTO ARBITRAL Nº xx/xx

Prezados Senhores,

A CAMARB – Câmara de Arbitragem Empresarial – Brasil recebeu de

__________ pedido de SOLICITAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ARBITRAGEM para a

solução extrajudicial de litígios por meio de Arbitragem, indicando como parte contrária

_________. A arbitragem recebeu o número XX/XX.

O valor do litígio foi estimado pela Requerente em R$ xx.xxx,xx.

Encaminhamos, em anexo, cópia da referida Solicitação de Instituição de

Arbitragem apresentada pelas Requerentes, bem como o regulamento de Arbitragem, a

Lista de Árbitros e a Tabela de Custas (Taxa de Administração e Honorários dos árbitros)

da CAMARB.

Conforme item 3.4 do Regulamento de Arbitragem, Vossas Senhorias terão o

prazo de 15 (quinze) dias, contado do recebimento da presente, para oferecer resposta à

Solicitação de Instituição de Arbitragem, na qual poderão, desde logo, indicar árbitro

titular para atuar no Procedimento Arbitral e manifestar-se sobre eventual interesse em

reconvir.

A Secretaria Geral da CAMARB estará à disposição para prestar informações

adicionais a Vossas Senhorias ou a advogado munido de procuração, na Rua Paraíba, nº

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1.000, 16º andar, Funcionários, Belo Horizonte, telefone (31) 3213-0310, entre 09:00 e

18:00 horas.

Atenciosamente,

(Assinado)

___________________________

Felipe Ferreira M. Moraes

Secretário Geral

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ANEXO 2.5 – MODELO DE QUESTIONÁRIO

Procedimento Arbitral:

Árbitro Titular Indicado:

Partes:

Em razão do disposto nos artigos 13, § 6º e 14, da Lei nº 9.307, de 23.09.96, que dispõe

sobre arbitragem são formuladas ao Sr. Árbitro indicado as seguintes questões:

1. Árbitro indicado (nome, qualificação e endereço)

Resposta :

2. Alguma vez atuou sob qualquer forma, ou qualidade, na defesa dos interesses

das partes no processo em que está sendo indicado para atuar como árbitro? E

em relação à outra parte?

Resposta:

3. Já foi empregado, consultor externo ou atuou como perito judicial ou extrajudicial

para alguma das partes neste processo? E em empresa que exerce ou exerceu

atividade profissional?

Resposta:

4. Conhece alguma das partes no processo? Qual o grau de relacionamento

existente?

Resposta:

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

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5. Dispõe de tempo hábil para atuar no processo de arbitragem?

Resposta:

6. Tendo sido contatado por uma das partes emitiu julgamento prévio da questão a

ser dirimida na arbitragem?

Resposta:

7. Mantém alguma relação de negócio com qualquer das partes no processo ou de

testemunha potencial para o caso?

Resposta:

8. Algum membro de sua família ou de sua empresa mantém ou manteve relações

comerciais com alguma das partes no procedimento arbitral?

Resposta:

9. Alguma vez já atuou como árbitro ou perito judicial? Cite, se possível, as questões

tratadas?

Resposta:

10. Existe algum comentário adicional que deseje efetuar?

Resposta:

Belo Horizonte, 17 de Janeiro de 2011.

(nome e assinatura)

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ANEXO 2.6 – MODELO DE DECLARAÇÃO DE NÃO IMPEDIMENTO

Declaro, para o fim de atuar como árbitro no procedimento arbitral nº xx/xx,

solicitado por _______ em face de __________, que não existe qualquer circunstância

por mim conhecida, que possa dar origem a dúvida justificável quanto à minha

imparcialidade ou independência, com relação às partes ou à controvérsia que está

sendo submetida à minha apreciação. Estou ciente de que os mesmos casos de

impedimento ou suspeição dos juízes, seus deveres e responsabilidades, constantes do

Código de Processo Civil se aplicam, no que couber, ao presente procedimento arbitral.

Caso exista qualquer circunstância que, no entendimento do declarante, possa

dar origem a qualquer dúvida justificável quanto à sua imparcialidade ou independência,

queira descrevê-la abaixo:

Belo Horizonte, 17 de Janeiro de 2011.

(nome e assinatura)

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

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ANEXO 2.7 – QUESTIONÁRIO ESPECÍFICO PARA O CASO

Procedimento Arbitral:

Árbitro Titular Indicado:

Partes:

Em razão do disposto nos artigos 13, § 6º e 14, da Lei nº 9.307, de 23.09.96, que dispõe

sobre arbitragem são formuladas ao Sr. Árbitro indicado as seguintes questões:

1. Árbitro indicado (nome, qualificação e endereço)

Resposta :

2. Alguma vez atuou sob qualquer forma, ou qualidade, na defesa dos interesses

das partes no processo em que está sendo indicado para atuar como árbitro? E

em relação à outra parte?

Resposta: Não.

3. Já foi empregado, consultor externo ou atuou como perito judicial ou extrajudicial

para alguma das partes neste processo? E em empresa que exerce ou exerceu

atividade profissional?

Resposta: Não.

4. Conhece alguma das partes no processo? Qual o grau de relacionamento

existente?

Resposta: Sim. Conheço o Presidente da Requerida (S r. Fulano). Conheci o Sr.

Fulano quando ele ocupava o cargo de gerente jurídi co de uma rede ferroviária,

e o escritório do qual sou sócio prestou serviço de consultoria jurídica à

empresa. Além disso, temos um relacionamento acadêm ico, pois ele

frequentemente ministra aulas nos cursos na área ju rídica que coordeno na

FGV.

5. Dispõe de tempo hábil para atuar no processo de arbitragem?

CASOTECA DIREITO GV – PRODUÇÃO DE CASOS 2011

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Resposta: Sim.

6. Tendo sido contatado por uma das partes emitiu julgamento prévio da questão a

ser dirimida na arbitragem?

Resposta: Não.

7. Mantém alguma relação de negócio com qualquer das partes no processo ou de

testemunha potencial para o caso?

Resposta: Não.

8. Algum membro de sua família ou de sua empresa mantém ou manteve relações

comerciais com alguma das partes no procedimento arbitral?

Resposta: Com relação à Requerida, o escritório de advocacia do qual sou

sócia prestou serviço de consultoria jurídica à com panhia no ano de 2004, em

tema não relacionado à presente arbitragem. Informo , ainda, que o escritório

também já prestou serviço de consultoria a empresa que já fez parte do

consórcio que foi contratado pela Requerida no pass ado, referente à elaboração

de parecer jurídico em assunto que não se confunde com o da presente

arbitragem.

9. Alguma vez já atuou como árbitro ou perito judicial? Cite, se possível, as questões

tratadas?

Resposta: Não.

10. Existe algum comentário adicional que deseje efetuar?

Resposta: Não.

Belo Horizonte, 17 de Janeiro de 2011.

(nome e assinatura)

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ANEXO 2.8 – NOTIFICAÇÃO DA CAMARB ACERCA DA IMPUGNA ÇÃO DO ÁRBITRO

Belo Horizonte, 18 de Janeiro de 2011.

Ilmo. Sr.

Árbitro Dr. _______

Ref.: Procedimento Arbitral nº XX/XX

Prezado Dr. ________,

Servimo-nos da presente para encaminhar a IMPUGNAÇÃO À NOMEAÇÃO DE

ÁRBITRO, apresentada pelas partes Requerentes do Procedimento Arbitral em

referência.

Em face de tal impugnação, fica Vossa Senhoria intimada para, no prazo de 7 (sete)

dias, a contar do recebimento da presente, apresentar defesa ou renúncia ao encargo.

Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais e

subscrevemo-nos.

Atenciosamente,

(Assinado)

Felipe Ferreira M. Moraes

Secretário Geral

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ANEXO 2.9 – EMAIL RESPOSTA DO ÁRBITRO

A/C: Secretário Geral da CAMARB, Dr. Felipe Moraes

De: “Dr. Fulano” – Pátria Advogados [email protected]

Para: “Câmara de Arbitragem Empresarial - Brasil” [email protected]

Enviada em: Quinta-Feira, 20 de Janeiro de 2011 11:55

Assunto: Proc. Arbitral XX/XX – Impugnação à nomeação de árbitro – Resposta

Prezados,

Em resposta à nomeação de árbitro apresentada pelas partes requerentes no

procedimento arbitral XX/XX, informo que (a) as informações colhidas pelas partes

requerentes atestam o exercício da atividade advocatícia por mim e pelo escritório do

qual sou sócio; e (b) tais informações reproduzem o que relatei ao responder o

questionário de independência e imparcialidade.

Gostaria de esclarecer que eu, o escritório do qual sou sócio, e qualquer de seus

membros, jamais representou interesses da Administração do Estado de Minas Gerais ou

suas empresas. Minha atividade profissional e do escritório é de consultoria jurídica

independente e, nessa condição, realizamos os trabalhos mencionados no referido

questionário, bem como atuamos no mercado prestando consultoria a empresas privadas

e a empresas estatais e órgãos públicos federais, estaduais e municipais.

Esclareço, por fim, que a consultoria jurídica que nosso escritório prestou no passado à

Requerida encerrou-se há alguns anos, além do objeto das referidas contratações não ter

qualquer relação com o objeto desta arbitragem, como afirmei ao responder ao já

mencionado questionário.

Sendo assim, reafirmo minha independência e imparcialidade para o exercício da função

de árbitro na presente arbitragem.

Cordialmente,

(nome e assinatura)

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ANEXO 2.10 – NOTIFICAÇÃO DA CAMARB ACERCA DA RESPOS TA DO ÁRBITRO

Belo Horizonte, 21 de Janeiro de 2011.

Ref.: Procedimento Arbitral nº XX/XX

Prezado Dr. ________,

Servimo-nos da presente para encaminhar os esclarecimentos prestados pelo

Árbitro Titular, Dr. _________, indicado pela parte Requerida do Procedimento Arbitral

em referência.

Permanecemos à disposição para eventuais esclarecimentos e subscrevemo-nos.

Atenciosamente,

(Assinado)

Felipe Ferreira M. Moraes

Secretário Geral

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ANEXO 2.11 - DELIBERAÇÃO DA DIRETORIA

ARBITRAGEM Nº XX/XX

REQUERENTE:

REQUERIDA:

A CAMARB, Câmara de Arbitragem Empresarial – Brasil recebeu solicitação para

Instituição de Arbitragem por parte da __________________________ em face da

_______________.

O objeto do conflito, informado no compromisso arbitral, refere-se a ________________.

O valor do litígio foi estimado pelas partes em R$ XX.XXX.XXX,XX.

Em 17 de Janeiro de 2011, a Requerida indicou o Dr. Fulano, para atuar como árbitro

titular na Arbitragem em referência.

CONSIDERANDO:

1) que, em 10 de Janeiro de 2011, o Dr. Fulano apresentou o questionário de

independência devidamente preenchido, com as seguintes informações:

“(...) Conheço o Presidente da Requerida (Sr. Fulano). Conheci

o Sr. Fulano quando ele ocupava o cargo de gerente jurídico de

uma rede ferroviária, e o escritório do qual sou sócio prestou

serviço de consultoria jurídica à empresa. Além disso, temos

um relacionamento acadêmico, pois ele frequentemente

ministra aulas nos cursos na área jurídica que coordeno na

FGV (...)”.

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“(...)Com relação à Requerida, o escritório de advocacia do qual

sou sócio prestou serviço de consultoria jurídica à companhia

no ano de 2004, em tema não relacionado à presente

arbitragem. Informo, ainda, que o escritório também já prestou

serviço de consultoria à empresa que já fez parte do consórcio

que foi contratado pela Requerida no passado, consistente à

elaboração de parecer jurídico em assunto que não se

confunde com o da presente arbitragem”.

2) que, em atendimento ao artigo 20, da Lei nº 9.307/96, a Secretaria Geral da CAMARB

concedeu prazo para as partes se manifestarem, caso desejassem levantar alguma

questão relativa à competência, suspeição ou impedimento dos árbitros titulares;

3) que em 12 de Janeiro de 2011, as Requerentes apresentaram à CAMARB solicitação

para que o Dr. Fulano especificasse com mais precisão os quesitos de número 4 e 8 do

questionário, esclarecendo melhor a sua relação com o Presidente da Requerida (Sr.

Fulano);

4) que, intimado para se manifestar, o Dr. Fulano comunicou que: “ Em resposta à

manifestação apresentada, informo que minha relação com o Sr. Fulano é exatamente

aquela que relatei ao responder o questionário de independência e imparcialidade”;

5) que, intimadas para tomar conhecimento dos esclarecimentos prestados, a

Requerente apresentou impugnação à nomeação do Dr. Fulano e juntaram documentos

(fls.);

6) que, em 15 de Janeiro de 2011, o Dr. Fulano manifestou-se, por escrito, contra a

argüição de impedimento apresentada pela Requerente, reafirmando sua independência

e imparcialidade para o exercício da função de árbitro na arbitragem em epígrafe;

7) que a Secretaria Geral da CAMARB concedeu prazo para ambas as partes

manifestarem-se a respeito, tendo a Requerente reiterado a impugnação à nomeação do

Árbitro e a Requerida ratificado a indicação do Dr. Fulano, pedindo o não acolhimento da

impugnação apresentada pela Requerente;

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8) que a Secretaria concedeu oportunidade ao Árbitro impugnado e às partes de se

manifestarem sobre a questão;

9) que compete à Diretoria pronunciar-se sobre os fundamentos da impugnação;

10) com base no disposto no art. 13, da Lei de Arbitragem;

11) que o Dr. Fulano declarou ter relevantes ligações com o Presidente da Requerida,

que podem ferir a sua atuação de forma independente, conforme destacado pela

doutrina:

“A revelação de fatos que o árbitro conheça e que mesmo

julgando que tais fatos não sejam importantes devem por ele

ser revelados, pois os fatos não são importantes a seu juízo

somente, mas aos “olhos das partes” também . Por isso

que é importante, inclusive, quando se está indican do um

árbitro que seja um advogado, um professor, que se

verifique se ele ou seu escritório, mesmo que seja em outra

atividade, não tenha prestado assessoria para qualq uer

uma das partes. Esses fatos devem ser revelados pel o

árbitro, pois a avaliação será das partes e também da

instituição arbitral, conforme estabelecer o regula mento”.

(http://www.ccbc.org.br/download/o papel do arbitro_selma

lemes.pdf) (Selma Maria Ferreira Lemes, “O papel do árbitro”)

12) que, cumprido o dever de revelação pelo Dr. Fulano, uma das partes manifestou,

fundamentadamente, seu desconforto com a nomeação, considerando as relações

próximas, profissionais e acadêmicas, de uma das partes com o árbitro indicado;

13) que, conforme a melhor doutrina, “não é suficiente pois estar o árbitro dotado de

absoluta capacidade e ter consciência de suas qualificações profissionais e virtudes

pessoais para julgar uma questão; é preciso, acima de tudo, ter a confiança das partes.”

(Pedro Batista Martins, na obra “Aspectos Fundamentais da Lei de Arbitragem”, Editora

Forense, 1999, p. 289)

Delibera a Diretoria da CAMARB :

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1. Por acolher a impugnação do Árbitro, Dr. Fulano, apresentada pela

Requerente, devendo a requerida, nos termos do item 2.3 do

Regulamento de Arbitragem da CAMARB, no prazo de 7 (sete) dias,

proceder a nova indicação de árbitro titular para compor o Tribunal

Arbitral. Caso a Requerida deixe de nomear árbitro, no prazo acima

concedido, a Diretoria da CAMARB irá indicar, nos termos do item 2.8

do seu Regulamento, árbitro para atuar na presente aribtragem;

2. A presente decisão não é passível de recurso. Eventuais

manifestações contrárias não serão novamente apreciadas pela

Diretoria.

Belo Horizonte, 22 de Janeiro 2011.

(Assinado)

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ANEXO 2.12 - TERMO DE ARBITRAGEM

ARBITRAGEM N° XX/XX

I – IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES

1.1 As Partes adiante indicadas resolvem celebrar o presente Compromisso

Arbitral/Termo de Arbitragem, nos termos e para os efeitos da Lei n° 9.307, de 23 de

setembro de 1996, que se regerá pelas regras e condições adiante estabelecidas.

A) REQUERENTE:

1) Nome:

Endereço:

Advogado:

B) REQUERIDA:

1) Nome:

Endereço:

Advogado:

II – ÁRBITROS

2.1 As partes designaram, para integrar o Tribunal Arbitral deste procedimento, os

profissionais abaixo qualificados:

A) Pela REQUERENTE:

Árbitro:

Profissão:

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B) Pela REQUERIDA:

Árbitro:

Profissão:

C) Foi indicado ainda, de comum acordo, na qualidade de terceiro árbitro e Presidente

do Tribunal Arbitral:

Árbitro:

Profissão:

III – MATÉRIA OBJETO DA ARBITRAGEM

3.1 Constitui objeto da arbitragem

Pleitos da REQUERENTE:

3.1.1 – A REQUERENTE pede seja reconhecido que:

Pleitos da REQUERIDA:

3.1.2 – A REQUERIDA pede seja reconhecido que:

IV – REGULAMENTO APLICÁVEL AO PROCEDIMENTO ARBITRAL

4.1 As Partes decidiram que o procedimento arbitral será conduzido de acordo com as

regras do Regulamento de Arbitragem da CAMARB vigentes no momento da instituição

da arbitragem, ao qual se acrescerá o disposto nesta convenção.

4.2 A CAMARB, órgão institucional de solução extrajudicial de controvérsias, possui

sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, na Rua Paraíba, nº 1.000, 16º andar,

Funcionários, cujo Estatuto encontra-se registrado no Cartório de Registro Civil das

Pessoas Jurídicas de Belo Horizonte, sob o nº 28, no registro 105.736, livro A, em

03/12/08.

4.3 Todas as peças processuais e documentos apresentados pelas partes devem ser

apresentadas em número suficiente de vias a serem enviadas para todos aqueles que se

façam necessários.

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4.4 Os prazos regimentais e aqueles fixados pelo Tribunal Arbitral terão início no dia útil

subseqüente à data do recebimento da correspondência que for enviada pela Secretaria

Geral da CAMARB, constante do Aviso de Recebimento ou do comprovante de entrega

pessoal que acompanhará a mesma. Caso a correspondência seja entregue na sexta-

feira, o início da contagem do prazo se dará na terça-feira. Feriados e dias não úteis são

excluídos do cálculo do prazo inicial. Caso o último dia do prazo seja feriado ou dia não

útil, o prazo vencerá no primeiro dia útil seguinte.

4.5 As partes, procuradores e árbitros deverão informar à CAMARB eventual mudança

de endereço, sob pena de ser considerado válido, para todos os efeitos, o endereço

declinado no presente instrumento.

V – LOCAL DA ARBITRAGEM

5.1 O procedimento arbitral terá lugar na cidade de Belo Horizonte/MG, em local

previamente comunicado às partes.

5.2 A sentença arbitral será proferida na sede da Câmara de Arbitragem Empresarial –

Brasil (CAMARB).

VI – NORMAS APLICÁVEIS AO JULGAMENTO

6.1 A arbitragem será julgada de acordo com o Direito Brasileiro.

VII – PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL

7.1 A sentença arbitral será proferida no prazo de até 30 (trinta) dias após apresentação

das alegações finais, podendo esse prazo ser prorrogado por decisão do Tribunal

Arbitral, mediante anuência prévia das partes e da CAMARB, sem prejuízo dos demais

prazos estabelecidos para o procedimento arbitral no Regulamento de Arbitragem.

VIII – IDIOMA

8.1. O procedimento arbitral será conduzido no idioma português.

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IX – DESPESAS E HONORÁRIOS DA ARBITRAGEM

9.1 O valor do litígio, estimado pela Requerente, perfaz um total de R$ XXXX. Nos

termos do Regulamento de Arbitragem e da Tabela de Taxa de Administração e

Honorários dos Árbitros da CAMARB, as despesas da arbitragem referentes à Taxa de

Administração serão de R$ XXXX e os Honorários dos Árbitros serão no valor de R$

XXXX, cabendo R$ XXXX a cada membro do Tribunal Arbitral.

9.2 As despesas da arbitragem, compreendendo a taxa de administração, os demais

gastos necessários e os honorários dos árbitros, estabelecidos em conformidade com o

Regulamento e a Tabela de Despesas e Honorários da Câmara de Arbitragem

Empresarial – Brasil (CAMARB), serão adiantadas pelas partes, em frações iguais, para

cada pólo processual. O Tribunal Arbitral, quando da prolação da sentença, decidirá

acerca das responsabilidades pelas despesas da arbitragem, que não compreendem os

honorários advocatícios que serão suportados por cada uma das partes, não importa a

decisão contida na sentença.

9.3 A CAMARB emitirá recibos de caução relativos ao pagamento dos honorários dos

árbitros, valores estes que ficarão sob sua guarda. Posteriormente, quando do efetivo

pagamento aos árbitros dos respectivos honorários, documentos comprobatórios desse

pagamento serão emitidos, em nome das partes, por aqueles árbitros ou sociedades de

que façam parte, fazendo-se, no ato, as retenções que forem pertinentes.

9.4 As despesas de viagens, honorários de perito, tradutores e outras que forem

necessárias à condução do procedimento arbitral não se incluem no valor da Taxa de

Administração, devendo ser pagas pelas partes, nos termos do Regulamento de

Arbitragem da CAMARB.

9.5 As partes concordam que o valor econômico real e definitivo do litígio será

determinado pelo Tribunal Arbitral, com base nos elementos produzidos durante a

arbitragem. Na hipótese do referido valor definitivo ser superior ou inferior ao valor

atribuído pelas partes, proceder-se-á à respectiva correção, devendo as partes

responsáveis, se for o caso, complementar a taxa de administração e os honorários dos

árbitros, inicialmente depositados, conforme os valores estabelecidos na Tabela de Taxa

de Administração e Honorários dos Árbitros da CAMARB; ou serem as partes

reembolsadas dos referidos valores pagos a maior.

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X – CONCILIAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS ALEGAÇÕES INICIA IS, AUDIÊNCIA E

PROVA PERICIAL

10.1 Por ocasião da presente audiência foi tentada, sem sucesso, a conciliação entre as

partes, em observância ao artigo 21, parágrafo 4º, da Lei nº 9.307/96. Se as partes, a

qualquer momento, chegarem a uma composição amigável, poderão requerer ao

Tribunal Arbitral que designe audiência específica de conciliação e/ou que a homologue

mediante sentença arbitral, nos termos do artigo 28, da Lei de Arbitragem.

10.2 Restando frustrada a tentativa de conciliação, o Tribunal Arbitral determinou a

abertura de prazo até XX de xxxx de 2011 para as partes apresentarem suas alegações

iniciais. Em seguida, as partes terão prazo até xx XXXX de 2011, para apresentação das

respectivas impugnações. As partes terão prazo até o dia XX de XXX de 2011 para

apresentar qualquer outra prova documental, ficando determinada, desde já, a data de

XX de XXXXXX de 2011 para a audiência de instrução, ocasião em que serão ouvidas

as testemunhas indicadas pelas partes.

XI – DISPOSIÇÕES FINAIS

11.1 As partes comprometem-se, neste ato, a cumprir fiel e tempestivamente a sentença

arbitral a ser proferida pelo Tribunal Arbitral, tomando a sentença arbitral como decisão

final.

11.2 Secretariou a audiência de assinatura do Termo de Arbitragem, Felipe Moraes,

secretário nomeado para a presente arbitragem e Secretário Geral da CAMARB.

Belo Horizonte, 19 de Janeiro de 2011.

Assinado pelas Partes, seus procuradores, pelos Árbitros e Secretário Geral da

CAMARB.

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ANEXO 2.13 – FLUXOGRAMA DO PROCEDIMENTO DE ARBITRAG EM

15 dias

10 dias

10 dias

10 dias

15 dias

15 dias 15 dias

60 dias

5 dias