Casos PráticosCasos Práticos(Noção de Direito (Noção de Direito

Comercial)Comercial)

Caso Prático I.Caso Prático I.

Partindo da noção tradicional do Direito Partindo da noção tradicional do Direito Comercial como o “direito do comércio” Comercial como o “direito do comércio” identifique quais as actividades, de entre identifique quais as actividades, de entre as actividades a seguir apresentadas, as actividades a seguir apresentadas, que cabem na acepção de comércio, que cabem na acepção de comércio, indicando se o sentido da sua indicando se o sentido da sua comercialidade é económico ou jurídicocomercialidade é económico ou jurídico

Caso A. Caso A.

A decide vender os produtos obtidos na A decide vender os produtos obtidos na exploração da sua propriedade ruralexploração da sua propriedade rural..

R: R: JuridicamenteJuridicamente, considerando o § 1 230.º CCom , considerando o § 1 230.º CCom e 464/2 CCom. – NÃO é uma actividade e 464/2 CCom. – NÃO é uma actividade juridicamente comercial.juridicamente comercial.

EconomicamenteEconomicamente – SIM é uma actividade – SIM é uma actividade económica, tendo em consideração a noção económica, tendo em consideração a noção restrita de restrita de interposição de troca entre a oferta e interposição de troca entre a oferta e a procuraa procura . .

Caso BCaso B

B dedica-se ao transporte escolar de B dedica-se ao transporte escolar de crianças.crianças.

R: O Decreto Lei 239/2003 de 4 de Outubro refere-se ao transporte apenas de mercadorias. Contudo, atendendo ao art. 366.º do CCom. – Transportes de Pessoas é juridicamente uma actividade comercial

Caso BCaso B

Presume-se que tem por trás de si um Presume-se que tem por trás de si um conjunto de elementos que suportam essa sua conjunto de elementos que suportam essa sua actividade comercial – Em principio tem uma actividade comercial – Em principio tem uma empresa – “dedica-se” ao transporte. empresa – “dedica-se” ao transporte.

Sentido EconómicoSentido Económico do transporte de do transporte de pessoas? Não – Não consubstancia uma pessoas? Não – Não consubstancia uma intermediação de oferta e procuraintermediação de oferta e procura

Caso CCaso C

C dedica-se à pesca.C dedica-se à pesca.

R: R: Sentido EconómicoSentido Económico – NÃO – Não há – NÃO – Não há intermediação entre oferta e procura. intermediação entre oferta e procura.

Sentido JurídicoSentido Jurídico – SIM – Nos termos do – SIM – Nos termos do Decreto-Lei 20677.Decreto-Lei 20677.

Caso DCaso D

DD e e EE celebram um contrato de compra e venda de um celebram um contrato de compra e venda de um quadro, que quadro, que D D tinha recebido de herança, destinado a tinha recebido de herança, destinado a decorar a sala da casa nova de decorar a sala da casa nova de EE. A respectiva divida foi . A respectiva divida foi titulada numa letra de câmbio emitida por titulada numa letra de câmbio emitida por DD e aceite por e aceite por E.E.

R: Economicamente R: Economicamente não é uma actividade, não adquiriu não é uma actividade, não adquiriu um quadro para o revender, por exemplo. um quadro para o revender, por exemplo. Juridicamente – LULL art. 2.º (1ª parte do CCom)Juridicamente – LULL art. 2.º (1ª parte do CCom)(discute-se a implementação de figuras comerciais em (discute-se a implementação de figuras comerciais em relações jurídicas civis).relações jurídicas civis).

Caso ECaso E

FF dedica-se ao artesanato enquanto sua irmã G explora uma dedica-se ao artesanato enquanto sua irmã G explora uma fábrica de sapatosfábrica de sapatos

R: Artesanato –R: Artesanato – Partindo da noção de comércio em sentido Partindo da noção de comércio em sentido económico não podemos integrar o artesanato como fazendo económico não podemos integrar o artesanato como fazendo parte do Direito Comercial, contudo uma análise, ACTUAL e parte do Direito Comercial, contudo uma análise, ACTUAL e casuística do art. 230.º/1 CCom, conduz-nos a interpretar que casuística do art. 230.º/1 CCom, conduz-nos a interpretar que juridicamente, poderá ser considerada uma actividade regulada juridicamente, poderá ser considerada uma actividade regulada pelo Direito Comercial.pelo Direito Comercial.

Fábrica de Sapatos –Fábrica de Sapatos – Cabe na íntegra, no art. 230. º /1 CCom, Cabe na íntegra, no art. 230. º /1 CCom, logo é uma actividade juridicamente comercial, ainda que não logo é uma actividade juridicamente comercial, ainda que não economicamenteeconomicamente comercial – comercial – Industria TransformadoraIndustria Transformadora

Casos PráticosCasos Práticos(Actos de Comércio)(Actos de Comércio)

Casos Práticos (Actos de Casos Práticos (Actos de Comércio)Comércio)

Diga se os seguintes contratos devem ser qualificados como actos de comércio. Em caso afirmativo, proceda à sua classificação, segundo as categorias estudadas

Caso Prático ACaso Prático A

Contrato de compra e venda de um Contrato de compra e venda de um prédio urbano composto por vários prédio urbano composto por vários apartamentos, que o comprador, apartamentos, que o comprador, funcionário público reformado, destina a funcionário público reformado, destina a arrendamento, sendo o vendedor uma arrendamento, sendo o vendedor uma sociedade que o construiu para vender.sociedade que o construiu para vender.

Caso Prático BCaso Prático B

Contrato para o fabrico de uma mobília Contrato para o fabrico de uma mobília para a residência de um professor, para a residência de um professor, sendo fabricante um marceneiro que sendo fabricante um marceneiro que utiliza dois empregados na sua oficinautiliza dois empregados na sua oficina

Caso Prático CCaso Prático C

Contrato de trabalho celebrado entre T, Contrato de trabalho celebrado entre T, na qualidade de trabalhador e P na na qualidade de trabalhador e P na qualidade de entidade patronal, cuja qualidade de entidade patronal, cuja actividade, consiste na construção de actividade, consiste na construção de estradas, portos e caminhos de ferro. estradas, portos e caminhos de ferro.

Caso Prático DCaso Prático D

Contrato de compra e venda de um Contrato de compra e venda de um imóvel rústico, sendo o vendedor um imóvel rústico, sendo o vendedor um agricultor que nele vem exercendo a sua agricultor que nele vem exercendo a sua actividade agrícola e o comprador uma actividade agrícola e o comprador uma sociedade comercial que o destina à sociedade comercial que o destina à construção de um edifício para construção de um edifício para armazenagem dos produtos que fabricaarmazenagem dos produtos que fabrica

Caso Prático ECaso Prático E

Contrato de compra e venda de um Contrato de compra e venda de um imóvel rústico de que é proprietário um imóvel rústico de que é proprietário um agricultor que nele vem exercendo a sua agricultor que nele vem exercendo a sua actividade agrícola. O comprador destina actividade agrícola. O comprador destina o prédio à exploração de uma pedreira, o prédio à exploração de uma pedreira, actividade a que se dedica actividade a que se dedica profissionalmente.profissionalmente.

Caso Prático FCaso Prático F

Compra e venda de um automóvel em Compra e venda de um automóvel em segunda mão, sendo vendedor um segunda mão, sendo vendedor um estudante e o comprador um estudante e o comprador um comerciantecomerciante

Caso Prático GCaso Prático G

Contrato de doação de um quadro Contrato de doação de um quadro pertencente a uma sociedade comercial pertencente a uma sociedade comercial a favor de uma fundação com fins a favor de uma fundação com fins culturaisculturais

Caso Prático HCaso Prático H

A empresário em nome individual que se A empresário em nome individual que se dedica à construção e negociação de dedica à construção e negociação de imóveis, adquiriu um imóvel que dividiu imóveis, adquiriu um imóvel que dividiu em fracções autónomas destinadas à em fracções autónomas destinadas à habitação. Pretendendo rentabilizar essa habitação. Pretendendo rentabilizar essa aquisição, incumbiu B de negociar os aquisição, incumbiu B de negociar os contratos de arrendamento das referidas contratos de arrendamento das referidas fracções.fracções.

Caso Prático ICaso Prático I

A, engenheiro, ao chegar ao seu escritório encontrou A, engenheiro, ao chegar ao seu escritório encontrou uma comunicação do serviço de limpeza, informando-o uma comunicação do serviço de limpeza, informando-o que o sistema de escoamento de água de casa de que o sistema de escoamento de água de casa de banho estava avariado. banho estava avariado. Consultou as páginas amarelas e telefonou para o Consultou as páginas amarelas e telefonou para o escritório de B, anunciado como canalizador, escritório de B, anunciado como canalizador, solicitando-lhe uma deslocação ao seu escritório a fim solicitando-lhe uma deslocação ao seu escritório a fim de reparar a avaria.de reparar a avaria. No escritório de B, atendeu ao telefone uma senhora, No escritório de B, atendeu ao telefone uma senhora, empregada deste, sem invocar essa qualidade, se empregada deste, sem invocar essa qualidade, se comprometeu a fazer o serviço que A solicitava . comprometeu a fazer o serviço que A solicitava .

Caso Prático ICaso Prático I

A senhora em causa telefonou depois a C, A senhora em causa telefonou depois a C, canalizador de profissão, a fim de este se canalizador de profissão, a fim de este se deslocar ao escritório de A e reparar a avaria, deslocar ao escritório de A e reparar a avaria, pois B celebrara com C e muitos outros pois B celebrara com C e muitos outros canalizadores contratos pelos quais, os canalizadores contratos pelos quais, os canalizadores se obrigavam a prestar serviços canalizadores se obrigavam a prestar serviços desta natureza, sempre que B o solicitasse, desta natureza, sempre que B o solicitasse, repartindo o preço do serviço debitado ao repartindo o preço do serviço debitado ao cliente em partes iguais.cliente em partes iguais.

Caso Prático JCaso Prático J

A, empresário agrícola comprou uma A, empresário agrícola comprou uma máquina debulhadora a C, o qual se máquina debulhadora a C, o qual se dedica à venda de máquinas agrícolas dedica à venda de máquinas agrícolas

Caso Prático KCaso Prático K

Por ocasião do Carnaval, A e B, donos Por ocasião do Carnaval, A e B, donos de uma empresa transitária, adquiriram, de uma empresa transitária, adquiriram, numa agência de viagens do Porto, numa agência de viagens do Porto, bilhetes de avião para Brasil.bilhetes de avião para Brasil.