casos de machismo e agressão na fdusp

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Atenção: ataques machistas a alunas da universidade! O quartanista Rodolfo de Castro Rodrigues tem um histórico de agressões machistas, por meio de discurso de ódio e misógino conhecido e reiterado nas redes sociais, contra, principalmente, alunas da faculdade; fato notório, que levou à sua expulsão da comunidade de Facebook das alunas e ex-alunas da FDUSP, 188. Recentemente, porém, o colega foi autor de injúrias e ameaças contra integrantes da comunidade discente, via Facebook e ao vivo; o que nos leva, como coletivo, a nos posicionarmos perante esses ataques e buscarmos soluções concretas junto ás vítimas e às demais mulheres e colegas da FDUSP. Nós, do Coletivo Feminista Dandara, repudiamos toda e qualquer violência contra as mulheres e acreditamos que isso deve ser combatido de todas as formas possíveis, para que a Universidade possa ser um lugar acolhedor para as mulheres. A violência contra essas alunas afeta a todas nós! Nenhuma mulher deve sofrer qualquer tipo de intimidação ou perseguição enquanto ocupa o espaço público. Esse tipo de acontecimento demanda uma mobilização geral da faculdade, não bastando apenas a conscientização e busca de emancipação individual. É grave e sintomático que um estudante homem se sinta confortável o suficiente em espaços públicos para ameaçar uma estudante na sala pró-aluno ou em uma comunidade de Facebook com mais de 2.000 membros, esperando que as mulheres permaneçam caladas e intimidadas. A universidade é de tod@s e as mulheres devem se sentir confortáveis nela! Além disso, o espaço virtual é muitas vezes visto como um “território livre” no qual se pode expressar discursos de ódio livre de retaliações. É muito comum que no espaço público virtual da nossa universidade os homens não tenham cuidado ao expressar-se ou intencionalmente o utilizam de forma a intimidar mulheres. Não vamos nos calar! Os homens não têm direito de expor as mulheres no espaço público. São os estudantes da FDUSP que futuramente poderão ocupar altos cargos de poder (juízes, promotores, advogados), o que significa que são esses mesmos estudantes que se utilizam de discursos de ódio contra mulheres hoje na universidade que futuramente irão tolhir nossas liberdades e garantir a permanência de uma estrutura heteropatriarcal em nosso sistema de justiça. Gostaríamos de propor, então, que todas as mulheres, em casos de machismo e perseguição - tais como esses últimos -, formem uma rede de solidariedade para se cuidarem e se protegerem dos agressores no geral e, nesse caso específico, do estudante Rodolfo de Castro Rodrigues. Não devemos nos silenciar perante a opressão e a exposição das mulheres da universidade! Essa saída coletiva é a única possível para um coletivo feminista estudantil - sem entrar no mérito jurídico, que terá seu devido espaço que não esse - e passa pela reação em rede e solidária. A violência é um problema que tem mais chances de ser superado com a organização coletiva das mulheres.

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O quartanista Rodolfo de Castro Rodrigues tem um histórico de agressões machistas, por meio de discurso de ódio e misógino conhecido e reiterado nas redes sociais, contra, principalmente, alunas da faculdade; fato notório, que levou à sua expulsão da comunidade de Facebook das alunas e ex-alunas da FDUSP, 188. Recentemente, porém, o colega foi autor de injúrias e ameaças contra integrantes da comunidade discente, via Facebook e ao vivo; o que nos leva, como coletivo, a nos posicionarmos perante esses ataques e buscarmos soluções concretas junto ás vítimas e às demais mulheres e colegas da FDUSP.

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  • Ateno: ataques machistas a alunas da universidade!

    O quartanista Rodolfo de Castro Rodrigues tem um histrico de agresses machistas, por meio de discurso de dio e misgino conhecido e reiterado nas redes sociais, contra, principalmente, alunas da faculdade; fato notrio, que levou sua expulso da comunidade de Facebook das alunas e ex-alunas da FDUSP, 188. Recentemente, porm, o colega foi autor de injrias e ameaas contra integrantes da comunidade discente, via Facebook e ao vivo; o que nos leva, como coletivo, a nos posicionarmos perante esses ataques e buscarmos solues concretas junto s vtimas e s demais mulheres e colegas da FDUSP. Ns, do Coletivo Feminista Dandara, repudiamos toda e qualquer violncia contra as mulheres e acreditamos que isso deve ser combatido de todas as formas possveis, para que a Universidade possa ser um lugar acolhedor para as mulheres. A violncia contra essas alunas afeta a todas ns! Nenhuma mulher deve sofrer qualquer tipo de intimidao ou perseguio enquanto ocupa o espao pblico. Esse tipo de acontecimento demanda uma mobilizao geral da faculdade, no bastando apenas a conscientizao e busca de emancipao individual. grave e sintomtico que um estudante homem se sinta confortvel o suficiente em espaos pblicos para ameaar uma estudante na sala pr-aluno ou em uma comunidade de Facebook com mais de 2.000 membros, esperando que as mulheres permaneam caladas e intimidadas. A universidade de tod@s e as mulheres devem se sentir confortveis nela! Alm disso, o espao virtual muitas vezes visto como um territrio livre no qual se pode expressar discursos de dio livre de retaliaes. muito comum que no espao pblico virtual da nossa universidade os homens no tenham cuidado ao expressar-se ou intencionalmente o utilizam de forma a intimidar mulheres. No vamos nos calar! Os homens no tm direito de expor as mulheres no espao pblico. So os estudantes da FDUSP que futuramente podero ocupar altos cargos de poder (juzes, promotores, advogados), o que significa que so esses mesmos estudantes que se utilizam de discursos de dio contra mulheres hoje na universidade que futuramente iro tolhir nossas liberdades e garantir a permanncia de uma estrutura heteropatriarcal em nosso sistema de justia. Gostaramos de propor, ento, que todas as mulheres, em casos de machismo e perseguio - tais como esses ltimos -, formem uma rede de solidariedade para se cuidarem e se protegerem dos agressores no geral e, nesse caso especfico, do estudante Rodolfo de Castro Rodrigues. No devemos nos silenciar perante a opresso e a exposio das mulheres da universidade! Essa sada coletiva a nica possvel para um coletivo feminista estudantil - sem entrar no mrito jurdico, que ter seu devido espao que no esse - e passa pela reao em rede e solidria. A violncia um problema que tem mais chances de ser superado com a organizao coletiva das mulheres.