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SESSÃO CLÍNICA Atenção primária Acadêmico: André Luiz Lalucci Braga Alexandre Maksoud Piccolo

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Page 1: Caso Clinico Sessao HAS

SESSÃO CLÍNICA

Atenção primária

Acadêmico: André Luiz Lalucci Braga

Alexandre Maksoud Piccolo

Page 2: Caso Clinico Sessao HAS

Hipertensão arterial sistêmica

Page 3: Caso Clinico Sessao HAS

Impacto médico e social da hipertensão arterial

sistêmica A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de

controle; É considerada um dos principais fatores de

risco (FR) modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública;

2001: 7,6 milhões de mortes no mundo foram atribuídas à elevação da PA (54% por AVE e 47% por doença isquêmica do coração), a maioria em países baixo e médio desenvolvimento econômico e mais da metade em indivíduos entre 45 e 69 anos.

Page 4: Caso Clinico Sessao HAS

Em nosso país, as DCV têm sido a principal causa de morte;

2007: 308.466 óbitos por doenças do aparelho circulatório;

As DCV são ainda responsáveis por alta frequência de internações, ocasionando custos médicos e socioeconômicos elevados.

Page 5: Caso Clinico Sessao HAS

2007: 1.157.509 internações por DCV no SUS.

2009: as internações por DCV, geraram um custo de R$ 165.461.644,33;

Page 6: Caso Clinico Sessao HAS

Prevalência da hipertensão arterial sistêmica

Inquéritos brasileiros apontam média acima de 30%;

Estudos variam: 22,3% e 43,9% (média de 32,5%), com mais de 50% entre 60 e 69 anos e 75% acima de 70 anos;

Gênero: Masculino 35% // Feminino 30%;

Page 7: Caso Clinico Sessao HAS

Conhecimento, tratamento e controle

Comparação Brasil//outros 35 paises:

- Conhecimento: 52,3% vs. 59,1%;

- Tratamento: 34,9% e 13,7%;

- Controle: 67,3% e 26,1%;

Page 8: Caso Clinico Sessao HAS

CASO 1 - IDENTIFICAÇÃO

Nome: J.G.S Sexo: Masculino Idade: 48 anos Etnia: Negro Naturalidade: Campo Grande – MS Residência: Campo Grande – MS Profissão: Pedreiro Estado civil: Casado

Page 9: Caso Clinico Sessao HAS

QPD E HDA

QPD e HDA: Paciente assintomático comparece à UBS para solicitar exames de rotina.

Page 10: Caso Clinico Sessao HAS

INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO

Relata diminuição da acuidade visual, sendo que faz uso de lente corretiva. Demais sistemas sem alterações.

Page 11: Caso Clinico Sessao HAS

ANTECEDENTES PATOLÓGICOS

Não se recorda de doenças da infância;

Nega diagnóstico prévio de HAS e DM;

Refere trauma há 08 anos com fratura em rádio de

MSD;

Nega alergia medicamentosa ou alimentar;

Nega cirurgias anteriores;

Nega tabagismo ou etilismo.

Page 12: Caso Clinico Sessao HAS

ANTECEDENTES FAMILIARES

Nega casos óbitos na família por doenças

cardiovasculares (cardiopatia isquêmica // AVE) na família;

Avô paterno teve doença de Parkinson diagnosticado com

mais de 75 anos de idade;

Pai é hipertenso, diagnosticado aos 62 anos de idade e faz

tratamento com hidroclorotiazida 25mg 01cp/dia e de

captopril 25mg 01cp de 8/8hs;

Nega outras doenças familiares.

Page 13: Caso Clinico Sessao HAS

HÁBITOS DE VIDA

Alimentação: Refere fazer uso em excesso de sal e

outros condimentos. Fracionada em 3 refeições diárias.

Nega consumo de alimentos com alto teor lipídico de

carboidratos;

Atividade Física: Nega prática de exercícios;

Sono: Noturno, regular, de aproximadamente 8 a 9hs;

Hábito intestinal: 1x/dia, fezes de consistência normal.

Page 14: Caso Clinico Sessao HAS

HABITAÇÃO E CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS

Casa própria, de alvenaria, com esgoto e água encanada.

Mora apenas com a esposa.

Renda: aproximadamente 3 salários mínimos.

Page 15: Caso Clinico Sessao HAS

EXAME FÍSICO

GERAL: BEG, consciente, orientado, fácies atípica,

normocorado, eupnéico, afebril, anictérico,

acianótico, hidratado. Pele com turgor e elasticidade

preservados. Pupilas isocóricas fotorreagentes.

PA: 150x95mmHg // FC: 82bpm // FR: 16ipm // Temp.: 36,5ºC

Peso: 76 kg // Altura: 1,75 m;

Page 16: Caso Clinico Sessao HAS

Perguntas

Page 17: Caso Clinico Sessao HAS

Medida da pressão arterial no consultório

Em cada consulta, deverão ser realizadas pelo menos três medidas; sugere-se com intervalo de um minuto entre elas;

A média das duas últimas deve ser considerada a PA real;

Caso as pressões sistólica e/ou diastólicas obtidas apresentem diferença maior que 4mmHg, deverão ser realizadas novas medidas até que se obtenham medidas com diferença inferior.

Page 18: Caso Clinico Sessao HAS

Técnica correta de aferição da PA

Preparo do paciente: Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em

repouso por pelo menos cinco minutos em ambiente calmo;

Deve ser instruído a não conversar durante a medida;

Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento;

Certificar-se de que o paciente NÃO: Está com a bexiga cheia; Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 min; Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; Fumou nos 30 min;

Page 19: Caso Clinico Sessao HAS

Técnica correta de aferição da PA

Posicionamento do paciente:

Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado.

O braço deve estar na altura do coração (nível do

ponto médio do esterno ou quarto espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.

Page 20: Caso Clinico Sessao HAS

Para a medida propriamente:

Obter a circunferência no meio do braço e selecionar o manguito de tamanho adequado;

Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;

Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu reaparecimento corresponderá à PA sistólica;

Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva;

Inflar rapidamente até ultrapassar em 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica;

Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2mmHg/s);

Page 21: Caso Clinico Sessao HAS

Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff);

Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);

Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento;

Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero;

Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente;

Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço no qual a pressão arterial foi medida.

Page 22: Caso Clinico Sessao HAS

Diferença da PA em MSD e MSE

Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os braços e, em caso de diferença, utilizar-se como referência sempre o braço com o maior valor para as medidas subsequentes;

O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10mmHg para as PAS e PAD.

Page 23: Caso Clinico Sessao HAS

Exame físico Sinais vitais: medida da pressão arterial e freqüência

cardíaca

Obtenção das medidas antropométricas:a) circunferências da cintura e do quadril e

cálculo da relação cintura/quadril. Limite de normalidade: mulheres: C = 88 cm e C/Q = 0,85; homens: C = 102 cm e C/Q = 0,95.

b) obtenção de peso e altura e cálculo do índice de massa corporal. Sobrepeso 25 ≤ IMC < 30 kg/m2 e obesidade IMC ≥ 30 kg/m2.

Pescoço: palpação e ausculta das artérias carótidas, verificação da presença de estase venosa e palpação de tireóide

Page 24: Caso Clinico Sessao HAS

Exame físico Exame do precórdio: íctus sugestivo de hipertrofia

ou dilatação do ventrículo esquerdo; arritmias; 3a bulha, que sinaliza disfunção sistólica do ventrículo esquerdo; ou 4a bulha, que sinaliza presença de disfunção diastólica do ventrículo esquerdo, hiperfonese de 2a bulha em foco aórtico, além de sopros nos focos mitral e aórtico

Exame do pulmão: ausculta de estertores, roncos e sibilos

Exame do abdome: massas abdominais indicativas de rins policísticos, hidronefrose, tumores e aneurismas. Identificação de sopros abdominais na aorta e nas artérias renais

Page 25: Caso Clinico Sessao HAS

Exame físico Extremidades: palpação de pulsos. A diminuição da

amplitude ou o retardo do pulso das artérias femorais sugerem doença obstrutiva ou coartação da aorta

Se houver suspeita de doença arterial obstrutiva periférica, determinar o Índice Tornozelo-Braquial.

Avaliação de eventual edema.

Exame neurológico sumário

Exame de fundo do olho: identificar estreitamento arteriolar, cruzamentos arteriovenosos patológicos, hemorragias, exsudatos e papiledema

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Avaliação inicial de rotina para o paciente hipertenso Análise de urina; Potássio plasmático; Creatinina plasmática e estimativa do ritmo de

filtração glomerular; Glicemia de jejum; Colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos; Acido úrico plasmático; Eletrocardiograma convencional;

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Seguimento

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Efeito do avental branco O efeito do avental branco (EAB) é a diferença de

pressão obtida entre a medida registrada no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20mmHg na pressão sistólica e∕ou de 10mmHg na pressão diastólica;

O EAB poderá ser verificado considerando-se a PA fora do consultório comparada àquelas da AMPA, MRPA ou medidas de vigília pela MAPA;

A prevalência do EAB na população adulta varia entre 18% e 60%;

HIPERTENSÃO DO JALECO BRANCO.

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Automedida da pressão arterial

A principal vantagem da AMPA é a possibilidade de obter uma estimativa mais real dessa variável;

Os aparelhos semiautomáticos de braço validados, com capacidade de armazenar dados em sua memória, são os dispositivos mais recomendados para a AMPA.

Page 33: Caso Clinico Sessao HAS

Monitorização residencial da pressão arterial

A MRPA é o registro da PA, que pode ser realizado obtendo três medidas pela manhã, antes do desjejum e três à noite, antes do jantar, durante cinco dias;

Próprio paciente ou pessoa capacitada ou aparelhos capacitados. Método mais barato e mais fácil de ser executado;

Não avaliação da PA durante o período de sono.

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Monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24

horas A MAPA é o método que permite o registro indireto

e intermitente da PA durante 24 horas;

Verifica alterações da PA de acordo com o ciclo circadiano, sobretudo as alterações durante o sono, que têm implicações prognosticas consideráveis.

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Tratamento não - medicamentoso

Controle de peso

O padrão dietético DASH, rico em frutas, fibras e minerais, hortaliças e laticínios com baixos teores de gordura, tem importante impacto na redução da PA.

Um alto grau de adesão a esse tipo de dieta reduziu 14% o desenvolvimento de hipertensão.

Page 41: Caso Clinico Sessao HAS

Tratamento não - medicamentoso Redução do consumo de sal - 5 g de cloreto de

sódio ou sal de cozinha. O consumo médio do brasileiro corresponde ao dobro do recomendado;

Café e chá provocam alterações irrelevante na PA do paciente

Álcool – 30g/dia = 02 latas de cerveja ou 01 garrafa // 02 taças de 150ml de vinho // 02 doses de 50ml de destilado //

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Tratamento não - medicamentoso Cessação do tabagismo - não há comprovação de que

altera a PA, porém reduz doenças cardiovasculares;

Controle do estresse psicossocial: ajuda a manter a PA elevada e barreira a eficácia do tratamento; Meditação, musico-terapia, ioga;

Respiração lenta;

Atividade física - cinco vezes por semana, 30 minutos de atividade física moderada de forma contínua ou acumulada, desde que em condições de realizá-la.

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CASO 2 - IDENTIFICAÇÃO

Identificação: Nome: M.D.F Sexo: Masculino Idade: 67 anos Etnia: Branca Naturalidade: Campo Grande – MS Residência: Campo Grande – MS Profissão: Aposentado – Comerciante Estado civil: Viúvo

Page 45: Caso Clinico Sessao HAS

Queixa Principal e Duração

Paciente assintomático comparece à UBS para troca de receita. Relata HAS há 10 anos em tratamento regular com Hidroclorotiazida 25mg pela manhã e Captopril 25mg 02cp VO de 8/8hs, porém esta há uma semana sem o medicamento, pois não tinha acesso ao antihipertensivo.

Page 46: Caso Clinico Sessao HAS

INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO

Interrogatório sintomatológico: Relara dor em coluna lombar há dois anos e faz tratamento sintomático com Ibuprofeno 600mg VO de 8/8hs.

Page 47: Caso Clinico Sessao HAS

ANTECEDENTES PATOLÓGICOS

Não se recorda de patologias durante a infância.

HAS e lombalgia vide HC.

Nega alergia medicamentosa ou alimentar, trauma

e cirurgias anteriores.

Tabagista 30 anos/maço. Nega etilismo.

Page 48: Caso Clinico Sessao HAS

ANTECEDENTES FAMILIARES

Pai faleceu de infarto agudo do miocárdio com 45 anos e mãe de acidente vascular encefálico aos 51 anos.

Nega outras doenças familiares.

Page 49: Caso Clinico Sessao HAS

HÁBITOS DE VIDA

Alimentação: relata dieta saudável, rica em legumes e hortaliças, e com baixo teor de lipídeo em sua alimentação.

Atividade física: Nega prática de atividade física.

Sono: Regular de 8 à 9hs por dia Habito intestinal: Evacua 1 a 2x ao dia, fezes

de consistência normal.

Page 50: Caso Clinico Sessao HAS

EXAME FÍSICO Geral: Paciente em BEG, BEM, consciente, orientado,

eupneico, hidratado e normocorado. Ausência de linfonodomegalia.

PA: 220x130 // FC: 92bpm // FR: 18ipm

Fundoscopia: Ausência de sinais patológicos, vasoespasmos, cruzamentos arterio-venosos patológicos, exudato, hemorragia ou papiledema;

Page 51: Caso Clinico Sessao HAS

EXAME FÍSICO Ausência de sopro carotídeo ou estase de jugular; Pulsos rítmicos e simétricos; AC: BNRNF em dois tempos, sem sopro. AP: MVU presente e bilateral sem ruídos adventícios. Abdome: sem massas ou viceromegalias. Ausência de

refluxo hepato-jugular. Neurológico: consciente e orientado. Pupilas isocóricas e

fotorreagentes. Sem alterações aparentes em fala, marcha, motricidade voluntária e involuntária.

Page 52: Caso Clinico Sessao HAS

Perguntas

Page 53: Caso Clinico Sessao HAS

Crise hipertensiva Urgência Hipertensiva, o aumento da pressão arterial

(PA) não representa risco imediato de vida e nem dano agudo a órgãos-alvo, portanto, nessa situação, o controle da PA poderá ser feito,reduzindo-se a PA gradualmente, em 24h.

Emergência Hipertensiva é a situação clínica, caracterizada por PA marcadamente elevada e sinais de lesões de órgãos-alvo (Encefalopatia, IAM, Angina Instável, EAP, Eclâmpsia, AVE, Dissecção de Aorta), requerendo internação hospitalar e anti-hipertensivos parenterais.

Page 54: Caso Clinico Sessao HAS

Pseudocrise hipertensiva A pseudocrise hipertensiva é definida pela

elevação acentuada da pressão arterial, sem risco de deterioração aguda de órgãos-alvo.

É assim denominada por ser comumente confundida com a crise hipertensiva, situação que apresenta risco potencial ou evidências de lesão aguda de órgãos-alvo ou risco iminente de morte.

Page 55: Caso Clinico Sessao HAS

AINES e HAS Os AINES podem induzir um aumento da pressão

arterial ou mesmo interferir na eficácia dos anti-hipertensivos;

Inibindo a síntese de prostaglandinas, tem como resultado uma diminuição da excreção renal de sódio;

Efeito sobre o tônus vascular da PG;

Antagonisar o efeito de alguns anti-hipertensivos (furosemida e IECA);

Page 56: Caso Clinico Sessao HAS

CASO 3 - IDENTIFICAÇÃO

Identificação: Nome: R.R.S Sexo: Masculino Idade: 37 anos Etnia: Negro Naturalidade: Campo Grande – MS Residência: Campo Grande – MS Profissão: Auxiliar administrativo Estado civil: Viúvo // Divorciado

Page 57: Caso Clinico Sessao HAS

Queixa Principal e Duração

Palpitações há quatro anos

Page 58: Caso Clinico Sessao HAS

História Clínica

Paciente relata história prévia de palpitações há quatro anos, com piora gradual dos sintomas, que ocorrem em episódios intermitentes e duram cerca de 10 minutos. Nega fatores de piora ou melhora.

Por vezes relata dispnéia associada, sem relação com o decúbito ou exercício físico.

Compareceu a UBS a aproximadamente um mês com os mesmos sintomas trouxe resultado de exames laboratoriais.

Page 59: Caso Clinico Sessao HAS

INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO

Interrogatório sintomatológico: Palpitações e dispnéia vide HC.

Exame psíquico: Paciente demonstra-se ansioso e preocupado com seu estado de saúde. Esposa faleceu há 13 anos vítima de IAM. Divórcio de sua outra mulher há 3 anos. Mãe faleceu há um ano vítima de CA de mama.

Todos os episódios são descritos como trauma que o “abalaram” psiquicamente durante esses anos.

Page 60: Caso Clinico Sessao HAS

ANTECEDENTES PATOLÓGICOS

Não se recorda de patologias durante a infância.

Nega HAS e DM

Nega alergia medicamentosa ou alimentar, trauma e

cirurgias anteriores.

Crises de palpitações prévias (4 episódios no ultimo

semestre) que necessitaram de atendimento médico em

UPA. Última há 3s com PA de 170x130mmHg.

Nega tabagismo e etilismo.

Page 61: Caso Clinico Sessao HAS

ANTECEDENTES FAMILIARES

Pai é hipertenso em tratamento regular com HCTZ // Propanolol // Nifedipina, já passou por cirurgia de revascularização do miocárdio

Mãe faleceu há 13 anos – CA de mama; Era diabética em tratamento regular com insulina;

Page 62: Caso Clinico Sessao HAS

HÁBITOS DE VIDA

Alimentação: relata dieta rica em legumes e hortaliças, assim como lipídeos e carboidratos.

Atividade física: Nega prática de atividade física.

Sono: Regular de 6hs por dia Habito intestinal: Evacua 1 a 2x ao dia, fezes

de consistência normal.

Page 63: Caso Clinico Sessao HAS

EXAME FÍSICO Geral: Paciente em BEG, BEM, consciente, orientado,

eupneico, hidratado e normocorado. Ausência de linfonodomegalia.

PA: 140x90mmHg // FC: 76bpm // FR: 14ipm

Ausência de sopro carotídeo ou estase de jugular;

Pulsos rítmicos e simétricos;

Page 64: Caso Clinico Sessao HAS

EXAME FÍSICO AC: BNRNF em dois tempos, sem sopro.

AP: MVU presente e bilateral sem ruídos adventícios.

Abdome: sem massas ou viceromegalias. Ausência de refluxo hepato-jugular.

Neurológico: consciente e orientado. Pupilas isocóricas e fotorreagentes. Sem alterações aparentes em fala, marcha, motricidade voluntária e involuntária.

Page 65: Caso Clinico Sessao HAS

Exame Complementares

HB: 16,2 HT: 50 Plaquetas: 254.000 Glicemia de Jejum: 81mg/dl Acido úrico: 6,2 Creatinina 1,1 EAS: sem alterações K+: 3,8

Page 66: Caso Clinico Sessao HAS

Triglicérides: 240 Colesterol total: 248 HDL: 32 LDL: 168

ECG: Ritmo sinusal.

Exame Complementares

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Perguntas

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Page 69: Caso Clinico Sessao HAS
Page 70: Caso Clinico Sessao HAS

Tratamento medicamentoso Pela raça do paciente: Mais adequado

seria os antagonistas do canais de cálcio; Eficácia ACC em negros > B-bloq e IECA;

Pela presença de taquiarritimias: B-bloq são eficazes nesses pacientes com síndrome hipercinética; Alternativa são os ACC (diltiazem e verapamil);

Page 71: Caso Clinico Sessao HAS

Tratamento medicamentoso

Pelo perfil lipídico: - Diuréticos = Aumento Colest total //

LDL // Triglicérides // - Dose dependente;

- B-bloq = Diminui o HDL e Aumenta Triglicérides;

- IECA não altera o perfil lipídico;

Page 72: Caso Clinico Sessao HAS

Tratamento medicamentoso

Pela presença de DM:

- Benefícios: Tiazídicos (hiperglicemia dose dependente) e IECA (ação nefroprotetora);

- Malefícios: B-bloq (induzem hipo e/ou hiperglicemia – diminui a gliconeogênese no DM tipo I e reduz a secreção de insulina);

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Obrigado!