cases nitro - revista mrv 3ª edição

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REVISTA Nº 3 mar/abr 2010 XÔ, BAGUNÇA ORGANIZAR A CASA É MAIS FÁCIL DO QUE SE PENSA CASADOS E SÓCIOS ESSA UNIÃO PODE DAR CERTO EMPREGO TEM GENTE QUE PROCURA E ACHA PARA VOCÊ ENTREVISTA GRANDE EVANDRO! Artista polivalente, ele é puro carisma

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Trabalhando na coordenação fotográfica da Revista MRV, a Nitro atua em todas as fases do processo, desde a organização das pautas até a edição e tratamento das imagens.

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Page 1: Cases Nitro - Revista MRV 3ª Edição

RevistaNº 3 mar/abr 2010

Xô, Bagunça Organizar a casa é mais fácil dO que se pensa

Casados e sóCios essa uniãO pOde dar certO

empregotem gente que prOcura e acha para vOcê

entrevista

GRANDE EVANDRO! Artista polivalente, ele é puro carisma

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Da tela pro seu coração.A bola vai rolar na Globo Minas.

Na Globo Minas você assiste, às quartas e domingos, todas as emoções

do Campeonato Mineiro com transmissão exclusiva, em HD e o show

de imagens que você já conhece. E confere também os principais jogos

dos times mineiros na Libertadores e Copa do Brasil, com cobertura

completa de segunda a sábado, no Globo Esporte, às 12h45.

Acesse globominas.com/mineiro2010 e saiba tudo sobre o seu time.

Campeonato Mineiro 2010O futebol vai invadir a sua casa em alta definição.

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Da tela pro seu coração.A bola vai rolar na Globo Minas.

Na Globo Minas você assiste, às quartas e domingos, todas as emoções

do Campeonato Mineiro com transmissão exclusiva, em HD e o show

de imagens que você já conhece. E confere também os principais jogos

dos times mineiros na Libertadores e Copa do Brasil, com cobertura

completa de segunda a sábado, no Globo Esporte, às 12h45.

Acesse globominas.com/mineiro2010 e saiba tudo sobre o seu time.

Campeonato Mineiro 2010O futebol vai invadir a sua casa em alta definição.

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SUMÁRIO

ACONCHEGO

8 Do seu jeito Nova função para os móveis

12 Tudo em ordem?Arrumação sem sofrimento

CAPA

22 EntrevistaO muito bem-humorado Evandro Mesquita não para de aprontar muitas e boas

COMPORTAMENTO

28 Ação entre amigosEmpréstimo sem stress

32 Donos do tempoPlaneje-se e viva melhor

36 Casal S.A.Amar no trabalho não é pecado

TURISMO

38 De volta, o apito do tremViajar sobre trilhos é show

ESTILO

46 Ousadia na ponta dos dedosO esmalte não é um detalhe

Destaques

CLOSET

56 Antigo não, atualHomens descobrem os brechós

CARREIRA

66 Na mira dos caça-talentosSaiba quem são os headhunters

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ONLINE

64 Pra não perder a poseO perigo das fotos digitais

ESPETÁCULO

62 Prazer em outra dimensãoO 3D não é mais uma marola

ECO-LÓGICO

77 Bom pra todosDar carona é ter atitude

6 Palavra afinada

7 Recado do leitor

16 BricolagemVocê pode fazer

18 SazonalÉ tempo de Páscoa

31 HotsiteA volta do game God of War

35 Bem BacanaIdeias e mimos para casa

42 Cenário Oásis urbanos: Parques nas selvas de pedra

50 VitrineVoluntários melhoram o mundo

69 Destaque MRV

74 Prazer em Casa CDs, livros e filmes para relaxar

76 Meu MRVSeu lar, sua história

Seções

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FINANÇAS

60 De grão em grão...Pequenos sem medo de investir

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FALE COM A REDAÇÃO Email: [email protected]

PARA ANUNCIAR

Tel: (31) 3309-2420Email: [email protected]

MEDIALUNA COMUNICAÇÃO E EDITORA LTDA.Diretora Executiva: Maria Carmen LopesDiretora de Relacionamento: Cristiane MirandaDiretora de Publicações: Roselena NicolauDiretora de Projetos Especiais: Ivana MoreiraConselheiro: Eduardo Ferrari

Av. do Contorno, 3861 cj 101Belo Horizonte – MG – CEP 30110-021Tel. (31) 3309-2420

www.medialuna.com.br

Expediente A Revista MRV é uma publicação bimestral da

Medialuna Comunicação e Editora para a MRV Engenharia.

Distribuição dirigida.

CONSELHO EDITORIAL

Rubens Menin, Rodrigo Resende, Simone Maia,

Ivana Moreira, Maria Carmen Lopes,

Roselena Nicolau, Cristiane Miranda e

Eduardo Ferrari

REDAÇÃO

Direção editorial: Roselena Nicolau

Editoras assistentes: Fernanda Agostinho, Cristiane Miranda

Repórteres: Camila Nunes, Cristiane Miranda, Desireê

Antônio, Gabriela Carvalho, Roberto Ângelo

Colaboradores: Júlia Salvador, Renata do Amaral, Rosângela

Rezende, Uilson Paiva

Fotografia: Nitro Imagens

Alexandre Motta, Bruno Magalhães, Leo Drumond, Marcelo

Curia, Marcus Desimoni, Nidin Sanches, Paula Huven, Victor

Schwaner

Tiragem 20.000 exemplaresTiragem física auditada pela

PALAVRA AFINADA

MRV inova para você

Rubens Menin Presidente da MRV Engenharia

Da redação

Roselena NicolauDireção Editorial

CAPA: Bruno Magalhães fotografou Evandro Mesquita

PROJETO GRÁFICO: Janette Sá (BravaDesign)

DIREÇÃO DE ARTE: Christina Castilho

DESIGNER: Renata Coutinho

REVISÃO: Edmundo de Novaes Gomes

IMPRESSÃO: Rona EditoraFalar do passado, no maior estilo saudosista sem lamentações, fica melhor ainda quando as referências permanecem e mesmo aquele cara novinho não estranha o seu papo. Por essas e outras, a entrevista desta edição com o multifacetado Evandro Mesquita está uma verdadeira viagem com sabor de presente. Da Blitz dos anos de 1980 aos palcos de agora, o cantor e ator – você vai nos dar razão – continua um show!

E por falar em saudosismo, embarque na matéria de turismo sobre trilhos. Se nunca ouviu falar de alguns roteiros que ali estão e de outros entre os mais de 30 existentes no país, não estranhe. As ferrovias foram deixadas de lado por muito tempo no Brasil, mas os turistas estão reabilitando essa forma lúdica de conhecer paisagens maravilhosas, de Norte a Sul.

Beleza, prazer, descontração, relacionamentos saudáveis, profissão, cuidados com o bolso, enfim, qualidade de vida, são assuntos do presente que não faltam na Revista MRV. Mas você vai ver que, em cada matéria ou nota, estamos preocupados em contribuir para uma leitura com olhos no futuro.

Tomara que você goste de tudo! Grande abraço,

Compromisso com o cliente

Em 2010, a MRV Engenharia tem grandes desafios. O principal deles é, sem dúvida, ajudar um número cada vez maior de brasileiros das 80 cidades onde a empresa possui negócios na realização do sonho da casa própria. Sentimo-nos muito honrados de já fazermos parte da vida de mais de 80 mil famílias. Somos uma empresa que tem como missão “reduzir o déficit habitacional, oferecendo imóveis com o melhor custo benefício do mercado”. Por isso, todos nossos esforços estão concentrados em ofertar imóveis de qualidade, bem localizados e com preço justo.

A excelência e a eficiência no atendimento a nossos clientes são preocupações constantes. Dentro desta política de respeito e transparência aos nossos públicos, estamos dobrando a capacidade de atendimento do nosso Departamento de Relacionamento com Clientes, porque sabemos a importância da confiança de cada um dos clientes em nosso trabalho. Estamos investindo em todos os canais que propiciem aumentar nosso compromisso com você, disponibilizando informações sobre os projetos, esclarecendo dúvidas e solucionando possíveis problemas com maior agilidade. Isto pode ser constatado na matéria Destaque MRV, nesta edição.

Boa Leitura!

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VERSALRECADO DO LEITOR

Este é um espaço reservado para suas considerações, leitor da Revista MRV. Envie comentários, dê dicas de matérias para as próximas edições. Faça críticas, faça elogios. Escreva para: [email protected] Mande seu recado!

Acesse www.mrv.com.br/revistaA Revista MRV também está disponível na internet

Alquimia feminina"Gostei muito do último número da Revista MRV. Adorei o artigo sobre as mulheres na cozinha... O lar é nosso primeiro ofício, mesmo se moramos sozinhas. Nunca é demais cuidar de si mesma, dos seus e de sua casa. Isto não nos diminui em nada profissionalmente.

Juliana Rezende, Belo Horizonte (MG)

Carinho pela empresaQuanta satisfação tive ao conhecer a Revista MRV! Trabalhei por dois anos na construtora e tenho um carinho muito grande pela empresa e amigos que fiz por lá... Parabéns à toda equipe da Medialuna que, com certeza, não mediu esforços para o início de um trabalho com muitos desafios e sucesso pela frente.

Gabriella Torrent, Belo Horizonte (MG)

QualidadeNoooossssa...revista corporativa melhor do que muitas revistas vendidas em banca... Se o apartamento que comprei da MRV ficar com essa qualidade, vou gostar muito. Parabéns!

Rene Fantozzi, São Paulo (SP)

Decoração acessívelGostei muito da Revista MRV. Vocês poderiam seguir o modelo das grandes revistas de decoração, mas com um diferencial: com casas e apartamentos da MRV, ou de outras construtoras, que foram decorados ou até modificados pelos proprietários, mas mostrando sempre imóveis mais populares. (...) Pensem nisso. Sucesso!

Giovani Toti, por e-mail

Paula Toller Em primeiro lugar, quero parabenizar à equipe pela entrevista com o Tony Bellotto. Em segundo, sugiro uma entrevista com a cantora e compositora Paula Toller, que aliás é cúmplice de geração do Tony. A Paula lançou um CD e um DVD solo há pouco tempo e tem feito bastante sucesso... Sabe aquele ditado que diz que pra certas pessoas o tempo parece não passar? Então, ela é uma dessas.

Luiz Filipe Miranda, Macaé (RJ)

Em comparaçãoOlá. Recebi a primeira edição da revista. Geralmente, não opino em relação a revista alguma. Dou uma olhada rápida nas matérias e leio um ou outro cabeçalho. Mas aconteceu algo inédito. Comprei uma Isto É e no mesmo dia recebi a Revista da MRV. Ao ler a IstoÉ, achei as matérias superficiais e fiz a leitura de alguns ítens somente. Resumindo: li a revista em uns 10 minutos. Ao ler a Revista da MRV, achei todas as matérias interessantes e a levei para casa para ler com mais atenção... Agradeço ter conhecido a revista e desejo aos editores sucesso e bom trabalho.

Luciano Ribeiro Ferreira, Uberlandia (MG)

Entrega para clientesOlá. Acabo de receber a primeira revista da MRV e gostei muito porque se trata de uma revista bem elaborada e também por ser feita com um material de primeira qualidade. Gostaria de saber se vou receber sempre essa revista.

Synder Kaine Emídio, por e-mail

Resposta da Redação: A Revista MRV é distribuída para clientes da construtora a partir do momento da compra do imóvel até a entrega das chaves. Obrigada pela atenção.

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COMPORTAMENTO

| Rosângela Rezende

alquimia feminina

Picar cebola, depenar frango, bater claras em neve, espremer alho, cuidar da horta. O que nossas avós faziam simplesmente por obrigação e nossas mães lutaram para evitar, muitas mulheres contemporâneas estão voltando a fazer por opção. Foram necessárias algumas gerações, e um movimento feminista por igualdade de direitos entre os sexos, para que a casa e, principalmente, a cozinha se transformasse em um lugar de prazer e realizações.

“A valorização do lar tem um novo significado: o de escolha, e não o de obrigação feminina”, explica a antropóloga Mirian Goldenberg, professora-doutora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ). “A mulher que trabalha e tem seu próprio salário sente o desejo de cuidar também do que é do âmbito privado, da casa, dos filhos, da comida. Se antes o espaço doméstico era sem prestígio e a sua única ocupação, hoje tornou-se um local de invenção, criação e desejo.”

É assim para a publicitária paulista Fabiana Zanelati, de 38 anos. Depois das 10 horas diárias de trabalho, a cozinha é o refúgio onde elimina o estresse da pesada jornada. “É o momento em que estou

preparando uma comidinha fresca para o meu jantar e do meu marido. Fazendo o que gosto acabo com as tensões do dia-a-dia.” Além de cozinhar, é ela quem faz as compras de mercado e feira, lava a louça e organiza a casa, com a preciosa colaboração do companheiro e de uma diarista, duas vezes por semana. E como gosta muito de plantas, mantém ainda uma horta de ervas para incrementar as receitas.

Uma autêntica rainha do lar? É com muito orgulho e sem nenhum preconceito que Fabiana assume o estereótipo e, melhor ainda, o divide com cerca de dez mil leitores-fãs do “food blog” criado por ela e pela amiga e produtora cultural, Kátia Najara, há quatro anos. Fenômeno de sucesso da rede, o Rainhas do Lar é um espaço de troca de experiências entre pessoas que trabalham fora, mas adoram cozinhar, receber amigos e cuidar da casa. “Ser uma rainha do lar vai muito além da mulher que cuida da casa com esmero. Trata-se de alguém que descobriu que morar em um local limpo, arrumado, florido e ter uma comida fresca e saudável à mesa trazem qualidade de vida”, resume a blogueira.

Longe dos extremos, mulheres saem em busca do equilíbrio

entre as gerações que só cuidavam da casa e

as que só queriam saber da carreira

profissional. Hoje, elas trabalham, cuidam dos filhos, da casa e fazem da cozinha um refúgio

de puro deleite

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A receita de Tatiana Damberg – mãe, esposa, dona de casa, profissional e blogueira – é simples: manter 100% de atenção na tarefa do momento

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ACONCHEGO

Estante de aço inox, moderna, encontrou seu lugar na cozinha cheia

de toques pessoais e delicados

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| Cristiane Miranda

do seu jeitoMóveis passeiam sem cerimônia pela casa, atendendo ao desejo, à criatividade e à necessidade do dono

Repaginar a casa com móveis que já estão ali, dando a eles um novo uso, é uma prática que ganha cada vez mais espaço no mundo da decoração. Aquela geladeira antiga que você não sabe qual destino dar pode, com criatividade e pouco recurso, virar uma peça moderna. Tente uma pintura diferente, cole bonitos adesivos e o eletrodoméstico se transforma em armário ou em charmosa adega. Palavra de quem entende do

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assunto. “Hoje em dia, podemos tudo quando se trata de decorar, não existe mais uma tendência”, diz a design de interiores Luciana Colesanti.

Luciana, consultora para customização de móveis, adora transformar e dar cara nova à sua casa, no Alto da Boa Vista, na Zona Sul de São Paulo. Ela redesenhou peças e as adaptou aos mais diferentes ambientes. Na cozinha, uma estante de aço inox, da Tok Stok, guarda louças, mas poderia muito bem estar no closet ou até mesmo na sala, como suporte para a televisão.

A cristaleira da década de 1940 recebeu laca branca e ficou perfeita guardando livros e CDs

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Foto: Marcus DesimoniFo

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Em peroba rosa, a mesa de marceneiro é a estrela do ambiente, totalmente planejado para que ela se destacasse

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Da obra para a sala

O médico Antônio Guedes, cliente de Edwiges, não teve dúvidas ao levar para a sala de tevê e vídeo uma mesa de marcenaria, dos anos de 1960, que serviu nas obras de sua casa. De peroba rosa, a mesa se impôs, ganhou tampo de vidro e se destaca no espaço que, segundo a decoradora, foi pensado inteiramente para abrigar a peça que Guedes escolheu com afeição.

Edwiges insiste que o ideal, ao se pensar na decoração de uma casa, é que o registro das memórias do dono o acompanhe, esteja sempre presente. “A gente já nasce tecendo a nossa história. O enxoval do bebê é a primeira marca disso. Por isso, a nossa casa, o canto que escolhemos para viver, tem que ser a expressão de nossa vida, com toques de alegria”.

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Memória em casa

Autora do blog Stúdio da Lu (www.studiodalu.blogspot.com), ela ensina: “Assim como na moda, tem que saber qual estilo de casa tem mais a ver com sua personalidade”. É o que também acredita a decoradora Edwiges Cavalieri, para quem os ambientes devem ter a personalidade do dono.

“Oriento meus clientes a descobrirem do que gostam. É preciso fazer a leitura do sentimento, do sentir-se bem”, diz ela, defendendo a preservação da memória como algo essencial dentro de uma casa. A prova de que ela transporta suas crenças para os projetos que assina está em seu apartamento. Ela transformou um bar-cristaleira da década de 1940 em móvel para guardar o que ela mais aprecia: CDs e livros. A preciosidade ganhou laca branca e se destaca no mezanino.

Na casa de Luciana, debaixo da escada que leva aos quartos, ela colocou o armário que agora serve como barzinho, abrigando copos e bebidas, mas que, em outras épocas, tinha função completamente diferente. “Meu avô usava esse móvel para guardar remédio. Ele é de madeira, mas como estava muito velho, fiz pátina”, conta.

Os remédios do avô de Lu deram lugar no armário aos drinks

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ACONCHEGO

| Gabriela Carvalho

u o ordem?Com método, fica fácil manter os ambientes arrumados e sem a preocupação de esconder tudo aquilo que incomoda quando espalhado pela casa

A bagunça no closet do Felipe foi solucionada...

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Gastar preciosos e, às vezes, demorados minutos procurando algo que está ali, bem no próprio armário, é rotina para milhares de pessoas: aquelas que se enquadram no incômodo rótulo de bagunceiras. Atrasadas para o trabalho, elas não encontram a peça de roupa desejada, as chaves do carro ou aquele papelzinho no qual anotaram a lista de compras do supermercado. A responsabilidade pela irritante situação não é segredo e, como admite a economista e empresária Eliete Maria Lessa Carvalho, é exatamente de quem reclama. “A culpa é nossa mesmo, que vamos criando a bagunça aos pouquinhos, sem perceber”, diz ela.

Mãe de Felipe, de 20 anos, e Marina, de 9 anos, Eliete Maria trabalha fora o dia inteiro e lamenta não ter tempo para se dedicar à casa. Mas, para ela, dividir o mesmo teto com a desordem também não é a solução. Por isso, a economista lança mão de uma personal organizer, profissional especializada em organização de ambientes – do closet e armários dos quartos, ao escritório, rouparia, banheiro, armários de TV, lavanderia e até a despensa, ou seja, tudo e qualquer cantinho que estiver no mais perfeito caos.

A recompensa pela organização, além da satisfação de se viver em lugar harmonioso, é a facilidade do trabalho de manutenção de toda a casa. “Já observei a diferença que faz para as minhas ajudantes. Até meus filhos se disciplinaram mais e se esforçam para manter o local arrumado”, avalia Maria Eliete. Para a personal organizer Agni Melo, a organização se traduz em melhor controle

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u o ordem?

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dos espaços, da rotina e, em geral, da vida. “Ao definirmos as prioridades, determinando como investir nosso tempo, a qualidade de vida aumenta e as tarefas cotidianas ganham agilidade e praticidade”, defende.

Agni trabalha como personal organizer há mais de sete anos. A profissional de hoje começou de forma amadora. Ainda pequena, já gostava de manter seus pertences bem arrumadinhos. Ao longo dos anos, amigos e familiares perceberam o jeito especial de Agni e chegavam com todo tipo de pedido: socorro à “zorra” do closet da irmã, na mudança de casa de um tio e até na guarda dos presentes de casamento de uma amiga.

Já formada em Relações Públicas, Agni e duas amigas resolveram montar o próprio negócio e daí surgiu a Arte de Arrumar. A empresa, em Belo Horizonte, oferece serviços de organização, consultorias de imagem pessoal e empresarial. Segundo a proprietária, a maior dificuldade, no começo da experiência, foi explicar aos leigos qual é a função de um organizer. “As pessoas não entendiam a necessidade de se contratar alguém para este tipo de serviço”, lembra. Hoje, a empresa oferece cursos e treinamentos para a formação de novos profissionais. A hora de trabalho de um organizer custa, em média, R$ 36.

Criando estilo

Com o surgimento do personal organizer, um segmento da indústria e do comércio ganhou destaque: o de produtos e objetos que auxiliam na organização pessoal, de residências e de empresas. Tem de tudo: caixas de tamanhos variados para diversas finalidades, baús, pequenos armários, divisórias de armários, prateleiras e gavetas, suportes, cabides, capas protetoras de roupas, porta-enxovais, forros para gavetas, recipientes para maquiagem, remédios, joias e bijuterias, porta-bonés, prendedores de lenço etc.

Na capital mineira, a proprietária da loja especializada Organizzata, Cláudia Gazzinelli, afirma que a variedade de itens mostra que, independentemente do tamanho da casa, tudo pode ser guardado em seu devido lugar, sem ocupar espaços excessivos e evitando o aspecto de desleixo. “As pessoas estão percebendo os benefícios da organização. Começam colocando em ordem um único ambiente, mas, quando veem os resultados, voltam na loja e adquirem produtos para trabalhar em outros cômodos”, destaca.

... com ajuda da personal organizer. 12 Revista MRV Revista MRV 13

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Segundo Cláudia, estão disponíveis no mercado opções de diferentes faixas de preço, variando também o tipo de material. “Os produtos deixaram de ser apenas para a classe A. Temos linhas de closet para os diversos bolsos”, informa. As caixas e cestas são as campeãs no gosto dos clientes, especialmente no de mulheres e de adolescentes.

O decorador e artista plástico Marcelo Darghan destaca que a funcionalidade não é o único atributo das peças que servem para organização. Os ambientes, diz ele, não precisam se parecer com departamentos de estocagem. Podem e devem conter organizadores de formas, materiais e cores variadas. “Esses objetos foram uma grande sacada. Aliam a necessidade e a praticidade ao bom gosto e à criatividade”, destaca Darghan, para quem os produtos podem ser usados para deixar o ambiente com a marca do profissional e, ao mesmo tempo, torná-lo funcional e com a cara do cliente.

Por onde começar?

Não existe milagre para se ter uma casa com tudo no lugar ideal. Mas, de acordo com as personals organizers Jane Mattos e Juliana Drummond – da loja Orderhome

Soluções em Organização, situada em Brasília – algumas dicas simples podem contribuir para evitar problemas domésticos causados pela desorganização. Do ponto de vista dos objetos pessoais, de uso diário, como chaves, carteira, óculos e celular, as caixas com divisórias, que podem ser mantidas na sala, são a solução perfeita. Modelos práticos, bonitos e super charmosos, dão o toque especial na decoração.

Para colocar ordem nos quartos, a dúvida mais frequente é o que fazer com os acessórios de estilo, como colares, anéis e pulseiras. São muitas as sugestões de Jane e Juliana: caixas de MDF forradas, em acrílico, em vidro espelhado ou de veludo, com ou sem divisórias. Sendo bonitas, sofisticadas ou simples, não precisam ficar escondidas no armário. Expostas deixam à vista as opções na hora de produzir o visual para sair de casa.

Para as roupas íntimas, as especialistas recomendam divisórias chamadas de colmeias ou casulos, que servem para o interior das gavetas e estão disponíveis em acrílico, polietileno ou vinil.

Um erro comum é guardar maquiagem no banheiro, alertam as organizers, por causa dos danos causados pela umidade própria do local. Porém, a bancada da suíte ou do banho social fica linda e arrumada se cremes, algodão, cotonetes e sabonete estiverem acondicionados em cestos. Se forem de plástico, serão úteis também no box para armazenar shampoo, condicionador e sabonete líquido.

Já na cozinha, é a geladeira que está sempre precisando de um jeitinho. Cestas extras de acrílico ajudam na separação das frutas, legumes e verduras. Um item impossível de ficar de fora são os brinquedos da criançada, um eterno drama para pais, babás e ajudantes dos serviços de casa. Com criatividade e também estratégia definida, brinquedos ficam visíveis e, portanto, sempre acessíveis, em prateleiras ou armários, guardados em caixas que facilitam o manuseio, evitando que as crianças tirem tudo do lugar para encontrar aquele único objeto do desejo. Também existe a opção de contêineres coloridos de plástico que, além de armazenar os brinquedos, têm função educativa.

No quarto de Marina: cada brinquedo em seu lugar

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Onde encontrar

www.organizzata.com.br www.artedearrumar.com.br www.orderhome.com.br www.organizesuavida.com.br www.lelilas.com.br www.closetcia.com.br www.americanas.com www.leroymerlin.com.br

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Com jeito de profissional Aprenda com Agni Melo como transformar aquela bagunça no mais perfeito exemplo de organização. A

Revista MRV acompanhou o trabalho da personal organizer no closet do filho mais velho da economista Eliete Maria Carvalho. Conhecendo as necessidades e o cotidiano de Felipe, Agni colocou em ordem, tudo o que estava espalhado aleatoriamente pelas prateleiras, gavetas e pelo quarto.

Agni começou retirando tudo que estava “guardado” no closet, mas já de forma ordeira, separando, em pequenos montes, as peças por tipo e tecido. Utilizando-se de um gabarito – objeto que deixará as roupas no mesmo formato e que pode ser até uma revista, livro ou caderno –, ela dobrou as camisas de malha.

Depois foi a vez dos pijamas e roupas de ginástica, que ganharam a forma de um “pacotinho”, onde as peças em par (o calção e a camiseta do pijama) ficam uma dentro da outra. Já os abadás, muito usados pelo jovem, foram colocados na gaveta de forma a estar sempre à mão e organizados.

Com as bermudas, Agni fez os chamados “rolinhos”: depois de uma dobra, a peça é enrolada e colocada na gaveta, uma amparando a outra. Calças de tecido e camisas foram penduradas, mas sempre observando a cor e o comprimento das mangas.

Os travesseiros e edredons foram práticos de se guardar. Com dobras tradicionais, a organizer os colocou no alto do closet e pronto. Já os sapatos deram um trabalhão. A quantidade de pares era maior que o espaço que podiam ocupar, mas Agni criou três fileiras, separando duas para os sapatos e uma para chuteiras e tênis.

Eliete Maria e Agni: parceria em nome da casa arrumada

Mais dicas para quem

quer se aventurar

1- Pense nas suas necessidades e observe bem os

espaços disponíveis

2- Imagine, antes de começar a arrumação, como

otimizar tais espaços

3- Separe as peças de roupa por tipo, levando

também em consideração o tecido

4- Agrupe as roupas por cor

5- Se dobradas, evite criar pilhas altas

6- Não pendure blusas de malha em cabides, pois

elas se deformam

7- Procure deixar tudo ao alcance dos olhos

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prático e fácil de fazer

bRICOLAGEM

VITRAIS Você se cansou das janelas da sua casa, deseja mudá-las mas não quer fazer obras e nem ter um grande gasto? O Vitral Fácil, uma espécie de adesivo para vidros com 16 modelos de estampas e desenhos que imitam vitrais, é uma boa pedida para renovar as janelas sem radicalismo. O produto tem aderência eletrostática, como a dos imãs, podendo ser aplicado e removido facilmente. Vendido na loja virtual da Peg & Faça (www.pegfaca.com.br), por R$ 24,50 o metro linear (46 cm de largura).

TECIDO PROTEGIDOProteger os tecidos de cortinas e estofados é uma prática já conhecida, mas fazer o mesmo com as roupas nem tanto. O protetor para tecidos Scotchgard tem inúmeras aplicações – nas roupas delicadas, em seda ou lã, por exemplo, ou nas barracas de camping e no banco do carro. Funciona como um “repelente” a líquidos causadores de manchas e foi desenvolvido para proteger vários tipos de produtos têxteis, deixando-os com boa aparência por mais tempo. Encontrado em hipermercados e homecenters de todo Brasil, em embalagem aerossol de 337 ml. Preço médio de R$ 45,00.

ObJETOS COLORIDOS Quer dar um novo visual à sua geladeira ou reparar aquela velha bicicleta? Com o Colorgin Uso Geral Premium o trabalho ficou mais fácil. O produto oferece cobertura fáci l , secagem rápida, diversidade de cores. Indicado para materiais como madeira, papel, gesso, cerâmica, ferro e alumínio. O tubo com 400 ml rende até 2,3 m2 por demão. Na loja virtual Casa & Construção (www.cec.com.br), por R$13,60. Fo

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SEM ERROS Nada mais difícil do que escolher a cor das paredes quando se tem centenas à sua disposição. Por isso, fazer um teste é o mais aconselhável antes de comprar as latas de tinta. As grandes fabricantes Coral e Suvinil possuem uma embalagem sob medida para evitar desilusões, com cobertura de um metro quadrado. O Tira Teima, da Coral, e Color Test, da Suvinil, são feitos no sistema tintométrico (em computador) com base de acabamento fosco. Disponível nos revendedores das marcas. www.tintascoral.com.br e www.suvinil.com.br

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COLA TUDOQuebrou? O novo Super Adesivo Universal Creme, da 3M, resolve o seu problema. Com cor clara e pronto para uso, o produto possui fácil aplicação, secagem rápida e boa adesão quando utilizado em metais, borrachas, madeiras, vidros, porcelanas, compensados, plásticos, guarnições de portas, tecidos, madeiras, lã de vidro, entre outros materiais. É feito à base de borracha sintética e resistente a líquidos e detergentes em geral. Pode ser encontrado em casas de materiais de construção.

Quer dar um toque diferente e original

na sua casa? A decoradora Luciana

Colesanti ensina como transformar

uma tela branca em um quadro charmoso.

Escolha o tamanho certo da tela para o ambiente proposto.

Depois, escolha o tecido lembrando que, para o trabalho ficar mais fácil, ele deve ter pelo menos 5 cm de sobra para cada lado da tela.

Estique bem o tecido e grampeie (com um grampeador para telas e tapeçaria – aquele tipo revólver) toda a volta da tela por trás, na estrutura de madeira, para que o tecido apareça nas laterais.

Corte as sobras do tecido.

E para terminar, faça uma misturinha de cola branca com água (bem molinha) e com um pincel largo e macio passe sobre toda a tela recoberta, deixando a peça impermeabilizada. Pode também usar verniz spray.

O quadro está pronto para decorar aquele ambiente da sua casa com originalidade!

Se você gostou, mande também sua sugestão para [email protected]

QUE CHARME!

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SAZONAL

A celebração da Páscoa é um dos momentos mais aguardados pelos cristãos. Com origem numa tradição judaica, a data assinala, para os cristãos, a ressurreição de Jesus Cristo. No brasil, o Domingo de Páscoa é marcado por procissões sobre tapetes de serragens, saborosos ovos de chocolate e uma ceia farta. Mas diferentes povos encontraram maneiras particulares de lembrar o ritual religioso. Confira.

é tempo de

páscoa!

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Grécia

Os gregos começam os preparativos para a celebração na quinta-feira santa. Nesse dia, as donas de casa preparam um tipo de pão doce chamado tsourékia, para ser consumido no domingo, e pintam ovos com pigmentos vermelhos. O ovo expressa a renovação da vida. Ao pintá-lo de vermelho, os gregos estão representando o sangue de Cristo. No domingo, a população realiza uma procissão onde os ovos são quebrados, simbolizando o fim do martírio de Jesus e sua ressurreição.

Estados Unidos

Na manhã de Páscoa, as crianças americanas se divertem com a “caça ao ovo”. Ovos cozidos são coloridos e escondidos nos jardins ou dentro de casa pelos pais para que os encontrem. O país também é conhecido pelas tradicionais paradas ou desfiles, sendo as mais famosas as de Atlantic City e na Quinta Avenida, em Nova York.

Ucrânia

Os ovos decorados ucranianos são conhecidos em todo mundo pela beleza e delicadeza de seus desenhos. Os ornamentos são chamados de pysanky, palavra que quer dizer “escrita em ovos”. O que pouca gente sabe é que cada pintura tem um significado. Decorados usando o método batik (um corante à base de cera), os ovos trazem imagens, por exemplo, de trigo, significando saúde; pássaros, que lembram a primavera; e de galinhas, que representam a fertilidade. Os mais velhos recebem ovos de tonalidade mais escura e com desenhos bastante sofisticados, que representam a vida longa e plena que tiveram até então. Já as crianças ganham pysanky com tonalidades bem claras, simbolizando a vida que se abre diante delas.

Ovos decorados são tradição na Ucrânia e em outros países.

No Brasil, em algumas cidades, tapetes de serragem celebram a Páscoa.

Foto

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/ SXC

bulgária

Há, no país, o costume de colorir ovos cozidos após a realização da missa na quinta-feira santa. Os búlgaros também fazem um pão chamado de kozunak que é levado à igreja na madrugada de sábado, quando, juntamente com os ovos coloridos, são abençoados e distribuídos entre os membros das famílias. Após o almoço de Páscoa, os familiares batem os ovos uns nos outros. Aquele cujo ovo não quebrar terá, segundo a tradição, um ano de muita sorte e realizações.

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Suécia

A celebração no país nórdico é semelhante à do Dia das Bruxas dos norte-americanos. Na véspera da Páscoa, as crianças vestem-se de bruxas ou monstros e visitam seus vizinhos, entregando cartões decorados em troca de doces ou dinheiro.

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ENTREVISTA

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Com 58 anos e quase 40 de carreira, o músico carioca está em plena forma artística e demonstra que tem ainda muita estrada a percorrer. Talento e gás, ele tem de sobra.

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Nenhuma palavra poderia definir melhor Evandro Mesquita do que “artista”. Cantor, compositor, ator, dançarino e ilustrador (sim, ele também desenha, e bem), o eterno líder da Blitz! é um showman completo.

Quem o vê se aventurando em tantas searas artísticas – seja como vocalista

da banda que foi febre nos anos de 1980 e ainda presente nos palcos de hoje, ou como o divertido Paulão da Regulagem, no seriado A Grande Família acredita que este típico carioca de 58 anos, completados em fevereiro, não poderia fazer outra coisa na vida. Mas houve um tempo em que tinha outros planos em mente. “Eu queria ser jogador de futebol”, conta.

A comichão pelo universo das artes começou no final dos anos de 1960, depois de assistir no teatro à peça O assalto, do dramaturgo José Vicente, e à montagem brasileira de Hair, musical da Broadway, da qual acabou fazendo parte do elenco. Pouco depois, em 1974, integrou o irreverente grupo de teatro experimental Asdrúbal Trouxe o Trombone, ao lado de Regina Casé, Hamilton Vaz, Patrícia Travassos e Luiz Fernando Guimarães.

A experiência de dramaturgia adquirida nesse período é uma das marcas da carreira de Evandro até hoje. É fácil notar, por exemplo, a importância que ele dá à performance nos palcos. Quem já viu algum dos shows da turnê do disco mais recente da banda, o Eskute Blitz!, lançado em setembro do ano passado, confirma a atuação empolgante do músico.

Mas nem só da agitação de compromissos artísticos vive Evandro. Equilibrando o estresse das viagens,

evandromesquita| Desireê Antônio

NMil e uma atividades

gravações, composições e shows –“uma correria danada”–, há o lado zen e carioca de levar a vida.

O artista conta que, em casa, na Barra da Tijuca, onde vive com a mulher e colega de banda, a backing vocal Andréia Coutinho, e Alice, sua filha de três anos, costuma ser “um cara muito família”. Ele ainda é pai de Manuela, de 20 anos, filha da atriz Íris Bustamante. Agitado e introspectivo ao mesmo tempo, Evandro Mesquita se revela nessa entrevista à Revista MRV.

Revista MRV: Os traços que caracterizaram o

trabalho do Asdrúbal Trouxe o Trombone, na

década de 1970 - irreverência, experimentação,

despojamento e nada de virtuosismos

individuais – ainda pontuam seu trabalho e sua

forma de interpretar e construir os personagens?

Evandro Mesquita: A fase do Asdrúbal veio depois que tive a honra de trabalhar com três grandes mestres: Rubens Corrêa, Ivan de Albuquerque e Klauss Vianna. O Asdrúbal serviu para por em prática, exercitar e ir além do que tinha aprendido com meus mestres no Teatro Ipanema.

Revista MRV: Por quê?

Evandro: No Asdrúbal, éramos todos da mesma geração e com ideias e ideais parecidos. Tínhamos um senso crítico aguçado, muita vontade e prazer de estar descobrindo uma forma nova de atuar, desconstruindo o trabalho do ator, se aproximando mais do cinema, escrevendo nossas próprias histórias e abordando temas contemporâneos... Falando dos nervos da nossa juventude, que era bem marginalizada e tida como alienada na época.

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Revista MRV: Você atua, canta, compõe, cria

roteiros e produz. Ou seja, é um artista completo

que sempre teve destaque. Qual a receita para

tanta energia e criatividade?

Evandro: Respiro e vivo de arte desde os meus 19 anos, quando vi no teatro um canal para entender o mundo e a vida. As respostas ainda procuro até hoje, mas estar aberto a novos desafios e querer aprender sempre pode ser um dos ingredientes dessa receita. Além de confiar na sensibilidade e intuição das suas escolhas.

Revista MRV: Com os shows e gravações, sua

vida deve ser bastante corrida. Qual é a sua

rotina?

Evandro: É uma correria danada... Mas as gravações na Rede Globo sempre acontecem no início da semana, segundas, terças e quartas-feiras, pois todo o elenco faz teatro nos finais de semana e eu tenho feito shows com a Blitz. Lançamos um CD de inéditas, o Eskute Blitz!, e vamos lançar, em abril/maio o DVD. É uma correria gostosa e muito prazerosa estar com a banda nessa turnê e ainda gravar a Grande Família, com grandes atores, bons textos e boa equipe. Nove anos no ar... às vezes, sem teto para aterrissar.

Revista MRV: Como saber dosar cada uma dessas

funções para evitar excesso de exposição?

Evandro: Pois é... Essa é uma questão importante. Mas o programa é semanal, não é como novela. A Blitz já faz parte da trilha sonora de mais de uma geração. Agora, uma garotada vem oxigenando e redescobrindo a banda com a internet e com os discos dos pais e irmãos mais velhos, o que prova que música boa não tem prazo de validade, né? Fizemos um clipe caseiro e colocamos no youtube (www.youtube.com/watch?v=gFCgUPQsGz0). Vale a conferida. Temos um site e, no blog, colocamos as fotos dos shows recentes, trocamos kisses e coices de amor com nossos

amigos. Apareçam, sintam-se em casa... Esparramem-se!A Blitz está meio marginalizada nas rádios, é uma

pena. A banda de alto astral, irreverência e criatividade – que deu uma verdadeira virada na MPB, mudando e abrindo as portas das gravadoras pra outras bandas de outros estados também gravarem – deveria ter um acesso mais tranquilo e respeitoso, como as bandas têm lá fora. Mas enquanto houver bambu, tem flecha. O lance é manter o bambuzal sempre verde!

Revista MRV: Em algum momento, você se cansa

desta rotina de gravação e shows? Como faz para

fugir disso?

Evandro: Uma vez vi a Dercy Gonçalves dizendo numa entrevista que ela achava uma maravilha alguém conseguir

passar a vida cantando. Quando era menino, li uma entrevista do Nilton Santos (jogador de futebol) em que ele dizia: “Faço a coisa que mais gosto na vida e no fim do mês eles ainda me pagam por isso!” Pensei: “Quero brincar disso também!” E li também alguém que disse: “Faça uma coisa que você goste muito e nunca vai precisar trabalhar na

sua vida”. Quer dizer, além de ser uma maratona constante, a vida é muito prazerosa porque amo fazer o que faço.

Revista MRV: Você já fez teatro, novela, seriados e

cinema. Seus personagens têm uma marca

registrada: é o tipo carioca debochado, pleno de

alegria e energia. Isto é positivo na carreira de um

artista ou pode ser um empecilho, dependendo do

trabalho para o qual é convidado?

Evandro: Como no Asdrúbal tínhamos a preocupação de ter um tipo de atuação “hiper-realista” e minha primeira novela foi Top Model, na qual fazia um surfista com uma vida parecida com a minha, as pessoas achavam que era eu. Mas ali tinha uma construção de personagem. Era diferente, e eu queria que fosse, das atuações que as pessoas estavam acostumadas a ver em novelas... Tinha

"Faço a coisa que mais gosto na vida e no fim do mês eles ainda me

pagam por isso!"

24 Revista MRV

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Foto: Bruno Magalhães / Nitro

um “jazz”, um improviso consentido e aproveitado pelos autores... Mas de lá pra cá já fiz muita coisa diferente desse tipo. Até o filme Gêmeas (2000), com a Fernanda Torres, dirigido pelo Andrucha (Waddington, diretor de cinema), era um papel dramático. Como o Jô diz: é dificílimo fazer rir e quem faz com naturalidade faz qualquer papel. Pra mim, o maior ator desse país chama-se Chico Anísio.

Revista MRV: Como evitar o desgaste na imagem

nos períodos mais altos?

Evandro: Olhe pra baixo, veja de onde veio e pense que voltar pra lá não é tão terrível assim. No alto, você não ficará imortal. O lance do poder é que é um perigo. Controle sempre seu ego pra não se tornar uma pessoa insuportável e saiba se resguardar para não exagerar na super exposição.

Revista MRV: Tem alguma dica para atravessar os

mais baixos?

Evandro: Trabalhe, leia, busque parceiros e parcerias e bola pra frente.

Revista MRV: Como você se decidiu pela carreira

de artista?

Evandro: Foi quando vi a peça O assalto (1969), do José Vicente, com Rubens Corrêa e Ivan de Albuquerque; depois, vi Hair (1969) e soube que eles estavam formando um elenco que iria viajar. Fiz os testes com a cara e a coragem... E ia passando nos testes de canto, de dança... E na peça ainda via a Sônia Braga nua todo dia. Fiquei apaixonado pelo teatro e por ela.

Revista MRV: Chegou a pensar em fazer outra

coisa na vida?

Evandro: Queria ser jogador de futebol.

Revista MRV: E sobre suas influências musicais?

Quem você sempre ouviu, sempre gostou?

Evandro: Sou muito influenciável. Via de tudo e ouvia de tudo. O que joguei no caldeirão da Blitz, e saiu um som com personalidade própria, foram: Roberto/Erasmo, Beatles, Stones, o humor de Jackson do Pandeiro, Moreira

da Silva, as histórias de Luiz Gonzaga, a atitude de Hendrix, Led Zeppelin, Janis Jopplin, Zé Keti, Caetano, Gil, Chico; as duas maiores bandas do Brasil, Mutantes e Novos Baianos; João Gilberto, The Who etc...

Revista MRV: Você já declarou em uma entrevista

(Programa Sem Censura, no final dos anos de

1990), que a blitz surgiu em um tempo em que o

riso corria solto no Rio de Janeiro e que, por isso, o

grupo esbanjava tanta alegria. O riso sumiu da

cena carioca? Por quê?

Evandro: A cidade anda meio descaracterizada, mais violenta, mais murada, mais caótica. Sumiram as esquinas, entraram os shoppings, as referências. O descaso com os favelados – os meninos que vendiam bala nos sinais cresceram e, agora, mandam bala no descaso. A corrupção oficializou-se, os exemplos das autoridades políticas são péssimos. Mas ainda acredito no espírito carioca que recebe gregos e baianos de braços abertos.

Revista MRV: Qual a diferença entre a blitz dos

anos de 1980 e a blitz de hoje?

Evandro: A bagagem e a estrada que temos é um tesouro de valor incalculável. Somos melhores músicos e melhores seres humanos. A relação entre os músicos está muito melhor e mais sadia.

Revista MRV: E quanto ao público?

Evandro: Enlouquece como nos velhos tempos com as antigas e as novas canções.

Revista MRV: Quem é o público da biltz?

Evandro: O grande barato do nosso público é que tem uma galera que acompanhou nossa trajetória e a garotada que acompanha hoje.

Revista MRV: No auge, a blitz chegou a vender

mais de um milhão de cópias e era uma febre.

Você sente falta deste frisson? Evandro: Não sinto falta nem saudades. Tenho orgulho de ter feito o que fiz, desde quando arrumei o primeiro show e quando fui com a cara e a coragem

Revista MRV 25

Blitz leva seu balanço irreverente pelo país

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26 Revista MRV Revista MRV 27

sozinho na Odeon, falar com o Mariozinho Rocha, dizer que tinha uma excelente proposta para ele e para nós, a Blitz.

Revista MRV: Quem faz humor e carrega o

espírito da blitz na música brasileira hoje em dia?

Evandro: A Blitz.

Revista MRV: Há algumas ilustrações atribuídas

a você na internet. Uma delas é para o rótulo da

parafina Magic Wax; outra teria sido feita para a

capa de uma edição da revista Veja, de 1972,

que não foi publicada. Os desenhos são seus?

Evandro: São meus mesmo. Desenhei o rótulo dessa parafina para ficar morando na oficina dos meus amigos Otávio Pacheco e Paulo Proença, em Saquarema – eles tinham a representação da Waxmade. O do Pier (estrutura suspensa construída sobre o mar, perto de suas margens, onde são a t racadas embarcações) foi uma encomenda sobre o fim do Pier, chamado de O Último Verão da contracultura. Recebi o valor de capa da Veja. Na época, tinha publicado uma história em quadrinhos, na revista underground A Esperança no Porvir. Fiz também anúncios para a Energia, em troca de prancha... Comecei a entender o mundo através das histórias em quadrinhos, até a minha iniciação sexual foi nas revistinhas do Carlos Zéfiro. Cheguei a pensar em fazer publicidade ou qualquer coisa que tivesse um lado de desenho e criação.

Revista MRV: Você ainda desenha?

Evandro: Desenho preguiçosamente. Publiquei recentemente um livro de contos disfarçado de almanaque (Editora Rocco), o Xis-tudo, onde recuperei vários desenhos, cartazes e programas das peças do Asdrúbal Trouxe o Trombone. Me orgulho muito desse livro. Fiz desenhos ilustrando alguns contos e tem a canja de desenhos de feras como Ziraldo, Ique, Cavalcante, Aroeira, Angeli, Lan, Miguel Paiva, Barrão, além da canja literária de e-mails trocados com o mestre imortal João Ubaldo Ribeiro. Quem procura acha Xis-tudo. Eu recomendo!

Revista MRV: Numa entrevista, há algum tempo,

você disse que política era algo que conseguia

te tirar do sério.

Evandro: Pois é, me perguntaram se política dava música, eu disse que dava nojo!

Revista MRV: Qual é sua posição política hoje?

Evandro: Minha posição é de quatro, como todos os brasileiros... Assistindo a esse circo com o dinheiro público, essa farra sobre as decisões estranhíssimas da Justiça, o descaso com a educação, saúde e segurança. Ando muito decepcionado com tudo isso. As pequenas conquistas perdem de goleada para a corrupção, falta de ética e desonestidade generalizada.

Revista MRV: Mas você tem uma posição

definida? Defende causas específicas?

Evandro: Sempre votei no PT, mas ressalto que jamais cometerei esse erro de novo. O Lula de antes mataria o Lula de hoje. No quadro atual, a Marina seria a única digna do meu voto.

Revista MRV: O que você

pensa sobre o brasil de

hoje?

Evandro: Triste o país que precisa de um herói.

Revista MRV: Gosta de

viver aqui, gostaria de

viver em outro lugar?

Evandro: Amo viver aqui. Não quero viver em nenhum outro lugar!

Revista MRV: Fora dos palcos, como você é?

Evandro: Introspectivo, caseiro, família.

Revista MRV: Tem algum hobby?

Evandro: Tenho um “hobby” preto... (risos) Faço várias atividades esportivas.

Revista MRV: Você tem uma aparência de jovem

descolado. Como se cuida?

Evandro: Uma atençãozinha à alimentação, não bebo mais, não fumo, procuro fazer exercícios, mas nada radical.

Revista MRV: Quais são seus planos para o

futuro? Ainda há alguma área artística em que

gostaria de se aventurar?

Evandro: Vou dirigir uma ópera rock chamada Hedwig, lançar o DVD que tem o apelido de Blitz, sem prazo de validade. Fiz por paixão e conta própria o áudio-book do conto Meu Tio O Iuauretê, do Guimarães Rosa, que eu amo. Se a filha do Guimarães permitir comercializar... Se não, doarei para o instituto de cegos Benjamim Constant. Queria muito dirigir um filme com um roteiro meu... Mas desisti por preguiça. Tenho também um texto para teatro na gaveta e uns roteiros que fiz para TV, mas estão na geladeira da Globo, com elogios...

"Vou dirigir uma ópera rock chamada

Hedwig, lançar o DVD que tem o apelido de

blitz, sem prazo de validade. "

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Na escola, com carinha de aplicado

Nos palcos , atuando em China é Azul Paixão pelo futebol: com Zico...

Gravação de DVD com Ivete Sangalo

... e com o Fluminense, time do coração

Lançamento no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2009

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COMPORTAMENTO

ação entre

amigosDiante do pedido de empréstimo feito por um amigo, agir com sinceridade e tomar algumas precauções ajuda a preservar o relacionamento e evita constrangimentos

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Diogo e Ludmila viveram experiências contrárias ao confiar em amigos na hora do aperto financeiro. Ele sofreu um trauma e ela aumentou a confiança na relação.

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Não é à toa que a sabedoria popular resolveu que seria melhor não misturar a relação de amizade com dinheiro e definiu: “Amigos, amigos. Negócios à parte”. Mas são poucos os que conseguem manter essa separação. O mais comum é que as pessoas se deparem, mais cedo ou mais tarde, com o pedido de socorro financeiro de um amigo. A realidade é que o resultado do empréstimo, ou da negativa dele, pode mesmo definir o rumo do relacionamento, para o bem ou para o mal. Mas há como se proteger da situação, tanto no âmbito pessoal quanto no jurídico.

O jornalista Diogo Almeida sentiu o efeito ruim da delicada situação de “levar o cano”, justamente de um amigo. Há quatro anos, trocou para esta pessoa um cheque de R$ 600 e, pouco tempo depois de depositá-lo, descobriu que não havia fundos. O então amigo disse que providenciaria o pagamento, mas não o fez. “Como eu confiava muito nele, nem me preocupei em verificar, até que descobri que estava com saldo negativo”, lembra Diogo, que chegou a pagar quase R$ 300 apenas em juros.

O dinheiro emprestado foi recuperado cerca de um ano depois, quando a avó de seu colega quitou a dívida. “Se pudesse voltar atrás, eu não emprestaria, mas foi bom para conhecer a pessoa. Infelizmente, ele trocou uma amizade por um cheque de R$ 600”, lamenta Diogo. Para evitar esse tipo de trauma, a professora do Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Rita Maria Khater, diz que o ideal é não recorrer a amigos na hora de pedir um empréstimo e dar preferência a transações impessoais, como as firmadas com bancos e financeiras, mesmo que saia mais caro.

Prazos acertados

“Quando as relações financeiras e afetivas se misturam, corre-se o risco de uma prejudicar a outra, principalmente se houver problemas quanto ao pagamento”, avalia Rita, lembrando que a impossibilidade de se quitar o empréstimo com o amigo nos prazos combinados pode resultar em constrangimentos ou numa espécie de dívida de gratidão. Uma das soluções para se eliminar o risco desse tipo de contratempo é, para quem não se sente confortável ao emprestar dinheiro, ser sincero e explicar ao amigo que prefere não incluir aspectos financeiros no relacionamento.

A negativa ao pedido é sempre um momento delicado, mas a psicóloga acredita que, se for feita de forma educada e clara, o problema será menor. Rita destaca que a situação pode ser, inclusive, uma oportunidade para se conhecer melhor o amigo e até colocar a amizade à prova. “Se a pessoa reage mal ao ‘não’ e termina a amizade é porque esta não tinha

| Desireê Antônio bases sólidas”, argumenta. Ressalta também que, nos casos em que o empréstimo é feito a contragosto, o credor se sente mal por estar se contrariando e ainda fica apreensivo até receber o dinheiro.

Negócio imperdível

Mas nem tudo são espinhos quando amigos resolvem emprestar dinheiro entre si. Muitas pessoas intensificam os laços de amizade depois de socorrerem alguém em apuros e confirmam o outro ditado popular: “Amigo é para toda hora”. Esse é o caso da doméstica Rosilda dos Santos. Há cerca de cinco anos, ela pediu R$2 mil emprestados para uma amiga, a fim de completar o investimento necessário para comprar sua casa. Impossibilitada de fazer empréstimo em banco, recorreu à amiga, para quem já tinha pedido valores menores em outras ocasiões. “Era um negócio muito bom e eu não podia perdê-lo. Graças à ajuda dela, pude comprar a casa e revender depois. Nunca vou me esquecer”.

A própria Rosilda já teve algumas dores de cabeça com empréstimos para amigas e familiares, chegando a ter o

Ping-pong com Gustavo Gerbasi*

Como amigos devem lidar com empréstimos? Quem empresta está sempre numa posição mais delicada, porque quem pede pode se valer dos laços afetivos para não ouvir um “não”, colocando a relação em risco. Minha orientação é: não empreste ou peça dinheiro a amigos.

Mas como negar o empréstimo? A dificuldade de dizer não está ligada ao fato de, em geral, o pedido ser feito numa conversa íntima, em que o amigo conta suas dificuldades e sensibiliza. Acho que a reação deve ser franca e imediata. Deixe claro que está disposto a ajudar, mas de outras formas. Emprestar para amigos é complicado porque geralmente não se estabelece parâmetros de como pagar. Como fica quem já emprestou? Para eles, minha dica é: não empreste, dê o dinheiro. É mais benéfico para a relação. Se a pessoa decidir pagar, ótimo, mas não conte mais com aquela quantia. Qual a melhor maneira de o beneficiado agir? Estabeleça um contrato. Tenha predisposição para prestar contas, dar satisfações sobre previsão de quitação, dizer que não se esqueceu da dívida. A postura pró-ativa faz bastante diferença para a relação.

E quanto ao empréstimo entre familiares? As regras não mudam, apenas os cuidados devem ser redobrados, os riscos são maiores. Uma coisa é a relação de amizade se desfazer, outra é a família se desmembrar.

Gustavo Cerbasi é consultor financeiro e autor de Como organizar sua vida financeira e Casais inteligentes enriquecem juntos.

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nome incluído no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Mesmo assim, ela diz que ainda se dispõe a ajudar, porém tomando alguns cuidados, como emprestar apenas quantias pequenas e definindo critérios. Outro exemplo de que o empréstimo entre amigos pode render bons frutos é a relação que a assessora de imprensa Ludmila Eufrásio tem com uma de suas amigas, com quem fez um tipo de acordo de ajuda mútua. Ambas emprestam uma para a outra não apenas dinheiro, mas também o carro e pagam as contas quando saem ou viajam, sempre num sistema de troca.

Durante os quatro anos de amizade, conta Ludmila, não houve nenhuma saia-justa entre elas ou constrangimentos para tratar de dinheiro. A data prevista e as condições de pagamento sempre são combinadas e, se uma delas precisa do adiantamento, tem liberdade para dizer para a outra. “A base da amizade é a confiança. Se você confia no amigo, o dinheiro é só um detalhe dentre tantas coisas na relação”, afirma.

O comportamento de Ludmila é algo muito saudável e enriquecedor, segundo Rita Khater, e é muito comum entre adolescentes e jovens, quando ainda se está começando a construir um patrimônio e os empréstimos são em pequenas quantias. Quando o valor passa a ser maior, é indicado que haja algum tipo de formalização da transação, o que contribui para separar a amizade do

negócio e também para evitar aborrecimentos futuros. O professor titular de Direito Civil, Carlos Alberto

Dabus, da Universidade de São Paulo (USP), diz que transações comerciais entre pessoas físicas devem ser registrados em documento intitulado “condição de dívida”, no qual são expostas as regras para pagamento, como número e valor das parcelas e dos juros, que não podem passar de 12% ao ano.

Dabus aconselha que o contrato, que pode ser feito por qualquer pessoa, tenha no mínimo duas testemunhas e firma reconhecida em cartório, ou seja, as assinaturas devem ser verificadas e validadas por tabelião para que não haja possibilidade de falsificação. “O empréstimo não deve ser feito apenas verbalmente. Ter um contrato por escrito é a única forma que o cidadão tem de se proteger no caso de precisar acionar a Justiça”, explica.

"Se o acordo for feito informalmente, quem fez o empréstimo, e não pretende pagá-lo, pode dizer, por exemplo, que a cobrança se refere a uma dívida de jogo, o que invalidaria a ação, já que o jogo é ilegal no Brasil, " lembra o professor. O registro da negociação também permite, dependendo do valor, que a Justiça ordene a penhora de algum bem do devedor para quitar a obrigação. “Empréstimos entre pessoas físicas são alvos de muitas ações, especialmente em se tratando de fiadores e avalistas, que geralmente são amigos dos beneficiários”, conclui.

Revista MRV 31

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30 Revista MRV Revista MRV 31

GAME NOVO O game God of War fez história no Playstation 2 com uma trama repleta de ação e de violência. O jogador estava na pele do poderoso guerreiro Kratos e o conduzia na sua luta contra os deuses do Olimpo. Agora, chega ao Playstation 3 a última parte da aventura. O lançamento do jogo – que custará R$199,00 – será simultâneo no Brasil e EUA, e tem de tudo para ser o maior da indústria de games em 2010.

mundonovidades do

digital

HOTSITE

DETECTOR DE PORNOGRAFIAO Detector da E-Net Security Solutions chegou para ser um aliado para pais e mães preocupados com o que seus filhos estão vendo na internet. Com formato de pendrive, pode ser conectado em computadores com Windows XP, Vista ou Windows 7.0. O equipamento faz varredura e capta imagens pornográficas baixadas da internet, mesmo que tenham sido apagadas pelo usuário. Segundo o fabricante, a ferramenta possui 95% de precisão. Os pais podem, por exemplo, monitorar os sites acessados e quais tipos de fotos foram recebidos em conversas online.

FOTO DEbAIXO D'ÁGUAA câmera fotográfica Olympus Stylus Tough 6000 promete ser a grande parceira dos adeptos do turismo de aventura. Além do registro das paisagens com a alta qualidade que seus 10 megapixels de resolução permitem, ela é preparada para suportar frio intenso, quedas e até mergulhos! O corpo metálico de alta absorção resiste a quedas de até 1,5 metros. Seu mecanismo está preparado para condições térmicas de até 10º negativos. Com design moderno, pode ser encontrada em várias cores. Basta escolher aquela que mais combina com você!

MAIS SEGURANÇA Qualquer usuário de computador já passou pela incômoda situação de fechar, por engano, alguma janela de programa. A ação descuidada pode resultar na perda de textos, downloads e muitas outras tarefas. O software Gonein60s promete resolver todos esses problemas. Ocupando apenas 210 kb de espaço no disco, uma vez ativado, ele salva tudo o que é fechado pelo usuário. Depois de instalado aparece como um ícone próximo ao relógio do Windows. Para recuperar uma janela recém fechada, basta dar um clique com o botão direito do mouse em cima dele e escolher qual programa quer abrir. Porém, como o próprio nome indica, são apenas 60 segundos para recuperar o que foi fechado. Ele é gratuito e pode ser encontrado neste link: www.baixatudo.com/gonein60s.

SMARTPHONEA Sony Ericsson colocou no mercado seu novo smartphone com a mais nova versão do Windows Móbile. Em formato barra, o aparelho possui teclado QWERTY, tela sensível ao toque, câmera de 3,2 megapixels, Wi-Fi, 3g, Bluetooth, GPS e rádio FM. Batizado de Aspen, o aparelho faz parte da iniciativa GreenHeart da Sony. Produtos dessa linha possuem aplicações para economia de energia, manual eletrônico que substitui o impresso, pintura à base de água e materiais reciclados usados em sua composição.

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COMPORTAMENTO

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Waldiane, mãe de João Miguel e do pequeno Guilherme, concilia o cuidado

com os filhos e outros prazeres

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| Camila Nunes

A “síndrome” da eterna sensação de falta de tempo é vencida por muita gente que descobre maneiras de dar conta das obrigações e de fazer tudo o que mais deseja

Artigo de luxo que poucos admitem ter e muitos vivem a cobiçar, o tempo não é problema para o empresário Cláudio Gaspari, presidente de uma empresa de tecnologia de monitoramento eletrônico, com sede no Rio de Janeiro. Pai de Maria Clara, de 9 anos, proprietário de uma pousada no litoral, adepto de esportes aquáticos e marceneiro nas horas vagas, ele consegue a proeza de ter uma vida organizada, na qual o tempo, ou a falta dele, não é motivo para reclamações e nem para deixar obrigações, prazeres ou hobbys de lado.

Gaspari vive na prática o que o especialista em administração do tempo e produtividade pessoal – sim, este profissional existe – Christian Barbosa diz que todo mundo deveria perceber. Para deixar de ser uma pessoa que sempre reclama de não ter tempo e viver frustrada por não fazer o que gostaria, é preciso entender que o problema não é o excesso de atividades, e sim a falta de planejamento do seu próprio dia a dia. “Aprender um método de gestão de tempo é fundamental para que a pessoa identifique o que é importante na sua vida e defina objetivos e metas”, explica.

Sintomas

Barbosa se interessou pela profissão que tem hoje a partir de um problema de saúde, exatamente por dificuldades em administrar as demandas do cotidiano. “Acabei gostando do assunto. Hoje, consigo fazer tudo que planejo”, garante.

Ansiedade, depressão, stress são sintomas, muitas vezes, da falta de habilidade para se lidar com tempo, já que, na sociedade de hoje, curtir o ócio e preencher as horas com atividades que não estão exatamente ligadas ao conceito de produtividade podem ser considerados “pecados capitais”!

Para o especialista, ter consciência de como o seu tempo está sendo usado é o ponto de partida para solucionar os problemas, pois daí é possível

enxergar melhor as horas que são desperdiçadas, o que realmente é importante de se fazer, quais são as urgências e como organizar as múltiplas atividades.

A regra básica, ensina Barbosa, é: “planeje-se”. Priorize as atividades por ordem de importância e programe a semana com antecedência, prevendo, inclusive, o que pode gerar problemas. Estabelecer objetivos é a segunda regra, pois, sabendo o que quer alcançar, a pessoa valoriza mais o tempo que tem.

Muitas pessoas aprendem a se organizar exatamente quando acumulam muitas tarefas e têm que “se virar”. É o caso da ginecologista Cláudia Lúcia Barbosa Salomão, cujo marco para lidar bem com o tempo foi o início da faculdade de medicina. “O curso era bem puxado e logo comecei um estágio. Era preciso me planejar para dar conta de tudo”, lembra.

Prazer

Claudia diz que hoje é extremamente organizada. Tem até o hábito de listar o que fará no dia seguinte e colocar as anotações debaixo da xícara do café da manhã. O dia dela é o que se pode chamar de cheio: trabalha em dois hospitais e na sua clínica particular, atua como diretora de uma entidade de classe, se dedica aos estudos, pratica exercícios físicos, leva o filho de 10 anos ao colégio duas vezes por semana, acompanha as lições de casa dele diariamente e, ressalta, tem como rotina tomar, à noite, duas taças de vinho com o marido. “É o tempo que temos para conversar e ficarmos juntos.”

Para Cláudia, prever momentos de puro prazer no dia, buscando qualidade de vida, é uma ótima maneira de se administrar o tempo. “Quanto mais presentes você se der, maior será a sensação de que está aproveitando a vida e não simplesmente correndo”, assegura. Regra seguida pela publicitária e professora universitária Waldiane Fialho. Mãe de João Miguel, de 3 anos, e de

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Guilherme, de 5 meses, ela inclui nas suas atividades yoga, massagem, ginástica e um grupo de estudos sobre crescimento espiritual. “Além da organização, as atividades espirituais ajudam a centrar-me nos meus objetivos. Aprendi a definir o que é prioridade e, quando estou fazendo alguma coisa, me dedico 100% a ela”, afirma.

Indicadores

Priorizar é exatamente um dos segredos de Gaspari para aproveitar bem o seu tempo, ainda que dono de uma atribulada vida profissional, que lhe exige muitas horas no escritório e viajar pelo menos uma vez por semana. Para o executivo, tempo bem administrado é o resultado da capacidade de avaliar tarefas e atividades. Gaspari cria alguns indicadores para não se perder em detalhes insignificantes. “Dou importância ao que é importante. Simplificando as coisas, você consegue fazer o que mais interessa, que é viver”, assinala ele, que não abre mão de tarefas como levar Maria Clara ao colégio e ao médico. “Meu maior desafio é estar sempre presente na educação da minha filha”, afirma, contando que se mudou para a mesma rua onde ela mora com a mãe só para ficar mais próximo.

Viver sem correr é possível

Dicas de Christian Barbosa que podem te ajudar: Pense em tudo que mais te motiva, o que realmente te

desperta paixãoFaça uma lista contendo 10 itens, as prioridades sobre

tudo o que você pensou. Vale desde ficar em casa com a família, ser magro, ler romances, fazer um curso, viajar, subir na carreira

Afunile ainda mais essa lista e escolha três entre os 10 itens que são, no momento, prioridades para você

Tente encaixar de imediato na sua agenda os três itens escolhidos A lista é uma espécie de guia, que te ajudará sempre a responder: “O que é

mais importante para mim e como posso viver por isso nos próximos meses?”Lembre-se que se você viver apenas correndo, sem refletir, não conseguirá nunca saber o que te interessa

de verdade, o que só fará aumentar a sensação de tempo perdido

Christian Barbosa é autor dos livros Tríade do Tempo (Editora Campus), Você Dona do Seu Tempo (Editora Gente), Estou em Reunião (Editora Agir) e Mais Tempo, Mais Dinheiro (Editora Thomas Nelson Brasil)

Gaspari decidiu morar perto da filha Maria Clara para ter mais tempo com ela.

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ideias úteise descoladaspara sua casa

bEM bACANA

bALEIROS VINTAGEMuitos devem se lembrar da época em que as balas das padarias eram colocadas em grandes

baleiros giratórios feitos de vidro. Para matar a saudade dos nostálgicos, a Pinkish criou baleiros exclusivos, divertidos e em vários formatos. Os mais curiosos são os

baleiros “Kombi” e “Fusca”, que reproduzem as linhas dos veículos. Em vidro transparente, as peças ganham vida quando são recheadas de doces

coloridos. Um toque bem humorado na decoração da casa e sucesso garantido com a garotada! Para ver outros modelos e consultar os preços acesse www.pinkish.com.br.

ALMOFADA SUSHIMuitas vezes, pequenas alterações na decoração do ambiente podem dar um ar completamente novo à casa. Para quem deseja um clima mais descontraído na sala ou no quarto, uma boa ideia são as inusitadas almofadas em forma de sushi, a especiaria japonesa que ganhou um uso, digamos, muito versátil. Feitas de plush e fibra siliconizada, as peças custam R$ 70 cada e podem ser encontradas no site www.almofadashoyu.com.br.

HUMOR NO bANHEIRO Ideal para festas, os rolos de papel higiênico desenvolvidos pela alemã Paper-Design trazem estampas que surpreendem os convidados. Alguns são repletos de beijinhos, outros cheios de moscas e existem até com desenhos de arame farpado. Os rolos são vendidos pelo site www.giftexpress.com.br e custam R$25. Diversão garantida no banheiro!

COW PARADE Conhece aquelas vaquinhas coloridas, cheias de bossa e criatividade que são vistas pelas ruas de grandes capitais, fruto da Cow Parede, uma exposição ao ar livre de artistas plásticos que conquistou o público em diferentes países? Pois é, elas estão de volta a São Paulo e também na Coleção Cow Parade Classic, lançada pela Tok Sotk (www.tokstok.com.br). São canecas, copos de refresco, luvas de forno, jogo americano, guardanapo, sousplat e porta-retrato. Os preços variam de R$6.90 a R$49, dependendo da peça e da estampa.

Fotos: Divulgação

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casal S.A.Muitos são os desafios dos casais que resolvem construir uma sociedade de trabalho. A alma do negócio, neste caso, é a confiança mútua e um relacionamento saudável dentro e fora de casa

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COMPORTAMENTO

Iramaia e Nitônio levaram a harmonia de casa para o trabalho

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| Roberto Ângelo

Quando duas pessoas decidem oficializar a união, os compromissos assumidos – na igreja, no cartório ou somente com palavras – são muitos e os desafios para manter o casamento incluem sentimentos que vão além do amor e princípios como respeito mútuo e tolerância às diferenças. Se na convivência em casa o matrimônio se revela uma relação pra lá de delicada, é preciso reconhecer ainda mais a coragem de casais que resolvem partir para um negócio próprio, dividindo um leque enorme de obrigações que permeiam a sociedade.

Nitônio Hortênsio e Iramaia são casados há nove anos. No início de 2009, resolveram realizar um sonho antigo: montaram uma agência de viagens. Ele trabalhava com turismo há 20 anos. Ela é formada em contabilidade. Juntaram as habilidades e cada um passou a cuidar de áreas específicas: Nitônio, do setor de vendas; Iramaia, do departamento financeiro. “Temos uma relação tranquila, de respeito e diálogo aberto. Isso facilita muito a convivência diária no ambiente de trabalho”, afirma Nitônio.

Cuidados

Claro que alguns cuidados são necessários. “Diante dos clientes, a postura deve ser outra. Nada de beijinhos e apelidos”, diz Nitônio, enfatizando que o sucesso para o bom funcionamento da sociedade com o cônjuge começa em casa, com uma convivência sólida, saudável e de confiança. Iramaia descarta a possibilidade de a sociedade com o marido não dar certo. “É uma questão de visão. Assim como nosso casamento, nosso negócio não foi feito para acabar.” A prioridade, porém, é a relação amorosa. “Se meu casamento for afetado negativamente pelo negócio, eu abro mão da empresa”, garante.

Contudo, nem sempre esta é a opção dos casais diante da encruzilhada “negócio x casamento”. Quando o desgaste da relação afetiva fica crítico por causa da sociedade, muitas vezes os parceiros optam por salvar. Para a psicóloga e terapeuta de casais Ivonete Vieira, as sociedades que surgem após a união do casal, num projeto conjunto, têm mais chances de dar certo. "O comprometimento de ambos para o êxito da empreitada é igual, diferentemente de quando um dos dois já possui o negócio, e já tem uma história anterior," explica a especialista.

Este foi o caso da empresária Regina Coeli e seu marido. Dona de uma fábrica de bolsas, cintos e mochilas, convidou o marido, que exercia outra atividade, para administrarem juntos a empresa. “Minha intenção era que ele ajudasse na administração. No entanto, meu marido não sabia tratar nossos funcionários e aí começaram os conflitos”, lembra. Ao longo dos 11 anos em que trabalharam juntos, os conflitos foram

frequentes. “Misturamos os ambientes e os desentendimentos que começavam na fábrica invadiram nossa casa”, relembra. A separação do casal foi inevitável. Na partilha dos bens, Regina decidiu continuar com a empresa e voltou a administrá-la sozinha, mas, recentemente, optou pelo fechamento. “Meus três filhos acompanharam de perto nossas desavenças e, por isso, criaram aversão ao negócio”, lamenta.

Harmonia começa em casa

Seja qual for a natureza do negócio, o fundamental, aconselham os especialistas, é que o casal mantenha no trabalho o mesmo relacionamento franco e harmonioso cultivado em casa. “A união tem que ser o mais importante. O casal deve priorizar a vida que possui em comum e a família que formou”, defende. Segundo Ivonete, a sociedade pode até funcionar como estímulo para a vida do casal. “Eles devem encarar o negócio como um projeto do casal, que resultará não só em patrimônio, mas em um legado de trabalho e bons exemplos para os filhos”, assinala.

A produtora editorial Bianca Casadei trabalhou com o marido durante um ano, em uma empresa de empréstimos consignados. Ela foi convidada pelo parceiro para ingressar na empresa que ele dirigia, antes de se casarem. Ainda assim, não houve, segundo ela, qualquer problema no que diz respeito à autoridade de cada um. “Encaramos tudo numa boa e ele sempre respeitou minha opinião”, diz, ressalvando que é muito difícil não falar de trabalho em casa. “É normal que as pessoas conversem sobre o seu dia quando chegam em casa”, defende.

O presidente do Conselho Regional de Administração de Minas Gerias (CRA-MG), Gilmar Camargo, é um entusiasta da sociedade entre marido e mulher. “Dá certo sim! Basta separar os ambientes da casa e do trabalho”, garante. Para ele, é essencial que o casal tenha claro quais são as atribuições na empresa, respeitando a decisão tomada pelo outro. “Nada de decidir pelo cônjuge”, aconselha.

Convivência ideal• O trabalho não pode ser o único assunto do casal. Na cama, deve ser proibido e, em casa, em geral, deve ser controlado. • Durante as férias, o casal deve esquecer por alguns dias os compromissos profissionais. Isto só fará bem à família e também aos negócios. • Estabelecer fronteiras claras entre a convivência afetiva e a profissional. Discordâncias no trabalho são normais e devem ser encaradas com franqueza, para não causarem ressentimentos • Observar o comportamento de todos na família. O duplo relacionamento pode afetar os filhos. Crianças percebem desavenças e reagem. Fiquem atentos a rebeldias, dificuldades na escola, tristeza ou introspecção.

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MALAS PRONTAS

Com grande potencial para crescer, o turismo pelas ferrovias do país oferece diversidade de passeios, destinos e paisagens de cair o queixo. Tudo com aquele ar nostálgico do tempo das locomotivas.

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O Serra Verde Express (PR) sbore a Serra do Mar

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de volta, o apito do trem| Rosângela Rezende

Relegado ao segundo plano no transporte de passageiros e cargas, o trem vem adquirindo um novo status no Brasil graças ao turismo. Não é pra menos, pois os roteiros existentes são de encher os olhos e compensam as horas a mais necessárias numa viagem sobre trilhos. Os passeios são um convite à contemplação da natureza, por si só uma bela e compensadora atração. Mas os trens turísticos oferecem também alegria e descontração, paradas em charmosas estações de cidades históricas e até festas regadas a vinho e doces.

Dados da Associação Brasileira dos Operadores de Trens Turísticos e Culturais (ABOTTC) mostram o aumento de 30%, ao ano, no número de passageiros nas mais de 30 linhas existentes no país. Não sem razão. Há trajetos imperdíveis (veja o site www.abottc.com.br e o infográfico), o serviço e a infraestrutura têm melhorado e os empresários demonstram disposição para investir. Só neste ano, está prevista a abertura de outras 15 linhas. “Temos crescido pelo aumento do público e pela criação de novas rotas. É uma atividade que começa a renascer”, afirma o presidente da entidade, Sávio Neves, para quem os trens turísticos têm forte apelo junto às operadoras e valorizam os pacotes turísticos.

Um dos novos roteiros ferroviários que promete atrair muitos visitantes é o que percorre, desde janeiro, os 46 quilômetros da região serrana do Espírito Santo, entre as cidades de Viana e Araguaia. Desativado durante 20 anos para o transporte de passageiros, o trajeto de três horas visita um cenário

com exuberante mata atlântica e cidadezinhas colonizadas por açorianos (Viana), alemães (Domingos Martins) e italianos (Marechal Floriano). Puxado por uma locomotiva norte-americana de 1962, a viagem de um dia no Trem das Montanhas Capixabas custa R$ 86 (adultos) e R$ 53 (crianças).

Para quem quer se aventurar pelas já tradicionais linhas turísticas brasileiras, há opções espalhadas por todo o país. Famoso e belíssimo é o percurso que liga a capital paranaense à cidade mais antiga do Estado, Paranaguá. São cerca de cinco horas de passeio por uma das mais ousadas obras da engenharia mundial, com 14 túneis, 30 pontes e viadutos de grande vão. Destacam-se a ponte São João, com 55 metros de altura, e o Viaduto Carvalho, assentado sobre cinco pilares de alvenaria na encosta da rocha. A passagem por ele provoca a sensação de uma viagem pelo ar, como se o trem estivesse flutuando por um enorme abismo.

Vagões (divididos em classe econômica, turística e executiva) levam mais de 900 passageiros diariamente até a histórica Morretes e, aos domingos, até Paranaguá por um valor a partir de R$ 39,00 – somente a ida, já que é comum o viajante fazer o retorno de van ou de ônibus. A tarifa inclui o serviço de um guia de turismo mostrando os pontos fortes do programa. É aconselhável comprar os bilhetes com antecedência, por causa da enorme procura, e também consultar o serviço meteorológico para escolher um dia de céu claro e sol, que permita aproveitar ao máximo todas as belas imagens que o trajeto oferece.

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Trem dos Imigrantes (SP)Origem: Memorial do Imigrante, no bairro paulistano da Móoca

Destino: Estação Brás, na capital paulistaPercurso: 1 km

Duração: 20 minutosO passeio ferroviário é um dos atrativos do Memorial do

Imigrante e uma perfeita reconstituição de época. Em uma plataforma ambientada em 1900, a Maria Fumaça puxa um carro bagagem e dois de passageiros, todos deste período

e totalmente restaurados.

“ai seu foguista bota fogo na fornalha que eu preciso muita força muita força muita força”

Trem do Vinho (RS) Origem: Bento GonçalvesDestino: Carlos BarbosaPercurso: 23 km Duração: 2 horasEm 17 anos de atividade, o passeio de Maria Fumaça por cidades vinículas da Serra Gaúcha já se tornou um roteiro turístico tradicional na região. Além de belas paisagens, oferece apresentações de música folclórica, ritmos italianos e degustações de vinho.

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Serra Verde Express (PR)Origem: CuritibaDestino: Morretes (diariamente) e Paranaguá (só aos domingos)Percurso: 110 kmDuração: 3 horas até Morretes e 5 até ParanaguáConstruída em 1885 sobre a Serra do Mar, a primeira ferrovia paranaense atravessa a maior área preservada da Mata Atlântica do país.

Foto: Carlos Renato Fernandes

Na trilha

Sobrinho-neto de chefe de estação, o paulista Helton Máximo tem no sangue a paixão pelas rotas ferroviárias. Quando menino, acompanhava o pai pelas ferrovias paulistas, em alguns trechos que nem existem mais. Ele perdeu a conta, mas supõe que sejam mais de cem viagens realizadas. “Se eu pudesse, só viajava de trem”, diz, garantindo que não troca o conforto e a tranquilidade dos vagões pela velocidade dos aviões. “É mais barato, não enfrenta congestionamento, não deixa o passageiro espremido e ainda oferece restaurante para comermos ou tomarmos uma cerveja. É a viagem perfeita”, constata.

O sentimento acabou também invadindo a vida profissional de Máximo. Fotógrafo, há seis anos ele clica tudo o que se relaciona com os trens: ferrovias, estações, vagões, locomotivas, em bom e em mau estado, os trajetos. O resultado vai para a internet, no Orkut ou em seu blog (www.cacadordetrens.com.br), que brevemente se transformará em site e, como almeja, também em uma organização não-governamental. “Me engajei completamente na luta pela preservação dos trens”, diz, autointitulando-se caçador de trens.

Nostálgico, Máximo elege como passeio preferido o curto trecho de 12 quilômetros entre os municípios mineiros de São João Del Rey – onde está o maior centro de preservação da história ferroviária nacional – e Tiradentes, percurso de 40 minutos por fazendas históricas, rios e montanhas. “Além da belíssima paisagem, o trajeto rememora a época em que os trens eram valorizados”, justifica. Esse roteiro é feito por centenárias locomotivas a vapor norte-americanas Baldwins, as únicas de transporte de passageiros com bitola de 76 centímetros ainda em atividade no mundo.

A rotunda, mecanismo pelo qual a locomotiva inverte sua posição na linha férrea e engata-se novamente aos vagões para regressar, é uma manobra bastante apreciada pelos ‘entendidos’ e infelizmente pouco vista pelos turistas convencionais. É realizada rotineiramente pelos maquinistas da Maria Fumaça de Tiradentes, em frente à estação construída em 1881.

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Passeio feito em parte da linha ferroviária inaugurada em 1914 e que por 82 anos atravessou o

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Trem da Vale (MG)

Origem: Ouro Preto

Destino: MarianaPercurso: 18 km Duração: 1 hora

Ao longo da ferrovia revitalizada em 2006, belas paisagens naturais e

arquitetônicas – incluindo as quatro estações restauradas –, passam pelas janelas dos vagões. O mais

disputado é o panorâmico, com estrutura transparente e completa

visualização dos atrativos.

Trem do forró (PE)Origem: Recife

Destino: Cabo de Santo Agostinho

Percurso: 84 km (ida e volta)

Duração: 3 horas de ida e 2 horas de volta

São 20 anos levando turistas para dançar um

autêntico forró nordestino dentro de vagões

adaptados, com bancos nas laterais, e animados por

trios forrozeiros. Só funciona nos finais de semana de

junho, como parte dos festejos de São João.

“ai seu foguista bota fogo na fornalha que eu preciso muita força muita força muita força”

Trem do Corcovado (RJ)Origem: Cosme Velho

Destino: Cume do morro do Corcovado

Percurso: 3,8 kmDuração: 20 minutos

O passeio turístico mais antigo do país, inaugurado em 1884 pelo

imperador Dom Pedro II, revela as principais imagens da cidade

maravilhosa e leva ao mais famoso atrativo brasileiro, o Cristo Redentor.

Foto: Helton Máximo

Pantanal Express (MS)Origem: Campo Grande

Destino: Miranda Percurso: 220 kmDuração: 7 horas

O roteiro turístico de trem pela região pantaneira foi reativado no ano passado, depois

de 14 anos paralisado. Oferece oportunidade única de apreciar uma das faunas mais ricas

do mundo, em meio a rios, morros, cachoeiras e construções antigas.

Foto: Pablo D. Contreras

Pantanal brasileiro levando passageiros até a vizinha Bolívia, o roteiro Pantanal Express liga a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, à cidade de Miranda, passando por Aquidauana. No trajeto, agora de 220 quilômetros, os costumes tipicamente pantaneiros, a cultura indígena, fauna e flora singulares e construções antigas tombadas pelo patrimônio histórico. Revitalizada, a linha oferece vagões modernos, com preço mínimo de R$ 39 para a classe econômica.

Na mais turística das cidades brasileiras, não há quem não se encante com o centenário Trem do Corcovado, que há mais de um século leva turistas ao Cristo Redentor, o famoso cartão postal do Rio de Janeiro. Construída em 1884, a ferrovia é mais antiga do que o próprio monumento. Foi por ela que se transportaram as peças para a edificação da gigantesca imagem. O trem atravessa o Parque Nacional da Tijuca. “É inimaginável ir ao Rio e não andar no Trem do Corcovado. E vale o mesmo para a linha Pindamonhangaba-Campos do Jordão”, observa o presidente da ABOTTC.

Fábio Neves se refere ao tradicional passeio ferroviário de São Paulo, que começa em

Pindamonhangaba, a 551 metros de altitude, com destino a Campos do Jordão, a 1,7 mil metros. A ferrovia, construída em 1914 e desde 1970 dedicada somente ao turismo, avança pela Serra da Mantiqueira em curvas em formato de caracol e estratégicos mirantes para apreciação do cenário. No roteiro, o ponto culminante ferroviário do Brasil, a 1.743 metros de altitude, de onde se pode avistar o Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão.

Outro passeio maravilhoso é cruzar a Serra Gaúcha no trem a vapor que segue pela região da uva e do vinho, por cerca de duas horas. A viagem começa com um brinde na estação de Bento Gonçalves e segue por 23 quilômetros até Garibaldi. Ali, mais um toque da alegria dos gaúchos e imigrantes italianos. Os turistas são recepcionados com festa e podem provar doces típicos que são servidos nesta pausa. Depois, embarcam novamente rumo à cidade Carlos Barbosa, onde mais festa aguarda os passageiros para um fim de passeio inesquecível. A atração é muito procurada e, portanto, reservar lugar nesse trem ([email protected]) é aconselhável.

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CENÁRIO

oásis urbanosParques urbanos, com grandes áreas verdes e opções de lazer, são um privilégio que populações de grandes centros possuem e agradecem frequentando os espaços no dia a dia

O Barigui é o parque que mais recebe visitantes em Curitiba e tem muitas opções de entretenimento

Foto: Cesar Brustolin / SMCS

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Parque bariqui, Curitiba (PR)

Parques e áreas verdes urbanas em geral são como um oásis em meio ao deserto. A comparação pode soar exagerada, mas quem convive com o tráfego intenso, poluição e o barulho ensurdecedor das grandes cidades há de concordar. Importante para a qualidade de vida, estes espaços ao ar livre nunca foram tão valorizados quanto nestes tempos de correria e estresse.

A palavra Barigui, que em tupi-guarani quer dizer “rio do fruto espinhoso”, em Curitiba (PR) dá nome a um dos locais que mais atraem pessoas em busca de diversão, descanso, encontro com amigos, prática esportiva e, claro, uma boa paquera. Estamos falando do Parque Barigui, cravado na região Central da capital.

Até o início dos anos 1970, Curitiba, ainda carente de áreas verdes, incluiu no Plano Diretor da época a construção do parque, que foi inaugurado em 1972. Hoje, com seus 1,4 milhão de metros quadrados, é visitado por frequentadores de todas as classes sociais, e tem como um dos pontos fortes a socialização.

“No início, os curitibanos tinham certa resistência ao local e o frequentavam pouco,” revela Reinaldo Pilotto, assessor técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Ele conta que, para aumentar o fluxo de frequentadores – que chegam a 50 mil nos fins de semana – foi necessário implantar atrativos como aparelhos para ginástica ao ar livre, ciclovia, churrasqueiras, um centro de eventos, um museu do automóvel, os indispensáveis brinquedos infantis e até mesmo uma academia fechada, para uso gratuito.

Mesmo com todas essas opções de entretenimento, a administração evita a organização de muitos eventos por lá. Primeiro, para garantir a preservação ambiental, principal função do parque. Depois, porque o parque, por si só, já é uma atração, uma vez que abriga um lago de 400 mil metros quadrados, formado pela represa do rio Barigui, uma reserva de mata de araucária preservada e várias espécies de animais ameaçados de extinção, como capivaras, cutias e o papagaio-de-peito amarelo.

Em breve, esta indiscutível opção de lazer para os curitibanos e visitantes de outras cidades terá sua área ampliada, com a integração a outros dois parques: Tanguá e Tingui.

Localização: Entre os bairros Champagnat e Cascatinha, entre a BR-277 e a Av. Manoel Ribas. As entradas são pela Av. Cândido Harttaman e pela BR-376. Informações: (41) 3335-2112 www.curitiba.pr.gov.br e www.curitiba-parana.net

| Desireê Antônio Parque Vaca brava, Goiânia (GO)

Manhã de domingo, dia ensolarado. Ótima pedida para a prática de yoga ao ar livre –gratuitamente. Quem for ao Parque Sulivan Silvestre, ou melhor, Vaca Brava, em Goiânia (GO), poderá desfrutar deste e de tantos outros prazeres e, de quebra, apreciar uma das vistas mais bonitas da capital goianense.

Embora tenha sido criado em 1951, em torno do rio de mesmo nome, o Vaca Brava foi construído mesmo em 1996. Conta hoje com uma deslumbrante área verde, que comporta parque infantil, academia de ginástica, pista de cooper e um dos pontos que mais chama a atenção dos visitantes: um chafariz dentro de seu imenso lago. Em seus quase 80 mil metros quadrados, é mantida uma área de preservação de animais – iguana, papa-vento, gavião peneira, quero-quero e gatos – e da flora, com espécies das matas de galeria que nascem próximas aos cursos de rios. São típicos da região o jaborandi e a piriquiteira.

Para garantir a preservação das espécies e o convívio harmônico entre animais e frequentadores, o Vaca Brava desenvolve uma série de ações de educação ambiental, entre as quais a distribuição de material educativo com orientações sobre a inconveniência de se alimentar os animais do parque, e a realização de oficinas para aproveitamento de materiais recicláveis.

Localização: Região Sul de Goiânia Informações: (62) 3524-1117 www.agenciaambiental.go.gov.br

Ações de educação ambiental ajudam a preservar o Vaca Brava, em Goiânia

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Parque do Ibirapuera, São Paulo (SP)

Quem visita o Ibirapuera, um dos parques mais conhecidos do país, e não é morador da capital paulista, costuma sentir um surpreendente desejo de ter um desses perto de casa. Além da localização central e da diversidade de atrações, sua área de 1,5 milhão de metros quadrados é um convite ao relaxamento e à contemplação.

Mas chega a ser uma afronta não calçar um bom tênis e vestir uma roupa fresquinha e reservar boas e saudáveis horas para aproveitar suas pistas de cooper e de corrida, as sete quadras esportivas, as ciclovias e o campo de futebol de saibro.

Como se isso fosse pouco, há ainda viveiros, planetário, escolas de astrofísica e de jardinagem, dois parques infantis e vários espaços culturais temáticos, como os museus de arte contemporânea e moderna e o Museu Afro-Brasil.

Rico em monumentos e edifícios que formam um conjunto arquitetônico de grande valor histórico e cultura para o país, a área do parque abriga o obelisco do Ibirapuera, o Monumento às

Parque do Ibirapuera: área verde na capital paulista

Bandeiras, o Pavilhão Cicillo Matarazzo, que sedia a Bienal de São Paulo, o monumento a Pedro Álvares Cabral, o auditório Ibirapuera e diversos outros itens imperdíveis no roteiro dos visitantes.

Raridade à parte, o Pavilhão Japonês foi construído na mesma época que o parque, só que no Japão. Foi trazido de navio para o Brasil, como um presente daquele país no aniversário de 400 anos de São Paulo. A delicadeza e tranquilidade do local, com seu lago de carpas, sala de chá, plantas e ornamentos tradicionais, lembram um pedacinho do longínquo país, que neste gesto selou a duradoura amizade entre as comunidades brasileira e japonesa.

Com toda essa riqueza, o Ibirapuera foi fundado em 1954, numa área alagadiça da cidade onde se localizava um povoamento indígena nos tempos da colonização – daí a origem do nome em tupi, que significa pau podre.

Localização: Bairro Moema. Informações: (11) 5573-4180 www.parquedoibirapuera.com

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Parque Farroupilha, Porto Alegre (RS)

Se estiver em Porto Alegre e duas pessoas diferentes o convidarem para ir ao Farroupilha e ao Redenção, não se anime acreditando que fará dois passeios. Ambas estão falando de um dos mais visitados pontos turísticos da capital gaúcha: o Parque Farroupilha.

O Farroupilha, ou Redenção, foi criado há 76 anos e está localizado na área central da cidade, com 380 mil metros quadrados. São atrações que não acabam mais: fonte luminosa, orquidário, parque de diversões, roseiral, lago de pedalinhos, cafeteria, venda de antiguidades e artesanato e até um minizoológico, com pavões, gaviões, cará-cará e macacos. Para completar, muita área verde.

Inspirando-se nas culturas de outros países, o parque apresenta os espaços temáticos Recanto Oriental, em estilo japonês, e o Recanto Europeu, com uma fonte francesa e um pergolado romano.

“Uma curiosidade do Farroupilha é que ele é frequentado por várias tribos, como os darks, que vêm aqui para conversar”, conta o administrador do parque, Jorge Pinheiro. Diversidade também presente no conselho gestor do parque, do qual fazem parte membros da comunidade que apontam problemas e sugerem soluções e melhorias.

Localização: Bairro Farroupilha. Informações: (51) 3289-8304 www.portoalegre.rs.gov.br e www.aredencao.com.br

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Rio de Janeiro (RJ)

Se estiver na Cidade Maravilhosa e quiser apreciar um pouco de ar puro, silêncio e temperatura amena, visite o Parque Nacional da Tijuca. Contraditoriamente, a maior floresta urbana do mundo é o menor parque nacional brasileiro, com pouco menos de 40 quilômetros quadrados, em território descontínuo. Nem por isso este pedaço precioso de mata atlântica perde sua importância. Foi declarado Reserva da Biosfera, pela Unesco, em 1991.

Fisicamente, é dividido em quatro setores que incluem alguns dos principais pontos turísticos cariocas, como o Corcovado e a Pedra da Gávea.

A existência de mata fechada, como a Floresta da Tijuca, e de pontos de grande altitude, como a Pedra Bonita, favorecem a prática de esportes de aventura – trekking, voo de asa delta, montanhismo, mountain bike e skate. Além do lazer esportivo e turístico, suas diversas trilhas desvendam grutas, nascentes e cachoeiras e vistas de tirar o fôlego.

A infraestrutura para os visitantes, além das áreas de lazer, é composta de Centro de Visitantes, biblioteca e sanitários. O local também proporciona um clima mais fresco para a região e contribui para a preservação ambiental do bioma Mata Atlântica.

Localização: Região Central do Rio de Janeiro.Informações: (21) 2492-2252 / 2492-2253 www.rio.rj.gov.br/riotur ewww.tijuca-rj.com.br

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PACafé do Lago, no Farroupilha, em Porto Alegre

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ESTILO

ousadia na ponta dos dedosPintar as unhas não é só uma questão de necessidade ou gosto, mas de estilo. O bom é que, hoje em dia, não há limites, regras ou idade certa para a escolha da cor.

| Renata do Amaral

Não é segredo que as brasileiras adoram esmaltes. Não importa a idade, a profissão ou a classe social: unhas pintadas estão sempre em alta por aqui. A novidade é que tons de azul, verde , laranja e outros berrantes e chamativos deixaram de enfeitar somente as mãos das adolescentes, das mulheres mais novas e das mais moderninhas e viraram mania nacional. Forma mais prática e barata de dar uma levantada no visual não existe, garantem as que usam e abusam da cor na ponta dos dedos.

A moda começou quando a Chanel lançou o Jade, um verde clarinho que se esgotou rapidamente e chegou a ser disputado em leilões online. Primeiro, a grife colocou suas modelos usando o tom e, depois do auê formado, partiu para a comercialização. Ser copiada por empresas brasileiras foi um pulo e, desde então, as mulheres ousadas – e mesmo as mais tradicionais – estão fazendo a festa. O novo lançamento da marca promete ser a nova febre. A cor marrom-acinzentado, batizada de Particulière apareceu nas mãos da cantora Lilly Allen e já tem fãs antes mesmo de ser lançada.

A educadora física recifense Iara Leite, 49 anos, está contente com os novos esmaltes: sempre gostou de cores fortes, como azul e verde, mas não encontrava as tonalidades sonhadas e tinha que recorrer a misturinhas

(para o leitor leigo, trata-se de mesclar diferentes cores até obter a tonalidade desejada e exclusiva). “Hoje, essas cores estão facílimas de encontrar. Em qualquer esquina você acha”, afirma.

Louca por unhas bem feitas, Iara passa esmalte desde muito jovem e gosta de inovar. Já usou adesivos e até pintura em degradê para variar. “Na realidade, não ligo muito para as cores da moda, não. Pinto com as que gosto mesmo!”, explica, admitindo que está adorando os novos tons.

Mania online

Para se ter uma ideia do quanto o assunto mobiliza as mulheres, basta checar a audiência do site Mão Feita (http://maofeita.com.br), criado por dez mulheres, de diferentes lugares do Brasil. Prato cheio para quem quer saber mais sobre o assunto, o site já tem mais de mil posts e registro de 2 milhões de visitas. Traz dicas, tendências e até tutoriais em vídeo ensinando truques valiosos. A ideia é levar a “conversinha de salão de beleza” para o mundo online.

Para a cantora paulista Bia Lombardi, de 31 anos, o site é mais do que isso. Roedora de unha compulsiva até os 17

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anos, só começou a recorrer à manicure para fazer as mãos, religiosamente toda semana, depois de entrar para a equipe do Mão Feita. Seus tons favoritos do momento são o azul Pier, o laranja Aleixo (ambos da Impala) e o roxo Noite Quente (Colorama).

Totalmente adepta das novas cores, ela estimula outras pessoas a aderir à mania. “Adoro! Sempre falo pras meninas que leem o blog: saiam da caixa! Inovem! Divirtam-se! Também do Mão Feita, a jornalista Mellanie Hasimoto, de 25 anos, de Manaus, assina embaixo. “Assim como na moda do vestuário, as pessoas podem se expressar nas unhas, que já não são esquecidas pelas grandes marcas. Até lojas de acessórios estão se preocupando com esmaltes”, avisa. “Para usar, basta ter gosto e estilo. Hoje não existe mais restrição de idade para usar um determinado esmalte.”

A redatora publicitária Cristiana Guerra, de 39 anos, blogueira do Hoje Vou Assim (hojevouassim.blogspot.com), é uma viciada em esmaltes. No blog, a mineira mostra os looks que escolhe para ir trabalhar diariamente e registra seu interesse pela cor nas unhas, um hábito que mantém desde a adolescência e sempre com a ajuda de manicure. “Tirar cutícula é um talento!”, brinca, completando: “Estou adorando as novas cores e possibilidades. Acho que a gente deve usar as unhas para descombinar com o look, deixando o visual mais surpreendente. E essas cores surpreendem, porque o habitual é usar tons avermelhados. Cores inusitadas, como o verde bandeira, os azuis e até o amarelo tornam o visual mais divertido. E podem ficar chiques também”.

Sem compromisso

Se é preciso combinar o esmalte com a roupa é sempre uma dúvida. A estudante de design Tamires Pereira, de 22 anos, de Caruaru (PE), aposta que não. “Nada de bijuterias ou roupas no mesmo tom que as unhas. O contraste ou o complemento é que mandam”, sugere. “É muito divertido ver que as meninas estão bem ousadas nesse quesito, muitas por influência das famosas, outras por pura criatividade”, arremata.

Apesar do frisson de agora, os esmaltes chamativos não são exatamente uma novidade absoluta. Já houve épocas em que verde e azul eram encontrados nas lojas, mas o que mudou mesmo foi, como diz Iracema Sydronio, de 28 anos, o fato de as mulheres em geral aceitarem os tons no dia a dia. “Minha dica é: se gostou do tom na pele, adote como seu”, aconselha a blogueira do Mão Feita.

E quem não quer aderir à moda, como fica? “Para seguir tendência, você tem que realmente gostar daquilo, não adianta pintar a unha de zebrinha e, no fundo, achar isso ridículo. Tem que se identificar. Se não gosta, melhor ficar nos clássicos mesmo”, sugere a jornalista Letícia Cardoso, de 24 anos. É assim que a estudante de administração Bruna Siqueira, de 21, também do Recife, se comporta. Ela sempre gostou de esmaltes, mas antes pintava com cores claras. Hoje, prefere as mais escuras e por isso mudou, não por causa da moda.

“Acho que cor clara não aparece muito e gosto que as pessoas vejam que minhas unhas estão bonitas e pintadas!”, ressalta. Mas nem sempre foi assim. Durante dois anos,

Cristiana, fissurada em esmalte, dá a dica: descombinar é o melhor caminho

Foto: Victor Schwaner / Nitro

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não pôde passar nem base nas unhas, pois estudava gastronomia e esmalte era proibido na escola. Acostumada ao discretíssimo Renda (Risqué) – o preferido de quem quer estar com as unhas bem feitas mas sem chamar muita atenção, pois é quase uma base translúcida –, Bruna usou pink fluorescente e adorou. No entanto, prefere reservar esses tons mais chamativos para ocasiões especiais e fica com os tradicionais no dia a dia, como os vermelhos escuros Rebu e Gabriela, ambos da Risqué.

Aposta na variedade

A Big Universo, marca antes pouco conhecida, virou cult por oferecer tons vibrantes, nos quais o destaque vai justamente para o esmalte Jade, que não nega a inspiração em Chanel nem no nome. Além de tons fluorescentes com um ar oitentista, a Big Universo também conta com o Matt Plus, cobertura transparente – ou top coat, como chamam as esmaltólatras – com efeito fosco.

Outro fabricante que vem captando os tons mais desejados é a Impala, que traz cores como azul piscina e verde mar na Linha Acqua e várias opções de rosa, laranja e coral na Linha Balneário.

As marcas mais tradicionais não ficaram de fora. A Colorama criou a Linha Artística, com tons berrantes de laranja cítrico, amarelo sol e verde palmeira, idealizada para ser usada em detalhes e desenhos decorativos (mas usada por muitas para pintar a unha inteira mesmo). Já a Risqué contratou o estilista Reinaldo Lourenço para montar a Linha Arábica, inspirada no universo do café e com tons de verde e cinza.

“As marcas nacionais capricharam nas coleções de verão. São tons que remetem ao frescor da água do mar. Além disso, não podemos esquecer os tons de coral, que também estão com tudo, nem os neons. A ideia aqui é de muita cor, nada de seguir o tradicional”, diz a economista Rozzana Costa, uma das autodenominadas “dondocas” do Mão Feita.

E não só os esmaltes viraram objeto de desejo. Os produtos de cuidados com as unhas também ganharam novas adeptas. Um dos mais queridos é a cera nutritiva para unhas e cutículas da Granado, marca tradicionalíssima que vem apostando em novos

produtos para se renovar. Feita com cera vegetal de cereais, leite de aveia e silicone, promete hidratar e regenerar as cutículas.

Conversinha de salão

VerdeJade (Big Universo)Sereia (Impala)Menta (Risqué)Verde Palmeira (Colorama)

AzulTurquesa (Big Universo)Marina (Impala)Pier (Impala)Azul Hortênsia (Risqué)Azul Royal (Colorama)

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Para fugir do vermelho, faça a diferença com o Verde Palmeira

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HUMOR ATIVISTAMaria Paula, atriz e humorista, voluntária em campanhas da Sociedade Brasileira de Pediatria. Quem ouve as piadas críticas e um tanto sarcásticas da atriz e humorista no programa Casseta & Planeta,

da Rede Globo, mal pode imaginar o lado sério dela. Mãe de Maria Luíza, de 5 anos, e Felipe, que completa dois em junho, Maria Paula participa da campanha Educação Infantil é Cidadania, promovida pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

Lançada no ano passado, a campanha abraça projeto de lei, em tramitação no Senado, que aposta na expansão da rede de creches e pré-escolas gratuitas, em tempo integral, voltada para a população de baixa renda, utilizando recursos do FGTS e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Não é a primeira vez que a humorista se dedica a esse tipo de causa. Ela trabalhou ativamente pela ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses, proposta transformada em lei, válida desde janeiro, que concede às empresas que adotarem o benefício o ressarcimento dos dois meses que vão além dos garantidos pela Constituição, a partir do abatimento dos valores nos impostos.

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Amor e dedicação ao próximo. As ações voluntárias contribuem para melhorar a qualidade de vida das comunidades. Conheça histórias de voluntários que encontraram muito mais do que satisfação pessoal ao doarem parte do seu tempo a pessoas que precisam de carinho e proteção.

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JOGO DE CAMPEÃOBernardo Rocha Rezende, o Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei e da equipe feminina

do Unilever, do Paraná. Os muitos títulos conquistados nas quadras e a emoção com que comanda a Seleção Brasileira não

deixam a mínima dúvida que vôlei é sinônimo de paixão para Bernardinho. Ele também acredita que o esporte é grande fonte de inspiração e motivação para a juventude. Por isso, em 2003, fundou o Instituto Compartilhar.

A instituição, com sede administrativa em Curitiba (PR), atende cerca de 5 mil crianças e adolescentes em diferentes lugares do país, por meio da coordenação de programas de incentivo à prática esportiva e de projetos de orientação educacional e vocacional, fortalecendo a autoestima e o sentimento de cidadania. Para Bernadinho, o maior trunfo que os jovens podem ter é acreditar em si mesmos e o esporte é, pelos tantos exemplos conhecidos, uma forma de levá-los às conquistas.

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CORAÇÃO DE MÃEElba Ramalho, cantora, voluntária da Associação dos Amigos da Infância com Câncer e criadora da

Fundação Bate Coração. Bate Coração é o nome de um dos maiores sucessos da cantora paraibana, mas não estamos falando

da música cujo refrão ninguém esquece. O título da animada canção foi escolhido para batizar a ONG fundada por ela em 2003 e que trabalha com adoção de crianças órfãs. A entidade, que também ampara os menores em ações de educação e saúde, nasceu logo depois que Elba adotou sua filha Maria Clara, de sete anos.

O sustento da ONG, com sede no bairro Botafogo, no Rio de Janeiro, vem, em grande parte, dos cachês de seus shows. Elba não cuida, entretanto, só da entidade que fundou. Ela é madrinha e vice-presidente da Amigos da Infância com Câncer (Amicca), associação instalada também em Botafogo. A Amicca ampara crianças doentes e seus familiares e possui um centro de integração social e de acolhimento. A cantora contribui ainda com outras instituições de auxílio a jovens e adolescentes e com comunidades carentes – Correio Alto, próximo a Trancoso, na Bahia; a Casa Flordeliz, o Educandário Lar de Frei Luiz, ambas no Rio de Janeiro; e o Projeto de Incentivo à Vida, em São Paulo.

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ATUAÇÃO REAL A atriz Malu Mader anda sumida das telas da TV e dos palcos para cuidar de outros projetos

profissionais. Mas em meio à maratona da vida de artista, ela não esquece de colaborar com a Associação Saúde Criança, uma ONG que oferece apoio à famílias de crianças em tratamento no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.

Desde 2003, Malu é madrinha da instituição. Para ajudar, cede sua imagem para divulgação de eventos e de campanhas publicitárias, além de participar da campanha Apadrinhe uma Família, na qual o apoiador contribui com o pagamento de despesas de famílias assistidas pelo programa.

Malu lembra que a entidade, em 18 anos de atuação, conquistou reconhecimento nacional e internacional. Ressalta que pode constatar de perto os resultados do trabalho e diz que acreditar em mudanças é sempre melhor do que não fazer nada, não se envolver.

Outros jovens carentes do Rio também contam com a atenção de Malu Mader. Ela contribui com o Villa Lobinhos, fundação que oferece aulas de música. A atriz é uma das madrinhas da instituição, juntamente com o seu marido, guitarrista Tony Bellotto, do Titãs.

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Antes reduto quase exclusivo das mulheres, brechós investem no público masculino que busca roupas com um ar retrô, originais e de qualidade

Thiago é “piolho” de brechó. Já comprou de roupas a mesa.

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| Camila Nunes

Foi-se o tempo em que os brechós eram sinônimo de lugar onde se vende roupas velhas, usadas, sem graça. Se é difícil acreditar, prepare-se, então, para rever seus conceitos, pois estes espaços passaram a ser frequentados por gente que busca peças de qualidade, originais e, por que não, com um preço bem em conta. Os brechós se tornaram reduto fashion para quem quer fugir da massificação dos padrões estéticos. A grande novidade é que parte dessas lojas, antes com acervo quase que exclusivamente feminino, se abriu também para homens, público que começa a se render ao estilo vintage de se vestir.

O B.Luxo Vintage, brechó paulista localizado nos Jardins, criou há dois meses uma área especial de roupas e acessórios masculinos. Ali é possível encontrar camisetas, camisas, coletes, jaquetas, sapatos, óculos e uma infinidade de artigos que

atraem os homens não só pela variedade, mas pelo estilo próprio. A proprietária, Paula Reboredo, explica que vendia roupas masculinas, mas resolveu separar as seções por falta de espaço e pelo aumento da procura.

Numa comparação entre as vendas para os públicos feminino e masculino, os homens saem perdendo, mas isso não desanima a lojista, mesmo porque o movimento está quase equilibrado. “Aqui, 40% dos clientes são homens. Esta diferença não está restrita apenas aos brechós, mas sim a todo tipo de loja, porque as mulheres têm muito mais paciência para comprar e são mais consumistas”, afirma Paula.

Também o Lispector Couture, localizado na Savassi, região nobre de Belo Horizonte, aposta no guarda-roupa dos homens. Getúlio Amaral, sócio de Victor Charlier no brechó, exalta o completo acervo masculino e diz que os clientes são bastante ligados à moda. Getúlio sempre foi adepto de um vestuário antigo e, por isso, resolveu

Getúlio e Victor, donos do Lispector: a experiência pessoal o levou a criar o negócio

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montar seu próprio negócio. “Comecei pegando as roupas do meu pai. Depois, fui percebendo que as peças de antigamente tinham qualidade e durabilidade incríveis”, lembra.

Dona de um dos mais “moderninhos” brechós da capital mineira, Ana Ester se orgulha de ter uma boa coleção de roupas vintage e algumas peças da década de 1940. Ela explica que, apesar de as mulheres serem as principais frequentadoras do Santíssima, aos poucos o quadro de clientes está mudando. “Os homens ainda não têm muita paciência de f icar garimpando e pesquisando as roupas. Muitos vêm em busca de camisas antigas de times de futebol, mas acabam conhecendo a loja e comprando outras peças”, conta.

Peças com estilo

Este perfil de eventual consumidor não é o do bailarino do grupo de dança Primeiro Ato, Thiago de Oliveira, de 27 anos, que assíduo nos brechós desde os 14 anos. “No início, comprava porque não tinha muito dinheiro e as roupas eram bem mais baratas. Mas depois percebi que as peças têm um estilo que não encontramos em lojas convencionais”, explica. O que era economia virou hábito para Thiago e, pelo menos duas vezes por mês, ele visita as lojas preferidas. Quando viaja, sempre faz questão de conhecer algum brechó local.

“Passo quase uma tarde inteira garimpando peças. Acabo sempre encontrando algo pra mim e também para meus familiares e amigos. Gosto porque as roupas carregam uma história. Se estão no brechó é porque queriam que alguém continuasse usando-as”, acredita Thiago. Já o designer gráfico e DJ Alfredo Souza, de 24 anos, descobriu os brechós há pouco tempo, mas também adotou as lojas com ímpeto. “Passei a frequentar no final de 2008, quando comecei a discotecar. Precisava de novas roupas, estava andando muito largado. Como nunca gostei de coisas comuns, os brechós foram uma ótima escolha. Agora, dou uma olhada pelo menos duas vezes por mês”, revela.

Outro fisgado pelos brechós foi o estilista Virgílio Andrade, de 25 anos. “Comecei a visitá-

los ao iniciar estudos de moda, há quatro anos. Gosto de ter roupas exclusivas, com modelagens mais elaboradas. As outras que uso são da minha própria marca”, diz ele, criador da Duotonee. A paixão pelos brechós é tanta que Virgílio vai às lojas até três vezes por semana. “Sempre encontro algo diferente”, garante, ressaltando que também investe nos bazares de igrejas que mesmo os adeptos de brechó não costumam frequentar e onde é sempre possível comprar peças destacadas e bem em conta.

As passarelas do mundo fashion também demonstram carinho e gratidão pelos brechós. Um dos estilistas da São Paulo Fashion Week, Marcelo Sommer, da grife do Estilista, começou sua carreira de mais de dez anos vendendo suas roupas no Mercado Mundo Mix, em São Paulo, quando era dono da marca que levava seu sobrenome. As peças mesclavam de forma irreverente a moda dos brechós e da alfaiataria clássica com um estilo streetwear, características próprias e essenciais de suas criações e que fizeram, e ainda fazem, o maior sucesso entre os fashionistas.

Memória afetiva

Sommer acha que o charme das roupas vintage está no fato de elas serem mais experimentais, com diferentes modelagens e tecidos nobres. “Visito brechós em busca de inspiração. Minhas coleções sempre vão ter um pouco de nostalgia. Trabalho com memória afetiva, lembro dos vestidos da vovó, dos uniformes da escola”, revela.

Um cuidado que os amantes de brechó têm é se vestir bem sem que pareçam fantasiados com um figurino de época. Nem todos conseguem, mas,

Sapatos fazem sucesso entre os amantes de Brechós

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ensina Sommer, uma dica é misturar o antigo com o atual. “Busque sempre o que te veste bem. Os clássicos são sempre uma boa opção e nunca saem de moda, como as calças de veludo, camisas xadrez, malhas e cardigans. As camisetas também merecem atenção”, observa.

Para sair da mesmice

A vantagem dos brechós já consagrados é que as peças são bem selecionadas e, muitas vezes, compradas em outros países. Porém, a grande característica deste comércio é o fator surpresa. Nunca se sabe o que vai se achar por lá. É preciso sorte e, não se pode negar, muita paciência para encontrar itens diferentes e especiais. Para alguns conhecedores, os brechós de bairro, muitas vezes em ruas escondidas e pouco conhecidas, são os melhores, com oferta de roupas bacanas e com um preço ótimo.

Para o jornalista paulista Chico Felitti, de 23 anos, quanto menos o brechó é conhecido, melhores são os achados. Os preços também pesam na escolha. “Comecei a frequentar brechós em Jundiaí, minha cidade natal. Uma vez, cheguei a comprar um terno por R$0,50”, lembra.

Saiba que a pechincha é uma das características mais marcantes dos estabelecimentos, sejam eles muito ou pouco conhecidos. Não há tabelas e nem regras a serem seguidas em relação a preços. Normalmente, leva-se em conta a marca, se o produto

é nacional ou importado, a modelagem, estampa, idade, qualidade da roupa e também o seu grau de raridade. Para o dono do Lispector, não se pode esquecer que os preços são outro diferencial deste tipo de comércio, mesmo que as peças sejam selecionadas. “Não gosto de colocar preços muito altos nas roupas, para não fugir da cultura do brechó, que é o preço baixo”, explica Getúlio.

De tudo um pouco

Não é só da venda de roupas e acessórios que sobrevive um brechó. Muitos vendem móveis, objetos de decoração, livros, revistas, LP’s, brinquedos e muito mais. “Já comprei uma mesa pra minha casa que em uma loja convencional custaria muito mais caro”, conta o bailarino do Primeiro Ato. No B. Luxo, os objetos são ainda mais variados e é possível encontrar relógios, malas, quadros, fone de ouvido, telefone, gramofone e até mesmo bicicleta.

A dona do brechó afirma que o que diferencia estes objetos dos vendidos em antiquários é que eles não são baseados no valor, mas sim no ar mais moderno que as peças imprimem. Paula e o marido Gil França – que tocam juntos o negócio – é que escolhem o que ser vendido. “Procuramos coisas antigas, mas que tenham uma cara mais atual. Compramos o que gostamos, o que nos agrada. Não vendemos nada que seja mais ou menos”, garante.

No B. Luxo, em São Paulo, objetos variados além de roupas.

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FINANÇAS

de grão em grão...Pequenos investidores descobrem o mercado de ações que os recebe de braços abertos

A comerciante paulista Cristiane Sternberg e a pediatra mineira Margareth Costa têm algo em comum. Animadas pelo equilíbrio da política econômica, queda dos juros e aumento da renda e do nível de emprego no país, as duas compõem um mosaico que ajuda a definir o retrato do brasileiro na era da estabilidade: um cidadão com acesso ao crédito e que, de olho no desempenho do mercado de capitais, é arrojado na hora de investir.

| Júlia Salvador

Cristiane e Margareth fazem parte de um grupo cada vez maior de pessoas que têm a preocupação de economizar e de aplicar as sobras do orçamento em investimentos rentáveis de médio e longo prazos. No ano passado, o número de pessoas físicas que aplicou na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) bateu recorde histórico. Foram 552.364 investidores, que responderam por mais de 30% dos negócios diários. Com este resultado, as

André, de 13 anos, acompanha os investimentos feitos pela mãe Cristiane e faz planos para gastar no futuro

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pessoas físicas passaram a ocupar a segunda colocação na Bovespa, atrás apenas dos investidores estrangeiros.

A estabilidade econômica e uma série de iniciativas da Bolsa de Valores de São Paulo, apostando exatamente no interesse de pessoas físicas, acabaram popularizando o mercado de capitais no Brasil. Quem pegou essa onda não deve ter motivo para arrependimento: em 2009, a Bolsa brasileira registrou ganhos de 82,66% em reais e de 145% em dólares, segundo a consultoria Economática.

Preocupada em garantir tranquilidade ao futuro profissional do filho André, de 13 anos, Cristiane já aplicava em previdência privada e em fundo de investimentos de renda fixa. Há cerca de um ano, resolveu aderir a um fundo de investimentos de renda variável voltado para crianças, o Vida Feliz, da Corretora Spinelli, de São Paulo. “Acho que dá mais retorno. O rendimento é muito maior do que o da poupança e o dos fundos de renda fixa”, sustenta.

André acompanha de perto os passos de Cristiane. “Gosto de ver o movimento da Bolsa de Valores, porque os investimentos feitos pela minha mãe podem decidir meu futuro”, diz o adolescente precoce. Todos os dias, depois do almoço, ele consulta o desempenho da Bovespa pela internet e acompanha as notícias pela televisão. E ainda ensina que nem sempre a queda dos números da Bovespa pela manhã afeta o resultado do fim do dia. André revela os planos que tem para o dinheiro aplicado: pretende pagar a faculdade, comprar um carro ou uma casa.

A ideia de fundos como o Vida Feliz é estimular os pais a fazerem uma reserva para os filhos com depósitos mensais que não pesam tanto no bolso. “Vinte anos depois, o investimento pode garantir a realização de um intercâmbio ou a pós-graduação. É muito melhor do que abrir uma conta na poupança”, afirma Manuel Lois, diretor da Spinelli. Para ele, o brasileiro está mais ousado na hora de investir e também ao criar opções de investimentos.

Lois explica que a estabilidade ajudou a economia do país a se fortalecer, provocou a queda das taxas de juros, reduziu a remuneração dos investimentos em renda fixa e, juntos, esses fatores estão alimentando o apetite dos pequenos investidores pelo mercado de renda variável. As perspectivas de bons rendimentos é que levaram Margareth Costa a vender um pequeno apartamento e aplicar o dinheiro na Bolsa. “Não sou uma pessoa que tem muitos bens, porque ajudo minha família, mas sou econômica por natureza”, observa a pediatra. Para reduzir os riscos do investimento, ela escolheu papéis mais seguros, menos voláteis. “Me preocupo com a minha velhice”, justifica.

Há razões de sobra para esse movimento dos pequenos aplicadores. No ano passado, a Bovespa se recuperou de uma queda brutal ocorrida nos meses mais turbulentos da crise econômica global. No período mais crítico, a Bolsa caiu de 73 mil pontos para 29 mil pontos, mas acabou encerrando o ano passado na casa dos 68,6 mil pontos. Foi

uma vitória e tanto, acredita Lois. Segundo a Bovespa, quase 500 clubes de investimento foram criados em São Paulo, entre janeiro e dezembro de 2009. Já são quase 3 mil no país, com um patrimônio de mais de R$ 13 bilhões e 140 mil cotistas.

A adesão crescente desses novos investidores é percebida também por outro número. A ferramenta-símbolo da participação do pequeno investidor na Bovespa, o home broker, cresceu 42% no ano passado. O home broker é uma plataforma da internet que permite a colocação de ordens de compra e venda de ações virtualmente, mas para acessá-la é preciso ser cliente de uma corretora.

Se as oportunidades se multiplicam para os investidores, o mesmo vale dizer para as corretoras, de olho nos investidores em renda variável e na necessidade de prepará-los para lidar com a Bolsa. Foi o que levou o economista Roberto Ferrari a se associar a outros três profissionais da área para criar, em fevereiro, a mineira Vermont, corretora afiliada à carioca XP. “Esse é um mercado que cresce bastante, mas ainda é muito pequeno no Brasil. As oportunidades são grandes”, avalia.

Segundo Ferrari, só 1% das pessoas físicas no país – 2 milhões de pessoas – investe na Bolsa de Valores, direta ou indiretamente. No México, só para comparar, essa proporção é de 5%. “Quando chegarmos a 5% no Brasil, serão 10 milhões de investidores. É um mercado enorme”, calcula. A estratégia da Vermont para conquistar clientes é a realização de cursos especializados no mercado de capitais. “Muita gente tem vontade de aplicar na Bolsa, mas, ao mesmo tempo, tem medo do mercado de renda variável. Sozinhas, as pessoas se sentem desamparadas”, afirma.

Diretor da corretora Mundinvest, de Belo Horizonte, João Lanz acredita que, nos próximos anos, as perspectivas de crescimento da economia brasileira são muito boas, tendo em vista os investimentos em infraestrutura e a realização de eventos no país, como as Olimpíadas de 2016 a Copa do Mundo, em 2014. E isso fortalece não só a capacidade de poupança como o próprio mercado de capitais no país.

Ferrari percebeu a oportunidade criada por investidores emergentes e aposta em cursos específicos

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| Roberto Ângelo

Os irmãos Lumière, em 1895, deixaram os parisienses estupefatos com a exibição daquele que seria um dos primeiros filmes da história do cinema. No curta metragem Chegada do Trem à Estação, os espectadores incautos ficaram abismados com a visão de uma imensa locomotiva que se aproximava deles, quase saindo da tela. Assustados, muitos correram. Mais de um século depois, os filmes impressionam como nunca pela sensação de realidade, provocada pela tecnologia que abusa de formas e cores e que decreta a era da exibição em 3D.

em outra dimensãoO cinema em 3D ganha força depois de Avatar e, vedete de 2010, promete espetáculos de encher os olhos para quem gosta de aventura, emoção e muita tecnologia

ESPETÁCULO

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Apesar do estrondoso sucesso de Avatar, de James Cameron, o cinema 3D não é um novo conceito. Desde os anos de 1950, os estúdios tentavam resgatar a atenção do público (em parte perdido pelo surgimento da TV) com artifícios tecnológicos exclusivos das salas de cinema. Porém, a tecnologia era incapaz de provocar no espectador a real sensação de imersão na telona: imagens formadas por duas camadas sobrepostas de cores, vistas a partir dos óculos de lentes vermelha e azul, eram uma diversão que dava algum efeito de profundidade, ainda que, em muitos, só provocasse náuseas e dores de cabeça.

O 3D de agora, digital, utiliza dois projetores para reproduzir a imagem na tela, mas ainda não dispensa os óculos, pretos, necessários para polarizar as imagens e produzir o efeito tridimensional. Além disso, o avanço da computação gráfica permitiu o pulo da tecnologia. Filmes de animação digital como Up, de Pete Docter, e Tá Chovendo Hambúrguer, de Phil Lord e Chris Miller, comprovaram que o público estava pronto e ávido pela novidade. Avatar acabou confirmando a tendência.

Com as portas escancaradas para a tecnologia 3D, 2010 terá uma avalanche de filmes. Alice no país das Maravilhas, de Tim Burton, e Toy Story 3, de Lee Unkrich, ambos da

Disney, estão entre as grandes apostas. O jornalista e professor de cinema Nísio Teixeira, da Universidade Federal de Sergipe, faz algumas ressalvas quanto ao formato, pois avalia que o caminho natural é a migração da tecnologia para outras mídias. “Se o objetivo é buscar maior interação com a plateia, creio que a experiência com o cinema é um grande laboratório para a sofisticação dos videogames que, por natureza, têm narrativas e roteiros mais abertos a essa intervenção do público”, afirma.

Teixeira também atenta para o modelo que está se impondo ao 3D. “Me preocupa se o cinema se reduzir ao deslumbramento técnico. Muito do que chamamos hoje de filmes de ficção científica B, cheios de ‘defeitos especiais’, deriva deste namoro momentâneo e espontâneo com as massas, sendo ridicularizado anos depois”, pondera.

A diretora Clarissa Campolina, umas das fundadoras da produtora Teia, admite o grande impacto causado pelo 3D, mas afirma que a permanência da tecnologia está atrelada ao uso que se fará dela. “Se for usada para servir aos filmes como experiência estética, e não apenas para servir o mercado, poderá perdurar como ferramenta de criação”. Diretora premiada pelo curta-metragem Trecho (2006), Clarissa, que trabalha na distribuição de seu primeiro longa-metragem, Girimunho, acredita que as produções em 3D têm a difícil missão de combinar liberdade de criação com retorno financeiro. “Essa equação não é simples. O custo de produção e de exibição é ainda mais elevado. Quanto maior esses custos, mais o mercado exige que o filme seja vendável”, conclui.

Lucro certo

Os filmes em 3D são a razão da alegria dos exibidores, que têm tido grande retorno com a tecnologia, sem sofrerem com o preço mais caro dos ingressos. Diretor da rede de cinemas Embracine, Cássio Rocha aposta nos lançamentos em 3D e diz que o aumento no número de exibições acontecerá a partir do momento em que os cinemas forem substituindo os projetores de filmes em rolo pelos digitais. “As ofertas de filmes em 3D vão crescer muito. Estão previstos entre 15 e 20 novos títulos, na maioria infantis”, assinala.

Para Rocha, os filmes em 3D não rivalizam com os DVDs e, apesar de todo o sucesso, não têm a função de atrair o público que prefere assistir filmes em casa. “Em nenhum outro país do mundo os DVDs diminuíram o público do cinema. Precisamos sim é de cinemas melhores”, ressalta.

Levantamento do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Rio de Janeiro aponta um crescimento incrível no número de salas equipadas para exibição em 3D. No início de 2009, o Brasil contava com 23 salas de projeção digital em 3D. Em janeiro, já eram 101 espalhadas pelo país.

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ONLINE

pra não perder a poseAprenda a armazenar corretamente suas fotos e evite o desgosto de ficar sem as imagens daquele passeio, dos amigos e dos filhos

A máquina digital facilitou bastante a vida de quem adora fotografar. Há muito o ritual de comprar o filme, selecionar bem o que seria “imortalizado” e esperar ansiosamente pela revelação das imagens faz parte do passado. Hoje, o bom mesmo é tirar centenas de fotos numa mesma ocasião e não se preocupar. Se algo saiu errado, tudo bem, é só olhar no visor da máquina, apagar o que não gostou, dar um novo click e, depois, descarregar no computador. Mas atenção, não é tudo tão simples assim, pelo menos na hora de armazenar o precioso arquivo.

A turismóloga Carla Cruz, de Belo Horizonte, precisou perder as suas fotos duas vezes para, então, encontrar uma solução para que o problema não se repetisse. “Agora, faço o backup todo ano e armazeno tudo em DVD’s”, conta. Mas a lição veio a duras

penas. “Na primeira vez que perdi todos os arquivos, meu computador foi contaminado por um vírus e teve que ser formatado. Na outra, houve uma queda de energia, o HD da máquina queimou e não consegui recuperar nada”. Apaixonada por fotos, Carla leva sua máquina por todos os lugares aonde vai.

Nem mesmo os profissionais, se não ficarem muito atentos, estarão livres do drama vivido por Carla. A fotógrafa Cláudia Regina, de Curitiba, quase perdeu seus arquivos quando o computador estragou. “Um técnico conseguiu resolver, mas meu erro foi não fazer o backup. Agora, faço regularmente”. Claudia Regina recomenda cópias de segurança toda vez que

novas fotos forem

| Camila Nunes

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armazenadas e avisa que “não adianta ter apenas uma forma de backup, o ideal é ter pelo menos duas”.

Segundo o fotógrafo e coordenador do curso de fotografia da Escola de Imagem, de Belo Horizonte, Raphael Fraga, o grande problema dos usuários domésticos é exatamente não fazer cópia de segurança. “Pode ser no HD do computador, em algum CD ou DVD ou mesmo em um HD externo”. Fraga dá outra dica essencial. “A melhor conduta é, assim que chegar em casa, descarregar as fotos no computador, conferir se está tudo certo e apagá-las do cartão de memória.”.

Fraga chama a atenção para outro detalhe. “As pessoas investem em boas câmeras, mas acabam se esquecendo do cartão de memória. Ele não deve ser motivo para economizar na hora da compra, já que tem a nobre função de armazenar as fotos quando estão na câmera. Quanto maior a sua capacidade, melhor”, diz, destacando: “Nada de deixá-lo solto por aí”.

Ajuda na internet

O jornalista Alexandre Marino, de Brasília, é um desses fotógrafos amadores raros, pois segue estes cuidados à risca. “Gosto muito de fotografia e sempre estou tentando aprender alguma nova técnica. Todas as vezes que fotografo, transfiro as imagens para o computador e, a cada seis meses, faço o backup em CD, DVD ou HD externo”, conta. Talvez poucos saibam, mas as imagens em CDs e DVDs podem se perder com o tempo.

Extremamente organizado, Marino também digitalizou a maior parte dos antigos negativos de sua coleção de fotos e, a partir daí, os arquivos passam pelos mesmos critérios de armazenamento e manutenção. Outra forma de proteger o acervo, recomenda o fotógrafo Henrique Ribas, é adotar sites e programas de armazenamento e organização da internet, como o Flickr (www.flickr.com), o mais popular de todos.

Além de servir como instrumento de backup, nele é possível gerenciar e compartilhar as imagens. O uso

é gratuito para o armazenamento de até 200 fotos. Com uma taxa anual de R$50,00, não

há limite. Outra opção é o Picasa (www.picasa.google.com.br), programa

que pode ser instalado g r a t u i t a m e n t e n o

computador. Além de gerenciar e compartilhar as imagens, permite a edição das fotos e a criação de filmes, montagens e apresentações em slides. “Para mim, o mais importante é o foco na

Alternativas de backup

CD e DVD Vantagens: A maioria dos computadores tem gravadores de CD e DVD. São mídias baratas e de fácil acesso. Desvantagens: Não duram para sempre. O problema não é só a durabilidade física, mas sim a evolução das novas tecnologias. Hoje os leitores de disquetes são raros, futuramente o mesmo pode acontecer com os CD’s. Para aumentar a vida útil dos CD's e DVD's, lembre-se de guardá-los em caixas individuais ou em cases, etiquetados e nomeados, e de mantê-los sempre longe do calor e da umidade.

HD ExternoVantagens: É uma mídia bastante confiável, já que seu disco dificilmente deteriora. Pode ser levado para qualquer lugar. Também é possível programá-lo para fazer o backup automaticamente quando o HD do computador for atualizado. Desvantagens: O equipamento custa mais caro e requer máxima atenção para evitar quedas, descargas de energia elétrica e outros tipos de acidentes.

HD OnlineVantagens: Existem serviços gratuitos e com diversos recursos. Só dependem de um computador com acesso à internet para serem usados. Desvantagens: Tudo depende da empresa que faz este armazenamento, da sua confiabilidade, segurança na web e estabilidade. Use o HD online como mais um item de backup e não o único.

Flickr e PicasaVantagens: O Flickr é um álbum de visualização online. O Picasa armazena e gerencia suas fotos, que podem ou não ser exportadas para sites. No Flickr, lembre-se de manter sua conta como privada, para que só você tenha acesso às fotos. Desvantagens: O modo gratuito do Flickr é para uso limitado e você apenas o acessa se estiver conectado à internet (não é o caso do Picasa). Os programas não armazenam arquivos em RAW ou PSD.

organização, independentemente de ser no HD, no CD ou em programas da internet. Separo tudo por pastas e por ordem cronológica. Coloco a data e o nome do local onde as fotos foram feitas. Assim fica fácil na hora que eu precisar buscar determinada imagem”, explica Ribas.

Além de CD e DVDs, muitas pessoas guardam arquivos no pendrive, que não é uma ferramenta de armazenamento, mas sim de transporte de arquivos de um computador para outro, alerta Ribas. “Por ser pequeno e o levarmos de um lado para o outro, dentro da mochila ou da bolsa, o risco de perdê-lo é grande. Sem contar os casos de danos no conteúdo, caso haja um problema no transporte ou mesmo no computador na hora do uso”, salienta o fotógrafo.

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CARREIRA

Com cenário positivo para a economia brasileira, a qualquer momento um headhunter pode cruzar o seu caminho e você deve estar preparado

O engenheiro Fábio Blank estuda para concurso da Receita Federal. Com carreira bem definida, já foi “pescado” por um headhunter

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na mira dos caça-talentos| Uilson Paiva

Duas notícias animadoras e uma dica para quem pretende um novo emprego este ano. Primeiro, as boas notícias: os especialistas apostam que a retomada dos investimentos e o cenário econômico positivo para o Brasil farão surgir muitas vagas no mercado de trabalho. Mais do que isso: pesquisas recentes, como a realizada pela consultoria empresarial Empreenda, em parceria com a HSM, especializada em educação executiva, mostram que faltarão candidatos em quantidade e qualidade suficientes para preencher todas as vagas. Numa perspectiva como essa, a dica é ficar atento a uma maneira pouco convencional e ainda desconhecida da maioria das pessoas: a ação dos headhunters, os chamados “caça-talentos”.

Em geral associados às buscas por cargos executivos de salário mais alto, eles têm diversificado a atuação e hoje não é raro procurarem por profissionais que possam ocupar vagas de nível médio. Uma particularidade importante, porém, é que normalmente não é você quem sai atrás de um headhunter, é ele quem te encontra. Mas nem sempre é assim, essa ordem não é necessariamente uma regra. “O headhunter é um profissional especializado em localizar talentos específicos e é natural que, quanto maior o escalão da vaga, mais específico e difícil seja achar no mercado o perfil daquele que ocupará a posição. Mas eu mesmo já trabalhei com vagas consideradas hierarquicamente baixas”, explica o caça-talentos Caio Mello de Abreu, especialista em Gestão e em Administração de Empresas.

A confusão, em geral, se estabelece com os chamados serviços de Outplacement, que ajudam candidatos a se tornar mais competitivos ou, como se diz no jargão do mercado, “a aumentar sua empregabilidade”. Esses serviços, sim, são contratados pelos candidatos, mas não são garantia de que o desejado emprego virá. O engenheiro eletrônico Flavio Blank, de 39 anos, de Porto Alegre (RS), passou pelas duas experiências. Em 2003, quando trabalhava

em uma empresa do setor de automação, foi contatado por um headhunter, que lhe sondou para uma vaga na gigante de computadores Dell.

“O contato inicial foi breve e discreto. E isso eles sabem fazer, pois eu estava empregado na época. A entrevista num horário conveniente, após o trabalho, num local confortável. E pude obter as informações básicas sobre a empresa, para que eu tomasse a decisão de continuar no processo seletivo”, conta Flávio. Depois de 40 dias de testes e novas entrevistas, obteve a vaga de engenheiro de qualidade. Cinco anos depois, quando ficou desempregado, ele contratou uma empresa de Outplacement, para ajudá-lo na prospecção de mercado. Pagou R$ 2 mil por um ano e ficou satisfeito com o resultado. “Eles fizeram uma avaliação psicológica, uma série de testes, entrevistas e, depois, me direcionaram para uma lista de consultores de RH que trabalham em rede”, lembra. No fim do processo, conseguiu emprego na multinacional ScanCom, que fabrica móveis de madeira.

Perfil desejado

Com a perspectiva de retomada da geração de empregos no Brasil, em 2010, os especialistas garantem que se sobressairão candidatos com algumas características em comum. O professor Laerte Leite Cordeiro, experiente headhunter e mestre em Gestão Estratégica de Pessoas, dá uma pista desse perfil. “Hoje eu apresentaria, em primeiro lugar, um profissional com ótimo português, fluente em inglês, atualizado em relação ao que acontece no mundo, que seja bom ao lidar com gente, com escolaridade em nível de MBA, e com conhecimento em tecnologia da informação e preocupado com os problemas sociais e ambientais”, diz. Caio Abreu completa: “É também preciso habilidade para lidar com outras culturas e ter flexibilidade para se adaptar aos mais diferentes tipos de demandas que irão surgir.”

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Para encontrar o candidato ideal, a rotina de um caça-talentos inclui a leitura diária de dezenas de e-mails com currículos (para vagas ativas ou apenas para banco de dados, mas todos necessitando de triagem), pedidos de clientes, ligações de pessoas se apresentando, telefonemas para potenciais candidatos e, finalmente, entrevistas com os selecionados. Para conhecer ótimos profissionais, já que pessoas são a matéria-prima do trabalho, eles contam com equipes que observam os destaques no mercado de trabalho por meio de notícias na imprensa, premiações ou por indicação de outros profissionais que os headhunters já conhecem. “É preciso carreira profissional de alguns anos para ganhar uma visão de diferentes culturas organizacionais, mas não é preciso ser egresso da área de recursos humanos para ser um headhunter”, afirma Cordeiro. “É necessário, sim, ter uma network (rede) de relacionamento muito especial.”

Analista de mercado, de uma indústria brasileira de alimentos que passa por um processo de fusão, provocando nos funcionários certa insegurança, a paulista Vera (o nome foi trocado), de 35 anos, tem conversado com diversos headhunters nas últimas semanas, em busca de novas oportunidades. O primeiro contato ocorreu

por indicação de um colega de outra empresa. Em pouco tempo, se relacionava simultaneamente com três destes profissionais. “No meu caso, pesa a favor o fato de estar trabalhando em uma grande empresa, o que me dá cacife para negociar oportunidades ainda melhores”, diz.

Auto-conhecimento

Um dos headhunters mais famosos do Brasil, o consultor Robert Wong, autor dos best sellers “O sucesso está no equilíbrio” e “Superdicas para conquistar um ótimo emprego”, dá uma pista para quem quer encontrar o sucesso no mercado de trabalho em 2010. “O grande conhecimento hoje é o autoconhecimento, saber sua aptidão, ouvir o chamado da voz interior”, afirma. “Quem descobrir isso encontrará a principal característica que o mundo atual exige, a autoconfiança, e, aí, sai da frente, o universo vai conspirar a favor do seu sucesso”. Wong destaca, no entanto, que essa busca não tem fórmula única, o evento desencadeador pode ser uma ideia que surge de repente, uma situação traumática (uma demissão inesperada, por exemplo), uma viagem, um retiro espiritual. “Não existe um caminho, existe o seu caminho”, assegura.

Robert Wong, autor de best sellers: a fórmula do sucesso é o autoconhecimento e a autoconfiança Para entender a diferença

HeadhuntersSão os profissionais caça-talentos que

atuam no mercado de trabalho contratados por empresas, para identificar e indicar profissionais com perfis específicos para preencher determinados cargos ou funções. O trabalho do headhunter é sempre pago pela empresa e nunca pelo candidato.

OutplacementÉ um serviço de orientação profissional e

balanço da carreira, oferecido a candidatos. O trabalho, em geral, consiste na revisão dos objetivos pessoais e profissionais e definição da área desejada de atuação, em um novo emprego ou um negócio próprio. Dentre outros serviços, a consultoria de recolocação auxilia o profissional a desenvolver a sua rede de contatos e de relacionamentos e o incentiva a buscar aperfeiçoamento e desenvolvimento contínuo. O serviço é pago pelo candidato.

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tudo para o cliente

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Novas contratações são feitas pela MRV, ampliando quadro de atendentes que recebem inúmeros pedidos de informação e dão retorno com eficiência

Se é importante ser bem assistido na hora de comprar roupas, sapatos e coisas do gênero, imagine quando se trata de adquirir a casa própria. A arquiteta Elenice Sabino de Azevedo sabe quanto vale um bom atendimento nessa ocasião especial e tem razões de sobra para exigir informações precisas, seguras e rápidas. Proprietária de duas casas da MRV, ela se vale dos serviços voltados para os clientes da construtora para se manter atualizada sobre as novidades das obras ou mesmo para resolver questões burocráticas.

Em Belo Horizonte, o relacionamento de Elenice com a MRV começou em 2004. Atraída pelas condições de negociação que a empresa oferecia, adquiriu uma casa – que acabou vendendo – no Village das Orquídeas, no bairro Castelo. Em 2005, não teve dúvidas sobre o investimento e comprou novo imóvel, no Village Vivere, no bairro Buritis, onde mora desde 2008. A terceira aquisição foi no Spázio Solei, também no Buritis, apartamento de sua filha Elena.

Conhecedora do ramo imobiliário por força da profissão, Elenice ressalta que é uma grande vantagem ter à disposição um bom setor de atendimento ao cliente, pois o comprador se sente seguro da negociação ao longo de todo o processo. Segundo ela, todas as vezes que precisou do serviço de relacionamento da empresa, ficou satisfeita. “Quando as respostas demoraram um pouco mais, eu sabia que o problema não era da construtora, tinha a ver com órgãos de fora da empresa. Tinha certeza que as informações eram monitoradas”, assinala.

Garantia do melhor

Para que pessoas como Elenice se sintam tranquilas em relação ao passo que estão dando, o Departamento de Relacionamento com Clientes da MRV mantém canais permanentes de comunicação entre os compradores e a construtora. A atenção prestada pelo Departamento começa quando o cliente fecha o negócio, permanece durante as obras e prossegue após a entrega das chaves e a quitação do imóvel.

“Somos o porta-voz do cliente na MRV”, assinala o gestor executivo do Departamento, Flávio Vidal, completando: “Toda a estrutura do setor foi pensada para facilitar a vida dos compradores”. O bom atendimento faz parte da cultura da MRV, ressalta o executivo, o que significa trabalhar com agilidade em todo o processo, possibilitando comodidade aos compradores. “Isso é tão importante quanto construir imóveis de qualidade”, diz.

O Departamento de Relacionamento com Clientes recebe diariamente, inúmeras ligações e mensagens, que trazem desde elogios e reclamações até pedidos muito específicos sobre o imóvel. Para manter e aprimorar os serviços, a MRV faz constantes investimentos em tecnologia e em pessoal. Na área, trabalham 45 profissionais que, juntos com outros 38 prestadores de serviço, recebem capacitação especial, para o desenvolvimento de técnicas de abordagem e de relacionamento com o público. São realizados também cursos de reciclagem e de atualização com frequência. A

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qualidade do serviço é monitorada, por meio do levantamento do retorno dado pelo cliente.

De acordo com Vidal, a procura pelos produtos da empresa, – a maior plataforma de imóveis econômicos do Brasil, – aumentou muito e, para fazer frente a esse crescimento, o Departamento será ampliado ainda em 2010. Serão contratados pelo menos 25 novos colaboradores, além de que a capacidade de atendimento do prestador de serviços será dobrada. Para melhorar a eficiência e a qualidade da gestão da empresa foram instalados dois dos melhores sistemas de gestão integrada disponíveis no mercado, que permitem administrar todas as áreas da empresa, inclusive as demandas dos clientes. Esses sistemas contêm, por exemplo, o cadastro do histórico de solicitações do proprietário do imóvel, auxiliando o atendente a compreender melhor as demandas feitas.

Diferentes meios

Existem maneiras diferentes de comprador e empresa ficarem “ligados”. Os contatos podem ser feitos pelo telefone (31) 4005-1313, cujo funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 8h às 20h30, e sábado, das 8h às 14h00; e pela internet, online, acessando o Portal de Relacionamento (www.mrv.com.br/relacionamento), no qual o proprietário do imóvel possui uma área restrita e personalizada.

O funcionamento do atendimento pelo Portal é simples, mas extremamente focado nas necessidades dos clientes: quando o processo de aquisição do imóvel é concluído, o proprietário recebe um login e senha para acesso a serviços diversos, como negociação de

financiamento, consulta de saldo devedor e acompanhamento das obras – que pode ser feito por fotos, sistematicamente postadas, ou por visitas agendadas ao local da construção –, emissão de segunda via de boletos, solicitação de serviços etc.

Além do atendimento por telefone e pelo Portal, o Departamento aposta em outras formas de contato com seus clientes: o Fale Conosco, presente no site da empresa, uma newsletter eletrônica bimestral e um blog (http://relacionamentomrv.wordpress.com/) – espaço vitual de troca de informações do setor com os clientes, lançado em dezembro passado.

Segundo Lisieux Viegas, gestora do Departamento, o blog recebe uma média de 700 acessos por dia e traduz um esforço da construtora em interagir com os atuais clientes e também futuros compradores dos imóveis da MRV. Ela lembra que a construtora trabalha para conhecer muito de perto seus clientes e, por isso, também investe em pesquisas de satisfação, levantando suas necessidades e anseios.

A assistente de relacionamento com o cliente, Tatiane Gomes, lembra que todo o trabalho é orientado para que as demandas sejam atendidas o mais rapidamente possível. Há um ano e meio na empresa, ela desempenhou várias funções no setor até integrar o Núcleo Interno de Apoio ao Cliente (Niac), responsável por monitorar o andamento dos pedidos. Para lidar com os clientes e também cobrar dos colegas as respostas às solicitações, Tatiane diz que é preciso muito jogo de cintura. “Tem que ter muito equilíbrio. A recompensa vem quando damos retorno ao cliente e ele fica satisfeito”, conclui.

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Elenice é cliente desde 2004

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quem indica,

amigo éPrêmio de R$ 400 beneficia clientes que confiam na construtora e estimula venda de imóveis

A amizade fala mais alto quando indicamos a um amigo algo que gostamos ou confiamos. Mas nada de errado se a dica render uma recompensa além da satisfação do amigo, não? Desde quando começou a atuar no mercado, a MRV conta com o Indicação Premiada, um programa que consiste no pagamento de um bônus para clientes que apontam amigos ou familiares que também fecham negócio com a construtora.

Para ganhar o bônus, a indicação tem que ser feita exclusivamente por proprietários de imóveis – os que ainda estão pagando o apartamento ou casa e os que já quitaram o bem.

O valor do prêmio, de R$ 400,00, é transferido para o cliente como desconto nas prestações do imóvel ou em dinheiro, caso o apartamento já esteja completamente pago. Segundo o gestor executivo de marketing da MRV, Rodrigo Resende, a bonificação é uma maneira de recompensar os clientes pela confiança na empresa. “Além de ser um dos programas mais antigos da construtora, o Indicação Premiada responde por 10% das vendas”, explica.

Proprietária de um apartamento da MRV em Belo Horizonte, a dona de casa Edinalva Ferreira foi beneficiada

pelo Indicação Premiada. “Um grande amigo visitou meu apartamento e ficou encantado com a construção. Indiquei a MRV e ele encontrou o apartamento que procurava”, lembra Edinalva, que recebeu o prêmio em dinheiro e aprovou o modelo de bonificação. “Foi ótimo! Este dinheiro veio em boa hora. Assim que tiver mais alguém interessado, eu vou indicar”, assinala.

A técnica em enfermagem Silvia Perassoli há um ano adquiriu seu apartamento no residencial Spazio Resplendor, em Ribeirão Preto, e indicou a duas amigas imóveis da MRV. “Meu marido e eu compramos o apartamento na planta. Minhas amigas demonstraram interesse, confiaram no projeto e conseguiram comprar seus apartamentos no mesmo empreendimento que o nosso”, conta. Sílvia lembra que recebeu o depósito na conta corrente. “Fiquei muito contente e minhas amigas também estão muito felizes com as novas casas”.

A indicação no programa funciona sem burocracias. Pode ser feita por meio do portal MRV na internet, do telefone ou pessoalmente, nas centrais de vendas. Para mais informações visite www.mrv.com.br.

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Correndo, correndo

Está em ação o grupo de corrida da MRV. A primeira turma foi criada em janeiro e tem 40 colaboradores da empresa. Os corredores contam com a orientação da assessoria esportiva BH Run. Os treinos são personalizados, elaborados por profissionais de educação física, fisioterapia e ortopedia, com base nos dados fornecidos pelos atletas e pelos exames cardiológicos a que todos os participantes são submetidos antes do início das atividades.

Prado Ville, em Campinas

Em fevereiro, a MRV inaugurou o Turquesa Ville, o sétimo e último empreendimento do complexo Prado Ville, em Campinas, no interior de São Paulo. Situado numa área de mais de 15 mil metros quadrados, possui 448 apartamentos, de dois e três quartos, com ou sem suíte, coberturas duplex e vagas de garagem. A maioria das unidades do residencial está enquadrada no programa “Minha Casa, Minha Vida”.

O Turquesa Ville é o único do complexo composto por duas torres, com 14 andares, com elevador e fachadas voltados para a avenida Celso de Silveira Resende, local mais valorizado da região do Parque Prado. Os imóveis possuem ainda ampla área de lazer com dois espaços fitness, garage band, estação de ginástica, espaço gourmet, churrasqueira, salão de jogos, piscinas adulto e infantil, playground, quadra gramada, redário, espaço zen, ateliê, cyber space, salão de festas.

Recorde de acesso

O primeiro mês do ano pode ser “devagar” para muita gente no país, mas certamente não para os clientes da MRV. O site da construtora (www.mrv.com.br) e os hotsites – páginas criadas especialmente para lançamentos ou outros eventos – , bateram recorde de acessos. Em 25 de janeiro, os acessos chegaram a 75.307 visitas. Neste dia, o serviço corretor online também foi um sucesso, com 3.495 contatos. No dia 27, os números foram superados: o site teve 78.317 acessos e foram registrados 3.957 atendimentos pelo corretor online.

Construções sustentáveis

Atualmente, um grande desafio enfrentado pelas empresas está em oferecer serviços e produtos de qualidade que causem o mínimo de impacto ambiental. Visando a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente, a MRV adota em seus empreendimentos o processo de construção conhecido como alvenaria autoportante. Neste processo, todos os blocos usados chegam à obra no tamanho exato, dispensando cortes e adequações que geram muito entulho. Todos os marcos de portas e engradamentos de telhados são de madeiras de reflorestamento. Outra ação importante é a utilização de areia artificial nas construções. Feito a partir de resíduos da fabricação de brita, o material substitui a areia natural, cuja extração causa grandes problemas ambientais.

Árvores em Curitiba

A MRV participa ativamente de projetos que contribuem para a preservação do meio ambiente. Em Curitiba, a empresa planta uma árvore para cada quatro vagas de garagem que constrói nos seus empreendimentos. Planta outras duas quando é necessário arrancar uma. A ação é fundamental para amenizar os impactos ambientais causados pela execução das obras. Com este espírito, a MRV já doou 1,5 mil mudas para Curitiba e plantou 1.120 árvores no interior dos seus condomínios. Para efeito de comparação: em 29 empreendimentos, foram construídos 2.878 apartamentos e plantadas ou doadas 2.620 árvores – praticamente uma por apartamento edificado na capital paranaense.

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A vida submarina – Ana Martins Marques

Ana Martins Marques venceu duas vezes, em 2007 e 2008, o Prêmio Cidade de Belo Horizonte. Seus poemas, agora reunidos em “A vida submarina”, impressionam pela beleza e consistência da escrita. Economia de palavras e

riqueza de imagens resultam em construções como o verbete “Espelho”, de Esforços de Dicionário: Água estancada/ e exata/ como um lago/ com quatro cantos./ Devolve-nos o rosto impensado./ Nunca morre./ Mas repara: vai envelhecendo conosco.” Fruto de um trabalho rigoroso, denso, sem perder a leveza, “A vida submarina” é mais que estreia feliz. É um livro necessário.

Se Eu Fosse Você – Richard Hamilton / Ilustrações: Babette Cole

Nessa deliciosa história infantil, a menina Daisy e seu pai iniciam um divertido jogo de imaginação em que ele assume o lugar da filha e ela o dele. Com o traço inconfundível da ilustradora Babette Cole, vemos o pai vestido de tutu cor-de-rosa, brincando no zoológico, correndo no parque e desempenhando muitas outras “difíceis” tarefas da vida infantil. Tudo sob o olhar atendo da filha, que também se diverte no papel de adulto. A publicação vai te fazer lembrar, claro, do filme brasileiro de mesmo nome, com Glória Pires e Tony Ramos. (Companhia das Letras).

PRAZER EM CASA

para ouvir...

...para ler

Edson & Hudson – Essencial

A série de compilações “Essencial” da Som Livre retorna com uma homenagem à dupla sertaneja Edson & Hudson, que se separou no ano passado, depois de 28 anos de carreira. A coletânea é uma oportunidade dos fãs relembrarem grandes sucessos, como “Tá no Meu Coração”, “Pra Não Chorar”, “É Amor Demais” e muitos outros.

Mika – The Boy Who Knew Too Much

Depois do estrondoso sucesso do álbum de estreia, Mika retorna ao cenário pop com o novo CD “The Boy Who Knew Too Much”. Seguindo a fórmula de sucesso do primeiro lançamento, Mika emprega sua voz poderosa em canções pop da melhor qualidade. Faixas como “We Are Golden” e “Blame it on The Girls” foram feitas para animar as pistas de dança. É preciso reconhecer a competência do artista ao oferecer uma música inventiva e colorida num cenário pop tão saturado como o de hoje em dia. Além das composições bem-humoradas, a voz de Mika é um verdadeiro destaque - parece ser uma curiosa mistura de Freddie Mercury e Prince.

3mountains – Waiting for a Sign

Misturando com muito charme e elegância o pop britânico e a MPB, a dupla Mônica Borges e Gil Patrick Gilchrist apresenta ao grande público seu álbum de estreia: “Waiting for a Sign”. O repertório autoral foi composto em inglês e gravado no Brasil. A produção das faixas ficou sob a responsabilidade do baixista e tecladista Barral e do veterano Lô Borges (tio de Mônica). A sonoridade bem brasileira da cantora aliada à guitarra do escocês Gil cria uma música harmônica, que soa completamente natural. É para ouvir, relaxar e se deixar levar.

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Guerra ao Terror (The Hurt Locker – EUA – 2008)

Por um erro de avaliação da distribuidora, o filme da diretora Kathryn Bigelow foi lançado diretamente em DVD no ano passado. No entanto, o filme foi acumulando prêmios e elogios entusiasmados da crítica que culminaram com nove indicações ao Oscar 2010. A trama retrata o dia a dia da equipe de soldados responsáveis por encontrar, e desarmar, as bombas que castigam a população de Bagdá desde o início da Guerra do Iraque. O desempenho dos atores Jeremy Renner, Anthony Mackie e Brian Geraghty é fundamental para os momentos de tensão angustiantes criados pela precisão hitchcockiana e o estilo documental da diretora. Um movimento errado e a morte é certa no campo minado em que se transformou o solo iraquiano. Distribuição: Imagem Filmes.

Lunar (Moon – EUA – 2009)

Lançado diretamente em DVD no Brasil, o filme de estreia do diretor Duncan Jones (filho do cantor David Bowie) é uma pérola que merece ser descoberta pelos cinéfilos. Ambientada alguns anos no futuro, a trama narra a rotina de um astronauta (interpretado com competência por

Sam Rockwell) que trabalha solitário na Lua. Sua tarefa é recolher um material que deverá solucionar, definitivamente, os problemas de energia da Terra. Próximo dos dias em que deve retornar para casa, estranhos eventos e alucinações começam a atormentar o astronauta, que acaba descobrindo como sua presença ali tem terríveis consequências. Contar mais é estragar a surpresa. Confira! Distribuição: Sony Pictures

500 dias com ela (500 days of Summer – EUA – 2009)

Finalmente uma comédia romântica que não subestima a inteligência do público. O diretor imprime um ritmo peculiar ao filme ao narrar a história de forma não linear. Os 500 dias de convivência entre os personagens Tom e Summer são apresentados em pequenas historinhas, que representam momentos bons e ruins do casal. Tudo contado pela perspectiva de Tom. O diretor é inventivo ao criar cenas musicais e até animações que traduzem o que o protagonista está sentindo. As interpretações dos atores Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel conferem uma química perfeita ao casal central, o que torna a identificação do publico mais fácil e sincera. Para assistir muito bem acompanhado. Distribuição: Fox Filmes.

para ver...

O Jogo do Anjo – Carlos Luiz Zafón O catalão Carlos Luiz Zafón atingiu fama internacional ao lançar A Sombra do Vento. O livro vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo. Agora, ele explora novamente a Barcelona do início do século XX, narrando a história do escritor David. Desiludido profissional e amorosamente, o homem vive em um casarão em ruínas. Tudo começa a mudar quando surge em sua vida o editor Andreas Corelli. Com sua fala mansa e sedutora, ele promete dinheiro e sucesso a David, que pode pagar um preço muito alto por essa ajuda. Apesar de trazer alguns personagens que apareceram em A Sombra do Vento, Zafón nega que a obra seja uma continuação, mas sim um mergulho na mesma narrativa voltada para o mundo da criação literária. (Objetiva).

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um lugar seguro, confortável e que poderá se valorizar daqui a um tempo.

As obras ainda não começaram, mas pretendo visitá-las sempre que for possível. Mesmo não estando pronta, tenho planos para a casa onde vou morar com minha família. Já imagino como será a decoração: simples, mas bem aconchegante. Sabe aquele tipo de apartamento que você chega nele e não quer mais ir embora? Será dessa forma.

Quero agradecer a Deus por ter me dado esta oportunidade. Quero agradecer o apoio da minha família, ao corretor Nilton Rocha e à esposa dele, a Elza. Sou muito grato ao projeto Minha Casa, Minha Vida e também à MRV, pela atenção, por dar chance às pessoas de realizarem um grande sonho, que é a casa própria. Agradeço também à Revista MRV, por permitir que eu conte minha história.

Antônio Marcelo da Silva, 24 anos, é auxiliar administrativo e cliente da MRV em Fortaleza, CE.

Comprei um apartamento de dois quartos, com cerca de 46 metros quadrados, no Encanto Paraganba, empreendimento da MRV localizado no bairro Jockey Clube, em Fortaleza, no Ceará.

É minha primeira casa própria. Atualmente, eu, minha esposa e meu filho, de um ano e cinco meses, moramos com meus pais. Planejei a compra durante o ano passado e, depois de pesquisar, resolvi fechar com a MRV, por causa da facilidade de pagamento, com condições bem favoráveis, e também pela localização do imóvel.

O apartamento é próximo de supermercados, numa região que fica perto da casa dos meus pais. O mais importante de tudo é a qualidade do imóvel. Tenho certeza que foi a melhor opção.

Quase não fechei a compra, porque estava interessado em um outro imóvel, também bom, mas cuja localização não era tão atrativa como a deste. Ficava longe da casa de minha família e da minha esposa. Então, o corretor que me atendeu, Nilton Rocha, me apresentou este empreendimento. Fiquei muito feliz com a escolha. É

MEU MRV

confortável

A conquista da casa própria é sempre uma história de sonhos. Quer ver sua história publicada aqui? Escreva para a redação ([email protected]). Só serão considerados textos com identificação do autor: nome completo, RG, telefones de contato e e-mail.

simples e

Depois de muito escolher, a família de Antônio Marcelo planeja a vida nova em Fortaleza

Com pesquisa e planejamento, a família de Antônio Marcelo conquista a sua própria casa e já sonha com a decoração

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ECO-LÓGICO

Foto: Paula Huven / Nitro

confortável

Site criado por francês mostra

como enfrentar o trânsito fica mais

fácil para o motorista que tem

um caroneiro a seu lado

bom pra todos| Gabriela Carvalho

Dados do Departamento Nacional de Trânsito indicam que a frota de veículos no país ultrapassa 58 milhões de unidades, sendo 58% de carros. O volume é mais do que suficiente para deixar tensos motoristas, que passam boa parte do tempo se desvencilhando de engarrafamentos e outros desgostos do gênero. O trânsito complicado, entretanto, é capaz de incentivar atitudes que aproximam muita gente, contribuem para o meio ambiente e, de quebra, fazem bem para o bolso.

Conhecida em outros países como carpool ou rideshare e, entre nós, como carona solidária, a iniciativa desperta a atenção de pessoas que sofrem com o caos do tráfego na hora do trabalho ou mesmo da diversão. Em São Paulo há 30 anos, o francês Michel Mazard resolveu agir em benefício de muitos. Baseado em experiências europeias, criou o Eco-Carroagem, site (www.eco-carroagem.com.br) que há seis meses estimula motoristas e passageiros, que não se conhecem, a se encontrarem para dividir os assentos de um mesmo carro, circulando nos trajetos em comum.

O motorista André, Wagner e Felipe (de óculos) ajustaram a rota em comum e aproveitam o tempo que estão juntos para fortalecer a amizade

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Informação confidencial

O site ainda tem pouca audiência, com apenas 80 pessoas cadastradas em diferentes cidades. Segundo o idealizador, a insegurança é a maior barreira para a difusão da carona solidária, que pode ser adotada inclusive em viagens intermunicipais e interestaduais.

“Com a violência das cidades brasileiras, tivemos que construir um site com muitos mecanismos de segurança”, assinala Mazard, ressaltando que as informações dadas pelos interessados são confidenciais e bastante checadas pelos caroneiros, até que as rotas sejam confirmadas e colocadas em prática.

A engenheira civil Roberta da Silveira e a auxiliar de eventos Laressa Fernandes, residentes na capital paulista, se conheceram por meio do Eco-Carroagem e, há oito meses, vão juntas para o trabalho. Roberta procurava uma companhia que pudesse dividir as despesas de combustível, mas pensava também ecologicamente. “Saber que, com uma pequena atitude, posso contribuir para a preservação ambiental e ainda economizar é muito bom”, diz.

A confiança no sistema criado por Mazard empolgou Laressa quando conheceu o site. Ela confirma que o grau de exigências ao se cadastrar é grande o suficiente para limitar pessoas mal intencionadas. “Eu e a Roberta tivemos o cuidado de realizar vários encontros antes de fazermos o primeiro trajeto juntas”, conta. As duas moram em bairros vizinhos, Perdizes e Vila Siqueira, e gastam mais de meia hora para chegarem ao destino.

De acordo com o engenheiro de transportes Elmir Germani, nas capitais brasileiras os automóveis estão circulando, em média, com 1,5 passageiro. O ideal, para suscitar melhorias no trânsito, seria dobrar esse índice. “O simples ato de dar carona reduz o número de carros nas ruas, diminui a emissão de poluentes na atmosfera, resolve em parte o problema de estacionamentos e ainda intensifica o convívio social”, avalia.

Doutora em Ciências Sociais, a pesquisadora na área ambiental Fátima Portilho também defende a carona como maneira eficaz de resolver uma série de problemas no trânsito e assinala que a prática tem um efeito importantíssimo: “As pessoas encaram a carona como uma oportunidade de se fazer algo pelo meio ambiente, de cada um fazer a sua parte, criando um consumo mais consciente”.

E foi com essa inspiração que a Infolink, empresa de teleinformática instalada no Rio de Janeiro, lançou, em novembro passado, uma campanha de carona solidária que funciona a partir de um blog corporativo, o www.verde.infolink.com.br. Já com a adesão de 25% dos empregados, a ideia partiu do designer de interfaces André Lima.

Ele e os colegas Felipe Ribeiro e Wagner Peres formaram uma turma que divide carro e gasolina na hora de ir para a Infolink e no retorno para casa. Tiveram apenas que ajustar detalhes: o trio mora em Jacarepaguá e André é quem dirige. Percorre menos de um quilômetro e pega Felipe em casa, para, em seguida, encontrar-se com Wagner, que aguarda no meio do caminho.

O trajeto, em dia de trânsito tranquilo, é feito em 40 minutos, mas pode chegar a mais de uma hora. A carona solidária, avalia Felipe, ajudou a diminuir o stress provocado pelo carregado trânsito carioca, mas também criou para ele a oportunidade de aumentar seu círculo de amizades. “Eu tinha um relacionamento tímido com meus caronas, mas passamos a conviver e a amizade se firmou”, ressalta.

Segundo o diretor comercial da Infolink, Sérgio Schmid, a adesão à carona solidária na empresa só não é maior por questões geográficas, já que muitos funcionários que gostariam de ser caroneiros ainda não encontraram colegas que fazem rotas próximas das suas residências.

Curiosidades

Quantos automóveis circulam nas principais capitais São Paulo: 4.455.452Rio de Janeiro: 1.512.927Belo Horizonte: 854.541Curitiba: 848.017Salvador: 425.933

Um carro consome, em média, 1600 litros de gasolina no ano. Isso significa que libera para o ar, além do CO2: 560 Kg de monóxido de carbono80 Kg de hidrocarbonetos35 Kg de óxido de azoto0,48 Kg de chumbo 0,96 Kg de dióxido de enxofre

Toque verde Já estão disponíveis na internet duas ferramentas criadas pelo Ministério do Meio Ambiente e Ibama para medir emissões de gás carbônico (CO2) e outros poluentes liberados por carros de passeio. Acesse: http://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/sel_marca_modelo_rvep.php

Fonte: Departamento Nacional de Trânsito

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