cartucho é o conjunto do projétil e os componentes necessários para lançá

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  • 7/29/2019 Cartucho o conjunto do projtil e os componentes necessrios para lan

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    Cartucho o conjunto do projtil e os componentes necessrios para lan-lo, no

    disparo.

    Munio o conjunto de cartuchos necessrios ou disponveis para uma arma ou uma

    ao qualquer em que sero usadas armas de fogo.

    O cartucho para arma de defesa contm um tubo oco, geralmente de metal, com um

    propelente no seu interior; em sua parte aberta fica preso o projtil e na sua base

    encontra-se o elemento de iniciao. Este tubo, chamado estojo, alm de unir

    mecanicamente as outras partes do cartucho, tem formato externo apropriado para que a

    arma possa realizar suas diversas operaes, como carregamento e disparo.

    O projtil uma massa, em geral de liga de chumbo, que arremessada a frente quando

    da detonao, a nica parte do cartucho que passa pelo cano da arma e atinge o alvo.

    Para arremessar o projtil necessria uma grande quantidade de energia, que obtida

    pelo propelente, durante sua queima. O propelente utilizado nos cartuchos a plvora,que, ao queimar, produz um grande volume de gases, gerando um aumento de presso

    no interior do estojo, suficiente para expelir o projtil.

    Como a plvora relativamente estvel, isto , sua queima s ocorre quando sujeita a

    certa quantidade de calor; o cartucho dispe de um elemento iniciador, que sensvel ao

    atrito e gera energia suficiente para dar incio queima do propelente. O elemento

    iniciador geralmente est contido dentro da espoleta.

    Um cartucho completo composto de:

    1 - projtil

    2 - estojo

    3 - propelente

    4 - espoleta

    1 - Projtil

    Projtil qualquer slido que pode ser ou foi arremessado, lanado. No universo das

    armas de defesa, o projtil a parte do cartucho que ser lanada atravs do cano.

    O projtil pode ser dividido em trs partes:

    Ponta: parte superior do projtil, fica quase sempre exposta, fora do estojo;

    Base: parte inferior do projtil, fica presa no estojo e est sujeita ao dos gases

    resultantes da queima da plvora.

    Corpo: cilndrico, geralmente contm canaletas destinadas a receber graxa ou para

    aumentar a fixao do projtil ao estojo.

    Projteis de Chumbo

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    Como o nome indica, so projteis construdos exclusivamente com ligas desse metal.

    Podem ser encontrados diversos tipos de projteis, destinados aos mais diversos usos, os

    quais podemos classificar de acordo com o tipo de ponta e tipo de base.

    Tipos de pontas:

    Ogival: uso geral, muito comum;

    Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel de

    forma mais ntida;

    Semi canto-vivo: uso geral;

    Ogival ponta plana: uso geral; muito usado no tiro prtico (IPSC) por provocar menor

    nmero de "engasgos" com a pistola;

    Cone truncado: mesmo uso acima.

    Semi-ogival: tambm muito usado em tiro prtico;

    Ponta oca: capaz de aumentar de dimetro ao atingir um alvo humano (expansivo),

    produzindo assim maior destruio de tecidos.

    Projteis encamisados

    So projteis construdos por um ncleo recoberto por uma capa externa chamada

    camisa ou jaqueta. A camisa normalmente fabricada com ligas metlicas como: cobre

    e nquel; cobre, nquel e zinco; cobre e zinco; cobre, zinco e estanho ou ao. O ncleo

    constitudo geralmente de chumbo praticamente puro, conferindo o peso necessrio e

    um bom desempenho balstico.

    Os projteis encamisados podem ter sua capa externa aberta na base e fechada na ponta

    (projteis slidos) ou fechada na base e aberta na ponta (projteis expansivos). Os

    projteis slidos tm destinao militar, para defesa pessoal ou para competies

    esportivas. Destaca-se sua maior capacidade de penetrao e alcance.

    Os projteis expansivos destinam-se defesa pessoal, pois ao atingir um alvo humano capaz de amassar-se e aumentar seu dimetro, obtendo maior capacidade lesiva. Esse

    tipo de projtil teve seu uso proibido para fins militares pela Conveno de Genebra.

    Os projteis expansivos podem ser classificados em totalmente encamisados (a camisa

    recobre todo o corpo do projtil) e semi-encamisados (a camisa recobre parcialmente o

    corpo, deixando sua parte posterior exposta. Os tipos de pontas e tipos de bases so os

    mesmos que os anteriormente citados para os projteis de chumbo.

    2 - Estojo

    O estojo o componente de unio mecnica do cartucho, apesar de no ser essencial aodisparo, j que algumas armas de fogo mais antigas dispensavam seu uso, trata-se de um

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    componente indispensvel s armas modernas. O estojo possibilita que todos os

    componentes necessrios ao disparo fiquem unidos em uma pea, facilitando o manejo

    da arma e acelera o intervalo em cada disparo.

    Atualmente a maioria dos estojos so construdos em metais no-ferrosos,

    principalmente o lato (liga de cobre e zinco), mas tambm so encontrados estojosconstrudos com diversos tipos de materiais como plsticos (munio de treinamento e

    de espingardas), papelo (espingardas) e outros.

    A forma do estojo muito importante, pois as armas modernas so construdas de forma

    a aproveitar as suas caractersticas fsicas.

    Para fins didticos, o estojo ser classificado nos seguintes tipos:

    Quanto forma do corpo:

    Cilndrico: o estojo mantm seu dimetro por toda sua extenso;

    Cnico: o estojo tem dimetro menor na boca, pouco comum; e

    Garrafa: o estojo tem um estrangulamento (gargalo).

    Cabe ressaltar que, na prtica, no existe estojo totalmente cilndrico, sempre haver

    uma pequena conicidade para facilitar o processo de extrao.

    Os estojos tipo garrafa foram criados com o fim de conter grande quantidade de

    plvora, sem ser excessivamente longo ou ter um dimetro grande. Esta forma

    comumente encontrada em cartuchos de fuzis, que geram grande quantidade de energia

    e, muitas vezes, tm projteis de pequeno calibre.

    Quanto aos tipos de base:

    Com aro: com ressalto na base (aro ou gola);

    Com semi-aro: com ressalto de pequenas propores e uma ranhura(virola);

    Sem aro: tem apenas a virola; e

    Rebatido:A base tem dimetro menor que o corpo do estojo.

    A base do estojo importante para o processo de carregamento e extrao, sua forma

    determina o ponto de apoio do cartucho na cmara ou tambor (headspace), alm de

    possibilitar a ao do extrator sobre o estojo.

    Quanto ao tipo de iniciao:

    Fogo Circular:A mistura detonante colocada no interior do estojo, dentro do aro, e

    detona quando este amassado pelo percursor;

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    Fogo Central:A mistura detonante est disposta em uma espoleta, fixada no centro da

    base do estojo.

    Cabe lembrar que alguns tipos de estojos nos diversos itens da classificao dos estojos

    no foram citados por serem pouco comuns e no facilitarem o estudo.

    3 - Propelente

    Propelente ou carga de projeo a fonte de energia qumica capaz de arremessar o

    projtil a frente, imprimindo-lhe grande velocidade. A energia produzida pelos gases

    resultantes da queima do propelente, que possuem volume muito maior que o slido

    original. O rpido aumento de volume de matria no interior do estojo gera grande

    presso para impulsionar o projtil.

    A queima do propelente no interior do estojo, apesar de mais lenta que a velocidade dos

    explosivos, gera presso suficiente para causar danos na arma, isso no ocorre porque o

    projtil se destaca e avana pelo cano, consumindo grande parte da energia produzida.

    Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa a plvora qumica

    ou plvora sem fumaa. Desenvolvida no final do sculo passado, substituiu com

    grande eficincia a plvora negra, que hoje usada apenas em velhas armas de caa e

    rplicas para tiro esportivo. A plvora qumica produz pouca fumaa e muito menos

    resduos que a plvora negra, alm de ser capaz de gerar muito mais presso, com

    pequenas quantidades.

    Dois tipos de plvoras sem fumaa so utilizadas atualmente em armas de defesa:

    Plvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera menos calor durante a

    queima, aumentando a durabilidade da arma; e

    Plvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior contedo

    energtico.

    O uso de ambos tipos de plvora muito difundido e a munio de um mesmo calibre

    pode ser fabricada com um ou outro tipo.

    4 - Espoleta

    A espoleta um recipiente que contm a mistura detonante e uma bigorna, utilizado em

    cartuchos de fogo central.

    A mistura detonante, um composto que queima com facilidade, bastando o atrito

    gerado pelo amassamento da espoleta contra a bigorna, provocada pelo percursor; A

    queima dessa mistura gera calor, que passa para o propelente, atravs de pequenos furos

    no estojo, chamados eventos.

    Os tipos mais comuns de espoletas so:

    Boxer: muito usada atualmente, tem a bigorna presa espoleta e se utiliza de apenas umevento central, facilitando o desespoletamento do estojo, na recarga;

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    Berdan: utilizada principalmente em armas de uso militar, a bigorna um pequeno

    ressalto no centro da base do estojo estando a sua volta dois ou mais eventos; e

    Bateria: utilizada em cartuchos de caa, tem a bateria incorporada na espoleta de forma

    a ser impossvel cair, facilitando o processo de recarga do estojo.

    Outros tipos de espoletas foram fabricados no passado, mas hoje so raros de serem

    encontrados.