cartilha trânsito - 08.05.2012

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1 MAIO/2012 REALIZAÇÃO: APOIO: Motociclista CARTILHA maio/2012 Nota 10

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Cartilha Trânsito publicado no Jornal do Cariri

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MAIO/2012

REALIZAÇÃO:

APOIO:

MotociclistaCARTILHA

maio/2012

Nota

10

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MAIO/2012

ApresentaçãoTodas as semanas, as redações que fazem o Grupo Ceará Sat de Comunica-

ção, por intermédio do Jornal do Cariri, do portal de notícias “cearaagora.com” e da Rede SomZoomSat contristam-se ao noticiar um número cada vez maior de crianças, jovens e adultos precocemente mortos ou mutilados, vítimas de aci-dentes de moto.

Para nós, esses Franciscos, Josés, Joãos, Antonios e Cíceros são mais do que vítimas a confirmar estatísticas sobre o crescimento da violência no trânsito.São filhos, irmãos, netos, pais e maridos que, muitas vezes, por displicência ou desconhecimento, deixaram de tomar atitudes simples, que garantiriam um trânsito mais seguro ao próximo e à sua própria integridade física.

ACREDITAMOS QUE O CONHECIMENTO PODE MUDAR ESSE QUADRO!

Assim, para assegurar que a informação chegue até você e inspire ações mais responsáveis em relação ao ir e vir sobre duas rodas, é que nasceu a ideia dessa cartilha, elaborada com apoio do Governo do Estado, em um trabalho de res-ponsabilidade social .

O projeto mistura conselhos simples, dicas, regras e, sobretudo, estatísticas e depoimentos. O objetivo é incentivar que leitor entenda o conceito e incorpore em sua atitude o lema de pilotar com segurança. Tudo para evitar ausências, dores e famílias para sempre enlutadas.

SÓ DEPENDE DE VOCÊ, CARO MOTOCICLISTA!

Esta é nossa contribuição para o trânsito mais seguro, uma vida feliz e de paz. Sem acidentes para você. Afinal, vida é um dom . Cuide bem dela.

BOA LEITURA.

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Índice

PILOTANDO COM SEGURANÇA

DIREÇÃO DEFENSIVA

O CAPACETE

EQUIPAMENTOS

ACIDENTES E CONSEQUÊNCIAS

PRIMEIROS SOCORROS

ÁLCOOL E MOTO

NA HORA DA REVISÃO

INFRAÇÕES E PENALIDADES

CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS

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O BRASIL SOBRE DUAS RODAS

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O BRASIL SOBRE DUAS RODAS1-

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos acidentes de trânsi-

to são causados por falhas humanas, 6% por má condição das vias e 4% por falhas mecâni-

cas. As principais falhas humanas a provocar acidentes são a impru-

dência, a negligência, a imperícia e a ação

evasiva.

CAUSAS DOS ACIDENTES

Mais de 1,5 milhão de novas motocicletas, a cada ano, passam a fazer parte da atual frota circulante do País . Hoje, são 14 milhões de unidades.

Segundo levantamento do DENATRAN, dos 508.304 veículos envolvidos em acidentes no Brasil em 2007, 153.183 eram motoci-cletas. A pesquisa aponta ainda que, das 23.286 vítimas fatais, 3.377 eram motociclistas, e entre as vítimas não fatais, do total de 484.900 pessoas, 105.238 eram con-dutores de motocicletas.

Seguido das conse-quências emocionais provocadas por mortes e sequelas, há o custo financei-ro dessa verdadeira epidemia. Cada acidente com motocicleta custa até R$ 50 mil para o estado, com média de três meses de internação, a provocar, muitas vezes, invalidez permanen-te ou perdas financeiras devido ao afastamento dos acidentados do trabalho e de suas atividades cotidianas.

Em 2006, a maior parte das internações nos hospi-tais do SUS no Brasil ocorreram devido ao atropelamento de pedestres (33,7%), seguida pelos acidentes com motoci-cleta (28,2%).

Para os indivíduos de 15 a 19 e de 20 a 39 anos, os aciden-tes de moto são a principal causa (37,8% e 40,1% dos casos, respectivamente), seguidos pelos atropelamentos. Entre os indivíduos de 40 a 59 anos, os atropelamentos vem em pri-meiro lugar (38% dos casos), depois, os acidentes com moto (20,5%) e os de causa indeterminada (20%).

No Nordeste e Sudeste, a primeira causa de internação são os acidentes por atropelamento (41,6% e 34,1%, respec-tivamente), seguido dos acidentes de motocicleta (24,6% e

29,6%, respectivamente) e com veículo indeter-minado (23% e 12,9%, respectivamente).

Entre as principais causas destes acidentes estão a imprudência, a imperícia, a embriaguez e, por último, a falha mecânica ou desgaste nas peças.

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As principais regras: Respeite o semáforo.

Respeite sempre a faixa de pedestres.

Respeite sempre a velocidade.

Nunca dirija após o consumo de bebida alcoólica.

Sempre trafegue pelo lado direito da via, não fazendo zigue-zague.

Evite arrancadas bruscas.

Use o celular somente com a moto parada.

Mantenha espaço suficiente entre carros.

Deixe o farol da moto aceso, mesmo durante o dia.

Transportar crianças com menos de sete anos na garu pa é proibido.

Mantenha sempre as duas mãos no guidão.

Não divida a mesma faixa com outros veículos.

Mantenha a distância de seguimento ou de segurança. É aquela distância mínima que você deve manter entre o seu veículo e o que vai à sua frente. Para manter essa distância siga a regra dos dois segundos.

Essa regra é um bom método para se avaliar a distân-cia adequada em qualquer velocidade: observe quando o carro à sua frente passar por um ponto fixo qualquer

PILOTANDO COM SEGURANÇA

(um poste, um viaduto, uma árvore...) conte “dois mil e um, dois mil e dois”. Passaram-se dois segundos. Se o seu carro passar pelo mesmo ponto antes que se acabe a contagem, estará muito próximo do carro da frente. Nesse caso, diminua a velocidade e recomece a contagem. Em dias de chuva, aumente o tempo para quatro segundos.

A marcha à ré é uma manobra perigosa. Não a execute próximo a esquinas, não saia de ré de estacionamentos, ande sempre em baixa velocidade e verifique todos os lados, inclusive atrás.

Em ladeiras, acelere a moto ao começar a subir e re-duza a marcha conforme a necessidade. Não ultrapasse num aclive.

Numa passagem de nível, pare a uma distância de segurança da linha do trem e aguarde a sua passagem. Nunca pare sobre os trilhos.

Se você não possui experiência para dirigir em estra-das e rodovias, prefira viajar de dia e planeje com ante-cedência o itinerário, bem como as paradas e descanso.

Pilotar corretamente requer, primei-ro, que se conheça o Código Brasileiro de Trânsito, suas normas de conduta, regras e proibições.

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Nos cruzamentos não sinalizados, terá a preferência o veículo que vier pela direita do condutor

Ao entrar ou cruzar uma rodovia, dê a preferência a quem estiver nela

Nas rotatórias, terá preferência o veículo que estiver nela

Os veículos que se deslocam sobre tri-lhosterão preferência de passagem

Ao entrar à esquerda numa via de mão dupla, dê a preferência ao condutor que vier em sentido contrário.

NORMAS PARA ULTRAPASSAGEM

Pare sempre a sua moto antes do cruzamento. Mesmo se o sinal estiver verde, nunca pare no meio do cruzamento para não impedir o tráfego em caso de congestionamento.

Verifique se há possibilidade para a ultrapassagem e se o veículo de trás não tem a intenção de ultrapassá-lo e si-nalize com antecedência.

Ultrapasse pela esquerda, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando a vontade de entrar à es-querda.

Não ultrapasse em vias com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visi-bilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, a menos quando houver sinalização permitindo.

Se você perceber que outro veículo tem a intenção de ultrapassá-lo, desloque-se para a faixa da direita, sem ace-lerar a marcha, se estiver ocupando a faixa da esquerda. Caso esteja ocupando outras faixas, mantenha-se nela e não acelere a marcha.

Em rodovias com acostamento, se for realizar conversão à esquerda, espere no acostamento da direita e, se não houver acostamento, aproxime a moto do eixo central da pista, dando preferência aos veículos de sentido contrário.

A marcha à ré deverá ser usada somente em pequenas manobras

Numa via de mão única, aproxime-se do bordo da pista do lado onde vai virar antes de realizara manobra.

Conversão à esquerda de uma via de mão única para outra com quatro faixas (duas em cada direção). Ao entrar à es-querda numa via de mão dupla, aproxime-se o máximo pos-sível da linha divisória da pista.

Não estacione e nem pare sobre a faixa de pedestre, calçadas, canteiros, em fila dupla, na contramão da dire-ção, a menos de cinco metros das esquinas e nem junto a hidrantes.

A descida da pessoa que está na garupa deve ocorrer sempre do lado da calçada.

REGRAS DE PREFERÊNCIA

Use luz baixa em túneis ou viadutos, à noite, em vias iluminadas, ao cruzar outro veículo e em situações debai-xa visibilidade, como neblina, chuva forte, entre outros.

Use luz alta para indicar ultrapassagem ou perigo e, à noite, em vias não iluminadas, com pista livre.

USO DE LUZES

REGRAS DE MUDANÇA DE DIREÇÃO

ESTACIONAMENTO E PARADA

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DIREÇÃO DEFENSIVA3-É possível dirigir com segurança, adotan-do os conceitos da Direção Defensiva.

- A Direção Defensiva é o conjunto de téc-nicas que tem como finalidade capacitar o motoqueiro a dirigir de modo a evitar aci-dentes ou diminuir a sua ocorrência.

- Existem estudos que demonstram que nós somos capazes de pilotar com o dobro de segurança. Basta desenvolver a capa-cidade de conduzir um veículo de forma mais prudente.

- Não praticar erros deve ser o objetivo de todos, não somente dos motoqueiros pro-fissionais. Assim, as técnicas de Direção Defensiva precisam ser conhecidas para termos um trânsito mais seguro.

CONHECIMENTO das leis, dos riscos a que estamos expostos, das condições do caminho, etc.

-ATENÇÃO constante, pois a qualquer momento pode acontecer uma situação difícil.

-PREVISÃO do desenvolvimento das condições do trânsito, com bastante antecedência, e dos riscos a que estaremos sujeitos.

-DECISÃO, que implica no reconhecimento das alternativas e em saber decidir a tempo aquela que mais nos convém.

-HABILIDADE, ou seja, a capacidade de manejar os controles do veículo e executar perfeitamente as manobras necessárias.

ELEMENTOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA

IDENTIFICANDO OS PROBLEMAS !Luz: Às condições de iluminação afetam o modo de dirigir, pois a intensidade da luz afeta a capacidade em ver (ofuscamento) ou ser visto. Quando um veículo vier em sentido contrário com os faróis altos, deve--se alertá-lo, piscando o farol, caso persis-ta, volta-se a vista para a margem direita da pista. Quando for o caso de luz solar, a utilização da pala de proteção interna e óculos protetores ajudam a diminuir o ofuscamento.

Neblina, cerraçãoe nevoeiro:Embora rara no Nordeste e no Cariri, se ela ocorrer, você deverá redobrar a atenção; reduzir a velocidade;

Chuva:Os pneus ficam menos aderentes, princi-palmente em curvas, e a sua visão dimi-nui. Assim, deve-se reduzir a velocidade. O início da chuva torna a pista ainda mais escorregadia.

Ventos fortes:Se os ventos forem transversais, atraves-sados, mantendo o guidão firme. Já se os ventos forem frontais, você deverá reduzir a velocidade, segurando com firmeza o gui-dão, mantendo o alinhamento da moto. c) Estrada: Deve-se adequar as condições da estrada, levando sempre em considera-ção as curvas, falta de acostamento, tipo de pavimento, buracos, óleo na pista, lom-

badas, falta de sinalização, ondulações, desníveis, poças d’água.

d) Trânsito: As condições do trânsito in-terferem no modo de dirigir, sobretudo porque existe a presença de outros condu-tores que comportam-se de maneiras dife-rentes, com congestionamento ou trânsito livre, velocidade alta ou baixa, presença de bicicletas ou carroças, grande movimenta-ção de pessoas, festas populares, etc.

e) Veículo: Manter a moto em bom estado de conservação e manutenção. Os defeitos mais comuns que podem causar acidentes são: freios desregulados, lâmpada queima-da, falta de buzina, espelho retrovisor de-ficiente, pneus gastos e farol desregulado.

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Acidente com animaisOs acidentes de trânsito envolvendo animais geralmente têm consequências graves e são frequentes. Se você deparar com um animal na via, diminua a velocidade, não realize movimentos bruscos, não use a buzina, nem jogue luz alta, porque você poderá assustá-lo. Antes de frear, verifique se há outro veículo atrás.

Acidente com ciclistasQuando se deparar com um ciclista, fique atento para possí-

veis manobras indevidas do condutor de bicicleta. Anuncie sua presença com toques breves na buzina. Se for ul-

trapassar uma bicicleta, guarde uma distância late-ral de 1,5 m e diminua a velocidade.

Acidente com motocicletasOs acidentes entre duas motos são raros, mas acon-

tecem. Mantenha distância das outras motocicletas nas curvas e cuidado nos cruzamentos.

ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR Existem vários fatores, tanto físicos quanto emocionais, que afetam diretamente

a capacidade de dirigir com segurança:

Colisão com o veículo da frenteMantenha uma distância de segurança correta entre o carro da frente e a sua moto.

Colisão com o veículo em sentido contrárioDirija à direita, mesmo havendo duas faixas no mesmo sentido. Reduza a marcha a qualquer sinal de perigo. Procure advertir o motorista de todas as maneiras possíveis. Em último caso saia da estrada pela direita. Quase tudo é melhor do que a colisão frontal, principalmente para quem dirige moto.

Colisões em cruzamentosDiminua gradualmente a velocidade. Indique aos motoristas o

que vai fazer. Avance sem hesitação ou excesso de precaução. Sua indecisão em cruzamento pode confundir os outros moto-ristas e ser a causa de um acidente.

Colisões na ultrapassagem Verifique se é necessária e se não é proibida. Mantenha-se atrás, à distância segura. Verifique o trânsito adiante. Verifique o trânsito atrás. Sinalize avisando que vai passar para a faixa da esquerda. Passe para a faixa, acelere e buzine alertando o motorista que será ultrapassado. Depois, retorne para a faixa da direita. Desligue o sinaleiro e reassuma a velocidade normal.-Acidente com pedestres (atropelamento)

DICAS PARA EVITAR ACIDENTES

No Brasil, o atropela-

mento é a causa de19% das mortes em

acidentes no trânsito. Lem-bre-se: o pedestre tem prioridade

sobre todos os veículos. Ao dirigir em locais com grande movimentação

de pedestres, reduza a velocidade. Se o semáfo-ro abrir e ainda houver pedestres atraves-

sando, espere para que eles possam terminar a travessia. E não se

esqueça: você também é um pedestre! Segundo a Associação Brasileira de Medicina

de Tráfego, 95% das quedas de moto, quando não há uso de capacete, provocam traumatismo craniano

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A maioria dos acidentes fatais decorre de ferimentos na cabeça. A importância do uso do capacete para o moto-ciclista é tão significativa que seu uso é obrigatório e a não utilização gera multa e pontos na Carteira, inclusive quem vai na garupa.

Num acidente, ele pode ser a diferença entre morrer ou viver porque o seu objetivo é proteger a cabeça do piloto, absorvendo os impactos. Por isso, em uma batida mais forte, não é raro o capacete rachar. Isso acontece não por má qualidade, mas sim por que ele cumpriu sua função.

Substitua o capacete após forte impacto. Quando isto acontece, segundo os fabricantes, o capacete tem a sua capacidade de absorção a impactos comprometida, então recomendam trocá-lo por outro.

Vale lembrar que, se o capacete não tiver viseira, é obri-gatório o uso de óculos de proteção, importantíssimo para que seus olhos não sejam atingidos por pedras, insetos, poeira, etc., tão comuns no dia a dia.

TiposExistem basicamente três tipos de capacetes: aberto,

fechado e “off-road”. Disparadamente, o tipo que oferece maior proteção é o tipo fechado.

O capacete tipo aberto é mais arejado e confortável de se usar principalmente no calor do Cariri. Entretanto, neste tipo, apesar de a cabeça ficar protegida, parte do rosto; o nariz; a boca e o queixo ficam expostos.

O capacete tipo “off-road” é usado por pilotos de “cross”, rali, enduro, “free style”, ou simplesmente por aqueles que gostam de pegar umas trilhas nos finais de semana. Também a presença de óculos é obrigatória.

Esqueça os capacetes tipo “coquinho”. Além de não terem a etiqueta de certificação do Inmetro, eles não pro-tegem praticamente nada.

Ao comprar o capacete, você deve ver se ele é do tama-nho correto, ajustando-se perfeitamente à cabeça. Faça o teste, movimentando o pescoço, rapidamente. O capacete não pode girar ou balançar solto. Deve ficar justo, sem ser apertado.

Prefira os que possuem a cinta jugular do tipo “enga-te rápido” (hoje a maioria) aos de argola. Como o próprio

nome diz, a cinta do tipo engate rápido permite-lhe colo-car e retirar o capacete rapidamente, facilitando a sua uti-lização, principalmente no uso urbano quando se coloca e retira o capacete várias vezes. Os do tipo argola “dão mui-to trabalho” para amarrar e soltar a cinta.

Antes de comprar, faça o teste: com o capacete na ca-beça, conecte e desconecte a cinta várias vezes para testar a facilidade da operação.

Seja qual tipo for, o capacete deve estar bem preso e afivelado para não cair no momento em que mais se pre-cisa dele, ou seja, na hora de um acidente. Ajuste correta-mente a folga da cinta jugular sob o queixo de forma que o capacete fique bem firme.

Um capacete solto, num acidente, tem o mesmo nível de proteção de um boné.

Dê preferência às cores vivas. O lema de todo motoci-clista deve ser: “veja e seja visto”. Na maioria dos acidentes envolvendo motos e automóveis ou motos e pedestres, as pessoas alegam não ter visto o motociclista.

Então o motociclista deve fazer de tudo para ser visto no trânsito. Um capacete de cor preta, por exemplo, difi-culta a sua rápida visualização.

O CAPACETE 4-

Resolução Contran nº 20/98, art. 2º, § 2º: “O capacete deverá estar devidamente afixado na cabeça para que seu uso seja considerado correto.”

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1- Colete com refletorJá explicamos que os motociclistas precisam ser

vistos e, para garantir que isso aconteça, é importante o uso de coletes com refletores. O uso do equipamento é necessário quando o condutor estiver fazendo sinali-zação do problema da sua moto para os outros moto-ristas que trafegam na pista, para facilitar que ele seja visto pelos outros motoristas e evitar acidentes.

2. Protetor visualA proteção visual é um dos aspetos mais importan-

tes na condução de uma moto. Um motociclista deve proteger os seus olhos em todos os momentos da con-dução, pois da perda momentânea da visão poderão resultar acontecimentos catastróficos. Para que isso não aconteça, é necessário que o condutor tenha uns óculos que o proteja do sol, do vento, das poeiras e até dos mosquitos, ou escolher um capacete que ofereça a cobertura total do casco, com uma viseira anti-risco e que não deixe embaçar.

3. LuvasAs luvas têm uma dupla função:

protegem as mãos das más condi-ções atmosféricas e evitam que o suor impeça a travagem. É muito importante adquirir umas luvas que se adaptem exata-mente ao formato da mão do motociclista e que sejam fáceis de colocar e retirar.

4. BotasEsse é um ítem complicado de se usar no calor do

Cariri. Mas, as botas de um motociclista são acessórios fundamentais na proteção dos pés e tornozelos. Ao comprar, deve-se verificar o estado das costuras, do

couro e das proteções de plástico, pois essa é a melhor maneira de obter botas com qualidade.

5. Antena corta pipaProtege o pescoço do motoqueiro contra as linhas

de pipa do tipo cerol ( mistura de cola e vidro moído). Essas linhas tem alto poder de corte e foi responsável pela morte de centenas de motoqueiros, que tiveram os pescoços decepados ao passarem por ruas onde elas estavam estendidas.

OS OUTROS EQUIPAMENTOS5-O kit de segurança do motociclista envolve,

pelo menos, mais cinco itens:

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6. Mata cachorroEstrutura colocada nas laterais da moto, e que pro-

tegem as pernas dos motoqueiros em caso de colisão ou queda. ELE SERVE PARA:

- Proteger a pintura da moto, quando ela cai para o lado, estando parada.

- Proteger o conjunto do motor, em certas situações.- Proteger suas pernas, numa queda em baixa velo-

cidade (lowside ou deslizamento na chuva).

- Apoiar os pés em viagens.- instalar acessórios como: piscas extras, faróis, etc.ELE NÃO SERVE PARA:- Proteger suas pernas numa colisão mais rápida.- Ser o pára-choque da moto.

ELE É ATÉ PERIGOSO QUANDO:- O piloto tenta passar no meio dos carros, num con-

gestionamento (pode trancar nos carros, ou amassar a lataria de algum).

Cada acidente com motocicleta custa até R$50 mil para o estado, e exige uma média de três meses de internação.

Os números são alarmantes e apontam para um cres-cimento de 2.252% nas mortes por acidente com moto, na última década. Já as estatísticas mostram que, em geral, dos motoqueiros que vêm a óbito, 38,55% morrem no local do evento, 4,22% a caminho do hospital e 57,23% no hospital.

No estudo relacionando lesões ao tempo de sobrevida, verificou-se que a morte no local ou em menos de 24h após o evento, decorre de fratura de crânio, traumatismo internos e fratura de pescoço ou tronco e que se tratavam de politrau-matizados, com uma média de quatro diagnósticos de lesões por vítima fatal.

Já os que sobrevivem ao acidente, as lesões mais fre-qüentes são as fraturas de membros e pelve, 29,8%, os trau-matismos crânio-encefálicos, 21,5%, as luxações de mem-bros e pelve, 18,1% e face, 10%. Dentre as vítimas, 75% não

usavam capacete e 24% estavam com níveis de álcool acima do limite legal.

Como se vê, as fraturas expostas são uma das principais causas de mortalidade no trauma ortopédico. E os acidentes de moto lideram esse tipo de ocorrência, com 46,5%. Esse tipo de acidente também está em primeiro lugar em número de amputações. Nesse caso, a tíbia é o local mais afetado.

Segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Or-topedia (Into), os acidentes de moto também lideram as lesões do plexo braquial, ou seja, um conjunto de cinco ra-ízes nervosas que saem da medula na altura, do pescoço, para formarem todos os nervos que dão movimentos aos membros superiores como ombro, cotovelo, punhos, mãos e dedos.

Como esses nervos são responsáveis pelos movimentos e

CONSEQUÊNCIAS MÉDICAS DOS ACIDENTES DE MOTO6-

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Dirigir com pressa

ou sob pressão, com fome, raiva, dor,

calor, são alguns dos fatores mentais e emocionais que influen-

ciam na sua forma de dirigir. É importante que tenha todos os seus sentidos e reflexos

prontos para qualquer decisão e rea-ção. Assim, se perceber alguma

dessas alterações, evite continuar na con-

dução de seu veículo.

-Não movimente as vítimas;

-Não faça torniquetes;

PRIMEIROS SOCORROS7-

sensibilidade dos membros superiores, uma lesão na região pode causar pa-ralisia e incapacitar o paciente para o resto da vida. Em 90% dos acidentes, há lesões deste tipo. Mas as seqüelas dos acidentes vão além dos movimen-tos de braços e pernas. Podem afetar além do controle motor o controle da bexiga e dos intestinos.

Também chamado de lesão cerebral, concusão ou ainda lesão na cabe-ça, o traumatismo craniano é uma das principais ocorrência em aciden-tes de motoe pode resultar em incapacidades que podem ser divididas em três categorias: físicas, cognitivas e comportamentais/emocionais.

As incapacidades físicas são diversificadas, podendo ser visuais, táteis e motoras, entre outras; as incapacidades cognitivas, freqüentemente, in-cluem diminuição da memória, dificuldades de atenção e de aprendizagem, entre outras; e as comportamentais/emocionais são a perda de autoconfian-ça, comportamento infantil, motivação diminuída, e mais comumente, irrita-bilidade e agressão (MELO; SILVA; MOEIRA JR, 2004).

Ao presenciar ou fazer parte de um acidente, fique atento para algumas ações a serem realizadas, que ajudarão no socorro às vítimas:

Mantenha a calma;

Garanta a sua segurança e a das demais pessoas envolvidas;

Peça socorro imediato à polícia, ligando para o 190 ou para o Corpo de Bombeiros, ligando 193;

Se puder, controle a situação, bloquean-do o trânsito ou o acesso de curiosos às vítimas até a chegada da força especializada;

Verifique a situação das vítimas para dar mais detalhes ao atendimento.

-Não tire o capacete de um motociclista;

-Não dê nada para a vítima beber.

O que não deve ser feito em hipótese alguma:

Enquanto só 7% dos acidentes com automóveis envolvem vítimas fatais, o número de morte chega a

70% nos acidentes com moto segundo dados do Ministério da Saúde, organizados pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.

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ÁLCOOL E MOTO8-DIRIGIR APÓS INGERIR BEBIDA ALCOÓLICA É

UM ATO CRIMINOSO.

As reações provocadas no organismo pelo consumo de álcool são variadas. O sistema nervoso é alterado, podendo passar da euforia e excesso de confiança para a depressão total. Os reflexos ficam perigosamente compro-metidos. Ficam lentos, interferindo na capacidade de avaliar riscos e dirigir com segurança. Por isso, jamais utilize álcool ou outras drogas antes de dirigir.

Tome cuidado também com a ingestão de alguns medicamentos, como tranquilizantes, sedativos, antialérgicos que podem causar efeitos que irão prejudicar a sua direção. Obtenha informações médicas sobre os efei-tos desses medicamentos. A leitura da bula também pode ajudar na decisão se é aconselhável dirigir após tomar algum deles.

LEI Nº11.705/08 E DECRETO 6.488/08

Se você for flagrado dirigindo sob a influência de álcool ou de qualquer subs-tância psicoativa terá a CNH suspensa por 12 meses, multa de R$ 957,70, além da retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e o recolhimento do documento de habilitação.

De acordo com a Resolução do CONTRAN 206/2006, caso você se recuse a realizar os testes ou exames que comprovem a ingestão de bebida alcoólica ou substância psicoativa, a infração poderá ser caracterizada mediante a obtenção de outras provas acerca de notórios sinais que deverão estar descritos na ocorrên-cia da infração. É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de trânsito.

Três em cada dez acidentes de moto comprometem a pélvis e membros inferiores

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NA HORA DA REVISÃO9-Fizemos um guia para você revisar sua moto:

Reaperto Geral:Todos os parafusos

visíveis da moto devem ser verificados, sob pena de perder um deles, ocasio-nando um sério acidente, ou dano grave à moto. Atenção também aos raios das rodas.

Lubrificar as partes móveis e rolamentos:

Deve-se reengraxar os rolamentos de roda, caixa de direção, balança e seus links. A graxa a ser utilizada deve ser apropria-da para rolamentos (à base de sabão de lítio). Os cabos do acelerador e embreagem também devem ser lubrificados com óleo spray.

Suspensões:

Deve-se a princípio andar com a regulagem original e verificar as eventuais deficiências de compressão e retorno.

Isso depende do peso e altura de cada piloto. No-tando alguma irregularidade, começa-se normalmente a pela regulagem da mola (SAG). Para isso proceda da seguinte forma: Com a moto em um cavalete, com as rodas suspensas, meça a distância entre o eixo da roda traseira e o parafuso de fixação do banco. Em seguida, retire a moto do cavalete e, vestindo todo o equipamento de segurança, suba lentamente na moto, ou seja, a suspensão deve ser pressionada apenas com o peso do corpo do piloto. Meça novamente a distância

entre o eixo da roda e o parafuso do banco. Subtraia a segunda medição da primeira. Para que haja a correta regulagem do SAG, o resultado deve ficar em torno de 100mm. Por fim, passa-se a justar os clicks de com-pressão e retorno.

A medida do SAG varia de acordo com o modelo, ano e marca da moto. Consulte o manual do proprie-tário da sua moto para saber qual o é o da sua.

Exemplos:

SAG CR125 1996 = 115 mm

SAG CR125 1997 = 107 mm

SAG CR 80 2000 = 82 mm

SAG YZ250 2002 = 100 mm

Carburador e Filtro de Ar:Normalmente a carburação

vem regulada tendo como parâ-metros a temperatura de 20°C e pressão ao nível do mar. Esta regulagem pode não ser a ideal em virtude das variadas tempe-raturas, pressões e altitudes no Brasil. Portanto tal regulagem deve ser feita por profissional capacitado, verificando-se inclusive o tipo de combustível a ser utilizado.

Em relação ao filtro de ar, deve ser verificado se o elemen-to filtrante (espuma) encontra--se intacta, ou seja, sem furos ou deformações que possam li-berar a passagem de impurezas para o motor. Deve-se umedecer o elemento filtrante com óleo específico, de forma moderada.

Comandos:Montado na moto, regule os

comandos de freio, embreagem e acelerador ao seu porte.

Líquidos:Aconselha-se a substituição

do óleo do motor, que depen-dendo da data da fabricação da moto, pode ter perdido suas especificações de utilização. Os fabricante de óleo recomen-dam a substituição a cada seis meses. Verifique também a água (aditivo) do radiador e o fluído dos freios.

Pneus:Calibre os pneus de acordo

com o tipo de terreno em que será utilizado e verifique se os mesmos estão bem assentados no aro da roda.

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Amaciamento do Motor:A primeira tocada de uma moto zero é fundamental

para a durabilidade do motor. No motor dois tempos: Utilizando uma mistura com 30% a mais de óleo 2 tem-pos que a indicada pela montadora adicionado à gaso-lina, rode por 10 minutos sem esticar muito as marchas. Pare e deixe o motor esfriar. Em seguida rode por mais 15 minutos aumentando a tocada, mas evitando manter constantemente o motor em alto giro. Pare novamente e deixe o motor esfriar. Rode mais 15 minutos, quando já poderá se testar toda a aceleração. Pare e deixe o motor esfriar. A próxima tocada, já se poderá utilizar a mistura de óleo 2 tempos indicada no manual.

No motor quatro tempos:

Rode inicialmente por 30 minutos em ritmo lento. Pare e deixe o motor esfriar. Repita por mais uma vez, aumentando progressivamente a tocada, ao mesmo tempo, a cada repetição aumenta-se o tempo em quinze minutos até chegar a uma hora.

NA HORA DA REVISÃO DESGASTE DAS PEÇAS

Freio traseiro: 49%

Relação: 46%

Freio dianteiro: 39%

Caixa de direção: 36% Suspensão dianteira:

35%

Luz de freio: 30%

Pneu traseiro: 24%

Pneu dianteiro: 21%

Suspensão traseira:

20%

Lanterna: 15%

Sinaleira: 14%

Farol: 14%

Espelhos: 10%

Veja os problemas mais comuns em relaçãoao desgaste de peças:

INFRAÇÕES E PENALIDADES 10-O Código de Trânsito Brasileiro dedica uma atenção

especial à segurança das motos, impondo uma série de restrições aos motociclistas, que correm muito mais perigo do que os condutores de outros veículos.

De acordo com o artigo 54 do CTB, os motociclistas só podem circular se estiverem usando capacete (com viseira transparente ou óculos protetores), seguran-do o guidão com as duas mãos e utilizando vestuário específico, conforme as especificações do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que, entretanto, ainda não existem.

Os passageiros também estão obrigados a usar os mesmos acessórios e devem ser transportados na garu-pa ou em carro acoplado lateralmente (side car), que é muito mais seguro, mas raro no Brasil.

As motos devem transitar sempre à direita da pista, sendo proibido circular na faixa expressa e nas calçadas.

Quando houver faixas exclusivas (como as de ôni-bus), as motos deverão trafegar pela faixa adjacente. E

o Código é claro: constitui infração gravíssima o moto-ciclista trafegar com os faróis apagados e transportar criança de menos de 7 anos. Além da multa, a pena é a suspensão do direito de dirigir.

E os motociclistas estão na frente no número de in-frações de trânsito. Mesmo representando cerca de 30% da frota, receberam um total de 51% das notificações

As mais comuns são: conduzir sem capacete, carona sem capacete, sem viseira, sem óculos de proteção (capacete aberto), capacete sem selo do Inmetro, farol apagado (motos antigas), escape barulhento (espor-tivo), placa inelegivel (virada pra cima) e pilotar sem espelhos.

DÚVIDAComo vejo se minha moto tem multa?Entre no site do Detran Ceará www.ce.detran.gov.br

e digite o número do Renavan da moto e aparecem as multas em aberto.

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RECURSOAo ser notificado da multa, confirme se:

Marca e modelo correspondem aos de seu veículo;

O veículo notificado ainda é seu;

O intervalo entre a data da infração e a da postagem da notificação é de até 30 dias.

Se a resposta a uma das situações acima for negativa, entre com recurso até a data de vencimento impressa na notificação.

Verifique no verso da notificação o nome do órgão que aplicou a multa e depois localize o endereço da respectiva junta de recursos de infrações.

Use os formulários prontos ou escreva você mesmo uma carta expondo claramente sua versão. Junte cópias da notificação da multa, de seu RG (ou do de quem dirigia o veículo na ocasião) e do documento de licenciamento.

Você pode enviar os documentos pelo correio ou comparecer ao setor de multas do órgão notificante. O resultado do julgamento não tem prazo definido, mas é enviado ao reclamante pelo correio.

CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS11-

Vias de trânsito rápido - Não possuem cruzamen-tos diretos, semáforos, nem travessia de pedestres.

Vias arteriais –são vias de ligação entre as regiões da cidade, que possuem cruzamentos e geralmente são controladas por semáforos.

Vias coletoras – coletam e distribuem o trânsito dentro da cidade, dando acesso às vias de maior porte.

Também possuem semáforos.

Vias locais - destinadas apenas ao acesso local ou a áreas restritas. As vias abertas na zona rural são denominadas vias rurais. São elas:

Estradas: são as vias não pavimentadas.

Rodovias: são as vias pavimentadas.

As vias são classificadas em urbanas e rurais. As vias urbanas são as ruas e avenidas situadas na área urbana, caracterizadas

principalmente por possuírem edifícações. Elas se subdividem em:

Antecipe o perigo: Veja Descubra o que fazer: Pense Não espere para ver o que vai acontecer: aja a tempo

MÉTODO BÁSICO PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES