cartilha sus

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O SUS pode ser seu melhor plano de saúde Organizadores Andrea Salazar Karina Grou Rodrigues Lynn Silver Mário Scheffer Agradecimentos Gilson Carvalho Ligia Bahia Silvia Vignola Diagramação José Humberto de S. Santos Ilustrações Vicente Mendonça Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Rua Doutor Costa Júnior, 356 Água Branca - São Paulo - SP Tel: (11) 3874-2152 home page www.idec.org.br e-mail [email protected] Apoio Esta publicação, uma iniciativa do Idec com o apoio da Fundação Rockfeller, é destinada a informar e orientar os cidadãos sobre seus direitos às ações e aos serviços de saúde. A sua distribuição é gratuita. Autorizamos a reprodução, desde que previamente solicitada ao Idec. Fontes Legislação sobre o SUS; Relatório Final da 11ª Conferência Nacional de Saúde; Conselho Nacional de Saúde; Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz.

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Guia rápido sobre o Sistema Único de Saúdeo no Brasil. Excelente para provas e concursos

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  • O SUS podeser seu melhor plano de sadeOrganizadoresAndrea Salazar Karina Grou Rodrigues Lynn Silver Mrio Scheffer AgradecimentosGilson Carvalho Ligia Bahia Silvia Vignola DiagramaoJos Humberto de S. SantosIlustraesVicente MendonaIdec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Rua Doutor Costa Jnior, 356 gua Branca - So Paulo - SP Tel: (11) 3874-2152 home pagewww.idec.org.br [email protected] ApoioEsta publicao, uma iniciativa do Idec com o apoio da Fundao Rockfeller, destinada a informar e orientar os cidados sobre seus direitos s aes e aos servios de sade. A sua distribuio gratuita. Autorizamos a reproduo, desde que previamente solicitada ao Idec.FontesLegislao sobre o SUS; Relatrio Final da 11 Conferncia Nacional de Sade; Conselho Nacional de Sade; Ministrio da Sade e Fundao Oswaldo Cruz.

  • ApresentaoTodos os brasileiros e brasileiras, desde o nascimento, tm direito

    aos servios de sade gratuitos. Mas ainda faltam recursos e aes para que o sistema pblico atenda com qualidade toda a populao.

    Voc, que utiliza esses servios, conhece bem as dificuldades e pode se valer desta cartilha para conhecer seus direitos e exigir que eles sejam cumpridos.

    Esta publicao tambm de muita utilidade para quem possui um plano de sade. Se voc fez essa opo, deve ter sido porque o sistema pblico ainda no funciona como deveria e porque tem condies econmicas para tanto. Mas, certamente, voc no deve estar satisfeito com a idia de pagar impostos para no receber nada em troca e, ao mesmo tempo, pagar mensalidades altas para ter um plano que, ainda por cima, tem limitaes, impe dificuldades, enfim, deixa muito a desejar.

    O Idec sempre atuou na defesa dos usurios de planos de sade e continuar nessa batalha. Mas, por no acreditar que os planos sejam a soluo, nem para os atuais usurios muito menos para toda a populao, que decidimos participar da luta pela melhoria dos servios pblicos. O Idec espera que, um dia, os consumidores deixem de ser refns dos planos de sade e possam fazer valer o dinheiro pago com seus impostos.

    Vale ressaltar que, em alguma medida, mesmo quem tem um plano de sade tambm usurio do SUS, j que se beneficia das campanhas de vacinao; das aes de preveno e de vigilncia sanitria (como controle de sangue e hemoderivados, registro de medicamentos etc.); ou de eventual atendimento de alta complexidade, quando este negado pelo plano de sade. Como voc pode ver, o SUS no est to longe quanto parece. O Idec convida voc a conhecer seus direitos, os avanos j conquistados e ajudar a transformar o SUS no verdadeiro plano de sade do Brasil.

    Marilena LazzariniCoordenadora Executiva do Idec

  • O plano de sade de todos os brasileirosH mais de 15 anos o Brasil vem implantando o Sistema nico de

    Sade, o SUS, criado para ser o sistema de sade dos 170 milhes de brasileiros, sem nenhum tipo de discriminao. Est enganado quem pensa que o SUS se resume a consultas, exames e internaes. O sistema hoje faz muito com poucos recursos e tambm se especializou em apresentar solues para casos difceis, como o atendimento aos doentes de Aids e os transplantes.

    O oramento do SUS conta com menos de R$ 20,00 reais mensais por pessoa. Isso dez vezes menos do que destinado pelos sistemas de sade dos pases desenvolvidos e bem abaixo do valor de qualquer mensalidade de um plano de sade.

    Por outro lado, os planos privados de sade, que atendem 35 milhes de brasileiros, esto longe de representar a soluo para a sade no Brasil. iluso achar que os planos prestam servios de qualidade. Alm de custarem caro, muitas vezes negam o atendimento quando o cidado mais precisa: deixam de fora medicamentos, exames, cirurgias e muitas vezes dificultam o atendimento dos cidados idosos, dos pacientes crnicos, dos portadores de patologias e deficincias.

    Alguns donos de planos de sade j compararam os doentes e idosos a carros batidos. Como s visam o lucro, eles preferem ter como clientes apenas os jovens e os sadios.

  • Compare a diferena entre os dois sistemasPLANOS DE SADE SUS

    S tem direito quem adere ao plano

    Todos tm direito, desde o nascimento

    S tem direito quem pode pagar Os servios so gratuitos

    A finalidade o lucro A finalidade a promoo e a recuperao da sade

    Quem paga mais, recebe mais emelhores servios

    No h discriminao. Todos tm direito a todos os servios

    Idosos pagam mais caro No h discriminaoDoentes sofrem restries e precisam pagar mais caro para ter atendimento

    No h discriminao

    H carncias de at 2 anos No existem carnciasS realiza atendimentomdico-hospitalar

    D atendimento integral

    H planos que no cobrem internao e parto

    D atendimento integral

    H planos que no cobrem exames e procedimentos complexos

    D atendimento integral

    Em geral, os planos no cobremDoenas profissionais e acidentes de trabalho

    No h restries, apesar das deficincias

    No tm compromisso com a preveno de doenas

    Realiza preveno de doenas e campanhas educativas em sade

    Aposentados, ex-funcionrios, ex-sindicalizados e ex-associados perdem direitos do plano coletivo com o tempo

    Pode ser utilizado independentemente de qualquer situao ou vnculo empregatcio

  • Voc paga duas vezes, e ainda no fica satisfeitoTodos os cidados pagam mais de uma vez para ter acesso

    sade, mas, em geral, nem o usurio do SUS, nem o consumidor de planos de sade, est satisfeito com o atendimento que recebe.

    Boa parte do dinheiro para financiar o SUS vem de contribuies sociais de patres e empregados. Outra parte vem do pagamento de impostos embutidos no preo de produtos e servios (Imposto sobre Circulao de Mercadorias ICMS) e tambm de impostos sobre o lucro (o Cofins), sobre os automveis (o IPVA) e sobre a movimentao financeira (a CPMF).

    Os planos de sade no so financiados apenas pelas mensalidades dos usurios ou pelas empresas que pagam o benefcio para seus funcionrios. Indiretamente, eles recebem recursos pblicos, como, por exemplo, por meio dos planos de sade contratados para funcionrios pblicos. Alm disso, os planos de sade tiram muitas vantagens do SUS. Quando o plano nega um atendimento (a negativa pode ou no estar prevista no contrato), como exames e procedimentos caros e complexos, o SUS quem acaba atendendo o cidado.

    Mesmo quando o paciente tem plano de sade, o SUS atende todos os casos de urgncia e emergncia que do entrada nos hospitais pblicos, a exemplo dos acidentes de trnsito. Nestes casos, o SUS paga a conta que deveria ser da empresa de plano de sade e poucas vezes ressarcido pelo atendimento prestado.

    Outro desvio a prtica ilegal da fila dupla, quando as unidades do SUS, principalmente hospitais universitrios, fazem parcerias com planos de sade. Neste caso, os usurios dos planos recebem ateno diferenciada, furam a longa fila de espera do SUS de marcao de exames e consultas, passam na frente nas cirurgias e demais procedimentos, alm de serem atendidos e at internados em melhores acomodaes.

  • Conhea melhor o SUS, um direito de todosA sade no Brasil direito de todos e dever do Estado. Mais que

    isso, a sade item de relevncia pblica, o que assegura a participao do Ministrio Pblico na fiscalizao do cumprimento das leis.

    O SUS um sistema porque formado por vrias instituies dos trs nveis de governo (Unio, estados e municpios) e pelo setor privado, com o qual so feitos contratos e convnios para a realizao de servios e aes, como se fosse um mesmo corpo. Assim, o servio privado (um hospital, por exemplo), quando contratado pelo SUS, deve atuar como se fosse pblico.

    O SUS nico, porque tem a mesma filosofia de atuao em todo o territrio nacional e organizado de acordo com uma mesma lgica. Alm disso, o SUS:

    - universal porque deve atender a todos, sem distines, de acordo com suas necessidades; e sem cobrar nada, sem levar em conta o poder aquisitivo ou se a pessoa contribui ou no com a Previdncia Social.

    - integral, pois a sade da pessoa no pode ser dividida e, sim, deve ser tratada como um todo. Isso quer dizer que as aes de sade devem estar voltadas, ao mesmo tempo, para o indivduo e para a comunidade, para a preveno e para o tratamento, sempre respeitando a dignidade humana.

    - Garante eqidade, pois deve oferecer os recursos de sade de acordo com as necessidades de cada um; dar mais para quem mais precisa.

    - descentralizado, pois quem est prximo dos cidados tem mais chances de acertar na soluo dos problemas de sade. Assim, todas as aes e servios que atendem a populao de um municpio devem ser municipais; as que servem e alcanam vrios municpios devem ser estaduais e aquelas que so dirigidas a todo o territrio nacional devem ser federais. O SUS tem um gestor nico em cada esfera de governo. A Secretaria Municipal de Sade, por exemplo, tem que ser responsvel por todos os servios localizados na cidade.

  • - regionalizado e hierarquizado: os servios de sade devem estar dispostos de maneira regionalizada, pois nem todos os municpios conseguem atender todas as demandas e todo tipo de problemas de sade. Os servios de sade devem se organizar regionalmente e tambm obedecer a uma hierarquia entre eles. As questes menos complexas devem ser atendidas nas unidades bsicas de sade, passando pelas unidades especializadas, pelo hospital geral at chegar ao hospital especializado.

    - Prev a participao do setor privado: as aes sero feitas pelos servios pblicos e de forma complementar pelo setor privado, preferencialmente pelo setor filantrpico e sem fins lucrativos, por meio de contrato administrativo ou convnio, o que no descaracteriza a natureza pblica dos servios.

    - Deve ter racionalidade: o SUS deve se organizar para oferecer aes e servios de acordo com as necessidades da populao e com os problemas de sade mais freqentes em cada regio. Uma cidade no pode, por exemplo, manter um hospital e no dispor de unidades bsicas de sade.

    - Deve ser eficaz e eficiente: deve prestar servios de qualidade e apresentar solues quando as pessoas o procuram ou quando h um problema de sade coletiva. Deve usar da racionalidade, utilizar as tcnicas mais adequadas, de acordo com a realidade local e a disponibilidade de recursos, eliminando o desperdcio e fazendo com que os recursos pblicos sejam aplicados da melhor maneira possvel.

    - Deve promover a participao popular: o SUS democrtico porque tem mecanismos de assegurar o direito de participao de todos os segmentos envolvidos com o sistema - governos, prestadores de servios, trabalhadores de sade e, principalmente, os usurios dos servios, as comunidades e a populao. Os principais instrumentos para exercer esse controle social so os conselhos e as conferncias de sade, que devem respeitar o critrio de composio paritria (participao igual entre usurios e os demais); alm de ter carter deliberativo, isto , ter poder de deciso.

  • O SUS j provouque pode dar certo1

    Voc j deve ter ouvido falar muito mal do SUS. Freqentemente, jornais, rdios e TVs apresentam o seu lado ruim: filas de espera, hospitais lotados e sucateados, situaes de mau atendimento, falta de remdios e outros problemas.

    O lado bom do SUS mesmo muito pouco conhecido, pois h preconceito, desinformao e at m f de alguns setores que lucram com a exposio negativa dos servios pblicos de sade. Conhea alguns dos avanos e das conquistas do SUS:

    - D assistncia integral e totalmente gratuita para a populao de portadores do HIV e doentes de Aids, renais crnicos e pacientes com cncer.

    - Realiza, por ano, 2,4 consultas para cada brasileiro; 2,5 milhes de partos; 200 milhes de exames laboratoriais; 6 milhes de ultrassonografias.

    - Na ltima dcada houve aumento da esperana de vida dos brasileiros; diminuio da mortalidade e da desnutrio infantil; eliminao da varola e da poliomielite; controle da tuberculose infantil, ttano, sarampo e de muitas doenas que podem ser prevenidas com vacinao.

    - Mantm 500.000 profissionais de sade, 6.500 hospitais, 487.000 leitos, onde so realizadas mais de um milho de internaes por ms. Conta com 60.000 unidades bsicas de sade, que realizam 350 milhes de atendimentos por ano.

    - Realiza 85% de todos os procedimentos de alta complexidade do pas. Em 2000, fez 72 mil cirurgias cardacas, 420 mil internaes psiquitricas, 90 mil atendimentos de politraumatizados no sistema de urgncia emergncia, 7.234 transplantes de rgos.

    - O Programa Sade da Famlia do SUS contava com mais de 16.000 equipes no final de 2002, atendendo 55 milhes de pessoas, presente em 90% dos municpios brasileiros.

    - Realiza por ano 165.000 cirurgias de catarata; distribui 200 milhes de preservativos; realiza campanhas educativas; aes de

  • vigilncia sanitria de alimentos e medicamentos; alm do controle de doenas e epidemias.

    - Os brasileiros que conseguem ser atendidos pelo SUS esto satisfeitos com o tratamento que recebem. Pesquisa feita pelo Ministrio da Sade em 2001, com 110 mil usurios internados pelo SUS, mostra que 85% consideram excelente ou bom o atendimento oferecido pelo hospital.

    - Outra pesquisa, do Ibope, revelou que a metade da populao acredita que a implantao do SUS est dando certo e 41% admitem que a qualidade dos servios vem melhorando.

    1 Fonte: Ministrio da Sade e Fundao Oswaldo Cruz, 2002.

  • No so poucas as dificuldades do SUSAs dificuldades do SUS so conhecidas, mas no podem ser

    generalizadas. Muitos municpios, que assumiram a sade de seus cidados, que respeitam a lei e investem recursos prprios, esto conseguindo prestar atendimento com qualidade e dignidade a toda a populao. Todos ns podemos dar uma contribuio, pois ainda persistem muitos problemas que precisam ser enfrentados:

    - Muita gente no consegue ter acesso ao SUS. Em algumas cidades, principalmente nos grandes centros, longa a fila de espera para consultas, exames e cirurgias.

    - Dependendo do local, comum no haver vagas para internao, faltam mdicos, pessoal, medicamentos e at insumos bsicos. Tambm grande a demora nos encaminhamentos e na marcao para servios mais especializados.

    - Muitas vezes os profissionais no esto preparados para atender bem a populao, sem contar que as condies de trabalho e de remunerao so geralmente muito ruins. Isso tambm acontece nos planos de sade, que remuneram mal os profissionais credenciados.

    - O atendimento s emergncias est longe de ser o adequado, principalmente s vtimas da violncia e dos acidentes de trnsito.

    - So precrios os servios de reabilitao, o atendimento aos idosos, a assistncia em sade mental e os servios odontolgicos. Nos planos de sade, a situao no muito diferente: comum a restrio aos servios de reabilitao, sade mental e os servios odontolgicos, normalmente, so excludos. Os idosos, por sua vez, sofrem com os altos preos das mensalidades.

    - De acordo com pesquisas realizadas pelo Idec, em 2002, apenas 54% de 61 medicamentos bsicos estavam disponibilizados em centros de sade de 11 cidades. Outra pesquisa do Idec demonstrou que em alguns municpios os usurios precisam chegar de madrugada ou retornar vrias vezes para marcar um exame preventivo.

  • Faltam recursos e polticas sociaisA sade da populao no depende somente do SUS, mas

    tambm de investimento de recursos, de polticas econmicas e sociais. A garantia de emprego, salrio, casa, comida, educao, lazer e transporte interfere nas condies de sade e de vida. Sade no s atendimento mdico, mas tambm preveno, educao, recuperao e reabilitao. Alm disso, veja s o que est por trs das dificuldades do SUS:

    - O oramento pblico destinado ao SUS insuficiente, o que fica pior com a poltica econmica do governo; a CPMF (o imposto do cheque), criada para melhorar a sade, acabou sendo usado para outros fins; h estados e municpios que descumprem a Constituio e no destinam os recursos previstos para a sade.

    - Parte do dinheiro da sade, que j pouco, est sendo desviada para pagamento de salrios de aposentados, pagamento de dvidas, obras de outros setores e at pagamento de planos privados de sade para funcionrios pblicos.

    - A implantao do SUS esbarra na falta de vontade poltica de muitos governantes e na falta de organizao da sociedade, especialmente aqueles mais pobres e marginalizados, que tm dificuldades de mobilizao para pressionar as autoridades.

  • Est tudo na Constituio.S falta cumprir.Resultado de muita luta e mobilizao da sociedade, a

    Constituio Brasileira reconheceu a sade com um direito de cidadania e instituiu um sistema de sade que precisa ser implementado.

    Com base na Constituio Federal; na Lei 8080/90, a Lei Orgnica da Sade; na Lei 8142/90, que trata da participao da sociedade e do financiamento da sade; e nas demais leis que de alguma forma relacionam-se com o tema, o Idec elencou os principais direitos dos usurios de aes e servios de sade. Conhea de perto esses direitos e passe a lutar por eles no seu dia a dia.

    So seus direitos:

    - Ter acesso ao conjunto de aes e servios necessrios para a promoo, a proteo e a recuperao da sua sade.

    - Ter acesso gratuito, mediante financiamento pblico, aos medicamentos necessrios para tratar e restabelecer sua sade.

    - Ter acesso ao atendimento ambulatorial em tempo razovel para no prejudicar sua sade. Ter disposio mecanismos geis que facilitem a marcao de consultas ambulatoriais e exames, seja por telefone, meios eletrnicos ou pessoalmente.

    - Ter acesso a centrais de vagas ou a outro mecanismo que facilite a internao hospitalar, sempre que houver indicao, evitando que, no caso de doena ou gravidez, voc tenha que percorrer os estabelecimentos de sade procura de um leito.

    - Ter direito, em caso de risco de vida ou leso grave, a transporte e atendimento adequado em qualquer estabelecimento de sade capaz de receber o caso, independente de seus recursos financeiros. Se necessria, a transferncia somente poder ocorrer quando seu quadro de sade tiver estabilizado e houver segurana para voc.

    - Ser atendido, com ateno e respeito, de forma personalizada e com continuidade, em local e ambiente digno, limpo, seguro e adequado para o atendimento.

  • - Ser identificado e tratado pelo nome ou sobrenome e no por nmeros, cdigos ou de modo genrico, desrespeitoso ou preconceituoso.

    - Ser acompanhado por pessoa indicada por voc, se assim desejar, nas consultas, internaes, exames pr-natais, durante trabalho de parto e no parto. No caso das crianas, elas devem ter no pronturio a relao de pessoas que podero acompanh-las integralmente durante o perodo de internao.

    - Identificar as pessoas responsveis direta e indiretamente por sua assistncia, por meio de crachs visveis, legveis e que contenham o nome completo, a profisso e o cargo do profissional, assim como o nome da instituio.

    - Ter autonomia e liberdade para tomar as decises relacionadas sua sade e sua vida; consentir ou recusar, de forma livre, voluntria e com adequada informao prvia, procedimentos diagnsticos, teraputicos ou outros atos mdicos a serem realizados.

    - Se voc no estiver em condio de expressar sua vontade, apenas as intervenes de urgncia, necessrias para a preservao da vida ou preveno de leses irreparveis, podero ser realizadas sem que seja consultada sua famlia ou pessoa prxima de confiana. Se, antes, voc tiver manifestado por escrito sua vontade de aceitar ou recusar tratamento mdico, essa deciso dever ser respeitada.

    - Ter liberdade de escolha do servio ou profissional que prestar o atendimento em cada nvel do sistema de sade, respeitada a capacidade de atendimento de cada estabelecimento ou profissional.

    - Ter, se desejar, uma segunda opinio ou parecer de outro profissional ou servio sobre seu estado de sade ou sobre procedimentos recomendados, em qualquer fase do tratamento, podendo, inclusive, trocar de mdico, hospital ou instituio de sade.

    - Participar das reunies dos conselhos de sade; das plenrias das conferncias de sade; dos conselhos gestores das unidades e servios de sade e outras instncias de controle social que discutem ou deliberam sobre diretrizes e polticas de sade gerais e especficas.

    - Ter acesso a informaes claras e completas sobre os servios de sade existentes no seu municpio. Os dados devem incluir endereos, telefones, horrios de funcionamento, mecanismos de marcao de

  • consultas, exames, cirurgias, profissionais, especialidades mdicas, equipamentos e aes disponveis, bem como as limitaes de cada servio.

    - Ter garantida a proteo de sua vida privada, o sigilo e a confidencialidade de todas as informaes sobre seu estado de sade, inclusive diagnstico, prognstico e tratamento, assim como todos os dados pessoais que o identifiquem, seja no armazenamento, registro e transmisso de informaes, inclusive sangue, tecidos e outras substncias que possam fornecer dados identificveis. O sigilo deve ser mantido at mesmo depois da morte. Excepcionalmente, poder ser quebrado aps sua expressa autorizao, por deciso judicial, ou diante de risco sade dos seus descendentes ou de terceiros.

    - Ser informado claramente sobre os critrios de escolha e seleo ou programao de pacientes, quando houver limitao de capacidade de atendimento do servio de sade. A prioridade deve ser baseada em critrios mdicos e de estado de sade, sendo vetado o privilgio, nas unidades do SUS, a usurios particulares ou conveniados de planos e seguros sade.

    - Receber informaes claras, objetivas, completas e compreensveis sobre seu estado de sade, hipteses diagnsticas, exames solicitados e realizados, tratamentos ou procedimentos propostos, inclusive seus benefcios e riscos, urgncia, durao e alternativas de soluo. Devem ser detalhados os possveis efeitos colaterais de medicamentos, exames e tratamentos a que ser submetido. Suas dvidas devem ser prontamente esclarecidas.

    - Ter anotado no pronturio, em qualquer circunstncia, todas as informaes relevantes sobre sua sade, de forma legvel, clara e precisa, incluindo medicaes com horrios e dosagens utilizadas, risco de alergias e outros efeitos colaterais, registro de quantidade e procedncia do sangue recebido, exames e procedimentos efetuados. Cpia do pronturio e quaisquer outras informaes sobre o tratamento devem estar disponveis, caso voc solicite.

    - Receber as receitas com o nome genrico dos medicamentos prescritos, datilografadas, digitadas ou escritas em letra legvel, sem a utilizao de cdigos ou abreviaturas, com o nome, assinatura do profissional e nmero de registro no rgo de controle e regulamentao da profisso.

  • - Conhecer a procedncia do sangue e dos hemoderivados e poder verificar, antes de receb-los, o atestado de origem, sorologias efetuadas e prazo de validade.

    - Ser prvia e expressamente informado quando o tratamento proposto for experimental ou fizer parte de pesquisa, o que deve seguir rigorosamente as normas de experimentos com seres humanos no pas e ser aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) do hospital ou instituio.

    - No ser discriminado nem sofrer restrio ou negao de atendimento, nas aes e servios de sade, em funo da idade, raa, gnero, orientao sexual, caractersticas genticas, condies sociais ou econmicas, convices culturais, polticas ou religiosas, do estado de sade ou da condio de portador de patologia, deficincia ou leso preexistente.

    - Ter um mecanismo eficaz de apresentar sugestes, reclamaes e denncias sobre prestao de servios de sade inadequados e cobranas ilegais, por meio de instrumentos apropriados, seja no sistema pblico, conveniado ou privado.

    - Recorrer aos rgos de classe e conselhos de fiscalizao profissional visando a denncia e posterior instaurao de processo tico-disciplinar diante de possvel erro, omisso ou negligncia de mdicos e demais profissionais de sade durante qualquer etapa do atendimento ou tratamento.

  • Onde ecomo fazer valer seus direitosAgora que voc j conhece seus direitos, precisa saber como

    exigi-los no dia-a-dia, toda vez que no forem respeitados. Em geral, o caminho no fcil e requer uma grande disposio. Mas vale a pena! Ao reivindicar o cumprimento da lei, voc busca resolver o seu problema pessoal, e tambm contribui para a melhoria dos servios e aes de sade para toda a comunidade.

    Indicamos a seguir os principais rgos para a soluo das situaes indesejadas que o cidado pode enfrentar, e, quando possvel, endereos que podero tambm ajudar voc a encontrar os contatos estaduais e municipais. Alm disso, elaboramos modelos de cartas, representaes ao Ministrio Pblico e aes judiciais para facilitar a reivindicao do seu direito. Os principais modelos de cartas esto aqui reproduzidos. J os modelos de representaes e aes judiciais esto disponveis na Internet, no site www.idec.org.br.

    Em diversos casos, mais de uma atitude pode ser tomada, mas sempre aconselhvel que a primeira delas seja formalizar seu pedido, o que pode ser feito por meio de uma carta dirigida tanto ao responsvel pela unidade de sade ou hospital, conforme o caso, quanto ao secretrio municipal de sade. Alm disso, o usurio pode reclamar junto ao Conselho de Sade local; enviar uma representao solicitando que o Ministrio Pblico cuide do problema ou ainda propor uma ao judicial. Na situao concreta, o cidado, aps ler o que e o que faz cada rgo, deve decidir quais as melhores alternativas a serem seguidas.

    Conselhos e Conferncias de Sade

    Como funcionaObrigatrios por lei nos trs nveis de governo (municpios,

    estados e Unio), os conselhos de sade contam com a participao de representantes da sociedade e tm a tarefa de fiscalizar e definir diretrizes para a execuo das polticas de sade. Metade dos conselheiros tem que ser representantes dos usurios dos servios de sade. Todos os Estados tm Conselho Estadual de Sade e a maioria dos municpios tem Conselho Municipal de Sade, que funcionam junto s secretarias de sade, mas so autnomos e independentes.

  • J as Conferncias de Sade, tambm asseguradas em lei, acontecem periodicamente, so abertas sociedade e representam o mais importante espao de controle social na rea da sade.

    Quando procurarOs conselhos podem receber denncias sobre o atendimento

    precrio nos servios de sade; desvios de recursos e cobrana pela prestao de servios pblicos. Alm disso, recebem sugestes para a melhoria dos servios, aes e polticas de sade, o que tambm pode ser feito durante as conferncias de sade. Mas saiba que os conselhos podem agir para corrigir o problema coletivo, mas no podero resolver seu caso individual, ou seja, no tm como solucionar de imediato a demora de sua consulta, exame ou cirurgia, fornecer medicamentos, reparar eventuais danos morais e materiais.

    Para acionarPor meio de carta dirigida ao Conselho de Sade. Ou

    pessoalmente, pois as reunies dos conselhos e as plenrias das conferncias so pblicas, abertas a todos os interessados. Voc pode tambm procurar um conselheiro de sade representante dos usurios, que ser seu porta voz.

    Informaes sobre os Conselhos e Conferncias podem ser obtidas junto ao Conselho Nacional de Sade: Esplanada dos Ministrios, Bloco G, Anexo, Ala B. 1 andar - salas 128 a 147 - CEP 70058-900 - Braslia DF. Tel.: (61) 315-2150/315-2151 Fax: (61) 315-2414/315-2472. E-mail: [email protected] / Site: http//conselho.saude.gov.Br

    Conselhos Gestores

    Como funcionaVrios municpios j contam com Conselhos Gestores em

    hospitais, ambulatrios, postos e unidades de sade. Criados geralmente por lei municipal, so compostos por trs partes (por isso so chamados tripartite): os usurios, ou seja, a populao que utiliza os servios de sade; os funcionrios da unidade de sade; e a administrao, a direo do estabelecimento de sade Os membros do Conselho Gestor discutem e decidem sobre a prestao de servios e atendimento na unidade; planejam e avaliam a qualidade do atendimento e, principalmente, recebem diretamente as queixas da populao que atendida naquele lugar. Alm do Conselho Gestor, em alguns locais, existem os Conselhos Comunitrios de Sade, que tm a funo de conscientizar os moradores sobre as lutas do bairro e

  • contribuir para a melhoria dos servios de sade. Os conselhos locais, de unidades e de bairros, geralmente, esto ligados ao Conselho Municipal de Sade.

    Quando procurarPara apresentar um problema especfico da unidade de sade

    onde voc buscou ou recebeu atendimento.

    Para acionarAps se informar do dia e horrio das reunies, procure pessoalmente um

    conselheiro.

    Diretor, chefe de servio e secretrio de sade

    Como funcionaTodo servio ou unidade de sade obrigatoriamente tem um chefe

    ou diretor, que um profissional de sade, geralmente mdico, responsvel pela administrao e pleno funcionamento do servio. Todos os servios de sade do SUS esto subordinados s secretarias municipais ou estaduais de sade.

    Quando procurarNo caso de reclamaes sobre falta e despreparo de profissionais,

    mau atendimento, descumprimento de horrios, filas de espera, demora, desorganizao do servio, falta de aparelhos, equipamentos, medicamentos e insumos (gaze, esparadrapo, seringas descartveis etc).

    Para acionarProcure saber o nome do Diretor e escreva uma carta endereada a ele,

    apresentando sua queixa. Envie uma cpia ao Secretrio Municipal ou Estadual da Sade. Insista para que voc tenha uma resposta rpida e satisfatria.

    Ouvidoria

  • Como funcionaVrios hospitais, servios e rgos pblicos de sade mantm

    ouvidoria, que tem a funo de ouvir os usurios, apurando as denncias e apresentando solues em relao ao problema levantado. A ouvidoria recebe e analisa as reclamaes e as sugestes dos usurios, encaminhando o problema aos setores competentes. Acompanha tambm as providncias adotadas, cobra solues e mantm o usurio informado.

    Quando procurarDiante da insatisfao quanto ao atendimento e aos servios

    prestados. Exija da ouvidoria uma resposta rpida e satisfatria.

    Para acionarDirija-se diretamente ao ouvidor, por telefone ou por meio de carta.

    Pergunte no estabelecimento de sade como entrar em contato com a ouvidoria.

    Telefones 0800 ou Disque Sade

    Como funcionaO Ministrio da Sade mantm o Disque Sade que funciona 24

    horas, com ligao gratuita. Alm de orientaes sobre preveno e tratamento de doenas, possvel obter informaes sobre telefones 0800 municipais, sobre onde fazer denncias relacionadas a medicamentos falsos e reclamaes sobre servios prestados na rede pblica. Em So Paulo e outros estados existe o Disque SUS que funciona como um canal de acesso da populao para queixas sobre o SUS.

    Quando procurarPara reclamaes e denncias de violaes de seus direitos

    enquanto usurio do SUS; para dvidas sobre preveno e tratamento de doenas; para obter informaes sobre marcao de consultas, acesso a medicamentos, doao de sangue, transplantes etc.

    Para acionarLigue de qualquer telefone. Disque Sade 24 horas do Ministrio da Sade:

    0800 611997 (ligao gratuita de todo o pas). Disque SUS/SP (11) 3081-2817 (ligao cobrada)

    Ministrio Pblico

  • Como funciona o rgo que atua na proteo e na defesa dos direitos e

    interesses da sociedade, como o caso da sade. Quando recebe informaes sobre casos de desrespeito aos direitos sociais, o Ministrio Pblico (MP) pode instaurar um procedimento (inqurito civil) para ouvir quem eventualmente causou o dano e levantar provas. Quando tiver evidncias de uma conduta prejudicial a um ou mais cidados, o MP pode fazer um termo de ajustamento de conduta (um acordo) ou mesmo ingressar com ao na Justia. Tendo em vista a importncia do direito sade, e que, provavelmente, a falha na prestao dos servios neste setor atinge vrias pessoas, o MP um importante recurso do usurio do SUS. Existe o Ministrio Pblico Federal e o Estadual, sendo que ambos tm competncia para atuar nas questes relacionadas sade.

    Quando procurarSempre que voc tiver informaes sobre m qualidade do

    atendimento, falta de medicamentos, deficincias de servios de sade e desvios de recursos.

    Para acionarPor meio de uma representao, que um documento escrito que

    conta o problema e solicita providncias, ou comparecendo pessoalmente ao Ministrio Pblico, onde haver algum para tomar seu depoimento. No site do Idec, www.idec.org.br, esto disponveis alguns modelos de representaes que podero auxiliar no encaminhamento de suas informaes ou denncias.

    Ministrio Pblico FederalProcuradoria Geral da RepblicaSAF - Sul, Quadra 04, Conj. CCep:70050-900 - Braslia / DFTel: (61) 3031-5100Site: www.pgr.mpf.gov.brEm So PauloRua Peixoto Gomide, 768 - Cerqueira CesarTel: (11) 3269-5000Site: www.mp.sp.gov.br (em outros estados, troque a sigla sp)

    Ministrio Pblico EstadualSo PauloRua Riachuelo, 115, 1 andarCep: 01007-904 - So Paulo / SP

    Tel: (11) 3119-9000

  • Poder Judicirio

    Como funcionaA Constituio Federal garante que toda leso ou ameaa de

    direito seja apreciada pelo Poder Judicirio. Basta que o interessado procure a Justia. Desde que preenchidas as formalidades exigidas, voc sempre poder levar o problema a um Juiz de Direito. O acesso Justia se d por meio de um documento denominado petio inicial, que deve sempre ser elaborado e assinado por um advogado (a exceo o Juizado Especial Cvel veja pgina 32). A partir da, o Juiz analisar o pedido do autor da ao, a resposta do ru, as provas apresentadas, e decidir a questo. Aquele que perder poder recorrer aos Tribunais na tentativa de mudar a deciso do Juiz.

    Quando procurarPode ser acionado para que os responsveis (as autoridades

    municipais, estaduais ou federais; diretor do hospital ou unidade; ou profissional de sade), sejam obrigados a corrigir as falhas ou a omisso na prestao dos servios de sade. Conseqentemente, voc pode conseguir o atendimento do qual precisa, como por exemplo internao para fazer uma cirurgia, realizao de consultas ou exames, medicamentos etc. Tambm possvel recorrer Justia para buscar a indenizao ou reparao de danos de qualquer natureza sofridos em razo da falta de atendimento ou do atendimento de m qualidade.

    Para acionarOs cidados podem ingressar na Justia individualmente, contratando um

    advogado particular, ou recorrendo assistncia judiciria gratuita. O Ministrio Pblico tambm pode representar o cidado judicialmente, o que pode ser feito ainda por meio de uma associao ou entidade com legitimidade para propor aes judiciais e que tenha entre as suas finalidades, descritas no seu estatuto, a defesa da sade ou da cidadania.

    Juizado Especial Cvel (JEC)

    Como funcionaAntes conhecido como Juizado de Pequenas Causas, o JEC faz

    parte do Poder Judicirio, mas dedica-se exclusivamente ao julgamento

  • de aes cujo valor envolvido no seja superior a 40 salrios mnimos. Seu objetivo simplificar o andamento das causas de menor complexidade e, por isso, costuma ser mais rpido do que a Justia Comum. Aps analisar o pedido de quem deu entrada na ao e ouvir a defesa do acusado, o Juiz decide quem tem razo. Quem perder pode recorrer ao Tribunal. No JEC s possvel um nico recurso. Mas, ateno, ao judicial contra o Poder Pblico (municpio, estado e Unio) no pode ser proposta neste Juizado.

    Quando procurarPara discutir problemas com planos de sade, hospitais e clnicas

    privadas, etc, desde que o valor envolvido no ultrapasse 40 salrios mnimos.

    Para acionarPara causas de at 20 salrios mnimos no necessrio

    advogado, basta recorrer unidade mais prxima de sua casa (normalmente situa-se no Frum). O pedido deve ser feito por escrito ou oralmente. preciso anexar ao pedido todos os documentos que comprovem a reclamao: receitas, exames, pronturio mdico, notas fiscais, oramentos, contratos etc. Tambm importante saber os dados das eventuais testemunhas existentes, como nome e endereo. Quando os valores discutidos estiverem entre 20 e 40 salrios mnimos necessria a contratao de um advogado.

    Juizado Central de So Paulo/Capital(em outros locais, informe-se no Frum)Rua Vergueiro, 835. Cep: 01504-001

    Tels: (11) 3207 5857 ou 3207 5183

    Defensoria Pblica

    Como funcionaA Defensoria Pblica foi criada pela Constituio Federal de 1988 e

    tem o dever de prestar assistncia jurdica gratuita aos necessitados, definidos por lei como aqueles que no tm condies de pagar os honorrios de um advogado e as custas de um processo judicial, sem prejuzo do sustento prprio e de sua famlia. De acordo com o problema, o cidado dever procurar a Defensoria Pblica da Unio que tratar, por exemplo, das causas na qual o Governo Federal umas das partes. J as Defensorias Estaduais cuidaro dos problemas cveis, inclusive quando o Municpio for uma das partes, o que ocorrer freqentemente nas questes relacionadas ao SUS. Em alguns estados,

  • como So Paulo, a Defensoria Pblica Estadual ainda no foi implantada. Neste caso, possvel recorrer Procuradoria de Assistncia Judiciria (PAJ), ao escritrio experimental da OAB ou a escritrios modelos das faculdades de Direito.

    Quando procurarSempre que o cidado tiver alguma dvida ou a inteno de

    promover uma ao, lembrando que somente poder contar com este rgo se for considerado necessitado.

    Para acionarDirigir-se Defensoria Pblica, Procuradoria de Assistncia

    Judiciria ou s entidades que ofeream assistncia jurdica gratuita, conforme o caso. Relatar o problema e apresentar as provas de que se enquadra na condio de necessitado. Os critrios utilizados para essa classificao podero ser diferentes dependendo do rgo ou entidade procurado pelo cidado.

    Defensoria Pblica-Geral da UnioEsplanada dos Ministrios - Ministrio da Justia - Bloco T -

    Anexo IISala 228. Cep: 70.064-901 - Braslia/DF. Tels: (61) 429-3714

    /429-3718. Procuradoria de Assistncia Judiciria (PAJ)So Paulo: Av. Liberdade, 32. Centro de Atendimento: atravs de senhas

    distribudas todos os dias pela manh, das 07 s 10 horas.

    Conselhos de fiscalizao profissional

    Como funcionaOs Conselhos Regionais de fiscalizao profissional (Medicina,

    Enfermagem, Psicologia, Farmcia e outros) recebem denncias relacionadas ao exerccio do profissional (mdico, enfermeiro, psiclogo, farmacutico etc). Tambm tm a prerrogativa legal de apurar os fatos, abrir processos disciplinares e julgar os profissionais, o que pode resultar at na cassao do diploma. Alm disso, fazem vistorias e diligncias para verificar as condies de trabalho dos profissionais nos servios de sade. No tratam de indenizao ou ressarcimento ao paciente vtima da m conduta do profissional.

    Quando procurarSempre que voc se sentir prejudicado pelo atendimento ou

    conduta individual de um profissional, que tenha resultado em dano sua sade; em casos de erro mdico ou erro de outro profissional;

  • negligncia, omisso de socorro, desleixo, falta de cuidado, desrespeito, assdio sexual, discriminao, prescrio incorreta de medicamentos ou tratamento inadequado.

    Para acionarAs denncias podem ser feitas pelo correio, por escrito, da forma

    mais clara e detalhada possvel, constando nome do profissional, data e local do atendimento, bem como anexando documentos como exames, receitas, laudos etc. Tambm podem ser feitas pessoalmente na sede dos Conselhos estaduais, pois estes normalmente dispem de pessoal para tomar o depoimento. Todas as denncias devem ser assinadas e no so aceitas denncias por telefone ou e-mail.

    Conselho Federal de Medicina - (61) 445-5900 e www.cfm.org.brEm So Paulo - Cremesp - (11) 3017-9300Conselho Federal de Enfermagem(61) 345-4187 - (21) 2221-6365 e www.portalcofen.com.br

    Em So Paulo - Coren - (11) 3225-6300/0800 552155

    Comisses de tica

    Como funcionaA maioria dos hospitais tem a sua Comisso de tica Mdica.

    Essas comisses so ligadas aos Conselhos de Medicina e fiscalizam o desempenho tico dos mdicos na instituio. Tambm existem os Comits de tica em Pesquisa, obrigatrias em todos os servios de sade que realizam pesquisas clnicas com seres humanos, responsveis por resguardar a integridade e os direitos dos voluntrios participantes dos estudos.

    Quando procurarA Comisso de tica Mdica pode ser acionado diante da conduta

    inadequada de um mdico, como por exemplo negligncia ou omisso de socorro. J o Comit de tica em Pesquisa deve ser procurado pelo voluntrio de pesquisa que se sentir prejudicado pelo estudo do qual ele faz parte.

    Para acionarPor meio de carta dirigida ao coordenador da Comisso ou Comit

    de tica do hospital, relatando o problema e solicitando abertura de sindicncia.

    Pergunte o nome do responsvel na secretaria do hospital.

  • Defesa do Consumidor

    Como funcionaAs entidades de defesa do consumidor podem ser pblicas, como

    os Procons estaduais e municipais ou entidades formadas a partir da organizao da sociedade civil como o Idec Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e demais entidades do Frum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor.

    Ambas as entidades recebem denncias envolvendo planos de sade, como negao de cobertura de atendimento, descredenciamento de mdicos e servios, aumento abusivo de mensalidades, entre outras. Como so rgos pblicos, os Procons tem a obrigao de atender qualquer cidado. O Idec, associao civil sem fins lucrativos, tambm orienta e defende toda a sociedade; por exemplo, por meio da divulgao dos testes de produtos e servios que realiza, das informaes e orientaes disponibilizadas em seu site e inclusive atuando judicialmente por meio de aes civis pblicas que beneficiam todos os consumidores, sem distino. Por outro lado, o atendimento individual do Idec exclusivo para seus associados que contribuem para a existncia do Instituto. O associado do Idec recebe a revista Consumidor S.A., participa das aes judiciais promovidas pelo Instituto e tem disposio o Servio de Orientao ao Associado que ensina o consumidor a defender os seus direitos, alm de contribuir para que o Instituto continue ajudando a todos.

    Quando procurarSempre que voc precisar conhecer seus direitos, esclarecer

    dvidas ou diante de um problema relacionado ao consumo de produtos ou servios.

    Para acionarComparea pessoalmente a uma dessas entidades ou entre em

    contato, por meio de telefone, e-mail, ou mesmo carta.

    Procon de So PauloTelefone 1512 / site: www.procon.sp.gov.brTel: 0800 7723633, de segunda a sexta-feira das 8h s 18hPoupatempo S (Praa do Carmo, ao lado da Estao S do Metr)Horrio: segunda a sexta-feira, das 7h s 19h e aos sbados,das 7h s 13h

    Frum de ProconsSite: www.mj.gov.br/dpdc

  • IdecInstituto Brasileiro de Defesa do ConsumidorTel: (11) 3874-2152, e-mail: [email protected] /

    www.idec.org.brRua Doutor Costa Jnior 356, gua BrancaSo Paulo SP - Cep: 05002 - 000

    Frum Nacional das Entidades Civis de Defesa do ConsumidorE-mail: [email protected]

    Agncia Nacional de Sade Suplementar

    Como funciona o rgo governamental, criado em 2000 e vinculado ao

    Ministrio da Sade, que tem a tarefa de regular, regulamentar e fiscalizar o setor de planos e seguros de sade.

    Quando procurarQuando o consumidor tiver denncias relacionadas a problemas

    com operadoras de planos de sade como negativas de atendimento, reajustes de mensalidades, descredenciamento de mdicos, laboratrios e hospitais, entre outros. A Agncia dever proibir, fazer cessar e at mesmo multar as condutas contrrias legislao do setor, mas no resolver o problema concreto do consumidor.

    Para acionarVoc pode encaminhar sua denncia por meio do telefone 0800

    701 9656, da internet (www.ans.gov.br), ou para o endereo: rua Augusto Severo, 84 - Glria, Rio de Janeiro RJ, CEP:20021-040.

    Vigilncia Sanitria

    Como funcionaTem a obrigao de controlar os riscos sade. Fiscaliza a

    comercializao de alimentos, bebidas, medicamentos, sangue, produtos e equipamentos mdicos. Tambm responsvel pela fiscalizao de servios de sade, como hospitais, clnicas e laboratrios. A Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa), tem sede em Braslia; os

  • Centros de Vigilncia Sanitria so ligados s Secretarias de Estado da Sade e vrias cidades tm Vigilncia Sanitria ligada Secretria Municipal de Sade.

    Quando procurarQuando voc tiver denncias relacionadas estrutura inadequada

    dos servios de sade, falta de higiene, fraude, falsificao e problemas na qualidade de medicamentos, sangue e hemoderivados, produtos para a sade e alimentos, dentre outras.

    Para acionarEntre em contato por telefone ou encaminhe carta ou e-mail

    denunciando o problema. A partir da a Vigilncia tem a obrigao de fiscalizar, efetuar diligncias, interditar ou multar os responsveis.

    AnvisaO atendimento ao usurio acontece de segunda a sexta-feira, das

    10h s 16h, e est disponvel pelo telefone (61) 448-1327. O telefone geral da Anvisa (61) 448-1000 e o site : www.anvisa.gov.br

    Em So Paulo - Centro de Vigilncia Sanitria (CVS)Tels: 1520 / (11) 3257-7611 ou e-mail: [email protected]

    Defesa dos Direitos Humanos

    Como funcionaExistem diversas instncias, como as comisses de direitos

    humanos ligadas ao poder Legislativo (Cmara dos Deputados, Assemblias Legislativas e Cmaras Municipais) e as secretarias e conselhos de direitos humanos ligados ao poder Executivo. Elas recebem, investigam e apuram denncias de violao dos direitos humanos.

    Quando procurarSempre que o usurio for vtima ou presenciar qualquer violao

    dos direitos civis e de cidadania, preconceito, discriminao, maus tratos, abandonos e todas as formas de violncias e atentados contra a dignidade humana que possam vir a ocorrer nas unidades e servios de sade, a exemplo de hospitais psiquitricos e lares de idosos.

    Para acionarEncaminhe uma carta comisso, secretaria ou conselho de

    direitos humanos relatando o fato.

  • Comisso de Direitos Humanos da Cmara dos DeputadosE-mail: [email protected] do Congresso Nacional - Edifcio Principal, Praa dos Trs

    PoderesCep 70160-900 - Braslia - DF Tel.: (61) 318-5151 e 318-5930Site: www.camara.gov.br/cdhSecretaria Especial dos Direitos Humanos Ministrio da Justia

    Edifcio Sede, Esplanada dos Ministrios Bloco T Sala 420Cep: 70064-900 - Braslia/DFTel/Fax: (61) 429-3142 / 223-2260Site: www.mj.gov.br/sedh/index.htm/E-mail: [email protected]

    Imprensa e meios de comunicao

    Como funcionaOs meios de comunicao (rdio, TV, jornais, revistas e Internet)

    podem ser importantes aliados dos usurios dos servios de sade. Os jornais dirios mantm colunas que publicam cartas, opinies, queixas e denncias da populao. Os maiores veculos tm editorias e programas especficos para tratar dessas questes. Mas saiba que o seu depoimento, o seu caso ou a sua imagem s podem ser divulgadas com sua prvia autorizao.

    Quando procurarPara denunciar as omisses das autoridades de sade, as

    deficincias dos servios pblicos e privados, os abusos dos planos de sade, as falhas de hospitais e unidades de sade, a falta de medicamentos, equipamentos e mdicos, os erros de profissionais, dentre outros problemas.

    Para acionarEnvie uma carta ou e-mail Redao ou coluna, seo ou painel do leitor;

    ou telefone para o veculo de comunicao e pea para falar com o setor de Pauta (que define os assuntos que vo virar notcia) ou com a Reportagem.

    Outras Organizaes No-Governamentais

    Como funciona

  • So entidades da sociedade civil, sem fins lucrativos, a exemplo das ONGs de defesa dos portadores de patologias e deficincias (hemoflicos, portadores do HIV e Aids, renais crnicos, diabticos, deficientes fsicos, APAES, dentre outras); associaes de profissionais e sindicatos de trabalhadores da sade; entidades ligadas Igreja e rgos de classe (OAB e CRM, por exemplo). Elas tm atuaes especficas, mas so todas comprometidas com a defesa de melhores condies de sade e de vida da populao.

    Quando procurarPara propor encaminhamentos e lutas coletivas em defesa dos

    usurios; as ONGs podem pressionar para agilizar a soluo dos problemas, participar de atos, manifestos, denncias pblicas e levar informaes e denncias ao Ministrio Pblico, o que voc tambm pode fazer.

    Para acionarProcure pessoalmente a entidade ou ONG mais prxima ou de seu

    interesse.Frum Nacional de Entidades de Defesa dosPortadores de Patologias e Deficincias Informe-se no Conselho Nacional de Sade(61) 315- 2150 e 315-2151Frum de ONGs/Aids do Estado de So PauloSite: www.forumaidssp.org.br

    Tel: (11) 3334-0704

    Use seu voto para defender a sade

    Os governos da Unio, dos estados e dos municpios so obrigados a realizar uma gesto eficiente dos servios pblicos. Os recursos devem ser investidos principalmente na ateno e nos servios bsicos de sade, na criao de um ambiente saudvel, na preveno das doenas, na garantia dos medicamentos essenciais e no em obras faranicas para enriquecer empreiteiras. Antes das eleies, conhea as propostas dos candidatos para a rea de sade. No vote novamente em quem investiu pouco ou gastou indevidamente os recursos. Exija dos polticos aes que garantam dignidade no atendimento em sade.

  • Modelos de cartas para usurios do SUS

    - A seguir voc encontra modelos de cartas para diversas situaes. Elas

    podem ser digitadas ou escritas mo, devem ser datadas e dirigidas aos

    destinatrios indicados, alm do diretor do servio de sade.

    - Uma cpia da carta deve ser enviada ao Secretrio Municipal de Sade

    e, em alguns casos, tambm ao Secretrio de Estado da Sade, quando o

    servio de sade for de responsabilidade do governo estadual.

    - Alm de guardar uma cpia da carta, necessrio que voc tenha o

    comprovante de que a autoridade responsvel recebeu o documento original.

    Para isso, voc pode remeter a carta pelo correio com Aviso de Recebimento

    (AR).

    - Se voc preferir entregar pessoalmente a carta, leve uma cpia (um

    xerox) para protocolo. Se voc quiser, ou se o caso exigir maior rigor, pode

    remet-la por meio de um Cartrio de Ttulos e Documentos.

    -Todas as informaes e documentos relacionados sua denncia devem ser juntados ao modelo de carta preenchido.

  • 1 - Para exigir agendamento de consultas em prazo razovel.

    (Local, data)

    Ao Diretor do (Hospital, Pronto-Socorro, Unidade ou Servio de Sade)

    c/c Ao Secretrio Municipal de Sade.

    Prezado Senhor,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), para agendar uma consulta com (especificar se a

    consulta desejada com clnico geral, oftalmologista, ginecologista,

    ortopedista, entre outros).

    Aps aguardar pelo agendamento, fui informado(a) que teria de esperar

    at (data agendada) para ser atendido(a) pelo mdico, o que pode implicar em

    srio prejuzo minha sade.

    Essa excessiva demora representa ofensa Constituio Federal (em

    especial aos artigos 1, inciso III, 5 caput, 196 e 198, inciso II), que

    estabelece como fundamento do pas democrtico em que vivemos a dignidade

    da pessoa humana e dispe ser a sade um direito de todos e um dever do

    Estado, que tem a obrigao de proporcionar um atendimento integral.

    Fere tambm a Lei que criou o SUS - Sistema nico de Sade (Lei

    8080/90) que garante o acesso aos servios de sade de maneira eficaz e sem

    qualquer discriminao.

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que a consulta da

    qual necessito seja agendada e realizada em prazo razovel, (voc pode

    sugerir um prazo de 5 a 20 dias, dependendo da gravidade da situao), sob

    pena de ser colocada em risco minha sade.

  • Certo(a) de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado (), agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

    minha solicitao sero adotadas as medidas cabveis.

    Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

  • 2 - Para exigir a realizao de exames, tratamentos ou cirurgias solicitadas pelo mdico em prazo razovel.

    (Local, data)

    Ao Diretor do (Hospital, Pronto-Socorro, Unidade ou Servio de Sade)

    c/c Ao Secretrio Municipal de Sade.

    Prezado Senhor,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), para a realizao de consulta com (inserir a

    especialidade do mdico que realizou a consulta, por exemplo, clnico geral,

    ortopedista, urologista etc...).

    O mdico, Dr. (nome do mdico responsvel), tendo em vista o meu

    estado de sade (se possvel indique a doena ou o seu problema de sade),

    constatou a necessidade da realizao de (especificar o pedido do mdico, tipo

    de exames, tratamento ou cirurgia por ele solicitados). Todavia, fui

    informado(a) que apenas poderei ser atendido(a) em (inserir a data indicada

    pelo estabelecimento de sade para realizao do procedimento), o que pode

    implicar em srio prejuzo minha sade.

    Essa excessiva demora representa ofensa Constituio Federal (em

    especial aos artigos 1, inciso III, 5 caput, 196 e 198, inciso II), que

    estabelece como fundamento do pas democrtico em que vivemos a dignidade

    da pessoa humana e dispe ser a sade um direito de todos e um dever do

    Estado, que tem a obrigao de proporcionar um atendimento integral. Fere

    tambm a Lei que criou o SUS - Sistema nico de Sade (Lei 8080/90) que

    garante o acesso aos servios de sade de maneira eficaz e sem qualquer

    discriminao.

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que o(a)

    (especificar o exame, tratamento ou cirurgia) do(a) qual necessito seja

    agendado(a) e realizada(o) em prazo razovel (voc pode sugerir um prazo de

  • 5 a 20 dias, dependendo da gravidade da situao, ou, se possvel, indicar o

    prazo fornecido pelo mdico), sob pena de ser colocada em risco minha sade.

    Certo(a) de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado(), agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

    minha solicitao no prazo acima, sero adotadas as medidas cabveis.

    Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

  • 3 - Para exigir internao em casos graves

    (Local, data)

    Ao Diretor do (Hospital, Pronto-Socorro, Unidade ou Servio de Sade)

    c/c Ao Secretrio Municipal de Sade.

    Prezado Senhor,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), para consultar com um (especialidade do mdico,

    como clnico geral, oftalmologista, ginecologista, ortopedista, entre outros).

    O mdico Dr. (nome do mdico responsvel), diante da constatao de

    (inserir a doena ou problema de sade apresentado), determinou a realizao

    de uma internao urgente, como medida mais adequada ao pronto restabe-

    lecimento de minha sade. Aps aguardar atendimento, fui informado(a) que

    no seria possvel a internao porque (explicar o motivo que impossibilitou a

    internao, por exemplo porque nesse hospital no havia leitos disponveis).

    Tal fato pode implicar em srio prejuzo minha sade e, tendo em vista a

    gravidade do meu caso, colocar em risco a minha vida.

    Essa negativa de internao representa ofensa Constituio Federal

    (em especial aos artigos 1, inciso III, 5 caput, 196 e 198, inciso II), que

    estabelece como fundamento do pas democrtico em que vivemos a dignidade

    da pessoa humana e dispe ser a sade um direito de todos e um dever do

    Estado, que tem a obrigao de proporcionar um atendimento integral. Fere

    tambm a Lei que criou o SUS - Sistema nico de Sade (Lei 8080/90) que

    garante o acesso aos servios de sade de maneira eficaz e sem qualquer

    discriminao.

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que eu seja

    internado(a) imediatamente, sob pena de minha vida ser colocada em risco.

    Certo(a) de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado(), agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

  • minha solicitao no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sero adotadas as

    medidas cabveis.

    Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

    4 - Para exigir vaga para realizao de parto

    (Local, data)

  • Ao Diretor do (Hospital, Maternidade ou Servio de Sade)

    c/c Ao Secretrio Municipal de Sade.

    Prezado Senhor,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), para agendar o parto do meu/minha filho(a) que,

    segundo o mdico, Dr. (nome do mdico), dever acontecer (dia ou o intervalo

    de dias indicado pelo mdico).

    Fui informado(a) de que no seria possvel realizar o parto nesse

    estabelecimento porque (explicar o motivo dessa impossibilidade, como, por

    exemplo, porque no haviam mais vagas no hospital ou maternidade). Tal fato

    pode implicar em srio prejuzo minha sade e de meu filho e at mesmo

    colocar em risco as nossas vidas.

    Essa negativa de realizao do parto representa ofensa Constituio

    Federal (em especial aos artigos 1, inciso III, 5 caput, 196 e 198, inciso II),

    que estabelece como fundamento do pas democrtico em que vivemos a

    dignidade da pessoa humana e dispe ser a sade um direito de todos e um

    dever do Estado, que tem a obrigao de proporcionar um atendimento

    integral. Fere tambm a Lei que criou o SUS - Sistema nico de Sade (Lei

    8080/90) que garante o acesso aos servios de sade de maneira eficaz e sem

    qualquer discriminao.

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que o parto seja

    agendado e realizado, sob pena de minha vida e tambm a de meu filho serem

    colocadas em risco.

    Certo(a) de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado(), agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

    minha solicitao no prazo de 10 (dez) dias (voc pode inserir um prazo

    menor, dependendo da situao), sero adotadas as medidas cabveis.

  • Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

    5 - Para exigir fornecimento de prteses, rteses ou outros insumos para pessoas portadoras de patologias ou deficincias

    (Local, data)

  • Ao Diretor do (Hospital, Pronto-Socorro, Unidade ou Servio de Sade)

    c/c Ao Secretrio Municipal de Sade.

    Prezado Senhor,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), pretendendo obter uma prtese (especificar o tipo de

    prtese, rtese, bolsa coletora ou outro insumo), necessria em razo de

    (indicar a doena ou problema de sade apresentado).

    No foi possvel obt-la pois este estabelecimento no dispunha da

    prtese (ou) cobrava certa quantia pelo seu fornecimento.

    Essa negativa representa ofensa Constituio Federal (em especial aos

    artigos 1, inciso III, 5 caput, 196 e 198, inciso II), que estabelece como

    fundamento do pas democrtico em que vivemos a dignidade da pessoa

    humana e dispe ser a sade um direito de todos e um dever do Estado, que

    tem a obrigao de proporcionar um atendimento integral. Fere tambm a Lei

    que criou o SUS - Sistema nico de Sade (Lei 8080/90) que garante o acesso

    aos servios de sade de maneira eficaz e sem qualquer discriminao.

    Alm disso, o Decreto n 3.298/99 (artigo 18), que regulamenta a Lei n

    7.853/89, estabelece expressamente que est includa na assistncia integral

    sade a concesso de rteses, prteses, bolsas coletoras e materiais

    auxiliares, o que, portanto, deve ser fornecido gratuitamente, s custas do

    sistema pblico de sade.

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que a(s) (prtese

    / rtese / bolsa coletora / outro insumo) necessria(s) para minha reabilitao

    seja(m) fornecida(s) imediata e gratuitamente.

    Certo de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado(), agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

    minha solicitao no prazo de 10 (dez) dias (voc pode inserir um prazo

    menor, dependendo da gravidade da situao), sero adotadas as medidas

    cabveis.

  • Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

    6 - Para exigir fornecimento de prteses ou rtesesnecessrias para realizao de cirurgia

    (Local, data)

  • Ao Diretor do (Hospital, Pronto-Socorro, Unidade ou Servio de Sade)

    c/c Ao Secretrio Municipal de Sade.

    Prezado Senhor,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), pretendendo agendar/realizar uma cirurgia, indicada

    pelo mdico, Dr. (nome do mdico), que incluiria a colocao de (especificar o

    tipo de prtese/rtese; por exemplo, marca passo), necessria em razo de

    (indicar a doena ou problema de sade apresentado).

    No foi possvel agendar/realizar a cirurgia acima mencionada, pois este

    estabelecimento no dispunha deste insumo (ou) cobrava certa quantia pelo

    seu fornecimento.

    Essa negativa representa ofensa Constituio Federal (em especial

    aos artigos 1, inciso III, 5 caput, 196 e 198, inciso II), que estabelece como

    fundamento do pas democrtico em que vivemos a dignidade da pessoa

    humana e dispe ser a sade um direito de todos e um dever do Estado, que

    tem a obrigao de proporcionar um atendimento integral. Fere tambm a Lei

    que criou o SUS - Sistema nico de Sade (Lei 8080/90) que garante o acesso

    aos servios de sade de maneira eficaz e sem qualquer discriminao.

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que a (prtese /

    rtese / insumo) seja fornecida imediata e gratuitamente para que eu possa

    realizar a cirurgia necessria ao restabelecimento de minha de sade.

    Certo(a) de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado(), agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

    minha solicitao no prazo de 10 (dez) dias (voc pode inserir um prazo

    menor, dependendo da gravidade da situao), sero adotadas as medidas

    cabveis.

    Atenciosamente,

  • ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

    7 - Para exigir fornecimento de medicamentos

    (Local, data)

    Ao Diretor do (Hospital, Pronto-Socorro, Unidade ou Servio de Sade)

    c/c Ao Secretrio Municipal de Sade.

  • Prezado Senhor,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), pretendendo obter o medicamento (nome do

    medicamento), necessrio para tratar do meu problema de sade (explicar a

    razo da necessidade do medicamento; por exemplo, para controlar diabetes,

    tratar pneumonia, etc.).

    Ocorre que no foi possvel obt-lo, pois no estava disponvel para

    distribuio populao, o que pode implicar em prejuzo minha sade.

    Essa ausncia representa ofensa Constituio Federal de 1.988

    (especialmente aos artigos 5, 6, 196 e seguintes) e Lei 8.080/90

    (especialmente artigos 2, 5, 6 e 7, incisos I, II e IV) que atribuem ao

    Poder Pblico o dever de garantir o atendimento integral sade de todos os

    cidados, sem qualquer distino.

    Vale ressaltar que o atendimento integral sade, que deve ser

    prestado pelo SUS (Sistema nico de Sade), abrange a assistncia

    farmacutica, ou seja, o fornecimento de medicamentos (artigo 6, da Lei

    8.080/90). Dessa forma, ainda que esse medicamento no esteja na lista

    daqueles considerados essenciais pelo governo, deve ser obrigatoriamente

    fornecido pelos estabelecimentos de sade que fazem parte do Sistema nico,

    como o caso desse(a) (hospital, centro ou unidade de sade).

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que me seja

    fornecido o medicamento (nome do remdio receitado pelo mdico), que

    tambm deve estar disponvel para todos os cidados que dele necessitarem.

    Certo de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado(), agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

    minha solicitao no prazo de 10 (dez) dias (dependendo da gravidade da

    situao, voc pode estabelecer um prazo menor), sero adotadas as medidas

    cabveis.

    Atenciosamente,

  • ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

    8 - Para exigir tratamento igualitrio no acesso aos servios de sade (no ocorrncia de fila dupla)

    (Local, data)

    Ao Diretor do (Hospital, Pronto-Socorro, Unidade ou Servio de Sade)

    c/c Ao Secretrio Municipal de Sade.

  • Prezado Senhor,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), pretendendo agendar (consulta, exame, tratamento,

    cirurgia se possvel especificar, por exemplo, consulta com clnico geral,

    exame, radiografia etc.).

    Ocorre que, enquanto aguardava, notei privilgio no atendimento

    mdico e ambulatorial queles que possuam convnios mdicos ou

    remuneravam diretamente o servio de sade, a quem era proporcionado um

    acesso diferenciado e especial aos servios.

    Esse tratamento desigual representa ofensa Constituio Federal (em

    especial aos artigos 1, inciso III, 3, IV, 5 caput, 196 e 198, inciso II), que

    estabelece como fundamento do pas democrtico em que vivemos a dignidade

    da pessoa humana e dispe ser a sade um direito de todos e um dever do

    Estado, que tem a obrigao de proporcionar um atendimento integral. Fere

    tambm a Lei que criou o SUS - Sistema nico de Sade (Lei 8080/90) que

    garante o acesso aos servios de sade de maneira eficaz e sem qualquer

    discriminao.

    Tambm desrespeita o princpio constitucional da impessoalidade (artigo

    37, caput), que impe ao Poder Pblico o dever de no favorecer nem

    discriminar quem quer que seja por motivos pessoais, como, por exemplo,

    condies financeiras de quem solicita o servio pblico. Assim, um

    estabelecimento de sade integrante do SUS no pode levar em conta a

    situao econmica vantajosa do paciente para lhe conceder atendimento

    favorecido.

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que o acesso a

    este servio pblico de sade seja igual para todos os usurios, proibindo-se

    qualquer tipo de discriminao.

    Certo de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado(), agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

    minha solicitao no prazo de 10 (dez) dias, sero adotadas as medidas

    cabveis.

  • Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

    9 - Para denunciar falta de higiene em hospital

    (Local, data)

    Ao Diretor da Vigilncia Sanitria (da sua cidade ou do seu Estado).

    c/c Ao Secretrio de Sade e ao Diretor do (Hospital, Pronto-Socorro,

    Unidade ou Servio de Sade)

    Prezado Senhor,

  • Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), pretendendo receber atendimento. O estabelecimento

    de sade, todavia, encontrava-se em pssimas condies de higiene como (se

    quiser, voc pode relatar alguns exemplos do que viu), colocando em risco

    minha sade e dos pacientes que ali estavam sendo atendidos.

    A Lei 8.080/90 inclui no campo de atuao do Sistema nico de Sade

    (SUS) a execuo de aes de vigilncia sanitria e de vigilncia

    epidemiolgica, o controle e a fiscalizao de servios, produtos e substncias

    de interesse para a sade, alm do controle da prestao de servios que se

    relacionam direta ou indiretamente com a sade.

    Vigilncia Sanitria cabe a fiscalizao dos estabelecimentos

    hospitalares, a fim de que seja garantida a preservao da limpeza e da

    higiene desses locais, evitando a proliferao de doenas.

    Diante do exposto, solicito que essa Vigilncia Sanitria cumpra o seu

    papel de fiscalizao e tome as devidas providncias para que a limpeza e

    higienizao adequadas do referido estabelecimento de sade sejam

    restabelecidas, garantindo aos pacientes que nele forem atendidos a

    preservao de seus direitos sade e vida, protegidos pela Constituio

    Federal (em especial aos artigos 1, inciso III, 5 caput, 196 e 198, inciso II).

    Certo(a) de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado, agradeo antecipadamente. Informo que caso no seja atendida

    minha solicitao no prazo de 10 (dez) dias, sero adotadas as medidas

    cabveis.

    Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

  • 10 - Para denunciar maus tratos

    (Local, data)

    (veja se em sua cidade h uma comisso de direitos humanos ligada

    Cmara de Vereadores, ou uma comisso ligada Assemblia Legislativa de

    seu Estado)

    Comisso de Direitos Humanos da Cmara dos Deputados

    Secretaria Nacional de Direitos Humanos Ministrio da Justia

    c/c Ao Diretor do Hospital, Pronto-Socorro, Unidade ou Posto de Sade

    (nome do estabelecimento hospitalar)

  • Ao Secretrio Municipal de Sade.

    Prezados Senhores,

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), para (especificar o atendimento que voc buscou).

    Ocorre que, durante o atendimento (explicar detalhadamente o que

    ocorreu com voc ou a situao que presenciou envolvendo um familiar ou

    pessoa prxima. Relate, se possvel, os nomes dos profissionais responsveis

    pelos maus tratos).

    Esse tipo de tratamento representa ofensa Constituio Federal (em

    especial aos artigos 1, inciso III, 3, IV, 5 caput e inciso III, 196 e 198,

    inciso II), que estabelece como fundamento do pas democrtico em que

    vivemos a dignidade da pessoa humana, estabelecendo expressamente que

    ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou

    degradante. A sade um direito de todos e um dever do Estado, que tem a

    obrigao de proporcionar um atendimento integral e digno.

    Alm disso, fere tambm a Lei que criou o SUS - Sistema nico de

    Sade (Lei 8080/90) que garante o acesso aos servios de sade de maneira

    eficaz e sem qualquer discriminao.

    Diante do exposto, solicito providncias no sentido de que esse tipo de

    tratamento prejudicial ao cidado() seja imediatamente coibido, bem como os

    responsveis pelos maus tratos a mim dispensados sejam devidamente

    punidos.

    Certo de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de

    cidado(), agradeo antecipadamente.

    Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

  • 11 - Para solicitar providncias ao Ministrio Pblico

    (Local, data)

    Ilustre Senhor

    Dr. (nome do Promotor de Justia)

    Ministrio Pblico de So Paulo (colocar o seu estado)

    Prezado Senhor:

    Em (data), compareci ao (nome do estabelecimento de sade),

    localizado (endereo), para (explicar o tratamento, medicamento que voc

  • foi buscar ou o motivo que o levou a presenciar o problema no sistema pblico

    de sade).

    Ocorre que (relatar o que aconteceu, o problema que voc enfrentou ou

    mesmo presenciou. Leve ao Promotor de Justia todos os detalhes que voc

    conseguir, como nome e cargo das pessoas envolvidas, testemunhas que

    presenciaram o que voc est relatando, documentos como receitas,

    pronturios mdicos, comprovantes de agendamento de consultas, exames,

    guia de internao etc...)

    O fato relatado representa ofensa Constituio Federal de 1.988

    (especialmente aos artigos 1, III,3, IV, 5, 6, 196 e seguintes) e Lei

    8080/90, que, dentre outras atribuies, regula o SUS (Sistema nico de

    Sade), do qual o (hospital, centro ou unidade de sade) mencionado acima

    faz parte.

    Sendo a sade direito fundamental do cidado e tambm servio de

    relevncia pblica (artigo 197, CF), cumpre ao Ministrio Pblico zelar pela sua

    proteo face ao descaso do Poder Pblico (artigos 129 e 127 da CF).

    Sendo assim, solicito que o Senhor tome as medidas necessrias para

    apurar e combater os problemas aqui relatados que podero implicar em srios

    prejuzos sade dos cidados usurios do sistema pblico de sade.

    Atenciosamente,

    ______________________________________

    (Nome, assinatura, meios de contato telefone, endereo, fax, e-mail)

    FontesApresentaoO plano de sade Compare a diferena Planos de sadeSUS

    No so poucas Conselhos e Conferncias de SadeConselhos GestoresDiretor, chefe de servio OuvidoriaTelefones 0800 ou Disque SadePoder JudicirioDefensoria PblicaConselhos de fiscalizao profissionalComisses de ticaDefesa do ConsumidorAgncia Nacional de Sade SuplementarVigilncia SanitriaDefesa dos Direitos HumanosImprensa e meios de comunicaoOutras Organizaes No-GovernamentaisUse seu voto para defender a sade

    Modelos de cartas para usurios do SUS3 - Para exigir internao em casos graves4 - Para exigir vaga para realizao de parto7 - Para exigir fornecimento de medicamentos 9 - Para denunciar falta de higiene em hospital10 - Para denunciar maus tratos